#acordo as seis adios

[gabrieloamorim]

Vida sem Sentido

     Encontrei esse texto escrito por mim, não me recordava de tê-lo escrito nem sequer quando foi. Às vezes me pego olhando para esses momentos passados tão sombrios da minha vida e me assusto, porém serve para compreender os altos e baixos da vida, a importância de um bom cuidado, autoconhecimento, auto crítica. Não chego a sentir uma grande vergonha, pelo contrário, sei que houve necessidade de botar pra fora dessa forma e que isso deve ter me ajudado de alguma forma. A qualquer momento fico preocupado de voltar a esse estado, e esses registros são alertas para mim mesmo.      “Qual o sentido da vida, afinal de contas? É o que todos se perguntam, mas nem todos se importam e saber. O que mais interessa, o mais importante, é viver.  Cada um pode dar o sentido que desejar, que estiver a fim. Quando nascemos recebemos educação, freqüentamos a escola com o objetivo de aprender, e “crescer na vida” como dizem. Trabalhar, casar, ter filhos e cumprir com o ciclo da vida. Desde criança sempre questionei muitas coisas sobre minha vida, sempre me conformando e sobrevivendo. Não tinha escolha, a não ser morrer. Eu era uma criança, mas a ideia de morrer, para me livrar de alguma coisa, sempre passou pela minha cabeça. Com cinco, seis anos eu desobedecia e não queria ser punido. Sempre me senti tão fraco, tão sem poder o que fazer. E isso fez com que eu crescesse sem nunca saber o que fazer, em relação a nada. Sempre fui sensível a dor, sempre quis fugir dela. Evitava fazer muita coisa que me machucasse, sempre fui bastante medroso, não me arriscava a aprender algumas coisas, como subir em árvore. Esse medo da dor é o que tem salvado a minha vida. Não há um dia que eu não pense sobre a morte, sobre a vida, sobre morrer. Tenho estado em momentos difíceis, onde eu tenho tudo o que eu preciso e ainda assim me falta muito. Meu objetivo foi alcançado com bastante esforço, mas e agora? Crescer, trabalhar, procriar e morrer”é o que restou? Não tenho objetivos, nem disposição nem vontade de caçar um.      Porque a vida é uma escada, que só vai descendo.      Dizem que temos trabalho que odiamos para comprar coisas que não precisamos. Eu discordo disso, e ultimamente trabalhar é a única coisa “útil” que eu tenho feito (e acho que nem  tenho sido tão útil assim).  Parte de minha consciência diz que eu não deveria ser tão apegado ao trabalho assim, pois bem, trabalho é exploração.       Parte da minha consciência também desconfia que estou alienado, por me fazer gostar de ter um emprego. O trabalho tem me deixado preocupado, essa responsabilidade imposta sobre mim me deixa desse jeito. Eu poderia não me importar se estou ou não fazendo um bom serviço. Mas eu me preocupado, me preocupo um bocado. Isso seria facilmente consertado, se eu conseguisse aprender a conviver em sociedade. Sinto que eu não pertenço a esse mundo, não sou do jeito que as pessoas são. Tenho o meu jeito, sou original e autêntico, porém não consigo lembrar uma vantagem relevante disso. “Riem de mim porque eu sou diferente, rio deles porque são todos iguais” não tem funcionado muito bem como antes.  Referindo-me ao fato de ser tão diferente, não faço questão de ser igual a ninguém. Toda essa tensão reflete no meu comportamento, deixa-me bloqueado para agir da maneira que eu “deveria’, seja qualquer situação. Cresci sem “saber o que fazer”, e essa falta de atitude parece ficar mais forte. É uma bola de neve: A tensão me bloqueia, o bloqueio me impede de agir quando eu preciso, isso me deixa tenso.           De onde vem  a tensão inicial eu não posso afirmar com certeza, muita coisa aconteceu, muita coisa está acontecendo. Todos os dias – de folga - quando acordo, cancelo ou adio tudo o que tinha planejado no dia anterior. A preguiça toma conta total, e todo o resquício de vontade vai embora quando eu durmo. O dia passa com a minha preguiça, quando eu me arrependo de não ter aproveitado já é tarde, hora de dormir de novo. Até onde isso vai chegar?  Minha vida se resumirá a isso? É como seu tivesse chegado ao ponto máximo. Vejo pessoas se preocupando em maneiras de ganharem dinheiro, maneiras de ter dinheiro sem precisar trabalhar mais. Até gosto de algumas ideias sobre isso, gosto do trabalho mas estar livre de responsabilidades não seria ruim. Mas a busca pelo dinheiro é o que me desanima. Não quero para mim essa obsessão que as pessoas têm de ganhar dinheiro. Dinheiro, pessoas... Esse mundo é tão cruel, as pessoas são crueis. Não sei o que eu poderia fazer para melhorar o jeito que as coisas são, e mais uma vez a minha falta de atitude vem me perturbar. A vida da sociedade está podre, e a minha também.      Minha prioridade sou eu, mas se eu conseguisse fazer algo útil de verdade para os outros, isso me ajudaria. Pelo menos eu me sentiria um pouco melhor. Sinto-me tão incapaz... “

[americx]

❋ (Ewan)

As vezes quando sentia a solidão bater em sua porta America se dirigia ao bar mais próximo, sabia que não podia se dar ao luxo de gastar seu dinheiro com bebida mas bem, não podia evitar. Suas mentiras eram pesadas como fardos, mas preferia carrega-los sozinha do que condenar todos ao seu redor a dor do luto. Ela fitou o companheiro de copo de soslaio, não era a primeira vez que havia percebido quão belo ele era, contudo era a primeira vez que sentia uma incrível vontade de beijá-lo. Meri desviou o olhar por alguns segundos, sentindo as bochechas queimarem, se amaldiçoando por aquilo. Por alguns minutos ela continuou bebendo, um shot após o outro, e quanto menos sóbria ficava mais seu corpo se enchia de coragem. America fitou Ewan, pegando o copo de bebida de sua mão, o pondo sobre o balcão e se aproximando vagarosamente dele, o fitando diretamente nos olhos.— Me desculpe por isso, eu juro que tentei resistir.— as palavras saíram num sussurro pouco antes dela selar seus lábios ao dele, sentindo o seu gosto.

[ghiblitalks]

ghibli, uma pergunta! supondo que eu e um player combinamos uma interação entre nossos chars e eu percebo certa expectativa do rumo que essa interação vai tomar a partir da resposta que o player vai me dando conforme vai andando a thread e EMBARCO nessa, sabe? porem contudo no entanto, durante a interação eu percebo que esse rumo inicial que tínhamos em mente pode não acontecer por conta da forma de como a interação ta caminhando... e eu meio que pulo fora ou simplesmente adio o tal rumo que +

+ tal rumo que a gente tinha como inicial. n sei se ta dando pra entender kkkkk mas é uma atitude "feia" a minha miar as expectativas do meu partner? pq eu pensei em duzentas formas de chegar ao rumo indiretamente pretendido, mas nao condiz MESMo com o personagem, nao faz sentido com a pessoa dele. se a interacao tivesse se desenrolado de outra forma, aí sim ele cairia dentro, mas dessa forma, com o player sendo FIEL ao personagem dele, eu preciso tbm ser fiel ao meu, entende? +

+ ta meio saindo como desabafo mas juro que nao é má vontade minha, eu realmente nao consigo dobrar o personagem pra corresponder a certa expectativa... enfim, vc me acha um player ruim??? tipo, combino com vc que vai acontecer A na thread, mas até chegar a esse momento A acontecem coisas, palavras sao ditas, que mudam todo o contexto e ai nao consigo fazer meu personagem ir ate o momento A KKKKKKKK MEU DEUS GHIBLI EU TENHO QUE ME TRATAR SERÁ?????

Então, colega cinzento, tô tentando entender direito o que rolou para poder te responder de acordo. 

Primeiro eu vou falar o que eu entendi da “treta”: você e o outro combinaram de rolar um desenvolvimento, mas ao decorrer das interações/turnos, as coisas passaram a caminhar para um outro rumo. Aí você e/ou seu parceire teriam de mudar muito o personagem agora para que as coisas voltem aos trilhos.  Disso tudo: nem você e nem o outro devem mudar qualquer coisa no personagem e no desenvolvimento que vocês planejaram sozinhos para atender desejos e expectativas do outro. Ambos devem ser fieis aos personagens de vocês. 

O que eu sugiro vocês fazerem é: conversem entre si em ooc. Sentem e resolvam o que fazer para chegar no ponto A se vocês querem mesmo que isso aconteça e se é uma conexão importante para o desenvolvimento de ambos.

Uma vez, eu e uma grande amiga (Haku, tchamo) decidimos fechar um casal, eles até viajaram juntos, só que nós duas vimos que por mais que fossemos grandes amigas, os bonecos simplesmente não funcionavam bem como ship. Ele era muito introvertido e ela extrovertida de falar com o trinco da porta. Ambos tinham um carinho enorme um pelo outro, mas amor e romance simplesmente não funcionaria. Eram duas personalidades muito fortes e conflitantes, além de que o personagem dela ainda era apaixonado por outra pessoa e ele não era do tipo de se apaixonar 3x no mês como a minha personagem. Eu e a Haku sentamos e conversamos, vimos que não seria legal a gente mudar todo nosso jogo, que envolvia mais pessoas, apenas por um casal. Deixamos X e Y como amigos e foi assim até o final da comunidade. 

Espero ter ajudado, amig. Qualquer coisa me chama no chat ou na ask de novo!

[minimizar340]

Poema #67

Não vale a pena tentar erguer os escombros dum castelo em ruínas

Sei que me perguntam Se tudo esta bem Agradeço a preocupação Não vou fazer com que me sinta refém Nessa pergunta eu procuro um senão Não quero enumerar Não quero relembrar Não quero detalhar Os meus problemas Pois problemas toda a gente tem E eu só quero esquecer também

Mas se tanto te preocupas Por onde começo Talvez pelo preço, de querer ser livre Querer mostrar, o meu interior Mas viver sempre com um pudor Com uma dor, que os outros causam Escondo-me, e assim me torno refém De alguém que não conheço Mas a segurança tem o seu preço Eu me desconheço, agora sou quem?

Sou alguém frágil, prestes a cair Sempre a sorrir, para a dor esconder Só volto a sorrir, quando cair Voltar a sentir, e a dor desaparecer Mal posso esperar por esse momento O final momento, da minha morte Até lá, é aguentar a dor Sorrir para todos e parecer forte Mesmo que odeie este sorriso Que associo a tanta dor Não posso deixar Que outros se apercebam Não quero deixar tudo pior

Vamos voltar, para a mentalidade Da qual não tenho idade, para sustentar Acordo de manha, desesperado E apesar de tudo não me consigo levantar Tudo para fazer, nada faço Sem temer, com um plano traço A verdade, que não tenho rumo Apenas preencho, o espaço vazio E o vazio, do meu coração É suposto estar perdido? É suposto ter ido, No navio que me leva à razão Não tenho responsabilidade, Não tenho habilidade, Não tenho mobilidade, nem motivação É encher um poço, um grande vazio Tudo perdido, uma luta em vão

Sempre a tentar, ser interessante Num incessante, de nada ser Tento melhorar, tento encarar Mas de mim, todos vão esquecer Como é que alguém sem qualidades Vai para os holofotes a querer aparecer É mesmo assim, aquilo que vivo Aquilo que penso, não quero dizer Será que mais vale, sair de fininho Dar um passo atrás, e desaparecer? Como se qualidades fosse um requerimento Para as amizades, e conviver Apenas tenho medo, do desinteressante E de desinteressante ser A pura verdade, é que tenho medo Que por ser desinteressante Me vão esquecer

Esquecido fico, dentro do quarto Já estou farto, do que sou Sinto-me sozinho, e isolado Porque me isolo, mesmo sem querer Serei puramente aquilo que mostro Ou haverá algo mais Serei aquilo que gosto Ate mesmo quando sais Desse vazio, desse retiro Desse pesadelo, que só me cansa Mas repito, o mesmo erro De ficar no vazio, e não compensa Sei que erro, tento corrigir Tento fugir, do eu faltoso Mas não acaba, o ciclo vicioso Sinto-me mal, e começa de novo

Assim começa, o ato final De alguém cansado, alguém puxado Ao extremo, procuro um final Uma conclusão, para esta historia Que mesmo pequena, já se prolonga E que cansa, longa vai ela Eu já pensei, varias vezes Já dediquei, varias horas Só falta coragem para o golpe final Eu bem tento, continuar Deixar andar e ver onde vai Acabar cedo, tem um sabor Meio agridoce, a meio se vai Pessoas me dizem, que suicídio É cobardia, não é solução E isso deixa-me mais revoltado Isto é para mim, não quero atenção Se a intenção, era desencorajar Mais coragem, tu já me deste E pego nela, junto a tudo isto E é apenas mais uma razão Mesmo assim, adio o ato Fui cegado pela minha escuridão Agora espero, e antecipo O próximo pensamento, de suicídio Não quero que a minha luta, seja em vão

Agora espero que entendas As verdades não são vendas Depressão, é essa a questão Mas não quero deprimir Outras pessoas

[niwaslikeohmygod]

FALTA-ME FÉ E ELA FAZ-ME FALTA

Quase todos os dias sinto que podia ser melhor na minha relação com Deus. Podia falar-Lhe mais e escutá-Lo mais. Podia estar mais certo do caminho que sei que é o certo. No entanto, prefiro, tantas vezes, falar comigo mesmo e escutar aquilo que os meus egoísmos murmuram. . O mundo é como uma floresta cheia de belezas e ameaças. Importa saber distinguir o bom do mau, e agir em favor do maior bem, com firmeza. Ora, isto é muito fácil de dizer e escrever, mas de uma dureza enorme de conseguir concretizar no dia a dia. Como se preferisse deixar-me ir. . O meu amanhã será o resultado do que me aconteceu hoje e da minha reação a isso. Se não faço nada, se me deixo ir, então o meu amanhã será o lugar exato para onde o hoje me leva. Escolher não escolher é uma opção... irresponsável. . Confiar em Deus não é deixarmo-nos ir. Porque Deus confia em cada um de nós ao ponto de nos ter criado livres, garantindo dessa forma que quando nos aproximamos d’Ele é por nossa vontade e não por mero acaso. Este mundo tende a afastar-nos de Deus, como se estivesse inclinado de forma ligeira e quem nada faz acaba por se afastar. . Mas eu ando cansado e preocupado com tantas coisas que são poucas as forças e o tempo que me restam para me dedicar ao que pode ser adiado... trato das minhas urgências e o importante fica sempre para amanhã. O pior é que eu acredito mesmo que amanhã conseguirei pôr tudo em dia, tudo! O amanhã é sempre o dia em que tudo se resolverá! Esta ideia descansa-me, mas não me compromete, porque amanhã também poderei adiar... . Sinto uma falta profunda de paz. Ou uma falta de paz profunda. Sinto-me longe de casa, sei qual é o caminho, mas parece que algo em mim me impede de ir... Arranjo desculpas e adio. . Por vezes, farto de assim ser, decido-me a um gesto corajoso e dou os primeiros passos. É bom, tão bom que, de forma incompreensível, decido parar e usufruir. Não ando mais e em pouco tempo volto ao mesmo, sendo que me tranquiliza a ideia de que eu consigo, se quiser e quando quiser. Ora, isso não é verdade. Eu apenas sou capaz de dar uns passos, mas não de ir sem voltar para trás. . Como posso acreditar no que não vejo? Como posso estar certo do que espero? Com fé e humildade. A confiança que nasce da fé é mais forte do que a força. É a força da vida. A verdade da nossa condição humana é que não somos senhores do mundo, nem sequer de nós mesmos. A realidade parece passar muito bem sem nós, pelo que a ideia de que somos o centro do mundo é uma idiotice completa. . A fé exige que trabalhemos na criação e construção de caminhos para o céu. Para nós mesmos e para os outros. Precisamos de viver de acordo com o que acreditamos, sob pena de perdermos a nossa identidade... e a nossa felicidade. . O que quer Deus de mim? Que eu seja feliz. E eu,o que quero de mim? Ser feliz. Então porque passo o tempo à espera que isso me aconteça sem que eu tenha de fazer coisa alguma? . A minha vida deve ser o meu templo. O lugar onde me dedico àquilo em que acredito. Onde me empenho em cumprir o que Deus me pede e que não é mais do que aquilo de bom que também eu quero. . O meu coração deve ser uma capela sem paredes nem teto. Onde o vento, o sol e a chuva de cada um dos dias têm sempre lugar, onde também há espaço para a necessidade e a aflição, bem como para o contentamento e a abundância. . Este coração eleva-se e encontra-se com os outros corações que também buscam o céu. . E o que é a oração se não uma forma de nos confiarmos ao amor, de reconhecermos a verdade do que somos e de querermos partilhar as tristezas e as alegrias?

[engavetandoeu]

NOSSO FIM

Fins. são estes que acabam comigo, sempre me encontrei com eles e sempre brigamos e nos machucamos, como se eles levassem de mim algo mt valioso, algo necessário para minha sobrevivência.

Para contextualizar posso começar pelos meus 8 ou 9 anos que precisei me acostumar com minha família separada, digo hoje que pela falta de experiência na vida, na época, cortar o elo emocional foi como pensar que a morte havia me visitado, parece que assim eu iria conseguir viver bem, mal sabia eu que td ficaria mal resolvido até hoje. Tu se lembra tb que sempre me queixei das minhas amizades, passadas ou do presentes, as que acabaram por situações mal resolvidas, por erros de um dos lados ou dos dois lados, mesmo que eu procurasse respostas, me questionasse, chorasse o que eu n entendia mesmo era o fim daquela era. Mesmo sabendo que a vida é feita de ciclos e estes mudam, acabam, se repetem ou se transformam com o tempo.

Contigo não foi diferente, todas vezes que a gente terminava eu voltava atrás, sempre me fiz de forte pros relacionamentos, sempre gritei pro mundo que eu era forte e conseguia, mas dentro? eu tava procurando um lugar pra me esconder e ser meu refúgio. Primeiro vc foi base, depois se consolidou e se tornou minha casa, passou de nível e se tornou meu forte, até que te fiz a minha fortaleza, meu porto seguro. com tudo que vivemos meu porto seguro foi destruído pelos fortes ventos e tempestades que aportou no meu cais, ele ainda me protegia, mas ao caminhar nele eu me machucava nos escombros que restaram, não consegui transformá-lo em um ponto turístico onde os visitantes pudessem apreciar o quão resistente e robusto aquele forte era.

Eu apenas olhava e não me conformava que as fortes chuvas e ventos haviam levado de mim imprescíndível pra minha sobrevivência.

É claro que eu me culpo por não saber até hoje quais foram os fatores que agravaram essa situação, eu não sei se a base da construção da nossa história não foi bem consolidada, se houve erros de cálculo ou se o material que nos foi disponibilizado n foi da melhor qualidade. De qualquer forma, fomos responsáveis pela obra.

Eu não gosto de decepcionar os outros pois sei como fico quando sou decepcionada, talvez por isso eu adio tantas coisas doloridas. não por falta de amor, consideração ou frieza, só n me sinto digna de trazer sofrimento a ninguém perto de mim. Abro mão do meu bem, pra tentar poupar outros. Porém, entendo que estou num mundo sujo de pecado e que a dor está presente nele, sou um humano extremamente falho e que evitar o sofrimento nos outros não melhora as coisas para ninguém.

Dentro de ti, agora, eu imagino o que deve ter, não me odeie, nunca te odiei.

Sei o que tem dentro de mim, incertezas, tem você, nossa história, nossa vida futura que não aconteceu.

Eu n posso viver de passado e preciso entender que feridas só cicatrizam quando a gente n mexe, quanto mais cutuca, mais dói e sangue sai, por isso meu silêncio pra ti pode amenizar as dores, não de imediato, a princípio tu pode querer gritar, espernear e chorar, mas depois passa. espero que passe. em mim tu não passa, tu foi tudo pra mim, mas agora eu quero ser tudo, pra n precisar depositar tudo em alguém que também é falho tanto consigo mesmo, tanto com os outros. talvez as coisas n fiquem claras pra ti, nem pra mim, nem hoje e nem amanhã. todo mundo sabe que depois da tempestade vem o sol e o arco-íris, não nos cabe julgar se os outros estão passando pela tempestade ou estão contemplando o dia de sol.

Nossas estações interiores poderiam estar diferentes, por falta de entendimento das coisas, mas tu foi meu sol, minha tempestade, meu sol e tempestade, meu arco-íris, tudo e um só, as vezes em um só dia, uma só semana, uma só vida e sempre em 1 só pessoa. vc.

Não me culpe por ter escolhido agora, pintar meu próprio céu, mesmo que n esteja de acordo, pra mim tu sempre terá sido minha melhor paisagem.

[a-contra-indicacao]

endereçado

vou cavar outro endereço. afio dentes noutra tarde sem descaso. o vento me acomoda em mais um sono de navio. a maciez desse passado é como um traço, é como um tiro.

já me comove a lucidez que atém a aranha; não me destrói o corpo inato da criança. frente a isso, vou para o quarto, eu viro vidro, e racho e quebro: acordo liso.

o vento bate como antes, o sol refuta a solidão. retiro fotos do percalço, não sei crescer sem sugestão. máquinas são tarde demais, me gravo em vídeo. há muita louça por lavar... tateio flores: burlados lírios.

e nada disso afia a faca que não lamina o que vem cedo. adio os garras de outra tarde. vou decorar outro endereço.

[rires-et-larmes00-blog]

Entendam

Eu queria que vocês entendessem que não é um  textão pra ser poético e romântico.

Eu queria que alguém entendesse o que se passa por aqui. Que meus pulos de alegria e risadas não são verdadeiras. Que eu choro toda noite, e rolo por horas na cama me martirizando por tantas coisas que nem sei dizer. Queria que alguém entendesse que eu durmo pouca coisa mais que duas horas numa noite, e acordo assustada a cada vinte minutos.

Eu tenho pesadelos, eu acordo sem ar. Minha cabeça dói todos os dias, o dia inteiro, mesmo que eu tome todos os analgésicos do mundo.

Eu queria que alguém entendesse que não é drama ou carência, que eu realmente me sinto sozinha no mundo, perdida. Mesmo sabendo que existem algumas pessoas por mim, eu me sinto assim.

Eu queria que alguém entendesse que quando eu bebo demais, fumo demais ou me drogo demais, não é por diversão.

Eu queria que alguém entendesse que o que chamam de piranhagem talvez seja só a tentativa inútil de acabar com esse vazio aqui dentro de mim.

Eu queria que alguém entendesse que não é só sono. Não é só preguiça. Não é só fome.

Eu queria que alguém entendesse que eu tenho problemas e na minha cabeça esses problemas conseguem ser maiores ainda do que eles realmente são.

Eu queria que alguém entendesse que, pra mim, é uma luta levantar da cama. É uma luta estar com a família ou amigos e fazer de tudo pra se sentir confortável, mesmo me sentindo deslocada.

Eu queria que alguém entendesse que eu não sinto mais prazer em conversar com alguém, assistir séries, ir numa batalha, conhecer um cara, dançar a noite toda, comer pastel na feira...

Eu queria que alguém entendesse que meu desabafo não é pra você falar que se sente pior do que eu ou que seu problema é maior do que o meu.

Eu queria que alguém entendesse que meu quarto deixou de ser aconchegante, minha casa deixou de ser um lar, minha cama deixou de ser confortável. Minhas relações não são mais as mesmas, talvez eu não seja mais a mesma. Talvez eu nem tenha relações reais.

Eu queria que alguém entendesse que todos os dias eu adio meus planos e desisto do que sempre sonhei. Não é por ter deixado de sonhar, é por ter deixado de acreditar.Não é por querer alguém, é por não saber mais lidar com o fato de ter se sentido sozinha, insuficiente e descartável a vida inteira.

Eu queria que alguém entendesse que não é falta de deus.

Eu queria que alguém entendesse que não é sobre vocês, é sobre mim.

Eu queria que alguém entendesse que eu não consigo enxergar a luz, eu estou cega, apavorada e perdida. Meus olhos foram tampados pelo medo, então não me cobre algo impossível para mim.

Eu queria que alguém entendesse que não é vontade de morrer, é só vontade de poder recomeçar. Mas não existe recomeço pra essas coisas. Não é ódio de mim mesma, mas é a vontade de não ter mais que olhar pras minhas olheiras, meu dente torto e minha falta de quadril e minha postura cansada.

Eu queria que alguém entendesse que não dói mais como na primeira vez,  esta sensação é como aquela amiga que eu nunca tive. Às vezes ela não aparece, mas quase sempre ela tá aqui, do meu lado. E, contudo, ela ainda me faz perder o ar e querer gritar.

Eu queria que alguém entendesse que é sempre uma batalha interna. Que essa coisa efêmera que vocês, com naturalidade, chamam de "apenas bad", às vezes é um pedido de socorro.

Eu queria que alguém entendesse que, se eu não conseguir amanhã, não quero que me julguem. Não foi por fraqueza: foi por se obrigar a ter força demais

[dramimimir]

17-20/4

Tive que receber meus tios na segunda-feira. Consegui almoçar só lá pelas três. Não consegui fazer nada direito, era pra eu ter estudado, lido alguma coisa, começado algo mas não consegui. Deixei a gata pra tomar banho e ela também não cooperou e não quis tomar banho. Só consegui correr, sem fazer os exercícios posteriores. Teve uma janta com coisas que o tio beto cozinhou e logo depois vim pro quarto. Não aturo essas visitas, sério. Foi um dia curto, queria fazer os exames na terça, só que ia me mijar inteiro, então, desisti.

Terça-feira foi a mesma ladainha com a gata, sem cooperação. Deixei ela na pet shop um pouco antes da aula de espanhol e, logo depois da aula, fui ver o jogo no Xiru. O segundo tempo pra ser mais exato. Lá estavam o henrique e o murillo, o luan chegou depois. Foi um bom jogo. No que voltei, busquei a gata e fui correr. Consegui fazer os exercícios dessa vez mas não consegui correr. Meus joelhos doía. Deixei de ir no médico e de ver a palestra do zé. Eu tava meio depressivo, e ainda tô. Essa semana tá sendo ruim. A mãe tá muito nervosa com essa coisa que ela tem na faculdade com a chefe dela. Todo mundo fica meio down. Pelo menos meus tios foram embora.

Quarta fiquei o dia todo em função de jogo. Tanto videogame quanto uefa. Lá pelas 6 consegui correr, passei no leonardo (e não recebi atenção em função do LOL). Depois, vi o jogo do inter com a mãe. Meu dia foi isso. Tava muito empolgado com futebol. Não cheguei a ter inglês porque era aniversário da mãe do professor e adiamos.

Logo que acordo, podre de cansado em função de ter ido dormir as quatro da manhã, adio a aula de inglês de novo. Minha mãe tá doente e queria ir no médico. Adio todos meus compromissos, hoje era pra eu ter visto a ju pra falarmos sobre a vida. Acordei as quatro da tarde do lado da mãe e fiquei jogando videogame até agora (11 da noite). Quero me sentir útil, preciso de um emprego. Apesar de hoje ser feriado, decido não sair. Não estava com a mínima vontade de interagir com pessoas. Janto a pizza com a mãe e eras isso. Não sei se os meus amigos estão mais distantes ou simplesmente eles andam muito ocupados/com pessoas chatas e não pilho sair. Tá chegando o inverno também. Não sei. Posso ter sossegado em função da Mari.

Ontem ela falou comigo umas inseguranças bobas de dormir e tal. Achei legal a atitude dela de vir conversar. Tentei explicitar que podemos sempre ser sinceros, não tem problema por mim. Hoje tinha xixo dos bixos e ela não me convidou. Preferi não ir apesar do convite da gabrielle. Não queria parecer invasivo ou ver algo que não gostaria. Além do mais, verei ela amanhã, então, de boas.