#Sabrina Martiolli

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Findar ciclos nunca é fácil, mas quando a gente entende que aquilo ali acabou, é sim libertador. Mas até que isso caia na nossa consciência, rende muitos sofrimentos, muitos lutos. A gente na verdade nunca está pronto para o fim, mesmo que ele esteja eminente. A gente se espreme, se ilude achando que “é apenas uma fase”, nós temos a tendência de aceitar o pouco. Pensando que é mais do que merecemos. E não é bem assim. Não se jogue em lugares rasos por acreditar que não encontra algo melhor. Não se esqueça o quão importante é amar a si mesmo, mesmo que as suas qualidades não supram os defeitos. A gente pira, chora, chora mais um pouco, desacredita que algo de bom vai acontecer com você, pergunta se o motivo de acabar foi por sua culpa, se coloca pra baixo achando que não merece ninguém, ou até mesmo acredita que nunca vai achar alguém que suporte todo o seu sentimentalismo. Começa a ver apenas os seus defeitos, os seus medos. Mas esquece que por trás disso tudo, é alguém que quer apenas ter algo recíproco. Findar ciclos nunca foi fácil. Principalmente, quando se está acostumada a não ver a beleza que tem dentro de si. Então, deixo aqui o meu apelo. Olhe mais para você, cada detalhe, se aceite! Então, vá no espelho agora e diga pra si mesmo, eu sou importante pra mim. E se alguém deixou de estar na minha vida, ele que perdeu. Não eu.

Sabrina Martiolli.

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Eu tenho feridas, muitas mesmo. Algumas delas ainda estão doloridas, algumas delas ainda sangram. Algumas delas são um constante aviso de que ainda estão ali, de que eu ainda sinto. E eu preciso dar espaço para sentir, para entender e principalmente, me curar. Ser mais eu mesma, menos alguém que não superou as perdas. Mesmo que atualmente eu ainda não faça ideia do que “ser eu mesma” quer dizer. Mas eu vou tentar, pelo meu eu que esteve com você, pelo meu eu que fui antes de te conhecer e principalmente, pelo eu que me tornei depois de você.

A Teoria do Caos.

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Um texto sobre querer sentir

Queria poder dizer que eu estou feliz, que nada de ruim vem acontecendo na minha vida, que estou conseguindo conquistar tudo que eu sonho, que as pessoas a minha volta estão bem, que eu tenho novos motivos para sorrir todos os dias. Queria poder dizer que eu estou triste, que estou machucada, que algo dentro de mim dói. E dói muito. Que o meu choro melancólico das manhãs é basicamente de saudades, de quem eu fui, de você, do meu cachorro. 

Mas na grande maioria do tempo, é como se eu estivesse adormecida, que ao meu redor tudo é normal, tudo está seguindo em linha reta, nem bom, nem ruim. E é assim que eu sigo os meus dias, respirando fundo, esperando sentir algo que nem ao certo eu sei o que é. É como se eu caísse no vazio, torcendo fortemente para que, essa queda livre acabe logo, que eu rapidamente sinta a dor de estar contra o chão, ou a alegria de estar em algo firme para me apoiar. Mas sigo, nem feliz ou triste. Só sigo.

Sabrina Martiolli.

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Carta aberta - para ele

Então né, por onde começar... 

Eu pensei muito antes de vir até aqui, de falar tudo isso que eu vou te falar, mas saiba que eu não espero uma resposta tua. Eu só preciso colocar pra fora o que está me sufocando por dentro. Esses dias eu comecei uma limpeza, iniciei pelo meu guarda roupas, separei algumas coisas que eu não usava mais, coloquei-as tudo por cor. Organizei as coisas que estavam fora do lugar, e você sabe o quão desorganizada eu consigo ser, mas eu precisava arrumar. Depois mudei os móveis do meu quarto de lugar, tirei os papeis soltos da faculdade, organizei os meus livros na estante, por ordem alfabética. Sim, eu fiz isso. Mas eu fiz isso tudo para evitar pensar em você. Pra evitar pensar em tudo o que aconteceu, pra evitar pensar que amanhã não existe mais o nosso nós. Depois eu fui para o resto da casa, limpei os móveis, mudei tudo de lugar, a geladeira da minha cozinha rodou muito até achar o seu canto. Depois, quando eu terminei de fazer isso, eu vi que ainda precisava de mais, as coisas ainda não estavam organizadas o bastante, para mim ainda faltava algo. Então, eu liguei o computador, organizei os documentos, fotos, artigos e tudo mais que estava solto. Depois comecei a apagar as fotos do meu celular, fotos nossas. E foi ai que eu lembrei do porque de toda aquela limpeza. No fundo, eu só queria limpar as lembranças dolorosas que eu tenho de você. 

Sabrina Martiolli.

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As coisas não estavam boas, mas eu não as enxergava. Eu deixei de me importar com o que me machucava, afinal você tinha todo um jeito de conseguir entorpecer a dor que tenho em mim. Tudo estava bem, porque você estava ali. Houve um tempo em que prometemos nunca dizer adeus, mas algumas coisas aconteceram e nós mudamos. Dizer adeus para quem você ama, nunca é fácil se você é aquele que fica. E eu fiquei. Eu ainda não consigo me livrar de você mas, espero ansiosa o momento em que começo a romper com essas mudanças emocionais.  Porque é mais fácil dizer, "que tudo vai ficar bem, eu vou superar, isso que eu sinto vai passar", do que estar nessa situação. E agora eu sinto como se estivesse sufocando. Percebi que o impacto que você tinha em mim, foi muito maior ao que eu tive em você, e tudo bem. Acontece. Mas dói e como dói. Você foi embora sozinho com o seu orgulho e eu bem, sentei em casa e chorei. Eu meio que já estava acostumada a ser alguém que você amava. 

O Diário de Sofi.

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Faz tempo que não tenho palavras para expressar os meus sentimentos. Um dia eu simplesmente parei de tentar explicar, acho. Então, peço desculpas se isso aqui não sair como esperado. Um dia eu acordei -que estranho falar isso-, e senti que faltava algo. Sinto falta de algumas situações que vivi com algumas pessoas, mas não da pessoa em si. Não sei se você consegue me entender. Ontem fez 1 mês do meu último término e cheguei a conclusão de que: não é porquê eu não tenha o amado, amei sim, muito até. Se duvidar muito mais do que a mim mesma. E foi aí que tudo começou a desabar. 

Vou falar de clichês do tipo, a gente não pode ficar tentando se encaixar na vida das pessoas, muito menos querer que ela faça o que nós queremos. Expectativas podem sim ser criadas, mas não é porquê você deseja que vai acontecer aquele romance de livros melosos. Acredite, eu tentei. Ou então, na primeira oportunidade você dá adeus por ter medo que te machuquem, eu te entendo, assusta muito se abrir para alguém e ter medo de que não seja correspondido. E está tudo bem se isso acontecer. 

Ou então, caso você se afaste das suas amigas por não aguentar mais elas falando que ele não presta, que você merece coisa melhor, e depois de um tempo, saber de inúmeras traições. Acontece sim, e dói. Como dói. Mas passa. Quando menos espera, você se apaixona pelo primeiro que te chama de linda e te dá o mínimo de atenção que você acha merecer. Você passa a compará-lo com os outros, vê os erros, mas acha que ele é o príncipe encantado. Insiste, insiste, se joga de cabeça mesmo, por não saber se doar pouco. Mas percebe que está sozinha no abismo. E que, de novo, esqueceu de se colocar em primeiro lugar. Acontece. Mas passa, foi o que a minha mãe me disse uma vez. E eu acreditei. 

Eu tenho feridas, muitas mesmo. Algumas delas ainda estão doloridas, algumas delas ainda sangram. Algumas delas são um constante aviso de que ainda estão ali, de que eu ainda sinto. E eu preciso dar espaço para sentir, para entender e principalmente, me curar. Ser mais eu mesma, menos alguém que não superou as perdas. Mesmo que atualmente eu ainda não faça ideia do que “ser eu mesma” quer dizer. Mas eu vou tentar, pelo meu eu que esteve com você, pelo meu eu que fui antes de te conhecer e principalmente, pelo eu que me tornei depois de você.

Sabrina Martiolli. 

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As palavras a muito se calaram, silenciadas no meu âmago. Breves sussurros aliviam o peso que carrego, mas nunca o cessar.

A Teoria do Caos.

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Eu não tenho como julgar a dor do outro, não posso medir se é maior ou menor que a minha. Na verdade, não tem nem como comparar. Logo, eu não deveria tratar mal, ou desejar o mal. Mas não apenas para manter a minha mente tranquila e sim de que, eu não quero ser o motivo da dor de ninguém. Sendo bem sincera com vocês, muitas das minhas cicatrizes tem nome, sobrenome e endereço. Mas o fato de eu ter meus problemas, não pode ser sinônimo de que eu devo causar tristezas nos outros. Então, hoje eu posso dizer que evito tudo que possa se tornar um conflito maior. Não apenas por medo, mas por não saber o impacto que eu posso causar. Palavras tem for��a e como tem. E muitas vezes o outro não está suportando o peso nem das suas. Imagina das minhas?

Não deveríamos pensar no outro em apenas um único mês, “é setembro, então eu vou tratar aquela pessoa bem, não vou xingar ela hoje”. Não é assim! Novamente, nós nunca sabemos o quão profunda e dolorosa é a dor do outro. E isso deveria valer de no m��nimo não querer piorar. Ser empático, não é apenas “compreender” o que o outro sente. É entender que ali, também bate um coração cheio de incertezas, inseguranças, medos e tristezas. Somos seres humanos e muitas vezes esquecemos da nossa humanidade. Então, que não apenas no Setembro Amarelo possamos conseguir refletir um pouco sobre o impacto que temos nas vidas dos nossos próximos, aprender que certas atitudes que não faz bem tanto para si e para o outro também. 

S.M.

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isso também vai passar

as vezes parece que nada vai sobrar, que o seu interno vai se desfazer, se destruir. quando olhamos para o lado e não vemos as respostas para as nossas perguntas, ou quando nada ali parece diminuir o que está acontecendo. mas esquecemos que antes dessa dor insuportável, tivemos outra. e antes dela, outra. isso tudo foi para nos preparar para suportar, para enfrentar, para vivenciar o nosso pior e entender o que é o melhor e preservar isso.

cada minuto já não é igual ao que já passamos, então isso também passará.

S.M.

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Isso também acontece com você?

A muito anos atrás criei um blog na intenção de dar voz ao que eu sentia, e eu escrevia, muito, tudo me inspirava, tudo me tocava, tudo se transformava em palavras. Palavras essas que tocaram outras pessoas, que usaram para tocar outras pessoas, e por assim vai. Usei das minhas dores, amores, amizades, músicas, até mesmo de cores, para dar sentido ao que estivesse ali, naqueles textos. Mas hoje, não me vejo mais no mesmo lugar, não me vejo mais como um quadro em branco, hoje tenho cores, e hoje já não sei mais usar-las para escrever. 

Perdi o tom, o sentido, o motivo. Vejo minhas cores nas telas e não consigo mais colocar para fora o que sinto.

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Nosso maior erro é esperar, da vida, das pessoas, de nós mesmos. A vida não possui roteiro, então, porque não apenas a vivemos da melhor maneira possível? Compartilhando momentos com quem amamos, sorrindo mais, curtindo mais. Nós perdemos as coisas mais belas apenas por esperar, esperar é perda de tempo e o tempo, bom, ele não volta atrás.

A Teoria do Caos.

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Achei uma foto sua perdida no meu celular, éramos diferentes naquela época. Queria poder voltar no tempo, só para quem sabe poder aproveitar mais. Eu gostava de quem eu era com você, de como eu me sentia quando você estava por perto. Você me fazia sentir. E por mais que isso me assustasse, eu gostava. Porque você estaria ali, do meu lado, e não me deixaria cair. Isso soa muito brega, até mesmo clichê. Mas, não consigo lembrar como é a sua voz, ou o tom da sua risada. Você ria quando falava comigo? Não lembro, confesso que mal lembrava do seu rosto até ver essa foto. E o mais estranho é que eu não senti aquele conforto de antes. Está vazio, sem dor, sem rancor, sem amor. Apenas preenchendo o espaço com saudade das expectativas que inventei.

O Diário de Sofi.

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Eu sou um ser vazio que, no fundo, só quer aprender a amar.

A Teoria do Caos.

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Você está bem? Como foi o seu dia? Você ainda toca aquele seu violão? Você ainda gosta de bolo de cenoura? Lembro pouco sobre o que você gostava, erro meu, talvez. Muito estressado com a faculdade? Eu estou tendo problemas com o meu TCC, acho que envelheci uns 5 anos em alguns meses, acredita? Pois é. Como tem passado? Espero que esteja bem. Mas não me fale que está bem só por conveniência, espero que esteja bem de verdade e que esteja conquistando tudo o que sonhou. Os dias estão nublados ultimamente, isso me lembrou uma música que, me levou a lembrar de você, estranho. Quando eu tenho quase certeza de que você nem faz mais ideia de quem eu sou. E confesso que às vezes nem eu sei. Eu só queria te dizer um oi. Então.. Oi, estou com saudades.

O Diário de Sofi.

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Em meus pensamentos, a palavra que mais aparecia era o talvez; talvez eu seja uma pessoa ruim, eu achava. Talvez eu seja repleta de defeitos, o que faz ninguém permanecer em minha vida. Eu acreditava fielmente nessa. Talvez eu não seja alguém que merece amar, ou até mesmo não saiba como amar outro ser. Talvez, talvez, talvez... Eu repetia tanta vezes essa palavra em minha mente que eu passei a acreditar em coisas que não eram verdades. Fiquei sofrendo por nada, me perdi de mim. Se você está passando pelo mesmo que eu, espero que não acredite nesse talvez que a sua insegurança lhe transmite, pois afinal, dias tristes também tem seu fim.

A Teoria do Caos.