#Quero exibir meu longa
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daisyjoners · 3 years ago
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“ how long until you realize i’m here to stay? ” (callie e sam)
“deixa de ser bobo, samuel…” a resposta deixou os lábios de calliope alguns segundos mais tarde do que deveria, considerando o quão indescritível era a sensação que as palavras proferidas pelo rapaz lhe causavam. erguendo o punho até a altura da boca, pigarreou e endireitou a postura, esforçando-se para se ocupar com a organização para o jantar com as famílias de ambos o máximo que poderia, para que a preocupação com o que diabos estava acontecendo entre ambos não se mostrasse tão forte pelas linhas de expressão que marcavam sua face. estavam prestes a terem de passar a noite na companhia dos avós e dos pais do ex-namorado, além de sua própria irmã caçula, e o último pensamento que precisava ter em sua mente era sobre o quanto aquela conversa não deveria mais acontecer entre ambos. não quando os dois provavelmente estariam melhores não tendo que lidar com o acréscimo de pressões familiares, um bônus sem igual do relacionamento de ambos quando este ainda existia além da amizade, e quando a lancaster nunca fora sequer de acreditar que era possível manter algo em longa distância com outras pessoas. e, embora samuel estivesse longe de ser qualquer um em sua vida, era inegável que mantinha tal mentalidade como uma justificativa plausível o suficiente para que não voltassem a namorar. assim, enquanto dispunha os talheres na mesa de jantar elegante dos lancaster, evitava encará-lo quando pôs à conversa a sequência de sua sentença anterior: “eu sei que você vai estar sempre comigo, não é uma dúvida minha. nunca foi, pra falar a verdade, nem quando a gente tinha acabado de terminar.” e não mentia neste ponto, apesar das inseguranças terem aflorado de sua pele após finalizar a relação em que ambos haviam dedicado mais de um ano de suas vidas. “e-” cortou sua própria fala, tendo então a noção de que não adiantaria de nada continuar com aquela linha de pensamento quando estava justo ao lado da pessoa que a conhecia praticamente como a si mesma; a única que era capaz de identificar com toda a precisão quando não estava verdadeira, esquiva. a estudante não se sentia confortável nem com a possibilidade de acabar magoando samuel por má interpretação de suas ações, ou apenas por alguma consequência de suas próprias ações e palavras. repousando os talheres que restavam sobre o lugar em que seu avô costumava sentar, apoiou ambas as mãos sobre o tecido da toalha, a segurando com maior firmeza ao tentar equilibrar todos os pensamentos que tomavam conta de sua mente naquele instante. a garota sempre fora alguém extremamente prático, lógico, e não poderia afirmar gostar realmente de se por em uma situação na qual precisava exibir mais de seu coração e de sua vulnerabilidade do que seu costume permitia. entretanto, se fosse para isso acontecer, era preferível que fosse com samuel, no fim das contas. “esquece, eu entendi o que você tá querendo dizer, sam. e… tem muita coisa em jogo e eu não sei se nós estamos prontos pra passar por tudo isso de novo. não sei se quero me sentir… me sentir presa dessa forma com os meus avós e a sua família, e de jeito nenhum quero ver você sofrendo da mesma coisa. e eu nem sei se iria dar certo se a gente não entrasse no mesmo lugar e, sabe, isso é um saco. porque eu não simplesmente apertei um botão e esqueci você, só não sei se é o melhor pra gente voltar com tudo.”
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pnkyg · 4 years ago
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The Midnight Gospel só para psiconautas
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Aqui está o diagnóstico do especialista em psicodélicos Luis Fernando Tófoli 
Luís Fernando Tófoli é uma pessoa minuciosa. Mas, além de minucioso, ele também é psiquiatra da UNICAMP e coordenador do ICARO, um grupo que estuda o uso terapêutico de psicodélicos. 
Ao lado de cientistas como Sidarta Ribeiro, Stevens Rehen e Draulio Araújo, ele vem alargando os limites das pesquisas com essas substâncias no Brasil. E eu me sinto a própria Britney Spears científica em Oops!... I Did It Again por fazer parte de um grupo de estudo sobre ayahuasca que ele coordena. Por isso, depois que assisti a The Midnight Gospel, quis muito saber se aquilo que eu tava sentindo com o fim do último episódio (sem spoiler) poderia ser comparado a uma experiência com ayahuasca, cogumelo ou LSD. Ele assistiu a todos os episódios de uma vez só, leu o guia que eu preparei sobre a série e falou pra essa matéria que eu fiz pro TAB Uol, explicando como uma animação da Netflix sobre angústias existenciais e vaginas gigantes pode nos ajudar a atravessar a quarentena. Quando ele tava no quarto episódio, deu um pause e me mandou esses prints aqui:
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Meu mundo caiu. Tudo bem que qualquer pessoa poderia ter pensado no termo "PunkYoga", mas qual é a chance do nome da minha newsletter aparecer na obra que mais molhou meus olhos nos últimos tempos? Essa sincronicidade só podia querer dizer uma coisa... Nada. Mas ia ser legal demais pra me exibir. — Não tô acreditando! — Eu respondi pra ele no WhatsApp, sem saber o que pensar. — Não acredite mesmo. Nothing is real. — Ele me respondeu, misterioso. Era um print fake. Ele explicou depois que fez uma montagem substituindo o termo "learn" por "punk" só pra me fazer acreditar por alguns segundos nas ligações ocultas do Universo. Mas era mentira.
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Por isso, eu digo que o Tófoli é uma pessoa minuciosa. Segundo ele próprio:
Aquela coisa do médico chato, no primeiro episódio, é a minha cara. Acho que a mensagem das drogas que ele passa é excelente [de que drogas são substâncias que não são boas, nem más, elas dependem da circunstância]. Subscrevo o que ele fala na série, tirando a parte dos zumbis.[Risos]
Logo, não poderia ter ninguém melhor pra comentar se o desenho podia ou não ser comparado com uma experiência psicodélica.
A resposta curta é: não. A resposta longa é: a série é muito mais do que isso.
Eu não faria uma única leitura psicodélica. Claramente o Pendleton [Ward, criador de Hora de Aventura e um dos dois criadores de Midnight Gospel] se interessa pelo assunto, e o próprio Duncan [Trussell, o outro criador] é tão interessado que foi encontrado por alguém da minha equipe no Psychedelic Science 2017, então existe uma conexão. Mas isso é uma coisa que eles já dispensam logo no primeiro capítulo. Do ponto de vista visual, é psicodélico. Mas acho que o fundamental é o texto.
Tófoli faz uma comparação com o episódio três, no qual o Homem Aquário explica que a magia é transmitida de forma oral — o que faz bastante sentido para uma animação que usa como base um podcast.
Não quero dizer que a camada visual não seja importante. Se você ficar só no visual, está tudo bem. Mas acho que a mágica está na palavra. A pessoa tem que prestar atenção no que está sendo dito, e não desistir nos primeiros episódios.
Segundo ele, as informações transmitidas garantem que não apenas pessoas ligadas aos psicodélicos possam se interessar pela série, mas também aqueles ligados à meditação ou a outras formas de perceber o mundo.
Tanto que, de certa forma, a série faz um caminho: parte dos psicodélicos para chegar no Ram Dass, uma pessoas que deixou os psicodélicos há muito tempo para trabalhar com outras questões da consciência.
Assim como em uma experiência psicodélica, na série, o caminhão de informações despejadas na mente é tão grande que é preciso um tempo para assimilar tudo, já que a animação mistura questionamentos existenciais, filosofias orientais e angústias humanas com zumbis cantores, cachorros depressivos & polvos meditadores. Como lembra Tófoli, é preciso fazer o que ele chama de integração, dividir o processo com outra pessoa, por exemplo, para entender aos poucos o que foi passado. Durante dez anos, o psiquiatra foi membro da União do Vegetal (UDV) — uma das três principais religiões cristãs brasileiras que usam ayahuasca em seus rituais, além do Santo Daime e da Barquinha —, ele compara a dificuldade de lidar com o volume de informações da série à dificuldade das primeiras experiências com o chá.
Na minha primeira vez na União do Vegetal, eu estava lá tentando lidar com aquele turbilhão na mente, e via as pessoas se levantando e fazendo perguntas. Pensava: será que essas pessoas tomaram a mesma coisa que eu? Com o tempo, você aprende a filtrar as informações e se sente mais seguro para também levantar e fazer suas perguntas. É a mesma coisa no desenho. Acredito que as pessoas façam caminhos diferentes para aprender a lidar. Algumas podem se interessar mais pelo visual. Para mim, o mais interessante é a fala. Mas tem a ver com a minha formação dentro da ayahuasca, que é centrada na palavra. Na UDV, os ensinamentos são todos orais, não tem nada escrito.
Na reportagem para o TAB Uol, eu compartilhei uma sensação que meu irmão teve ao assistir ao terceiro episódio, aquele em que o Homem Aquário explica que magia nada mais é do que intenção e energia direcionados a um foco. "Se você não tem um planejamento, qualquer resultado serve. Percebi que falo isso para todo mundo, mas nunca exerci na minha própria vida", me disse o meu irmão. Foi o que me levou a perguntar sobre a relação da série com os psicodélicos, foi pela questão terapêutica, já que, desde meados dos anos 2000, essas substâncias vêm se mostrando promissoras no tratamento de transtornos, como ansiedade e depressão.
Têm muitas questões aí. A gente tem que lembrar a base educacional das pessoas. Tem gente cuja preocupação maior é sobreviver em um mundo onde os recursos são mal distribuídos. É preciso fazer mil ressalvas. Mas, de fato, há uma porção da humanidade para a qual essas questões chegam de maneira mais evidente. Fazendo essa ressalva, acho que a série pode ser terapêutica, sim, desde que a pessoa tenha condições de fazer essas reflexões sobre si mesma. Também não acho que sejam questões tão inalcançáveis, tem a ver com o cotidiano, o dia a dia mesmo. A questão é que grande parte das pessoas não consegue nem ter tempo para refletir sobre o que elas vão comer, então tem que tomar esse cuidado de não esquecer que tem demandas não atendidas na humanidade. Não que a questão da morte não seja uma questão que todos tenham que se confrontar, mas, posto isso, acho que pode ser terapêutico. Para mim, foi muito terapêutico. Foi muito bom poder ver esse desenho na pandemia, porque traz reflexões sobre a nossa própria individualidade. E nós estamos no momento de refletir sobre isso.
Segundo ele, se colocar como espectador de uma série tão descontrolada o lembrou de que o controle é só uma ilusão. "A gente pode achar que o vírus mata mais a uns do que a outros, mas você nunca sabe quando vai ser sorteado pelo dado da morte."
Aceitar essa ideia é percorrer o mesmo caminho do prisioneiro Bob, do episódio 5, que só interrompeu seu ciclo de vida e morte quando aceitou plenamente sua condição. Ele "abandonou a esperança", não por pessimismo, mas simplesmente porque ela deixou de fazer sentido. Em outras palavras, ele transcendeu. E, afinal, para o Tófoli, é sobre isso que é a série.
Eu não acho que os psicodélicos sejam a salvação da humanidade, como muita gente. Acho que eles são ferramentas úteis que ainda precisam ser entendidas, muito embora também perigosas. E não acho que a série seja sobre o uso terapêutico de psicodélicos. Acho que é uma série que fala sobre a experiência de transcendência, que pode vir pelo uso de psicodélicos ou não. Mas passa por várias coisas, como sonhos, meditações, visões, intuições, experiência de adoecimento, sofrimento... É mais do que uma experiência psicodélica.
Concordo. E, assim como os psicodélicos, também entendo que nem todo mundo vai se interessar pela série. Alguns vão achar que é coisa de lunático, ou que os assuntos tratados vão matá-los de tédio. Isso me lembra da primeira vez que tive uma experiência com ayahuasca. Fiquei tão impressionado que achava que todo mundo deveria conhecer esse tipo de sabedoria que nos fazia enxergar uma outra realidade. Como isso não tá passando no Jornal Nacional, pensei. Daí me dei conta, como o Marinho registrou nesse som do projeto DesReal, de que esse tipo de conhecimento já vem sendo transmitido há milênios. A gente é que não escuta. Ou escuta quando está pronto.
Da mesma maneira que foi terapêutico para mim, não quer dizer que seja pra todo mundo. Para algumas pessoas pode ser muito angustiante. Por isso, acho importante que role a integração, que se veja a série junto de alguém, discutindo, conversando, aprofundando a experiência. Afinal, como ele fala no episódio cinco, não são os nós que formam o tecido do Universo, mas as conexões.
Gosto de The Midnight Gospel porque ele encapa filosofias tradicionais e conhecimentos ancestrais com cores berrantes e personagens surreais em uma série que eu posso assistir largado no sofá. É a melhor representação daquele meme que foi impulsionado pela quarentena, que diz que se você não pode viajar para fora, viaje para dentro. *Por Nathan Elias-Elias Este texto foi publicado na edição #33 da newsletter PunkYoga. Assina aqui.
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collinsbaby · 5 years ago
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Freshman Fantasies
Episódio 1
– Docinho, você não gostaria que eu falasse com a vovó para você ficar com ela?
– Não pai, não precisa.
– Você tem certeza docinho?
Eu suspirei, o motorista do aplicativo estava paciente, mas não era muito legal ficar esperando um cliente entrar no carro.
– Pai, eu sei me virar, por favor você vai perder o voo
– Certo, querida, certo. - ele entra no carro – mas não exite em me ligar caso precise de algo ou de ir para a sua avó caso se sinta sozinha.
– Sim papai, até.
Papai iria para uma viajem de negócios, uma feira de arte que duraria um mês ou mais, era importante pra ele, e eu estava feliz por ele, e por poder ficar sozinha também. O carro se foi bem rápido, eu entrei novamente em casa e fui para o meu quarto. Em poucas horas eu estarei na festa da Luna Mackenzie, não sei exatamente como eu fui chamada para essa festa, não que eu não seja sociável, mas não sou amiga da Luna então achei estranho.
Eu estava atrasa porém pronta, esperava a Kayla que dizia ‘não podemos chegar muito cedo, temos que chegar elegantemente atrasadas’
Ok então, antes da Kayla chegar, recebi uma mensagem do papai.
– Olá Docinho, cheguei no hotel, como você está?
– Estou bem, e por ai? Como está em Londres?
– Chovendo, mas nada que atrapalhe a exposição.
– Isso é ótimo pai.
– E o que fará na sua primeira noite sozinha em casa?
– Vou para a festa da Luna
– Certo, tome cuidado.
– Pode deixar pai, não farei nenhuma bobagem.
– Eu sei filha, confio em você. - ele mandou uma segunda mensagem – Vou indo filha, falamos depois ok?
– Ok papai, amo você
– Também te amo docinho, boa festa e cuidado.
Assim que bloqueei o celular e guardei na bolsa, Kayla chega com o motorista de aplicativo, eu entro no carro e ele se dirige para a festa.
– E então como eu estou?
Kayla me olha de coma a baixo, eu usava um vestido rose frente única que deixava as minhas costas de fora, bem acinturado e soltinho até o joelho, usava um salto no mesmo tom do vestido, alguns acessórios, cabelo preso do lado e uma make caprichada.
– Está linda Mika, como sempre.
Eu sorri
Kayla não perguntava como estava, já que ela é tão confiante que chega dar inveja. Ela é uma garota extremamente linda.
Ao chegarmos na festa, estava bem cheia, decidimos ficar na mesa da piscina, Kaila já tirou uma selfie e fez cheking na rede social. Isso era algo que particularmente eu não fazia questão.
– Vou buscar algumas bebidas para nós.
Kayla se levanta e vai até o Barman, eu me desligo dela por alguns segundos para olhar a festa, realmente estava bem cheio e mal começou a festa mas já tinha um pessoal bêbado, não demoraria muito para ter um pessoal caindo na piscina
– Mika?
Eu me virei para ver quem me chamava, e era ninguém menos que Jonathan Bilmont, o cara mais popular na escola desde… sempre talvez.
– Olá, Jonathan. - dei um sorriso.
– Posso me sentar com você?
Eu fiz que sim com a cabeça, ele tinha duas bebidas nas mãos e me ofereceu uma, claro que eu não aceitei, eu vejo filmes o suficiente pra saber que não se aceita drink de desconhecidos. Não demorou muito a Kayla chegou.
– Olá Jonathan
– Olá Kayla.
– Mika, sua bebida. - Kayla me entregou um drink.
– Obrigada amiga, vai se sentar?
– Não, eu encontrei a Ray, uma colunista de moda MA-RA-VI-LHO-SA vou falar com ela, aproveite a festa – ela me deu uma piscadinha e saiu.
– Sabe, foi eu que fiz questão de te convidar.
Ele falou retomando a minha atenção pra ele.
– Me convidar?
– Sim, a Luna é minha amiga e… bom…. Eu pedi que ela te chamasse.
– E por que?
– Queria te conhecer melhor.
Ele lança um olhar provocante e pisca, o Jonathan é realmente apaixonante.
– Vamos comigo em um lugar.
Ele pega a minha mão e vamos para o segundo andar onde tem um quarto que mais parece outra casa de tanta coisa que tem dentro, nos sentamos no pequeno bar que tinha no quarto, quando chegamos Jonathan completa meu copo.
Eu olho aquilo e entendo o plano dele, me embebedar em um quarto, na festa que ele me chamou pra me ‘conhecer melhor’ certo, vamos brincar…
Depois de um tempo de conversa… quer dizer de um monologo sobre ‘como eu consigo falar de mim a noite toda pra me exibir pra você’ em que o Jonathan passou muito tempo falando do quanto ele é bonito, rico, inteligente, rico, atlético, rico… eu já disse rico? Era entediante mas eu tentava manter o sorriso de ‘nossa como é interessante’
Não demorou muito para ele me oferecer o terceiro copo, eu olho aquilo e fico imaginando, se ele soubesse o quando demora para eu ficar bêbada com esses drinks que só tem beleza… Dessa vez eu não bebo. Jonathan já está no quarto copo e levemente alterado.
– Acho que você deveria dar uma pausa na bebida Jonathan.
– Claro que não, eu estou me divertindo… - ele se aproxima – mas poderíamos nos divertir mais ainda.
Ele me sorri provocante enquanto olha descaradamente para o meu decote, ele chega mais perto e me puxa pra perto dele com o braço esquerdo, ele aproxima sua mão direita do meu rosto e eu viro.
– Jonathan, não quero te beijar, você está bêbado.
Ele me encara e solta uma risada longa.
– Acha que três drinks bobos me deixam bêbado?
Na verdade foram quatro e eu não acho, tenho certeza que ele esta bêbado.
– Vem, fica comigo essa noite – ele continuou – Eu realmente estou a fim de você. - ele se aproxima mais lentamente.
Resolvo dar um beijo nele, o beijo foi esquentando rápido, Jonathan já estava querendo passar a mão no meu corpo todo e eu estava contendo ele como podia, quando percebi que não adiantaria eu o afastei de leve.
– Ah… entendi… é a sua primeira vez não é? - ele sorri confiante
– Essa não é a questão, eu realmente não quero.
– Tudo bem, tudo bem, eu posso esperar o momento certo… - eu senti um ar de chacota. - podemos pelo menos sentar na cama para conversar?
Eu fiz que sim com a cabeça e nos sentamos, mais uma vez ele falou dele mesmo, e no fim pediu para tirarmos uma foto juntos. Eu aceitei e depois de um tempo nos beijamos de novo por mais um tempo.
Estava bem tarde quando resolvi ir pra casa, Jonathan ficou na festa, eu não encontrei a Kayla em lugar nenhum.
No dia seguinte eu acordei bem, mas a Kayla me ligou com a maior ressaca da vida toda, nós resolvemos nos ver e passar o domingo juntas, era bom ter momentos assim com a minha amiga.
Antes de dormir papai me ligou
– Olá docinho.
– Oi pai, como está?
– Bem, tudo indo bem, como foi a festa ontem?
– Legal, poderia ser melhor se o chato do Jonatham Bilmont não tivesse me monopolizado a noite toda com um monologo interminável.
Meu pai ri
– Mesmo sabendo que você jamais teria nada com ele, eu fico preocupado, não gosto desse garoto.
– Eu sei e eu também não.
– Certo, deixa eu te contar uma novidade – o tom de voz do meu pai ficou mais animado – você não vai acreditar, eu encontrei uma surpresa pra você.
– Uma surpresa? Como se ‘encontra’ uma surpresa?
– Você saberá quando eu voltar. Bom vou indo que tenho uma entrevista agora, beijos docinho amo você.
– Também te amo pai.
Meu pai sempre foi bem tranquilo, falar sobre meninos era natural, ele sempre me aconselhou e me ensinou que existe homem pra amizade, pra ficar longe, pra beijar, pra uma transa casual (mesmo que ele detestasse o fato de que eu poderia ter uma transa casual) e outros se namora ou casa.
Eu passei a noite estudando pra prova de química na primeira aula, era fui um fiasco na prova passada, precisava tirar mais que a nota máxima se possível. Vi que o Jonathan me ligou mas… não estou com tempo pra ficar ouvindo ele falando de si mesmo.
No dia seguinte eu acordei bem cedo e peguei o ônibus logo, fui o caminho todo lendo a matéria, cheguei e fui direto para o refeitório estudar.
– Oi amor.
Jonathan chegou e me deu um selinho carinhoso na frente de todo mundo, eu fiquei sem entender nada. Será que ele pensa que somos namorados?
– Porque não me atendeu ontem a noite? Queria te ver.
– Eu estava estudando. - mostrei o caderno – igual to fazendo agora sabe?
– Ah, você poderia ter me falado meu amor. - ele sorri – Você tem o namorado mais inteligente da sala.
Namorado? Ok é oficial, ou o Jonathan está louco, ou ele bebeu mais do que eu imaginava.
– Jonathan, escuta, precisamos conversar.
– Claro meu amor, podemos conversar no fim da aula, tenho umas coisas para resolver na coordenação agora, só vim te dar um beijo mesmo, depois da aula me espera no estacionamento, podemos dar uma voltinha.
Ele sorri se levanta e sai. Tudo bem… prefiro nem entrar em detalhes do quanto aquilo foi estranho. No fim da aula ele estava me esperando na frente de um conversível vermelho novinho, era tão clichê que chegava a parecer mentira.
– Oi meu amor, como foi a prova?
Ele perguntou isso enquanto segurava minha cintura ainda encostado no carro, ele veio me dar um beijo mas eu virei.
– O que foi meu amor? A prova foi tão ruim assim?
– Não Jonathan, não tem nada a ver com a prova. Escuta, não estamos namorando.
– Como é? Você está terminando comigo?
Deus! Como se explica que não tem como terminar algo que nem começou.
– Teoricamente não! Visto que nem começamos a namorar.
– Claro que sim, sábado a noite nós…
– Nós nos beijamos, nada mais, não me lembro de você ter me pedido em namoro.
– Ah … - ele relaxa – Você quer um pedido formal não é? Com aliança e todo aquele bla bla bla de filme de menina não é? Tudo bem… podemos oficializar. - ele me dá um sorriso provocante – Tudo isso é vontade de dizer ao mundo que você namora o Jonathan Bilmont?
Ele tenta me beijar.
– Não Jonathan, falo sério, eu não quero namorar você, foi só um beijo nada mais.
– você está louca? - ele se levanta com raiva – Todas as garotas da cidade querem namorar comigo, e de todas elas eu escolhi você. O que você quer? Um presente caro? Uma noite romântica, só me falar que eu faço do seu jeito.
Ele falava e vinha em minha direção, inconscientemente eu fui me afastando
– Quero que você entenda, que eu não quero namorar.
– Qual seu problema? - ele estava gritando, todos que passavam olhavam para a gente – Eu não sou bom o suficiente pra você? Gostaria de te lembrar que sou filho de um dos homens mais ricos dessa porcaria de escola.
– Fala baixo Jonathan! - eu dei uma encarada nele – Eu estou cagando para o seu dinheiro e para o seu pai, não ligo pra menina nenhuma para quem quer namorar você, na verdade, você deveria namorar elas, porque eu não quero!
Ele serra os punhos, e me olha feio.
– Eu sempre consigo o que eu quero Mika, e você vai ser minha! Por bem ou por mal.
Ele se vira com uma fúria incontrolável, entra no carro e sai em disparada. Eu solto o ar que nem percebi que segurava, peguei o ônibus e fui pra casa.
– Meu Deus! O que foi aquilo?
Eu e a Kayla estávamos conversando pelo telefone. Kayla tinha escutado tudo, na verdade não teve quem não ouvisse.
– Birra de menino mimado, já já passa.
– Espero.
Kayla estava fazendo a unha enquanto eu pintava um quadro novo, eventualmente papai levava meus quadros para expor em eventos beneficentes, eu nunca assinei meu nome, sempre colocavam como ‘artista desconhecida’ minhas obras serão avaliadas pelo que elas são, não por estarem assinadas como M. M. Scherbatsky, que era como eu assinava os meus documentos, claro que todo mundo saberia quem eu sou, pelo simples sobrenome.
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andrevalentefoto · 7 years ago
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Hoje, 13/02/2018, foi dia de conhecer o Bloco Quero Exibir Meu Longa, que saí pelas ruas da Tijuca. Aqui uma pequena amostra, mas se quiser ver todas vá no link Bloco Quero Exibir meu Longa #queroexibirmeulonga
Carnaval 2018 – Bloco Quero Exibir meu Longa Hoje, 13/02/2018, foi dia de conhecer o Bloco Quero Exibir Meu Longa, que saí pelas ruas da Tijuca. Aqui uma pequena amostra, mas se quiser ver todas vá no link Bloco Quero Exibir meu Longa #queroexibirmeulonga
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memorieswindow · 5 years ago
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A night to remember
A algumas semanas vinha me questionando o que se passava em minha vida. Dizia que estava “sendo testada” e que logo a vida me traria mais uma decepção. Não que eu não tenha me decepcionado com outras coisas nessa semana, coisas que você sabe e não precisa mais ser dito. Mas no meio de tantos acontecimentos, pessoas chegaram, pessoas se foram e a maioria delas eu busquei, eu procurei, eu investir, mas não você. 
Não estou dizendo que você não me chamou atenção, não interprete mal. Mas sabe o contexto em que me encontro quando se trata de você, e isso me barrou. Talvez eu nunca lhe falasse um oi  novamente. 
Mas vou recapitular, talvez assim fique mais claro. Eu te conheci sem saber exatamente quem você era. Seu nome não me era estranho, nem as suas experiencias. mas tudo não se passava de um nome, sem rosto.  Quando lhe vi, sendo sincera, eu me interessei, mas me alertaram que você era o famoso ‘embuste’. Aquele que eu passei meses ouvindo de outras bocas. Não me atrevi a ser algo mais do que educada. 
Dois dias depois, eu lhe roubei uma bebida, e você apenas deixou, como se me conhecesse, como se não houvesse nada de estranho. Mas passou. Aliais, passou praticamente um mês até eu conseguir lhe ver novamente. Não pensei em você nesse meio tempo, até porque você se quer havia me permitido lhe seguir no instagram. Talvez soubesse quem eu era. 
Um mês depois, sem mais ou  menos dias, você me procurou. 
Estranhei a notificação, pensei ser engano, mas não era. E eu pensei que você estava ficando louco, me assustei. Antes mesmo de lhe responder fui saber se deveria, me disseram que não, mas eu queria. Sua piadinha quebrou o gelo, mesmo que minha resposta não tenha sido das melhores, foi suficiente pra gerar uma conversa, e da conversa um número. 
Você era a pessoa que mais parecia se interessar no que eu podia falar, e eu nem se quer lhe dava tanta atenção. 
No dia 8 de dezembro, dois dias depois que começamos a conversar, você me chamou pra sair, e eu confesso que iria recusar. Já era ruim querer ficar conversando com o ‘embuste’ o dia todo, a ideia de sair e querer está com você parecia ainda pior. Mas eu aceitei, porque eu raramente deixo de pagar pra ver meu sentimento, e foi a melhor decisão que eu tomei. 
Completamente pontual, sem nenhuma cerimonia você chegou para me buscar. Sem constrangimento, era como se eu já tivesse feito aquilo com você varias vezes. Era leve está com você, sem pausas longas nas conversas, sem medo de falar algo errado, sem parecer está sendo avaliada. 
Foi a primeira vez que me senti assim. 
Uma noite leve, divertida, num barzinho com vibe boa, com pessoas leves, sem sentir que você queria me esconder, ou me exibir. Não me sentia um objeto, mas parte de tudo aquilo. Mas mesmo assim, você ainda era o ‘embuste’, mas era alguém que a cada momento se mostrava diferente do que as más línguas falavam. E eu queria ver mais, eu queria mais. mas o receio ainda me travava. 
Você pediu um beijo, eu neguei, mesmo querendo, neguei. Uma hora se passou, você pediu e deixei. Foi o pior beijo que eu já dei na vida. Não por culpa sua, mas por mim. Eu estava tão nervosa, com medo de cair na lábia do embuste, que falhei, e fiquei com medo de você não querer outro. Mas você quis, e eu ainda não conseguia, algo me travava e eu precisava falar. Mas como falar sobre isso com alguém que você conhece a três dias ? 
A noite foi passando, e eu já não queria ir embora. Está com você era como um dia ensolarado na praia, leve e divertido. 
Você, de algum jeito, sabia que havia algo me travando, e não desistiu. Poder falar sobre tudo aquilo tirou de mim uma algema, mas ainda havia algo, ainda havia a placa de ‘perigo’  na minha cabeça.Fomos a sua casa, e você brilhantemente me fez fechar os olhos e colocou leite condensado na minha para que eu te beijasse em busca do doce. Não conseguia mais resistir. Ninguém nunca havia investido tanto pela minha presença, mesmo que fosse só por uma noite. 
Me entregar e me permitir até o amanhecer, foi como uma cura pra minha alma. Talvez isso seja obvio para qualquer pessoa, mas nunca foi para mim que ser tratada de tal maneira, e encontrar alguém que fosse além de uma química surpreendente mas respeito, escuta, parceria, era o minimo que eu merecia e precisava. 
Foi minha primeira vez de me sentir alguém verdadeiramente especial, sem forçar ou fingir ser o que não sou. Sem usar mascaras, sem vergonha. 
Você extraiu o melhor de mim e me deixou ver quem era você. 
Sabe o ‘embuste’ ? É uma pessoa normal, mas que de anormal carrega uma sinceridade absoluta. Eu consegui ver em você um pouco do que eu sou, só que com mais maturidade, habilidade e graça. Em momento algum você me usou, em momento algum me iludiu. Você foi claro, foi sincero, foi carinhoso, gentil, amigo. Foi o cara perfeito que os filmes não nos mostram. 
Não sei o que será daqui pra frente, mas sei que vai haver. Não necessariamente romance, mas eu não quero você longe da minha vida (nem a sua pizza). 
Gratidão a vida pela grata surpresa de te colocar na minha história. Gratidão a minha história por te me proporcionado a maturidade de me abrir a sua verdadeira face sem me fechar as opiniões alheias. Gratidão a você, por ser você, por ter me feito melhor e se deixado em minhas lembranças. Gratidão por ter me proporcionado a sensação de proteção por uma noite. Gratidão por ainda está aqui, e por me deixar descobrir mais de você a cada minuto que se passa. Por ser meu primeiro bom dia, e a pessoa que mais me arranca sorrisos e risos com conversas que vão de bobas à intelectuais.  
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matheusmagreifrj · 5 years ago
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Webfólio - Ponto Cine: Pastor Cláudio
A visitação da turma de Procult 2019.1 do IFRJ, ao Ponto Cine localizado em Guadalupe, ocorreu no dia 28/03/2019, para exibição do filme: “Pastor Cláudio”. A partir daí, com o auxílio tanto da equipe do cinema, como do professor João Guerreiro que estava conosco, fomos capazes de compreender um pouco mais da natureza do projeto e também, das particularidades desses webfólios, e como produtores culturais, o que precisávamos nos atentar para escrevê-los.
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Antes de falar sobre o local físico, eu quero primeiro escrever sobre o que o Ponto Cine significou para mim, em um ano que eu sinto que venho mais e mais descobrindo um Rio de Janeiro que, antes, não existia para mim. Vivo em Bonsucesso, e sempre fui acostumado a visitar os mesmos locais sempre. Ir sempre nos mesmos cinemas, caríssimos, lotados, onde filmes brasileiros ou “menores” em escala, comparados aos grandes blockbusters americanos sempre passavam de baixo do radar. Esse déficit da cultura brasileira, e o preconceito do povo com a mesma, sempre pareceu uma barreira: um impedimento do fazer cinema no país. É como se, mesmo com a independência, ainda pairasse um ar de “colonizado” no Brasil, e por isso, é louvável a atitude de Adailton Medeiros na elaboração do local.
Carioca e suburbano, inconformado por não poder usufruir dos bens culturais brasileiros, e também, pela enorme dificuldade de participar dela, visto a pobreza de equipamentos profissionais do país, e atraso cultural considerável, sua proposta de exibir filmes valorizando o cinema brasileiro se realizou em 2006, com a inauguração do Ponto Cine no Shopping Guadalupe. Uma proposta ousada e criativa, foi desdobramento do projeto ProSocial Cinema, que visava a difusão do audiovisual produzido no país, a formação de platéia, e uma maneira de facilitar o acesso das comunidades mais pobres, algumas até que nunca haviam pisado em um cinema antes.  Nesse contexto, o Ponto Cine apenas cresceu com o passar dos anos, e as parcerias aumentaram, indo além do IFRJ.
--------------------------------------SOBRE O LOCAL --------------------------------------
Para fora de Guadalupe, o acesso ao local pode ser mais complicado. No meu caso, apenas um ônibus foi necessário, e apesar de eu pedir para o motorista me avisar quando estivesse chegando ao Shopping Guadalupe, o mesmo confundiu com Jardim Guadalupe, e eu desceria no ponto errado se não estivesse com um aplicativo de direções no celular. Creio que esse será objeto de confusão para muitos que forem pela primeira vez. Conversando com colegas, percebi que alguns não tiveram o acesso tão facilitado e que havia sido necessário mais de uma condução para chegar. 
Algo que diferencia o Ponto Cine de outros cinemas é que este, visa a formação do público, não só a expansão e o lucro. Portanto, mesmo com uma sala apenas, já se tornou o maior cinema exibidor de filmes brasileiros do mundo, e conta com uma sala e atendimento que visam atingir o máximo de demandas. Não só o cinema se preocupa com a questão ambiental, sendo o primeiro a utilizar a projeção digital no país, e o primeiro cinema livre de carbono do Brasil, além de copos de papel substituindo os de plástico, mas também, oferece acessibilidade para deficientes físicos. A sala de exibição, conta com assentos específicos para cadeirantes e outros para obesos, tornando mais democrática a imersão destes. Além disso, o Ponto Cine tem, na entrada, um mapa táctil criado para facilitar a locomoção de deficientes visuais. A sala do Ponto Cine também, conta com uma saída de emergência à direita da tela, e extintores de incêndio estrategicamente localizados.
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Ainda sobre a democratização do acesso, já sabendo da dificuldade dos brasileiros em irem ao cinema devido aos custos altíssimos(de ingresso, pipoca, locomoção), o projeto de Adailton Medeiros cria uma cinema barato e que exibe filmes brasileiros sem priorizar nenhum gênero. A meia entrada custa R$ 3,00 e a inteira custa R$ 6,00. A pipoca, também varia, de acordo com o tamanho, mas diferente de um cinema comum, com R$ 12,00 é possível comprar um ingresso, pipoca e dependendo, um refrigerante no Ponto Cine sem dificuldade. Os preços e a valorização da cultura brasileira torna o Ponto Cine, um cinema elogiado por membros da comunidade e também de outras zonas no Rio de Janeiro. A recepção do cinema conta também, com camisas, DVDS e livros à venda para o público que ali passa.
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Em visitas seguintes ao Ponto Cine, foi possível ter uma maior noção do público frequentador, visto que no dia, a sessão havia sido fechada para minha turma. Realmente, as idades variam: há muitos adultos frequentando o cinema, entretanto, há também a participação grande de crianças e adolescentes, principalmente estudantes de escolas que fazem visitação ao local em dias pré-definidos com a equipe. Portanto, além da comunidade, o Ponto Cine chega em outras áreas também, e tem um perfil de frequentadores bem variados. No quesito de filmes brasileiros, é uma referência imediata, especialmente considerando o fato, que muitos filmes são debatidos após sua exibição, geralmente contando com profissionais da realização dele ou de alguma área que o filme aborde. Essa ideia e aproximação do local com um Cine Clube é justamente para que o filme não seja “esquecível” aos olhos da platéia: mas criando debate e discussão, ele visa criar uma maior consciência nacional acerca da sétima arte e da cultura como um todo, que tende a ser restringida na comunidade.
-------------------------------------- SOBRE O FILME --------------------------------------
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“Pastor Cláudio” é um documentário dirigido por Beth Formaggini, e trata de uma conversa de duas figuras muito distintas: o bispo evangélico Cláudio Guerra que, durante a ditadura militar, agiu como assassino  incinerador daqueles que se opunham ao governo autoritário, e do outro lado, Eduardo Passos, um psicólogo e ativista dos Direitos Humanos. Durante a conversa, diversos fatos e relatos vêm à tona, sobre os desaparecimentos, mortes e torturas financiados e praticados pelo governo nessa época do Brasil, e apesar do objeto de estudo ser uma época já “para trás” na história nacional, o filme é ainda muito atual, visto o cenário político “estranho’ em que nos encontramos.
Assistir um documentário é uma experiência muito variável de filme para filme, pois existem diversas maneiras de se fazer um documentário. Há alguns que realmente são um compilado acerca de um tema, outros que se aproximam mais de uma reportagem, etc. No caso de “Pastor Cláudio”, a atmosfera cercando-o é de “reconstrução do passado”, um tema frequentemente ignorado por brasileiros. Nisso o filme mostra o por que de ser tão atual: ele entra em detalhes sobre as atrocidades cometidas na ditadura militar, no pensamento da época, tudo por meio dos depoimentos de alguém que atuou para o governo e se arrependeu disso depois. Enquanto atualmente, fatos tendem a ser distorcidos, desmentidos ou até, demonizados, “Pastor Cláudio” vai à fundo na busca de ilustrar o período histórico que retrata, recusando-se a esquecer e deixar só no passado e, daí, retratando sua importância para o tempo presente e futuro: o de não deixar um erro se repetir. Assistir ao longa não é exatamente uma experiência prazerosa, mas uma que é fascinante, e que busca colocar o expectador na mente dos que agiam contra o povo, dizendo ser pelo povo, e por isso, nunca se torna tedioso, banal ou repetitivo, apresentando os fatos como eles são: fatos.
----------------------------------- CONSIDERAÇÕES FINAIS ---------------------------------
O Ponto Cine já se tornou, um espaço favorito meu. No momento, tive a oportunidade de me tornar estagiário lá, o que torna meu contato ainda mais frequente. Durante essa estadia, que durante a produção desse webfólio, ainda é curta, já assisti a pelo menos três filmes nacionais que antes não teria qualquer acesso(Mormaço, Diários de Classe, Fevereiros). E pode-se dizer, nas palavras do próprio Adailton, que o Ponto Cine não é um cinema de resistência, mas um de vanguarda, que não está recebendo ataques, mas atacando também. É um espaço político, desde os filmes que exibe, aos debates que propõe, até mesmo aos preços que oferece: é uma posição política, contra a desvalorização do cinema brasileiro e ao mesmo tempo, oferecendo um serviço solidário e humanitário, que procura abraçar e dar a melhor experiência todos os públicos.
Aconchegante, o Ponto Cine cria uma boa sensação no seu público, de que vai ser um bom tempo aproveitado, com entretenimento e talvez, um aprendizado no final.
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utymo-oliveira · 7 years ago
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Água mole, mole, pedra dura, dura Quando bate fura, se vai pro debate Quero minha carteira gorda, gorda, gorda A gordura boa, como abacate Pega a visão, lição Nossa abolição é nosso combate cachorro bravo fica quieto quieto O cachorro manso late, late, late Chave, chave, chave, chave, chave Tamo abrindo porta só com alicate Zica memo, nois é batuquero O navio negreiro não era iate Seja mansão, pensão Nossa oração toca na boate O orgulho preto tá no cativeiro Vou fazer dinheiro pra fazer resgate Música é um condomínio Nesse edifício eu sou residente Acolhido, eu sou escolhido É bem diferente desse presidente Troco tiros como bangue-bangue Tipo gangue bangue tão fudendo a gente Faço verso e tô dando sangue Sempre livre, absorvente Evi, evi, evi, evidente Temos coisas para exibir Quando dizem que é mimimi É assim que nascem os meus inimi Classe média, não pega nada Quando toma enquadro Quando pega baga Detergente vira detenção Quando é negão, tipo Rafa Braga Erva roxa como beterraba Eu adoro quando mexe a raba O detalhe é que não meto o louco porque durmo pouco quando a festa acaba Papo reto, eu sou tipo Beto Também sou Jamaica, picadilha Shabba Rincon e gueto, esse é meu dueto É que nem o Fernando e o Sorocaba Vira copo, vira catuaba Meu trabalho tá virando saque O que eu uso vira referência Mas a concorrência quer que eu use craque Picadilha PlayStation Jogo com as palavras esse é meu ataque Fazendo coisas de Cleiton Eu mando um salve para o William Waack Gingando igual capoeira Virado tô no Jiraiya Voado tipo uma raia Deixo que falem besteira Cheio de sacola na feira Geladeira cheia na baia Sou o criolo de saia Que na crise deu uma rasteira E bem de perto eu vim ver Na rua faço o meu jet Tamo na era da internet Mas gosto mesmo de viver A mente é como Tinder Juntando as rima que deu match É o Afro Rep que promete Surpresas vem como Kinder Eu vim da lateral, do gol eu jogo perto Mais em forma que os novinho, meu flow é o Zé Roberto Meu ano como Cristiano, tenho prêmios tenho marcas Um afro que afronta e as contas nóis arca É, tipo moto sem placa, perseguido quando acelero vivendo como um rockstar, minha vida não é bolero Ignoro lero-lero, porque nos dígitos eu quero acumular mais zeros É por isso que eu trampo, não espero Sincero, Cohab 01 a arena Cultura de periferia, onde a música vive por anos plena Que nem a Gloria Maria, celebração e luta Nos cultos e missas adoram falar de amor, mas a macumba ele diz que chuta Colorindo como capulanas, juntando manas, reunindo truta Tambores pra nós como vencedores, que toda semana tamo na labuta África é longa metragem, mas eles querem que seja um curta Fui sábio lembrei do MC GW e falei assim: atura ou surta? Dramaturgo tipo Suassuna, mas eu odeio dramas, dizem que somos comunas Pra eles é um sacrilégio perder privilégios Por isso tem medo do gueto levantar fortunas
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2045pm · 7 years ago
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Despedida   10/?
Isak esperou até que o último filhote adormecesse . A sala estava silenciosa e ele suspirou enquanto escrevia uma carta para Even. Ele sentia falta dos animais do zoológico em Londres e do conforto de suas instalações . Sentia falta da comida de sua mãe e das piadas de seu pai . E ele sentia principalmente falta de chegar e encontrar Even e Blue esperando por ele depois do trabalho . Apesar de ter gostado de estar aqui , de estar agradecido por tudo que ele aprendeu e por quantos animais ele ajudou , ele estava pronto para voltar para casa. 
01 de junho
Ev ♡
Só mais uma semana até eu voltar . Já estou organizando minhas malas. Rodrigo e Martha estão me provocando por estar "ansioso" demais mas não me importo. Mal posso esperar para para ver você e o Blue. Eu senti tanto a falta de vocês. Nunca mais quero ficar longe !!!
Eu amo você .
Beijos,  Isak.
Even dobrou a última carta de Isak e a colocou dentro de sua inseparável agenda com um pequeno sorriso. Era mais tarde do que o habitual , quase onze horas da noite mas Natália e Ítalo tinham se disposto a cuidar de Blue , dando-lhes algumas horas para ele se organizar  .
Natália parecia feliz pela manhã , feliz por ter voltado com Ítalo .
Que diferença um dia podia fazer .
Ele continuou anotando alguns endereços da China de especialistas em LLC (Leucemia linfóide crônica)
'Ele estará em casa em breve'  Even pensou com um sorriso, ciente da centésima vez do dia em que eles compraram os anéis 'Até lá ... Preciso de um plano'
Ele suspirou . Não havia nenhum mísero som na casa agora que Blue estava dormindo ... Só Even e seus pensamentos .
‘Velhos hábitos’
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Isak tinha apenas alguns minutos antes de seu voo mas ele perdeu de vista Rodrigo e Martha 
“Droga,” ele rosnou segurando a alça de sua mochila sobre o ombro. Depois de vasculhar os arredores, ele finalmente os encontrou .
“Aí estão vocês!”
“Estávamos procurando você” o casal disse em coro 
 “Bem , eu… Eu só queria agradecer pelo quanto vocês foram gentis e pacientes comigo nesses seis meses”
“Não precisa agradecer por nada Isak , você foi como nosso filho” Martha falou enquanto o puxou para um abraço apertado .
“Se vocês precisarem de qualquer coisa, não hesitem em entrar em contato comigo” ele disse enquanto Martha o soltava .
Rodrigo lhes deu um aperto de mão junto à um dos sorrisos mais afetuosos que ele já havia visto.
“O que eu preciso , é que você pegue esse avião , vá para casa e se case com o jovem loiro das fotos que você tanto se orgulha em exibir”
Isak não lutou contra o sorriso ao pensar em Even .
“Sim, senhor . Eu farei isso”
“Então vá ” Martha disse dando um aperto em seu ombro 
“Obrigado.” Isak falou enquanto começava a se afastar .
“Envie fotos do casamento” eles falaram
“Eu enviarei o convite e ficarei ofendido se não forem !”
Eles sorriram , trocando acenos e Isak entrou na fila de embarque .
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Ao caminhar em direção a porta principal da mansão de seu pai , na quietude de uma sexta feira . Não ouviu barulho algum .
Entre a falta de Isak , guardar segredos e descobrir a doença de sua prima, pareceu que foi ontem que Even perdeu sua mãe . Ela saberia como o acalmar, ela cantava tão bem , ele ansiava pelo momento em que não estivesse tão conscientemente ciente de seus batimentos cardíacos e do estresse em seus ossos.
Eles entraram na mansão silenciosamente e subiram as escadas para o quarto de Natália . Even olhou por cima dos ombros várias vezes para ter certeza de que ninguém estava acordado ainda.
Eles se aproximaram cuidadosamente do quarto de sua prima e Even bateu três vezes contra a porta -  leve o suficiente para que só ela ouvisse .
Quando ela não respondeu, Even abriu a porta e olhou para dentro. A forma como Natália estava embrulhada sob um edredão creme era bastante fofo. Ao redor havia livros e Ítalo sorriu com carinho para ela , pousando na beira da cama , enquanto Even fechou a porta silenciosamente.
“Natália ?” Ítalo sacudiu seu ombro, e ela se agitou, rolando sobre suas costas.
“Ítalo ?” Ela perguntou através de uma neblina, se sentando e esfregando os olhos. Even se aproximou da cama dando um momento para ela acordar totalmente.
“O que vocês estão fazendo aqui?” ela perguntou.
“Bom dia” Even disse
“Oh, isso não pode ser bom”, ela gemeu caindo contra sua pequena montanha de travesseiros.
“É bom” Ítalo assegurou. “Estamos indo falar com alguns especialistas , como você já sabe ”
Os olhos dela se precipitaram rapidamente entre os rapazes
“Por que você está indo ?” ela perguntou à Ítalo , mas Even respondeu em seu lugar .
“Não faço ideia . Ele não pediu permissão - só me comunicou que viria comigo”
“Even , Isak chega amanhã ..”
A garganta de Even apertou e ele segurou forte seu pulso .
“Eu sei.” ele respondeu enquanto desviava o olhar “Mas ele tem estado tanto tempo longe de casa .. Não posso espera-lo , ele não hesitaria em me acompanhar . Além disso, ele tem que descansar um pouco antes de voltar para o zoológico . Não seria justo arrasta-lo para uma viagem que eu nem sei quanto vai durar”
Natália olhou para ele com olhos tensos e Even esperava por um argumento sobre o porque ele deveria esperar mesmo assim. Mas esperar significava que Isak descobriria que ele estava com uma doença que ainda não tinha solução imediata e isso significaria que Fernando também descobriria , que significaria que Even não iria fazer nenhuma viagem , à não ser da cama para o banheiro e não faria nada mais do que repousar .
Even podia ver ela trabalhando em opções mas depois de um minuto ela concordou .
Ítalo acenou com a cabeça , antes de abraça-la . Even observou a cena , ele podia ver que Ítalo e Isak tinham sorrisos muito parecidos .
Ítalo começou a se afastar mas Natália segurou a manga de sua jaqueta e sussurrou algo em sua orelha - um último lembrete de que Even não deveria ouvir. Seja o que for, Ítalo acenou com a cabeça e sorriu abertamente ,antes de deixar a cama .
“Peça desculpas em meu nome à meu pai”  disse Even e tirou dois envelopes do bolso da mochila e os colocou na cama ao lado dela. “Estes são para ele e para Isak . Eles explicam… algumas coisas”
“Ok.” ela disse
“Você pode esperar por Isak amanhã, lá em casa ?”
Ela assentiu e disse “Vou cuidar dele .”
Ele a abraçou sufocando palavras nos cabelos dela “Ele vai cuidar de você também .”
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A sala estava vazia quando Isak entrou. Ele ficou quieto, indo contra sua vontade de chamar por Even , afinal não passava de seis da manhã . Assim que Isak fechou a porta atrás dele , a bola maciça de pele branco se aproximou correndo e latindo .
"Ei cara!” Isak exclamou, jogando suas coisas no chão enquanto se abaixou para abraçar e acariciar Blue , ele olhou para as escadas esperando que Even aparecesse a qualquer momento, meio adormecido , limpando os óculos na barra do pijama. Ele tinha um sono leve, especialmente quando dormia sozinho. Certamente o latido tinha o acordado.
Ele esperou por mais um tempo acalmando Blue , mas Even não apareceu. Isak franziu a testa e se levantou . Blue continuou saltando, olhando para ele como se quisesse ser seguido.
‘ Tem algo errado.’
Curioso, Isak seguiu Blue até a outra sala, não seria a primeira vez que Even tinha adormecido lá. Ele gostava de ler em frente a lareira e muitas vezes teve que ser acordado para ir para o quarto. Isak sorriu com o pensamento de Even esparramado no sofá, livro deitado no seu peito, óculos tortos, a longa perna do lado de fora .
Quando Isak chegou próximo aos sofás , ficou surpreso ao ver que não era em Even que Blue tinha saltado em cima . Em vez disso, Natália estava gemendo pela forma como foi acordada .
"Ugh,” ela murmurou. “Droga. Blue, para.” ela disse tentando se esquivar das lambidas .
Isak assobiou uma vez e Blue recuou , sentando sobre as patas, ofegante alegremente. Natália limpou a saliva de cachorro de suas bochechas e pegou os óculos de cima da mesa . Isak viu um envelope pousado lá com o seu nome escrito em azul , sua cor favorita e imediatamente sentiu um pesar em seu peito.
‘Tem algo errado.’
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msartheartoie · 7 years ago
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Devaneio [Shion x Yayoi]
X-Posted at: Spirit fanfics , Nyah ,   AO3 , FF.NET
Titulo:  Devaneio  , Reverie
Categoria: Anime/Manga »  Psycho-Pass /サイコパス
Idioma: Português, Rating: T
Gênero:  Dor / Conforto / Romance
Casal:   Karanomori Shion x Kunizuka Yayoi
Sinopse/ Notas do Autor:
Shion pondera sobre a sobrecarga de sempre, das provocações que faz em Yayoi e a tensão que sempre paira no ar quando estão no mesmo ambiente... *Yuri* F/F WARNING: Beware of the spoilers!
Eis que Karanomori Shion se perde em pensamentos...
Fic baseada na colação de velcro do episódio 7 LITERALMENTE :v (Temporada dois)
Shion's pov, aproveitando a conversa sobre o Kamui Kirito.
Obs:
Itálico: pensamento no momento (mesmo a fic inteira já se basear em pensamentos hehehe)
Enjoy~ [Last night she said / Baby, I feel so down / When you turn me off / When I feel left out / So I, I turned around-]
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Céus, mais um dia atarefado. Quer dizer, dia atarefado número 6865. Tem horas que me sinto alcançando o limite... Como sempre estou encarregada de analisar os casos de todas as Divisões ao mesmo tempo. Será que custa tanto assim contratar um segundo analista ou até mesmo um assistente? Não sei como consegui manter minhas unhas impecáveis com tanto serviço "pra ontem" quanto o dessa semana. Eu mal tive tempo para dedicar à minha justiceira favorita... Ás vezes chega a doer ter de estar na mesma sala que Yayoi e não poder nem ao menos flertar inocentemente. Pelo menos existe linguagem corporal, e essa sim praticamos sem pudor... Ou acha que não reparei a forma pouco sutil dela afrouxar seu colarinho para me exibir as marcas de chupão que propositalmente fiz anteontem e rapidamente apertar a gravata como se estivesse apenas ajeitando suas roupas assim que entrou no meu laboratório acompanhada da Divisão I hoje mais cedo? Ou que não consigo ler a frase "não vejo a hora de te despir" tão estampada em seu rosto ao me encarar e o olhar insistente e mal disfarçado em meu colo quando estou "distraída"?
Claro que não vou me fazer de santa, principalmente porque eu paguei na mesma moeda o que ela fez quando afastei sutilmente meus cabelos para o lado a fim de exibir a nuca e no mesmo movimento peguei meu pingente cilíndrico de ouro e o levei para entre meus lábios, ora o sugando e ora o mordendo para claramente indicar que eu mais do que nunca quero Yayoi me beijando o pescoço e cobrindo minha boca com seus dedos... Por pouco eu perdi a concentração só por tentar adivinhar como esta justiceira impiedosa está conseguindo manter a calma deste jeito enquanto eu-
Caham. Autocontrole que nos morda mesmo, viu! Porque oh, céus... Como eu amo testar os limites desta Kunizuka!~! Mas o ruim é que no fim nós mal trocamos beijos nessas últimas vezes que Yayoi veio sozinha reportar alguns objetos ridículos de tão minoritários para análise de um dos casos paralelos ao caso principal...
Tsc...
Hoje é o pior dia do mundo para não poder tocar minha amada guitarrista...
Francamente... Será que vou sobreviver até o fim do expediente? Akane-chan até foi maldosa hoje, fazendo Yayoi pesquisar os nomes dos envolvidos no caso Kamui e correlacionar estes ditos nomes com o das vítimas do acidente de avião lá no escritório compartilhado da Divisão I, sabendo muito bem que ela podia ter feito esse trabalho aqui comigo... Heh. Ás vezes essa inspetora danada sabe e muito bem como ser estraga prazeres. Ela só pode ter aprendido com o enjoado do Nobuchika. Passar tempo demais com ele esta deixando Akane velha e mandona... O que não é bom. Ela é fofa demais pra isso... Enfim. Ficar divagando não vai me levar à lugar nenhum, a não ser a vontade de não fazer mais nada que não seja deitar e rolar com Yayoi...
Falando na fera...
Não me surpreendi quando ela entrou de surdina em minha sala e se dirigiu para a mesa muito perigosamente perto de mim e se apoiou na borda para elevar seu pulso até o scanner central e me transferir os dados de seu holodevice contendo o relatório com os nomes de todos os envolvidos no acidente de avião que nossa amável pedra no sapato sobreviveu; sentou silenciosamente no meu pequeno sofá-divã, despiu-se do paletó já afrouxando sua gravata com alívio no processo e pegou seu copo de Udon para comer. Eu nem mesmo me virei para encará-la, o maldito trabalho tinha de ser feito. Antes meu espelho favorito e salvador de todas as horas estivesse ao meu lado para me prover o reflexo do quase show privado de strip tease de agora... Fui obrigada a me contentar com o maravilhoso sentido da audição... E talvez até um pouco do olfato, pois Yayoi cheira tão bem que sempre que estamos sozinhas neste laboratório eu só penso em parar tudo e me afundar nesse oásis que é o seu corpo...
Hnf... Maldita Sibyl que não para de me dar trabalho... Pelo menos nada me impede de falar e provocar Yayoi decerto que vou fazer é agora~
-...Então, Yyyyy-yaaaa-yoi-chan! Terminando suas tarefas mais rápido que eu, uh? Que moça mais aplicada você é...
Eu não me dispus a virar meu rosto para encará-la, apenas falei enquanto mexia os dedos incessantemente nos botões do teclado.
- Tch. Meu turno está acabando.
Que raro... Hoje Yayoi não implicou com o jeito lento e debochado que eu costumo pronunciar seu nome, sabendo que ela odeia de todo coração e... Bom, eu não precisava mesmo tirar minha atenção dos monitores para desafiar seu olhar bravo. Só ouvir esse delicioso som que ela faz com a boca quando fica irritada com minhas provocações já me dá toda a certeza de que estou apertando os botões certos...
- Claro, claro... Devo supor que você veio aproveitar o resto do expediente comigo? Que doce da sua parte!~
- Não fique *slurrrp* se achando... Sua sala é aconchegante, diferente do forno que é o escritório. Só. Isso.
E ela fez questão de frisar o "só isso" com um longo sugar de sua refeição instantânea.
- Sei... Tão aconchegante que você decidiu usar ela como refeitório particular, né? Não se preocupe, você pode ficar...
Fiz questão de fazer uma rápida pausa para continuar digitando, fingindo estar totalmente atenta ao meu serviço e deixando o som suave das teclas curtas fluir por toda o laboratório. Quando ouvi o segundo sugar do macarrão instantâneo vindo da boca de Yayoi, fechei com chave de ouro minha melhor provocação:
- ...Isto é, contanto que me pague a taxa de permanência depois... Se você entender o que eu quis diz- ...Eh? Yayoi?
Entre altos sons de tosse e pigarreio, fui obrigada a tirar minha atenção do monitor a minha frente e olhar para trás. Não me importei de soltar meu longo e quase estridente riso da situação: Yayoi estava completamente vermelha, limpando a boca com um lenço e fingindo abobadamente que não tinha engasgado com a sua comida.
Eu realmente não entendo. Já faz tanto tempo que provoco Yayoi desta mesma forma e ela sempre se encabula... Sempre é a mesma reação... Ás vezes parece que ela prevê minhas tentativas de desarmar esse seu jeito fechado mas ainda assim é pega de surpresa e enrubesce e mesmo jeito...
Como sempre, não que eu esteja reclamando.
- Hey, hey, é brincadeira... Não esquecer de trazer um segundo copo de Udon para mim já basta, boba.
- I-Idiota...
- Idiota, né... Não fui eu quem engasgou sem motivo, certo?
- Tch. Cínica...
- De~ qualquer~ forma~! Se você for paciente e esperar eu terminar estas análises... Serei sua pelo resto da noite~
- Hm.
Heh. Que forma mais friamente doce de concordar a dela... Uma pena eu ter de voltar minha atenção para as inúmeras telas dos monitores e não para Minha kunizuka... Mas quem disse que ela me deixaria trabalhar? De jeito nenhum, não com ela cantando baixinho e de um jeito tão fofo.. Aiai... Nem morder meus próprios lábios com força e bater os pés no chão me acalmou a ansiedade... Desde quando fiquei tão apreensiva? Logo agora que falta tão pouco... Hnf...
Só mais uma hora e...
- Pronto! Análise completa e pronta para entrega~ Francamente... Um dia essa Sibyl ainda vai me enlouquecer com tantos pedidos... Sério! "Shion isso, Shion aquilo". Hnf. Sempre a mesma coisa...
Acendi o último cigarro e dei uma senhora tragada assim que eu enviei a resposta das análises para os inspetores e elevei minhas duas mãos para dar uma generosa alongada no torso, finalmente fitando minha morena com um olhar que já implorava seu contato. Já não mais perdi tempo e logo me afastei das telas infernais e segui para onde Yayoi descansava à passos calmos para não denotar minha pressa. Me debrucei no braço do sofá vermelho a poucos centímetros do rosto de Yayoi e até me afastei um pouco para dar uma segunda e não menos longa tragada do cigarro mentolado, sempre acompanhando os olhos azuis que almejavam meu decote sem nem ao menos piscar.
- Gostando do que vê?
Provoquei- a, piscando lentamente.
- Você mente tão descaradamente, Shion...
Meu. deus. Yayoi sorriu... Ok, qualquer mudança na expressão séria dela eu considero uma vitória... Ate mesmo essa pequena lambida predatória nos lábios secos.
- Ah, eu minto? Então me diga ó senhora da verdade... Aonde estou mentindo?
Dei uma leve tragada desta vez apenas para lentamente soprar a fumaça na direção de uma Yayoi que cerrou e abriu seus olhos celestes como um felino prestes a atacar seu dono.
- Você não parece estar nem um pouco cansada, levando em conta que você solta mais fumaça que uma chaminé e se move igual a uma morsa agonizante aqui dentro.
Dei um leve tossido requintado, não querendo demonstrar que eu mesma engasguei por causa do seu comentário ultra sincero. Ah, sempre tão meiga ao contrário essa minha Yayoi... Enfim. Não importa. Mesmo com essa patada com garras afiadas eu ainda desejo esta gatinha... Então é claro que não vou perder esse jogo.
Tudo que fiz foi simplesmente dar de ombros, libertando o restante fumaça por entre meus lábios.
- Heh. Vai saber, Yayoi. Afinal... Que culpa tenho se só em te ver minhas energias se renovam?
- Você não pode estar falando sério.
E usei de sua usual desconfiança para dar minha cartada final. Com o cigarro já no fim, dei uma última e desta vez rápida tragada e me afastei da ponta do sofá para levar o filtro do cigarro até o cinzeiro que ficava ao lado da minha estação de trabalho. Meus saltos deixavam um delicioso eco ressoar pelo resto do laboratório como um lento e ritmado conta-tempo... Não precisei disfarçar que adoro esse efeito nos meus passos pois eu mesma já involuntariamente me hipnotizava por este som breve e profundo ao mesmo instante... E assim que parei de frente ao cinzeiro eu me inclinei lentamente, apoiando suavemente meu braço esquerdo e levando o peso do meu corpo para uma das pernas no processo. Assim que apertei e larguei o resto descartável do cigarro ali mesmo eu virei meu rosto para trás e fitei Yayoi da forma mais sexy que eu podia olhar sem nem mesmo mudar minha postura.
Não foi surpresa encontrar olhos faiscantes me despindo a alma sem precisamente me tocar. Não mais fiz cerimônias e me afastei da mesa de uma vez por todas, caminhando em direção ao sofá que residia minha Yayoi a um passo tão igual devorador quanto os anteriores. Percebendo que Yayoi nem um pouco se movia eu diminui meus últimos quatro passos para dar a impressão que apenas iria parar à sua frente. Ao invés de realmente parar, eu me juntei a ela naquele sofá me posicionando em cima de sua cintura. Agarrei sua gravata com força e puxei seu rosto para mais perto do meu, nunca abandonando meu sorriso malicioso agora a poucos milímetros de sua orelha.
- Está mesmo duvidando de mim... Ya... yoi...?
- Sh-Shion..
Ah,
Esse suspiro dela...
Me faz puxá-la direto para minha cama, esquecendo as roupas, as bolsas, a porta do apartamento aberta... Só a vontade de provar de Yayoi me importa agora. E não espero primeira atitude alguma para beijá-la os lábios e despí-la rapidamente. Tirar nossas roupas desta forma mais que desesperada é um ritual sagrado, é nossa ascensão. Nós deixamos de ser agentes da Sibyl para ser duas mulheres fortemente atraídas uma pela outra. Nos deixamos viver de verdade, sentir nossa humanidade a flor da pele finalmente e esquecermos nossa miséria eterna para viver apenas nosso momento. E o meu é agora, quando já nua, desvendo cada pedaço de Yayoi da cabeça aos pés. Sinto todo seu gosto pela ponta de minha língua e traço sua pele com toda a extensão de meus dedos. Até causo leves injurias em sua carne clara com minhas unhas para mostrá-la como é bom ter o corpo em alerta e a mercê de cada um dos cinco sentidos. Sinto meu próprio corpo se entregar aos irresistíveis e descompassados sons vindos dos lábios naturalmente rosados a e as expressões de êxtase tão estampadas na face outrora inexpressiva...
Yayoi...
Gemer seu nome é quase uma obrigação. Escalar seu corpo até te deixar em brasas é uma diversão que não me entedia... E sentir suas unhas arranhar meus ombros e me puxar pelos cabelos para encontrar seu beijo abafado pelo hálito quente por causa dessa sua mania de se agarrar a mim como quem busca saciar seu clímax me deixa mais satisfeita a cada ato. Na verdade até hoje não me decidi de que modo Yayoi melhor me dá prazer...
E sempre que ela se aproveita da sua posição para tomar o controle de mim como agora realmente dificulta minha decisão... E como eu poderia escolher? Como? Principalmente quando Yayoi me domina desta forma; me virando do avesso e tocando lugares inesperados e não menos sensíveis sem me dar espaço algum para recusas? Yayoi é uma mulher criativa, tão cheia de fetiches e vontades quanto eu... À todo instante a faço esquecer de seu inferno e em troca ela me leva ao céu. Só paramos quando a dor do esforço físico fala mais alto que o prazer e ás vezes chegar ao limite da dor leva a noite inteira.. Como é o caso de hoje.
O que eu posso dizer? A abstinência tem sido maior que o tempo aproveitado junto a ela...
Mas como tudo que é bom dura pouco...
Nós voltamos à velha realidade que nos apavora.
Desta vez eu não acendi o cigarro. Eu estou tão distraída lendo a ficha dos novos justiceiros no visor do holotablet para perder meu tempo o acendendo... E cigarro para quê afinal? Yayoi supera qualquer tipo de prazer que eu busque... No fim me contentei em apenas brincar com o filtro entre meus lábios.
Falando em Yayoi, como sempre ela não se dá o tempo. Cinco minutos nuas nesta cama e ela já se levanta, vestindo novamente a armadura emocional. Se ela acha que depois de todo este tempo juntas ela ainda vai conseguir fugir de mim deste jeito, e logo deste jeito...
Eu com toda a felicidade do mundo vou discordar.
- ...Hey Yayoi, esse ruivo...
Iniciei, entregando o holotablet com a ficha do Hinakawa–kun aberta e torcendo para ela morder a isca.
- Ah. É o Sho-kun.
- Muito novinho ele para já estar trabalhando para o governo japonês, não acha?
- Sim.
- Ah, essa minha Yayoi... Nunca aberta para conversas casuais de casal...
- Tch.
Como sempre ela me ignorou completamente e continuou a procurar sua lingerie espalhada na cama...
- ...Me diga você, ele realmente é tão novo quanto aparenta?
- Ele... Assim como na ficha que você provavelmente não leu direito, ele foi o filho único de uma família problemática. Um designer prodígio, mas Van Gogh também era um prodígio, e olhe como foi sua vida.
Yayoi vestiu a calcinha e o sutiã e se levantou da cama em direção à penteadeira para minha total tristeza.
- Heh. Claro que li a ficha do Sho-kun. Ele por pouco se perdeu em depressão profunda e na dependência de drogas. Se não fosse a intervenção da Sibyl ele teria morrido por overdose.
Apenas mordi o filtro e o movi para o outro canto da boca assim como movi meu corpo para deitar de lado e em direção ao bendito espelho que finalmente me provia uma visão digna da deliciosa frente de Yayoi... Sabe como é, eu ainda estou desapontada por ter esquecido de deixar meu espelho salvador ao lado do teclado hoje mais cedo e ter perdido o raro espetáculo no meu laboratório. Desta vez não disfarcei minha visão direcionada para Yayoi e ela sem dúvidas me percebeu a encarando.
Sem deixar de a observar, continuei com meu plano...
- Mas o que eu perguntei foi se ele é um Kagari 2.0 ou um Ginoza 2.0 em questão de personalidade, já que você conviveu com ele mais tempo que eu, amor.
Yayoi finalmente parou de amarrar seu cabelo para me olhar nos olhos.
- Ele... Hinakawa-kun não é nem um nem outro. Ele tem seu próprio brilho. Ainda assim tenho pena deste novato.
- Este é o nosso sistema perfeito em vigor, uh.
- Tch.
- É, eu também acho que não. Hey...
Estendi meu braço como quem estivesse pedindo o holotablet de volta. Yayoi terminou de prender suas madeixas negras e tirou o objeto largado em cima da penteadeira e o estendeu para mim. Estendi meu outro braço para deslizar suavemente minhas duas mãos por seu antebraço até chegar à palma de sua mão. Não precisei comentar arrepio que vi em sua pele... Yayoi sabia muito bem que causei seu arrepio de propósito.
E ela novamente se sentou na borda da cama. Ponto pra mim.
- Certo... Próxima. Shimotsuki Mika. Morena, olhos castanhos, tipo sanguíneo B, ex-estudante da academia Oso e mais nova inspetora da Divisão I da MWPSB, etc etc etc... O que você teria a me dizer sobre ela?
- ...Que a coitada foi mais uma vítima da Sibyl entre tantos outros pobres coitados.
- Isso não muda o fato dela costumar pegar muito leve com você, sabia?
Juro que tentei... Mas falhei miseravelmente em esconder minha inquietação em falar sobre esta criança.
- Você está imaginando coisas, Shion.
- Seja sincera, Yayoi. A menina estudou sua vida inteira em um colégio feminino. Sua melhor amiga foi violentada e assassinada pela aluna mais imponente deste internato. Shimotsuki Mika tem não apenas uma queda por você, mas sim um abismo.
- ...Acho que não. Você só está sendo maldosa porque Shimotsuki-san é bem teimosa e uma vez te chamou de desocupada bem na sua cara.
- Você sabe tão bem como eu consigo ser vingativa quando ofendida... Entretanto estas não passam de alegações questionáveis. Apenas me pergunto qual será a reação desta jovem inspetora quando descobrir que sua justiceira favorita dorme com a analista técnica...
- Tsc.. Você está louca pra ver o circo pegar fogo, admita.
- Talvez...
Dei um sorriso fingido, mudando a ficha para o último novato da Divisão I.
- E por fim... O que acha deste camarada aqui? Alto, postura intimidadora...
- Togane... Eu não confio nele. Alguma coisa nele simplesmente não é certa... Ele te deixa a impressão de que não pensaria duas vezes em fazer o mal para sair impune.
- hmm... Como um espião aguardando pelo comando de procurar e destruir as informações corretas?
- É, por ai.
Yayoi respondeu fria, ignorando completamente minhas carícias em suas costas e já se levantando mais uma vez. Mas quem disse que eu perco tempo...?
- Céus... E pensar que naquela época achávamos que tudo tinha mudado muito rápido, uh..?
- E mudou... Você quem está presa demais em sua gaiola para perceber.
- A pergunta É... Quando você vem morar comigo e me libertar de todo o tormento?
- O quê..!?
- Eu já te contei o quanto eu amo essa sua expressão de quem foi pega de surpresa? Mostra como você ainda é
humana , Yayoi...
- Tsc... Vai se foder, Shion.
- Eu não ouvi direito...
- Vai. Se. Fo-
E ela se virou, apenas para ver meus dedos deslizando levemente por meu sexo, um convite mudo para continuar nosso show restrito...
- Você ia dizendo...?
- Su-sua...
- Hey, Yayoi... Por que ao invés de buscar as palavras você não volta aqui para nossa cama e me faz companhia...?
- Tch...
E ela desamarrou os cabelos antes atados pelo elástico preto.
- ...Só mais esta vez.
Shion wins.
- Hehe... Eu também te amo, minha Yayoy~
Vamos dizer que Yayoi sempre cai nas minhas armadilhas de passar a noite comigo... Só não posso deixar e ela perceber, uh...?
Fin~
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Decerto que nem a Shion (e muito menos euzinha) suporta ver a Mika crushando a já domada justiceira guitarrista.
YayoixMika é NOtp e tenho dito!
(221114)
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bloglivre-blog · 5 years ago
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Festival de Cannes 2018: conheça os vencedores
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Festival de Cannes 2018: conheça os vencedores
Jean-Paul Belmondo e Anna Karina se beijando em do filme ‘O Demônio das Onze Horas’ (1965), de Jean-Luc Godard
O Festival de Cannes deste ano começou sob polêmica. Ao contrário do ano passado, nenhum filme produzido pela Netflix esteve na mostra competitiva da 71ª edição do evento. O diretor artístico do festival, Thierry Frémaux, explicou que propôs a inclusão de um filme na mostra oficial e outro – The Other Side of The Wind, obra inacabada de Orson Welles finalizada pela Netflix – fora da competição. Porém, a gigante do streaming se negou a aceitar que a estreia aconteça nos cinemas da França.
De acordo com a lei francesa, após a estreia nos cinemas, um filme deve aguardar quatro meses para ser lançado em DVD ou no sistema OnDemand. Só depois de 10 meses é que pode ser exibido na TV aberta e após 36 meses em qualquer serviço de streaming. Desta maneira, a Netflix sentiu-se prejudicada e decidiu não participar do Festival de Cannes.
Da esq. para dir.: Léa Seydoux, Andrei Zvyagintsev, Robert Guédiguian, Ava DuVernay, Denis Villeneuve, Kristen Stewart, Cate Blanchett, Khadja Nin e Chang Chen
Outra novidade deste ano foi o júri do festival majoritariamente feminino. Além da atriz australiana Cate Blanchett, presidente do corpo de jurados, estão a atriz americana Kristen Stewart, a atriz francesa Léa Seydoux, a roteirista e cineasta americana Ava DuVernay e a cantora e compositora burundina Khadja Nin. O ator taiwanês Chang Chen, o diretor canadense Denis Villeneuve, o cineasta francês Robert Guédiguian e o realizador russo Andrei Zvyagintsev completaram a bancada.
No entanto, dos 21 filmes em competição pela Palma de Ouro deste ano, apenas três são dirigidos por mulheres: Capharnaüm, da libanesa Nadine Labaki; Lazzaro Felice, da italiana Alice Rohrwacher; e Les Filles du Soleil, da francesa Eva Husson. Na véspera da 71ª edição do evento (07), Thierry Frémaux convocou uma coletiva na qual reafirmou sua disposição em apoiar as reivindicações de movimentos como o #MeToo e afirmou que cerca de 20% dos títulos exibidos neste ano no festival, que terminou no dia 19, são assinados por realizadoras do sexo feminino, três vezes mais do que a percentagem de filmes dirigidos por mulheres no mundo.
A fim de lembrar a importância da representatividade da mulher no cinema e de reafirmar a busca pela paridade de gêneros na indústria do entretenimento (e fora dela), 82 mulheres estrelas do cinema a favor de igualdade salarial organizaram um protesto (12) no tapete vermelho de Cannes. O número de participantes representa a quantidade de diretoras indicadas à premiação ao longo dos 71 anos de festival, enquanto as indicações de filmes dirigidos por homens passam de 1.600.
Além das mulheres integrantes do júri, participaram da reivindicação nomes como: Agnès Varda, Jane Campion, Petty Jenkins, Jane Fonda, Claudia Cardinale, Marion Cotillard, Salma Hayek, entre outras que juntaram para entrar de mãos dadas. O protesto foi organizado pelo movimento francês 5050×2020, que é parecido com o #MeToo e o Time’s Up, que aconteceram nos Estados Unidos. O movimento tem este nome pois pretende que, até 2020, os júris das premiações de direção sejam compostos por 50% de mulheres e 50% de homens.
O vencedor da Palma de Ouro foi o drama japonês Shoplifters, de Hirokazu Kore-eda, sobre uma família que pratica roubos em lojas e supermercados, mas tem a dinâmica do grupo transformada após adotarem uma criança. O filme é uma homenagem aos novos conceitos da palavra família e Cate Blanchett ressaltou a dimensão encantadora da abordagem de Kore-eda para a solidariedade.
O Grand Prix, prêmio mais importante depois da Palma, foi para o thriller americano BlackKklansman, de Spike Lee. A atriz australiana e presidente do júri deste ano inventou, com o consentimento de Cannes, uma Palma de Ouro Especial para alguém que, segundo ela “faz uma surpresa a cada filme”, no caso, o diretor Jean-Luc Godard, de 87 anos, laureado por Le Livre d��Image.
O Prêmio de Interpretação Feminina foi anunciado por Asia Argento, atriz e diretora italiana, que marcou presença com um pronunciamento forte:
“Em 1997, eu fui estuprada neste mesmo festival pelo produtor Harvey Weistein. Eu tinha 21 anos. Este festival era o lugar onde ele caçava. Eu quero fazer uma previsão: Harvey Weinstein nunca mais será bem-vindo aqui de novo. Ele viverá em desgraça, afastado da comunidade do cinema, que um dia o abraçou e encobriu seus crimes. E mesmo hoje a noite, sentados entre vocês, há aqueles que ainda precisam ser responsabilizados por sua conduta contra as mulheres por um comportamento que não faz parte deste setor ou local de trabalho. Você sabe quem você é. Mas o mais importante, sabemos quem você é. E nós não vamos permitir que você fuja por mais tempo”.
A vencedora do troféu foi Samal Yesyamova, pelo drama russo Ayka. Coube ao ator e diretor italiano Roberto Benigni (A Vida é Bela) anunciar o prêmio de Melhor Ator, convidando ao palco Marcello Fonte para receber a honraria de Cannes por sua atuação em Dogman: “Eu lutei para criar um personagem que representasse uma espécie de flor no meio do lodaçal”, disse Fonte. Dirigido pelo italiano Matteo Garrone, o longa é um faroeste moderno que narra a cruzada de vingança de um tratador de cães.
O polonês Pawel Pawlokowski foi agraciado com a láurea de Melhor Direção com Cold War nesta edição. Ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2015 por Ida, seu novo filme trouxe algumas das imagens mais belas deste ano no festival graças ao preto e branco: “Tentei compartilhar com vocês em Cannes uma reflexão muito pessoal sobre os dilemas do amor, tentando fugir do meu pessimismo habitual”, disse Pawel.
O Prêmio de Roteiro ficou empatado entre a italiana Alice Rohrwacher, por Lazzaro Felice, e a dupla iraniana de 3 Faces, escrito por Nader Saeivar e Jafar Panahi, que apesar de assinar a direção não pôde comparecer ao evento por estar detido no Irã em prisão domiciliar por desafiar ditames de seu governo.
Gary Oldman, vencedor do Oscar de Melhor Ator por O Destino de uma Nação, foi homenageado por Cannes com uma masterclass para falar sobre sua carreira. Além disso, foi chamado para entregar o Prêmio Especial do Júri à libanesa Nadine Labaki, por Capharnaüm. Seu filme, politicamente carregado e caracterizado principalmente por atores não profissionais, é sobre uma criança que inicia uma ação judicial contra seus pais por abandono e brutalidade. O longa era um dos favoritos à Palma de Ouro: “Não sei como resolver o problema das crianças do mundo, mas fiz este filme para que essa questão tão triste e urgente pudesse ser discutida a partir de uma narrativa que não abre mão da sensibilidade”, disse Nadine.
Capharnaüm, de Nadine Labaki, e BlackKklansman, de Spike Lee, também dividiram os louros de uma das mais importantes premiações paralelas do Festival de Cannes. Nadine levou o Prêmio do Júri Ecumênico, concedido por uma entidade católica que celebra o humanismo, enquanto Spike ficou com uma menção honrosa. Na mesma cerimônia foi anunciado o Prêmio da Crítica, dado pela Federação Internacional de Imprensa (Fipresci), que coroou o diretor coreano Lee Chang-Dong por Burning, drama sobre um jovem piromaníaco.
Na disputa pelo Caméra d’Or, prêmio destinado ao melhor filme de estreia apresentado em uma das seleções do Festival de Cannes (Seleção Oficial, Quinzena dos Realizadores ou Semana Internacional da Crítica), o vencedor foi Girl, de Lukas Dhont. O drama belga sobre uma menina trans que sonha ser bailarina, mas enfrenta preconceito. O júri, chefiado pela diretora suíça Ursula Meier, escolheu a produção sueca-dinamarquesa Border, dirigida por Ali Abbasi, como vencedor do prêmio Un Certain Regard. O diretor Lukas Dhont recebeu ainda ao prêmio da Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci). “Este é um filme sem gênero, para todos os gêneros”, disse Dhont.
O troféu L’Oeil d’Or, uma láurea criada há três anos para celebrar estéticas do real, foi para o documentário Samouni Road, de Stefano Savona. O filme italiano mistura técnicas de animação com registros documentais da Faixa de Gaza e traz depoimentos de sobreviventes de uma série de massacres em Gaza que falam sobre a reconstrução de sua vila. Na competição de curtas-metragens, o prêmio foi para All These Creatures, de Charles Williams, com menção honrosa para On The Border, de Wei Shujun.
Outra discussão acalorada que tomou conta dos primeiros dias da 71ª edição do festival aconteceu em torno da escolha de The Man Who Killed Don Quixote, de Terry Gilliam, para ser exibido no encerramento do evento. O cineasta americano, que estava envolvido em uma disputa judicial com o produtor português Paulo Branco por causa de direitos autorais sobre o filme, ganhou na justiça francesa a permissão para exibi-lo no Festival de Cannes.
Depois de enfrentar inúmeros contratempos durante a produção do longa-metragem que incluiu acidentes, trocas de elenco, problemas de financiamento e outros pormenores que fizeram desta produção uma das mais atribuladas da história do cinema – passaram-se 25 anos desde o início do projeto – Terry Gilliam finalmente conseguiu exibir a sua película. Aos 77 anos, o diretor sofreu um derrame cerebral leve dias antes do veredito final sobre o seu filme, mas se recuperou e marcou presença em Cannes onde foi recebido em apoteose com muitos aplausos, mas algum distanciamento da crítica que divide opiniões sendo unânime somente em relação à bela direção de arte e à atuação de Adam Driver.
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itscamren-yo · 6 years ago
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Capítulo 32 - Acabamos Por Aqui
Estaciono o carro do outro lado da rua e sinto minhas mãos ficarem suadas, observo atentamente a casa que eu já havia visitado uma única vez. Encaro o relógio digital do painel do carro e respiro fundo, ansiosa pelos próximos minutos, sem qualquer paciência desço do automóvel e bato a porta com força, caminhando em direção ao meu destino.
Conforme caminhava, deixava minha roupa mais confortável para aquele confronto: arregacei as mangas da minha camisa social e desabotoei os três primeiros botões, da mesma.
Toquei a campainha e não pude evitar de ficar surpresa ao ver o marido de Beatrice, o homem abriu um largo sorriso em minha direção e pareceu realmente animado em me ver ali. Estava a uma frase de acabar com a vida de Beatrice, mas diferente dela, eu não era suja.
- A que devo a honra de te ter em minha casa, Srta. Jauregui? - pergunta exibindo um sorriso charmoso.
Automaticamente me lembro da festa do banco: o homem também é advogado e no dia tentou puxar assunto comigo, mas Beatrice não permitiu.
O homem não era feio, longe disso. Alto, forte, olhos azuis, um maxilar bem marcado e cabelos loiros bem lisos. Assim como eu, Bruce também utilizava roupas sociais, como se tivesse acabado de chegar do trabalho, só que diferente de mim a camisa social estava tão justa que parecia que os botões poderiam estourar a qualquer momento.
Era uma casa de classe média alta, haviam fotos espalhadas pelas paredes, em todas as fotos Bruce exibia um sorriso largo enquanto Beatrice exibia sorrisos forçados ou sua cara estava fechada, era possível notar o quanto seus olhos eram tristes em todas aquelas imagens.
Devia ser sufocante querer ser você mesma e não poder.
- Vim falar com Beatrice. - ele parece decepcionado no mesmo momento.
- Oh… - seu sorriso desaparece - Ela saiu, mas deve chegar dentre uma meia hora, você precisa ir ou…?
- Não. - respondo prontamente - Irei esperar quanto tempo for necessário.
- Neste caso posso te oferecer algo para beber? - pergunta ansioso, voltando a exibir um largo sorriso.
- Você tem algo fort… - paro no mesmo momento - Água. Água seria perfeito, estou dirigindo. - tento esboçar um sorriso, ele assente.
Acompanho o homem até a cozinha, vendo ele se mover com facilidade pelo espaço, como se estivesse bem acostumado a utilizar aquele cômodo. Enquanto pegava os copos, podia notar seu olhar percorrer e minha direção, ele me analisava de baixo para cima. Após servir um pouco de whisky para si, serve um grande copo de água para mim.
- Irá falar sobre assuntos envolvendo trabalho com Be? - questiona interessado, esboço um sorriso debochado.
- É quase isso. - solto uma risada sarcástica e ele sorri, dando um gole em seu copo - Vocês são casados a muito tempo?
- Nos conhecemos na faculdade, estamos juntos desde então. - explica sem muita animação - Trabalho com o pai dela, nossas famílias são amigas a muito tempo e sua mãe sempre falou muito dela para mim, se você me entende… - ri, olhando para o seu copo.
Oh é claro, Beatrice era previsível, para não levantar quaisquer suspeitas sobre sua sexualidade havia escolhido um homem que seus pais admiravam e gostavam: o filho prodígio de amigos próximos.
- Vocês se dão bem? - não consigo evitar de perguntar, noto o olhar atento dele sobre mim.
- Você parece muito preocupada com o meu relacionamento, Srta. Jauregui.
- Apenas curiosa, em todas as vezes que nós nos encontramos Beatrice nunca deu muitos detalhes sobre. - tento soar o mais casual possível, como se fôssemos velhas amigas - Acho que você sabe que nós costumávamos jogar Softball juntas, não?
- Sim, ela me disse, ela ainda tem as medalhas e fotos dos dias de glória. - brinca e eu assinto, sorrindo de canto.
Que irônico, quem diria que antes de conhecer Camila eu costumava a ser amiga dessa desgraçada.
Conforme conversava com Bruce, podia sentir o meu estômago doer com toda aquela situação. Ele parecia ser, genuinamente, um cara muito bacana e era muito triste vê-lo preso a um relacionamento que não permitiria ele ser 100% feliz e realizado com a própria esposa, era um casamento fadado ao fim. Isso me fazia ter ainda mais raiva de Beatrice, ela prendia alguém a ela que jamais teria seus sentimentos correspondidos.
Meia hora se passou, meu celular tocou e eu pude ver o nome de Camila, inclinei a chamada e pedi desculpas a Bruce por termos nossa conversa interrompida. Após mais quinze minutos de espera, pude escutar o portão da garagem abrindo e sons vindo da mesma, então a porta se abrindo e passos enquanto Bruce gritava que eles tinham visita.
Beatrice parou na entrada da cozinha com um olhar apavorado ao me ver. Ela trajava uma calça jeans justa, uma blusa de algodão cinza e um sapato fechado. Seus cabelos estavam presos e seu rosto livre de qualquer maquiagem. Sua respiração ficou pesada no mesmo momento, seu olhar percorria entre Bruce e eu, como se tentasse descobrir se eu havia dito qualquer merda para ele.
- Quem você esperava finalmente chegou… - Bruce ri, caminhando em direção a Beatrice - Vou tomar um banho e deixar vocês a vontade. - se curva, roubando um selinho dela - Foi um prazer te fazer companhia, Lauren.
- Obrigada pela conversa, Bruce. - ergo o copo de água, virando o resto do conteúdo, esperando ele sair.
O cômodo ficou em um silêncio mortal, enquanto esperávamos Bruce subir as escadas Beatrice e eu tivemos uma longa troca de olhares intensas, seu medo era maior que sua raiva e minha pena era maior que minha sede por vingança. Assim que escutamos a porta do andar de cima bater, ela se aproximou com os olhos arregalados.
- O que você faz aqui?
- Como foi sua conversa com Demetria? - questiono me levantando, sua respiração fica pesada e eu abro um sorriso debochado - Eu sempre soube que você… - paro de falar no mesmo momento, não iria atacá-la - Você acha que eu sou idiota? Por quanto tempo você achou que ela conseguiria manter o emprego fazendo tanta merda para me foder? - questiono irritada, mantendo o tom de voz nivelado.
- Saía da minha casa agora mesmo e não ouse voltar! - sua respiração estava descompensada.
- Não até conversarmos. - ela olha para trás, como se pudesse ser surpreendida a qualquer instante pelo seu esposo - Você pode relaxar, não estou aqui para fazer escândalo ou contar quem você realmente é para seu marido, isso é você quem vai fazer. - junto minhas mãos - O que você quer?
- O quê? - arregala os olhos, claramente confusa.
- Eu quero acabar com isso de uma vez por todas, o que você quer para encerrar esse assunto? Quer que eu advogue para você em seu divórcio? Quer fazer uma rota de lugares que eu vou para você não ir e nós não nos encontrarmos? - sinto a raiva começar a tomar conta do meu corpo, me aproximo dela - O que você quer para nunca mais entrar na minha vida ou na de Camila sem que eu tenha que acabar com a sua? - ela encolhe o corpo.
Estava exausta de acabar com tudo e Beatrice ressurgir das cinzas como se pudesse mudar algo para afetar minha vida e melhorar a sua, como se magicamente Camila fosse me abandonar, meu emprego sumir  e ela estar em meu lugar.
- Você é tão arrogante, Jauregui.
- E você é tão patética, Miller. - cuspo as palavras, não conseguindo evitar de aumentar o tom - Você não parece notar, não é mesmo? Não importa quantas vezes você tenta ou o que você faz, você nunca consegue me separar de Camila ou não consegue acabar com o nosso sucesso, você só se fode com isso. - percebo sua expressão se transformar em vergonha.
- Cale a boca! - seus olhos transbordavam raiva.
- Eu estou mentindo? - pergunto debochada - Você quase foi expulsa da escola anos atrás por conta daquelas atitudes estúpidas acompanhada de outros babacas, Camila te odiava tanto quanto eu, você provavelmente se encontrava com meninas às escondidas para não ter que decepcionar seus pais, só tem amigos que não te aceitam do jeito que você é, é casada com alguém que não ama, perdeu o emprego por conta de uma vingança que nem deveria existir e machuca quem realmente gosta de você. - seus olhos estavam marejados.
- Pare de falar, apenas cale a merda da boca. - uma lágrima rola pela sua bochecha, sua expressão era uma mistura de vergonha e pavor - Você não tem noção de como é estar na minha pele. - seu indicador estava apontado em minha cara e sua mão tremia - Você não tem noção como é ver quem você mais odeia tendo tudo o que você quer.
- Então isso é puramente inveja? - semicerro os olhos - Isso significa que eu não estive errada um minuto sequer.
- Isso significa que você é uma babaca! - dá um passo para trás - Você fala sempre as coisas como se eu não tivesse noção delas e como se fosse fácil ser isso. - aponta para mim - Como se ser esse ser asqueroso fosse algo positivo. - arregala os olhos, passando as mãos pelos cabelos - O que você acha que vão me dizer caso um dia eu admita que sou como você? Vão falar as mesmas coisas que eu falava para você.
- E…? - dou um passo em sua direção -Você quer continuar tentando aprontar com a gente para se sentir melhor sobre quem é? Tudo bem, mas não pense que irei deixar barato e tenha certeza que você será processada e eu farei questão de fazer um escândalo para ter certeza que todos descubram quem você realmente é! - sua respiração fica ainda mais descompensada - Agora se você parar com essa merda, nós nunca mais precisamos nos ver e cada uma segue sua vida como se nada disso nunca houvesse acontecido. - ela olha para trás, temerosa de que alguém possa ouvir.
Era digno de pena vê-la daquela maneira, apavorada com a possibilidade de alguém sequer imaginar sua orientação sexual. Era como encarar Normani na época em que ela tentava aceitar que estava apaixonada por Dinah e precisava contar para todos para que pudesse se sentir completa.
- Você não pode contar para as pessoas. - ela não estava falando de uma maneira ameaçadora, mas como se implorasse.
- E você não pode, e nem vai, continuar se metendo em nossas vidas. - olho no fundo de seus olhos - Eu odeio você, mas minha pena é maior que meu ódio. - me aproximo dela - Pena por você não ter coragem suficiente de ser quem é, pena de não respeitar Bruce o suficiente para permitir que ele encontre alguém que realmente irá amá-lo, pena por você ser tão infeliz que precisa tentar acabar com a felicidade alheia para conseguir o mínimo de satisfação. - olho no fundo de seus olhos, vendo os mesmos não conseguirem segurar as lágrimas grossas - Irei embora, Miller, deixando você ciente de que lhe darei uma última chance para que você siga sua vida e eu siga a minha.
- Você não sabe de…
- Me poupe de ouvir mais da sua merda. - a interrompo rudemente - Se você acha que eu irei me sensibilizar com toda a merda que você está passando, você está muito errada. - a olho de cima abaixo - Você teve tantas chances de mudar e ter apoio de pessoas, não espere que eu seja uma dessas agora. - abaixa o olhar, envergonhada - Estou exausta de você tentar me arrastar para o mesmo caminho você, o do fracasso - falo entre dentes, tentando me conter para não gritar em sua cozinha - Resolva suas coisas e nos deixe fora disso. Você está avisada pela última vez.
Passei por Beatrice, fazendo o mesmo caminho que havia feito minutos antes, abro a porta de saída e atravesso seu jardim para ir em direção ao meu carro, assim que entro, encaro minha mão trêmula e sinto minhas pernas ficarem mais moles que gelatinas. Havia sido como derrotar o meu maior pesadelo.
Após respirar fundo algumas vezes, dei partida no carro e saí dali. Abaixei os vidros e desliguei o rádio, não querendo ouvir nada a não ser o barulho exterior. Enrolei para ir até minha casa, não queria conversar com ninguém, o que resultou em eu parando o carro perto da orla, retirando meus sapatos e correndo em direção ao mar.
Senti a água gelada entrar em contato com a minha roupa social e minha pele, fazendo a mesma ficar completamente arrepiada. Mergulhei por alguns instantes, sentindo o meu corpo ficar mais leve e minha mente mais livre. Esperava que as ondas levassem todo o sentimento horrível que eu sentia por Beatrice, assim como esperava que levasse toda a nossa história junto.
Aquele dia havia sido surreal: Camila e eu havíamos brigado feio; não tinha ideia se Louis havia, ou não, conseguido ganhar o caso que estávamos esperando fazia tempos; consegui ganhar o caso da minha vida, e provavelmente, conseguido a promoção da minha carreira; descoberto que uma das minhas pessoas de confiança era uma verdadeira traíra; enfrentado a pessoa que mais me tirou do sério.
Etapas estavam se encerrando, entretanto eu continuava me sentindo perdida e sufocada.
Não havia mais claridade no céu, apenas algumas estrelas e meus pensamentos consumindo minha cabeça. O vento forte fazia o meu corpo tremer, me obriguei a sair do mar, recebendo olhares confusos conforme eu saía de lá com a roupa social completamente ensopada. Parei ao lado do carro e abri meu porta-malas, retirei minha camisa social e joguei a mesma ali, peguei uma toalha e me enrolei na mesma, entrando no carro para finalmente ir para casa.
- LAUREN. - me assusto com o grito de Camila - Onde você estava? Olha que horas são, você não me deu notícias. - se aproxima, franzindo o cenho - Por que você está toda molhada? Você está tremendo! - passa a mão pelo meu rosto - Você precisa tomar um banho.
- Eu ganhei o caso. - murmuro amortecida.
- Onde você estava? - ignora o que eu havia dito - Você sempre chega mais cedo quando saí do tribunal. - solto a toalha no chão, ficando apenas de calça social e sutiã.
- Eu acho que ganhei a promoção. - me encara, fechando a expressão, irritada.
- Não foi essa pergunta que eu fiz. - noto que ela fica verdadeiramente irritada com a minha insistência naquele assunto - Quer saber? Não importa onde você estava, agora você está aqui e está molhando o meu chão. Irei limpar aqui enquanto você vai tomar um banho quente para impedir de pegar uma pneumonia.
- Camila.
- Lauren, banho. Agora. - comprimo os lábios, caminhando em direção ao nosso quarto para finalmente tomar um banho.
Lavei meu cabelo e meu corpo duas vezes em água bem quente, podia sentir meu corpo agradecer finalmente por aquele contato quente, quase como um abraço confortável após um dia sufocante. Após sair do banho, sequei bem o meu cabelo e escolhi uma calça de moletom e uma blusa de algodão com mangas compridas, o frio finalmente havia batido.
Quando cheguei na sala pude ver Camila preparando nosso jantar na cozinha, não havia música e a televisão estava tão baixa que parecia estar no mudo. Ela ainda estava furiosa comigo, provavelmente ainda mais furiosa após eu chegar completamente atrasada, molhando todo o nosso apartamento.
Ocupei a cadeira alta, fazendo questão de fazer barulho para que ela soubesse que eu estava ali. Notei Camila virar a cabeça para me observar com o canto do olho. Suspirei alto e instantes depois ela colocou um prato com um sanduíche bem feito, bem na minha frente.
- Meu dia foi perturbador. - murmuro, sentindo minha voz mais rouca que o normal, provavelmente eu ficaria gripada - Após ganhar o caso, descobri que Demetria estava de complô com Beatrice Miller. - só então Camila me encara, completamente confusa, mas ainda assim - Elas estavam tentando acabar com a minha carreira por dentro da empresa e sem Beatrice mover um dedo sequer.
- O quê? - Camila se aproxima, completamente horrorizada - Como assim?
- Demetria estava fazendo de tudo para me prejudicar, não só dentro da empresa, mas fora dela também. - não havia sido difícil juntar as peças depois - Por que repentinamente meus clientes queriam marcar reuniões apenas na parte da noite? Por que eu não aparecia em alguns almoços com nossos amigos ou chegava muito atrasada? Perda de documentos? Confusões de casos? - minha namorada parece pensar por alguns instantes, juntando as peças.
- Mas como… o quê?
Então expliquei tudo o que havia descoberto, ou melhor, tudo o que Demetria havia me contado e o que eu havia conseguido juntar de informações. Informações que pareciam bem coesas e que faziam muito sentido quando eram colocadas lado a lado.
Camila ocupou a cadeira ao meu lado e parecia verdadeiramente horrorizada com toda aquela situação, podia notar a clara confusão e o quanto parecia fazer sentido para ela quase tanto quanto parecia fazer para mim.
Demetria e Beatrice estavam me levando ao ápice da loucura, elas estavam me lotando de casos que se tornavam difíceis demais quando provas e documentos sumiam. Aos poucos dificultavam meu relacionamento com Camila, já que eu estava priorizando meu trabalho ao meu relacionamento. Elas estavam me tornando uma pessoa tão ruim quanto elas, e eu havia permitido.
Contei para minha namorada o que havia feito após demitir Demetria, não poupei detalhes sobre minha visita até a casa de Miller, muito menos deixei de contar as coisas maldosas que havia dito. Entretanto, deixei bem claro que sequer encostei um único dedo em Beatrice. Palavras, quase sempre, possuem o poder de serem piores que o tapa mais forte que alguém pode dar. Não precisava bater em Beatrice para machucá-la.
Finalizei minha trajetória contando que precisava ficar um tempo sozinha e pensar, por este motivo acabei indo para a praia para pensar e nadar um pouco, o que se fosse analisado: não havia sido uma boa ideia de fazer vestida com roupa social e no final da tarde com um vento gelado desgraçado.
- Eu sequer sei o que te dizer… - passa a mão rosto - Eu sinto muito que ela tenha ido atrás de você para tentar se vingar de uma maneira diferente, é a minha culp...
- Não ouse dizer isso. - seguro sua mão - Não é sua culpa e nunca será, o fato dela ser uma pessoa que precisa de cuidado psicológico. - Camila suspira.
- Eu sinto muito por não ter tentado entender você, Lauren. - esboço um sorriso pequeno.
- Você só está dizendo isso porque está com pena por eu ter tido uma crise de doida e ter ido para a praia nadar de roupa social, porque você sabe tanto quanto eu, que quem estava certa nessa briga era você. - Camila ri, me abraçando apertado, fecho os olhos - Eu sinto muito por ter falado com você daquela maneira hoje cedo, eu apenas estava muito estressada, o que não é uma justificativa para descontar em você, mas você…
- Eu sei. - segura o meu rosto, encostando as nossas testas - Se importa em repetir?
- O quê?
- Que eu estava certa e você errada. - sorri debochada e eu reviro os olhos, rindo.
- Você é uma idiota.
- Oh não, você não pode me chamar disso hoje. - ri divertida, selando nossos lábios em um longo selinho.
Fechei meus olhos e segurei Camila pela nuca, impedindo que ela se afastasse daquele contato entre nossos lábios. Minha língua invadiu sua boca a procura da sua língua, suspirei em deleite ao sentir nosso beijo ser aprofundado. Precisava daquele contato, precisava de Camila e seu corpo no meu.
Minha namorada se levantou e ficou entre minhas pernas, aproveitando que eu estava sentada no banquinho alto da cozinha. O ritmo do nosso beijo ficou mais intenso e eu podia sentir todo o meu corpo ficar animado com aquele contato entre nós.
Nada melhor do que sexo de reconciliação.
- Ah não, você está proibida de atender. - Camila murmura contra minha boca enquanto suas mãos iam de encontro com o meu abdômen abaixo da blusa.
- Pode ser Louis… - ela bufa e eu a prendo com as minhas pernas, impedindo que ela se afaste - Vá para o quarto e me espere nua com o bullet, prometo que você não irá se arrepender. - noto seus olhos brilharem intensamente.
- Você tem dez minutos, nada a mais. - começa a se afastar de mim, já retirando sua blusa de pijama, sorrio largo e pego meu celular, atendendo o mesmo.
- Alô?
- Jauregui? - afasto o celular, vendo o nome de Gabriel no visor - Adivinhe a notícia da noite, precisamos sair para comemorar, a promoção é sua! - fala animado e eu arregalo os olhos, não conseguindo evitar de rir.
- Meu Deus, você está falando sério?
- Estou. Passo em sua casa daqui meia hora, vamos sair para comemorar.
Olho para a porta onde Camila havia saído e penso em minha namorada e como minha profissão havia ficado em nosso caminho diversas vezes, e como aquela promoção seria um grande empecilho, como ela significaria ficar igual ao meu chefe: sozinho e louco pelo emprego, vivendo somente para isso. Olho ao meu redor e penso como isso poderia significar desistir do local dos meus sonhos, mas que se fosse assim, tudo bem, Camila e eu passaríamos por isso juntas. Tomo fôlego e falo para o meu chefe o que jamais conseguiria acreditar:
- Não, Sr. Specter.
- Como é? - pergunta confuso.
- Eu agradeço a oportunidade da promoção e a oferta para a comemoração, mas não.
- Como não?
- Eu não irei aceitar a promoção, na verdade, estou pedindo minha imediata demissão. - suspiro alto, sentindo minhas mãos tremerem - Trabalhar com a Personal Injury foi a maior honra da minha vida, e não consigo colocar em palavras o quanto aprendi, entretanto eu não posso aceitar essa promoção. - Gabriel permanecia em silêncio - Amanhã irei até o escritório para conversar melhor com você, mas gostaria estivesse ciente.
- Você definitivamente irá, não deixarei você partir facilmente, Jauregui. - sorrio de canto - Tenha uma boa noite, descanse e não tome nenhuma atitude que irá se arrepender mais tarde.
- Tudo bem, Sr. Specter. Nos vemos amanhã.
Após encerrar a ligação, desliguei o celular e retirei minha blusa e minha calça de moletom. Minha namorada seria o motivo que me faria perder o sono naquela noite, não a empresa.
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viniciuslimaaraujo · 6 years ago
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Como Espionar Celular Android
Como Espionar Celular Android, Baixar programa Keylogger e gravar tudo que é digitado no computador, programas, espionar tudo no PC. Keylogger hacker grátis para baixar. Ola, quero comprar serviço mais preciso de um passo a passo de como fazer para usar sem que tenha acesso ao celular da outra pessoa. Abra WhatsApp no telefone da pessoa. Monitorizar celular remotamente : muitos pais se preocupam com uso que os seus filhos dão aos smartphones. Quando você estiver usando WhatsApp em um computador, telefone ainda precisará ter uma conexão de dados ou Wi-Fi. Pode parecer como espionar celular do marido insensibilidade, na circunstancia da confissão da traição minha consorte estava gravida e logicamente que a situação influenciou na decisão de continuar tentando viver matrimonio. Bem, espero que agora você saiba tudo que você precisa saber sobre espionar celular de alguém. Uma certa noite tive um sonho de um cara tentado agarra la, chamei ela e contei sonho e perguntei se estava acontecendo algo, insisti até que ela me disse, que no dia do aniversário do tal médico (patrão), ela foi dar parabéns pra ela e ele tentou beija-la, brigamos.
Detetive Particular Em São Paulo Pq como ia dizendo eu ja mostrava a rle q tinha melhorado a visao sobre as questões domésticas e ate pq ele nao podia ajudar por falta de tempo q reclamou c um parente q tava trabalho demais, so q meu antidepressivo me deixavam indisposta e eu achava q gosse capaz de entender, mas nao pq se incomodsva demais c minhs vida e muito d w críticou era sobre mim nao tsnto do relacionamento q eu tava muito parafa , isso pq teve segundo ele admiração pela vida q a outra levava, mas nem ele levava a vida q admirava, ele é dotipo faca q eu digo e nao q eu ffaço pq quero q vc seja assim. Passo 5. Em seguida, toque no ícone de +” e faça a leitura do código QR usando a câmera do celular principal na tela do smartphone secundário (que está com acesso pelo navegador). Em seu aniversário de casamento, a melhor forma de celebrar é respeitando sua esposa ao casar-se novamente com ela. Mas se a decisão for de dar uma chance ao casamento, que seja pelos motivos corretos, isto é, pelo amor que sente pela esposa e não apenas porque acha que deve continuar casado.
3. Agora vá para app store ou play store , faça download do WhatsApp novamente, e instale- usando número de celular de destino. Rastrear mensagens de texto: Mantenha controle das mensagens e multimídia enviadas ou recebidas ou excluídas do telefone. No Canadá, uso de um aplicativo espião sem informar proprietário do dispositivo é ilegal e considerado uma invasão de privacidade. Para excluir um contato da lista de contatos bloqueados no whatsspp só tem uma maneira, ou seja: após bloquear contato, como espionar o celular de outra pessoa vc terá que desinstalar whatsspp e reinstalar novamente, contudo não permita fazer backup na nova instalação para que essa lista não volte. Segundo: se vc realmente fosse um bissexual bem resolvido vc não faria distinção de homem e mulher na hora de fazer sexo. Digitar mensagens longas ou manter várias conversas do WhatsApp em seu smartphone é possível, mas há momentos em que digitar afastado em um teclado completo e exibir mensagens em uma tela de computador de tamanho completo seria melhor.
Disponível apenas para Android, programa permite envio e a leitura de mensagens de forma anônima, sem que você precise abrir aplicativo. Só consegui apagar a lista d contatos bloqueados apagando minha conta e fazendo outra d novo. PRIMEIRO PASSO: e você ter acesso ao celular que você deseja monitorar. A Spypro Espião não se responsabiliza se instalar software num tablet ou telemóvel que não lhe pertença, para qual não possua consentimento escrito para monitorizar. Com um espião você obtém fácil acesso a todas as mensagens recebidas e enviadas, emails, fotos, vídeos, histórico de navegação na web, detalhes das chamadas, conversas, localizações via GPS, e mais. ROOT NÃO E OBRIGATÓRIO, Para utilizar 99% das funções do software, você não precisa ter Root no telefone, Root e uma opção de desenvolvedor, se você não desenvolve nada no aparelho, você não precisa de Root, a não ser que você seja um espião de uma Multinacional Americana, e precisa dessas opções habilitadas no aparelho, ai Root e por sua conta e risco.
Essa é uma maneira supersimples de compartilhar seu contato com alguém. Mulheres casadas, noivas, namoradas, em baladas em festas etc. Rastreador de celular pelo numero, Whatsapp, Chamadas, Contatos, Facebook, GPS, Sites Acessados e muito mais no celular. Veja bem, se isso acontece no namoro (antes de um compromisso de casamento) eu terminaria na hora, mas dentro do casamento é totalmente diferente. Se, mesmo assim, consciente das possíveis consequências, você ainda está decidido a hackear WhatsApp de alguém, você pode tentar alguma das maneiras sugeridas a seguir, por sua conta e risco. Sonhei que meu ex marido me dizia que não me queria mais que eu era feia e que ele ia ficar com outra. Terceiro: vc não é bissexual, isso tá claro quando vc diz q não beija homem só mulher. Amo ela, me atraído tanto por outras mulheres quanto por homens… Nao e minha escolha, mas estranho e como disse, eu não gosto do ato sexual, apenas da imagem masculina.
E.A é um aplicativo espião para celular pequeno fácil de ser baixado e instalado funciona sem comprometer desempenho do sistema operacional e sem ser notado. 4. Homens gostam de mulheres de boa aparência e bem cuidadas (veja bem, não falei linda, magra, corpo perfeito). Sonhei com a ex-mulher do meu marido dizendo pra mim que iria voltar com ele e ela estava voltando pra lugar que ela morava. Quando acontece uma traição, a parte afetada tende a se comparar com (a) amante, como espionar o whatsapp da sua namorada e perguntas assombram sua mente a todo instante: Será que seu desempenho na cama era melhor que meu?”, Onde eu falhei?”, Será que não sou atraente pra ele(a)?” É realmente um tormento… Mas há um detalhe importante que deixamos de lado. Dependendo do caso, é ilegal gravar as informações e ligações de uma pessoa sem a permissão dela. Continue a ler para saber como apanhar uma namorada traindo, e como bônus vamos explicar-lhe como espiar celular da sua namorada.
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matildecunhasouza · 6 years ago
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Como Espionar Celular Android
Como Espionar Celular Android, Baixar programa Keylogger e gravar tudo que é digitado no computador, programas, espionar tudo no PC. Keylogger hacker grátis para baixar. Ola, quero comprar serviço mais preciso de um passo a passo de como fazer para usar sem que tenha acesso ao celular da outra pessoa. Abra WhatsApp no telefone da pessoa. Monitorizar celular remotamente : muitos pais se preocupam com uso que os seus filhos dão aos smartphones. Quando você estiver usando WhatsApp em um computador, telefone ainda precisará ter uma conexão de dados ou Wi-Fi. Pode parecer como espionar celular do marido insensibilidade, na circunstancia da confissão da traição minha consorte estava gravida e logicamente que a situação influenciou na decisão de continuar tentando viver matrimonio. Bem, espero que agora você saiba tudo que você precisa saber sobre espionar celular de alguém. Uma certa noite tive um sonho de um cara tentado agarra la, chamei ela e contei sonho e perguntei se estava acontecendo algo, insisti até que ela me disse, que no dia do aniversário do tal médico (patrão), ela foi dar parabéns pra ela e ele tentou beija-la, brigamos.
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3. Agora vá para app store ou play store , faça download do WhatsApp novamente, e instale- usando número de celular de destino. Rastrear mensagens de texto: Mantenha controle das mensagens e multimídia enviadas ou recebidas ou excluídas do telefone. No Canadá, uso de um aplicativo espião sem informar proprietário do dispositivo é ilegal e considerado uma invasão de privacidade. Para excluir um contato da lista de contatos bloqueados no whatsspp só tem uma maneira, ou seja: após bloquear contato, como espionar o celular de outra pessoa vc terá que desinstalar whatsspp e reinstalar novamente, contudo não permita fazer backup na nova instalação para que essa lista não volte. Segundo: se vc realmente fosse um bissexual bem resolvido vc não faria distinção de homem e mulher na hora de fazer sexo. Digitar mensagens longas ou manter várias conversas do WhatsApp em seu smartphone é possível, mas há momentos em que digitar afastado em um teclado completo e exibir mensagens em uma tela de computador de tamanho completo seria melhor.
Disponível apenas para Android, programa permite envio e a leitura de mensagens de forma anônima, sem que você precise abrir aplicativo. Só consegui apagar a lista d contatos bloqueados apagando minha conta e fazendo outra d novo. PRIMEIRO PASSO: e você ter acesso ao celular que você deseja monitorar. A Spypro Espião não se responsabiliza se instalar software num tablet ou telemóvel que não lhe pertença, para qual não possua consentimento escrito para monitorizar. Com um espião você obtém fácil acesso a todas as mensagens recebidas e enviadas, emails, fotos, vídeos, histórico de navegação na web, detalhes das chamadas, conversas, localizações via GPS, e mais. ROOT NÃO E OBRIGATÓRIO, Para utilizar 99% das funções do software, você não precisa ter Root no telefone, Root e uma opção de desenvolvedor, se você não desenvolve nada no aparelho, você não precisa de Root, a não ser que você seja um espião de uma Multinacional Americana, e precisa dessas opções habilitadas no aparelho, ai Root e por sua conta e risco.
Essa é uma maneira supersimples de compartilhar seu contato com alguém. Mulheres casadas, noivas, namoradas, em baladas em festas etc. Rastreador de celular pelo numero, Whatsapp, Chamadas, Contatos, Facebook, GPS, Sites Acessados e muito mais no celular. Veja bem, se isso acontece no namoro (antes de um compromisso de casamento) eu terminaria na hora, mas dentro do casamento é totalmente diferente. Se, mesmo assim, consciente das possíveis consequências, você ainda está decidido a hackear WhatsApp de alguém, você pode tentar alguma das maneiras sugeridas a seguir, por sua conta e risco. Sonhei que meu ex marido me dizia que não me queria mais que eu era feia e que ele ia ficar com outra. Terceiro: vc não é bissexual, isso tá claro quando vc diz q não beija homem só mulher. Amo ela, me atraído tanto por outras mulheres quanto por homens… Nao e minha escolha, mas estranho e como disse, eu não gosto do ato sexual, apenas da imagem masculina.
E.A é um aplicativo espião para celular pequeno fácil de ser baixado e instalado funciona sem comprometer desempenho do sistema operacional e sem ser notado. 4. Homens gostam de mulheres de boa aparência e bem cuidadas (veja bem, não falei linda, magra, corpo perfeito). Sonhei com a ex-mulher do meu marido dizendo pra mim que iria voltar com ele e ela estava voltando pra lugar que ela morava. Quando acontece uma traição, a parte afetada tende a se comparar com (a) amante, como espionar o whatsapp da sua namorada e perguntas assombram sua mente a todo instante: Será que seu desempenho na cama era melhor que meu?”, Onde eu falhei?”, Será que não sou atraente pra ele(a)?” É realmente um tormento… Mas há um detalhe importante que deixamos de lado. Dependendo do caso, é ilegal gravar as informações e ligações de uma pessoa sem a permissão dela. Continue a ler para saber como apanhar uma namorada traindo, e como bônus vamos explicar-lhe como espiar celular da sua namorada.
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osanecif · 8 years ago
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Opinião – Yolhesman Crisbelles
  Sabe o que significa?.. Pois não significa porra nenhuma! Porém, durante o regime militar, no Brasil, a polícia acreditava ter um significado político e subversivo. Uma ameaça ao regime. Dedicaram tempo e energia a pesquisar e indagar o sentido conspiratório da coisa. Puro equívoco. Era apenas fruto da genial criatividade carnavalesca de um grupo de amigos cariocas. Desde a década de 60 é o dístico usado na faixa que abre a “Banda de Ipanema”, um dos mais famosos blocos de rua do carnaval do Rio de Janeiro. De acordo com os autores poderia ter a seguinte tradução livre: “tudo o que você queira, nada que você não queira”. Em suma, liberdade! O Carnaval é expressão da irreverência brasileira. É o marco anual para uma espécie de catarse coletiva em que, por alguns momentos, se esquece a violência, a pobreza e a desigualdade que compõem este país. É uma certa ocasião para justificar os excessos próprios de um povo sem meio termo. No Brasil não existe “mais ou menos”! “Eu choro curto mas rio comprido”; “Suvaco de Cristo”, “Simpatia é quase amor”; “Nunca mais eu bebo ontem”; “Quero exibir meu longa”; “É pequeno mais vai crescer”. Estes são apenas alguns dos nomes mais inusitados dos blocos de rua que movimentam (mesmo) milhões de pessoas por estes dias no Rio de Janeiro. O Carnaval, apesar de ter um significado especial no Rio, é um evento nacional. Salvador da Bahia, Recife e agora São Paulo são também referências na hora da diversão. Por isso mesmo, vale a pena mencionar a chamada “economia do carnaval”. São milhares de empregos (diretos e indiretos) gerados para produçao carnavalesca; taxas de ocupação máxima em hotéis, aviões e restaurantes; a promoção externa de um país que capta novos públicos. O Carnaval que começou como pura expressão criativa de um povo e a caricatura da política e dos costumes; é, desde há uns anos, uma máquina organizada que tem importância económica, social e cultural. O Carnaval brasileiro é único e inimitável!
Opinião – Yolhesman Crisbelles
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