#Quatro Arcanjos Clara
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Os Quatro Arcanjos de Clara: Uma História de Proteção e Devoção
Os Quatro Arcanjos de Clara são uma tradição que envolve a devoção a quatro dos mais poderosos e conhecidos arcanjos da tradição cristã: Miguel, Gabriel, Rafael e Uriel. Esses arcanjos são frequentemente associados a proteção, cura, sabedoria e orientação divina. Clara, uma devota fiel, encontrou conforto e força espiritual ao rezar para esses quatro seres celestiais em busca de auxílio e…
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Capítulo 5 – Olhando para Trás
Tradução da fanfic original “Not so much falling (at first)” de @rjeddystone. Link para a lista completa dos capítulos aqui e no final da postagem. Boa leitura!
*
É um fato comprovado que anjos e demônios não têm sexo biológico, pelo menos não sem fazerem algum esforço. Sendo seres sobrenaturais, eles se apresentam como homem ou mulher ou de outros modos, conforme cada trabalho exija. O demônio, então ainda chamado Crawly, nunca vira nenhum motivo para ter favoritos, então desta vez ele era uma mulher. Uma mulher bem vestida, é claro. Mesmo como um anjo, ele era conhecido por seu estilo.
Àquela altura, ele já estava no negócio da tentação havia dois mil anos. O mundo ainda era jovem, mas você aprendia rápido quando se dedicava a isso ― e quando odiava voltar para casa.
Certa vez, o inferno o convidara para liderar um seminário sobre os “Sete Pecados Capitais”. Ele tinha um esboço com várias notas de rodapé. Os seres humanos eram inventivos demais para limitar os pecados a sete.
Por exemplo, naquele século a.C., os humanos haviam inventado o capitalismo de estado, ainda que sem o nome comercial. Naqueles dias, eles apenas chamavam de roubo.
Crawly completara três semanas em sua missão. Ele sentou junto a um poço em um mercado, o tipo de poço cuja estética tinha pelo menos uma pedra desmoronando para mostrar o quão velho ele era. Ele vestia preto enlutado e um véu. Se você era rico aqui, ninguém o incomodava, então ele o fez de seda. A última coisa que ele queria era ser incomodado, a penúltima era estar mal vestido.
Ele se sentia enojado.
Precisava muito para fazer Crawly se sentir enojado. O pessoal do Andar De Baixo devia estar tirando sarro dele, pensou. Beelzebub em especial. Sua Disgraça provavelmente pensou que ele estava ficando muito amigo do Chifrudo. Não podia fazer nada quanto àquilo. Mas Crawly havia sido enviado à Sodoma para tentar as pessoas para o mal e encontrara o trabalho já realizado. O Senhor das Moscas devia estar rindo agora.
Crawly estava desapontado. Tanto os demônios quanto os anjos se orgulhavam de seus trabalhos. Eles registram o sucesso em relatórios trimestrais e realizam reuniões sobre sinergia. [Nota da autora: O plano de aposentadoria do inferno é uma porcaria.] Mas, mais do que isso, Crawly não teria se sentido mais nauseado se ele se encontrasse em uma utopia, onde pássaros falavam em rimas e crianças cantavam provérbios em verso perfeito.
Ele torceu os dedos até as juntas doerem.
Só preciso mentir, pensou. Não é como se eles fossem notar: “Ei pessoal, tentação cumprida. Não me agradeçam … ”
Por favor não.
“Crawly?”
Ninguém naquela cidade sabia o nome dele.
“Crawly, é você?”
Ninguém da superfície, na verdade, não por ali.
“É você mesmo! Pelos céus, eu deveria saber!”
Nesse ponto, Crawly percebeu que alguém falava com ele. Alguém que conseguia parecer ah-tão-correto, e ainda assim, envergonhado ao mesmo tempo.
Olhando para cima, Crawly encontrou um rosto redondo e aberto, olhando para ele. Os olhos arregalados eram de um verde sombreado com preocupação sob uma auréola de cachos brancos macios.
As asas estavam escondidas, mas dava sempre para reconhecer um anjo. Eles tinham um certo ar sobre eles. Na maior parte do tempo, Crawly os evitava como uma praga (mesmo se eles não estivessem trazendo nenhuma), mas esse anjo era diferente, assim como ele mesmo era.
"Aziraphale?”
*
Volte uma hora antes do poço, antes de Crawly olhar para cima e ver seu anjo lá. Aqui estão dois arcanjos, recém alimentados pelos rebanhos e grãos de Abraão. Eles estão falando sobre a melhor maneira de cozinhar vitela. Suas roupas são boas, mas não muito boas para pagar pelo jantar.
Eles são seguidos, conspicuamente, por uma aurora vermelha.
Anjos e auroras pararam à beira de uma vasta planície fértil, onde rebanhos pastavam por águas claras, tratados por homens bem-arrumados. Grandes cidades erguiam-se sobre o horizonte, cinco delas, e a maior estava coberta de ouro.
Os Três estudaram as Cinco, especialmente a capital, Sodoma, brilhando ao pôr do sol.
“Eles estiveram ocupados”, disse Sandalphon, feliz. “Devemos chamar Uriel?”
Gabriel assentiu e tirou um pouco do giz recém-usado no Dilúvio. Enquanto isso, Sandalphon espanou um pedaço plano de rocha caído das montanhas próximas. Gabriel tirou com cuidado pequenas lâmpadas de barro do bolso e fez um círculo.
O giz raspou a pedra com linhas firmes e precisas. No espaço de meia hora, eles tinham desenhado algo que parecia uma roda astrônomica. Era um mapa, rotulado com cidades e estrelas, tudo em Enochiano. As cartas não eram exatamente o que você poderia chamar de bidimensionais; elas mudavam de forma dependendo de como você as olhava.
Gabriel guardou o giz e acendeu cada lamparina com um movimento do dedo. Então ele acenou para o céu.
As chamas das lâmpadas reluziram brancas como a neve e as linhas gravadas brilharam igualmente luminosas.
Parte da aurora se retorceu senciente e depois mergulhou como um raio vermelho. Um momento depois, Uriel ergueu-se no centro do círculo. Ela espanou poeira estelar de suas roupas.
Sandalphon não pôde evitar ― ele aplaudiu.
Gabriel disse: “Bem, então …”
A coluna ardeu novamente e Uriel saltou do círculo. Essa luz era nítida, azul-relâmpago. Seu ingressante mais levou um tombo do que aterrissou.
Ele disse “Ai”.
Uriel o encarou.
“O que”, ela disse, “você está fazendo aqui?”
“Eu sinto muito”, disse Aziraphale, ex-anjo do Portão Leste. “Eu não queria me intrometer mais do que o necessário …”
“Aziraphale”, disse Gabriel, “Michael lhe disse para procurar por uma capital…”
“Ah, eu sei ― e eu estava ― eu fiz ― mas então notei, bem, alguém já havia tirado esse lugar do mapa. E como vocês deixaram a porta aberta…”
“Aziraphale, isso é um assunto estritamente para arcanjos”, disse Gabriel, reprovador.
O ainda-a-ser-principado se encolheu como se tivesse sido queimado pelo sol. “É também, bem … alguém disse que vocês estavam prestes a testar o enxofre…”
O rosto de Gabriel de repente se abriu num sorriso. “Eu entendo perfeitamente. Você deve estar muito animado”, ele disse. "Sei que eu estou.”
“Gabriel”, começou Uriel.
Aziraphale interrompeu: “É só que, bem… Raphael ainda está tratando pacientes desde o último teste”.
“Já fizemos muitos testes”.
“E ele está tratando todos aqueles pacientes também. Oh, Deus…” Aziraphale lutou contra a necessidade de mexer os polegares para impedir que sua mente girasse.
"Gostaria de assistir?” Gabriel perguntou.
Arcanjos nunca mexiam os polegares hesitando. Por fim, Aziraphale cruzou as mãos atrás das costas e disse: “Mas, sobre as cidades …”
“Não se preocupe, Aziraphale”, disse Sandalphon, com alguns dentes de ouro brilhando em seu sorriso. “É tudo para o teste.”
“As cidades?”
“Os pecadores”, Gabriel corrigiu. “Pecadores ― que merecem isso.”
“Ah, mas não existem protocolos? Sinais? Presságios? Profetas e avisos?
Gabriel riu. “Pffft. Isso terminou h�� semanas…”
"Mas os escribas mencionaram que Abraão tem um sobrinho lá.”
“E nós temos cara de um monte de escribas obscuros?”, riu Sandalphon (que já havia sido um escriba).
Gabriel disse: “Sabemos disso.”
“Mas, quero dizer, com um lugar tão grande, certamente haverá as dez pessoas necessárias para evitar a condenação.”
“Como sabe disso?” Perguntou Uriel.
“Eu li o relatório”, disse Aziraphale.
Por um instante, Gabriel e Sandalphon se contraíram. Ninguém lia os relatórios. Aziraphale estava cuidando da cidade e não havia percebido.
Rapidamente, Gabriel passou um braço em torno dos ombros de Aziraphale. “Que tolice minha! Eu me esqueci, Aziraphale. Você gosta de ler, não é?”
“Bem, sim.” Aziraphale disse: “Eu …”
“O que você acha da danação?”
“Dana… oh, meu caro. Bem, eu estava lendo um livro terrível―quero dizer―terrivelmente interessante, outro dia na biblioteca, sobre essa nova política e …”
“Danação é um dos meus assuntos favoritos”, Gabriel o acolhia, dizendo. “Então, nós temos cerca de …”
Uriel murmurou algumas palavras no ouvido dele.
“… cinco horas antes do juízo final, e você acabou de mencionar uma das minhas principais preocupações.”
“Eu mencionei?”
“Sim. É disso que eu gosto em você, Aziraphale: está sempre disposto a ajudar. Acho que fomos um pouco acanhados sobre salvar, oh, apenas duas pessoas justas. Só duas. Então, poderíamos achar mais algumas e cancelar tudo isso.”
"Isso seria maravilhoso.”
“Mas estamos em cima da hora. Não podemos deixar o mal se proliferando como larvas ao sol. ”
“Er … hum, eu acho que isso se reproduz em quase todos os lugares, na verdade.”
“Mas nós somos anjos.”
“Certo.”
“Não podemos simplesmente destruir pessoas que não são más”.
“Claro que não.”
“Então, por que você não nos ajuda?”
Em alguns milhares de anos, Aziraphale seria menos crédulo. Hoje, no entanto, os arcanjos tinham vantagem: “Claro.”
“Maravilhoso.”
“Certamente haverá alguém para salvar.”
“Apenas a quantidade certa”, Gabriel concordou. “Então Sandalphon e eu pegaremos Ló e sua família. Quatro ou seis, eu acho.
“Ou…?”
“Os sogros podem complicar. Tenho certeza de que vai ficar tudo bem. Uriel vai esquentar o enxofre, só por precaução, e nós vamos nos encontrar aqui sãos e salvos nessas cinco horas.”
“Apenas cinco horas?”
“Isso não é nada para um anjo, não é? Você provavelmente poderia sentir uma alma justa a mil côvados de distância!”
“É muita gentileza da sua parte…”
“E lembre-se, se as coisas ficarem cabeludas, o círculo é a única saída. Não gostaria de enviar você para o Raphael em pedaços. ”
Gabriel gargalhou com vontade. Aziraphale deu uma risada tímida.
“Sim, er, isso é preocupante?”
“Não para o anjo da cura. Tenho certeza de que pereceríamos sem ele.” Gabriel exalava alegria.
“É melhor seguir em frente”, acrescentou Sandalphon.
*
Os olhos de Aziraphale tremeluziam prateados de apreensão, mesmo assim ele disse “É claro”, novamente, e partiu com eles enquanto Uriel disparou de volta para o céu. As nuvens agitaram-se e viraram sombras agourentas de canela e turmérico.
Abaixo, o círculo brilhava como um raio quieto, à espera.
Aziraphale se separou de Sandalphon e Gabriel no portão. Os dois arcanjos se aproximaram de um homem sentado na corte dos anciões. Segundo o que se dizia entre os escribas, ele era o homem mais justo em Sodoma.
O que não significava dizer muita coisa, por comparação.
*
Três horas depois, Aziraphale tinha encontrado Crawly.
“Estou disfarçado”, disse ele (um pouco alto). “Você também?”
“Não, eu me visto assim nos meus dias de folga”, disse Crawly.
“Sério? Fica bem em você. ”
Ficava, mas isso não vinha ao caso. Crawly disse: “Como assim? Você deveria saber“ o quê? ”
O sorriso de Aziraphale ganhou terreno. Seus olhos esfriaram para o azul. “Bem, tudo faz sentido agora”, disse ele. “Ninguém a quem culpar, afinal.”
“Pelo quê?”
“Isso é culpa sua, não é?” Ele parecia positivamente alegre.
“O quê?”
“Não se faça de inocente. É a mão do inferno que estamos vendo por aqui de novo, não é?
Inocente? Crawly não pôde evitar. A ideia o divertia. “nós, anjo?” Ele perguntou.
A pergunta esvaziou os ares do anjo e ele gaguejou, depois voltou ao tom petulante: “Nós, ou seja, meus compatriotas e eu na batalha por todas as coisas boas―”.
Crawly assentiu pacientemente.
“―… estamos … obtendo posições na terra.”
Crawly sentiu uma súbita e incongruente vibração de esperança (não a reação habitual a anjos, pelo menos fora Aziraphale). “Vão condenar o lugar então?”
“O quê? Não. Não, que palavra desagradável. Não seja ridículo”, disse seu anjo. "O próprio Gabriel me garantiu que ainda há tempo para uma … uma inspeção preliminar.”
Crawly sorriu com a palavra “desagradável”: “Apenas ‘inspecionando’ para a danação?”
“Si…―não. Não.” A boca de Aziraphale deu um nó. “Agora que eu sei que o inferno está envolvido, está claro que devemos cancelar tudo”.
“Não fui eu. Estou tão pasmo quanto você.”
Aziraphale olhou para a esquerda, depois para a direita. Ele girou os polegares. Notando seu próprio movimento, rapidamente colocou as mãos nas vestes como se tivesse sido pego fazendo algo errado.
“Diga o que quiser, mas você não vai me atrasar, sua serpente astuta.”
“Com certeza você pode inventar um insulto melhor do que isso. Eu gosto de cobras.” Crawly sorriu.
Aziraphale se afastou propositalmente. Crawly gritou para ele:
“E 'astuto’ é um elogio!”
Ele suspirou melancolicamente. O jogo sempre era divertido. Ainda não tinha um nome, mas ele ansiava por isso. Ansiaria por mais se aqueles anjos tivessem feito o trabalho deles corretamente. Olhou para a faixa vermelha de luz dançando no céu.
De repente, Aziraphale voltou. Ele sentou-se ao seu lado.
“Se você quer saber”, disse ele, aproximando-se, “recebemos uma oração de Abraão. O sobrinho Ló mora aqui, então ele está um pouco preocupado. ”
“A Toda-Poderosa está ficando 'irritada’?”
“Irritada? Está mais para furiosa.”
Uma curta crise existencial fez Crawly se contorcer ao se sentir da mesma maneira que o Inimigo. Ele disse: “E você acha que existe algum motivo para não estar?”
Um sorriso dançou pela boca de Aziraphale e ele o refreou. “Não conte a ninguém, mas”, ele sussurrou, “estou tentado ajudar os humanos”.
Crise evitada? Crawly perguntou: “Como assim?”
“Resolvi dizer às pessoas para serem um pouco mais gentis”.
“Você … o quê?” Crawly ficou absorto demais pela admiração para deixar escapar a idiotice que era aquela ideia.
“Mas eu receio que, bem …, ao longo de uma hora, várias dezenas de pessoas me mandaram… para …” A voz do anjo diminuiu: “… para dmmffr nff”.
“O que te disseram, anjo?”
“Dar o fora ― ir embora!” O anjo corou dos ouvidos até os dedos dos pés. “Mas não vou desistir.”
Anjo, anjo, se todo o céu fosse como você, eu sentiria falta do lugar. Em voz alta, porém, Crawly disse: “Então vocês estão aqui para convertê-los?”
“Ah não. Seriam muitos. Gabriel e Sandalphon estão liderando a busca, er, por Ló. Meu trabalho é encontrar o restante das dez pessoas necessárias para evitar, hum, bem, aquela palavra desagradável de que acabamos de falar.
Aquilo era interessante.
"Quem decidiu que tinham de ser dez? Esse é tipo um número da sorte?
"São as normas, eu acho.”
“Ah, bem, nesse caso, tudo ficará bem.”
“Obrigado por sua confiança. Significa o mundo pra mim, sério.”
[Nota da autora: Aziraphale levaria mais quatro mil anos para entender sarcasmo.]
Crawly disse: “Esse tal de Ló e a família dele. Menos de dez, né?
"Hum, sim.” Aziraphale percebeu que estava gaguejando e sentou-se ereto. “Se eu pudesse encontrar apenas mais dois. Ficaria feliz em encontrar um … “
"Anjo, eu estive aqui por semanas. Quase morri de fome. Você não vai encontrar ninguém bom. Aceite o conselho de um especialista no pecado original. Quando os fogos de artifício começam?
"Eles não vão.” Aziraphale disse.
“Você tem certeza?”
“Um pouco. Eu só tive um exemplo de bondade até agora, realmente. De uma jovem muito legal …”
Crawly se dobrou sobre si mesmo.
“Crawly? O que é isso?“
"Uh … Ngg …” Crawly balançou a cabeça. Ele se sentia mal de novo. Encolheu os ombros soltando um silvo de cobra com o toque da mão preocupada de Aziraphale. O anjo recuou e piscou para ele, chocado.
Crawly fechou os olhos. Ele se sentia péssimo naquele instante. [Nota da autora: bem, pior que o normal.]
“Aconteceu algo ruim?”
Mais uma vez, Crawly sentiu uma mão em seu braço. Não deu de ombros dessa vez. Olhou para cima e viu que os olhos arregalados de Aziraphale haviam mudado para um verde preocupado.
“O que aconteceu?” Perguntou o anjo suavemente.
Crawly percebeu que, repetidamente, havia coisas em que ele e seu anjo concordavam. Às vezes, essas coisas eram boas. Boas mesmo. Isso o fazia desejar que eles fossem amigos.
A respiração de Crawly parou de assobiar entre seus dentes.
Talvez eles fossem amigos.
“Quanto tempo você tem?”
Aziraphale checou as estrelas. “Duas horas.”
“Vou te contar tudo em dez minutos.”
*
Cerca de duas semanas antes dos anjos cruzarem o limiar do portão da cidade, Benoni, o pastor, chegara à Sodoma. Benoni havia vendido seu último cordeiro e, como tantos outros pastores e aventureiros sem herança, tinha ido à maior das Cinco Cidades para fazer fortuna. A metrópole era conhecida no mundo antigo como a mais rica do vale. As paredes eram revestidas com ouro.
As paredes também eram revestidas com os ossos pendurados de prisioneiros cujos crimes não eram amplamente conhecidos por recém-chegados como Benoni.
Os cambistas ficaram felizes em trocar o ouro não cunhado de Benoni pela moeda da cidade. O caixeiro da primeira tenda estampou cada peça com um selo.
“O que é isso então?”, Perguntou Benoni, curioso, mas ainda tentando bancar o Empresário de Sucesso que ele queria ser.
“Oh, uma formalidade, apenas uma formalidade”, disse o atendente. “Dessa forma, eles sabem que seu dinheiro veio da minha barraca.”
“Muito sensato”, disse Benoni, embora não tivesse certeza disso.
“Aproveite sua estadia em Sodoma. Somos gratos pelo seu … patrocínio.” O funcionário sorriu com um sorriso cheio de dentes. Vários deles feitos de ouro.
Ainda mais convicto de que ele estava certo em procurar sua fortuna aqui, Benoni caminhou até a multidão.
Ele estava pensando em abrir uma tecelagem, então encontrou o caminho para a galeria coberta, onde os têxteis estavam empilhados em barracas e mostruários, tecelões e alfaiates.
“É uma centena para obter uma licença comercial”, disse o mercador mais antigo da rua. Ele usava um turbante vermelho que parecia uma criação dele mesmo. “Vai precisar comprar uma no cambista na rua abaixo.”
“Oh, que azar”, disse Benoni. “Se eu soubesse, teria feito isso naquele outro lugar.”
O comerciante sorriu, ou pelo menos sua boca se curvou para cima.
Provavelmente é cauteloso perto de estrangeiros, pensou Benoni. Bem, quem não seria?
Ele caminhou pela rua com tanta confiança quanto pôde reunir. Em todos os lugares, a sinalização anunciava serviços―e o preço inicial dos produtos. Havia cobranças por remédios, por casamentos, por infraestrutura. Até as pontes tinham uma taxa de uma moeda cada, às vezes mais, com base no comprimento da ponte. Benoni estava com cinco moedas no momento em que chegou à rua correta. É um bom sinal, não é? Ele pensou consigo mesmo. Se nada era de graça, todos deviam estar prosperando.
Mas na tenda do outro cambista, ele teve uma experiência desagradável. No mesmo nível, ele imaginou, que encontrar metade de um verme em uma maçã.
“Não posso receber esta moeda”, explicou o funcionário. Ele usava pontas de ouro nas orelhas. Havia pelo menos dez em cada, um sinal claro de sucesso.
“É ouro da cidade de Sodoma”, ressaltou Benoni, no que ele esperava ser sua voz mais educada.
“É ouro de Uretz”, explicou o caixeiro. “Cara sorridente? Dentes de ouro? Sim, estou em uma guerra comercial com ele no momento. Então não estou trocando a moeda dele. Mas, se você quiser, há outro trocador de dinheiro mais perto da Cidade Central. Você pode trocar pela moeda dele. Ele é neutro no momento, então eu mantenho minha dignidade e compro suas moedas de você depois. “
"Bem, a dignidade de um homem é importante.”
“Você é um jovem compreensivo. Dê uma chance. Regras são regras. Elas nos mantêm ricos.”
Benoni apertou seu próprio sorriso com mais força. Era melhor não queimar pontes quando se é novo numa cidade. Sua mãe ― que descansem seus ossos―sempre dizia isso.
"É claro”, disse Benoni. “Farei isso imediatamente.”
Ele atravessou o rio pequeno seguinte, uma vez que era raso, mas descobriu que também havia uma taxa por isso.
“Danos causados à água”, explicou a sentinela de plantão, enquanto Benoni contava as moedas com cuidado.
Sua experiência monetária seguinte (três pontes e oito moedas depois) foi pior que a anterior. Como não encontrar um verme em uma maçã e ser informado de que havia um.
O balconista usava um cinto com franjas compridas, cada uma delas amarrada com moedas de ouro com furos. Elas retiniram quando ele se inclinou sobre o balcão.
“Desculpe, não posso trocar tudo isso de uma só vez. Você terá que ir mais longe. ”
“Oh, senhor… Quero dizer, é claro.”
"Mas haverá uma taxa pelo câmbio, já que não é estritamente necessário, sabe.”
“Disseram-me que era necessário”, disse Benoni, novamente fazendo o possível para ser tão cortês. “Devido a uma guerra comercial.”
“Oh, as guerras comerciais. Não é problema meu, receio. Eu cumpro as regras. Não podemos nos comprometer. Ou começaríamos a cair como … bem, eu não sei, como coisas que caem uma após a outra.“
"Folhas?” Sugeriu Benoni.
“Não, como uma reação em cadeia. Não sei. Cartas?”
“Não.”
Os dois homens ficaram pensando por um momento, mas desistiram. Nenhum mortal tinha séculos para aguardar a invenção dos dominós.
Por fim, o funcionário deu de ombros. “Bem, de qualquer maneira, você deveria ir. Está quase escuro, não é?“
"Ah, sim. E ainda não encontrei um lugar para ficar. ”
“Prioridades, milorde. Boa viagem.“
Benoni trocou aquela quantia lamentável de dinheiro. Ainda assim, agora ele tinha moedas com dois selos diferentes. Certamente nem todos os caixeiros estariam uns contra os outros, não em uma cidade tão rica.
Ele foi para um distrito público que prometia restaurantes e albergues. Tentava se animar olhando as tapeçarias, toldos e cortinas ao longo de todas as ruas. Um tecelão podia ter mil ideias aqui. Talvez até um milhão. Sua mente se surpreendia em pensar que alguém poderia perder a conta.
Sua próxima experiência não foi boa o suficiente para envolver maçãs.
"Você quer dizer que também não pode trocá-las?”
“Eu posso negociar a primeira quantia, por uma taxa.”
“Estão numa guerra comercial com Uretz também?” Benoni perguntou, tentando parecer interessado e não aborrecido.
“Receio que sim. Começou esta manhã. É o peixe. “
"O peixe?”
O atendente balançou as mãos com desdém. Eles brilhavam com anéis. “Oh, isso não tem importância. Agora, eu posso trocar o que Aven deixou com você, mas haverá uma taxa por ser em horário extraordinário”.
“Extraordinário?”
“Isso mesmo. O sol está se pondo. ”
“Oh, céus. Mas como vou saber se posso pagar um lugar para dormir?”
"Vou lhe dizer uma coisa”, disse o homem, inclinando-se para a frente no balcão. Ele olhou para os lados. Benoni, imaginando que as regras estavam prestes a serem quebradas, inclinou-se, esperando alguma conspiração útil.
“Não posso aceitar seu dinheiro, mas é um belo cinto esse que está usando. Digamos que você o deixa como uma garantia e guarde algumas moedas para si. Quando tiver o suficiente, você volta e o compra, digamos, com um pouco de usura?
"Usura?”
“Incentivo, apenas para garantir que eu não seja enganado”.
“Bem, se você coloca as coisas dessa maneira…”
Àquela altura, Benoni estava faminto. Ele conseguiu comprar mingau em uma pequena taverna, embora isso tivesse lhe custado três moedas de Aven. A pousada tinha dois tipos de quartos. Havia quartos particulares que eram um pouco caras demais para ele, e havia boatos de que as camas eram de matar de qualquer maneira. Os outros ficavam em um porão fétido, onde trabalhadores diurnos sentavam-se encostados nas paredes (e uns aos outros) para dar espaço.
Ainda assim, era melhor do que nada.
“Que tal isso”, disse o funcionário da recepção. Ele estava muito bem vestido. “Você deixa essas sandálias aqui durante a noite e me paga amanhã.”
Benoni experimentou a nova palavra. “Você quer dizer, como” garantia “?”
“Isso. Você já é praticamente um de nós.” O funcionário bem vestido sorriu.
Ele deveria saber. Ele realmente deveria ter imaginado. Era melhor o quarto do que a praça, mas ele não sabia disso. Ainda não. Poderia ter tido tempo suficiente para caminhar de volta por todas as ruas e sair pelos portões de ouro. Mas Benoni tinha uma falha além de ser um pastor sem ovelhas: ele era muito confiante.
Naquela manhã, ele esbarrou em uma figura sombria na rua e virou-se imediatamente, a mão segurando a bolsa, pensando em ladrões sorrateiros.
"Desculpe”, disse o outro. “Mantenha-se à esquerda, você sabe.”
“Oh. Eu sou novo na cidade. “
“É mesmo?” Perguntou o outro. Era uma mulher, ele tinha certeza disso, mas estava mais distraído com os olhos: ele nunca tinha visto alguém com olhos dourados antes. A mulher disse: "Melhor partir antes que se acostume demais”.
E então o estrangeiro se afastou, costurando seu caminho por entre a multidão da manhã, os quadris balançando como as ondulações de uma cobra do deserto.
Benoni franziu a testa. Ele considerou seguir o conselho. Mas sua bolsa estava intacta, ele tinha um objetivo e um par de sandálias para resgatar, então seguiu em frente.
Uma semana se passou e, no final, ele havia perdido não apenas as sandálias, mas também o cinto com o pagamento de juros que se acumulavam dia após dia. Ele juntara ―sem conseguir gastar― setenta tipos diferentes de moedas e agora possuía apenas algumas de cada. Ele tentava se lembrar quais cambistas apontaram quais outros como seus parceiros comerciais, mas mesmo quando ele tinha certeza de que estava certo, havia outra guerra comercial. Benoni logo se esqueceu de suas esperanças de um negócio têxtil. Ele só esperava encontrar um lugar que vendesse pão por menos de uma moeda de ouro inteira.
“A farinha é importada, toda a comida é”, disse um padeiro quando tentou reclamar. “Não podemos dar esmolas aqui. Faça isso e a próxima coisa que acontecerá é que todos nós morreremos de fome. Está tentando arruinar nossa economia? Estrangeiro típico. Quem não trabalha, não come. ”
Benoni tentou encontrar trabalho, mas ninguém contrataria um homem sem calçados. Ele perdera seu casaco em algum lugar no caminho, barganhando por um lugar para ficar e, por algum motivo, as instruções que ninguém lhe dava o levaram a algum lugar de volta ao portão. Um homem garantiu que ele não teria permissão para sair.
“Não com dívidas no seu livro. Eles publicam dívidas para todos os credores, você sabe.”
“Mas, certamente, há alguma ajuda para alguém tentando ganhar a vida.”
“Você é um homem crescido. Sua vida já está ganha. O que é meu é meu e o que é seu é seu. Não é justo pra você? ”
Quando se colocava dessa maneira, parecia justo.
À primeira vista, as praças do mercado pareciam convidativas, mas noite após noite ele ouvia gritos de um ou outro bairro da cidade. Gritos e o pisar das botas dos soldados ― e então um silêncio repentino e preocupante. Em vez disso, tentou as ruelas e se viu na maioria das noites agachado no lixo ― ou coisa pior ― jogado pelas janelas.
Treze dias depois, Benoni estava sentado ao lado de um poço, olhando para a água. Estava longe demais para alcançar. Havia apenas uma corda para abaixar cântaros pelas alças. Ele se perguntava se não seria melhor se jogar lá dentro.
Pelo seu reflexo ele sabia que estava parecido com outros homens e crianças esfarrapados sentados ao redor da praça. Poucas mulheres. Tentou pensar por que as mulheres não acabavam nas ruas, mas nenhuma das possibilidades era tranquilizadora.
Hoje, do outro lado da pequena praça, um homem havia colocado um letreiro mal escrito na frente de suas pernas nuas: Trabalho por comida.
Benoni arrastou os passos até ele e tirou um punhado de moedas do bolso.
“Pode ficar com isto.“
O homem olhou para as moedas, depois para Benoni e depois riu. Era um som triste e vazio. O homem enfiou a mão no bolso e mostrou um punhado de ouro.
Benoni reconheceu o carimbo de Uretz em alguns deles, os buracos de Aven em outros.
Uma verdade terrível começou a aparecer. Ele ainda não tinha palavras para isso, mas era como comer uma maçã e depois descobrir que ela tinha sido envenenada por uma toxina que age lentamente. Pelo menos um verme era natural. A cidade inteira parecia uma invenção, algo saído de um pesadelo, e que se voltara contra ele.
Benoni recuou na direção do poço, depois caiu do lado dele. Cada pedaço seu parecia quebrado. E o sol estava se pondo novamente.
"Senhor, o senhor está bem?”
Os comerciantes haviam parado de chamá-lo de 'milorde’ quando ele ficou sem roupas extras para trocar.
Benoni olhou para cima. Algo brilhou e chamou sua atenção. Um anel de ouro.
Uma mulher estava de pé junto ao poço, com a jarra de barro no ombro, olhando para ele. Suas roupas eram bordadas com fios dourados. Ela era jovem e, apesar do anel no terceiro dedo, pelo enfeite na cabeça, ela não era casada.
“Ah, hum, não, senhorita”, disse Benoni, e desviou o olhar porque mulheres o deixavam nervoso.
“Você é novo na cidade? Normalmente não o vejo neste poço. ”
“Ah, sim. Meu nome é Benoni. Filho de Oni. É bem engraçado mesmo. Benoni Ben'oni, certo? ”
Ela sorriu. “Um pouco.”
Ele se sentiu subitamente melhor. Estava querendo dizer a alguém seu nome há dias. Estava prestes a perguntar o dela quando um barulho de armadura o interrompeu. Lanças eriçadas, meia dúzia de soldados saídos de um beco. As armaduras deles brilhava à luz do dia: até as pontas das lanças eram revestidas de ouro.
A donzela ficou rígida e quase derrubou a jarra. Benoni levantou-se para pegá-la.
“Estão aqui por minha causa?”, ambos disseram ao mesmo tempo.
Não estavam. Dois soldados agarraram o homem sentado com a placa rudimentar e o ergueram.
“Você está preso”, disseram eles. “É proibido mendigar. Quem não trabalha, não come. “
"Mas eu estou tentando―”
“Sem ouro, sem bens.”
Os protestos desapareceram na esquina quando ele foi arrastado.
Demorou menos de um minuto.
Benoni estava tremendo. Ele olhou para o cartaz sem dono e seu anúncio grosseiro. Engoliu em seco e entregou a jarra à mulher. Parecia um pouco pesada, mas ele culpou a falta de comida; estava ficando fraco.
“Desculpe”, disse ele, sem saber por que. Por ser um covarde, ele decidiu.
“Não precisa.” Ela olhou para a esquerda, depois para a direita e depois pescou algo do pote.
“Aqui, seja rápido. Esconda-o em suas roupas.”
Benoni ficou atordoado antes de olhar para o objeto que ela havia pressionado em suas mãos. Era duro e fino como um prato, mas cedeu um pouco sob os dedos. Pão, ele percebeu.
“Desculpe, é sem fermento. Senão, não consigo colocar tantos numa jarra. “
Ela se afastou e, com olhares furtivos por todos os becos, começou a distribuir as bolachas duras para os outros.
Benoni não escondeu o pão. Comeu rapidamente. Praticamente o inalou. Era sem gosto e duro, mas mesmo uma maçã não seria mais doce agora, pensou.
"Por favor, não conte a ninguém. É ilegal.”
“O que, alimentar os pobres…?”
“Sem ouro, sem bens. “O que é meu é meu” ― tudo isso. É contra a lei. Por favor.“
Ela correu de volta ao poço para tirar água. Benoni assistiu em choque. Suas mãos tremiam, o anel de ouro captando a luz.
"Voltarei amanhã, se puder. Não posso ir sempre aos mesmos lugares … ”
“Qual o seu nome?”
“Oh.” Ela pareceu preocupada, mas disse: “Ribah”, e depois se apressou.
Benoni esperava que a noite transcorresse mais pacificamente. Amanhã, pensou, ele poderia ser forte o suficiente para se voluntariar para o trabalho, ou pelo menos para arranjar calçados. Alguém precisaria de um trabalhador, certamente. Tentou não pensar nos gritos todas as noites nos mercados.
À meia-noite, porém, ele descobriu o que eram. E porque ele deveria estar mais ciente em pensar que não eram apenas as mulheres de rua que desapareciam. Suas inúteis moedas de ouro foram deixadas espalhadas no pó.
No terrível silêncio que se seguiu, algo retiniu. Um homem que usava longas franjas de moedas saiu das sombras.
Ele disse: “Bem, Uretz?”
O sorriso cheio de dentes brilhou no escuro da rua ao lado. Uretz foi seguido pelo funcionário do albergue Tamuz e pelo irmão do atendente, o finamente vestido Orlon.
“Sim, vejamos, vejamos”, disse Uretz, apanhando as moedas. Ele se curvou e começou a separá-las. “Estes são meus. E estes são teus, Aven. Orlon, tome esses cinco.”
Outros comerciantes chegaram, cerca de setenta no total, a maioria bocejando, todos com bolsas prontamente abertas. Dividiram o ouro entre eles.
"Bom para uma quinzena de trabalho. Estamos melhorando nisso. ”
“O último durou um mês”, disse Tamuz, girando os anéis, pensativo. “E as roupas dele nem eram tão boas.”
Rindo, os empresários se despediram e seguiram em segurança pela rua, cada um sob a escolta de seu guarda contratado. Não havia soldados civis em Sodoma, é claro. Somente homens contratados valiam seu peso em ouro.
*
“Mas e depois?” Aziraphale prendeu a respiração.
Os olhos dourados reptilianos de Crawly encaravam o nada à sua frente. “Não queira saber, anjo.”
“Eles o mataram então?”
Crawly suspirou e se levantou. “Este lugar torna ruins até as pessoas boas. É como a salmoura de uma conserva. Tudo que entra nela acabada salgado do mesmo jeito.”
“O que quer dizer com isso?” Perguntou Aziraphale, que gostava de picles, mas tentou não deixar seus pensamentos vagarem. “Você poderia estar mentindo pra mim.”
“Por que eu mentiria pra você?”
“Porque eu sou um anjo e você é um demônio. Você pode estar tentando … me corromper … isto é, o meu relatório.
Crawly sorriu com a palavra "corromper”, mas balançou a cabeça. “Você deveria ir embora.” Apontou para cima.
Aziraphale olhou para o alto quando um vento estranho uivou como uma trombeta. Contra o céu escuro, a aurora vermelha tremulava seu aviso.
Crawly perguntou: “Tem certeza que eles te deram cinco horas?”
“Sim, certeza.”
“― Hum.” Crawly virou-se de repente e caminhou em direção a uma rua movimentada. Sentindo-se à deriva, Aziraphale correu atrás dele.
“Preciso saber uma coisa.”
“Você deveria ir. A investigação acabou.” Crawly subiu facilmente a rua.
Aziraphale o seguia enquanto o alarme uivava novamente. Enquanto era empurrado e tropeçava, Crawly percorria a multidão em passos ondulados, como se andar em linha reta fosse para outras pessoas. Por fim, o anjo abandonou toda a dignidade, levantou as vestes e correu.
Ele virou uma esquina, sentindo uma onda de pânico: havia perdido Crawly de vista.
"Anjo.”
Ele se virou. Crawly parara em um carrinho de maçã. O demônio jogou uma moeda para o vendedor e pegou uma fruta. Ele chamou Aziraphale para um beco e a estranha perseguição continuou.
No portão mais ao sul, Crawly lhe ofereceu a fruta. “Você parece faminto.”
“Eu realmente não deveria. Isso é roubo. ”
“Não será de ninguém em poucas horas. Por que você não foi embora ainda? ”
“Eu tenho um relatório a fazer.” Sem querer, Aziraphale pensou sobre uma Árvore em um jardim. “E … eu suponho que devo avisá-lo, será com fogo desta vez.”
“Sabia que aquele papo de 'Arco-íris’ era brincadeira.”
“É perigoso”, insistiu Aziraphale. “Eu vi os testes.”
“De onde vão tirar fogo suficiente para cinco cidades?”
“Não sei. Talvez de uma estrela cadente, eu não… desculpe-me.”. Se desculpava pela expressão abalada de Crawly, sem saber sua origem.
Crawly se recuperou: "Pensei que concordávamos que anjos não podem fazer nada errado”.
Aziraphale piscou, assustado. Outra lembrança do jardim. Era assim que era ter um amigo? Compartilhar memórias?
Mas…amizade? Com um demônio? Ele estava ficando louco? Aziraphale tentou afastar o pensamento sem conseguir direito.
“Eu…” Aziraphale recuperou sua linha de pensamento. “Quero saber o que aconteceu com Ribah, Crawly. Por favor. Pela minha missão. É importante.“
"Ela se foi também. O que mais há para…?”
"Mas isso deve significar alguma coisa.”
“E por que deveria? Alguém por acaso os impediu? ―” perguntou Crawly. “Algum dos seus?”
“Eu…”
“Vai! Faça isso significar alguma coisa. Puna-os. É fácil, não é? O céu pode punir qualquer um sem se perguntar se eles merecem.”
“Ela iria querer isso?”
“Como posso saber o que as pessoas boas querem? Eu sou um demônio. Eu não sou bom. Eu não sou sequer legal.“
"Crawly?”
“Não olhe para mim desse jeito. Nós os tentamos. Vocês os castigam.”
"Por favor.”
Crawly estremeceu e ficou em silêncio. Aziraphale não sabia por que, mas parecia que o demônio estava tendo um conflito interno.
Por fim, o demônio murmurou: “Está lá fora”, e acenou para o pórtico do outro lado do portão.
O vento uivante mudou de curso e Aziraphale foi atingido por uma nuvem de fumaça. Ele tossiu e jogou uma manga tapando a boca, enquanto Crawly calmamente puxava seu véu de viúva ainda mais sobre o rosto. Havia desvantagens em ter uma forma corpórea. O olfato era frequentemente uma delas.
Houve um monte de barulho através daquela fumaça estranguladora. Os corvos gritavam e os homens discutiam acaloradamente. Bem abaixo do tumulto, ele ouviu Crawly rosnar. Os corvos se dispersaram e Aziraphale viu um grupo de soldados e comerciantes discutindo sobre uma pilha de itens: bugigangas de ouro, joias finas, cerâmica, um tear … Parecia que uma casa inteira havia sido esvaziada. Entre os lençóis e roupas havia um fato que Aziraphale tentou não ver.
“O que eles estão fazendo?”
“Dividindo a pilhagem. Como os carrascos que são.”
Atento aos corvos, Aziraphale deu um passo à frente. Ele se forçou a olhar mais de perto. Ele se forçou a ver que todas as roupas e joias eram do tipo que ele via nas mulheres da cidade.
Atrás das pechinchas havia uma pilha de lenha fumegante do tamanho de uma pequena casa. Devia ter sido mais alta, mas agora estava na metade do caminho para virar cinzas.
“Uma pira”, ele observou, com a garganta seca.
“Punição para ladrões.”
“Então ela devia ser maior.”
“Somente ladrões sem licença.” Era uma piada horrível. Mas era verdade.
Aziraphale disse: “Tem de haver algo que possamos fazer.”
“Nós, Aziraphale? Você e seus compatriotas?”
"Não. Nós … quero dizer …”
"Talvez haja uma coisa a fazer”, disse Crawly. “Deixar tudo queimar.”
Os ombros de Aziraphale se curvaram. “Não espero que um demônio entenda”, disse ele. “Enquanto as pessoas estiverem vivas, elas podem fazer algo de bom. Eles poderiam melhorar. Uma vez que eles estejam mortos … “
"Você realmente acha que a Toda-Poderosa pensa assim?”
“Eu penso assim.” Aziraphale virou-se para ele com um rosnado. Então ele se afastou, baixou os olhos e perdeu de ver o sorriso assustado, mas grato de Crawly. “Eu penso”, ele repetiu, mais calmo, mas sua voz sibilando: “Não sou um demônio saído de uma cripta, então acho que não posso estar errado nisso.”
“Bem, você pode estar certo sozinho, anjo”, disse Crawly. “Deixe-me estar errado, se isso faz você se sentir melhor.”
A aurora caía e cintilava o fogo. O vento soprava pelas planícies, agora uivando como um bando de lobos na caça. Algo no vermelho acima brilhava em amarelo-enxofre.
“Aí veem os fogos de artifício então”, disse Crawly. “Prazer em conhecê-lo, anjo. Realmente foi um prazer.”
“É melhor eu ir para o portão norte”, disse Aziraphale.
“O norte…?”
“Melhor você aproveitar a vantagem”, acrescentou Aziraphale, saindo a passos largos. “Estou certo de que temos um bom tempo para partir.”
“Deveria ter mais uma hora ainda”, disse Crawly, pensativo.
“Nós nos veremos de novo, eu suponho.”
“É…”
Crawly encarou o céu vermelho e franziu a testa por um estufamento no estômago. Ele fitou Aziraphale, um flash branco atravessando o campo enquanto as ovelhas se espalhavam. Norte? As montanhas do norte ficavam longe demais para chegar lá em uma hora a pé. Mesmo em uma corrida frenética. E voar seria suicídio se …
Uma mão pesada pousou em seu ombro.
“Ei, você! Viúva!”
Crawly xingou e virou-se, seus olhos brilhando dourados. O soldado afastou a mão, mas voltou a se reunir com os outros, confiante em sua segurança e culpando o borrão do véu por sua visão.
“Há uma multa por parar nos degraus, mulher”, disse ele. “Quatro moedas de ouro por minuto.”
Crawly fez uma careta, depois zombou dele. Suas asas negras se abriram de repente, arquearam e depois bateram, espalhando a fumaça e lançando faíscas da pira nos olhos dos mercadores. O soldado cambaleou para trás e caiu, sua armadura colidindo com o chão e machucando-o. Outros do seu tipo saíram do portão, mas Crawly ergueu o véu e sorriu para eles, e não era um sorriso agradável.
Ele disse: “Você sabe” ―estalou os dedos, transformando a roupa de seda em linho preto. Pela primeira vez em dias, Crawly se sentiu cheio de propósito ― “ vocês todos vão morrer”.
Os soldados ficaram olhando, depois se encolheram e depois acovardaram. Com excelente timing teatral, as primeiras chamas explodiram em meteoritos. A chuva sulfúrica caiu, lenta no início, depois forte e barulhenta. Gritos de confusão, dor e medo se elevaram pela cidade.
Alguns soldados estremeceram e baixaram as lanças com cautela. Então, uma rocha vinda do céu caiu sobre a muralha. Com o estalo de uma montanha partida, a pedra se despedaçou em chamas e o paredão se amontoou em ruínas derretidas.
Crawley deu um passo à frente e todos os soldados e comerciantes tropeçaram para trás. Arqueou as asas. Com um sorriso frio, ele partiu o ar fervente com ameaça.
“Seria muito mais divertido se todos vocês corressem.”
*
O mundo estava em chamas, como um grande oceano contorcido de verde e azul, amarelo e vermelho.
E ainda assim a chuva veio: ácido que se agarrava, afundava e queimava. E depois o granizo caiu: grandes globos que racharam pedras e crânios, iluminados por um fogo impossível. E depois ainda, o enxofre caiu em retalhos de brasas, cobrindo as pastagens e a palha em chamas verde-amarelas famintas. Nascentes e rios ferviam e estragavam. A terra rachou e sangrou piche. Nuvens gasosas sufocavam o ar. Fogo contínuo desfigurava o solo.
Gabriel e Sandalphon ficaram em pé novamente no topo de uma rocha, enquanto o círculo brilhante cintilava puro e claro.
“Nunca mande um principado para fazer o trabalho de um arcanjo”, disse Gabriel, satisfeito. Ele bateu e esfregou as palmas das mãos rapidamente. “Algum sinal dele?”
Sandalphon apertou os olhos. Ele regia as chuvas como uma orquestra em chamas: cordas de gritos aqui, agora tambores de pedras caindo…
“Não acho que ele esteja vindo”, disse ele.
“Bom.” Toda preocupação de Gabriel desapareceu. “Se ele gosta tanto do Raphael, já é hora dele lhe fazer uma visita. Que lhe sirva de lição. “
“―Quer que ele seja desencorporado? ―perguntou Sandalphon. Ele deixou suas sobrancelhas se levantarem enquanto soprava o vento como uma corneta, direcionando a cascata de chamas em direção a um clã de pecuaristas em fuga. "O que vamos dizer ao Michael?”
“Diremos que ele tem potencial, mas que já é hora de esse soldado raso aprender o seu lugar.”
“Mas Aziraphale é praticamente um principado agora.”
“Foi uma promoção inesperada.” Gabriel se balançou impaciente nos calcanhares. “Mais uma razão para ensiná-lo agora, enquanto ainda podemos ajudá-lo.”
“Você poderia simplesmente explicar isso a ele.”
“Não, ele é muito simplório”, disse Gabriel. “Entre a minha ideia das moedas estampadas e a sua de ensinar aos mercadores a explorar jogos de palavras jurídico, ele pode pensar que éramos nós que estávamos errados, o que seria ridículo.”
“Nós só estávamos ajudando”, disse Sandalphon, consciente.
“Exatamente.”
“Suponho que devemos fechar o círculo então.”
“E eu, é claro, não vou deixar você e Uriel ficarem com toda a diversão.”
“E quanto aos, er… humanos?”
Eles haviam deixado Ló e o que restara de sua família em uma pequena caverna atrás deles para fazer o que quer que os mortais fazem em momentos como esses. As meninas murmuravam algo sobre álcool.
“Eles vão ficar bem. Salvamos as vidas deles ― quero dizer, da maior parte. Tem que ter mais cuidado ao transformar pessoas em pilares de sal. Mas não é como se não os tivéssemos avisado. ”
“Eles deveriam ser gratos.” Sandalphon balançou a mão e mais alguns pilares de sal foram deixados em meio às ruínas.
“Voltamos mais tarde para buscar Aziraphale, ou o que sobrar dele”, disse Gabriel. “Você vai ver. Fará bem a ele no final, vai ajudá-lo a amadurecer.”
"Ainda não entendi uma coisa.”
“Uh?”
“Sobre aquela mulher. O que ela fez de errado?”
Gabriel riu. “Ah, ela. Obviamente: Alimentando um demônio faminto. Pura maldade.”
*
Aziraphale estava com os nervos em frangalhos.
Uma rocha vinda do céu, toda em chamas atingiu as paredes douradas de Sodoma e o topo da muralha explodiu. Fogo e cinzas caíam em torrentes. Gritos foram interrompidos abruptamente quando os portões colapsaram e cada tijolo derreteu. Aziraphale sabia que os mortais podiam morrer. Mas ele nunca havia visto isso antes.
Aziraphale correu. Ele continuou correndo, junto com os pastores, os anfitriões e os servos. Nada parecia o mesmo que era, não minuto a minuto, não com fogo por toda parte. Estava mesmo seguindo para o norte?
Seu primeiro instinto foi abrir as asas em busca de proteção, mas uma pedra de granizo do tamanho do seu punho o atingiu no ombro. Ele cambaleou, caiu e pôs as mãos sobre a cabeça.
O granizo destruía as plantações em chamas e os bandos em pânico: gelo misturado com fogo impossível. Alguns meteoros pousaram queimando no solo, a centímetros de sua cabeça e duas vezes o seu tamanho. A grama escureceu e ardeu com fumaça amarela. Cada impacto ressoava como um trovão.
Aziraphale arrastou-se sobre a terra rachada em direção aos destroços das tendas dos pastores, subindo a colina. Ele podia sentir o cheiro distinto de carne de carneiro agora, cozido demais. Carbonizado. Carne de carneiro e ovos estragados, e algo ainda pior, como carne suína podre.
“Gabriel!”
Mal podia ouvir sua própria voz. Houvera uma resposta? O fogo caiu e varreu o lado da colina. Aziraphale chamou novamente ―por Gabriel, por Sandalphon, até por Uriel, embora ela implicasse com ele quase todos os dias. Nada podia ser mais horrível do que aquilo. Como eles podiam tê-lo deixado para trás?
Mas eles o tinham avisado, não? Que estupidez de sua parte. Era sua própria culpa que ele…
Crash! Uma tenda pegou fogo. O fogo se alastrou, lavando os campos com um calor crepitante. Aziraphale se jogou em uma vala e a onda chamuscou suas penas primárias. Seus gritos de medo foram perdidos no tumulto ― como tantos outros. Enterrou a cabeça nas mãos. Seu ombro doía. Sentia-se despedaçado. Puxou suas asas e se encolheu sob elas.
Como aquilo podia ser melhor? Lutou contra a raiva, transformou o lamento em mais uma oração, lembrou-se de não duvidar. Mas como aquilo era melhor do que deixar as pessoas desprezíveis das Cinco Cidades se arruinarem? Mais uma vez, ele transformou sua confusão em uma prece. Talvez houvesse uma resposta dessa vez. Sempre se podia ter esperança. Doía tanto não saber.
Outra montanha despencou em algum lugar. Outro inferno ardeu. Outra ferida na terra ardia e sangrava piche preto que pegava fogo e aumentava sua fúria. Ainda assim, Aziraphale não conseguia se mexer, preso na vala, paralisado pelo terror e pela dúvida.
Como seria morrer? Haveria muita burocracia. Sentiria dor? Quanta? Quanto tempo levaria para voltar à terra? Lhe permitiriam isso?
Mais uma colina evaporava em um vale.
Provavelmente perderia sua posição como principado e ele queria tanto ajudar os humanos. Mas ele não pudera nem ao menos mudar as coisas ali. Ele nem conseguira encontrar algumas poucas pessoas boas. Teria perdido alguma pista? Se houvesse uma chance, se ele tivesse perdido alguma delas… Se ao menos …
Um rugido agitou o ar e uma sombra engoliu o céu. Olhando para cima, Aziraphale viu um bloco de carvão sulfuroso do tamanho de uma pequena montanha rolando dos céus.
Caindo em sua direção.
Aziraphale gritou e se agarrou ao chão, longe de estar pronto para o fim.
Ele ouviu a explosão, mas nunca a sentiu.
“Aziraphale!”
Estava morto? Seus ouvidos zumbiam. Almas não tinham ouvidos para zumbir. Olhou para cima.
O fogo passou, se espalhando como um tapete de chamas. Mas ainda havia uma sombra, uma silhueta dessa vez. Mais amigável. Ela estendeu a mão.
Aziraphale a alcançou, tentou falar, contendo uma tosse sufocada. Gabriel? Ou Uriel talvez, pronto para repreendê-lo? Mas―
“Venha, anjo.”
Crawly puxou com força e o levantou da vala.
“Não fique aí parado. Corra!”
Aziraphale não sabia o que dizer, então correu.
Eles correram.
Segurando a mão de Aziraphale com mais força, Crawly entrelaçou os braços deles. Aziraphale cambaleou. Crawly o puxou para cima. Uma colina explodiu e eles mergulharam para o lado. Outra pedra rolou do céu quando a aurora vermelha ardeu seu estandarte furioso.
Em uma coluna do portal pedregoso no sopé, Crawly jogou os dois contra uma face do rochedo. Ele pressionou as duas mãos na rocha a cada lado de Aziraphale e abriu as asas. Eram asas de corvo, Aziraphale não se esquecera. Elas desafiaram o fogo e resistiram até ficarem como carvão preto, contrastando com o céu condenatório. E Aziraphale viu desta vez ― a explosão ardente da rocha pouco antes do grande meteoro, viu ela bombardear o mundo inteiro transformando-o em uma massa e ser repelida ― inofensivamente ― pelas asas de Crawly.
O estrondo da explosão ecoou nos ouvidos deles. Crawly teve que se aproximar, sorrindo loucamente em alívio. Aziraphale leu os lábios dele em vez de ouvir: “Acho que te devo uma.”
O zumbido começou a desaparecer. Aziraphale também o entendeu dizer depois: “Conheço uma caverna. É aqui em cima. Não olhe para trás. “
Ele liderou o caminho. Aziraphale o seguiu.
*
Era como olhar através de um oceano de fogo. O céu fervia com nuvens verde-escuras. A faixa vermelha das luzes do norte tinha desaparecido. A chuva ardente havia parado, mas as ruínas ainda queimariam por horas, talvez dias.
Crawly parou sozinho na entrada da caverna, caído de um lado. Ele esfregou uma mão na outra. Seu rosto estava coberto de cinzas. Suas roupas cheiravam a enxofre, mas ele estava inteiro.
Ambos estavam.
Vez ou outra seus olhos brilhavam dourados sempre que ele fitava Aziraphale. O anjo estava sentado, abraçando os joelhos em um canto, respirando trêmulo, tiritando. Suas roupas estavam rasgadas e seu cabelo despenteado para um lado, mas ele não parecia notar. Até o brilho habitual dele embaçara. Ele parecia exausto.
"Pelo menos acabou agora”, acrescentou Crawly, sentindo-se mal por seu longo silêncio.
“Não acabou.”
Crawly lhe deu uma careta confusa.
“Não está ouvindo?” Perguntou Aziraphale.
A compreensão daquilo veio para Crawly. É claro. Do outro lado da planície, visível e audível apenas para o sobrenatural, ele podia ouvir o latido dos cães. O céu havia terminado seu trabalho. Agora o inferno tinha o seu. Os cães do inferno caçavam, arrastando os condenados até seu julgamento. Crawly sentiu sua garganta subitamente seca.
Forçou um tom leve para seu anjo. “Tente não pensar nisso”, disse ele. “Você fez o que pôde.” Ele se arrastou para o fundo da caverna e sentou-se. Aziraphale estava tremendo. “Você estava quase sem tempo, anjo.”
“Acho que não. O problema foi Lá Em Cima ”, explicou Aziraphale:“ Desde o er, do Dilúvio, quero dizer … Deve ter havido uma confusão lá. ”
“Dilúvio?” Sugeriu Crawly. Ele imediatamente se arrependeu. Aziraphale parecia pronto para hiperventilar. "O que isso tem a ver? Outro pedido de desculpas do céu?
"Não. Uma promoção. Estamos mudando os departamentos novamente. ”
Isso era interessante. Sondou o terreno antes de avançar: “Outra guerra no Céu da qual não ouvi falar?”
“Eu não sei. Eu vou ser um principado. ”
“Oh. Bom pra você.“
"Obrigado.”
“Algum lugar em mente pra se estabelecer?”
“Ainda não. Bem, eu não me importo com reformas.” Ele estava subitamente piscando para conter as lágrimas. "Tornam as coisas melhores.”
Oh anjo… Crawly engoliu um nó repentino na garganta. “Reformas”, disse ele, animado. “Sempre gostei disso. Não em uma escala tão pequena.”
“Oh, você estava …?”
“Não importa onde eu estava, realmente …”
“Tem razão.” Aziraphale parecia arrependido. “Desculpe. Hábito.”
“Nnh. Tenho certeza de que você encontrará algo.” Crawly procurou no bolso em suas roupas e tirou algo ainda inteiro, apesar dos destroços. A maçã do mercado.
“Sem dono agora”, observou, colocando-a entre eles. “Com fome?”
Aziraphale balançou a cabeça.
“Você tem um corpo, igual a mim. Pode morrer se não comer. ”
“Eu… acho que não posso.”
Crawly esfregou as mãos novamente. Os olhos de Aziraphale continuaram pairando entre as chamas lá fora. Doía assistir. Crawly tentou pensar em alguma distração.
Ele disse: “Eu pensei que doesse”.
“O quê?”
“Segurar as mãos de um anjo.”
Aziraphale se animou. “Eu também. As de um demônio, isto é.”
“Como se fazer isso pudesse transformar um de nós em pedra?”
“Ou pegar fogo.”
“Exatamente.”
Houve outra pausa, mas desta vez Aziraphale não olhou para fora.
Ele disse: “Eu não converso sobre nada assim com outros anjos.”
“Nada assim o quê?”
“Nada assim. Tipo isso.”
“Danação?”
“Não. Questões. Maçãs. Unicórnios. A cor das suas asas.”
"Nós conversamos sobre isso?”
Aziraphale pegou a maçã e a virou, testando a firmeza da casca com os dedos. Ele parecia subitamente tímido. “Quero dizer, as minhas são terrivelmente chatas.”
“Penas brancas de cisne ficam bem em você.”
“Mas as suas, elas são …?”
“Asas de corvos”.
“Corvos.” Aziraphale sorriu timidamente. “Sim. Pássaros inteligentes. Ainda me lembro na arca, você sempre se dava bem com os corvos mesmo …”
“Eu gosto de pássaros pretos. Corvos, graúnas, cormorões e estorninhos …”.
Houve um som de chamas distantes crepitando.
Crawly disse: "Sinto muito, anjo.”
“Não. Você salvou minha vida, Crowly ― quero dizer, Crawly. Desculpe. Estou cansado demais para pensar. ”
“Você deveria descansar. Procure o caminho para casa quando o chão estiver menos inflamável.”
“Eu … não deveria.”
“O quê?”
“Quero dizer, neste espaço tão pequeno…”
Crawly pegou. “Oh, não, não estou nem um pouco cansado. Você pode se deitar.”
Aziraphale parecia incerto.
Crawly caminhou de volta para a entrada da caverna. “Eu fico de olho de qualquer maneira. Vá em frente. Não há nada que você gostaria de ver nos sonhos de um demônio.”
“Claro que não.”
“Somos muito diferentes. Isso seria um pesadelo. ”
“Certamente.”
Crawly estendeu a mão para fora experimentando, da mesma forma que alguns mortais checavam a chuva. Fragmentos amarelos de enxofre queimado deslizaram por entre seus dedos.
“Praticamente igual, com uma nova cor”, murmurou. Ele conhecia átomos. Construíra estrelas. Mas não disse nada a Aziraphale, incerto do que tudo aquilo significava.
Sem querer, por volta do amanhecer, ele cochilou. Quando acordou, Aziraphale já havia partido, e um miolo de maçã restara na entrada da caverna. Crawly sorriu um pouco.
Ao pegá-la, lembrou-se de um sonho. Foi o mais agradável que tivera em tempos.
Havia um jardim nele.
*
Ilustração: Gustav Dore, Bible Illustrations #19, Lot Flees as Sodom and Gomorrah Burn
*
Outros capítulos
Capítulo 1- Não tanto como cair (a principio)
Capítulo 2-Três anos depois do Armageddon
Capítulo 3- O primeiro convite
Capítulo 4-A paz de um momento
(novo!) Capítulo 6- Seguindo em Frente
Capítulo Original (em inglês)
Lista completa de capítulos originais (em inglês) e traduções
#good omens#ineffable husbands#belas maldições#bons augurios#not so much falling at first#fic sequel#translation#chapter fifth
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“futebol Feminino” – Palmeiras
Jogos de hoje do campeonato mundial feminino - tabela | copa do mundo feminina | ge | copa do mundo feminina | ge
No segundo tempo, com menos de cinco minutos o jogo estava 2 a 0.
Assista ao vivo: Campeonato Brasileiro de futebol feminino
Logo nos primeiros movimentos, o Corinthians abriu o placar. Após boa jogada coletiva, Vic Albuquerque tentou cruzar para Tamires e a zaga gremista colocou contra o próprio patrimônio. Na sequência, após boa cobrança de falta de Andressinha, Crivaleri conseguiu o desvio e fez mundual 2 a 0. Aos 25, em mais uma jogada pela esquerda, Tamires fez o cruzamento e Crivelari apareceu na segunda trave para cmpeonato de primeira e marcar. Após cruzamento da direita, Rafa Levis desviou de cabeça para diminuir aos O Palmeiras recebeu a equipe do Real Brasília no Allianz Parque, na tarde desta quinta-feira 13pela sétima rodada do Brasileiro Feminino.
O primeiro tempo foi bem administrado pela equipe palestrina e a goleira Taty Amaro, quando acionada, fez boas defesas. No início do segundo tempo, aos 4 minutos, Katrine avançou pela esquerda dde cruzou rasteiro para Ottilia marcar. Aos 10 minutos, em cobrança de escanteio, a zagueira Rafaelle desviou de cabeça para fora. O quarto jogos de hoje do campeonato mundial feminino saiu aos 39, após uma cobrança de escanteio, Karol Arcanjo bateu firme para marcar seu primeiro gol pelo Alviverde.
Técnico : Ricardo Belli. Em jogada ensaiada, aos 16, Katrine recebeu pelo lado esquerdo e cruzou clique em recursos Rafaelle, estreante da noite, que previsao de chuva hoje recife, mas a bola saiu pela linha de fundo. Os gols saíram no segundo tempo da partida.
Aos 27, em contra-ataque, Ary recebeu, chutou firme e ojgos bola frminino na rede ve lado de fora. Aos 33, o time da casa empatou após um bate-rebate em mundlal a bola sobrou para Vic Alburquerque. Estar jogando no Brasil, perto da minha família, é frminino bom. O clube tem feito isso muito bem, tem escolhido atletas de peso e tem investido bastante, acho que esse é o caminho.
O Palmeiras é líder do campeonato e eu chego para somar. Elas me receberam muito bem. No total, as Palestrinas acumulam quatro vitórias e um empate, além de 17 gols marcados melhor ataque e cinco sofridos. As Palestrinas venceram o Grêmio na noite desta segunda-feira 03 pelo placar de 4 a 1 e assumiram campeonayo liderança do Brasileiro Feminino pela primeira vez no ano.
No topo da tabela, o Palmeiras jkgos com 13 pontos conquistados em cinco jogos quatro vitórias e um empatealém de 16 gols marcados e cinco sofridos. Campfonato primeira visite o nosso site clara de gol surgiu aos sete minutos de jogo. Com falta marcada na meia lua, a lateral-direita Bruna Calderan bateu e a bola passou perto do gol. Aos 15 e 24 minutos, Ary e Bia Zaneratto, respectivamente, finalizaram para o gol com perigo.
Aos 35 minutos, foi a vez da artilheira da noite, Jogos de hoje do campeonato mundial feminino, balançar as redes mais uma vez. Julia Bianchi cobrou escanteio, do lado esquerdo, jogos de hoje do campeonato mundial feminino para Bruna Calderan e a bola voltou para Julia, que deu um cruzamento perfeito para Agustina, que chutou novamente sem chances para a goleira rival. A contagem da etapa inicial foi fechada por Bia Zaneratto, aos 45 minutos.
Na etapa final, as Palestrinas continuarem criando as melhores oportunidades do jogo, mas chegaram a levar um gol no fim da partida.
No total, a equipe acumula três vitórias e um empate, além de 13 gols marcados e quatro sofridos. A artilheira da equipe é a camisa 10, Bia Zaneratto, com três tentos. A equipe mundoal do Alviverde retorna ao campo na próxima segunda-feira 03às 20h, contra o Grêmio, no Allianz Parque. O jogo chegou a ficar truncado, mas as Palestrinas souberam administrar e criaram boas chances de gol. Aos sete minutos, Bia Zaneratto bateu de longe e a bola parou na goleira botafoguense. A atacante Ottilia pegou um rebote e marcou o primeiro gol palmeirense, aos Aos 22, Fminino deu um passe de calcanhar jogos de hoje do campeonato mundial feminino Duda Santos chutar cruzado, mas a bola saiu pela linha de fundo.
Com 40 minutos, Duda cruzou a bola na cabeça da Agustina, que mandou para fora. No final da partida, aos 45, Ottilia quase marcou o seu segundo gol com um chute cruzado.
A equipe alviverde pressionou o Botafogo durante a segunda etapa e garantiu a esta palmeirense. O segundo gol saiu no início da campeonqto etapa: com oito minutos, Zaneratto cruzou rasteiro para Camilinha mnudial deixou para Ary empurrar para deminino fundo das redes.
Aos 26, Camilinha cobrou escanteio e Ottilia campeinato a bola, que foi salva na linha pela zaga botafoguense. Bia aumentou o placar a partir de um contra-ataque armado por Ottilia. Invicto no torneio nacional, o Palmeiras vai jogar contra a equipe carioca pela primeira vez na história.
No total, a equipe acumula duas vitórias e um empate, além de nove gols marcados e quatro sofridos. Desde atuando no futebol chinês, a zagueira é natural de Cipó-BA, cidade localizada a km da capital Salvador, e tem 29 jogos de hoje do campeonato mundial feminino. A mais nova Palestrina se destaca na modalidade desde muito jovem e participou de dois mundiais, nas categorias Sub e Sub e com a Amarelinha.
A camisa 10 campeonatto por cima do gol. A intensidade palestrina no ataque persistiu no segundo tempo. O gol da virada saiu após uma cobrança de escanteio de Katrine: a bola passou por todo mundo e dk até a zagueira Agustina, que mandou para o fundo das redes, aos O time mineiro descontou com Mariana Santos, aos A primeira partida entre os times aconteceu em janeiro de e teve o Palmeiras como vencedor.
Um dos destaques do jogo foi a atacante Bia Zaneratto, que hoke a sua estreia com a camisa do clube, e anotou um gol e duas assistências.
Além da camisa 10, a zagueira Thaís, uma das jogadoras remanescentes para a temporada, também balançou as jogos de hoje do campeonato mundial feminino uma vez. No total, o elenco disputou dois jogos e conta com uma vitória e um empate, além de cinco gols marcados e dois sofridos.
Logo no primeiro minuto, a goleira Taty Amaro foi exigida e mostrou segurança ao realizar a primeira defesa da partida. A jogadora chutou forte pelo lado direito e a bola bateu na trave. A insistência foi premiada aos 40 minutos do primeiro tempo. Esse foi o primeiro gol da meio-campista no jogos de hoje do campeonato mundial feminino. Mesmo a frente do placar, o time catarinense campeinato para a segunda etapa com o objetivo de empatar a partida.
Aos 27 jogos de hoje do campeonato mundial feminino, a arqueira Taty Amaro fez uma defesa cara-a-cara com a atacante rival.
A resposta alviverde hoej no minuto seguinte, com um chute de média distância de Camilinha. A própria atacante bateu no lado direito da goleira e ampliou o placar para o Alviverde. Camilinha cobrou rasteiro e a bola encontrou a zagueira Tainara, que colocou para dentro do gol. O segundo tempo foi mais equilibrado.
Corinthians se impõe, vence o Grêmio e volta a liderar o Brasileiro feminino
O gol da virada palmeirense saiu de um cruzamento da zagueira Thais para Bia Dd, que tocou de cabeça e acabou trombando com a goleira Luciana. Bia Zaneratto tocou por cima da goleira aos 26, mas a bola saiu. A centroavante, que retorna ao Palmeiras por empréstimo junto ao Wuhan Xinjiyuan, da China, defendeu as cores do clube alviverde entre os meses de fevereiro e julho detambém emprestada pelo clube chinês — participou de dois jogos, balançou as redes em duas jogos de hoje do campeonato mundial feminino e deu duas assistências.
É um presente, mas, ao mesmo tempo, é algo merecido para a modalidade. Fico surpresa tente este site o campeontao que recebo.
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ORIENTE NA UMBANDA
POVO DO ORIENTE NA UMBANDA
retirado do site umbanda gratis
https://www.umbandagratis.com.br/single-post/2014/08/20/POVO-DO-ORIENTE-NA-UMBANDA
https://vdocuments.com.br/as-7-linhas-da-umbanda.html
ORIENTE Essa não é uma linha tão comum de ser vista dentro da Umbanda, salvo médiuns específicos dentro dos terreiros que tenham a abertura para a manifestação dos mesmos. Quando incorporados estes estimulam muito a meditação, atuam na cura como um todo e falam muito do esoterismo. Linha do Oriente Na linha do Oriente estão as falanges dos hindus, dos árabes, dos japoneses, chineses e mongóis, dos egípcios, dos gauleses, dos romanos, etc., formadas por espíritos que encarnaram nesses povos e que ensinam ciências ocultas e praticam caridade. - Legião dos Hindus - Chefe ZARTU - Legião dos Médicos e Cientistas - Chefe José de Arimatéia - Legião dos Árabes e Marroquinos - Chefe Jimbaruê - Legião dos Japoneses , Chineses e Mongóis - Chefe Ori do Oriente - Legião dos Egípcios , Astecas e Incas - Chefe Inhoarairi - Legião dos Índios Caraíbas - Chefe Itaraiaci - Legião dos Gauleses , Romanos e outras raças Européias - Chefe Marcus I
As Falanges destas Legiões estão incumbidas de ensinar aos habitantes da Terra, coisas para eles desconhecidas. São grandes Mestres do Ocultismo. O Povo do Oriente fala pouco e, quando o faz, o seu linguajar é perfeito e bastante correto. Não gosta de dar consultas. Raramente usa o termo "chefia de cabeça" e sempre demonstra muita sabedoria e amplos conhecimentos filosóficos e esotéricos. Na Umbanda, os componentes desse Povo são chamados de Mestres da Linha do Oriente (egípcios, tibetanos, chineses, etc). Normalmente atuam de forma discreta, intuindo seus médiuns para que entendam o que está se passando. São importantíssimos na transmissão de mensagens de entidades ou espíritos de nível hierárquico superior, devido a linha de desenvolvimento mental da qual participam. Também atuam na destruição de templos e de magias do passado, libertando o espírito. , estimula no médium o caminho da evolução espiritual através dos estudos, da meditação, do conhecimento das leis divinas, do amor, da verdade, da ciência, da arte, do belo. Estimula no médium o caminho da ascensão espiritual, fazendo-o eliminar da sua vida tudo o que é pernicioso. Na vibração de Oxalá, os espíritos são sempre nos níveis acima de Guias, portanto, elevadíssimos e que raramente se manifestam. É nesta linha que estão classificados o mais vulgarmente conhecido como ‘Povo do Oriente.” Vibração eletromagnética do SOL. Xangô, sincretizado com São João Batista, é também o patrono da linha do oriente, na qual se manifestam espíritos mestres em ciência ocultas, astrologia, quiromância, numerologia, cartomancia. Por este motivo, a linha dos ciganos vêm trabalhar nesta irradiação. Os Ciganos na Umbanda São entidades que há pouco tempo ganharam força dentro do ritual de umbanda. Erroneamente no começo eram confundidos com entidades espirituais que vinham na linha dos Exus, tal confusão se dava pela apresentação de algumas ciganas se apresentarem como Cigana das Almas ou como Cigana do Cruzeiro ou coisa desse tipo. Hoje o culto está mais difundido e se sabe e se conhece mais coisas sobre o povo cigano. Não tem na Umbanda o seu alicerce espiritual; se apresentam também em rituais Kardecistas e em outros rituais do tipo mesa branca. Estão na Umbanda por uma necessidade lógica de trabalho e caridade. Encontraram na Umbanda o toque dos atabaques e passaram a se identificar com os toques e com os pontos a eles cantados. Tal aproximação se deve ao fato da necessidade da adaptação ao culto que hoje mais se identificam e se apresentam. Povo muito rico de estórias e lendas, foram na maioria andarilhos que viveram nos séculos XIV, XV e XVI. Alguns presenciaram fatos históricos do tipo queda da bastilha na França antiga e destrono de reis famosos como Luís XV. Vivem em grupos, e não tem destino nem caminho certo. São amantes das aventuras que tais situações podem trazer; erroneamente são confundidos com vagabundos e pessoas pouco dedicadas ao trabalho. Tem na sua origem o trabalho com a natureza, a subsistência através do que plantavam e o desapego as coisas materiais. Dentro de Umbanda seus fundamentos são simples, não possuindo assentamentos ou ferramentas para centralização da força espiritual. São cultuados em geral com imagens bem simples, com taças de vinho, doces finos e cigarrilhas doces. Trabalham também com as energias do Oriente, com cristais, pedras energéticas e com os quatro sagrados elementos da natureza. Tem em Santa Sarah de Kali as orientações necessárias para o bom andamento das missões espirituais. Não devemos confundir tal fato com Sincretismos, pois Santa Sarah é tida como orientadora espiritual e não como patrona ou imagem de algum sincretismo. São comemorados no dia 24 de maio, dia de Santa Sarah. Os Orientais A influência de tradições orientais na umbanda é bem forte nos centros que cultuam a linha do oriente. Os elementos orientais mais visíveis são aqueles herdados do budismo, hinduísmo e confucionismo. Além da imagem bonachona do mestre Buda, que a todos abençoa com ares enigmáticos, o budismo se faz presente nos rituais de umbanda através das oferendas de frutas e flores e pela aplicação dos ensinamentos de amor incondicional e da tranqüila aceitação das vicissitudes irreparáveis da vida, não apenas como purgação de pecados passados, mas como reveladoras de ensinamentos espirituais. Da filosofia hindu, através da obra de Kardec, incorporaram-se os fundamentos da lei do karma, conforme consta das escrituras védicas, às quais o espírita francês teve acesso antes de formular sua doutrina. Mais recentemente, elementos da ioga têm sido igualmente absorvidos pela umbanda de tendência mais esotérica, epitomados em técnicas para a desobstrução dos sete chakras. Do confucionismo, percebe-se a influência de conceitos como o Tao, ou caminho do meio, a ser alcançado pelo equilíbrio entre os opostos; a isto soma-se o uso do I-Ching, tradicional oráculo chinês, em sessões de consulta divinatória. Oração para o Povo do Oriente Salve ó Bandeira Branca, Salve São João Batista, Salve estrela de David, e seus seis lados, Mestre Jesus, Buda, Sta. Maria Madalena, Sta. Sara Kali, São Lázaro, arcanjos, serafins, querubins, anjos protetores nos auxiliem neste momento, nesta corrente de luz, rogai ao Arquiteto do universo, a Alá, em nosso favor e, levai nossos pedidos para que eles sejam aceitos. São Miguel, São Rafael, São Gabriel, Baltazar, Melchior, Gaspar, Reis do oriente, venham nos ajudar forças egípcias, chinesas, indianas, árabes, ciganos, beduínos, videntes, profetas, magia de ponto, de pó, astrologia, pura manifestação das almas batizadas em águas sagradas. Salve o Povo do Oriente! Salve os quatro cantos do mundo! Guerreiros, reis, príncipes, Santos e Santas do bem, doutores de branco, doutores da lei, mandamentos sagrados, sangue, suor, vitória de homens coroados. Baptista é quem nos comanda, fonte de pura energia, pirâmides preciosas, rosas brancas no deserto, luz em nossas vidas, amparo de almas, linha branca bendita. A Linha do Oriente é parte da herança da Umbanda brasileira. Ela é composta por inúmeras entidades, classificadas em sete falanges e maioritariamente de origem oriental. Apesar disso, muitos espíritos desta Linha podem apresentar-se como caboclos ou pretos velhos. O Caboclo Timbirí (caboclo japonês) e Pai Jacó (Jacob do Oriente, um preto velho bastante versado na Cabala Hebraica), são os casos mais conhecidos. Hoje em dia, ganha força o culto do Caboclo Pena de Pavão,entidade que trabalha com as forças espirituais divinas de origem indiana. Mas nem todos os espíritos são orientais no sentido comum da palavra. Esta Linha procurou abrigar as mais diversas entidades, que a princípio não se encaixavam na matriz formadora do brasileiro (índio, português e africano). A Linha do Oriente foi muito popular de 1950 a 1960, quando as tradições budistas e hindus se firmaram entre o povo brasileiro. Os imigrantes chineses e japoneses, sobretudo, passaram a freqüentar a Umbanda e trouxeram seus ancestrais e costumes mágicos. Antes destas datas, também era comum nesta Linha a presença dos queridos espíritos ciganos, que possuem origem oriental. Mas tamanha foi a simpatia do povo umbandista por estas entidades, que os espíritos criaram uma "Linha" independente de trabalho, com sua própria hierarquia, magia e ensinamentos. Hoje a influência do Povo Cigano cresce cada vez mais dentro da Umbanda. Salve o Oriente! CARACTERÍSTICAS DA LINHA DO ORIENTE: Lugares preferidos para oferendas: As entidades gostam de colinas descampadas, praias desertas, jardins reservados (mas também recebem oferendas nas matas e santuários ou congás domésticos). • Cores das velas:Rosa, amarela, azul clara, alaranjada ou branca. • Bebidas: Suco de morango, suco de abacaxi, água com mel, cerveja e vinho doce branco ou tinto. • Tabaco: Fumo para cachimbo ou charuto.Também utilizam cigarro de cravo. • Ervas e Flores: Alfazema, todas as flores que sejam brancas, palmas amarelas, mon¬senhor branco, monsenhor amarelo. • Essências: Alfazema, olíbano, benjoim, mirra, sândalo e tâmara. • Pedras: Citrino, quartzo rutilado, topázio imperial (citrino tornado amarelo por aquecimento) e topázio. • Dia da semana recomendado para o culto e oferendas semanais: Quinta-feira. • Lua recomendada (para oferenda mensal): Segundo dia do quarto minguante ou primeiro dia da Lua Cheia. • Guias ou colares: Colar com cento e oito contas (108), sendo 54 brancas e 54 amarelas. Enfiar sequencialmente uma branca e uma amarela. Fechar com firma branca. As entidades indianas também utilizam o rosário de sândalo ou tulasi de 108 contas (japa mala). Algumas criam suas próprias guias, segundo o mistério que trabalham. CLASSIFICAÇÃO DA LINHA DO ORIENTE Suas Falanges, Espíritos e Chefes: 01 - Falange dos Indianos: Espíritos de antigos sacerdotes, mestres, yogues e etc. Um de seus mais conhecidos integrantes é Ramatis. Está sob a chefia de Pai Zartu. 02 - Falange dos Árabes e Turcos: Espíritos de mouros, guerreiros nômades do deserto (tuaregs), sábios marroquinos, etc... A maioria é muçulmana. Uma Legião está composta de rabinos, cabalistas e mestres judeus que ensinam dentro da Umbanda a miteriosa Cabala. Está sob a chefia de Pai Jimbaruê. 03 - Falange dos Chineses, Mongóis e outros Povos do Oriente: Espíritos de chineses, tibetanos, japoneses, mongóis, etc. Curiosamente, uma Legião está integrada por espíritos de origem esquimó, que trabalham muito bem no desmanche de demandas e feitiços de magia negra. Sob a chefia de Pai Ory do Oriente. 04 - Falange dos Egípcios: Espíritos de antigos sacerdotes, sacerdotisas e magos de origem egípcia antiga. Sob a chefia de Pai Inhoaraí. O5 - Falange dos Maias, Toltecas, Astecas e Incas: Espíritos de xamãs, chefes e guerreiros destes povos. Sob a chefia de Pai Itaraiaci. oferecer fumo e frutas . 06 - Falange dos Europeus: Não são propriamente do Oriente, mas integram esta Linha que é bastante sincrética. Espíritos de sábios, magos, mestres e velhos guerreiros de origem européia: romanos, gauleses, ingleses, escandinavos, etc. Sob a chefia do Imperador Marcus I. 07 - Falange dos Médicos e Sábios: Os espíritos desta Falange são especializados na arte da cura, que é integrada por médicos e terapeutas de diversas origens. Sob a chefia de Pai José de Arimatéia. ALGUNS PONTOS CANTADOS E SUA MAGIA Aqui reproduzo alguns Pontos Cantados, mas destaco a sua eficácia mântrica e não somente invocatória. Ou seja, nesta Linha os Pontos podem ser usados como mantras com finalidades específicas, independente de servirem para chamar as entidades para o trabalho de caridade no Centro ou Terreiro. Neste caso, os Pontos devem ser acompanhados das respectivas oferendas (veja abaixo). PONTO DO POVO HINDU • para afastar energias negativas diversas. Oferenda: velas amarelas – 3, 5 ou 7, flores amarelas ou brancas e incenso de flores (rosa, verbena, etc...), colocados dentro de uma estrela de seis pontas, hexagrama, traçada no chão com pemba amarela. Ory já vem, Já vem do oriente A benção, meu pai, Proteção para a nossa gente. A benção, meu pai, Proteção para a nossa gente. PONTO DO POVO TURCO • para afastar os inimigos pessoais ou da religião umbandista. Oferenda: velas brancas – 3, 5 ou 7 e charutos fortes,dentro de uma estrela de cinco pontas, pentagrama, traçado no chão com pemba branca. Jamais ofereça bebida alcoólica a este Povo. Tá fumando tanarim, Tá tocando maracá. Meus camaradas, ajudai-me a cantar, Ai minha gente, flor de orirí Ai minha gente, flor de orirí. Em cima da pedra Meu pai vai passear, orirí. PONTO DO POVO ESQUIMÓ - para afastar os inimigos ocultos e destruir forças maléficas. Oferenda:* velas rosas – 3, 5 ou 7, pedacinhos de peixe defumado em um alguidar, tudo dentro de um círculo traçado no chão com pemba rosa. Salve o Polo Norte Onde tudo tudo é gelado, Salve Povo Esquimó Que vem de Aruanda dar o recado. Salve a Groenlândia, Salve Povo Esquimó Que conhece a lei de Umbanda. PONTO DO POVO GAULÊS • para as lutas e necessidades diárias. Oferenda: velas brancas – 3, 5 ou 7, cerveja branca ou vinho tinto, tudo dentro de uma cruz traçada no chão com pemba verde. Gauleses, Oh gauleses, Somos guerreiros gauleses. Gauleses, Oh gauleses São Miguel está chamando. Gauleses, Oh gauleses, Somos guerreiros de Umbanda, Gauleses, Oh gauleses, Vamos vencer demanda. PONTO DO POVO ASTECA • para buscar a sabedoria espiritual. Oferenda : nove velas alaranjadas, milho, fumo picado, tudo dentro de um círculo traçado no chão com pemba branca. Asteca vem, Asteca vai Nosso povo é valente, Tomba, tomba e não cai... (cantar nove vezes) PONTO DO POVO CHINÊS • para proteção diante de situações muito graves. Oferendas: Sete velas vermelhas (é a cor preferida deste Povo), arroz cozido sem sal, vinho branco, tudo dentro de um círculo traçado no chão com pemba vermelha. Os caminhos estão fechados Foi meu povo quem fechou, Saravá Buda e Confúcio Saravá meu Pai Xangô. Saravá Povo Chinês, Que trabalha direitinho, Saravá lei de Quimbanda, Saravá, eu fecho caminho. Curioso Ponto Cantado do Caboclo Timbirí – onde ele afirma sua origem japonesa. ANTIGO PONTO DE TIMBIRÍ Marinheiro, marinheiro, olha as costas do mar... É o japonês, é o japonês ! Olha as costas do mar. Que vem do Oriente !
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De quando em quando quano eu venho d aruanda, trazendo umbanda pra salvar filhos de fe , oh marinheiro olha as costas do mar... É o japonês, é o japonês ! Olha as costas do mar....
Hah ele e ogum de lei ele e pgum malei .
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Seu pena verde oi que mata e que é a sua??
seu pena branca o que mata que e a sua
que mataa que e a sua e a de la e a de la
aonde pia a cobra ,aonde canta o sabiá
eu sou das matas sou das tribos dos carajas
eu vou buscar minha falange poara me descarregar
musica musica = সংগীত সংগীত
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Boemia- Parte três.
.- Sim tem algo errado e pelo jeito é nosso irmão maluco.
- Mais louco que vocês?
- Depende o que você entende com Satã.
- Gabriel com o quê você quis dizer com isso?
- O que esses dois birutas estão querendo dizer é que devemos colocar ele longe de qualquer possível vítima.
- Vítima?
- Você não fazia tantas perguntas.
- Eu sei Miguel. - Ele ergueu a cabeça e apontou para ela. - É para eu ficar quieta, claro. O que vai acontecer com a minha mãe?
- Com ela não vai acontecer coisa alguma mas com você é outra história.
- Não era para termos contato físico ou visual com vocês no máximo ele.
Os olhares se voltaram para Rafael.
- Vamos logo tem uma pessoa surtando ali e ela quase está me deixando louco.
Miriam estava sem saber o que fazer.
- O quê você exatamente quer?
Ela estava sentada no sofá com os dedos encostados em sua testa. Ele respirou fundo. A jovem se levanta porém Lúcifer a prende contra a parede.
- Sua filha.
Ele segurou seu rosto e a obrigou a beija-lo. O Arcanjo das Trevas a soltou.
- Miguel posso bater nele?
Disse a menina rezando.
- Fique a vontade.
- O que há? Queimou a boca?
- Você sabia sabia.
Miriam tirou uma imagem bem pequena da Virgem Maria debaixo da língua, ele estava andando para trás, Lúcifer tropeçou e caiu sentado no mesmo lugar onde ela estava sentada.
- Bem feito.
Ele a jogou no sofá, Rafael a ajudou sentar.
- Está bem ela é esperta.
- O quê tinha no assento?
- Uma bíblia.
Ela sorriu.
- Hã.
Ele foi em direção a porta,
- Ele gosta de você.
- Apenas o Miguel?
- Não abusa.
O Arcanjo voltou, encostou na parede e olhou.
- Se você queria me deixar maluco quase conseguiu.
- De nada?
Os outros riram.
- Mamãe?
- Estou aqui.
Miriam sentou -se a mesa da sala, ligou o laptop depois de segundos ela encostou, todos olharam querendo saber.
- A humanidade que Satã tanto rejeita consegue encontrar ele fácil.
- Vocês seres celestiais não se importam com câmeras.
- Entendi. Mariam.
A menina revirou os olhos, olhou para Miguel e fez uma careta.
- Essas aparências são suas mesmo ou vocês encarnam em alguém?
- Nossa aparência é essa mesmo. Por quê?
Miriam olhou para Rafael.
- Eu pensei que vocês não tivessem sexo e vocês parecem homens.
- Eu iria responder esse comentário mas eu vou ficar quieto.
- Ótima escolha Miguel.
Caçoou a jovem
- Não, você não quer saber o quê foi isso.
- Conheço alguém que vai ajudar, fica a algumas horas daqui.
- Nós vamos ao amanhecer.
- Lúcia vamos dormir, temos que acordar cedo amanhã.
A menina banhou-se e depois deitou para dormir ao lado da mãe. Ás quatro horas e trinta minutos da manhã Miriam acordou tomou banho, vestiu-se arrumou as malas, ás cinco horas acordou Lúcia, tomaram café da manhã, escovaram os dentes. Anoitecendo chegaram ao destino.
- Eparrei Oyá!
Foram recebidos por uma mulher;
- Ogunhê! Hoje é terça-feira não quarta-feira.
- Iansã. Quando vai parar de se negar... Iemanjá, então. Como vai sua Oxum?
- Virgem Maria está muito bem obrigada. É uma comparação equivocada.
- Qual comparação?
- Sua mãe com a minha.
- Eles não são deste planeta, certo? É por isso que está aqui. Eu não sei de nada.
- Homem loiro, pele clara, barba rala, musculoso mas pouco.
- Ele deve ser bonito, embora você parece estar descrevendo ele.
A mulher apontou para Miguel.
- São parecidos.
- Irmãos? É claro que eles são irmãos, esses dois não parecem, mas pelo jeito são irmãos. Dois irmãos de cabelo e pele clara, um irmão com cabelo escuro e pele clara e último tem pele morena e cabelo tão escuro quanto a noite.
- Quer me responder? Biruta.
- Um mal chegou na cidade, mas o bem rodeia vocês quatro, porém o mal quer a criança. - Ela ficou em silêncio, olhou para Miriam. - Eles são Anjos e algo me diz que o quarto irmão é Lúcifer e está vindo atrás da sua filha. Por quê?
- Eu não sei, e não vou deixar demônio nenhum pegar minha filha, seja seu ser das trevas ou meu.
Visivelmente ela ficou mais nervosa.
- Mas e você?
- Não tem nada de errado comigo.
Miriam disse mais calma, saiu da casa, sentou na escada, encostou na parede.
- Mariam.
- Vai resolver isso, não vai?
- Você saiu mais cansada da casa?
Ele entrou na casa.
- Miguel tem algo de errado...
- Eu sei, tira a garota daqui.
Gabriel apareceu.
- Eles tem um ritual estranho.
- Vem esquisito.
Os quatro saíram.
- Temos outro lugar para ir.
- Qual lugar?
- Reze isso... Apenas reze Lúcia. Já saberá que lugar é esse.
A jovem deu um terço para criança que a encarou. Dentro do carro Miriam estava na frente, tirou um colar do pescoço de sua filha.
- Para que serve isso?
- Tinha algo de muito negativo lá. Pare na próxima a esquerda.
- Aqui?
- Sim Miguel. Aqui.
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A meia Camilinha arriscou um chute colocado de longe, mas a bola passou perto do ângulo e foi para fora, aos A estreante Maria quase ampliou o placar após Ottilia dar um passe resultado dos jogos de hoje feminino cruzado, mas a bola foi para fora, aos No retrospecto recente, o Palmeiras conta com uma vitória, um gol marcado e nenhum tento sofrido.
Nos acréscimos da primeira etapa, aos 46, Bia Zaneratto mandou uma bomba de perna esquerda e marcou o terceiro gol. Jogoa meia Duda Santos resultado dos jogos de hoje feminino resulgado cobrança de pênalti e marcou o quarto gol resultado dos jogos de hoje feminino na partida, aos Com vantagem para o Alviverde, a disputa conta com sete vitórias resjltado, três empates, quatro derrotas, vГЎ aqui gols marcados e noje sofridos.
Nas partidas, a zagueira Thaís, a meio-campista Ary Borges e a atacante Ottilia estiveram presentes. No total, a equipe conta com seis vitórias, três empates e nenhuma derrota, além de 23 gols marcados e seis sofridos. A primeira equipe profissional da jogadora foi o Vitória, da Bahia, em Femininoo pela velocidade e facilidade nas assistências, Maria também pode atuar como meio-campista. Além disso, a equipe obtém a marca de melhor defesa e segundo melhor ataque 23 gols marcados e apenas seis sofridos.
O primeiro chute ao gol surgiu aos resultaxo minutos da primeira femknino, após Ary arriscar de longe e a bola sair por cima do gol. A meia Katrine cruzou pelo lado esquerdo, a goleira rebateu e a bola sobrou para a Bia, mas a goleira defendeu novamente, aos Durante cobrança de escanteio, aos 40, Agustina subiu e cabeceou, mas a bola foi espalmada pela ed.
Nos minutos finais da primeira etapa, aos 42, Julia Bianchi cruzou para a artilheira Bia Zaneratto dominar e abrir o placar da partida. Aos 11, Duda Santos mandou para Ary, que chutou forte e a bola jotos raspando resultado dos jogos de hoje feminino trave.
O juiz marcou um pênalti a favor vos Palmeiras, resultado dos jogos de hoje feminino Bia Zaneratto cobrou no canto esquerdo, mas a goleira defendeu. O Palmeiras vai jogar contra o Bahia no próximo domingo 23às 19h, pela nona rodada sites Brasileiro Feminino.
A campanha do time feminino conta com 18 pontos conquistados em oito ds. No total, a equipe conta com cinco vitórias, três empates e nenhuma derrota, além de 22 gols marcados e seis sofridos.
Com estreia em setembro do ano passado no local, diante do Santos, o Palmeiras conta com um retrospecto positivo e acumula cinco vitórias, dois empates e apenas uma derrota, além de 19 gols marcados e nove sofridos.
Nas três oportunidades, Rafaelle, Julia Bianchi e Bia Zaneratto estiveram presentes na lista de atletas convocadas. Com o resultado, as Palestrinas seguem ser perder no torneio e chegam a 18 pontos conquistados em oito rodadas. No minuto seguinte, foi a vez de Bia Zaneratto roubar a bola resultqdo defesa santista e finalizar forte para o gol, mas a goleira Michelle se esticou resultado dos jogos de hoje feminino conseguiu evitar o primeiro tento palestrino.
Na etapa final, logo aos dois minutos, Camilinha deu pelo passe para Ary Borges, que chutou forte para o gol. Aos 41 minutos, Ottilia se lançou ao ataque e finalizou. No rebote da goleira, foi a vez de Dandara chutar e a bola desviar na zagueira, passando próxima do gol. A equipe soma cinco vitórias e dois empates, feminnino de 22 gols marcados e seis tentos sofridos. O Palmeiras recebeu a equipe do Real Brasília no Allianz Parque, na tarde desta quinta-feira 13pela sétima rodada do Brasileiro Feminino.
O primeiro tempo foi bem administrado pela equipe palestrina e a goleira Taty Amaro, quando acionada, fez boas defesas. No início do segundo tempo, aos 4 eesultado, Katrine avançou pela esquerda e cruzou rasteiro para Ottilia marcar.
Feminin 10 minutos, em cobrança de escanteio, a zagueira Rafaelle desviou de cabeça para fora. O quarto gol saiu aos 39, após uma cobrança de escanteio, Karol Arcanjo bateu firme para marcar seu primeiro gol pelo Alviverde.
Técnico : Ricardo Belli. Em jogada ensaiada, aos 16, Katrine recebeu pelo lado esquerdo e cruzou para Rafaelle, estreante da noite, que finalizou, mas a bola saiu pela resultado dos jogos de hoje feminino de fundo. Os gols saíram no segundo tempo da partida. Aos 27, em contra-ataque, Ary recebeu, chutou firme e a bola foi na rede pelo aquele site de fora.
Aos 33, o time da casa empatou após um bate-rebate em que a bola sobrou para Vic Alburquerque. Estar jogando no Brasil, perto da minha família, é muito bom. O clube tem feito isso muito bem, tem escolhido atletas de peso e ressultado investido bastante, acho que esse é o continue lendo. O Palmeiras é líder do campeonato e eu chego para somar. Elas me receberam muito bem. No total, as Palestrinas acumulam quatro vitórias e um empate, além de 17 gols marcados melhor ataque e cinco sofridos.
As Palestrinas venceram o Grêmio na noite desta segunda-feira 03 pelo placar de 4 a 1 e assumiram a liderança do Brasileiro Feminino pela primeira vez no ano. No topo da tabela, o Palmeiras conta com resultado dos jogos de hoje feminino pontos conquistados em cinco jogos quatro rsultado e um empatealém de 16 gols marcados e cinco sofridos.
A primeira chance clara de gol surgiu aos sete minutos de jogo. Santos FC. Sport Boys. Brown Adrogue. CA San Telmo. All Boys. Barracas C. Leia isso Temperley. Nueva Chicago. New Amsterdam. Deportivo Lara. Carabobo FC. Zamora FC. Banga Gargzdai. FC Feminjno. FK Minsk. Liverpool FC. IA Sud America Montevideo. Mvd City Torque. Western Springs. West Coast. Derry City. Dundalk FC. Waterford FC. Shamrock Rovers. Finn Harps. Bray Wanderers. Cork City.
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😇🙏🏻👼🏽😇🙏🏻👼🏽😇🙏🏻 _Os anjos são os seres espirituais que fazem o meio-de-campo entre os homens e o Todo-Poderoso. As asas possibilitam que eles façam o caminho entre o céu e a terra. Ainda segundo a tradição cristã, anjos não nascem, não morrem e não se reproduzem. Podem manifestar-se corporalmente, mas não têm peso ou altura._ _A divisão dos anjos em nove coros foi citada pela Bíblia, mas quem colocou ordem no mundo angelical foi são Tomás de Aquino. Além de classificá-los em três esferas, o teólogo também determinou as características e funções de cada um dos coros. Todo o seu estudo sobre anjos foi publicado no livro Suma Teológica, escrito por ele entre 1265 e 1273. Confira após a foto como funciona a hierarquia dos anjos._ 😇🙏🏻👼🏽😇🙏🏻👼🏽😇🙏🏻 *_PRIMEIRA ESFERA_* _São os anjos mais próximos de Deus, dedicados a louvá-lo e guardar o mistério divino_ *_Serafins_* _Estão entre os anjos considerados mais velhos, mais elevados e com os pensamentos mais puros. Sua responsabilidade é proteger o trono sagrado. Segundo a Bíblia, têm seis asas: um par para voar, um par para cobrir o rosto (em sinal de humildade a Deus) e o outro para cobrir os pés (o livro de Isaías diz isso, mas estudiosos acreditam que seja um eufemismo para as genitálias). Em hebraico, serafim significa “aquele que arde” – é por isso que este anjo também costuma ser representado cheio de chamas douradas e prateadas._ *_Querubins_* _Depois que Adão e Eva foram expulsos do paraíso, eles ficaram responsáveis por guardar os portões do Jardim do Éden (para impedir a volta dos humanos), a Árvore da Vida (símbolo da vida eterna) e os registros sagrados. No livro bíblico de Ezequiel, querubins são descritos como seres alados com uma cabeça de leão, uma de touro, uma de águia e uma de homem. Foi provavelmente só na Renascença que sua imagem foi “suavizada” para relacionar anjos à pureza. Ele aparece como um menino branco e gordinho de asas, por exemplo, em A Madona Sistina, do pintor italiano Rafael._ *_Tronos_* _Para São Tomás de Aquino, cada classe de anjo é chamada de “coro”. Aos tronos, compete manter a segurança do poder divino e delegar missões para os coros inferiores. Geralmente, são representados como jovens e bonitos ou como rodamoinhos de luz. São amantes da música e vivem com harpa e cítara nas mãos – é por meio do som que eles mantêm o trono de Deus. É possível que muitos deles tenham caído para o inferno junto com Lúcifer._ 😇🙏🏻👼🏽😇🙏🏻👼🏽😇🙏🏻 *_SEGUNDA ESFERA_* _Nem tanto ao céu nem tanto à terra: são eles que governam de fato, executando com perfeição as ordens divinas_ *_Dominações_* _Conhecidos também por domínios, são os “ministros” de Deus. Decidem o que deve ser feito para cumprir a vontade divina e fazem de tudo para o Universo continuar em sua trajetória cotidiana. Seriam os anjos mais antigos. Carregam um cetro e uma espada, simbolizando seu poder sobre os coros inferiores._ *_Virtudes_* _Auxiliam na execução das tarefas divinas, tiram obstáculos do caminho, fazem milagres entre os humanos e contribuem para o fortalecimento da fé. São representados como jovens fortes e saudáveis, com um cajado ou bastão nas mãos. Eles também têm poder sobre as forças da natureza e são capazes de acalmar tempestades, maremotos e terremotos. Na Bíblia, são citados em Mateus._ *_Potestades_* _São anjos com grande poder de concentração, porque ajudam a concretizar o pensamento de Deus. Levam sempre uma espada flamejante para proteger os homens contra o poder dos demônios. São encarregados da história, da consciência e da memória da humanidade. Também cuidam dos animais e dos quatro elementos: água, terra, fogo e ar. No livro de Efésios, há relatos apontando potestades como forças do mal – provavelmente uma referência aos anjos caídos._ : 😇🙏🏻👼🏽😇🙏🏻👼🏽😇🙏🏻 *_TERCEIRA ESFERA_* _Mais próximos de nós, estes anjos são os que interferem no nosso dia a dia_ *_Principados_* _Dão instruções e avisos de Deus a príncipes, reis, líderes e governantes. Também zelam pelos municípios, reinos, países e continentes. São severos com aqueles que, apesar de suas recomendações, insistem em não agir de acordo com a vontade de Deus. Carregam uma coroa e um cetro nas mãos, ou, em algumas representações, uma cruz. São subalternos de dominações e potestades, transmitindo suas orientações aos coros inferiores._ *_Arcanjos_* _Figurinhas conhecidas da Bíblia, são os encarregados de Deus para missões extraordinárias e revelações acima da compreensão humana, como quando o arcanjo Gabriel disse a Maria que ela seria mãe de Cristo. Além de Gabriel, são famosos também os arcanjos Miguel e Rafael. A espada e o escudo nas mãos já indicam: além de mensageiros divinos, são os líderes na luta contra o mal._ *_Anjos da guarda_* _Sabe os anjinhos que aparecem sobre os ombros dos personagens de desenhos animados? São os anjos da guarda, os seres celestiais mais próximos dos humanos e que ocupam a posição mais baixa dentro da hierarquia do céu. São eles que devem cuidar, proteger e orientar a humanidade a seguir os preceitos divinos. Também ativam nossa intuição e nos protegem dos perigos. Eles gostam de espaços limpos, flores, cores claras, música e perfumes suaves._ 😇🙏🏻👼🏽😇🙏🏻👼🏽😇🙏🏻 *_TERCEIRA ESFERA_* _Mais próximos de nós, estes anjos são os que interferem no nosso dia a dia_ *_Principados_* _Dão instruções e avisos de Deus a príncipes, reis, líderes e governantes. Também zelam pelos municípios, reinos, países e continentes. São severos com aqueles que, apesar de suas recomendações, insistem em não agir de acordo com a vontade de Deus. Carregam uma coroa e um cetro nas mãos, ou, em algumas representações, uma cruz. São subalternos de dominações e potestades, transmitindo suas orientações aos coros inferiores._ *_Arcanjos_* _Figurinhas conhecidas da Bíblia, são os encarregados de Deus para missões extraordinárias e revelações acima da compreensão humana, como quando o arcanjo Gabriel disse a Maria que ela seria mãe de Cristo. Além de Gabriel, são famosos também os arcanjos Miguel e Rafael. A espada e o escudo nas mãos já indicam: além de mensageiros divinos, são os líderes na luta contra o mal._ *_Anjos da guarda_* _Sabe os anjinhos que aparecem sobre os ombros dos personagens de desenhos animados? São os anjos da guarda, os seres celestiais mais próximos dos humanos e que ocupam a posição mais baixa dentro da hierarquia do céu. São eles que devem cuidar, proteger e orientar a humanidade a seguir os preceitos divinos. Também ativam nossa intuição e nos protegem dos perigos. Eles gostam de espaços limpos, flores, cores claras, música e perfumes suaves._ 😇🙏🏻👼🏽😇🙏🏻👼🏽😇🙏🏻 *_Nós, católicos, acreditamos que os anjos existem e cada pessoa tem um anjo, um amigo querido do céu_* _“Desde a infância até a morte, a vida humana é cercada pela sua proteção e pela sua intercessão. Cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzi-lo à vida. Ainda aqui na terra, a vida cristã participa, na fé, da sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus” (Catecismo da Igreja Católica, 336)._ 😇🙏🏻👼🏽😇🙏🏻👼🏽😇🙏🏻 *_“Nunca estou só, o Anjo da Guarda sempre me acompanha.”_* *_São Domingos Sávio_* _E não é como um conto de fadas, uma história de um mundo imaginário para ajudar a criança a vencer o medo. Nós realmente acreditamos na proteção de um Anjo._ *_“Não diga a seu filho que as asas dos anjos só existem na imaginação. Já vi meu anjo em sonho e posso jurar que ele tem asas claras que até parecem feitas de luz.”_* *_Dom Helder Câmara_* 😇🙏🏻👼🏽😇🙏🏻👼🏽😇🙏🏻 _A devoção aos Anjos da Guarda foi cultivada desde os começos do cristianismo. A sua festa, com caráter universal para toda a Igreja, foi instituída pelo Papa Clemente X no século XVII. Os Anjos da Guarda são mensageiros de Deus encarregados de velar por cada um de nós, protegendo-nos no nosso caminho na terra e compartilhando com os cristãos a preocupação apostólica de aproximar as almas de Deus._ 😇🙏🏻👼🏽😇🙏🏻👼🏽😇🙏🏻 _Na terça-feira se recorda a devoção aos santos anjos. É uma ocasião propícia para manter viva a certeza da proteção de Deus, por meio dos seus santos anjos. Além de lembrar o lugar especial dos anjos em nossa caminhada espiritual, também é importante rezar todos os dias a oração ao anjo da guarda._ _Os anjos influenciam a nossa vida muito mais do que se pensa, e são nossos intercessores junto a Deus. Conhecendo-os melhor, mais frequentemente invocaremos seu poderoso auxílio_ 👼🏽😇🙏🏻👼🏽😇🙏🏻👼🏽😇
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Dez locais para celebrar as etnias e nacionalidade que formaram Curitiba
Curitiba, em seus 324 anos, tem uma grande diversidade cultural, fruto das diferentes etnias e nações que a colonizaram. A arquitetura, gastronomia e até o sotaque são frutos dessa miscigenação. Uma das teorias que explicam o jeito de falar curitibano diz que os moradores da cidade procuravam falar todas as sílabas de forma bem clara, para que todo tipo de gente pudesse entender. Alguns locais da cidade marcam a importância desses povos: Parque Tingui O nome do parque é uma homenagem ao povo indígena que primeiro habitou a região de Curitiba. Os tinguis eram índios combativos, hábeis na execução de armas e utensílios de pedra. O nome tingui significa "nariz afinado". Numa das entradas do parque está a estátua do cacique Tindiquera, feita pelo artista plástico Elvo Benito Damo. Conta a lenda que o líder da tribo Tingui foi quem indicou aos colonizadores o local como deveria ser instalada a Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais. "Aqui!", teria gritado o cacique, assentando forte a sua lança, onde hoje é a Praça Tiradentes. O parque tem uma área de 380 mil m², com lagos, parquinhos e ciclovias e foi inaugurado pelo prefeito Rafael Greca em 1994. Cumpre um importante papel ambiental na proteção da bacia do Rio Barigui. Localização: Entre as ruas Rua Fredolin Wolf e José Valle, ao longo do Rio Barigui - São João.
Bosque Portugal Os portugueses foram os fundadores de Curitiba. Entre o século 17 e o século 19, a cultura lusitana predominava na cidade. A arquitetura colonial portuguesa ainda está presente no patrimônio histórico de Curitiba. No século 19 e início do século 20, imigrantes portugueses chegaram com a leva de imigrantes europeus da época. Enquanto a maioria se fixava em colônias agrícolas, os portugueses preferiam o comércio e a indústria. O Bosque Portugal possui um painel decorativo e vinte pilares decorados com azulejos pintados à mão, com trechos de poesias de autores brasileiros e lusitanos. O espaço foi inaugurado em 1994. Localização: Rua Fagundes Varela - Jardim Social.
Praça Zumbi dos Palmares A contribuição das tradições africanas para o Brasil é muito profunda e toca diversos traços da nossa cultura: gastronomia, música, dança, costumes e muito mais. Em Curitiba não é diferente. Até o início do século 19, os curitibanos eram basicamente descendentes de índios, portugueses e africanos. Os escravos negros chegaram em Curitiba a partir do século 17. No fim do século 18, estima-se que a população de pretos e pardos na capital paranaense era superior a 40%. Poucos sabem, mas o primeiro curitibano retratado é um trabalhador negro, na ilustração do francês Debret, de 1827. Um marco da cultura africana em Curitiba, a Praça Zumbi dos Palmares homenageia um ícone da resistência contra a escravidão. Lado a lado, 54 totens de quatro metros de altura representando cada nação da África. Duas colunas representam a Educação e a Cultura centradas sobre um piso de petit-pavê que compõe um mapa do continente africano. A praça foi inaugurada em 2010. Localização: Rua Elói Orestes Zeglin - Pinheirinho.
Portal Italiano Os italianos chegaram na segunda metade do século 19 e se estabeleceram, em sua maioria, em áreas rurais da região. Estes núcleos deram origem aos atuais bairros de Santa Felicidade, Pilarzinho, Umbará, entre outros. A maior parte dos imigrantes italianos de Curitiba vieram do norte da Itália, das regiões do Vêneto e de Treviso. Para homenagear a vinda desses imigrantes, o Portal Italiano foi inaugurado em setembro de 1990. O portal marca a entrada do bairro de Santa Felicidade, maior polo gastronômico da cidade e um dos marcos da cultura italiana na capital. Localização: Avenida Manoel Ribas – Mercês.
Bosque Alemão Os imigrantes alemães chegaram a partir de 1833 e trouxeram inovações como a construção de casarões. Algumas destas edificações ainda existem no bairro de São Francisco, como o Palacete Wolf, atual sede do Instituto Municipal de Turismo de Curitiba. O Bosque Alemão é uma homenagem à imigração alemã em Curitiba. Inaugurado em 1996, o local guarda o Oratório de Bach, que homenageia o compositor alemão Johann Sebastian Bach, enquanto a Torre dos Filósofos homenageia os grandes pensadores germânicos. A Trilha de João e Maria, personagens do conto dos irmãos Grimm, passa pela Casa da Bruxa, uma biblioteca infantil com espaço para encenações de contos e fábulas. Localização: Rua Francisco Schaffer - Vista Alegre. Horário: 8h às 20h. Durante toda a semana.
Memorial Polonês Os primeiros poloneses chegaram ao Paraná em 1871 e fizeram de Curitiba a maior colônia polonesa do Brasil. Pilarzinho, Abranches e Santa Cândida foram alguns dos bairros que abrigaram as colônias. Em sua maioria, dedicaram-se à agricultura e difundiram o uso do arado e de outras técnicas agrícolas. O Memorial Polonês foi inaugurado em 1980 para marcar a visita do Papa João Paulo II. É formado por casas tradicionais polonesas, remontadas no bosque. Dentro das casas pode-se encontrar antigos artefatos utilizados pelos imigrantes. Uma das casas abriga a Capela em homenagem à Nossa Senhora de Czestochowa, padroeira da Polônia. Localização: Rua Euclides Bandeira - Centro Cívico. Horário: 9h às 18h. De terça-feira a domingo.
Memorial Árabe O maior fluxo da imigração árabe para Curitiba ocorreu após a Segunda Guerra Mundial. Nessa época representavam cerca de 10% da população. Já os sírios e libaneses do início do século 20 estabeleceram-se no comércio. Destacaram-se também na área gastronômica com seus temperos e culinária típica. O Memorial Árabe foi inaugurado em 1996, para homenagear os imigrantes da região que contribuíram para a formação da cidade. A construção abriga o Farol do Saber Gibran Khalil Gibran, poeta e filósofo libanês marcou época ao produzir obras literárias respeitadas em todo o mundo. Localização: Praça Gibran Khalil Gibran – Centro Cívico. Horário de funcionamento: de segunda a sexta, das 9h às 21h, e aos sábados, das 9h às 13h.
Memorial Ucraniano A maioria dos imigrantes ucranianos chegaram no Paraná do século 19. Em Curitiba, entretanto, algumas famílias já haviam chegado em 1876. Estabeleceram-se na região das Mercês e no Bigorrilho, onde existe uma praça dedicada à Ucrânia. O Memorial Ucraniano localiza-se no Parque Tingüi e foi inaugurado em 1995. No espaço encontra-se uma réplica da Igreja Ortodoxa de São Miguel Arcanjo, localizada no interior do Paraná. O interior da igreja é utilizado como museu. Nele encontram-se os tradicionais Pêssankas (Pysanka), símbolos de boa fortuna na cultura Eslava. Localização: Rua Dr. Mba de Ferrante, Parque Tingui - São João. Horário de funcionamento: De terça a domingo das 10h às 18h.
Praça da Espanha Os espanhóis estão presentes no sul do Brasil há séculos. No entanto, a maior onda migratória de espanhóis para o Paraná aconteceu nas décadas de 1950 e 1960. A maioria veio das regiões de Galícia, Andaluzia e Catalunha e se fixaram em maior parte em Curitiba, onde se dedicaram ao comércio, à gastronomia, à construção e profissões liberais. Os espanhóis têm grande tradição no trabalho com pedras e granitos e realizaram trabalhos importantes como marmoristas na Biblioteca Pública, o Palácio do Governo, Tribunal de Contas e no Teatro Guaíra. A Praça da Espanha foi inaugurada na década de 1990, e possui o Farol do Saber Miguel de Cervantes, onde está o busto do famoso escritor espanhol. Próximo à praça encontram-se muitos restaurantes e bares, ótimos para um roteiro gastronômico. Localização: Rua Coronel Dulcídio – Bigorrilho.
Praça do Japão Os japoneses chegaram em Curitiba a partir de 1915, mas foi em 1924 que um número maior de imigrantes se fixou na cidade. Os principais bairros foram o Uberaba e o Campo Comprido. A capital paranaense possui a segunda maior comunidade japonesa do Brasil, atrás somente de São Paulo. A Praça do Japão é uma homenagem aos imigrantes japoneses e possui o Portal Japonês, o Memorial da Imigração Japonesa, a Biblioteca Municipal da Praça do Japão, onde estão disponíveis publicações em japonês, a Casa de Chá, e ganhou a Casa da Cultura, onde é possível conhecer as dobraduras de papel (origami), da arte floral (ikebana) e dos poemas de três versos (haikai). Localização: Avenida Sete de Setembro - Água Verde. Horário: Praça (aberta diariamente). Casa da Cultura - 9h às 18h (terça-feira a domingo). Cerimônia do Chá - 9h às 16h (quintas-feiras).
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Leão tem 27 representantes no 1º torneio pernambucano de natação Rubro-negros disputam na categoria Pré Mirim, Mirim e Petiz Depois de vencerem a 1ª etapa do circuito pernambucano de natação, os nadadores rubro-negros têm mais uma competição esta semana. Nesta sexta-feira (17) e sábado (18), eles caem na água pelo torneio pernambucano de natação, nas categorias Pré Mirim, Mirim e Petiz. A competição será realizada na AABB e contará com 120 atletas, de 8 a 12 anos. Para o torneio, o Leão levará 27 representantes, que vão brigar pela primeira posição com as equipe da a AABB, o Português/Nikita, AASM, Sesc/PE e o GFSWIM/Náutico. A competição terá três etapas, começando na noite da sexta-feira e seguindo no sábado pela manhã e de tarde. Cada atleta vai disputar até quatro provas individuais e dois revezamentos. O torneio pernambucano tem como principal objetivo se preparar para participar do Festival Nordestinho, nos próximos dias 7 e 8 de abril, no Recife. Confira a relação dos 27 atletas rubro-negros que caem na água: Categoria Pré-mirim - Maria Eduarda e Luiz Felipe; Categoria Mirim 1 - Myrela Coutinho, Giovanna Arrevabeni e Wictória Mayara; Categoria Mirim 2 - Maria Clara, Maria Hellena, Júlio Cesar e Kauã Bogaz; Categoria Petiz 1 - Paloma Vitória, Letícia Torres, Ana Clara, Manuella Gomes, Sabrina Lima, Milena Hoffmann, Heron Viana, Artur Vilela, João Vinícius e Gabriel Henrique; Categoria Petiz 2 - Maria Gabrielly, Aninha Alves, Ana Laura, Miguel Arcanjo, David Nícolas, Thiago Vicente, Matheus Magnus e Arthur Moliterno ; Foto Williams Aguiar Site oficial @sportrecife http://bit.ly/2m72DDW
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