#Não haveram cravos mas ainda feriram sua rosa
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hinku · 2 months ago
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Não haveram cravos mas ainda feriram sua rosa
Sinopse: Você conheceu e cresceu com ele, você lembra disso, sempre lembra, todas as dores e felicidades. Você está sempre lembrando...
Leia depois da nota para sinopse específica!
Nota: Oi novamente ou oi pela primeira vez. Eu não sumi, apenas me cobrir com um cobertor quentinho e não quis sair do conforto. Pode ser que saia mais histórias um pouco como essa, as vezes faço algumas poesias cantadas aleatórias, estão se acumulando nos meus arquivos, então talvez vire histórias, ok, abraços a quem ler :)
Sinopse específica: Você conheceu ele cedo, seu amor floresceu, era doce e fofo. Acontece que você acabou esquecendo que tinha responsabilidade por aquilo que cativa.
Ele foi acusado por algo que nunca fez, tudo por culpa sua, e só quando tudo estava despedaçando foi que você percebeu.
Então você aproveitou o poder que sempre teve em mãos e levou consigo toda a dor.
!!Atenção!! Essa porra não foi revisada, meus olhos ardem mas não quero perder a vontade de postar isso, não faço ideia das letras, mas tem mais de 3, confia.
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Faz muito tempo que vocês se conheceram, ele era muito novo, você também. Mas parecia que o mundo era de vocês, e foi.
Ouvir o balanço da árvore e as folhas se beijando pra cá e pra lá, sempre foi desse jeito que você pensou em conhecer seu príncipe encantado, seu amor adolescente. Talvez não fosse literalmente tendo uma queda por ele de cara.
Tipo, literalmente, você caiu de uma árvore e ninguém menos do que ele estava te esperando lá embaixo, mais não como se ele soubesse e estivesse esperando você pular. Na verdade, ele estava tão furioso com algo que nem percebeu sua presença, ele apenas chutou e explodiu a árvore.
Você, como uma maçã caiu bem em cima dele. Ele, não foi como Darwin, na verdade ele foi como um gato sendo atacado. Logo quem estava por cima era ele, lhe encarando como se pegasse um bandido.
—Desculpe, não queria cair em cima de você, 'tava tentando pegar aquela abacate ali. –Você apontou para a fruta, como se aquilo explicasse tudo. —Então o mundo balançou e PAH !!! –Você gritou, gesticulando a história toda. —Ao galho fez FIUUUU e PAAAHH de novo, mas dessa vez foi um ~pah bem macio, por que caí em você... –Você sorriu como o sol, apenas esperando para que ele entenda seu ponto de vista.
Mas sem dizer nada, ele se levantou e encarou você de cima, passaram-se alguns segundos apenas com os sons de beijos de folha.
—Qual é seu nome, pirralha? –Ele perguntou ao seco
—Meu nome é <____>, pirralho. –Você sorriu um sol pra ele de novo.
E foi simples assim, como uma pena que voa até cansar e deitar numa grama qualquer, aos sons de passarinhos orquestrados, vento frio de uma mudança qualquer, no sussuros das folhinhas beijoqueiras, que você conheceu ele.
Seu amor floresceu naquele dia, com o passar dos anos, nas trocas de cortejos, presentes e falas sussuradas. Quando você olha pra essa época de mudança se via com ele, crescendo e cativando, assim como ele te cativava, vocês se responsabilizaram em compreender e viver um pouco mais com o outro.
Seu amor parecia frutífero, essa troca de seivas era boa, porque continuava asa ventar, mas dessa vez er amais quentinho, confortável, você ainda conseguia se enrolar nos braços dele e contar estrelas fugitivas, ainda conseguia seguir a trilha de pegadas deixada por ele e encontrar um presente, beijos floridos e nascidos de uma paixam doce.
—Essa flor é pra você. –Disse ele entregando um vaso com rosas pra você.
—Você está me dando rosas vivas? –Comentou você, sorrindo como amanhecer de uma dia calmo.
—Te dar flores cortadas seria uma grande besteiras, essas coisas iam muchar no mesmo dia. –E não faria pra ele, seu amor dura mais que um dia
—Essa também murchará... –Você falou, encarando as lindas flores, uma delas já tinha a beirada da pétala machucada, começando a murchar.
— Mas se você podar vão crescer de novo, melhores, duram mais. –Então seus olhos se encontraram, os deles nunca sairam dos seus. Ele tinha razão —Mas você precisa valoriza-la, senão elas ficaram tristes.
Então você riu, bom as bobagens borbulhosas dele, você amou isso, amou o toque dos seus dedos mindinhos encostando nos seus, amava a sensação dos cílios dele acariciando sua bochecha.
Você amava ele, era um amor bem florido, frutífero e doce, era bom amar.
Talvez seja por isso que vocês permaneceram juntos, seu pólen com o dele se mostrou colorido como carnaval, era empolgante, contagiante, ferrilizante, chamou atenção de muito gente, que colaborou nos degraus da sua escada.
Todos subiram juntos para um lugar de esperança, felicidade e calma. Vez ou outra havia um tanto de medo ali, insetinhos malditos que tentavam roer sua felicidade, mas com um algodão e um pouco de canela tudo melhorava de novo. Ele afastou alguns dos insetos pra longe e segurou sua mão para voltar a descansar com ele.
Era tudo calmo, talvez não tivessem tantas flores nessa época, mais seu amor era frutífero como na infância, isso borboletava sua barriga de um jeito inimaginável. Amar ele era bom, era isso que você sabia. Ver ele voar era melhor ainda.
A cada dia que passava parecia que ele voava mais, era lindo demais, você se lembrava das folhinhas das árvores se beijando naquele dia florido, lembrs como pareciam igual a ele.
—Você vai agora? –Você pensava que ele iria ficar mais um pouco, mas tudo bem, o dever o chama, você entende.
—Vou sim, não espere por mim, durma cedo, provavelmente só voltarei de madrugada. –Ele terminava de calçar os sapatos.
—Ok, não se preocupe comigo, ficarei bem, se cuide. —Você falou na cozinha, preparando algo para comer.
—Ok... –Você não recebeu resposta dele por um tempo, o cheiro de doce subiu no seu nariz, mas não eram as bananas fritas, parecia cheiro de calor, cheiro de pólen que foi beijado. Então você sente os braços dele segurando sua cintura, em seguida entrelaçando como cobra, trazendo você para ele —Eu te amo! Não se preocupe comigo, voltarei para você em breve –Ele então beijou sua cabeça e se afastou como se não deixasse sua infância com você, você até ouviu o vento sussurando e os pássaros orquestrados.
Então, percebendo o pólen indo embora, correu pela cozinha, até chegar na porta —Também... Também te amo... vá com calma, tchau. –Então você deixou com ele um sol de anoitecer.
Você lembrava de tudo, era bom esses momentos, como era doce te amar, amar ele, amar-se, amar o mundo... Era bom amar.
Você sentiu um vento frio passar por você a pouco tempo atrás, naquela época pensou que era um grande frigobar, trazendo consigo delícias congeladas para assar no forno. Seria bom se esquentar com suas folhas.
Mas na verdade não parecia tão quente, seu forno não funcionou naquele dia, deu algum defeito, mas você deixou pra lá, ainsa tinha o forninho elétrico, ele deveria servir, não é tão potente quanto, mas é quase igual.
Você estava tonta, aparentemente não eram tão saudáveis os lanchinhos do forno, você nem percebeu, mas só comeu aquilo até agora, mas isso foi a um tempo já. Você, acreditava que tudo bem, faz parte, era só se nutrir se coisas boa agora. Mas o doce não parecia uma boa opção, a melancia era muito doce, a pera era muito doce, a maçã era muito doce, então você achou o chocolate meio amargo.
Parecia que essa troca de alimentação parecia bem familiar pra você, mas não se lembra de quando, até por que não se lembra de comer chocolate meio amargo quando menor.
Enfim, você mudou alguns móveis de lugar também, a faxina na casa fazia mais sentido assim.
—Você vai sair agora? –Você estava limpando alguns móveis quando viu ele pelo canto de olho.
—Vou, acabaram de me ligar e disse--
—Não se preocupe, só queria saber por que vou mudar algumas coisas na casa, se você for vai ficar mais fácil. –Então se virou, encarou ele e sorriu como a noite.
Ele olhou pra você por um tempo, como se contasse a verdade para as nuvens do anoitecer, mas as nuvens eram passageiras, elas não chegavam na lua a tempo sem se dissipar.
—Ok, te amo, se cuide. –Então se virou e foi.
Você voltou a espantar a bagunça, dua cabeça dizia que havia muito pó, era jora de virar as coisas se cabeça pra baixo, assim todo pó ia sair. Mas parece que tem brechas que o pó não sai, você se sentia poluída.
Então você deu um tempo, tomou um banho, contou as linhas do teto, não havia nenhuma, mas você procurou, rinha certeza que deveria haver ao menos uma. Cobriu seu corpo com uma roupa folgada e relaxada. Quando chegou na cozinha percebeu um papelzinho grudado na parede, bem na entrada da cozinha.
Vi alguns pulgões na rosa, tirei mais cedo, mas seria nom você também olhar, veja se encontra algum remédio.
–Com amor.
Rosa? Você mudou a casa inteira, já estava se esquecendo da rosa. Realmente tinha alguns pulgões ainda, o bobo achou que tirou todos. Então você pensou que tudo bem se comprasse alguns remédios online, pesquisou rápido e pediu, dizia que iria demorar um pouco, mas tudo bem, você lidaria com isso até lá.
E você lembrou dessa época, na sua parte, rudo parecia calmo, você até comeu um pouco de chocolate amargo depois daquilo.
A coisa é que esses pulgões eram chatos, começaram a aparecer do nada, nunca tinha visto esses insetinhos durante todo o calor, foi só esfriar um pouco que agora fervilhava deles.
Mas não se preocupou, o remédio iria chegar logo, então alguns dias assim não faria mal. A não ser que seu remédio eram feitos de mentira, de nada adiantou, parece que a pessoa que você comprou vendia produtos com ácido. Ele corroeu as folhas da rosa, estragou seu florescer. Parecia até que fotam os pulgões que estragaram tudo, eles, eles foram os culpados.
—Ela morreu?
—Não sei, eu apenas percebi agora que você mostrou...
Um suspiro foi ouvido
—Você deveria ter comprado isso
—Eu? Comprado o que?
—O remédio, eu não sou boa em cuidar de plantas, viu?!
Outro suspiro, de outra pessoa
—Você cuidou dela até agora, eu só te ajudava, mas você sempre cuidou dela, se esqueceu?
—Mas isso já faz tempo, você quem anda tomando conta dela a anos
—Então era pra ser sua vez de me ajudar
Silêncio
—Ok, vou comprar outra rosa
—Não tem pra quê, vamos apenas deixar essa morrer, então podemos apenas esquecer, não quero deixar outra rosa morrer.
Silêncio
—Se você diz –Então você se virou, foi para a cozinha e comeu mais um pouco do chocolate, esse era 100% cacau, uma delicia, doce na medida.
Tão tão doce, mas um doce certo, tão familiar.
Você então viu a rosa morrer para os pulgões, parecia que o mundo transmitia isso, saiu em todos os jornais, os pulgões atacaram sua rosa, sua rosa estava destruída, sem apoio, sem sucesso, sem esperanças, sem felicidade e sem calma. Foi um grande burburinho.
Esses pulgões pareciam ter planejado tudo, mas tudo parece errado, o amargo atingiu você fortemente, você não sabia como, nem o por que. Mas, aparentemente, sua rosa era a culpada, por que ela deixou outra pessoa cuidar dela, como ela podia? Deixou outra pessoa, se saber se seria bom ou ruim, era tudo culpa da rosa, os pulgões se agarraram nas suas folhas, a rosa jurou que eram borboletas.
Parece que seu pólen atraiu mais do que abelhas. Esses pulgões grudaram na rosa, mas perceberam que as folhas estavam alheias, então te deixaram jogar ácido sobre elas enquanto atacavam a rosa
—Você não fez nada, não foi? Você estava lá
—Nem posso acreditar nisso, achava que a Rosa era apaixonante, eu não iria querer estar no lugar das folhas.
—Nem eu, sinceramente, eu já esperava isso da Rosa, essas coisinhas sempre valorizam apenas o pólen, nada mais.
Os pulgões falavam, cochichava, mas as vezes até gritavam. Eram risadinhas ali, piadinhas aqui.
Você viu, parecia uma peça teatral, nada fazia sentido. Parecia que o,chocolate amargo estava rindo da situação juntamente com os pulgões.
—Oh meu deus, faça isso parar, por favor.
E você percebeu uma coisa, parece que os pulgões estavam em você esse tempo todo, você deixou a rosa para trás e foi visitar outras rosas, nesse tempo, foi ele quem cuidoi da rosa, mas quando você voltou trouxe consigo os pulgões. Esse tempo todo você quem destruiu a rosa e não percebeu, até chegou a culpar ele.
Que merda
Então você procurou e procurou, fez misturas e misturas, nas escondidas, borrifou aqui e ali, cortou as folhas mortas e tirou o máximo de pulgõezinhos chatos, então você chamou algumas joqninhas para ajusar no serviço, mas não chegou perto mais da rosa, enquanto a rosa melhorava e crescia novamente, sem as folhas.
Você se aprontou, pegou todos os pulgões e trancou em uma mala, você pegou os resto das suas coisas e deixou o polén pela casa, provavelmente vai atrair mais borboletas e abelhas e quando ele voltar nem vai lembrar dos pulgões ou das folhas, nem mesmo dos pulgões. O clima dentro da casa vai estar bem saudável, você também levou o freezer, concertou o fogão e deixou apenas feutas em cima da bancada.
Então andou e andou, parecia que o clima soava mais calmo, mas só o clima, você se via pesada, pesada de todas as coisas que adiou e que machucou, você estava levando todas as memórias, todos os desejos, todos os carinhos.
Mas também levava consigo todas as dores, todos os gritos, ouvidos ou não, todas as brigas, todas as decepções. Você levava emoções.
Então caminhou sozinha, quando chegou num espaço grande e livre onde os passarinhos se preparavam para cantar, onde o vento ainda pensava no que falar e as folhas só desejavam se beijar. Ali, você jogou tudo no chão.
Então procurou no braços, atrás da orelha, na sola do pé, na nuca, até achar os fósforos no bolso. Jogou um pouco de remorso em si, decepção nos móveis e embrulhou-se em saudades. Depois, só depois, deixou a faísca alcançar as memórias e você.
Você ficou ali revivendo tudo o que passou, mas não só isso, reviveu o que a rosa passou também.
—Que dor ela passou, quanto tempo você a magoava sem nem mesmo perceber? Descanse pobre rosa, eu sofrerei por você agora, espero um dia que as jovens folhas te alcancem sem machucá-la de novo.
Então você pensou com as memórias e os pulgões, tudo lembrava, tudo cantava e sussurava, e, quando as coisas começaram a se beijar, você lembrou que queria comer uma pera, olhou para a árvore e subiu.
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Oi novamente, dessa vez realmente é novamente... Obrigada por gastar seu tempo lendo, eu realmente agradeço, meu coração faz até cosquinha :)
Esse texto provavelmente vai ser revisado depois, bem depois...
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