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#La Lata Muda
postersdecinema · 3 months
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As Mãos Sobre a Cidade
I, F, 1963
Francesco Rosi
8/10
Imoralidade Urbanística
Francesco Rosi dirige um argumento seu e de Rafaelle La Capria, Enzo Provenzale e Enzo Forcella, denunciando a especulação urbanística e corrupção na cidade de Nápoles nos anos 60.
A época foi, de facto, de explosão urbanística, não apenas em Nápoles mas em grande parte da Europa, fazendo coincidir o boom económico do pós guerra com o êxodo rural massivo e a descolonização de alguns países, que conduziram a um crescimento enorme da construção, a legal, mesmo viciada pela corrupção, e a ilegal, que originou vastos bairros de lata nos arredores das cidades.
Esta visão mais vasta, passa à margem do filme, preocupado exclusivamente em denunciar a especulação e a corrupção urbanísticas.
Talvez, ao tempo, faltasse o distanciamento necessário para uma análise mais vasta do problema, que os especuladores não criaram, mas se limitaram a tirar partido dele, ganhando dinheiro, imoralmente e nos limites da legalidade corrupta, com os projetos de urbanização e com a má qualidade da construção.
Não obstante, o que este filme tem de mais interessante, sessenta anos depois, é a sua atualidade. A situação urbanística é hoje substancialmente diferente da existente em Nápoles nos anos 60, na maioria das cidades europeias, no entanto a especulação e a corrupção continuam a dominar o setor imobiliário e a atuação das autoridades que o licenciam.
Já não são simples apartamentos de má qualidade para o povo, como no filme, mas são obras faraonicas para o município, urbanizações de luxo para os privilegiados ou investimentos turísticos, que acentuam a gentrificação dos centros históricos das cidades.
No fundo, não importa o que se constrói, mas as gestões municipais continuam hoje, como há sessenta anos atrás, reféns dos promotores imobiliários e especuladores que geram a riqueza, da qual depende, em última instância, a gestão municipal. Para além da corrupção, que continuará sempre a existir, o sistema assegura que as obras públicas e demais iniciativas locais sejam financiadas, essencialmente, pelas receitas provenientes das taxas e impostos gerados pela construção e pelo imobiliário, perpetuando assim um ciclo vicioso de especulação e corrupção urbanísticas.
Nesse sentido Rosi falha magistralmente na sua previsão de mudança, manifestada pelo conselheiro De Vita, o líder da oposição municipal de esquerda.
O povo muda, educa-se, ascende a melhorias substanciais nas suas condições de vida, mas em vez de exigir moralidade por parte do poder político, prefere comer um bocadinho do bolo, por mais miserável que seja.
Urban Immorality
Francesco Rosi directs a script written by himself and Rafaelle La Capria, Enzo Provenzale and Enzo Forcella, denouncing urban speculation and corruption in the city of Naples in the 1960s.
The period was, in fact, one of urban explosion, not only in Naples but in much of Europe, with the post-war economic boom coinciding with the massive rural exodus and the decolonization of some countries, which led to a huge growth in construction, both legal, albeit tainted by corruption, and illegal, which gave rise to vast shanty towns on the outskirts of cities.
This broader vision is left out of the film, which is exclusively concerned with denouncing urban speculation and corruption.
Perhaps, at the time, there was a lack of the necessary distance for a broader analysis of the problem, which the speculators did not create, but simply took advantage of, making money, immorally and within the limits of corrupt legality, with urban development projects and poor quality construction.
However, the most interesting thing about this film, sixty years later, is its relevance today. The urban situation today is substantially different from that of Naples in the 1960s, in most European cities. However, speculation and corruption continue to dominate the real estate sector and the actions of the authorities that issue its licenses.
These are no longer poor-quality apartments for the people, as in the film, but pharaonic projects for the municipality, luxury housing developments for the privileged or tourist investments, which accentuate the gentrification of the historic city centres.
Ultimately, it doesn't matter what is built, but municipal administrations continue today, as they were sixty years ago, to be held hostage by the property developers and speculators who generate the wealth on which municipal management ultimately depends. In addition to corruption, which will always exist, the system ensures that public works and other local initiatives are financed essentially by revenue from taxes and fees generated by construction and real estate, thus perpetuating a vicious cycle of urban speculation and corruption.
In this sense, Rosi fails miserably in his prediction of change, expressed by Councillor De Vita, the leader of the left-wing municipal opposition.
The people change, educate themselves, and achieve substantial improvements in their living conditions, but instead of demanding morality from the political powers, they prefer to eat a little bit of the cake, however miserable it may be.
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asinglewaytolove · 6 months
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Algum dia no ano de 2021
uhh! Cof...Cof...Cof!! Abro os olhos, olho no relógio, são 04:59. Novamente um novo dia, não suporto mais isso, nada tem sentido, não vou há lugar nenhum, já não tenho mais um porquê, estou tentando me embriagar e ter um coma alcoólico, mas desta vez parece que durou mais tempo, o que está acontecendo? Sento na cama, tudo parece girar. Me apoio nas paredes buscando se manter em pé, o gosto de fel na boca está mais intenso dessa vez, abro a porta do quarto e minha casa parece que passou um furacão, tudo jogado pelo chão, cadeiras derrubadas, meu sofá está rasgado, que bagunça foi essa que eu fiz aqui dentro? Decido então fazer um café para tentar relembrar o que se passou na noite anterior, ao abrir a despensa, noto que as latas estão cheias de carunchos, o cheiro das coisas que me alimentavam são horríveis, estão apodrecidos e parecem ter anos que estão no mesmo lugar, será que finalmente morri e não sei? Será que estava em coma por anos e acordei? O que será que está acontecendo comigo? Nada é mais como antes! Ao abrir a porta da sacada, vejo que o antigo mar que tanto navegava está diferente, meu antigo barco se tornou um monte de ruínas na marina e o sol está mais cinza, está frio aqui, preciso de um agasalho. Ao buscar o agasalho, me olho no espelho e noto que meu rosto está bem mais velho, minha barba está esbranquiçada e as rugas se tornaram evidentes, quantos anos eu tenho hoje? A manhã está se esvaindo, minha memória não está me ajudando, sei que o tempo passou, que estou mais velho e pelo datado dos mantimentos, parece ter passado algo em torno de 10 anos desde a última vez que estive aqui. Como o tempo passou, perdi muito tempo da minha vida em um corpo e mente que ficaram letárgicos, narcóticos, estou em frangalhos, preciso retomar o rumo da minha vida e rapidamente. Preciso encontrá-la, preciso me encontrar...
Então, após a autoaceitação do eu interior atual, descido descer até o antigo barco, está completamente destruído, nem o nome dele está mais lá, é possível reconstruir? O que os anos podem fazer com nossa mente quando não estamos mais atentos, os dias passam como se fossem areia em nossas mãos perante à brisa do mar, nossos olhos se escamam e não enxergam mais a beleza da vida e das cores, os cheiros, os autores. A vida passa e não sabemos mais quem somos, aquela criança morre e só nos resta a verdade que está assolando nossos pensamentos, a vida muda. Seria possível encontrar o caminho da luz e poder amar alguém de verdade, nunca consegui amar além do corpo, quero alguém para me ajudar a reconstruir minha vida, meu barco, que possamos navegar no mundo, que possamos nos amar...
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pfffff-f · 8 months
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No sé si sea mío pero encontré esto en mis notas así que de momento es de anónimo:
¿Que se hace; cuando las palabras no sirven , cuando parecen mudas ?
Y no solo por qué la voz tiembla como un cordón atado de lata a lata en un teléfono de juguete que cruza la calle para entretener unos niños
Si no por qué el corazón galopa de forma errática como si se tratara de un mal cardico que azota a un caballo en pleno trote
¿Que se hace cuando las palabras no hablan?
Y no por que estén faltas de voz como el grito de un mudo que sabe que no lo escuchan
Si no faltas de oido como el grito de un cuerdo que cae hacia la locura por qué no sabe que todos son sordos
¿Que se hace cuando no se quiere escuchar?
Por qué si maldito está aquel que no puede cerrar la boca más maldito está quien lo escucha ,sin nada más que compresión , obligado a qué la razón ,inseguridad y pánico que externa el único ser con voz lo envuelva
¿Que se hace cuando eres los dos?
Delirando de drama , romance y agonía mientras te escuchas y no te puedes silenciar, aún no lo sé pero escribir no me salva y una vez muertos a nadie va hacerlo
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Eu sempre amo quando aparecem em filmes os pinheiros cobertos de neve. Esse amor ta no meu dna. Meu pai amava pinheiros. Dia desses encontrei amigos do tempo da infancia em um mercado e elogiei o imenso pinheiro que eles tem em frente de sua casa, cheio de orquideas. Entao eles me disseram que aquele velho pinheiro foi presente de meu pai, que entregou a eles plantado em uma lata. Hoje passo na frente do velho pinheiro e nao é mais apenas admiraçao mas um imenso amor que sinto por aquele frondoso pinheiro. Meu pai um dia fez uma pequena muda, o plantou, regou, cuidou com tanto amor e o presenteou aos seus bons amigos. Após longos anos ele esta la forte e soberano, enchendo os olhos de quem passa nessa cidade agitada e lotada de gente, muito diferente da calmaria que era, quando nos mudamos da fazenda pra cá. Lembro que meu pai plantou dois pinheiros em frente a nossa casa, mas eles ja nao existem mais infelizmente. Poderiam estar lá ate hoje pois foram plantados na mesma época. Lembro quando morava na fazenda, meu pai plantou pinheiros em frente a nossa casa. Os pinheiros exalam um perfume único e maravilhoso. E era natal, minha mae pegava uma lata dessas que costumavam colocar banha, enfeitava a lata com papel presente, e íamos pegar um imenso galho de pinheiro para nossa árvore de natal. Entao ela pegava uma caixa cheia de enfeites de natal que ela guardava para a ocasião, havia papai noel de barba branca, pinheiros cobertos de neve e outros enfeites alegres e natalinos e fazíamos nossa arvore de natal 😁🎉🎶meu sonho é morar numa cidade que neva, pois nao gosto de calor, e ter um pinheiro em frente de casa que ficará cheio de neve nos natais e entao saberei que meu pai estará lá, apreciando o imenso pinheiro comigo 🎶🎶🙏🏻🙏🏻🎉🎉🌲🎄🎄🎄🎄🎄
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blogflores0 · 2 years
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Como plantar flores em sementes
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O cultivo de mudas de plantas com a ajuda de sementes é um trabalho no geral simples, ainda assim necessita de alguns cuidados básicos. Ela pode ser feita em bandejas, tubos, vasos ou saquinhos próprios para mudas. Em casa podemos utilizar caixas de ovos, garrafas, caixas de leite, latas, potes, bandejas plásticas, etc, obtendo assim uma infinidade de recipientes recicláveis. A dimensão da embalagem é indispensável e está diretamente associada com o tamanho esperado da muda na época de transplante. Recipientes de mudas podem ser reutilizados, mas é importantíssimo que sejam devidamente esterilizados e lavados antes de serem usados, impedindo assim a transmissão de doenças entre os lotes. Vale lembrar que o substrato ideal para o plantio está exclusivamente relacionado com o habitat da espécie escolhida.
Como plantar flores em sementes
As Cactáceas por exemplo, vão precisar de um substrato mais arenoso. Plantas carnívoras preferirão turfas levemente ácidas e esfagno. Aplique substrato de preferência esterilizado, prevenindo assim que as sementes entrem em contato com fungos, bactérias ou pragas, e deste modo apodreçam ou sejam devoradas antes de germinarem. Há a possibilidade de comprar substratos prontos para semear, já fertilizados e esterilizados, mas abaixo encontra uma receita simples, que deve funcionar na maioria dos casos: - 1/4 de terra comum de jardim - 1/4 de areia (ou vermiculita) - 2/4 de terra vegetal (composto orgânico) Esterilize o solo, coloque-o ao sol até secar completamente, rodando de vez em quando, perfazendo pelo menos 24 horas de solarização. Em vez disso tem a possibilidade de esterilizar o substrato colocando-o no microondas durante 3 minutos ou no forno durante 30 minutos, para cada quilo de substrato. Não deve utilizar fertilizantes orgânicos não decompostos nessa altura, pois eles podem fermentar destruindo as plantas mais pequenas. Evite também o nitrogénio, pois para as raízes que estão em desenvolvimento e são frágeis, pode ser muito forte. Deve utilizar um bom fertilizante rico em potássio e fósforo, que proporcione raízes fortes e vigorosas, além de calcário para neutralizar o Ph do substrato, evitando a toxicidade por alumínio. Acrescente os fertilizantes e junte o substrato nos recipientes (potes, bandejas). Faça um pequeno buraco e coloque de 2 a 5 sementes em cada célula da bandeja. A profundidade de cada semente deve ser determinada em função do seu tamanho e necessidade de luz para germinar. Geralmente é recomendado cobrir cada semente com substrato crivado numa camada com cerca de 2 a 3 vezes o seu tamanho. Algumas sementes são tão pequenas que não têm necessidade ser cobertas. Rotule cada sementeira com uma placa de identificação.
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Como plantar flores em sementes Irrigue com água da torneira que deve ser deixada a descansar de um dia para o outro, para evitar os efeitos prejudiciais do cloro. A periodicidade das regas deve ser o aceitável para manter o substrato húmido, sem ensopar. É evidente que a falta de água no processo de germinação das sementes, vai desidrata-las e por consequência morrerão. Use para regar um regador de crivo fino, ou mesmo um pulverizador, evitando-se assim interferir nas sementes. Após a germinação é possível diminuir aos poucos as regas, com base no desenvolvimento das raízes. Mantenha em local de bastante luz, ainda assim sem sol direto. Pode montar um pequeno viveiro aberto nas laterais e revestido com sombrite, no verão, ou uma estufa coberta com lona branca ou transparente, no inverno e em locais frios. Se não for possível, coloque em local que receba luz indireta, como uma janela que tenha o sol da manhã ou final da tarde, salvo dos ventos fortes. Quando as plantas estiverem com 2 a 3 pares de folhas, faça o raleio (processo para aumentar a disponibilidade de espaço, luz, água e nutrientes por planta), removendo com cuidado das sementeiras aquelas que se apresentarem mais fracas, deixando unicamente uma em cada célula. As mudas que se apresentam saudáveis, retiradas durante o raleio, poderão ser replantadas em novos recipientes equipados para esse propósito.
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Logo que as mudas atinjam 10 cm de altura (para herbáceas e arbustos), ou 15 a 20 cm de altura (para árvores), o que se dá em redor de 30 a 45 dias após a germinação, elas poderão ser plantadas num local definitivo ou para recipientes maiores. O transplante é uma ocasião delicada, que exige mãos treinadas. Deve ser executado sempre que possível em dias húmidos e nublados, quando não for possível este tempo, prefira transplantar ao final da tarde. O cuidado com as plantas deve ser contínuo, não deixando faltar água e nutrientes, fazendo a manutenção com podas e tutoramentos e defendendo-as de doenças e pragas. Já conhece a listagem dos ? Descubra agora mesmo. Read the full article
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oabacatevoador · 2 years
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O Guia do Kakariki Pet
Escrito por Tais Tonobohn e revisado por Rafaela Spalding.
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Kakariki é o nome Maori (que significa “pequeno papagaio”) dado a várias espécies do gênero Cyanoramphus nativas da Nova Zelândia. Neste post abordaremos especificamente o kakariki conhecido como periquito-de-coroa-vermelha, ou Cyanoramphus novaezelandiae, que é a única espécie tida no momento como pet no Brasil.
Características físicas
Tamanho: O periquito-de-coroa-vermelha é uma ave pequena, maior que um agapornis e menor que uma calopsita. Pesa entre 50-70g.
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Foto de Lina e Darwin em @peridotthepear
Cores: Eles existe já em várias mutações, sendo as mais comercializadas no Brasil a cor selvagem verde, verde canela, azul, azul canela e amarelo. Nas mutações azuis, a coroa perde pigmentação e se torna branca.
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Foto de Mizu em @mizubluekakariki
Dimorfismo: Machos são geralmente maiores, tem a cabeça maior, o bico largo e mais potente. Essas informações, contudo, não devem ser levadas como regra embora sejam verdadeiras na maioria dos casos. Existem contudo, machos pequenos e fêmeas grandes. Na dúvida, faça ou exija a sexagem da sua ave.
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A esquerda Mizu, kakariki macho, e a direita Fennel, kakariki fêmea.
Bico: O bico de um kakariki sempre começa rosado e vai escurecendo conforme ele envelhece. No adulto, o bico é prateado com a ponta preta. Uma vantagem muito atribuída a pequenos psitacídeos é ter o bico pequeno e ser incapaz de machucar. Não se engane! O kakariki é plenamente capaz de separar pele.
Super patinhas: As patas do kakariki são notavelmente grandes para seu tamanho, e suas unhas são bastante longas. Eles tem pés muito fortes, utilizados para ciscar, e conseguem segurar coisas para comer.
Penugem: Esta é mais densa e próxima ao corpo do que a de outros periquitos do mesmo porte. É importante dizer que o kakariki é especialmente vulnerável ao calor brasileiro, sendo uma ave acostumada a invernos de 8° a 14° e verões de no máximo 26° nas ilhas neozelandesas.
Expectativa de vida: Média de 10 a 15 anos, embora existam casos que chegaram a 20 anos.
Alergias: Um dos maiores medos que eu tinha quando resolvi adquirir aves é que meu marido é muito alérgico, e eu não tinha certeza se o kakariki era “poeirento” como cacatuas e calopsitas. Para a alegria dos envolvidos, eles não são, e mesmo depois de muitas mudas de pena, a rinite do rapaz nunca reclamou de nada.
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Comportamento geral
Antes de mais nada é importante dizer que nenhuma ave é igual a outra. Leia essas características abaixo com a consciência de que essa é a ideia geral da espécie, mas sempre existem exceções. 
Ritmo acelerado: O kakariki é uma ave aventureira, brincalhona, hiperativa e curiosa. Eles são aves de alta energia e parecem ter uma bateria infindável para se enfiar em qualquer lugar que lhes pareça interessante, isso inclui sua mochila, seu tênis, a lata de lixo, caixas, embalagens, móveis, nichos, vãos entre objetos e parede, etc. Os donos de kakariki devem ter atenção redobrada ao animal solto, pois eles frequentemente ficam em silêncio enquanto exploram.
Periquito de chão: Uma vez que essa ave confie nos arredores, é comum vê-la passeando pelo chão em busca de algo interessante para comer ou brincar. Os kakarikis são forrageadores de chão. Esta é uma ave que se beneficia muito de caixas de escavação, pois suas unhas crescem rápido para acompanhar o comportamento, e se ele não as desgastar com frequência, precisará que o veterinário as corte periodicamente. 
Metade pato: Os periquitos neozelandeses amam água. Eles tomam banho todos os dias, se dada a oportunidade. Acostume o seu kakariki desde bebê a tomar banho em um prato ou bandeja, e ofereça sempre. Se privados da oportunidade de banho, eles vão encontrar seus próprios métodos, seja se enfiando no pote de água, seja se jogando dentro de uma panela que estava de molho na pia (experiência própria).
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Para a família toda: Você já deve ter ouvido que algumas espécies de psitacídeos escolhem apenas um humano para amar, e não gostam de todo o resto. O kakariki é uma ave muito sociável e destemida, que se acostumada, faz amizade com todos os membros da casa e ativamente busca interagir com eles. Minha experiência pessoal é de que se socializado com frequência, não é uma ave que se estressa com visitantes e estranhos.
Independente: A alta energia do kakariki faz com que ele esteja sempre em movimento. Se você está buscando uma ave que fica paradinha no colo recebendo carinho, essa definitivamente não é a ave para você. O kakariki não costuma gostar de carinho inclusive. Suas penas são bastantes frágeis ao desgaste, e eles evitam serem tocados. Porém, é uma ave que quer participar de tudo que está acontecendo na casa, ver tudo que você está fazendo, comer tudo que você come, mexer em tudo que você mexe. Eles são extremamente curiosos e adoram estar presentes. 
A voz mais fofinha: O kakariki é uma das poucas aves de pequeno porte capaz de aprender a “falar” com considerável clareza (leia-se imitar fala humana). Como em toda espécie, é o macho que tem o maior vocabulário, mas as fêmeas também podem aprender. A voz do kakariki é aguda e um pouco nasal, falo que parece um patinho de borracha, mas tem quem compare com o Yoshi do Mario Bros. Aqui um vídeo de um mocinho falando.
Bons provadores: Embora não seja a verdade sobre todos os indivíduos (e nem sobre todas as comidas), kakarikis no geral não têm dificuldade para provar coisas novas e comer o que lhe é oferecido. Se acostumados desde pequenos com a ração, sementes e legumes, eles tendem a não ser inquisitivos.
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Foto de Mizu em @mizubluekakariki
Problemas de Saúde
Ao mesmo tempo que é uma ave durona que não fica doente fácil, existem alguns problemas que mais comumente chamam atenção na comunidade internacional. Infelizmente tudo que temos são informações mencionadas em fóruns e grupos, com pouco estudo real em cima. São eles:
Convulsões: A Nova Zelândia, lar dos kakarikis, é um dos poucos lugares no mundo onde praticamente não existem mamíferos, apenas morcegos e mamíferos marinhos. Isso faz com que o kakariki tenha poucos predadores naturais, e tenha, por consequência, poucos mecanismos para lidar com stress. Alguns tutores reportam que seus kakarikis chegam a entrar em um transe acompanhado de convulsão logo após algum evento estressante simples como corte de unhas. Por isso é muito importante acostumar os filhotes ao toque e manuseio.
Problemas de coração: Há quem diga que esses foram causados por problemas genéticos no início da domesticação do kakariki. Donos reportam que a ave teve morte súbita, muito possivelmente causada por complicações cardíacas.
Problemas de pena: Causada por ácaros invisíveis ao olho nu, essa condição faz com que o kakariki comece a perder penas e ter pontos pelados no corpo, geralmente iniciando no rosto e ao redor dos olhos. É um estado extremamente incomodo que deve ser tratado com o veterinário o mais rápido possível.
Aspergilose: Criadores dessas aves relatam que elas parecem mais suscetíveis ao fungo causador da aspergilose do que outras espécies mantidas em cativeiro. O problema geralmente depende da existência de esporos na área onde vivem.
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Kakariki com problema de ácaros, retirado de Kakariki Paradise.
O que não te contam na Internet
A informação sobre kakariki pet aqui no Brasil (e no mundo na verdade) é muito escassa. Muito do que aprendi foi com uma criadora inglesa que os teve por anos, e com amigas que me ensinaram sobre suas próprias experiências (créditos para @mizubluekakariki e @peridotthepear). Aqui quero deixar algumas informações que fui adquirindo apenas posteriormente, e que não vejo divulgadas com frequência:
O kakariki é sexualmente maduro com 5-6 meses. O que significa que a fase bebê passa extremamente rápido (minhas duas kakarikis desmamaram da papinha com menos de 50 dias), e o animal logo começa a exibir comportamentos sexuais. Os donos de kakariki precisam se adequar a essa velocidade, porque alguns afagos e algumas práticas não são adequadas com animais adultos. A espécie fica hormonal com facilidade, pois é uma excelente reprodutora e pode ter filhotes ao longo do ano todo se o clima for propício. Gatilhos hormonais precisam ser duplamente evitados.
Existe uma probabilidade do kakariki macho passar por um estágio de agressividade. Muito se fala sobre a bipolaridade do ringneck, especialmente quando passando pelo estágio hormonal, onde um dia o bicho te ama e no outro quer te agredir. Embora existam muitos casos de kakarikis machos que amadurecem sem grandes mudanças, alguns deles passam por um estágio similar ao ringneck entre 5 meses e 1 ano de idade. Nessa fase ele pode ficar territorial, proteger a gaiola ou locais que ele vê como ninho, proteger brinquedos, não permitir proximidade, dificultar a troca de potes e limpeza da gaiola, entre outras coisas. O kakariki dá vários sinais sonoros e visuais de que está irritado, mas uma vez que resolva te machucar, ele avança muito rápido, e é difícil de puxar a mão a tempo. O estrago não é grande, mas dói. Felizmente, depois de 1 ano de idade parece que os hormônios assentam, e ele vai aos poucos voltando ao normal. A fêmea não costuma passar por esse estágio.
Se te disseram que o kakariki é quieto, é uma meia-verdade. Ao contrário de periquitos australianos e calopsitas, o kakariki não vocaliza o tempo todo. No geral, se ele estiver entretido, ele estará quieto. Se ele estiver falando com você, os sons também não são altos. Mas ele é plenamente capaz de gritar, e se ele achar que deve, ele VAI. Na minha experiência, não é alto o suficiente para ser ouvido de fora de casa, o que faz com que seja um bom animal se você tem vizinhos “sensíveis”, mas dizer que é um animal quieto, para mim, é subestimar as cordas vocais desses carinhas. O som parece um carneirinho, são vários “eh” entrecortados, aqui um vídeo que mostra bem.
Eles fazem sujeira. Muita sujeira. Você vai dizer “Ah, Tais, mas todo psitacídeo faz sujeira”. Verdade! Mas raros são os psitacídeos com força suficiente nas pernas para chutar a comida num raio de metros ao redor da gaiola. Kakarikis ciscam, e eles ciscam em tudo, inclusive na água, na ração, nos legumes. Você vai ter que se acostumar a procurar projéteis de comida, e vai se juntar ao clube dos que choram a ração derramada (Megazoo tá cara, gente). 
Alta energia e baixa atenção. Esse talvez não seja um tópico importante para muita gente, mas foi para mim, e eu não achei a resposta em nenhum site, eu descobri na experiência. Kakarikis são sim mais difíceis de treinar, porque a hiperatividade deles causa uma janela de atenção menor (eu falo que se transtorno de atenção e hiperatividade fosse um passarinho, seria um kakariki). Mas se isso te importa, fique tranquilo, é plenamente possível! Você só precisa tornar as sessões mais curtas e mais espaçadas, e realmente saber ler os níveis de motivação do serelepe. Eles adoram atividades que gastem energia, então o interesse muitas vezes compensa pela falta de atenção.
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Lista de compras
Ainda por aqui? Ótimo! 
Uma das coisas que mais penei antes de adquirir meu kakariki foi o que deveria comprar, porque muito se encontra na internet sobre ideais para calopsita, mas eu não tinha certeza do que era ideal para um kakariki. Hoje, um pouco menos perdida, eu posso te dar uma ideia!
Ração: Eu sempre vou recomendar MegaZoo pelo tamanho genial dos grãos que (na minha opinião) torna muito mais fácil a aceitação por aves cuja dieta é majoritariamente sementes, mas no geral a ração pode ser qualquer uma que sirva para calopsita. Evitem rações com conservante, corante, e com frutas secas junto. Não que eles não possam comer frutas, mas deve haver moderação. Kakarikis já tem uma energia interestelar, imagine se açúcar fizer parte da dieta diária deles.
Sementes: A dieta de periquitos em geral deveria conter, ainda que com a devida parcimônia, sementes. Na natureza os kakarikis tem uma dieta muito variada, e comem bastante para compensar sua natureza irriquieta. Aqui em casa eu preparo um mix com iguais partes de: quinoa mista, linhaça marrom, chia, aveia, painço sem casca e cevadinha. Eu complemento periodicamente com flores comestíveis, semente de coentro, mostarda e pimenta seca. Tente manter as porções de semente a aproximadamente 10-15% da alimentação diária deles.
Legumes: Nesse quesito pode seguir listas de confiança do que psitacídeos podem consumir (temos uma aqui no blog). Meu único adendo com o kakariki em específico seria que as minhas parecem preferir coisas que elas consigam segurar com o pé, então eu indico picadinhos mistos (chop), ou pedaços tamanho ervilha.
Proteínas: Na natureza a alimentação dos kakariki consiste em aproximadamente 5% de invertebrados. Eles comem mais proteína animal que outros periquitos. Dessa forma, acho importante ofertar, se não insetos de biotério, pelo menos um pedacinho de ovo cozido por semana.
Brinquedos: Existem exceções mas na minha experiência eles se desmotivam rápido com esses brinquedos de bloco de madeira maciça, que são recomendados para aves grandes, de bicos potentes. Cascas, cortiça, palitos, papel, papelão, cork bark, solla, madeiras macias no geral, são mais interessantes.
Gaiola: Esse foi com certeza meu maior “Ops”. Eu tinha uma gaiola de tamanho decente para uma calopsita, e achei que seria ótimo para um kakariki que é menor. O que eu descobri é que a gaiola deve ser coerente com o tamanho da energia do bicho, não só do bicho em si. Hoje eu tenho uma gaiola que serviria para um ringneck, e eu posso afirmar com certeza, ela usa TUDO. Quem me segue no Insta vê que ela anda até nas parede e no teto. Você não precisa pegar uma igual a minha (é essa aqui), mas tente pensar em uma que valha para uma ave o dobro do tamanho do kakariki! 
Enriquecimento: Aqui você pode seguir o que já sabe de aves do porte (poleiros, balanços, etc), porém quero reiterar, acho caixas de forrageamento essenciais para eles. “O que é isso, Tais?”, é basicamente uma bandejinha cheia de tralhas seguras, onde ele possa cavar e fuxicar. Algumas lojinhas vendem já prontas, mas você pode montar a sua com qualquer coisa que seja segura, de verdade. Se você adicionar pedras de rio (higienizadas por favor) ou até aquelas bolinhas de argila para jardinagem, você vai ter muito menos trabalho cortando unhas, porque as pedras ajudam a desgastar!
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Bandeja de forrageamento. Retirado de Queenslander Aviaries
Custos e um Aviso Importante
Para finalizar, muita gente me pergunta onde adquiri meu kakariki e quanto paguei. O valor como toda ave depende da mutação. Esses são os valores atuais (2023) no criador onde adquiri as minhas, anilhadas e legalizadas, a Exotic Bird Store:
KAKARIKI VERDE - R$800
KAKARIKI VERDE CANELA - R$900
KAKARIKI VERDE ARLEQUIM - R$950
KAKARIKI AZUL - R$1.300
KAKARIKI AZUL CANELA - R$1.100
KAKARIKI AZUL ARLEQUIM - R$1.400
KAKARIKI AMARELO - R$2.000
Eles entregam gratuitamente na WildVet em São Paulo/SP, mas também enviam por transporte. Paguei cerca de R$120 para me trazerem em Jundiaí/SP.
Embora eu não possa recomendar a Exotic Bird o suficiente, existem hoje muitos criadores de kakariki no Brasil. Lembre-se sempre de procurar um criador legalizado pelo IBAMA, que te forneça Nota Fiscal. 
Aves sem nota são ilegais, não importa o que digam (na dúvida, leiam a legislação na íntegra). Sem a nota você é incapaz de levar sua ave de avião ou ônibus para qualquer lugar, pois a companhia exige, e acima de tudo a nota é prova de que houve transferência de posse do criatório para você, pessoa física. Sem ela, tecnicamente, a ave continua a pertencer ao criatório que te “vendeu”, e pode ser recolhida caso te denunciem e o fiscal esteja num dia ruim. Não caiam nesse papo de “vem com certificado” ou “depois te mando a nota”, hein galera?
Considerações finais
O kakariki é uma avezinha peculiar, que assusta quem já está acostumado com aves mais calmas como calopsitas e periquitos. Ele é elétrico, veloz, radiante, ele quer o que quer e quer agora. E apesar de tudo, ainda é uma criaturinha incrivelmente companheira, querida, que está disposta a te incluir em tudo (e se incluir em tudo também). 
Se você se julgar uma pessoa certa para o seu kakariki, eu tenho certeza que o seu futuro te reserva alguns sustos, comida pra todo lado, mas principalmente, muitas risadas e um amorzinho serelepe como nenhum outro.
Obrigada por ler até aqui! 
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Pedido @anacllaralopez : oiie, tudo bem amor? Queria te pedir para fazer um imagine com o Zayn bem do dia a dia, sabe? Do jeito que você imagina que ele é com a namorada, uma coisa bem normal do dia deles juntos nessa quarentena. Não sei se eu consegui explicar direitinho, espero que tenha dado pra entender um pouco, beijos linda♥️
Ooi, amor! Adorei escrever seu pedido, viu? Gosto muito de trabalhar com cenas do cotidiano, justamente por ter uma linguagem mais simples e informal, e foi esse caminho que usei para desenvolver o imagine. Espero muito que você goste e venha me contar o que achou depois de ler, tudo bem? Obrigada por mandar o pedido e seja muito bem vinda, querida.
Boa leitura 💗
__________________________________________
O cheiro de café vindo da cozinha logo que acordava já havia virado costume desde que a quarentena iniciou. O horário em que o aroma característico da manhã tornava-se forte variava muito, visto que nossa rotina mudava dia a dia, principalmente nos finais de semana. Mas o preparo do café da manhã, mesmo que o relógio marcasse a hora do almoço, era sagrado para o meu namorado.
- Bom dia, meu amor. - Zayn estava tão concentrado na coagem do pó preto misturado com a água fervente que nem reparou no som dos meus passos, indo em sua direção para assim lhe abraçar por trás como sempre fazia.
- Bom dia, amor. Nem te vi chegar. - disse, virando-se para mim para então me selar calmamente. - Dormiu bem?
- Uhum. Estava muito cansada ontem à noite. E você?
- Como um anjinho. - ele voltou a atenção ao café no momento em que caminhei até o armário da esquerda, buscando duas xícaras para colocar a bebida quase finalizada. - A faxina no escritório me quebrou.
- Nem me fale. Meu corpo agradeceu quando finalmente deitei na cama.
- Que horas nós fomos dormir?
- Sabe que eu não sei. - respondi com a sobrancelha arqueada. - Provavelmente deve ter sido mais cedo que o normal, já que são oito da manhã e nós já estamos acordados.
- Falei para você que conseguiremos acordar cedo nessa quarentena.
- Um dia não conta, Zayn. - comentei rindo.
- Já é um começo, não é? - o moreno entregou-me a xícara preenchida pela metade, com um pouco de café, leite e açúcar com o famoso sorrisinho no rosto que me derretia em segundos.
- Qual será nossa aventura de hoje?
- Precisamos terminar ‘Dark’, esqueceu? - os olhos levemente arregalados de Zayn ao dar ênfase em uma das atividades do dia foram um tanto quanto engraçados para mim. Nesse período de isolamento, nós decidimos botar em dia todas as séries que começamos e simplesmente deixamos de lado por falta de tempo. Entretanto, hoje esse problema fora solucionado semana retrasada, e agora entrávamos em outra maratona muito boa.
- Falta quantos episódios para acabar?
- Acho que quatro.
- Podemos assistir à noite.
- Ah não, amor. Você sempre dorme quando assistimos algo à noite. - resmungou ao observar o sorriso de canto de boca que surgia em meus lábios, justamente por sua acusação ser verdade.
- É claro que não.
- Você sabe que é verdade. - Zayn encarrou-me rindo fraco, enquanto tentava esconder meu riso com um gole de café. - Não adianta disfarçar, dona S/N. Eu sei que você está sorrindo por trás dessa xícara. - aquela foi a deixa para a minha risada, e consequentemente a dele, vir diante da situação boba, mas que era capaz de nos divertia sem esforços.
- Isso não vale! Quando você diz que sabe que estou rindo, eu vou rir mesmo.
- Suas desculpas são péssimas. - comentou depositando a xícara na pia, não deixando de soltar uma risadinha pelos momentos passados. - Vem, vamos terminar aquela série agora mesmo, antes que o efeito da cafeína acabe dentro de você. - Zayn não me deu opção de escolha ao levantar-me e caminhar comigo nos braços até o sofá da sala, enquanto eu dava gritinhos e risadas. O dia estava totalmente nublado e era possível sentir a temperatura cair aos poucos, mesmo que estivéssemos dentro de casa. Por isso, busquei a manta preta em cima da cama, ainda bagunçada, e levei até a sala, para assim nos livramos do frio enquanto assistíamos aos últimos episódios da nossa série do momento.
...
- Hoje o meu almoço ficou bom?
- Sempre fica, meu bem. - olhei desconfiada para meu namorado, que tinha um riso preso na garganta ao responder minha pergunta.
- Você não ouse tirar sarro de mim, está me ouvindo?
- Estou falando sério, amor. Hoje você se superou.
- Obrigada. - disse satisfeita e feliz pelo meu progresso na cozinha, até escuta-lo rir fraco quando liguei a torneia a fim de enxaguar os pratos espumados. - Qual o motivo da graça?
- Nada. - respondeu diminuindo a risada, que se tornou mais alta quando o rapaz guardou um dos pratos do armário.
- Se você estiver rindo da minha cara por causa do que aconteceu ontem, eu juro que te mato.
- Até você riu!
- Foi de desespero, idiota! - expliquei-me ao som de risadas leves.
- Pelo menos hoje você não carbonizou nada.
- Ontem eu estava distraída, OK?
- Você poderia ter botado fogo na casa se eu não tivesse desligado o fogão. - meu namorado ria ao relembrar da cena do dia anterior, especificamente do meu desespero e frustração por queimar parte do almoço.
- Não queira bancar o herói agora, senhor Malik.
- Tenho todo o direito.
- Óbvio que não. Semana passada foi você quem destruiu o nosso bolo de chocolate.
- Ei, a culpa não foi minha. Esse forno está todo estranho.
- Ah claro, agora ele tem vida própria.
- E você acha que não? - questionou retoricamente enquanto eu sorria pela besteira que ele dizia. - Nosso bolo estava perfeito antes de assar.
- Você esqueceu de colocar fermento, amor!
- Eu estava distraído, OK? - o moreno fez questão de justificar o erro dando a mesma desculpa que dei segundos atrás, fazendo com que a gargalhada surgisse.
- Enxuga essa louça logo e pare de me imitar.
- Você está indo muito rápido, amor! Não sei para que tanta pressa, não vamos a lugar nenhum mesmo.
- Quanto mais rápido terminarmos aqui, melhor para mim. - percebi que Zayn ficou levemente confuso com a minha resposta pelo silêncio dele e a feição desentendida no rosto.
- Não entendi.
- Esqueceu da nossa aposta?
- Meu Deus! É verdade!
- Quem terminar a louça primeiro come o último pedaço da torta da sua mãe.
- Ela é minha mãe, S/N! Eu tenho preferência.
- Coitado! Foi você quem teve a ideia.
- Foi uma ideia idiota, admito. Vamos reconsiderar.
- Nada disso. - afirmei rindo. - Até porque fiz a minha parte. A pia está limpinha enquanto você tem essa pilha de louça para secar.
- Vamos dividir, por favor.
- Tarde demais, docinho. A torta é minha. - caminhei até a geladeira e peguei a delícia da minha sogra, enquanto Zayn enxugava e guardava a louça rapidamente. - Tchau, amorzinho.
- Isso é tortura, S/N! Eu vou me vingar, viu? Você que se prepare. - já no quarto, o escutei gritar da cozinha enquanto eu desfrutava o doce maravilhoso em minha boca.
...
- Posso pegar o spray azul?
- Claro. Só tome cuidado quando apertar. Ele é novo e está saindo um jato bem forte. - escutado seu conselho, peguei a lata de tinta azul e sacudi três vezes antes de abri-la para assim borrifar na parede colorida do sótão.
Estávamos trabalhando com grafite há semanas, desde que Zayn me ensinou os truques dessa arte, a qual ele é apaixonado.
Sempre tive curiosidade e muito interessante sobre o assunto quando o via grafitar sua antiga casa, no nosso primeiro ano de namoro. E como agora morávamos juntos, e o tédio batia quando não estávamos trabalhando de casa mesmo, meu namorado teve a brilhante ideia de decorar as paredes brancas do último andar da casa, aproveitando para me ensinar.
- Amor, tá muito duro para apertar. - falei com dificuldade enquanto tentava expelir a tinta de dentro da lata.
- Deixa eu ver. - Zayn pegou-a de minha mão e com força também não conseguiu liberar o líquido. - Que estranho. - ele direcionou a lata para baixo, chacoalhou bem forte e quando apertou novamente a válvula com o indicador, saindo a tinta dessa vez, mas indo direto em seu pé. - Porra! - foi impossível segurar a risada ao vê-lo com o pé praticamente azul. - Isso não vai sair nunca da minha pele.
- Mas também, que ideia boba a sua.
- Ei, eu fui te ajudar!
- Isso não muda o fato de você ser desligado.
- Você me chamou do que? - Zayn posicionou o spray na minha direção, com os olhos semicerrados e provavelmente com um sorriso nos lábios, os quais não consegui ver por conta da máscara que usávamos quando utilizávamos os produtos.
- Se você me sujar com essa.. - o barulho do ar comprimido, juntamente com a tinta, saindo do recipiente foi bem mais rápido que meu aviso. Senti minha camiseta molhar instantaneamente e apenas o escuto rir, já que meus olhos estavam fechados, com medo de que a tinta viesse neles.
- Vai mesmo rir de mim?
- Você não fez isso comigo.
- Fiz. - respondeu óbvio. - E faço de novo. - mais uma vez sinto o ar gelado da tinta em outra parte do meu corpo, gritando o nome de meu namorado assim que ele espirra de novo a coloração azul escura em mim.
- Olha o meu estado, Malik! - minha camiseta, que um dia foi roxa, estava completamente azul, e Zayn ria feito criança ao meu ver desse jeito.
- Está linda, babe. Eu adorei.
- Ah é? Então deixa eu fazer isso em você.
- Nem morto. - respondeu escondendo a lata atrás das costas.
- Então me dá um abraço.
- Não, S/N! Não vem para cima de mim com toda essa tinta.
- Só um abracinho, amor.
- Para, S/A. - a cada passo que dava até ele, meu namorado ia alguns centímetros para trás, até que começamos a correr pelo cômodo e finalmente o peguei, transferido boa parte da tinta impregnada em mim, nele e na sua bela camiseta cinza. - Nós precisaremos de um bom banho para limpar essa sujeira toda.
- Que tal fazermos isso juntos? - questionei tirando a minha máscara, para que ele visse meu sorriso com segundas intenções.
- Com o corpo todo azul? - agora foi a vez dele abaixar a máscara e mostrar o riso formando em seus lábios.
- Com o corpo todo azul. - reafirmei sua pergunta e sinto seus braços abraçarem minha cintura, colando ainda mais nossos corpos, sem dar importância as manchas que se intensificariam. Os olhos cor de mel estavam fixados nos meus em uma sintonia única. Tê-lo tão perto de mim era como sentir a paz e segurança invadir meu ser, curando qualquer que fosse a dor que me afetava, justamente por ele ser atencioso, engraçado, amoroso e perfeito para mim. Ele era, com certeza, a pessoa certa para passar os meses e a vida comigo - Já disse que eu te amo hoje?
- Já. - respondeu sorrindo fraco e com os lábios bem próximos dos meus. - Mas eu não me importo de ouvir mais uma vez.
- Eu te amo.
- Muito?
- Muito. - finalmente colamos os lábios em um beijo calmo, gostoso e colorido na medida certa.
- Pois eu amo bem mais.
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xoxo
Ju
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daisylafrant · 4 years
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❝ ― meet daisy lafrant!!
❀ nome: daisy astrid lafrant
❀ idade: vinte e cinco anos
❀ ocupação: dona da floricultura floralife
❀ cidade natal: nice, frança
❀ línguas: francês, inglês e um pouco de espanhol
biografia !!
tw: menção a interrupção de gravidez
Ahhh, Daisy LaFrant!!
É assim que as pessoas costumam se referir a ela, com um suspiro logo de início. Por quê? A jovem francesa é uma das pessoas mais doces e amorosas que você provavelmente vai conhecer. E foi assim desde os princípios.
Nascida e criada em Nice, França, Daisy foi batizada através da flor favorita da de sua avô paterna, que ela nem chegou a conhecer. Seu lar era perfeitamente estruturado. Os pais, de classe média alta, acabaram recebendo uma fortuna inesperada de um parente longíncuo e a situação ficou ainda mais confortável para eles. Viviam no litoral, e apesar de Nice não ser uma cidade tão pequena, seu grande sonho era viver em Paris, capital do país e também do mundo - ou pelo menos, era o que ela considerava.
Os pais possuíam uma sorveteria, perto da praia, onde poderiam encontrar o melhor glace da região. Foi entre doces, clientes e gentilezas, que ela teve a educação perfeita de nunca se colocar acima de ninguém: devia tratar a todos com amor e carinho, como assim deviam.
Aos dezesseis, como toda típica adolescente, se tornou uma romântica incurável e se apaixonou pela primeira vez. Uma paixão pueril, intensa, avassaladora como sempre sonhara. Começou a namorar o garoto dos eus sonhos e, dois anos depois, aos dezoito, decidiu casar com ele.
Seus pais foram contra, é claro, mas nada tirava aquilo de sua mente. Casou com o amor de sua vida, se mudou para Paris e estava pronta para continuar com a vida. Teve bastante suporte dos pais, apesar deles terem hesitado por um tempo. O apoio financeiro veio, mas a principal renda veio dos trabalhos informais do casal. Estava trabalhando como jardineira, dada sua paixão por flores que sempre teve e ajudando a pagar um pequeno apartamento no centro de Paris. E tudo parecia ser o início de um sonho. Até que tudo deu errado.
Daisy descobriu que estava grávida e aquele foi o gatilho que precisava para perceber todos os defeitos que tinha no próprio sonho. O apartamento era pequeno demais, sujo, com diversas partes quebradas. O relacionamento estava ficando chato, queriam coisas tão diferentes. Seu chefe no trabalho era irritante e ela sentia que não tinha nenhuma autonomia. E agora? Tinha um bebê no caminho. E naquele momento, soube que não conseguiria. Nem ter o bebê e nem seguir com o casamento. Apenas um ano após o casamento, Daisy resolveu pedir divórcio, conseguiu uma clínica cara demais para realizar um aborto - que não contou pra ninguém, nem pro marido - e decidiu que precisava ir embora.
Resolveu sair da França e se mudou para Malta. Seus pais resolveram lhe dar as reservas que tinham para casos de emergência e com a pequena fortuna, a mulher resolveu criar o próprio negócio. Comprou a antiga floricultura Floralife. Reformou. E começou pequena na própria empresa. Decidiu que refaria sua vida, aos seus modos, às suas vontades. Não queria se precipitar, não queria ir rápido demais com nada, tinha todo o tempo do mundo.
Já está há quatro anos na cidade de Valletta, criando a própria vida. Fez a floricultura crescer com muita paciência e amor. É muito dedicada e bem humorada, por isso, talvez, tenha conseguido tantos clientes ao longo dos anos. Mora em um pequeno loft no centro da cidade, simples, mas confortável. Acredita que cresce diariamente e se supera, procurando esquecer sempre das escolhas do passado - que as vezes lhe assombram um pouco.
personalidade !!
Daisy é extremamente carinhosa e cuidadosa. Acredita que o amor é a solução de tudo. Um pouco infantil e um pouco avoada, ela acaba sendo bem influenciável e manipulável, já que gosta de acreditar no melhor das pessoas. Uma de suas principais características é falar muito sobre absolutamente qualquer assunto. É muito tagarela e acaba irritando muito algumas pessoas por isso. Além disso, é muito intrometida e acaba se metendo na vida de todos, inclusive pois adora uma fofoquinha.
headcanons !!
❀ Daisy é muito desastrada. E quando digo muito, quero dizer muito. Ela está sempre com roxos nas pernas, com a roupa suja por alguma coisa e derrubando coisas por todo lugar que vai.
❀ Está começando agora um novo hobby de pintura. Nunca foi muito boa no assunto, mas isso não significava que ela não podia usar tinta, tela e pincéis para se expressar. Toda semana ela tem guardado, pelo menos, um dia para passar a noite pintando.
❀ É completamente apaixonada por animais. Não pode ver um cachorro que já está tentando fazer carinho e mimar. Por isso, tem dois gatos e um cachorro, mesmo que seu loft seja pequeno. A gata branca se chama Milk, o gato malhado se chama Cookie e o vira lata porte médio, preto, se chama Bacon.
❀ Seus pais tem uma sorveteria em Nice e, por isso, ela cresceu completamente apaixonada por sorvete. Na verdade, por doce em geral, mas sorvete com certeza é seu doce favorito. Seu sorvete preferido é de caramelo salgado.
❀ É uma pessoa que gosta muito de rotinas, por isso, costuma ter os mesmos compromissos semanais e gosta de tradições e rituais. Dessa forma, pessoas que a conhece sempre sabem onde achar ela em cada momento do dia.
❀ Odeia, odeia, odeia muito praticar esportes. É muito sedentária e é um sacrifício convencê-la a fazer alguma atividade física. Prefere assistir um filme e comer um doce, ao invés de tomar whey e ir correr.
❀ Apesar de seu ex casamento não ter funcionado, ainda sim é uma romântica incurável. Tem muito medo de se envolver romanticamente, mas isso não significa que ela não acredite no amor. Inclusive, se considera uma ótima cupido. Gosta de arrumar encontros para amigos e, inclusive, as vezes envia flores da floricultura no nome de outra pessoa para aquecer possíveis romances.
❀ Fala inglês praticamente fluente, mas ainda tem um pouco de sotaque francês. Além disso, quando está muito estressada, tem a mania de começar a falar palavras soltas em francês involuntariamente. 
❀ É um desastre cozinhando
❀ Tem muuuuuito medo de altura e de insetos, pode fazer um auê por causa disso. É muito medrosa no geral e tem dificuldade de enfrentar os próprios medos
❀ adora jogar jogos online, principalmente os violentos. muda completamente de personalidade e fica bem agressiva
wanted connections !!
melhores amigos, parceiros de filme, tomam café no mesmo lugar sempre, gostam de dividir sobremesas, primos, ela é babá de algum bebê, cachorros são amigos, one night stand, ex rolos, futuros rolos, cliente fiel da floricultura, alguém em quem ela sempre prega peças, parceiros de pintura, alguém que tente convencer ela a praticar esportes, professora de francês, algumx crush que deixe ela muito muito nervosa, alguém que ela ja meteu em enrascada por tentar bancar cupido, alguém pra ela tentar bancar cupido, alguém que ajude ela a enfrentar os medos
extra: aqui
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osborgs · 3 years
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7 livros para viajar sem sair de casa
Está cada vez mais difícil viajar com o avanço da Covid-19 no Brasil, mas ainda bem que temos uma fiel companhia capaz de nos levar a lugares inimagináveis: os livros. A leitura pode nos transportar para lugares que antes nunca fomos, como se estivéssemos vendo cada detalhe do local. Londres? Itália? É só escolher o seu destino, ou melhor, o livro, e se preparar para viajar.
Para ajudar nessa ~aventura~ a CH separou uma lista de livros para você ler e deixar as palavras te levar. Pronta? 
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1. Amor & Gelato – Jenna Evans Welch 
Esse livro é perfeito para quem gosta de viajar para outros lugares através das palavras de um bom livro! Nele você vai seguir Lina pela Itália, visitando pontos turísticos e, claro, vivendo um lindo romance. Compre aqui.
Sinopse: Depois da morte da mãe, Lina fica com a missão de realizar um último pedido: ir até a Itália para conhecer o pai. Do dia para a noite, ela se vê na famosa paisagem da Toscana, morando em uma casa localizada no mesmo terreno de um cemitério memorial de soldados americanos da Segunda Guerra Mundial, com um homem que nunca tinha ouvido falar. Apesar das belezas arquitetônicas, da história da cidade e das comidas maravilhosas, o que Lina mais quer é ir embora correndo dali. Mas as coisas começam a mudar quando ela recebe um antigo diário da mãe. Nele, a menina embarca em uma misteriosa história de amor, que pode explicar suas próprias origens. No meio desse turbilhão de emoções, Lina ainda conhece Ren e Thomas, dois meninos lindos que vão mexer ainda mais com seu coração.
2. Amor & Sorte – Jenna Evans Welch 
Depois de acompanhar Lina em sua viajem para a Itália, chegou a vez de se aventurar por terrar irlandesas com Addie, sua melhor amiga. Compre aqui. 
Sinopse: Addie está visitando a Irlanda com a família e tentando aproveitar a paisagem verdejante para não pensar em seu coração partido. Porque, assim que voltar aos Estados Unidos, ela vai ter que enfrentar as consequências do fim terrível de seu romance de verão. Até lá, só quer relaxar enquanto os pais não descobrem o que aconteceu. Mas Ian, seu irmão mais velho, sabe de tudo e não a deixa em paz. Agora os dois, que sempre foram próximos, não param de brigar. Tudo muda quando Addie descobre que Ian também está guardando segredos. Depois de uma série de imprevistos, em vez de ir visitar Lina, sua melhor amiga, na Itália, Addie se junta ao irmão em uma inesperada viagem de carro. O motorista é Rowan, um irlandês simpático (e bonitinho) que dirige, feito um louco, uma lata-velha apelidada de Trevo.
3. Um Dia – David 
Neste romance emocionante entre dois melhores amigos, acompanhamos suas viagens por terras europeias ao longo dos anos. Compre aqui. 
Sinopse: Dexter Mayhew e Emma Morley se conheceram em 1988. Ambos sabem que no dia seguinte, após a formatura na universidade, deverão trilhar caminhos diferentes. Mas, depois de apenas um dia juntos, não conseguem parar de pensar um no outro. Os anos se passam e Dex e Em levam vidas isoladas – vidas muito diferentes daquelas que eles sonhavam ter. Porém, incapazes de esquecer o sentimento muito especial que os arrebatou naquela primeira noite, surge uma extraordinária relação entre os dois. Ao longo dos vinte anos seguintes, flashes do relacionamento deles são narrados, um por ano, todos no mesmo dia: 15 de julho. Dexter e Emma enfrentam disputas e brigas, esperanças e oportunidades perdidas, risos e lágrimas. E, conforme o verdadeiro significado desse dia crucial é desvendado, eles precisam acertar contas com a essência do amor e da própria vida.
4. Hibísoco Roxo – Chimamanda Ngozi Adichie
Hibisco Roxo, além de ser um belo livro sobre a colonização na Nigéria, ele nos transporta para o país e conta sobr euma lado obscuro de sua sociedade. Compre aqui.
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Sinopse: Protagonista e narradora de Hibisco roxo, a adolescente Kambili mostra como a religiosidade extremamente “branca” e católica de seu pai, Eugene, famoso industrial nigeriano, inferniza e destrói lentamente a vida de toda a família. O pavor de Eugene às tradições primitivas do povo nigeriano é tamanho que ele chega a rejeitar o pai, contador de histórias encantador, e a irmã, professora universitária esclarecida, temendo o inferno. Mas, apesar de sua clara violência e opressão, Eugene é benfeitor dos pobres e, estranhamente, apoia o jornal mais progressista do país. Durante uma temporada na casa de sua tia, Kambili acaba se apaixonando por um padre que é obrigado a deixar a Nigéria, por falta de segurança e de perspectiva de futuro. Enquanto narra as aventuras e desventuras de Kambili e de sua família, o romance também apresenta um retrato contundente e original da Nigéria atual, mostrando os remanescentes invasivos da colonização tanto no próprio país, como, certamente, também no resto do continente.
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Amor & Gelato; Amor & Sorte; Um Dia; Hibisco RoxoDivulgação/Divulgação
5. Comer, Rezar e Amar – Elizabeth Gilbert
Elizabeth Gilbert faz uma viagem para Itália, Indonésia e Índia atras de aspectos da própria natureza. O mais interessante é que nessa jornada de autoconhecimento também vamos conhecendo os lugares que a autora descreve. Compre aqui.
Sinopse: Elizabeth Gilbert estava com quase trinta anos e tinha tudo o que sempre quis: um marido apaixonado, uma casa nova e espaçosa, o projeto de ter filhos e uma carreira de sucesso. Mas ao invés de sentir-se feliz e realizada, sentia-se confusa, triste e em pânico. Enfrentou um divórcio, uma depressão debilitante e outro amor fracassado. Até que decidiu tomar uma decisão radical: livrou-se de todos os bens materiais, demitiu-se do emprego, e partiu sozinha para uma viagem de um ano pelo mundo. O objetivo de Gilbert era visitar três lugares onde pudesse examinar aspectos de sua própria natureza, tendo como cenário uma cultura que, tradicionalmente, fosse especialista em cada um deles. Assim, decidiu explorar a arte do prazer na Itália, a arte da devoção na Índia, e, na Indonésia, a arte de equilibrar as duas coisas. Escrito com ironia, humor e inteligência, o best-seller de Elizabeth Gilbert é um relato sobre a importância de assumir a responsabilidade pelo próprio contentamento e parar de viver conforme os ideais da sociedade. É um livro para qualquer um que já tenha se sentido perdido, ou pensado que deveria existir um caminho diferente, e melhor. 
6. Cidades de Papel – John Green
Neste romance seguimos o jovem Quentin Jacobsen e seus amigos em uma viajem à procura de sua vizinha Margo Roth Spiegelman, em um estilo bem ~roadtrip~. Compre aqui.
Sinopse: Quentin Jacobsen tem uma paixão platônica pela magnífica vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman. Até que em um cinco de maio que poderia ter sido outro dia qualquer, ela invade sua vida pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola e então descobre que o paradeiro da sempre enigmática Margo é agora um mistério. No entanto, ele logo encontra pistas e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele achava que conhecia.
7. Fazendo Meu Filme 2: Fani na Terra da Rainha – Paula Pimenta
Toda a saga Fazendo Meu Filme e Paula Pimenta é encantadora, mas no segundo volume a protagonista Fani vai para Londres em um intercâmbio e a seguimos vivenciar os melhores momento na terra da rainha. Clipe aqui. 
Sinopse: Depois de conquistar milhares de leitores e leitoras, a nossa doce e querida Fani volta ainda mais divertida e encantadora. O segundo volume do livro Fazendo meu filme apresenta as aventuras de Estefânia Castelino Belluz na terra da rainha. Sim, na Inglaterra! Longe do grande amor, ela passa por momentos de alegria, dor, saudade, tristeza e, mais do que isso, pode conhecer melhor a si mesma. Sem deixar de lado suas amigas inseparáveis e sua família, ela consegue, no outro continente, viver momentos cheios de suspense, revelações, aventuras, descobertas e emoções fortíssimas! Feliz, triste, preocupada, ansiosa, temerosa, otimista, insegura, cheia de si, apaixonada, desiludida, seja como estiver, Fani mostra a cada página deste livro que não é mais aquela menina tão frágil que muitas vezes se escondia por trás de sua timidez.Mais do que a história de uma adolescente que se encoraja a fazer intercâmbio e morar fora por um ano, este livro fala de um grande e delicado amor. Em meio a uma avalanche de sentimentos e acontecimentos surpreendentes, ela consegue viver intensamente na Inglaterra, conhecendo pessoas que conquistam seu coração e sua amizade para toda a vida. Porém, o melhor filme de sua vida ainda está para ser contado, ou melhor, vivido. 
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Comer, Rezar e Amar; Cidades de Papel; Fazendo Meu Filme 2Divulgação/Divulgação
Pronta para desbravas novos lugares sem sair do sofá? 
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isfreireman · 4 years
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MITOS QUE ME GUSTAN:
La Bruja de Blair
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Mito:
Elly Kedward, una misteriosa señora irlandesa, llegó en barco a Baltimore en 1723.
Unos años más tarde, Elly se muda al antiguo pueblo de Blair, en la zona norte de Maryland, a dos horas de distancia de Washington DC.
En 1785, valiéndose de varios engaños, llevó a algunos niños del lugar a su casa para extraerles sangre, supuestamente para usarla en ceremonias de magia negra. 
Esa noche, los chicos fueron a contárselo a sus padres, estos decidieron ir a casa de Elly para acusarla de brujería.
En un juicio breve, los progenitores mostraron las evidentes marcas en los cuerpos de sus hijos. La anciana fue declarada culpable de brujería, catolicismo y prostitución.
Siguiendo las normas de Blair, la supuesta bruja fue atada a una carretilla y abandonada a su suerte en medio del profundo bosque de Black Hills, durante un invierno especialmente frío y duro.
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Dando por hecho que la malévola anciana había muerto de frío o de inanición, los habitantes de Blair volvieron a su rutina, en un ambiente de aparente calma.
Sin embargo, en noviembre de 1786, la primera noche que nevó, la hija del magistrado de la ciudad –el mismo que había condenado a Elly Kedward- desapareció misteriosamente.
Una semana más tarde, fue el mismo magistrado el que también desapareció.
Cuando finalizó el invierno, casi la mitad de los niños del pueblo y prácticamente todos los acusadores de la presunta bruja habían desaparecido sin dejar el más mínimo rastro.
Sospechando que Elly Kedward era la responsable de las desapariciones, y temiendo ser víctimas de la maldición, el resto de los ciudadanos de Blair huyeron aterrorizados del pueblo en cuanto mejoró el tiempo, jurando no volver a pronunciar jamás el nombre maldito de la bruja.
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En 1824 se fundaría el poblado de Burkittsville en el antiguo asentamiento de Blair.
Al año siguiente, varios vecinos aseguraron que habían visto a una anciana cerca del río que cruza la localidad.
Cuando acudieron al torrente a investigar la denuncia, una niña de 10 años del poblado despareció, misteriosamente, entre sus aguas.
Después de este incidente, los habitantes del lugar aseguraron que el río había perdido su pureza y potabilidad.
En 1866 la que desapareció en Burkittsville fue una niña de 8 años de edad, por lo que se enviaron varias partidas de rescate en su búsqueda.
Si bien la menor terminó regresando por sus propios medios a su casa, una de las partidas de rescate no volvió a aparecer.
Semanas más tarde los cuerpos de los rescatistas fueron encontrados en Coffin Rock, en el temido bosque de Black Hills.
Los cuerpos no sólo estaban colocados en forma de pentágono y atados entre sí de pies y manos, sino que también estaban completamente destripados.
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SIGLO XX
Entre 1940 y 1941 la localidad de Burkittsville volvería a ser escenario de otros hechos paranormales.
Siete niños desaparecieron en las inmediaciones del pueblo, lo que gatilló una exhaustiva búsqueda de las autoridades para dar con el paradero de los menores.
Rustin Parr, un ermitaño que vivía en una ruinosa cabaña en las afueras del pueblo, fue el primer sospechoso detenido por la policía: había sido arrestado en el mercado de Burkittsville mientras gritaba una y otra vez la frase “Por fin he terminado”.
La policía, tras examinar la casa de Parr, descubrió los cadáveres de los siete niños desaparecidos enterrados en siete pequeñas tumbas situadas detrás de la vivienda.
Al exhumar los cadáveres, los agentes descubrieron que varios de los cuerpos de los niños estaban destripados y habían formado parte, al parecer, de un ritual satánico.
Parr fue acusado de inmediato de los crímenes de los menores, condenado a la horca y ejecutado.
Antes de morir se justificó a sí mismo asegurando que una voz en su mente -La Bruja de Blair- le había ordenado matar a los niños.
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Esta leyenda escribiría su último capítulo en 1994, después de que tres estudiantes de la Universidad de Montgomery decidieran realizar un documental gráfico en Burkittsville sobre la famosa Bruja de Blair.
Los jóvenes, tras interrogar a los habitantes de pueblo, localizaron a Mary Brown, una anciana demente que afirmaba haber visto a la bruja cerca del río.
Según Brown, la Bruja de Blair era un ser femenino y repulsivo que también tenía rasgos animales y grandes cotas de pelo a lo largo de brazos y piernas.
Los estudiantes, tras adentrarse en el bosque de Black Hills con el objetivo de encontrar a la supuesta bruja en la zona de Coffin Rock, no volvieron a ser vistos.
La policía sólo encontró el coche de uno de ellos, aparcado en una carretera cercana.
Semanas después, los tres estudiantes serían declarados oficialmente desaparecidos.
Al año siguiente, un estudiante de antropología que realizaba una excursión encontró enterrada bajo una vieja cabaña una mochila que contenía latas de película, cintas, video-casetes, una cámara de video, un cuaderno de notas y una cámara.
Después de analizar las pruebas, la policía confirmaría que todos estos artículos pertenecían a los tres estudiantes desaparecidos.
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Los hechos anteriormente descritos, por cierto, habrían sido los que inspiraron el argumento de la película “El proyecto de la Bruja de Blair”, una película de que obtuvo un gran éxito en Estados Unidos y que sirvió para hacer conocida una de las leyendas más escabrosas del país.
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Fuentes:
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atlantarpg · 4 years
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dicen que las calles 𝒂𝒕𝒍𝒂𝒏𝒕𝒂 intimidan a más de uno al no encontrarles fin que no se aleje del boscoso alrededor. esperamos que en tu caso, KING, no sea de esta forma, porque tu familia ya ha dejado su marca en la ciudad y ahora es tu turno de dejar la tuya. no hay espacios para dudas ni temor, recuerda ser muy bien quien domine las calles y no ellas a ti.
¡PALO! te agradecemos de antemano por el interés en el proyecto y te damos la bienvenida de igual forma. de ahora en más cuentas con 24 horas para hacer entrega de tu cuenta, ya sabes que en caso de requerir más tiempo puedes acercarte al main
— IN CHARACTER:
nombre completo: king abernathy.
número de cupo: 49
fecha de nacimiento: 30 de marzo de 1998. ( 22 años )
faceclaim: hero fiennes tiffin.
personalidad:
positivos: sociable, carismático, bromista, independiente.
negativos: egocéntrico, vulgar, desobediente, impulsivo.
datos curiosos (máximo seis puntos):
hogar ubicado en peligrosa zona de atlanta es caótico. padres trabajan mucho, nunca están conformes con nada. son largas e imposibles de contar las horas que con hermanas pasa a solas entre cuatro paredes, donde se come arroz todos los días y se está mucho en la calle, pero ausencia de figuras paternas es totalmente agradecida cuando, buscando cómo matar el tiempo, king conoce el arte.
es problemática variante a la que se ve atraído porque si bien barrios bajos están plagados de arte callejero, catorce recién cumplidos tenía cuando por primera vez oficial de policía escolta a menor a puerta de hogar tras ser descubierto junto a grupo de vecinos marcando nombres en neón en paredones de los sectores más exclusivos. castigo de parte de superiores que no tarda en romper, le agarra el gusto al desacato.
inmortalizar propio nombre en cada rincón se vuelve su meta, su forma de perdurar en el tiempo incluso cuando ya no esté. último año escolar no lo termina, juntas no son malas pero es que ideales son otros. demasiados dolores de cabeza ha causado a su madre que vive cansada por culpa de interminable rutina que nunca logra sacarlos de la miseria y aunque nunca se lo manifiesta de manera explícita, empieza a notar preferencias cuando enfoque pasa a féminas que si bien no son menos revoltosas, quizás sí más sigilosas.
la idea de huir se planta un día en su cabeza y nunca lo abandona, lo persigue cual fantasma. ¿quién lo extrañaría si juntara par de mudas de ropa y preciadas latas de pintura en su mochila? caminaría hasta que sus pies se cansen, hasta que ya nadie quiera levantarlo en la carretera y llevarlo hasta la siguiente estación. no tenía destino, sólo la fantasía de cumplir sueño de inmortalizarse en cada callejón que se encontrara triste y vacío, sobrevivir día a día como el destino lo quisiese — pero se echa atrás, incluso cuando ya tenía prácticamente todo listo. razón principal son sus hermanas, porque con progenitores no comparte más que lo indispensable cuando se cruzan en casa, pero nostalgia es demasiada al pensar que no volvería a ver rostros de castañas, sin poder obligarlas a irse con él porque, en realidad, no cuentan con nada. ( ni aquí ni en ningún lado, pero por lo menos aquí se tienen entre ellos ).
extra (opcional para adjuntar tablero, playlist, algún self-para, etc.)
nunca nadie se enteró que tenía la intención de escapar de hogar e irse lejos, tampoco planea que alguien lo sepa. sabe que se armaría escándalo así que prefiere que quede en incógnita qué hubiera pasado si se hubiese atrevido a seguir corazón en semejante hazaña.
su tablero de pinterest :$
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elegiaalasestrellas · 4 years
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ALGUNOS AMIGOS DIFERENTES Y OTROS DE LOS DE SIEMPRE
Cuando entré en el instituto todos los de mi primera pandilla ya habían colgado los estudios, así que hice dos nuevos amigos que venían internos a Fairview. Su pueblo, Bear Canyon —«el cañón de los osos», muy apropiado—, estaba todavía más lejos de todo y no tenía escuelas donde estudiar más allá de los catorce años de edad. Eran un dúo ambicioso, al menos en comparación con nosotros: sinceros y responsables, pero también divertidos y muy graciosos. Cuando me fui del pueblo para entrar en la universidad, en el Grande Prairie Regional College, a unos ciento cincuenta kilómetros de distancia, uno de ellos se convirtió en mi compañero de habitación, mientras que el otro se marchó a un lugar diferente para seguir con sus estudios. Ambos apuntaban lejos y sus decisiones en ese sentido reforzaron las mías. Cuando empecé la universidad, estaba contento como unas pascuas. Encontré otro grupo más nutrido de compañeros con mis mismos intereses, en el que también entró mi amigo de Bear Canyon. A todos nos apasionaban la literatura y la filosofía y dirigíamos el consejo estudiantil, que por primera vez en su historia generó ganancias gracias a los bailes que organizábamos. ¿Cómo puedes perder dinero vendiéndoles cerveza a los universitarios? Lanzamos un periódico y conocimos a nuestros profesores de Ciencias Políticas, Biología y Literatura en los pequeños seminarios que caracterizaron nuestro primer año de estudios. Los docentes agradecían nuestro entusiasmo y enseñaban con esmero. Estábamos construyendo una vida mejor. Así que me desprendí de una gran parte de mi pasado. En los pueblos todo el mundo sabe quién eres, así que vas arrastrando los años a tus espaldas, como un perro que corre con unas latas atadas a la cola. No puedes escapar de la persona que has sido. Por entonces no todo estaba en internet, gracias a Dios, pero sí que quedaba almacenado de una forma igualmente indeleble en los recuerdos y las expectativas de todo el mundo, se dijera o no. Sin embargo, cuando te mudas, todo queda como suspendido, por lo menos durante un tiempo. Es una situación estresante, pero en el caos surgen nuevas posibilidades. Nadie te puede juzgar con sus viejos prejuicios, ni siquiera tú mismo. Es como si te sacudieran tan fuerte que te hicieran descarrilar y tuvieses que construir una vía nueva, mejor, junto a personas que quieren llegar a un lugar mejor. A mí me parecía que se trataba simplemente de una progresión natural y que cualquier persona que se mudaba pasaba por la misma experiencia, renaciendo como un fénix. Pero no siempre pasa así. Una vez, cuando tenía unos quince años, fui con Chris y otro amigo, Carl, a Edmonton, una ciudad de 600.000 habitantes. Carl nunca había estado en una ciudad, algo que no resultaba nada extraño. El viaje de ida y vuelta entre Fairview y Edmonton era de casi mil trescientos kilómetros, una distancia que yo ya había cubierto en muchas ocasiones, unas veces con mis padres y otras sin ellos. Me gustaba el anonimato que la ciudad permitía y me gustaban los nuevos comienzos. Me gustaba escapar de la claustrofóbica y deprimente cultura adolescente de mi pueblo, así que convencí a mis dos amigos para hacer el viaje juntos. Pero su experiencia fue totalmente distinta. Nada más llegar, Chris y Carl querían comprar hierba, así que nos dirigimos a las zonas de Edmonton que eran exactamente iguales que lo peor de Fairview. Allí encontramos a exactamente los mismos camellos furtivos callejeros y luego nos pasamos todo el fin de semana bebiendo en el hotel. Aunque recorrimos una larga distancia, no habíamos ido a ninguna parte. Unos años más tarde, pude ver un ejemplo todavía más atroz. Me había mudado a Edmonton para terminar la carrera. Alquilé un apartamento con mi hermana, que estaba estudiando Enfermería y, como yo, era de las personas a las que les gusta salir de su burbuja. (Muchos años después, ella plantaría fresas en Noruega, organizaría safaris por África, llevaría camiones de contrabando a través del desierto del Sáhara bajo la amenaza tuareg y cuidaría de bebés gorilas huérfanos en el Congo). Vivíamos bien en un apartamento acogedor en un bloque nuevo que dominaba todo el valle del río Saskatchewan Norte y tenía al fondo una vista de todo el centro de la ciudad. En un momento de entusiasmo me compré un flamante piano de pared. Vaya, que el piso estaba muy bien. Me enteré entonces por terceras personas que Ed —el primo más joven de Chris— se había mudado a la ciudad y me quedé gratamente sorprendido. Un día, me llamó y lo invité a casa porque quería ver qué tal le iba. Esperaba que estuviera desarrollando parte del potencial que había visto en él. Pero no fue así. Ed apareció más viejo, calvo y encorvado. El aire de joven adulto al que no le va del todo bien era mucho más marcado que el de joven con posibilidades. Sus ojos enrojecidos y entrecerrados lo delataban como un porrero empedernido. Ed había conseguido un trabajillo cortando césped y a veces haciendo algo de jardinería que no habría estado mal para un universitario a tiempo parcial o para alguien que no tiene otras posibilidades, pero que resultaba un despropósito para una persona inteligente. Vino acompañado de un amigo. Y de hecho recuerdo sobre todo a su amigo. Estaba grogui. Colgadísimo. Fumado hasta las cejas. Su cabeza y nuestro apartamento, tan pulcro y civilizado, no parecían proceder del mismo universo. Mi hermana estaba en casa y conocía a Ed. No era la primera vez que veía a alguien en ese estado, pero de todos modos a mí no me hacía gracia que Ed hubiera traído a un tipo semejante. Ed se sentó y su amigo también, aunque no estaba claro si se daba cuenta de nada. Era bastante tragicómico y Ed, aunque estaba muy fumado, no podía dejar de sentir vergüenza. Mientras bebíamos unas cervezas, el amigo de Ed miraba hacia arriba. «Mis partículas están desperdigadas por todo el techo», consiguió decir. Nunca se han pronunciado palabras más ciertas. Me llevé a Ed a un lado y le dije educadamente que tenía que irse. Le dije que no tendría que haberse presentado con el inútil de su colega. Él asintió y lo entendió perfectamente, lo que empeoraba aún más las cosas. Su primo mayor Chris me escribiría mucho más adelante al hilo de todo esto. Es algo que incluí en mi primer libro. «Tenía amigos —me contaba—. Antes. Cualquier persona con el suficiente desprecio por sí misma para poder perdonarme el que yo sentía por mí». ¿Qué hacía que Chris, Carl y Ed fueran incapaces (o peor, que no tuvieran la mínima intención) de moverse, de cambiar de amistades y de mejorar las circunstancias de sus vidas? ¿Era inevitable, una consecuencia de sus propias limitaciones, de enfermedades y traumas latentes del pasado? Después de todo, la gente varía considerablemente, de maneras que parecen al mismo tiempo estructurales y deterministas. La gente presenta diferentes niveles de inteligencia, que es en gran parte la habilidad de aprender y transformarse. La gente también tiene personalidades muy diferentes: hay personas activas y otras pasivas. Algunos son inquietos y otros, tranquilos. Por cada individuo que va detrás de un logro hay otro indolente. La verdad es que el grado en el que estas diferencias constituyen una parte inmutable de una persona es mayor de lo que un optimista podría suponer o desear. Y luego quedan las enfermedades, mentales o físicas, diagnosticadas o invisibles, que limitan todavía más o modifican nuestras vidas. Chris tuvo un brote psicótico a los treinta y tantos, después de bordear la locura durante muchos años. Se suicidó poco después. ¿Su abuso de la marihuana precipitó el desenlace o no era más que una forma legítima de automedicación? Lo cierto es que el uso de analgésicos de prescripción médica ha descendido en los estados que han legalizado la marihuana, como Colorado. Quizá la hierba no empeoró la situación de Chris, sino todo lo contrario. Quizá alivió su sufrimiento en vez de exacerbar su locura. ¿Acaso fue la filosofía nihilista a la que se entregaba lo que allanó el camino hacia su crisis final? ¿Y a su vez ese nihilismo era una consecuencia de una verdadera enfermedad mental o tan solo una racionalización intelectual de su falta de disposición para asumir responsabilidades? ¿Por qué, de la misma forma que su primo o mis otros amigos, eligió continuamente a gente y lugares que no eran buenos para él? En ocasiones, cuando una persona tiene una mala opinión de sí misma —o quizá cuando se niega a responsabilizarse de su propia vida— elige, a la hora de conocer a gente, exactamente al mismo tipo de individuos que en el pasado le resultaron problemáticos. Se trata de personas que piensan que no merecen nada mejor, así que directamente no lo buscan. O tal vez no quieren asumir las molestias que algo mejor representaría. Freud lo denominó «compulsión de repetición». Consideraba que era un impulso inconsciente de repetir los horrores del pasado: unas veces, para formularlos de forma más precisa o para intentar dominarlos de forma más activa; otras, por simple falta de alternativas. La gente crea su propio mundo con las herramientas que tiene a su alcance y unas herramientas defectuosas producen resultados defectuosos. El uso repetido de las mismas herramientas defectuosas produce los mismos resultados defectuosos. Es así como aquellos que no han sacado ninguna lección del pasado quedan condenados a repetirlo. En parte es el destino; en parte, la incapacidad; y en parte…, ¿las pocas ganas de aprender?, ¿la negativa a aprender?, ¿que tienen «sus motivos»?
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refavela · 4 years
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Ela senta na cama, brinca com a lata de cerveja na mão sabe que isso é sinal de estar ansiosa, e isso não pode parecer pra ele. Pega sua playlist favorita e dá play, ela parece não tá funcionando... Dá uma bela golada na cerveja... Celular vibra em cima da cama, é a mensagem dele avisando que chegou, que está em frente a sua casa. Coloca cerveja em cima do criado mudo, ajeita o cabelo e saí pra fora vestida com um vestido simples, no máximo um pouco só aparece das suas coxas grossas, ele olha e isso lhe causa frio na barriga. "Que filho da puta, safado..." Olhar cansado castanho percorrendo as curvas dela... Ele permanecia ali parado na frente do carro dele, todo preto, ela poderia estar se encontrando com um psicótico pronto para possuí-la e deixar seus instintos obscuros marcar sua pele e alma, poderia entrar naquele carro e nunca mais voltar. Ele chega e para na sua frente, solta um oi e faz o que ele não deveria, algo que ela mentalmente o proibiu mas já estava ali sendo beijada, seus grandes lábios eram deles, já não dava pra avisar... Sabia que já era dele, só poderia agora pedir pra ele entrar e oferecer uma breja.
Seu quarto, tava quente ou era ela depois disso, ela tava doida não sabia o que fazer ainda mais quando o viu tirar sua jaqueta jeans e sorrindo, não maliciosamente mas era um cara que vivia com aquele sorriso no rosto, isso cheira a mistério pensa ela. Senta na cama e conversa naturalmente, ele elogia as músicas e diz que é bacana ver música nacional que traz um som assim. Ela diz que depois manda pra ela o link da banda que toca, conversas cheia de trivialidades, seu coração de garota acelera, ela não sabe como se acalmar. Até ele a puxar pela cintura e lhe beijar com força, intensidade... Soube naquele instante que não seria mais sua, estaria agora nas mãos fortes dele, se entregar ou se entregar? Não tem escolha mesmo? "Foda-se" pensou, já ficando de pé e levantando seu vestido, mostra um corpo moreno de boas curvas, agora sendo apertado na cintura e ele beijando seus seios, mordendo. Doí, mas sente prazer demais sintomas disso é pernas que tremem e se sentir já molhada.
Deita na cama e ele explora seu corpo, vê que o sutiã e calcinha não cabem no seu corpo para aquele momento, mas ele não tira logo, provoca e deixa ela mais doida... Levanta da cama pegando ele de surpresa, e tira sutiã mostrando seus seios a ele, tem vergonha acha seu corpo fora do que gostaria, mas ele sorria enquanto agora beija seus seios e sua língua brincava com seus mamilos já arrepiados, ela se molha mais, quer se mexer, mudar a posição e tirar ele desse domínio do corpo dela, mas seu corpo não é mais seu. Ele beija sua boca com vontade, sua mão desse pelo pescoço, seios com aquela segurança gostosa, e vai descendo pela sua barriga, mentalmente ele deve ter mandado suas pernas afastarem, pois, isso que acontece enquanto a sua mão invade sua calcinha... Ela não aguentava mais de molhada que estava, aquele momento dá sua cama, seu corpo e seu prazer a ele...
Olha ela de cima, observa e vai beijando pescoço, sorri safado pra ela e vai agora explorando seu corpo com a boca, seios e mamilos sentem a intensidade de seus beijos e língua... Sua barriga agora é mais um território dominado, vai chegando em território frágil, ali onde ela não tem mais escolha alguma... E ele chega, beija com leveza, toca e separa seus lábios já muito molhados, sua língua a invade assim... Um ataque direto que lhe tira da Terra, ele sabe e lhe beija com jeito que quer pedir para parar e ao mesmo tempo não... Não sabe se passou minutos ou horas, mas sabe que não ia demorar pra gozar... Ele levanta, a pega pelo braços e a faz sentar na frente dele... Só para assistir ele desabotoar a calça, vê ele excitado, duro, ele pega suas mãos e com elas acompanhando seus movimentos abaixa, que tortura que ele faz com ela, que tira ela do chão... Ele não precisou comandar nenhum movimento seu, ela apenas sentiu que tinha que chupá-lo, sentir ele na sua boca... Molhada cada vez mais...
Nua ficou em pé, e tratou de deixá-lo assim também... Deitaram na cama, e continuou a sentir duro em sua boca, primeira vez na tarde quente via ele refém do seu desejo, sentiu que aqui lhe dava prazer... Não resistiu, e sentou em cima dele, sentiu ele invadi-la centímetro por centímetro e se contorcia, se movimentava lentamente pra sentir se acomodando dentro e ia dando velocidade aos movimentos, incentivo? O prazer que mandava neles agora... Não tinha mais nada que a segurasse cavalgava com tesão, com força e marca o peito dele com as unhas. Ele a tira de cima e joga na cama, puxa suas pernas para seus ombro e entra nela... É um encaixe na medida certa e com profundidade, ele já tá pirado de tesão... Chupa seus seios e marcava, aquilo ficaria roxo, não se importava só queria ele cada vez mais dentro dela... Marcava as costas dele, apertava e machucava... Troco pelos chupões gostosos...
A intensidade cresce, posição muda e ela quer de quatro, quer gozar assim... Ele não deixa de judiar nem um segundo puxa pela cintura e entra com força dentro dela, ela geme, abafa os gritos pedindo pra ser fodida, e pra se comida com força... Os corpos estão soando. A tarde é quente, quarto quente... Ela não aguenta mais.. Quer mais e mais... Se inclina de forma que o encaixe melhora mas pede pra ele parar, pega aquela coisa dura e vai passando pela sua bunda, ela tem carne, sente que isso mexe com ele e dá mais tesão... Olha pra ele e pede pra entrar na sua bunda, quer sentir o encaixe nela, e isso ele não pensa duas vezes... Vai explorando e indo aos poucos, preenchendo o espaço com trilha sonora o tesão dela e pedidos de ir com calma.. Mas isso acaba, já está ela bem inclinada na cama e ele puxando pela cintura com força, os dois vão explodir de tesão, ela já não aguenta mais... Vai gozar, geme alto e vai sentir se aproximar... Numa onda de tremores e arrepios vem um gozo delicioso e seu corpo explode de prazer... Os movimentos vão cessando mesmo vendo que ele tá ali se deliciando com ela... Seu corpo cai, na cama tremendo de tesão... Não é mais dona do seu corpo... E não é mesmo, pois ele a puxa novamente para posição e a invade com muito tesão... Ela sabe que não acabou e se deixa levar, seu corpo é dele e do tesão que ele a proporciona, loucamente quer gozar novamente e sabe que é possível... Os dois estão numa sincronia gostosa e o tesão diz muito sobre esse momento... Ela começa a sentir como está molhada, se toca enquanto ele bate forte contra sua bunda, sente ele perto, sua respiração está forte... Logo, vê que está pronta... E num tesão louco, gemem os dois bem alto e gozam... O quarto fica pequeno e não há nada no mundo la fora, tudo parou nesse momento.... Caem na cama.. Calor dos corpos evapora o suor, a cerveja ali no canto, esquecida quando os dois resolveram matar sua sede em sexo.
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laluciernagarevista · 4 years
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Crónica entre mates: Doña Eva
En esta nueva entrega de “Crónica entre mates” entrevistamos a una vecina histórica del barrio de Gerli, Doña Eva.  Eva nació en Mendoza, en el año 1920, tiene 98 años recién cumplidos, vive hace más de 50 años en el barrio. De muy chica se muda de Guaymayen, Mendoza, a un conventillo de La Boca, en la calle Patricios, junto a sus padres y sus hermanos. Nos encontramos en su casa, y ente mates, nos comparte su historia, sus recuerdos, y su análisis del presente y del pasado. 
 - Cuando vine para acá, de la calle Patricios (La Boca) vinimos a Avellaneda. En Avellaneda mi papá consiguió un terreno, lo compro e hizo una casa grande, como para 8 personas. Empecé a trabajar, no tenía 14 años todavía, un día domingo mi papá me dijo: "usted mañana empieza a trabajar en la fábrica de fósforos”.  Bueno, ahí empecé a trabajar. Lloré toda la noche, y por eso pienso que el domingo para mi es el día más triste desde esa noche. Tenía que venir sola ida y vuelta, sin tranvía, sin colectivo, porque no había. Por suerte me hice amiga de una compañera que vivía cerca, veníamos juntas, pero yo llegaba sola a casa.
 -Cómo fue ese cambio, ¿sus compañeros la ayudaron a aprender el oficio?
- Lloraba todo el tiempo… No, en aquel entonces es como si fuera el bullying de ahora. Yo era muy tímida, me ponía colorada y me cargaban.
-¿Iba a la escuela en ese momento?
- Nunca me gusto la escuela. Empecé la primaria donde era la Nº 30, acá, pero antes estaba cerca de donde hay una iglesia, San Antonio de Padua, en las calles Heredia y Fcio. Varela. No me gustaba la escuela porque llegaba al aula la maestra a mi me molestaba, porque lloraba todo el tiempo. Hice segundo grado nada más, mi mamá me sacó porque me enfermaba siempre, no quería saber nada del colegio. Tuve un kiosco 38 años; y me las arregle con los dedos porque ni la calculadora supe aprender pero bueno...
-¿Pero era algo común en ese momento?
- Sí, mas bien, si. Después vivíamos de lo que cultivábamos, animales, quintas, de eso comíamos, hasta que mi papá consiguió trabajo en una fundición en la calle 12 de Octubre, acá, en Avellaneda. Trabajó unos cuantos años. Nosotros desde casa lo veíamos venir…  Después cerraron la fundición, y a mi papá lo apreciaban mucho, entonces le dieron todas las herramientas que usaba a pagar, y las trajo a mi casa. Mi casa era de chapa, grandísima, teníamos una cocina para 8 personas. Mi papá hizo una cocinita más chiquita, y otra, más grande pero de fundición. A partir de ese momento, mis hermanos empezaron a trabajar con mi padre, a él le fue tan bien que compro la carpintería de Nicollo, que estaba en Sarmiento. Hasta llego a tener 3 empleados, porque le fue de maravilla. Era la única fundición que había. Para ese entonces yo deje la fábrica de fósforos, y me fui a trabajar a la fábrica de yerba, donde está la cancha de Racing. Ahí todavía está el galpón, porque una amiga me lo contó… En la fábrica de yerba te pagaban más que en la fábrica de fósforos, por eso me fui para allá. Pero luego mi padre terminó por llevarme a trabajar con él a la fundición.
-¿Y qué tareas hacia en la fábrica de fundición usted?
- Todo lo que sobraba de los moldes que hacían se ponía en unas latas. En  una mesa como esta mi papa ponía la escoria y yo, sobre eso, pasaba un imán grandísimo,  lo que se pegaba al imán se volvía a fundir, lo otro había que tirarlo porque no servía. Trabaje muchos años, con mi papá. Después cuando mi papa falleció, hubo problemas y cerro la fundición. Se termino vendiendo, aunque las hijas no vimos de eso ni cinco guita. 
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-Y retomando el tema de la escuela, ¿qué le significo a usted tener tan cerca una escuela?, porque es al lado prácticamente…
-Bárbaro, me fue bárbaro, de hoy que me conocen todos, dicen “como el kiosco de doña Eva no va a haber nunca”, porque lo que vos me pidieras yo lo tenía. Estaba sola con el kiosco entonces, venían los chicos del colegio, del barrio, vecinos, venían gente de Sarmiento, de muchos lados. ¡Ahora tenes kioscos por todos lados!. Vas a la esquina, hay uno, haces media cuadra, hay otro. Pero bueno, la hemos vivido Yo lavaba, planchaba, cocinaba todo acá, en la cocina, y tenía una puerta con una campanilla que  yo sentía. Llegue a tener 40 latas de galletitas en ese pequeño kiosco. Pasaba el camión y me dejaba las latas de galletitas que yo elegía. Entraban y me dejaban acomodadas las latas, eran grandes y cuadradas. Tenía una balanza, por que antes se vendían por peso ¡Era dificilísimo!. Ahora vienen embasadas… Te imaginas cuando se juntaban los chicos de la escuela…. ¡Estaba yo sola!. También venía el cigarrero con su camión y me entregaba lo que pedía
Abría a las 7 am y a las 21 pm cerrábamos, cenábamos y algunos vecino seguían viniendo, con la persiana baja despachábamos con mi marido, a veces hasta las 22 o 23 pm. La verdad es que fue lindo, muy lindo el tiempo que pase en el kiosco, aunque prive de muchas cosas, como cumpleaños y salidas. Pero después de grande nos fuimos de vacaciones por primera vez, estuvo muy lindo.
Estuve 38 años en el kiosco… Cuando me case tendría unos 40 años, mi marido trabajaba en el frigorífico “La Negra”… de “La negra” venía a las 2 de la tarde, comía y se iba a acostar un rato. A las 5 de la tarde se iba a la Shell, a trabajar de sereno. Yo a las 12 de la noche estaba en la puerta mirando cuando venía en bicicleta, de la Shell, venia rapidito y le calentaba la comida, se bañaba y se iba a acostar… a las 5 de la mañana ya estaba acá en la esquina tomando el tranvía para ir a “La Negra”. Por De la Serna pasaba el tranvía... cuando se quedaba dormido, como era todo potrero, lo enganchaba en Lacarra. Dormía poco pobre… y eso porque lo hacía, para juntar plata para hacer este local. El siempre me decía "esto hoy o mañana, te va a ayudar". Y es cierto porque siempre lo tengo alquilado. Pero trabajo para hacer ese negocio, se sacrifico mucho, no dormía casi nada.
- En cuanto a la escuela, usted ¿qué rol le encuentra dentro de la comunidad?
- Pienso que la escuela es todo ¿o no? La escuela es todo, porque los gobiernos lo que quieren es gente que no estudie, que sean burros y manejarla a su manera. Una persona que no entiende o no sabe leer, no sabe escribir la manejan como quieren, digo yo, es mi pensamiento.
-¿Cómo ve usted el cambio al acceso a la educación, de poder terminar la primaria, la secundaria, poder aspirar a una educación superior, la universidad?
-Mira cuando las chicas terminaban la primaria, lo único que hacían era buscar un novio y casarse, no había otra. No tenían otra ambición como ahora que quieren ser médicos, psicólogos, no, era buscar un novio y hacer una familia.  Ahora no, ahora la mujer está muy independiente, trabaja sola, se maneja sola, pero antes no. No se veían divorcios. No te permitían divorciarte. Todos los matrimonios tienen problemas, yo iba y lloraba a la casa de mi mama, pero a la noche tenía que volver a casa.  Si la pareja no se lleva bien rapidito se separa, las parejas que se llevan mal se separan, es distinto, a la vida de antes es distinta. La mujer ahora es independiente, hace su vida, si quiere formar pareja la forma y si no quiere se maneja sola, si, además la mujer no trabajaba como ahora, la mujer era de estar en casa, criar hijos, nada más, atender al marido y criar hijos, ahora no, ahora la mujer esta chocha digo yo, yo lo veo así.
Por Eva Perón tenemos el voto femenino. Yo ahí empecé a votar. Me iba con una alegría a votar que no te das una idea. Habré votado bien, habré votado mal algunas veces. La única vez que me gustó lo que voté, que fui con una alegría, fue en la época de Alfonsín. Eso me gustó muchísimo, después no me gustó ninguno. No me perdía ningún discurso. Una vez fui a parar a una cancha, casi muero aplastada de la gente que había. Con mi marido nos fuimos en tren a conocer la casa de Alfonsín en Chascomús. Una casa pobre, con un banquito en la puerta. Ese presidente sí que me gustó, después tuvo sus cosas.
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¿Y la actualidad como la ve? 
Es imposible. Los precios subieron muchísimo. Hay que dejar de comprar cosas porque no se puede. Lo más indispensable es un plato de comida, me la paso comiendo polenta, fideos, arroz. Yo soy pensionada y no llego a fin de mes. Las tarifas son de terror. Si las pagas, no podes comer. A conocidos les llego cuatro mil pesos de gas, ¿cómo haces para pagar? Como hago yo con lo que gano con la electricidad, para comer. Decí que tengo mi casa, ¿Y si tengo que alquilar? No se puede. Me sacaron los remedios, PAMI me los sacó. Hay gente que necesita mucho los remedios, para el corazón, para la diabetes y se lo sacan. Para mí, Macri está haciendo un desastre.
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manhattan-hq · 5 years
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Le descubrimos. KING JAGERS continúa en la ciudad. ¿Será que sus problemas también?
  En la ciudad en la que la juventud no descansa, nada pasa desapercibido. Mucho menos estas familias que con rumores y pisadas fuertes se apropian de la noche y el día a día en Manhattan. Sin embargo, ¿será cierto esto que dicen de que todo tiene su final? Tendrá que verse.
¡PALO, ya casi estás dentro! Bienvenide a MANHATTAN-HQ. Ojalá disfrutes de tu estadía en el roleplay y puedas sacarle provecho a toda la experiencia. Para completar el último paso, se espera la cuenta de tu personaje en las próximas 24 horas. De necesitar más tiempo, ¡date una vuelta por el inbox!
OUT OF CHARACTER. ⦁ nombre. palo ⦁ edad. 22 ⦁ país. gmt-3 ⦁ nivel de conexión. 7 ⦁ triggers. non-con/incesto ⦁ ¿nos cedes el permiso para dar uso a tu personaje en caso de unfollow? sí ⦁ ¿algo que agregar? no
IN CHARACTER.
⦁ nombre completo. king jagers
⦁ edad. 21 años.
⦁ fecha de cumpleaños. 30 de marzo.
⦁ cupo. 44
⦁ faceclaim. hero fiennes-tiffin
⦁ ocupación. grafitero.
⦁ descripción psicológica.
⦁ positivos: sociable, carismático, bromista, independiente. ⦁ negativos: egocéntrico, vulgar, celoso, desobediente.
⦁ datos curiosos.
⦁ hogar ubicado en chicago es caótico. mamá trabaja mucho, nunca está conforme con nada. abuela cría a los más pequeños pero tampoco se la ve demasiado interesada. se come arroz todos los días, se está mucho en la calle. ausencia de figura paterna es totalmente agradecida cuando eso significa que, buscando cómo matar el tiempo, king conozca el arte. ⦁ es problemática variante a la que se ve atraído porque si bien barrios bajos están plagados de arte callejero, es a los catorce cuando por primera vez oficial de policía escolta a menor a puerta de hogar tras ser junto a grupo de vecinos descubiertos marcando nombres en neón en paredones de los sectores más exclusivos. castigo de parte de superiores que no tarda en romper, le agarra gusto al desacato. ⦁ inmortalizar propio nombre en cada rincón se vuelve su meta, su forma de perdurar incluso cuando ya no esté. último año escolar no lo termina, juntas no son malas pero es que ideales son otros. demasiados dolores de cabeza ha causado a su madre como para que le importe a ese punto y mujer escoge enfocarse en menores, desconociendo responsabilidad para con el mayor. nunca haber podido construir relación basada en el amor con progenitora logra que decisión de abandonar hogar sea mucho más fácil de tomar, desapego es tanto que en mochila sólo guarda par de latas de pintura y máscara, algunas mudas de ropa, y emprende camino fuera de chicago. ⦁ adopta nuevo apellido cuando encuentra que el concepto de familia se apega mucho más a éste nuevo grupo que ha formado, incluso cuando diferencias siguen siendo abismales. se establece en manhattan aunque se la pasa pedaleando bicicleta hasta que tiemblan sus piernas, todavía buscando rincón que no tenga ya taggeado su nombre. no le interesa estudiar, se las arregla con pequeños trabajos que esporádicamente consigue relacionados a su pintura: hacer carteles de nuevos negocios, pintar fachadas temáticas a pedido. se preocupa mucho más por vivir la vida, por disfrutar. le gusta ésta nueva libertad.
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glaciar508 · 5 years
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4 cosas que te excitan. 4 cosas te dejan en sin habla.
Que me susurren al oído o que se queden bien pichi cerca torturándome :'v, bueno y esconderme con esa persona en algún lugar pos hace que mi corazón lata fuerte y estar arriba también me gusta X'D arriba estilo abrazándose en la cama o en el piso o que yo este sentada en un lugar alto
Los besos me dejan sin habla, X'D DDDD los bonitos regalos también, yyyy yendo mas a lo lascivo, soy mas de jadeos que gemidos hací que me quedo calladita des pues de cual quien cosa hací XD te imaginas que este en educacion física y me quedo muda X'D
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