#Lídia Rayanne
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Oi oi oi, booklovers!
Apesar das minhas leituras terem sido simplesmente horríveis (em qualidade e quantidade) durante 90% do 1° semestre, em julho eu "dei a louca" e comecei a ler assim que entrei de férias. Sem brincadeira, pela primeira vez na vida fiz uma meta de leitura pra tentar sair da ressaca literária e virar o jogo.
De qualquer forma, não foi tão bom quanto o ano passado, onde eu li uns 10 livros em julho, mas fazer o que, n��? Fiz o meu melhor e deu nisso aí - a escola está atrapalhando muito minhas leituras. Sério mesmo, não sei se tô acabando o ensino médio ou se o ensino médio tá acabando comigo. E isso pq nem tô no 3° ano ainda hahaha
💮| Peripécias de uma Estudante de Moda - Lídia Rayanne (5★)
O primeiro lido do mês foi um livro que eu queria há muuuuuito tempo. Consegui ele milagrosamente de graça (acho que no RomanceieSeuKindle, mas não tenho certeza) e enfim pude ler.
Susana é uma caloura bolsista no curso de Moda mas, além de começar o semestre atrasada, ela não entende nada de moda, marcas famosas e tendências. Com medo de ter feito a escolha errada, Susana enfim começa a aprender e se identificar com o curso, encontrando seu lugar entre os colegas.
Como uma quase vestibulanda, me identifiquei demais com a Susie. Além disso, a cearense (finalmente vi um personagem nordestino, galera!) ainda conseguiu me tirar da ressaca literária, então super recomendo!
💮| Apenas mais um Conto - Débora Ciampi (5★)
Ficção cristã adolescente com releitura de Cinderela e vários surtos? Temos também!
Isabela vive na casa dos Bastos desde o acidente que tirou a vida de seus pais, deixando seu avô como único parente disposto a cuidar dela, porém sem condições devido à saúde. Feita praticamente de empregada da casa, Isabela só quer uma chance de ser ela mesma e é aí que entra o baile de máscaras do colégio, com a tentação do anonimato. Mas quanta coisa pode mudar depois dessa noite?
Eu simplesmente amei a Isabela. E nossa, esse livro me fez surtar demais, não consegui desgrudar dele kkkkkkkk o casal é fofinho e, é claro, tem adolescentes sendo adolescentes, além daquelas coisas que a gente só encontra na literatura nacional.
💮| A Garota do Lago - Charlie Donlea (4★)
Esse aqui é famosinho nas estantes - me conta aí se vc tem e se já leu kkkkkkk - e tbm por ser "8 ou 80".
Não vou falar mto pq vou fazer a resenha depois mas, em resumo, tem uma garota (estilo "pick me girl" porém, como 90% dos mortos, "super querida e amada, sem nenhum inimigo") que foi assassinada numa cidadezinha chamada Summit Lake. E cabe a Kesley (repórter investigativa do tipo que é obrigada a tirar férias) investigar.
No geral, não achei ruim, mas também não achei surpreendente. Dei 4 estrelas pq teve uns plots que me fizeram ler enquanto fazia faxina - o leitor quando quer ler, sempre arruma um jeito.
💮| Querido Coração Acelerado - Karen Fernandes (3,5★)
Eu tô achando o máximo todo esse foco na ficção cristã mais voltada pra adolescentes/pré-adolescentes. E isso justo agora que tô chegando nos 18, parece até aquele meme de "a escola quando eu estudava lá // a escola depois que me formei" 🤡
Kate e sua amiga Jenna precisam dar um jeito de salvar a livraria onde trabalham de seu jovem herdeiro - enquanto Kate tem de lidar com seu coração acelerado não apenas pela ansiedade, como também por um recém-chegado à cidade.
No geral, não consegui me conectar tanto com a história e o plot foi quase inexistente, por isso a nota.
💮| Estuda Comigo? - Sâmella Bridges (3,5★)
Esse é bem curtinho (34 págs), então eu não deveria ter esperado um graaaande desenvolvimento, mas mesmo assim 🤡
Um desastre em química, Annelise resolve aproveitar suas notas baixas para pedir ajuda a Isaac, seu crush que, por acaso é um gênio na matéria.
Basicamente tem bastante conscientização sobre ostomia. O romance foi fraquinho, mas enfim.
Enfim gnt, foi isso.
Bjs e boas leiturass <3333
#livros#leitura#livrosderomance#books & libraries#leitores#books#books and reading#livros nacionais#leituras do mês
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Resenha #378: O Fim da Infância
por Lídia Rayanne
Sinopse:
+ Arthur C. Clarke é um dos principais autores da ficção científica. Seus livros já venderam mais de cem milhões de exemplares pelo mundo e a Aleph já publicou obras como 2001: Uma Odisseia no Espaço, Encontro com Rama e Poeira Lunar. + Pioneiro ao narrar o contato entre seres humanos e alienígenas, O Fim da Infância, de Arthur C. Clarke, é um clássico da literatura de ficção científica. Nessa obra o autor faz uma reflexão sobre a natureza do homem e a sua relação com a Terra e o universo. + A edição da Aleph ainda leva ao leitor alguns extras: o conto Anjo da Guarda, que deu origem ao romance e uma versão do 1º capítulo de Fim da Infância, escrita por Clarke em 1989, mas que foi descartada posteriormente. A RAÇA HUMANA NÃO ESTÁ MAIS SÓ Nos primeiros anos da Guerra Fria, uma raça tecnologicamente superior ao homem desce dos céus para governar a Terra. Ao contrário do que se poderia imaginar, os invasores se mostram benevolentes e acabam conduzindo o planeta a um período de prosperidade jamais visto, em que não mais existem violência, fome e doenças. Com poucos focos de resistência, a humanidade se rende ao invasor. Mas os Senhores Supremos têm suas regras: não é permitido a ninguém os conhecer, e a exploração do espaço está terminantemente proibida aos homens. Entre revelações surpreendentes e um vago mal-estar que assombra os corações humanos, o real propósito dos novos líderes permanecerá oculto por duzentos anos. Até que a humanidade esteja pronta. Até que uma missão seja cumprida. Até que a raça humana conheça o destino que lhe foi traçado.
Resenha:
Já faz algumas semanas que finalizei a leitura desse clássico da ficção científica e confesso que o motivo da demora é porque precisei de um tempo para digerir a história e meus sentimentos com relação ao final.
“O Fim da Infância” mostra uma realidade alternativa onde, no auge da Guerra Fria e da corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética, as capitais mais importantes do planeta Terra são invadidas pela presença de imensas espaçonaves.
“Nesse momento, Reinhold Hoffmann soube, ao mesmo tempo que Konrad Schneider, que havia perdido a corrida. E soube que a perdera não por poucas semanas ou meses, como vinha temendo, mas por milênios. As sombras enormes e silenciosas que se moviam entre as estrelas, mais quilômetros acima de sua cabeça do que se atrevia a imaginar, superavam sua pequena Colombo tanto quanto ela superava as canoas de tronco do homem paleolítico.”
Mas ao contrário da maioria das histórias de invasão alienígena, a presença dos seres, chamados pelos humanos de Senhores Supremos, é pacífica e sua única intenção é botar ordem no planeta. Usando uma administração global, guerras, fomes e toda sorte de mazela chega ao fim. Contudo, um fato intriga o coração dos homens mais desconfiados dessa benevolência: os Senhores Supremos se recusam a se revelar e mostrar sua verdadeira aparência para a humanidade antes do tempo prometido por eles.
“Ninguém sabia os motivos deles. E ninguém sabia para que futuro estavam conduzindo a humanidade.”
“O ser humano ainda era, por conseguinte, um prisioneiro em seu próprio planeta. Era um planeta muito mais agradável, mas muito menor do que fora um século antes. Quando os Senhores Supremos aboliram a guerra, a fome e as doenças, aboliram também a aventura.”
A primeira parte do livro gira em torno desse mistério, muito bem construído por sinal, e compreendemos tudo quando chega a parte da tão esperada revelação. Já na segunda acompanhamos uma humanidade mais acomodada com a fartura e com a administração dos Senhores Supremos , mas também terrivelmente entediada, uma vez que não há mais nada de novo para almejar, quer no campo da tecnologia, quer no das artes. E é aí que acompanhamos Jan, um astrofísico que, na ânsia de conhecer o que há além do nosso sistema solar, traça um plano para viajar escondido em uma das naves dos Senhores Supremos até o seu planeta natal.
“Em todos os momentos de grandeza, Jan suspeitava, o anticlímax estava sempre por perto...”
E essa é a frase que define a terceira parte do livro: um verdadeiro anticlímax. A narrativa de todo livro é primorosa e nos traz muitas reflexões, mas confesso que esperava algo diferente desse desfecho. A evolução da humanidade deveria trazer felicidade, mas a maneira como aconteceu me trouxe uma desconfortável sensação de melancolia.
“Os planetas, um dia, talvez vocês conquistem. Mas as estrelas não são para o Homem.”
Mesmo assim, gostei de conhecer esse clássico da ficção científica. Até a data de postagem dessa resenha, o e-book se encontra disponível no Prime Reading, então se você é assinante da Amazon Prime, recomendo dar uma conferida.
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[e-BOOKS GRATUITOS – 29.05.2020] Vários livros e séries incríveis de diversos gêneros (fantasia, horror, ficção científica, policial, suspense, mistério; jovens e adolescentes; ficção: clássica, história e contemporânea; romances e erótico) estão disponíveis gratuitamente na Amazon.
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#Repost @entrelinhaskel • • • • • Quote 💭 Abriu o frasco de comprimidos. Talvez se ela estivesse aqui o faria mudar de ideia. Mas ela não estava. Ele a deixou ir, e então àquela notícia. "Até o momento não há sobreviventes". Para onde ela tinha partido? Ele lembrou. Para bem longe dele. Afinal, ele a afastou. Perdeu o controle, gritou, xingou, machucou... Ele virou os comprimidos em sua mão e foi tomando, um por um, até não sobrar nada. Eram quantos? Não sabia. Pegou o outro recipiente e tomou os comprimidos que restavam, deixou-o cair no chão e o frasco rolou até a porta do banheiro. Então foi para cama esperar tudo acabar. Ele iria para um lugar escuro, sem dor, sem sofrimento, sem ela.... Fechou os olhos e esperou a escuridão chegar... Livro: Dante Autora: @ticipontes Mais uma ilustração da Lídia Rayanne ❤️ https://www.instagram.com/p/B7El10PDHt6/?igshid=rz8ko82xtx5c
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Oieee,booklovers!
Esse post tá aqui pra fazer acho que desde julho, mas não tive coragem kkkkkk vcs ficariam menos chocados se eu dissesse que ainda tenho um lido de janeiro pra resenhar? 🤡
Mas eu não demorei pq detestei o livro não, tá? Tem uns 8 posts aqui no rascunho pra terminar tbm 🥲 A internet da escola anda péssima esse ano e o Tumblr às vezes já não salva oq eu escrevo em casa, imagina lá.
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❥︎ Título: Peripécias de uma Estudante de Moda
❥︎ Autora: Lídia Rayanne
❥︎ Págs: 154 ❥︎ Classificação: +12 ❥︎ Nota: 4,5★
Como qualquer outro estudante que terminou o Ensino Médio, Susana está preocupada com a universidade. Até que ela recebe uma grande notícia: ganhou uma bolsa para estudar numa das melhores faculdades de Moda da cidade.
Mas será que fez mesmo a escolha certa? Ela não está por dentro das tendências e não entende nada sobre o assunto, muito menos os termos que os professores usam na sala de aula...será que vai conseguir se encaixar?
🛍️ °•° 🧶 °•° 🌷 °•° 🛍️ °•° 🧶 °•° 🌷 °•° 🛍️ °•° 🧶
Como alguém que já está com um pé no terceirão, me identifiquei muito com a Susie, ainda mais com o fato dela ser do Nordeste (CE). Acho que nunca tinha visto uma prota nordestina - além daqueles dois de "Sal e Açúcar", que moram em Pernambuco. Sinceramente, até agora estou tomando coragem pra ler pq detestei a "linguagem" 🤡 A autora parece ser do estado, mas achei meio "estereotipada".
Mas voltando pro assunto principal, a autora conseguiu representar muito bem todos os questionamentos dessa fase. Estou quase enlouquecendo pra decidir o curso, morro de medo de escolher, não gostar e ter que passar por tudo de novo kkkkkkrying
Por falar nisso, o Enem desse ano foi um verdadeiro inferno, os fiscais estavam mais desinformados do que eu - não leram as instruções antes da prova e a fiscal quase não me acompanhava até o banheiro. Sobre a volta pra casa, não preciso nem comentar, né? Graças a Deus, o próximo ano será meu último Enem. Tô igual aquele meme do Agostinho Carrara: "não vou mais submeter minha pessoa a essa humilhação..."
Enfim né. O livro é curtinho, com um romance leve e parece que tem mais uns 5 depois desse (estou levando vcs pra uma série estilo "esquema de pirâmide"? Talvez kkkkkkk).
Bjs e boas leiturassss <3333
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Resenha #371: A Fúria e a Aurora
por Lídia Rayanne
Sinopse:
Personagem central da história, a jovem Sherazade se candidata ao posto de noiva de Khalid Ibn Al-Rashid, o rei de Khorasan, de 18 anos de idade, considerado um monstro pelos moradores da cidade por ele governada. Casando-se todos os dias com uma mulher diferente, o califa degola as eleitas a cada amanhecer. Depois de uma fila de garotas assassinadas no castelo, e inúmeras famílias desoladas, Sherazade perde uma de suas melhores amigas, Shiva, uma das vítimas fatais de Khalid. Em nome da forte amizade entre ambas, Sherazade planeja uma vingança para colocar fim às atrocidades do atual reinado. Noite após noite, Sherazade seduz o rei, tecendo histórias que encantam e que garantem sua sobrevivência, embora saiba que cada aurora pode ser a sua última. De maneira inesperada, no entanto, passa a enxergar outras situações e realidades nas quais vive um rei com um coração atormentado. Apaixonada, a heroína da história entra em conflito ao encarar seu próprio arrebatamento como uma traição imperdoável à amiga. Apesar de não ter perdido a coragem de fazer justiça, de tirar a vida de Khalid em honra às mulheres mortas, Sherazade empreende a missão de desvendar os segredos escondidos nos imensos corredores do palácio de mármore e pedra e em cenários mágicos em meio ao deserto.
Resenha:
Nessa releitura de As Mil e Uma Noites, Sherazade se candidata ao posto de noiva de Khalid Ibn Al-Rashid, o menino-rei de Khorasan, que é considerado um monstro, pois todos os dias se casa com uma jovem diferente para depois matá-las ao amanhecer. Depois de perder sua melhor amiga para esse triste destino, Sherazade decide abrir mão de um futuro ao lado do seu amor de infância, Tariq, para se candidatar a noiva de Khalid. Porque só assim ela poderá encontrar a oportunidade perfeita para se vingar e matar o califa com as próprias mãos. Mas para isso ela precisa sobreviver a cada nova aurora e usa como estratégia contar histórias que deixam Khalid envolvido ao ponto de poupar sua vida.
“A vida de todos está condenada, sayyidi. É apenas uma questão de tempo. E eu gostaria de viver mais um dia.”
Só por essa premissa esse romance tinha tudo para ser problemático, mas logo pelo prólogo a gente percebe que existe uma razão, e das brabas, para que Khalid se sinta na obrigação de assassinar suas noivas. E ele sabe que, se quer manter seu reino seguro, deve fazer o mesmo a Sherazade, porém, quanto mais noites passa ao lado da jovem, mais difícil fica condená-la ao amanhecer.
E é na convivência com esse enigmático personagem que é Khalid que Shazi se vê dividida entre os sentimentos cálidos que ele começa a despertar em seu coração e a culpa por não conseguir vingar a morte da amiga. Mas como matar Khalid quando ele demonstra ser muito mais do que desconfiava? Quais são os segredos que atormentam esse menino-rei?
“Não o odeie demais, delam... (...) Afinal, toda história tem sua própria história.”
Enquanto Sherazade sofre com esses dilemas, Tariq, na esperança de ter sua amada de volta, decide organizar um golpe contra o califa. E para isso, terá ajuda dos inimigos de seu oponente e do pai de Sherazade, que carrega sempre consigo um poderoso livro.
“Amor é uma força poderosa, sayyidi. Por amor as pessoas pensam no inconcebível... e muitas vezes fazem o impossível. Eu não menosprezaria seu poder.”
Preciso confessar que fiquei perdidamente apaixonada por essa história, tanto pela narrativa poética, cujas descrições extrapolam os sentidos, quanto pelo romance repleto de camadas, além das cenas de ação e muitos, muitos conflitos! Fiquei a todo tempo torcendo por um final feliz para Khalid e Shazi, assim como para Despina e Jalal (criada de Shazi e primo de Khalid, respectivamente), dois personagens que servem de alívio cômico, mas tem seus próprios problemas.
“Na minha vida, a coisa mais importante que aprendi é que ninguém alcança a plenitude de seu potencial sem o amor dos outros. Não fomos feitos para ser solitários, Sherazade. Quanto mais uma pessoa afasta os outros, mais evidente se torna a sua necessidade crítica de ser amada.”
Se você curte histórias de fantasia que fogem do cenário europeu, indico demais o primeiro volume dessa duologia.
Leia também:
Resenha de “A Rosa e a Adaga”
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Camp NaNoWriMo 2020: Primeira Semana!
por Juliana Arruda e Lídia Rayanne
Juliana
Oi, gente, tudo bem com vocês? Hoje eu e a Lid estamos passando aqui pra contar pra vocês como foi a primeira semana do Camp! ✨✨✨
Pra quem não sabe, o Camp NaNoWriMo é uma maratona de escrita que acontece nos meses de Abril e Julho. É bem parecida com a maratona no mês de novembro, que te desafia com a meta de exatamente 50k palavras. A diferença é que no Camp você vai estipular a quantidade de palavras que quer escrever durante o mês, captou?
Pra mim é até melhor, porque não me sinto pressionada na hora de escrever e eu ainda posso dar conta de outras coisas...
Minha semana começou até bem (#mentira), mas teve um dia que eu não consegui escrever porque fiquei costurando cadernos enquanto via drama… quando dei por mim, já eram 23h30. 😝😝😝
De qualquer maneira, descobri que eu consigo escrever 2k palavras em um dia. Se eu fizer um esforcinho, mesmo me estressando e travando, eu consigo. Agora é aquela coisa, né, eu preciso estar completamente concentrada e sem ninguém me interrompendo, o que foi complicado no começo… Tudo porque meu irmão tinha quebrado o fone dele, então, justo na hora em que eu ia escrever, ele colocava o áudio do EAD nas alturas pra estudar… Pois é, foram dois dias difíceis. No terceiro eu precisei sair pra comprar um fone novo ou eu nunca ia conseguir escrever sem estar 100% concentrada (e acho que vocês já devem ter ideia do que vem a tona quando isso acontece, né?)...
Bem, eu criei um template que dá pra preencher com a quantidade de palavras escritas. Posto todos os dias no Instagram @autorajulisarruda, ainda que no site do Nano eu esqueça de atualizar (passei dois dias esquecendo, dá pra crer?). Se quiser o template em branco, aproveita no final do post!
Ah, quem estiver participando e quiser me acompanhar no Camp, é só procurar julisarruda. Se não encontrar, pode procurar pelo projeto (acho)... O que estou produzindo é "Entre Amor e Amizade", a segunda novela do que publiquei mês passado na Amazon. 😆😆
Por enquanto tô conseguindo manter a meta, e espero que isso permaneça até o final do ano, né, já que a ideia mesmo é pegar o costume de escrever todos os dias, nem que sejam só mil palavras.
Ah, o template! Pega aí embaixo:
Lídia
Eu já participei de duas edições do NaNoWriMo (conto mais como foi minha experiência aqui e aqui), o que acabou me motivando a trabalhar com metas de escrita mensais desde 2018. Confesso que para esse desafio do Camp fui modesta: me determinei a escrever apenas 15 mil palavras. Eu já cheguei a escrever mais do que isso em outros meses, mas como não quero me sobrecarregar com a pressão de bater uma meta mais alta, prefiro me concentrar em algo que sei que vai ser mais viável para mim nesse momento. Afinal, mesmo estando em casa, o trabalho home office ocupa a maior parte do meu tempo quando estou atendendo meus clientes e tenho a necessidade de manter algumas horas livres para o meu lazer a fim de manter a saúde mental em dia. E justamente porque enxergo a escrita como um trabalho de “segundo expediente” eu estou evitando escrever nos finais de semana porque, bem, é o meu dia de folga.
Sobre o projeto que estou escrevendo: não vou falar muito a respeito, mas posso dizer que é algo que vai deixar meus leitores, que ficaram órfãos depois do lançamento do 5º Semestre da série “Peripécias de uma Estudante de Moda” muito, muito felizes. Como meu roteiro já estava pronto e eu já tinha começado a escrever os primeiros capítulos nos meses anteriores, não estou tendo dificuldades para dar continuidade à história, então os dias em que produzi bem compensaram a folga que tirei no final de semana, como podem ver no meu gráfico do NaNo (também não escrevi no primeiro dia do mês por motivos de: às vezes fico tão cansada que preciso tirar folga no meio da semana hahaha).
E é isso, gente! Estou muito feliz por estar participando desse desafio, especialmente porque a cada nova palavra escrita consigo ver essa nova história ganhando forma.
#Camp NaNoWriMo#Camp NaNoWriMo 2020#Juliana Arruda#Lídia Rayanne#Peripécias de uma estudante de moda#Entre Orgulho e Preconceito
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Resenha #349: O Hobbit
por Lídia Rayanne
Sinopse:
Bilbo Bolseiro é um hobbit que leva uma vida confortável e sem ambições, raramente aventurando-se para além de sua despensa ou sua adega. Mas seu contentamento é perturbado quando Gandalf, o mago, e uma companhia de anões batem à sua porta e levam-no para uma expedição. Eles têm um plano para roubar o tesouro guardado por Smaug, o Magnífico, um grande e perigoso dragão. Bilbo reluta muito em participar da aventura, mas acaba surpreendendo até a si mesmo com sua esperteza e sua habilidade como ladrão!
Resenha:
Já fazia alguns anos que tinha lido “O Hobbit” (na época do lançamento do primeiro filme, para a falar a verdade), mas como nesse ano queria iniciar a trilogia “O Senhor dos Anéis”, decidi reler essa história que deu origem ao universo da Terra Média para relembrar de alguns fatos.
A história acompanha Bilbo Bolseiro, um pequeno hobbit que habita numa região chamada Condado. Bilbo vivia muito bem na sua tranquila e confortável toca, até que recebe a visita do Mago Gandalf e de uma comitiva de anões que lhe fazem uma proposta: ajudar os anões a reaver um tesouro há muito tempo roubado pelo dragão Smaug nas longínquas Montanhas Solitárias.
“Dragões roubam joias e ouro, você sabe, dos homens, dos elfos e dos anões, onde quer que possam encontrá-los; e guardam o que roubaram durante toda a sua vida (o que é praticamente para sempre, a não ser que sejam mortos), e nunca usufruem sequer um anel de latão.”
O problema é que Bilbo não é muito chegado a aventuras e está muito bem acomodado com sua vida pacata e a princípio não se vê motivado a ir com o grupo. Mas algo em seu sangue lhe impulsiona a partir e se embrenhar por florestas sombrias, raízes de montanhas obscuras, enfrentar a fúria de um dragão e a ganância que só o ouro contaminado por eles pode produzir.
“Nós somos gente simples e acomodada, e eu não gosto de aventuras. São desagradáveis e desconfortáveis! Fazem com que você se atrase para o jantar! Não consigo imaginar o que as pessoas veem nelas.”
Eu acho o Bilbo uma figura e é impossível não se identificar com ele, especialmente quando ele reclama da falta de comida e do conforto em sua jornada (porque refeições é algo que hobbits levam muito a sério), mas quando a situação exige ele prova ser de grande valor. Acompanhamos sua jornada pela Terra Média através de mapas e belas ilustrações criadas pelo próprio autor, que nos fazem mergulhar nesse mundo.
Confesso que a primeira vez que li “O Hobbit” fiquei um pouco decepcionada, pelo menos no início, porque esperava algo mais complexo pelo tanto que já tinha ouvido falar a respeito do universo criado pelo Tolkien . Contudo, como esse foi o primeiro livro publicado sobre a Terra Média e é uma obra destinada para crianças, é compreensível que ele não seja tão denso. Mesmo assim, a obra me conquistou, especialmente por mostrar que as batalhas possuem um lado feio e que, mesmo em meio a vitória, ela possui um sabor amargo quando se perde amigos.
“Adeus, meu bom ladrão! (...) Vou agora para os salões de espera, sentar-me ao lado de meus antepassados, até que o mundo seja renovado. Já que abandono agora todo ouro e prata, e vou para onde eles têm pouco valor, desejo partir com a sua amizade, e retiro minhas palavras e ações junto ao Portão.”
O final desse livro sempre me deixa emocionada. Acho que a lição mais valiosa dessa história é que, não importa as riquezas do mundo, não há nada mais valioso que a amizade e a paz de espírito. E que mesmo que você viva todo tipo de aventuras, é sempre bom ter um lar para o qual voltar.
“Se mais de nós dessem mais valor a comida, bebida e música do que a tesouros, o mundo seria mais alegre.”
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Resenha #340: Annie
por Lídia Rayanne
Sinopse:
Aos onze anos, Annie é uma garotinha corajosa o suficiente para encarar sozinha as ruas de Nova York perseguindo seu grande sonho: encontrar os pais. Deixada por eles em um orfanato quando ainda era um bebê, com pouco mais que um bilhete informando que voltariam para buscá-la, a menina leva uma vida difícil sob o comando da malvada Srta. Hannigan, diretora do lugar. Cansada de esperar que os pais retornem, Annie foge do orfanato e enfrenta as mais inesperadas desventuras. Sua sorte parece estar prestes a mudar quando ela é escolhida para passar as festas de fim de ano na mansão de um rico empresário. Mas será que Annie finalmente conseguirá realizar seu sonho e escapar da dura vida do orfanato?
Resenha:
Desde que assisti a versão de 1982 do musical "Annie" para o cinema, há muitos anos, me apaixonei pela história da órfã mais pobre do mundo que conquistou o coração do homem mais rico do mundo, mas que lhe faltava o principal: o amor de uma família. Com músicas marcantes como "Tomorrow" e "It's the hard-knock life", Annie ganhou um espaço no meu coração desde então. Então quando surgiu a oportunidade de ler esse livro, não pensei duas vezes e logo na introdução descobrir algumas curiosidades.
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A personagem Annie surgiu na verdade em 1924 numa tirinha de jornais chamada “Annie, a Pequena Órfã”. Se tornou tão popular que, em 1972, Thomas Meehan recebeu a proposta de ajudar Martin Charnin, diretor e letrista da Broadway, a transformar a história dela em um musical. Responsável pelo roteiro, Thomas dedicou muitas horas de pesquisa lendo mais de quarenta anos das tirinhas publicadas, porém, acabou percebendo que elas não continham uma história central. Foi então que ele decidiu criar uma nova história com base em alguns personagens.
Adaptada então para a Nova York dos anos 30, em meio à Grande Depressão, o musical “Annie” acabou se tornando a versão americana do clássico de Dickens, “Oliver Twist”. Porém, muito do que o autor planejou para o roteiro precisou ficar de fora do musical por conta do tempo de duração. Foi então que surgiu essa linda edição, que contém uma versão estendida dessa história já conhecida.
“O sol vai sair amanhã — disse Annie. — Pode apostar seu último centavo que amanhã vai ter sol.”
Com uma leitura extremamente leve e fluida, esse livro nos encanta com as aventuras dessa ruivinha que é ao mesmo tempo durona e otimista sobre o que o amanhã pode nos trazer. Durante vários momentos me emocionei com as situações complicadas que Annie passava, especialmente as que eu não conhecia. Sem dúvidas este é um livro digno para ser lido por toda a família e nos faz refletir sobre a importância de ter uma.
“Bem, eu acho que, quando a gente pensa nas coisas boas que podem acontecer amanhã em vez de nas ruins que estão acontecendo hoje, a gente pode começar a fazer essas coisas boas acontecerem.”
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Resenha #317: Branca de Carvão
por Lídia Rayanne
Sinopse:
Branca é herdeira da fábrica que exporta carvão para todo o país desde a Revolução Industrial. Porém, sua madrasta tem planos para o futuro da menina. Em um ato de rebeldia, ela foge da mansão onde era prisioneira, e encontra em seu caminho uma tenda onde moram sete pequenos escravos. Ao ir se banhar em uma noite quente, avista um belo jovem se deleitando nas águas do Rio da Inconfidência, iluminado pela lua cheia. Branca mal sabe que ele é o contratado de Lady Mag, sua madrasta, para matá-la.
Resenha:
Desde o lançamento desse livro estava ansiosa para ler essa releitura do conto da Branca de Neve, que se passa no Brasil no final do século XIX. Branca é uma órfã que vive com sua madrasta na mansão da família, que enriqueceu ao produzir e exportar carvão. Ela herdou da mãe, que se casou com o pai da garota contra a vontade da família, a pele negra e os cabelos crespos. Desde a morte do pai, a menina é mantida reclusa da sociedade pela madrasta, que a vê como um empecilho para ter completo domínio sobre sua herança.
Depois que Branca decide fugir para escapar das garras de Lady Mag, a mulher abandona qualquer escrúpulo que lhe resta e contrata um caçador para assassinar a menina.
“Era assim que se sentia, livre e feliz. Como era bicho enjaulado, preso por anos a fio, seria natural que sentisse medo desse mundo tão grande, tão maior que a mansão onde vivia, como um passarinho que tem a porta de sua gaiola aberta, mas se recusa a sair por desconhecer as próprias asas. Mas não, não havia medo, havia apenas curiosidade e vontade de explorar cada cantinho dele, sem pressa.”
Diferente do conto original, aqui não temos um príncipe e os sete anões dão lugar a sete pequenos escravos que ajudam nossa protagonista. Um narrador onisciente conta a história, às vezes de maneira não linear, nos fazendo saber o que se passa com cada personagem. Apesar de estar desacostumada com esse tipo de narrativa, ela transmite bem o clima de conto de fadas.
“Branca de Carvão” é uma criativa adaptação do conto original. Tem uma pegada bem infanto-juvenil, o que me fez sentir falta de mais descrições e aprofundamento nas emoções dos personagens, mas isso não tira de forma alguma o brilho da história. A autora soube abordar temas fortes como o racismo e machismo, além de mostrar de forma sutil o crescimento do protestantismo no Brasil.
Resumindo, uma história cativante que vai agradar os fãs de romance de época e de releituras de contos de fadas.
“Naquela noite, Branca dormiu com a sensação de que o mundo era um palco, e que ela própria era a personagem principal de uma peça, sua própria peça.”
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Resenha #379: A Última Carta de Amor
por Lídia Rayanne
Sinopse:
O primeiro livro de Jojo Moyes publicado pela Intrínseca, relançado com nova capa. Londres, 1960. Ao acordar em um hospital após um acidente de carro, Jennifer Stirling não consegue se lembrar de nada. De volta a casa com o marido, ela tenta, em vão, recuperar a memória de sua antiga vida. Por mais que todos à sua volta pareçam atenciosos e amáveis, Jennifer sente que alguma coisa está faltando. É então que ela descobre uma série de cartas de amor escondidas, endereçadas a ela e assinadas apenas por "B", e percebe que não só estava vivendo um romance fora do casamento, como também parecia disposta a arriscar tudo para ficar com seu amante. Quatro décadas depois, a jornalista Ellie Haworth encontra uma dessas cartas endereçadas a Jennifer durante uma pesquisa nos arquivos do jornal em que trabalha. Obcecada pela ideia de reunir os protagonistas desse amor proibido em parte por estar ela mesma envolvida com um homem casado, Ellie começa a procurar por "B", e nem desconfia que, ao fazer isso, talvez encontre uma solução para os problemas do próprio relacionamento. Com personagens realisticamente complexos e uma trama bem-elaborada, A Última Carta de Amor entrelaça as histórias de paixão, adultério e perda de Ellie e Jennifer. Um livro comovente e irremediavelmente romântico.
Resenha:
Preciso começar essa resenha dizendo que não sou fã de histórias que romantizam adultério, mas como a Jojo Moyes é especialista em escrever sobre temas polêmicos, decidi dar uma chance a esse livro.
Começamos a leitura acompanhando Ellie Haworth, uma jornalista que vê sua vida em suspenso ao se envolver com um famoso escritor que é casado. Seus amigos não gostam nada disso, mas ela os ignora. O problema é que viver sonhando acordada com essa paixão está começando a afetar seu desempenho no trabalho, e Ellie sente que precisa voltar a impressionar sua chefe antes que seja demitida. É então que, pesquisando nos arquivos antigos e bolorentos do jornal em busca de uma nova matéria, ela descobre uma carta de amor datada de 1960 que a impressiona profundamente e que a faz se lembrar do próprio relacionamento.
“Ela aceita tão pouco. Por quê? Porque teme que ele se sinta acuado se ela pedir mais, que ele ache que está sendo colocado contra a parede e tudo desmorone em volta dos dois.”
Voltando no tempo, conhecemos Jennifer Stirling, uma jovem da alta sociedade casada com um empresário bem sucedido que, após sofrer um acidente de carro, perde sua memória e tem dificuldade de se ajustar à sua antiga vida. A sensação de que falta algo lhe assombra, ainda mais quando descobre várias cartas de um suposto amante. Ela então parte em busca de tentar identificá-lo ao mesmo tempo que acompanhamos flashbacks do seu passado e montamos junto com ela esse quebra-cabeça.
Eu demorei para me conectar emocionalmente com a Ellie, especialmente porque ela ficava desmerecendo a esposa do John. Já com a Jennifer, talvez por ela estar fragilizada com a perda da memória e o acidente, a empatia foi instantânea. Enquanto o romance da Ellie é visivelmente tóxico e você torce para que ela encontre um cara bacana (olá, Rory!), a gente compreende por que Jennifer se envolveu num romance fora do casamento, uma vez que o marido só queria uma mulher bibelô para exibir para a sociedade.
“Todo ato tem consequência, Ellie. Na minha opinião, o mundo se divide entre aqueles que veem isso e tomam suas decisões de acordo e os que simplesmente vão atrás do que lhes parece bom na hora.”
O romance é bem construído, repleto de reviravoltas e reflexões, ainda que não tenha se tornado meu favorito da autora (“A garota que você deixou para trás” continua nessa posição), posso dizer que me envolvi bastante com a leitura, especialmente com a trama da Jennifer.
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Resenha #302: A Revolta de Atlas (Volume 3)
por Lídia Rayanne
Sinopse:
Na mitologia grega, o titã Atlas recebe de Zeus o castigo eterno de carregar nos ombros o peso dos céus. Neste clássico romance de Ayn Rand, os pensadores, os inovadores e os indivíduos criativos suportam o peso de um mundo decadente enquanto são explorados por parasitas que não reconhecem o valor do trabalho e da produtividade e que se valem da corrupção, da mediocridade e da burocracia para impedir o progresso individual e da sociedade. Mas até quando eles vão aguentar? Considerado o livro mais influente nos Estados Unidos depois da Bíblia, segundo a Biblioteca do Congresso americano, A revolta de Atlas é um romance monumental. A história se passa numa época imprecisa, quando as forças políticas de esquerda estão no poder. Último baluarte do que ainda resta do capitalismo num mundo infestado de repúblicas populares, os Estados Unidos estão em decadência e sua economia caminha para o colapso. Nesse cenário desolador em que a intervenção estatal se sobrepõe a qualquer iniciativa privada de reerguer a economia, os principais líderes da indústria, do empresariado, das ciências e das artes começam a sumir sem deixar pistas. Com medidas arbitrárias e leis manipuladas, o Estado logo se apossa de suas propriedades e invenções, mas não é capaz de manter a lucratividade de seus negócios. Mas a greve de cérebros motivada por um Estado improdutivo à beira da ruína vai cobrar um preço muito alto. E é o homem – e toda a sociedade – quem irá pagar. Ayn Rand traça um panorama estarrecedor de uma realidade em que o desaparecimento das mentes criativas põe em xeque toda a existência. Com personagens fascinantes, como o gênio criador que se transforma num playboy irresponsável, o poderoso industrial do aço que não sabe que trabalha para a própria destruição e a mulher de fibra que tenta recuperar uma ferrovia transcontinental, a autora apresenta os princípios de sua filosofia: a defesa da razão, do individualismo, do livre mercado e da liberdade de expressão, bem como os valores segundo os quais o homem deve viver – a racionalidade, a honestidade, a justiça, a independência, a integridade, a produtividade e o orgulho. Best-seller há mais de 50 anos, com 11 milhões de exemplares vendidos no mundo inteiro, A revolta de Atlas – publicado no Brasil na década de 1980 com o título Quem é John Galt? – desafia algumas das crenças mais arraigadas da sociedade atual. Sua mensagem transformadora conquistou uma legião de leitores e fãs: cada indivíduo é responsável por suas ações e por buscar a liberdade e a felicidade como valores supremos.
Resenha:
Quando terminei o segundo volume de “A Revolta de Atlas”, fiquei ansiosa para saber qual seria o destino de Dagny. Não há muito que se possa dizer sem contar detalhes reveladores sobre o enredo e, como não gosto de estragar a surpresa de ninguém, vou apenas comentar de forma geral o que achei do encerramento dessa história. Então se você quer fugir de spoilers, corra para o último parágrafo.
Logo no começo temos a resposta sobre para onde foram todas as mentes brilhantes que desapareceram nos últimos anos: para uma espécie de paraíso terreno, onde todos vivem em um estado privado, onde não existem impostos, tampouco governantes, onde todos são livres e independentes — o lugar que Dagny sempre sentiu chamar por ela. Porém, ao contrário dos seus companheiros que se tornaram completamente indiferentes ao colapso iminente no mundo exterior, a herdeira da Taggart Transcontinental não quer desistir: enquanto ela puder lutar, tentará com todas as forças manter a ferrovia dos seus antepassados funcionando.
“Só há um tipo de homem que nunca entrou em greve na história da humanidade. Todos os outros tipos e classes pararam quando bem entenderam e apresentaram exigências ao mundo, afirmando-se indispensáveis, menos os homens que sempre carregaram o mundo nos ombros, o mantiveram vivo e suportaram torturas como única forma de pagamento, porém jamais abandonaram a humanidade. Pois chegou a vez deles. Que o mundo descubra quem eles são, o que fazem e o que acontece quando eles se recusam a trabalhar. Esta é a greve dos homens que usam suas mentes, Srta. Taggart. A mente humana está em greve.”
Só que quando ela retorna ao mundo exterior, percebe que a situação política, econômica e moral está ainda mais deteriorada do que quando o deixara. E a criação de uma arma desenvolvida pelo Instituto Científico Nacional ameaça destruir o que ainda resta de um país em frangalhos.
Se há uma frase que combina perfeitamente com esse livro, é: "Deem ao Estado toda força para controlar todas as atividades... e tão logo ou trabalha para ele, ou por ele." Ayn Rand demonstrou de maneira majestosa, quase poética, como o Concerto da Libertação de Richard Halley, que a estatização não presta e que seu fim leva sempre ao colapso de uma nação, mais cedo ou mais tarde. A ideia brilhante por trás de “A Revolta de Atlas” está na seguinte premissa: e se todas as mentes brilhantes decidissem aderir a uma greve e se recusassem a se curvar e a trabalhar para um governo saqueador, quão rápido o mundo poderia se desfazer em pedaços?
“O plano deles, como os planos de todos os reis saqueadores que já existiram, só prevê que o saque dure até o fim de suas vidas. Antes sempre durou, porque em uma única geração não se esgota o número de vítimas. Mas desta vez não vai durar. As vítimas estão em greve.”
Contudo, nem tudo são flores. Em primeiro lugar, para chegar até o fim dos três volumes, o leitor precisa ter paciência para lidar com a narrativa verborrágica da autora. Além disso, a sustentação de um relacionamento romântico nunca foi o forte aqui. A impressão que tive é que o desejo de Dagny está sempre sendo transferindo para o homem que representa os valores supremos de sua vida. Então não importa quantas vezes ela diga que ama determinado personagem, o que ela ama na verdade é o ideal que o homem representa. Dagny muda o objeto de sua afeição tão rápido que, quando ela diz para seu último par romântico que o ama, sequer soa convincente.
Outra coisa que o leitor precisa é ter paciência para encarar, além dos enormes capítulos, é um discurso de mais de 60 páginas, que mais parece um enxerto de algum ensaio em prol do individualismo do que algo que realmente contribua para a trama. E para suportar as 60 páginas do discurso, você precisa entender duas coisas: primeiro, a autora é uma extrema defensora da razão; segundo, ela é uma ateísta militante. E apesar de simpatizar com alguns pontos defendidos por ela no que diz respeito à economia, o “mundo ideal” exposto pela boca de John Galt é tão utópico quanto seu oposto na bússola política.
E aqui vou abrir um parêntese (leia-se desabafo de uma leitora): entendo que um mundo em que a piedade e a ideia de auto sacrifício são usados como armas de extorsão é cruel e perigoso sim; que a busca pela felicidade é importante; mas, como tudo nessa vida, a ideologia da autora, que é pautada puramente num código moral baseado na razão e no individualismo, não deixa de ser utópico também. Piedade é tão importante quanto justiça; auto sacrifício é louvável QUANDO necessário. Um mundo onde piedade e auto sacrifício não existissem só funcionaria num lugar onde todo mundo fosse bom, saudável e estivesse apto a trabalhar (tal como no vale de Galt), mas sabemos que na vida real não é bem assim. Sempre vai existir no meio de nós aqueles que REALMENTE precisam de ajuda (e eu aqui não me refiro a gente preguiçosa e sanguessuga, que é o alvo da crítica da autora). Do contrário, a sociedade se tornaria tão utilitarista ao ponto das pessoas realmente necessitadas viverem num constante estado de constrangimento por dependerem das outras. Da mesma forma, fazer da busca da própria felicidade um código moral depende do quanto essa felicidade pode interferir na felicidade de terceiros. Enfim, entendo alguns pontos, mas não concordo com toda a filosofia por trás do “individualismo”. Viver só para si é tão perigoso quanto viver exclusivamente para o "social", na minha humilde opinião.
Tirando esses detalhes, não posso negar que “A Revolta de Atlas” foi, de longe, uma das experiências literárias que mais me causaram uma verdadeira “explosão mental”, além de ser uma das melhores distopias que já tive o prazer de ler. Uma resenha não pode resumir tudo o que se pode apreender nesse livro, e acho que nem um artigo dividido em diversos tópicos conseguiria. Aqui vemos de tudo: do homem científico que abre mão de defender a verdade a fim de receber subsídios do governo para financiar seus experimentos; dos filósofos e empresários que dizem defender os pobres, mas que no fundo só sentem por eles desprezo; do jovem universitário que descobre tarde demais que foi manipulado para ser a ferramenta de sua própria destruição. Mas o mais icônico, sem dúvida, é o momento de transformação de Dagny de uma workaholic devotada à ferrovia de sua família a alguém que reconhece que o verdadeiro valor não está em objetos inanimados. Algo que seu fiel escudeiro, Eddie Willers, demorou tarde demais para compreender.
“Ela viu toda a luta de sua vida se elevar à sua frente e cair, deixando-a ali, no cume daquele momento. Sorriu, e as palavras em sua mente, que avaliavam e fechavam o passado, eram as palavras de coragem, orgulho e dedicação que a maior parte dos homens jamais chegava a compreender, palavras de um homem de negócios: ‘Não dê preço a nenhum objeto.’”
“A Revolta de Atlas” é uma leitura rica e fundamental para compreender como um país pode ser destruído em menos de uma década, e nunca foi tão necessário para refletir sobre a situação pela qual o nosso Brasil passa. Somos todos como pequenos Atlas, segurando o peso de uma nação em nossos ombros lacerados pela dor. A pergunta é: até quando suportaremos servir ao governantes saqueadores?
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Resenha #377: Três Dias Com Você
por Lídia Rayanne
Sinopse:
Uma mentira não faz mal a ninguém! Principalmente quando a família mora longe. Era assim que Alice pensava até que se viu encurralada ao receber dois convites para a renovação de votos dos pais. Um para ela e outro para seu namorado. O problema, é que ela não tem namorado! Foi tudo uma invenção, para que sua família, inclusive sua irmã, parassem de perturbá-la. E agora? Mentir, dizendo que o namoro acabou? Ou levar alguém para mentir junto com ela? É claro que ela decide pela opção mais difícil! Tudo para evitar a crítica dos pais, e as alfinetadas da irmã extremamente mimada. E quem poderia ser o seu parceiro nessa empreitada? Que tal o homem mais gato da agência em que ela trabalha? Loucura? Talvez, mas o importante é que ele aceita! O problema mesmo, é o que está por vir nesses três dias com ele, e com a família dela. Neste romance de estreia da autora, você verá conflitos familiares, uma trilha sonora e é claro, romance!
Resenha:
“Três Dias com Você” é o romance de estreia da Leticia Mateuzi e conta a história de Alice, uma jovem realizada com a carreira que escolheu, mas que sofre horrores com a desaprovação da família, em particular da mãe e da irmã. Enquanto a primeira acha que nada do que a filha faz é o suficiente para seus altos padrões, a segunda tem uma necessidade obsessiva de disputar com Alice e diminuí-la sempre que tem a oportunidade.
Por esse motivo, em sua última visita à família, Alice acabou contando uma mentirinha para ficar por cima dos comentários ofensivos dessas duas – ela inventou que era sim capaz de arrumar um namorado. E como Alice morava em outra cidade, foi fácil sustentar essa mentira por tanto tempo. O problema é que, quando ela recebe dois convites para a renovação de voto dos pais, Alice entendeu o recado implícito ali: ela deveria levar seu suposto namorado para a festa.
Alice poderia simplesmente contar a verdade ou inventar que tinha terminado o tal namoro? Poderia, mas seria humilhante demais aparecer sozinha e se tornar mais alvo de críticas da mãe e da irmã, embora soubesse que poderia contar com o apoio da avó (que é uma senhora bem fofa!). É então que ela decide pedir ajuda ao Felipe, seu colega de trabalho que se revela uma pessoa bem diferente do ambiente profissional. O problema é que, enquanto precisam convencer a família de Alice de que estão mesmo apaixonados, especialmente a avó (que, por tê-la criado, a conhece melhor do que ninguém), a jovem vai ter que decidir se vai querer que essa mentira se torne realidade.
“Cheguei lá, querendo impressionar, querendo que olhassem para mim de uma forma diferente e depois de tudo, percebi que quem eu precisava convencer a me valorizar, era eu mesma.”
Essa história é muito gostosinha e divertida, mas ao mesmo tempo traz questões bem sérias para refletirmos, como a dificuldade de lidar com relacionamentos tóxicos na própria família. Para mim, a maior lição foi que, mesmo que perdoar faça um bem tremendo ao coração, é preciso reconhecer que as pessoas têm seus defeitos e elas nunca se comportarão como gostaríamos.
“(...) ninguém muda drasticamente em tão pouco tempo, principalmente quando certos hábitos persistem por anos e anos.”
Se você é fã de chick-lit e ama clichês de namoro de mentirinha, precisa conhecer a história de Alice e Felipe, que já promete ter continuação! Agora é só aguardar o lançamento dos livros que vão completar essa trilogia.
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Resenha #376: Sol da Meia-Noite
por Lídia Rayanne
Sinopse:
Aguardado há mais de uma década, Sol da meia-noite, novo livro do universo de Crepúsculo, chega ao Brasil em lançamento mundial no dia 4 de agosto Um dos maiores fenômenos editoriais dos últimos tempos, a saga Crepúsculo narra a icônica história de amor de Bella Swan, uma garota tímida e desastrada, que acaba de mudar de cidade, e Edward Cullen, um rapaz misterioso que esconde um segredo aterrorizante: é um vampiro. Desde a primeira troca de olhares, ele fez tudo para ficar longe dela, mas e se as coisas não tiverem acontecido exatamente assim? Até agora, os leitores conheceram essa trama inesquecível apenas pelos olhos de Bella. No aguardado Sol da meia-noite, vamos testemunhar o nascimento desse amor pelo olhar de Edward, mergulhando em um universo novo, sombrio e surpreendente, cheio de revelações. Conhecer Bella foi o que aconteceu de mais irritante e instigante em todos os anos de Edward como vampiro. À medida que conhecemos detalhes sobre seu passado e a complexidade de seus pensamentos, conseguimos entender por que Bella se tornou o eixo central de uma batalha decisiva em sua vida. Como Edward poderia seguir seu coração se isso significava colocar a amada em perigo? Do que ele seria capaz de abrir mão? Em Sol da meia-noite, Stephenie Meyer faz um retorno triunfal ao universo de Crepúsculo e nos transporta mais uma vez para Forks, convidando-nos a revisitar cada detalhe dessa história que conquistou milhões de fãs em todo o mundo. Em meio a uma paixão cercada de perigos sobrenaturais, vamos descobrir como Edward encara seus prazeres mais profundos e as consequências devastadoras de um amor proibido e imortal.
Resenha:
Não tem como começar essa resenha sem mencionar que esperei mais de 10 anos por esse livro, tanto que já não tinha mais esperanças da autora finalizar essa história contando o ponto de vista do Edward.
Para quem não sabe, o projeto de “Sol da Meia-Noite” foi abandonado por muitos anos pela Stephenie Meyer depois que teve alguns capítulos vazados enquanto ainda escrevia o rascunho inicial. Ela ficou muito chateada porque a história estava longe de estar pronta, por isso desanimou em dar prosseguimento à mesma e disse que só voltaria a escrever quando superasse o episódio. Mesmo assim, durante um bom tempo ela deixou esses capítulos disponíveis em seu site para quem quisesse ter um vislumbre dela.
E foi então que chegou 2020 e a notícia desse lançamento tão aguardado. Para minha tristeza, o livro só conta a visão do Edward do primeiro livro (Crepúsculo), o que para mim não justifica as mais de 700 páginas (dava para contar essa história com muito menos, né, tia Meyer?), mas não vou negar que foi uma experiência surpreendente conhecer os pensamentos dele.
“Bella era boa. Todo o restante se resumia a essa qualidade Generosa e modesta, desprendida e corajosa — ela era boa em todos os sentidos. E parecia que ninguém se dava conta disso além de mim (...)”
Mesmo com suas falhas, em Crepúsculo temos uma visão aperfeiçoada de Edward, uma vez que Bella não enxerga defeitos nele. Edward, no entanto, tem uma visão bem diferente de si mesmo. Ele se enxerga como um verdadeiro monstro, e vai levando a imortalidade como um entediante fardo até que se depara com a novata da escola. A tentação que o cheiro dela provoca no monstro que habita dentro dele é muito, muito pior do que o descrito por Bella.
“Minha vida era uma meia-noite constante e interminável. Por necessidade, sempre seria meia-noite para mim. Então como era possível que o sol estivesse raiando em meio à minha meia-noite?”
O conflito moral que essa sede provoca em Edward tornou a leitura da primeira parte muito maçante por conta do mau-humor e desse lado sombrio dele. mas é quando Edward reconhece sua paixão por Bella e revela seus sentimentos para ela que reconhecemos o vampiro fofo por quem nos apaixonamos na década passada. Toda vez que Edward se perguntava o que se passava na mente de Bella, me dava até vontade de reler o primeiro livro.
“Será que eu amava Bella? Talvez não. Ainda não. Porém, o futuro que Alice vislumbrara continuava vivo na minha mente, e percebi como seria fácil me apaixonar por Bella. Seria como cair: não era preciso esforço. Não me permitir amar Bella seria o oposto: impelir-me despenhadeiro acima, uma mão após a outra, com a mesma dificuldade que teria se só contasse com a força dos mortais.”
Diferente do que me lembro do primeiro livro, o final de “Sol da Meia-Noite” teve um gosto agridoce justamente para justificar o estado de espírito de Edward em Lua Nova, o que só me deu vontade de, além de reler toda a saga, ter mais livros com o ponto de vista dele.
“De repente, enquanto ela comia, uma estranha comparação surgiu em minha mente. Por um segundo, vi Perséfone com a romã na mão, condenando-se ao submundo.
Aquele seria eu? O próprio Hades, cobiçando a primavera, roubando-a, condenando-a à noite sem fim.”
“Ela era vulnerável demais para esse mundo. Precisava de um protetor. E, por uma reviravolta cruel do destino, quem se aproximava mais disso era eu.”
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Resenha #375: O Homem do Castelo Alto
por Lídia Rayanne
Sinopse:
1962, a suástica é hasteada em Nova Iorque. A escravidão é legal, os judeus tentam sobreviver e o I Ching é tão comum quanto horóscopo. Nesta distopia, Philip K. Dick traz uma visão assombrosa da história que poderia ter se tornado real caso a Alemanha nazista e o Japão tivessem ganhado a Segunda Guerra Mundial. Este livro angustiante - adaptado pela Amazon Prime, ganhador do prêmio Hugo de melhor romance - estabeleceu Philip K. Dick no gênero, quebrando a barreira entre a ficção científica e o romance filosófico. Com design de Giovanna Cianelli, a capa conta também com ilustração inédita de Rafael Coutinho, que inspirado pelas obras de Norman Rockwell salienta um dos aspectos mais sombrios do livro: quão próxima da nossa realidade é a história alternativa criada por Dick.
Resenha:
Todo ano eu escolho um gênero para focar na leitura, e esse ano o escolhido foi ficção científica. E como encontrei uma verdadeira mina de ouro de edições da Editora Aleph no programa de assinatura da Amazon Prime, decidi aproveitar a oportunidade para ler “O Homem do Castelo Alto” pelo Prime Reading.
Nessa instigante ficção especulativa, descobrimos uma realidade que mostra o que teria acontecido com o nosso mundo caso a Alemanha nazista e o Império do Japão tivessem vencido a Segunda Guerra Mundial. Após o fim do combate, as potências do Eixo dividiram os Estados Unidos entre si, deixando a costa Oeste nas mãos dos japoneses e a costa Leste sob o comando do Reich. Também existe uma faixa de zona neutra conhecida como Estado das Montanhas Rochosas.
“Um mundo psicótico, este em que vivemos. Os loucos estão no poder. Há quanto tempo sabemos disso? Encaramos isso? E... quantos de nós sabem?”
Conhecemos mais dessa perturbadora realidade acompanhando os seguintes personagens: Nobusuke Tagomi, um representante do comércio japonês em São Francisco; Robert Childan, um comerciante que lucra vendendo antiguidades americanas para japoneses e que tem Tagomi como seu principal cliente; Frank Frink, um judeu que esconde sua identidade e sonha um dia poder reencontrar sua ex-esposa, Juliana Frink, que é agora uma professora de judô na zona neutra. Além disso, temos o Sr. Baynes, um misterioso empresário sueco que parece esconder suas verdadeiras intenções ao viajar até São Francisco para se encontrar com Tagomi.
“Somos toupeiras cegas. Rastejando pelo chão, farejando com nossos focinhos. Não sabemos nada. Percebi isso... e agora não sei para onde ir. Só gritar desesperadamente de medo.”
Essa miscelânea de personagens, aparentemente sem nenhuma relação entre si, tem duas coisas em comum: o uso do I Ching, uma espécie de oráculo milenar que carrega todas as respostas para quem lhe pergunta com sinceridade, e um livro proibido pelo Reich mas que anda fazendo muito sucesso no restante do continente americano: “O Gafanhoto Torna-se Pesado”.
Nesse livro, o autor, também conhecido como o Homem do Castelo Alto, descreve uma realidade aparentemente absurda naquele universo: um mundo onde os Aliados venceram a guerra. E como o Reich não quer que o povo sequer considere tal coisa, nem preciso dizer que a proibição do livro é o suficiente: é necessário se livrar do autor antes que ele cause mais problemas.
“Talvez, se soubermos que somos loucos, então não sejamos loucos. Ou estamos, finalmente, deixando de ser loucos. Despertando. Suponho que apenas poucas pessoas tenham consciência disso. Pessoas isoladas, aqui e ali. Mas as grandes massas... o que será que elas pensam? As centenas de milhares de pessoas aqui nesta cidade. Será que imaginam que vivem num mundo são? Ou adivinham, vislumbram, a verdade...?”
A leitura de “O Homem do Castelo Alto” foi um pouco complicada às vezes pelo tanto de referências históricas que o autor usa, mas nada que não pudesse ser remediado com uma rápida consulta na Wikipédia (obrigada por oferecer esse recurso, Kindle!). E apesar de ter gostado do livro, achei o final um pouquinho decepcionante por conta de algumas perguntas terem ficado sem explicação. E se você não quer pegar um SPOILER GIGANTE, sugiro pule o próximo parágrafo.
Seria a realidade mostrada nessa história apenas uma entre tantas outras, uma vez que o livro “O Gafanhoto” mostra um mundo levemente diferente da realidade geopolítica vivida pelo próprio autor Phlip K. Dick? Sabendo que o Homem do Castelo Alto fez perguntas ao I Ching enquanto escrevia “O Gafanhoto”, por qual razão o oráculo mostrou ao autor uma realidade tão distinta da que os personagens desse universo em questão viviam? Por que a realidade apresentada pelo “O Gafanhoto” é chamada pelo oráculo de "Verdade Interior"? Teria o Sr. Tagomi visto um vislumbre da nossa realidade (ou de uma realidade alternativa) no seu passeio final por São Francisco? Fora os finais abertos dos demais personagens.
“O universo nunca se extinguirá porque, no momento exato em que a escuridão parece ter sufocado tudo, para ser realmente transcendental, as novas sementes de luz renascem das próprias profundezas. Este é o Caminho. Quando a semente cai, penetra na terra, no solo. E lá embaixo, escondida, germina.”
O livro praticamente termina no clímax, deixando a gente ansiando por mais e mais respostas. Mesmo assim, posso dizer que gostei da maneira instigante como o autor construiu a trama, mostrando que, independentemente de como o mal possa dominar o mundo, sempre existirão aqueles que lutarão pelo que é justo e pela defesa da liberdade.
“Mesmo que toda a vida do nosso planeta seja destruída, deve haver vida em alguma outra parte, da qual nada sabemos. É impossível que o nosso mundo seja o único; deve haver outros mundos invisíveis para nós, em alguma região ou dimensão que simplesmente não percebemos.”
Ah, só uma curiosidade: para quem não sabe, existe no Prime Vídeo uma série inspirada no livro que, apesar de tomar várias liberdades, é muito legal e gostei até mais do que da história original. Se quiserem, posso trazer resenha dela aqui depois.
“Em algum outro mundo, talvez seja diferente. Melhor. Existem claramente alternativas boas e ruins. Não essas obscuras justaposições, essas misturas, cujos componentes não conseguimos separar sem as ferramentas adequadas.”
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Resenha #374: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes
por Lídia Rayanne
Sinopse:
UMA HISTÓRIA DA SÉRIE JOGOS VORAZES. AMBIÇÃO O ALIMENTARÁ. COMPETIÇÃO O CONDUZIRÁ. MAS O PODER TEM O SEU PREÇO. É a manhã do dia da colheita que iniciará a décima edição dos Jogos Vorazes. Na Capital, o jovem de dezoito anos Coriolanus Snow se prepara para sua oportunidade de glória como um mentor dos Jogos. A outrora importante casa Snow passa por tempos difíceis e o destino dela depende da pequena chance de Coriolanus ser capaz de encantar, enganar e manipular seus colegas estudantes para conseguir mentorar o tributo vencedor. A sorte não está a favor dele. A ele foi dada a tarefa humilhante de mentorar a garota tributo do Distrito 12, o pior dos piores. Os destinos dos dois estão agora interligados – toda escolha que Coriolanus fizer pode significar sucesso ou fracasso, triunfo ou ruína. Na arena, a batalha será mortal. Fora da arena, Coriolanus começa a se apegar a já condenada garota tributo... e deverá pesar a necessidade de seguir as regras e o desejo de sobreviver custe o que custar.
Resenha:
Nessa prequel de “Jogos Vorazes”, conhecemos o passado do presidente Snow: um rapaz pertencente à elite da Capital. Mas no mundo pós-guerra, a realidade da sua família é bem diferente do que é mostrado para a sociedade: falida e sempre à beira da fome, Coryo e sua prima, Tigris (SIM, A MESMA TIGRIS QUE APARECE EM “A ESPERANÇA”), tentam manter as aparências para o bem da avó, que tem o decadente apartamento da família como refúgio.
“Snow cai como a neve, sempre por cima de tudo.”
Ambicioso e disposto a mudar o rumo de seu destino, Coryo encontra a oportunidade de conseguir dinheiro para entrar na Universidade: como um dos melhores alunos da Academia, ele faz parte do primeiro grupo de mentores designados para a 10ª edição dos Jogos Vorazes. Os alunos têm como objetivo tornar o espetáculo macabro e impopular mais atraente para o público. Só que Coriolanus teve a má sorte de ser designado a uma garota do pior e mais pobre distrito que, ó doce ironia do destino, é o 12.
“Nada que você possa tirar de mim merecia ser guardado.”
Só que logo em sua primeira aparição, seu tributo, Lucy Gray se mostra ao mesmo tempo enigmática e capaz de atrair a atenção da multidão só com a melodia de sua voz. Se ela conquistou Coriolanus de primeira, por que não fazê-la um sucesso na capital? E é através dos olhos do jovem Snow que assistimos os bastidores desses Jogos Vorazes, o mais incomum até então.
Se eu já achava os Jogos Vorazes como o conhecemos brutal, com esse livro dá para perceber que as primeiras edições foram ainda mais desumanas. Enquanto que na época de Katniss havia toda uma pompa e adulação em torno dos Tributos, aqui vemos os jovens dos distritos sendo tratados menos que animais, sendo obrigados a ficar dentro de jaulas de zoológicos e sem comida.
Snow também se revelou um personagem completamente diferente do sádico que imaginava: antes de ser completamente mudado pela corrupção e sede de poder, o rapaz ainda é capaz de sentir empatia e tenta ajudar de verdade Lucy Gray a sobreviver. É possível enxergar uma profunda e verdadeira afeição surgindo entre eles enquanto Coryo tenta torná-la atraente para os patrocinadores dos Jogos, uma novidade nessa edição, e em dado ponto da história se torna impossível não torcer para que essa dupla improvável de mentor e tributo se tornem um casal.
“Ali, na privacidade relativa daquele recanto, ele percebeu pela primeira vez que ela estaria morta em poucos dias. Bom, claro que ele sempre soube disso. Mas pensava nela mais como sua competidora. Seu cavalo numa corrida, seu cachorro em uma briga. Quanto mais ele a tratava como algo especial, mais humana ela se tornava.”
Outro personagem que me surpreendeu foi Sejanus. Vindo do Distrito 2 ainda criança, o rapaz só é aceito pelos seus pares na Capital por conta do dinheiro do seu pai. E por ser de Distrito, Sejanus é um dos poucos da turma de mentores que tenta mudar a cabeça de seus colegas sobre a monstruosidade de colocar crianças para lutar na arena. Mas como ser ouvido quando se tem como idealizadora dos Jogos a Dra. Gaul, uma cientista sádica que não hesita em fazer experimentos sociais e físicos em qualquer oportunidade?
“Vocês não têm o direito de fazer pessoas passarem fome, de puni-las sem motivo. Não têm o direito de tirar a vida e a liberdade delas. Essas são coisas com as quais todo mundo nasce e não são suas para serem tiradas assim. Vencer uma guerra não lhes dá esse direito. Ter armas não lhes dá esse direito. Não dá.”
Suzanne Collins constrói uma trama instigante e permeada por questões filosóficas, nos fazendo sentir empatia e até torcer por Coriolanus e, por que não, para que seu amor por Lucy Gray possa sobreviver nesse mundo absurdo. Mas como uma boa distopia, sabemos que uma história como essa não pode ter um final feliz. A derrocada moral de Coriolanus não aconteceu de uma vez e sim em pequenos e vacilantes passos. E é com maestria que a autora mostra como o jovem e inseguro Coryo viria a se tornar o temido e cruel Presidente Snow.
“Quer alguém descobrisse os atos dele ou não, ele sabia que tinha passado do limite. Na verdade, sabia que estava dançando em cima dele havia um tempo. (...) Ele enxergava tudo agora, a ladeira escorregadia das semanas anteriores (...). O que o aguardava mais abaixo se ele não conseguisse parar de descer a ladeira? De que mais ele seria capaz?”
Para você que é fã da trilogia original, vai encontrar vários momentos fan service e que explicam o ódio que Snow viria a sentir de Katniss e da figura do Tordo no futuro. Enfim, amei o livro e já quero ver a adaptação no cinema!
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