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El Señor e Travo numa noite Irreversível | Reportagem Completa
Gonçalo Ferreira, vocalista dos Travo | mais fotos clicar aqui A primeira edição de “Uma Noite Irreversível” teve lugar em Braga na passada noite de quarta-feira, 4 de outubro, véspera do feriado nacional da Implantação da República Portuguesa. O evento aconteceu no Café-Concerto RUM by Mavy, local situado mesmo ali ao lado do gnration, bem no coração Cidade dos Arcebispos.
A dinamização esteve a cabo da Irreversível Magazine,o evento surgiu numa altura em que este magazine online comemorou um ano do seu regresso à atividade. Para a produção e realização a gig.ROCKS!, editora e promotora bracarense, respondeu assertivamente à chamada.
Respondi de forma positiva, com muito gosto também, ao convite feito ao headLiner para marcarmos presença. Fora formulado por um dos responsáveis da Irreversível Magazine. Eles que são uma espécie de “parceiros de armas” na divulgação de bandas e eventos de menor visibilidade. São um projeto no qual me revejo e ao qual reconheço a sua mais-valia.
Lori Cervi, a tatuadora de serviço | mais fotos clicar aqui Chegado a Braga e caminhando pelas barreiras plásticas do “estaleiro” das obras na Avenida da Liberdade fui encontrar um centro de Braga animado. Já perto das 23h havia pessoas em cafés ou a caminharem pelas ruas. A noite estava límpida e calorosa porém fui deparar com esse cenário pouco habitual, julgando em comparação por ocasiões anteriores.
As pessoas no Café-Concerto RUM by Mavy foram igualmente contagiadas e esteve uma boa vibe. Isso pude comprovar antes dos concertos na esplanada com vista para a praça do gnration. Nessa altura já se encontrava Lory Cervi, tatuadora, ilustradora e artista gráfica, em live-act.
Duarte Oliveira (baixo e voz), Guilherme Pinto dos Santos (guitarra e voz) e Vítor Silva (bateria e voz) acederam ao palco às 23:20h. "Pela primeira vez tivemos uma apresentação à banda" afirmou Guilherme, ele que equipou uma belíssima t-shirt dos Summer Of Hate, depois de umas breves palavras de Francisco Barros, o cicerone da noite e responsável da Irreversível.
Os El Señor de Fafe | mais fotos clicar aqui El Señor tem punk, rock, garage e surf rock em doses cuidadas e bem ponderadas. Eles foram fiéis a outras vezes que os vi. Ao vivo os seus temas ganham uma dimensão superior, com algum desgarramento, com uma atitude frontal onde dão tudo o que têm. Realmente assim tem de sê-lo. Este contributo generoso em palco é essencial para a sua definição como banda. Foi isso a que assisti, mais uma vez este ano, depois da atuação no Café Avenida em Fafe em maio passado.
A primeira tocada foi “Mood in Reverse”, outras das mais recentes foram, por exemplo, “SmallTown Voodoo”, Petty Vagrant”, “Manerisms” ou "Dirty People". O single de lançamento “Convenient Exists” não faltou na setlist. Cumpriram, com muito rigor, uma apresentação segura de ‘Affection to Belong’, o trabalho discográfico mais recente editado em abril deste ano.
Duarte e Guilherme dos El Señor | mais fotos clicar aqui Apesar de lançado em 2019, o LP ‘Suburbs of Joy’ continua ainda bem fresco tal como os temas “Laconic Mutter” ou “So Weak, So What?”. Ficou reservado “This City”, tema que já é imagem de marca El Señor, para o encerramento.
Uma atuação de 50 minutos, bastante bem disposta e que teve períodos de mosh curtos porém bastante intensos na última parte da performance.
Para o final de festa El Señor, power trio orgulhosamente de Fafe, ficou reservado o momento de Duarte Oliveira a tocar enquanto fazia crowdsurf. Final mais épico e alvoroçado era mesmo impossível.
Crowdsurf inesperado de Duarte Oliveira | mais fotos clicar aqui O quarteto composto por David Ferreira (baixo/guitarra), Gonçalo Carneiro (guitarra/sintetizadores), Gonçalo Ferreira (voz/guitarra) e Nuno Gonçalves (bateria/percussão) foram responsáveis por outro grande momento da noite. Falo pois claro da pré-apresentação de ‘Astromorph God’ próximo longa-duração dos Travo com edição marcada para 17 de novembro.
"Prazer do caralho tocar na nossa cidade" logo no início dito por Nuno Gonçalves fez aquecer os ânimos automaticamente com o pessoal bracarense presente a responder na mesma moeda.
Já depois da meia-noite e meia os Travo tomaram conta do palco, nem a bola de espelhos que estava por cima da banda ficou ilesa à explosão sónica dos fresquíssimos temas da banda bracarense. A introdução dos sintetizadores e de reverb fornecendo um efeito ecoado à voz eleva o psych-rock deste quarteto a um nível diferenciado e irresistível. O contributo vocal e dos sintetizadores é decisivo para termos em alguns momentos, um estilo sonoro de transe.
Nuno Gonçalves dos Travo | mais fotos clicar aqui Já Gonçalo Ferreira, o vocalista/guitarrista, vestido a rigor com uma t-shirt dos Pantera é um espetáculo dentro do espetáculo pelas suas expressões bastante pronunciadas e curiosas. Vive os temas com uma intensidade desmesurada.
Este novo trabalho discográfico foi tocado na praticamente na integra, a curta faixa de abertura do disco "Omen" não foi tocada. Fica o destaque para “Turn to the sun”, o single de apresentação de ‘Astromorph God’, lançado recentemente e que já está disponível nas plataformas habituais para ser escutado. Este foi o derradeiro tema interpretado, a sequência foi a seguinte: - "You Won’t See Me" - "Arrow Of Motion" - "Faceless Ghoul" - "Astromorph God" - “Turn to the sun” Anteriormente ao concerto já tinha escutado o referido álbum. Confirmei as boas sensações auditivas ao vivo. Trata-se, sem dúvida, dum lançamento bastante relevante pelo que aconselho a que oiçam ‘Astromorph God’ no próximo dia 17 de novembro.
Gonçalo Ferreira dos Travo | mais fotos clicar aqui A noite no Café-Concerto RUM by Mavy ficou um pouco mais despida depois do concerto dos Travo. Para fecho de festa houve DJ Set por Gonçalo Morgado.
A primeira edição de “Uma Noite Irreversível” teve um bom ambiente com concertos de alta qualidade num dos espaços mais reconhecidos da cidade pela exposição de eventos de música indie/alternativa. Venha daí a segunda edição!
Reportagem Fotográfica completa desta noite: Clicar Aqui
Quarteto Travo a tocarem na sua cidade | mais fotos clicar aqui Texto: Edgar Silva Fotografia: João Pinto
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Hetta e Cobrafuma “partem tudo” numa noite insanamente irreversível | Reportagem Completa
Corajoso crowdsurf de Alexandre Domingos dos Hetta | fotos © Joana Sousa / Shootsounds Teve lugar em Braga no passado sábado, 24 de fevereiro, a segunda edição de “Uma Noite Irreversível”. O evento aconteceu no Café-Concerto RUM by Mavy, local situado mesmo ali ao lado do gnration, bem no coração Cidade dos Arcebispos. Mais uma vez, respondi de forma positiva, com muito gosto também, ao convite feito ao headLiner para marcarmos presença. Novamente formulado pelo principal responsável da Irreversível Magazine.
A dinamização esteve a cabo da Irreversível e contou novamente na produção e realização com o total apoio da gig.ROCKS!, editora e promotora bracarense.
Ao contrário daquela bela e seca noite de outubro em que realizou-se a primeira edição, desta vez segui até Braga sob uma noite bastante carregada. A chuva e o vento foram companheiros persistentes a partir do final da tarde e continuaram pela noite adentro. Tal não foi um empecilho gravoso capaz de travar a lotação totalmente esgotada que já era prevista, as últimas dezenas de bilhetes venderam-se mesmo à porta. Apesar do clima adverso, dentro do Café-Concerto RUM by Mavy vivia-se uma atmosfera contagiante por entre conversas animadas antes do início das “hostilidades”
Francisco Barros, o cicerone da noite e responsável da Irreversível, deu o mote para os concertos com o sorteio do primeiro bagaço, antes da segunda atuação da noite houve outro. Algo bastante incomum, teve até a sua piada. Efetivamente acabou por ser uma forma de dizer “acomodem-se que a viagem vai ser bastante agitada” sem recorrer ao uso de palavras. Todo o público saiu da estação por volta das 23:15h a um ritmo verdadeiramente alucinante. Perante um espaço lotado e um ambiente verdadeiramente fervilhante deu-se o início da atuação dos Hetta.
"Porti", Alexandre e João dos Hetta | fotos © Joana Sousa / Shootsounds Uma das minhas grandes curiosidades do evento foi pela performance desta banda. Banda oriunda do Montijo, junta quatro personalidades: Alexandre Domingos (voz), João Pires (guitarra), Simão Simões (bateria) e João Portalegre AKA “Porti” (baixo). Pude comprovar, muito rapidamente, todo o burburinho gerado em seu redor no decurso de 2023.
O rastilho definitivo (provavelmente nem era necessário) foi Alexandre Domingos fazer logo nos primeiros segundos um mergulho para o crowdsurf de forma tão afirmativa. Tal aconteceu de forma regular durante os cerca de 30 minutos em que os Hetta “agitaram as águas” leia-se: todo o líquido de cerveja e afins alcoólicos a voarem dos respetivos copos.
Alexandre Domingos, tem visualmente a pinta toda para um vocalista de uma banda punk rock. Alia a tal uma voz perfeitamente animalesca, isto, dito e escrito, no sentido positivo da expressão. O som de Hetta é uma amálgama de vários estilos no qual o punk é o ponto inicial: são rajadas explosivas traduzidas pela voz berrante de Alexandre, pelas batidas pujantes de "Porti", os riffs de calorosos produzidos por João na guitarra com o devido complemento do baixo de Simão. Não visualizo outro projeto semelhante no panorama alternativo nacional pelo que a sua existência é altamente positiva. Aliás o próprio Alexandre foi afirmando que é “preciso que a malta nova faça bandas". Seguramente os Hetta são um excelente porto de inspiração.
Alexandre Domingos, o vocalista dos Hetta | fotos © Joana Sousa / Shootsounds Do EP “Headlights”, editado em 2022, foram tocados “Sugar Glass”, “Angel Bait” ou “Prizefighter”, este último o tema de encerramento. Dos singles mais recentes o público foi presentado com “Mold Song” e “Ritalin Kid”.
A meia hora de alta voltagem teve mosh agressivo, sempre com a devida segurança, acompanhado por um pronunciado headbanging foram sinais indiscutíveis da intensidade com que foi vivida a atuação sólida e agitada dos Hetta.
A realeza do rock minhoto marcou presença com elementos de bandas como El Señor e Travo (ambas tocaram na noite inaugural de “Uma Noite Irreversível”), dos Mayu, dos Doutor Assério e dos Capela Mortuária.
Miguel, José e João dos Cobrafuma | fotos © Joana Sousa / Shootsounds A banda seguinte a tocar foram os Cobrafuma, uma das muitas reencarnações do bem conhecido guitarrista minhoto José Roberto Gomes que faz parte também dos Solar Corona, dos Kilimanjaro ou dos The Black Wizards. Na bateria tivemos Luís Chaka Santos, na guitarra Miguel Azevedo e Rui Pedro Martelo no baixo. Estes três incríveis músicos são os restantes elementos desta incrível banda portuense, todos eles vindos de projetos também bastante relevantes como são os casos de Plus Ultra ou Greengo. No relógio passavam já 20 minutos da meia-noite quando a energia dentro do Café-Concerto RUM by Mavy concentrou-se totalmente no sentido do palco. O quarteto portuense, ou se quisermos quatro amigos a rockar, dava entrada em palco para gáudio de todos os presentes. José Roberto Gomes fez questão de marcar a ocasião com o anúncio de que era uma "Noite especial... Última vez que vamos tocar em Braga". Será provavelmente a nota que nos diz que o projeto Cobrafuma não terá continuidade além dos concertos que vão fazer em 2024.
Crowdsurf, uma constante da noite | fotos © Joana Sousa / Shootsounds Maioritariamente a três vozes: José, Miguel e Rui, a performance rolou a um ritmo bastante alucinante por entre um infinito crowdsurf (as mulheres também foram corajosas) e um mosh pit mais acelerado que um bólide da Fórmula 1. Lá no meio do “barulho” todo estavam os fãs “hardcore” com as letras bem ensaiadas. Já o headbanging alastrou a toda a sala, recorrendo a uma expressão do mundo das séries, que nem “wildfire”. Efetivamente o pessoal “curtiu milhões”. No som dos Cobrafuma há uma (boa) mixórdia de estilos musicais: do mais lógico o rock’n’roll, passando pelo punk até ao garage. Tal pude comprovar em faixas como “Trovão”, “Buraco” ou “Coma do Rock”: algumas das que foram apresentadas nesta atuação.
Corpos suados (em tronco nu também) com sorrisos no rosto, malha após malha, eram os sinais que a cobra fumou e provavelmente estava na plenitude de uma das suas mais generosas ganzas de sempre.
Martelo dos Cobrafuma | fotos © Joana Sousa / Shootsounds Foram uns bons momentos de altíssima intensidade, daquele tipo que faz faísca. Uma atuação de “Aço” (um dos últimos temas interpretados) para finalizar uma noite em que a loucura fora extravasada de forma positiva e festiva.
A terceira edição de “Uma Noite Irreversível” já tem data marcada, será a 4 de outubro de 2024.
Agradecimento final à Joana Sousa, nas redes socais como conhecida como Shootsounds pela disponibilização das fotos utilizadas nesta reportagem.
Corajoso crowdsurf de Alexandre Domingos dos Hetta | fotos © Joana Sousa / Shootsounds Texto: Edgar Silva Fotografia: © Joana Sousa | Shootsounds
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