#Ignição a laser
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rcristo · 2 years ago
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Fusão nuclear sustentável é alcançada por ignição a laser em 05/12/2022
Fusão nuclear neste momento é uma realidade em rápido desenvolvimento!
Desejo a todos um espetacular 2023 com muita saúde, foco no progresso e crescimentos sustentável! {RC}. No finalzinho de 2022 conseguimos atingir a fusão nuclear por ignição a laser Em 5 de dezembro de 2022, o U.S. Department of Energy (DOE) – Departamento de Energia dos Estados Unidos, e a National Nuclear Security Administration (NNSA) – Administração Nacional de Segurança Nuclear, anunciaram…
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okutagawa · 2 years ago
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Artigo: O que é fusão nuclear? O que os cientistas conseguiram? Quando usaremos?
O que é fusão nuclear? O que os cientistas conseguiram? Quando usaremos?
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astroimages · 2 years ago
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DIA HISTÓRICO!! FUSÃO NUCLEAR FUNCIONOU!! GEROU MAIS ENERGIA DO QUE CONS...
VENHA FAZER A PÓS GRADUAÇÃO DE ASTRONOMIA DO SPACE TODAY: DETALHES: http://academyspace.com.br/ Por décadas os físicos sabem como a fusão nuclear funciona e sabem também que ela pode ser o grande passo para ajudar e muito a conter o problema de energia no planeta Terra. Existem atualmente pelo mundo muitas iniciativas que tentam de todas as maneiras possíveis tornar a fusão nuclear algo realista e que pode ser aplicado em escala para ajudar a humanidade. Para quem não sabe o processo de fusão nuclear é o mesmo processo que acontece no interior das estrelas, como o Sol. Ou seja, no caso do Sol, dois átomos de hidrogênio se fundem para se transformar num átomo de hélio e nesse processo gerar energia. É diferente do processo que temos hoje que é o processo de fissão nuclear onde se quebra um núcleo atômico para produzir energia. Uma grande vantagem da fusão nuclear, é gerar muita energia e de forma limpa, diferente da fissão nuclear, no caso da fusão não temos resíduo, ou seja, temos uma energia limpa. Então você deve estar se perguntando, por  que já não fizemos isso? Porque é muito complicado, e para gerar energia com a fusão nuclear se gasta muita energia, ou seja, temos um déficit de energia, se gasta mais para gerar o que vai se consumir no final. Isso é um grande entrave para todo o processo e o que faz com que esse processo ainda não seja usado pelo mundo. Conseguir realizar a fusão nuclear de forma eficiente é tido como o maior desafio atualmente da humanidade e não é a toa que muito projetos estão sendo executados em todo o mundo, por países independentes e até mesmo por um consórcio de países no projeto ITER. A grande questão está em como realizar o processo. Existem atualmente duas maneiras de se proceder com a fusão nuclear, uma delas baseada no confinamento magnético, você mantém os íons de elementos acelerando dentro de um reator por um período de tempo até que eles possam se fundir, é isso que é feito na maior parte dos experimentos pelo mundo usando reatores do tipo tokamak. Mas existe um outro tipo que por confinamento inercial, e a ideia desse outro processo é você fundir íons tão rapidamente que eles não tem por onde escapar e nem como escapar e acabam colidindo e se fundindo. Nesse segundo caso são usados feixes de lasers para conduzir a fusão. Dentre os experimentos no mundo que usam fusão por laser, talvez o mais proeminente seja o National Ignition Facility, ligado ao Departamento de Energia dos EUA, e que tenta há muitos anos fazer a ignição do processo de fusão por laser. Na década de 1960, um grupo de cientistas pioneiros do laboratório levantou a hipótese de que os lasers poderiam ser usados para induzir a fusão em um ambiente de laboratório. Liderada pelo físico John Nuckolls, que mais tarde atuou como diretor do laboratório de 1988 a 1994, essa ideia revolucionária tornou-se a fusão de confinamento inercial, dando início a mais de 60 anos de pesquisa e desenvolvimento em lasers, óptica, diagnósticos, fabricação de alvos, modelagem e simulação de computador e design experimental. Para perseguir esse conceito, o laboratório construiu uma série de sistemas de laser cada vez mais poderosos, levando à criação do NIF, o maior e mais energético sistema de laser do mundo. O NIF  é do tamanho de um estádio esportivo e usa poderosos feixes de laser para criar temperaturas e pressões como as dos núcleos de estrelas e planetas gigantes e dentro de armas nucleares explosivas. E então depois de muitos estudos e avanços, o NIF, conseguiu no dia 5 de dezembro de 2022, algo que até então só parecia possível em filmes de ficção científica. Os 192 lasers de alta potência do laboratório foram disparados em uma pequena cápsula contendo um alvo de deutério-trítio. Esses disparos deram ao sistema 2,05 megajoules de energia no experimento, e recuperou 3,15 megajoules de energia de fusão produtora de nêutrons. Um ganho de 1,5. Ou seja, pela primeira vez conseguimos ter uma produção eficiente de energia, gastando menos do que é gerada usando o processo de fusão nuclear. Vale lembrar que todo esse aprimoramento só possível graças a modelos que utilizaram poderosos algoritmos de machine learning para tornar tudo eficiente. Lógico que estamos muito longe de ter isso num nível que possa ser usado por cidades, isso é algo que deve demorar décadas ainda, mas o que se conseguiu foi um primeiro passo muito importante para a humanidade. A partir dessa realização, os pesquisadores agora sabem que existe um caminho para essa geração eficiente de energia. E que venha o hélio 3 da Lua para ajudar ainda mais nesse processo de fusão nuclear. O mais importante de tudo isso, a ciência venceu mais uma vez, e vai impulsionar a humanidade para um futuro muito melhor!!! Fontes: https://www.llnl.gov/news/national-ignition-facility-achieves-fusion-ignition https://www.universetoday.com/159166/fusion-ignition-breakthrough-raises-hopes-questions/ #IGNITION #NUCLEARFUSION #ENERGY
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miguelitov8 · 5 years ago
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Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test
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São os 4 segundos mais importantes da vida de um carro – e da sua tambémLatin NCAP/Divulgação
Quanto custa e quanto tempo é preciso para salvar uma vida? Um crash-test frontal feito pelo Latin NCAP demora, em média, 4 segundos. A colisão propriamente dita é ainda mais rápida, com duração de 120 milésimos de segundo.
Só que essa efemeridade esconde meses de planejamento, “passageiros” mais caros que o próprio carro e um gasto superior a R$ 400.000.
Para entender o complexo processo do teste mais rigoroso da indústria automotiva, QUATRO RODAS foi até o campo de provas do ADAC, o maior automóvel clube da Alemanha, em Landsberg, para conhecer o processo que “mata” centenas de carros visando salvar o maior número possível de vidas.
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Um bloco deformável sobre rodas simula outro carro no teste de colisão lateralLatin NCAP/Divulgação
“Todos os testes são feitos na Alemanha porque não há laboratórios independentes no Brasil com a estrutura que precisamos”, explica Alejandro Furas, secretário-geral do Latin NCAP.
O complexo necessário para fazer todos os testes de colisão englobados pela entidade custa R$ 90 milhões e vai além do obstáculo de alumínio onde os carros colidem a 64 km/h.
Só a estrutura que fica por trás dos objetos em que o veículo vai bater inclui um bloco de concreto de 300 toneladas apoiado em uma fundação com 17 metros de profundidade, feita para absorver o impacto dos mais de 720 crash-tests anuais feitos no laboratório.
No local também há áreas para testes de atropelamento, avaliação de cadeirinhas e do efeito chicote, em que o banco do carro é acelerado rapidamente para a frente, simulando uma colisão traseira.
A estrutura onde ocorre esse teste, aliás, usa campos eletromagnéticos para permitir o pulso exato de aceleração e tem a mesma tecnologia adotada nas catapultas de aeronaves da nova geração de porta-aviões dos Estados Unidos.
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Instalações do laboratório de crash-test de R$ 90 milhões incluem câmeras de alta velocidadeLatin NCAP/Divulgação
Tão moderno quanto são os dummies, os bonecos usados para simular o corpo dos passageiros e projetados especificamente para cada tipo de teste.
Os preços de cada dummy variam, mas a nova geração dos aparelhos que está sendo testada pelo NCAP tem custo unitário superior a R$ 4 milhões.
O uso desses bonecos cheios de sensores praticamente eliminou uma necessidade mórbida da indústria: a adoção de cadáveres nos testes de impacto.
No entanto, ainda são usados corpos doados para a aferição dos dummies e testes que fogem do escopo tradicional do setor, como no desenvolvimento dos cintos infláveis da Ford.
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Pista tem 73 metros de comprimentoLatin NCAP/Divulgação
Normalmente os carros testados pelo Latin NCAP são comprados em concessionárias, por um funcionário que se passa por cliente da marca – exatamente como QUATRO RODAS faz na aquisição dos modelos de Longa Duração.
No entanto, a ONG permite que fabricantes cedam carros que ainda não foram lançados, abrindo caminho para usar os resultados (normalmente favoráveis) na campanha de estreia do carro.
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<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
Para isso as regras são ainda mais rígidas e passam pela escolha de um veículo a esmo no pátio do fabricante, a lacração da unidade e, posteriormente, a compra de um novo automóvel na concessionária para repetir o teste e aferir se os resultados são os mesmos.
Todo esse trâmite custa até R$ 500.000, sem incluir o preço do veículo. Muitos testes são patrocinados, com a montadora reembolsando o Latin NCAP após a compra na concessionária, mas a entidade também usa seus recursos, que vêm do Global NCAP e FIA (Federação Internacional de Automobilismo), para testar modelos que sejam relevantes para o mercado latino-americano.
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<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
A existência dos testes patrocinados faz com que alguns críticos contestem sua credibilidade, pois normalmente os fabricantes que se propõem a bancar o crash-test já sabem, graças a testes internos, que seus veículos terão bons resultados.
Mas isso não é uma regra, já que a QUATRO RODAS presenciou de perto a quebra desse padrão. Na ocasião de nossa visita estava sendo avaliado o novo Renault Sandero, que passou a oferecer airbags laterais de série. A marca estava confiante que isso bastaria para que o hatch (e o Logan) superasse o resultado ruim obtido na última avaliação de colisão lateral.
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Os dummies podem representar de recém-nascidos a mulheres grávidasLatin NCAP/Divulgação
Mas uma discrepância entre as unidades brasileira e colombiana (veja mais no texto da pág. 79) alterou os resultados e provocou uma correria dentro da marca francesa.
Quando o automóvel chega à Alemanha, técnicos do Latin NCAP conferem a integridade dos lacres e preparam o veículo para o teste. A primeira coisa a ser feita é a medição a laser: ela permitirá avaliar com precisão o tamanho da deformação de cada componente após o teste.
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Preço unitário dos dummies pode chegar a R$ 4,5 milhõesLatin NCAP/Divulgação
Depois entram em cena os icônicos adesivos pretos e amarelos, que servem como indicador visual da deformação das chapas e movimentação do veículo e dummies na cabine. As lanternas são removidas para a passagem do “cordão umbilical”, cabo que liga os computadores fixados no porta-malas à central de comando.
A unidade é pesada, e os valores devem coincidir com o divulgado pela marca. Se houver discrepância para menos (um veículo mais leve tem melhor desempenho no teste), pode-se adicionar água no tanque de combustível para chegar ao valor oficial. Isso não é um problema para o motor, que fica desligado – o teste é feito apenas com a ignição acionada, o que mantém ativos todos os airbags e pré-tensionadores.
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<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
Câmeras são fixadas no teto e complementam as imagens feitas pelas filmadoras de alta velocidade posicionadas ao redor do local da colisão. Esses aparelhos de última geração podem captar até 4.000 quadros por segundo (em um filme de cinema são 24), permitindo uma análise detalhada de toda a batida.
Só que, para isso, é preciso de muita luz. Um painel de 300 kW com dezenas de lâmpadas supre essa necessidade, mas gera uma luz tão intensa que só é acesa momentos antes do teste.
Os bancos são posicionados na metade do ajuste de distância do assento e altura, enquanto a inclinação do encosto é deixada em um ângulo próximo a 90o. Todas as medições são feitas usando equipamentos eletrônicos, e marcas são feitas nas peças para garantir que sua posição não mude durante o procedimento de colocação dos dummies.
Por fim, alguns modelos requerem um pequeno furo na maçaneta. Ele é usado para, depois da batida, aferir a força necessária para abrir cada uma das portas usando uma balança por mola, similar à usada para pesar bagagens em casa.
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<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
O alinhamento do veículo com a pista de 73 metros é feito usando um pequeno peso preso por um fio. Dois pinos, um na barreira e outro no carro, são posicionados em direção ao centro de um pequeno adesivo de 2 cm de diâmetro colocado do lado oposto.
Após a colisão, eles são a primeira coisa a ser checada: se não tiverem acertado o alvo, é um indicativo de que o veículo bateu de forma desalinhada, e o teste é invalidado.
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Sensores a laser medem a deformação do carro, que leva computadores no porta-malasLatin NCAP/Divulgação
Com o carro preparado, um pequeno reboque elétrico o leva para o início da pista, onde há uma câmara fria com portas retráteis. Ela é usada para climatizar o carro a 20 oC, equalizando a temperatura independente da estação do ano em que o teste é realizado.
A última coisa a ser feita antes da batida é a pintura de diferentes partes do dummie com uma tinta fresca. Isso permite que os técnicos saibam exatamente onde cada parte do boneco encostou no veículo.
Após a batida, o cenário idêntico ao de um acidente de trânsito tem protocolos tão rigorosos quanto os de um resgate real. Um exaustor é colocado nas janelas (mantidas abertas para evitar reflexos na filmagem) para retirar o gás do propelente do airbag, enquanto outro funcionário varre pedaços de vidro e peças quebradas ao redor do carro.
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Bloco de alumínio usado para a colisão também é avaliadoLatin NCAP/Divulgação
Técnicos fazem fotos de diferentes detalhes da cabine e das portas, que devem se manter fechadas na batida e ser facilmente abertas depois.
Por fim, são avaliados os danos da carroceria e do dummie, que pode ter que ser parcialmente desmontado para sair da cabine caso fique preso nos destroços.
Os resultados brutos são enviados para o fabricante, que também pode acompanhar o teste e até ficar com o veículo após a colisão.
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Aparelho mede até a força necessária para ajustar as tiras da cadeirinha de bebêLatin NCAP/Divulgação
O resultado é apresentado antecipadamente à marca, mas ela não tem poder de questionamento e está sujeita a punições caso piore o conteúdo do carro depois do teste – se perder os airbags extras, o Onix Plus não será mais cinco estrelas, por exemplo.
Mas, considerando a importância cada vez maior que o consumidor está dando para a segurança, nenhuma marca colocará a perder os 4 segundos mais importantes de um automóvel.
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<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
Desvio de rota
Fazer um automóvel que obtenha excelência nas provas de impacto custa caro, mas algumas marcas possuem seus truques para obter melhores resultados sem elevar o custo de desenvolvimento do carro.
A mais antiga é fazer um carro assimétrico: como os testes de colisão eram sempre feitos de um mesmo lado, apenas aquela metade da carroceria era reforçada. A solução foi simples: agora os testes de batida lateral são feitos de forma aleatória, com qualquer um dos lados.
Outra tática, usada pela Renault com o Duster, é discutível, mas permitida pelas regras. Para ser avaliada pelo protocolo antigo, menos rigoroso, a marca patrocinou em 2019 o teste do SUV com uma unidade romena, destinada ao Chile.
Neste ano, o Latin NCAP irá repetir a prova com uma versão brasileira do novo Duster, para garantir que os padrões foram mantidos. A avaliação de quatro estrelas para proteção aos adultos, entretanto, está garantida.
O que mudou?
O protocolo do Latin NCAP que estreou este ano é válido até 2024 e inclui exigências ainda mais rigorosas para se obter a pontuação máxima. Agora a nota é uma só, e se o modelo for mal na proteção para adultos ou crianças, não terá mais cinco estrelas.
Também será avaliada a proteção para pedestres e a inclusão de assistentes ativos, como alerta de veículo no ponto cego, aviso de mudança de faixa e frenagem autônoma de emergência.
Bolsas diferentes
Por padrão, o Latin NCAP avalia a versão mais simples dos carros e na “pior” configuração possível para o teste. Rodas de liga leve são preferidas por serem mais duras (e transferirem mais energia à carroceria).
Nos modelos que possuem a mesma estrutura entre hatch e sedã, a carroceria três-volumes é usada nas provas de impacto lateral por conta do maior efeito alavanca provocado pelo comprimento do veículo.
Veja também
NotíciasLatin NCAP: VW e Toyota dominam ranking dos carros mais seguros do Brasil18 dez 2019 - 07h12
EspecialLatin NCAP: como um órgão com 6 funcionários deixa seu carro mais seguro14 nov 2019 - 07h11
Outra tática é avaliar modelos produzidos em locais diferentes, como foi feito no teste do Renault Sandero, com um Logan brasileiro e um hatch colombiano. Só que o airbag lateral do modelo paranaense é menor, e resultou em avaliações piores do que a versão feita no país vizinho.
Para garantir a boa pontuação obtida pelo Sandero colombiano, a Renault se comprometeu a trocar o airbag das versões brasileiras por um equivalente (e melhor) ao usado em outros mercados.
Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://quatrorodas.abril.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/
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chassisblog · 8 years ago
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Cada moto é numerada individualmente por laser
Desempenho Ducati 959 Panigale edição especial também está disponível com a opção adicional de carbono
A Panigale é uma adição incrível à família Superbike, compartilhando as mesmas características estilísticas inovadoras que caracterizam a sua “irmã maior”, a 1299 Panigale. Agora, o ‘Supermid’ 959 é reforçada com  a #ducati e acessórios de desempenho para criar um impressionante # 959panigale #ducati de desempenho de edição limitada.
Está disponível com duas opções, #ducati opção de desempenho a um preço de varejo de £ 15.995 ou com o pacote de carbono adicional para um extra de £ 1000.
A # 959panigale Special Edition vem com o sistema Akrapovic em titânio, silenciador de escape, bem como componentes feitos de fibra de carbono e alumínio.
O #ducati opção desempenho vem com o titânio Akrapovic sistema de sub-motor, escape e carenagens inferiores de corridas , uma tampa de enchimento do tanque de corrida , pedaleiras articuladas, proteção manete de freio, capa do assento e na cor da Ducati Corse.
Além disso, está disponível um pacote de carbono que vem com tampa da ignição, protetores de calcanhar, rabeta, tampa do pinhão frente de carbono, pesos de guidão em alumínio, protetor de tanque de combustível em carbono,  protetor de corrente e guarda para-lamas traseiro de carbono.
British Ducati 959 Panigale
Cada moto é numerada individualmente por laser Desempenho Ducati 959 Panigale edição especial também está disponível com a opção adicional de carbono…
British Ducati 959 Panigale Cada moto é numerada individualmente por laser Desempenho Ducati 959 Panigale edição especial também está disponível com a opção adicional de carbono…
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tmotomagazine · 8 years ago
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Cada moto é numerada individualmente por laser
Desempenho Ducati 959 Panigale edição especial também está disponível com a opção adicional de carbono
A Panigale é uma adição incrível à família Superbike, compartilhando as mesmas características estilísticas inovadoras que caracterizam a sua “irmã maior”, a 1299 Panigale. Agora, o ‘Supermid’ 959 é reforçada com  a #ducati e acessórios de desempenho para criar um impressionante # 959panigale #ducati de desempenho de edição limitada.
Está disponível com duas opções, #ducati opção de desempenho a um preço de varejo de £ 15.995 ou com o pacote de carbono adicional para um extra de £ 1000.
A # 959panigale Special Edition vem com o sistema Akrapovic em titânio, silenciador de escape, bem como componentes feitos de fibra de carbono e alumínio.
O #ducati opção desempenho vem com o titânio Akrapovic sistema de sub-motor, escape e carenagens inferiores de corridas , uma tampa de enchimento do tanque de corrida , pedaleiras articuladas, proteção manete de freio, capa do assento e na cor da Ducati Corse.
Além disso, está disponível um pacote de carbono que vem com tampa da ignição, protetores de calcanhar, rabeta, tampa do pinhão frente de carbono, pesos de guidão em alumínio, protetor de tanque de combustível em carbono,  protetor de corrente e guarda para-lamas traseiro de carbono.
British Ducati 959 Panigale Cada moto é numerada individualmente por laser Desempenho Ducati 959 Panigale edição especial também está disponível com a opção adicional de carbono…
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miguelitov8 · 5 years ago
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Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test
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São os 4 segundos mais importantes da vida de um carro – e da sua tambémLatin NCAP/Divulgação
Quanto custa e quanto tempo é preciso para salvar uma vida? Um crash-test frontal feito pelo Latin NCAP demora, em média, 4 segundos. A colisão propriamente dita é ainda mais rápida, com duração de 120 milésimos de segundo.
Só que essa efemeridade esconde meses de planejamento, “passageiros” mais caros que o próprio carro e um gasto superior a R$ 400.000.
Para entender o complexo processo do teste mais rigoroso da indústria automotiva, QUATRO RODAS foi até o campo de provas do ADAC, o maior automóvel clube da Alemanha, em Landsberg, para conhecer o processo que “mata” centenas de carros visando salvar o maior número possível de vidas.
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Um bloco deformável sobre rodas simula outro carro no teste de colisão lateralLatin NCAP/Divulgação
“Todos os testes são feitos na Alemanha porque não há laboratórios independentes no Brasil com a estrutura que precisamos”, explica Alejandro Furas, secretário-geral do Latin NCAP.
O complexo necessário para fazer todos os testes de colisão englobados pela entidade custa R$ 90 milhões e vai além do obstáculo de alumínio onde os carros colidem a 64 km/h.
Só a estrutura que fica por trás dos objetos em que o veículo vai bater inclui um bloco de concreto de 300 toneladas apoiado em uma fundação com 17 metros de profundidade, feita para absorver o impacto dos mais de 720 crash-tests anuais feitos no laboratório.
No local também há áreas para testes de atropelamento, avaliação de cadeirinhas e do efeito chicote, em que o banco do carro é acelerado rapidamente para a frente, simulando uma colisão traseira.
A estrutura onde ocorre esse teste, aliás, usa campos eletromagnéticos para permitir o pulso exato de aceleração e tem a mesma tecnologia adotada nas catapultas de aeronaves da nova geração de porta-aviões dos Estados Unidos.
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Instalações do laboratório de crash-test de R$ 90 milhões incluem câmeras de alta velocidadeLatin NCAP/Divulgação
Tão moderno quanto são os dummies, os bonecos usados para simular o corpo dos passageiros e projetados especificamente para cada tipo de teste.
Os preços de cada dummy variam, mas a nova geração dos aparelhos que está sendo testada pelo NCAP tem custo unitário superior a R$ 4 milhões.
O uso desses bonecos cheios de sensores praticamente eliminou uma necessidade mórbida da indústria: a adoção de cadáveres nos testes de impacto.
No entanto, ainda são usados corpos doados para a aferição dos dummies e testes que fogem do escopo tradicional do setor, como no desenvolvimento dos cintos infláveis da Ford.
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Pista tem 73 metros de comprimentoLatin NCAP/Divulgação
Normalmente os carros testados pelo Latin NCAP são comprados em concessionárias, por um funcionário que se passa por cliente da marca – exatamente como QUATRO RODAS faz na aquisição dos modelos de Longa Duração.
No entanto, a ONG permite que fabricantes cedam carros que ainda não foram lançados, abrindo caminho para usar os resultados (normalmente favoráveis) na campanha de estreia do carro.
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<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
Para isso as regras são ainda mais rígidas e passam pela escolha de um veículo a esmo no pátio do fabricante, a lacração da unidade e, posteriormente, a compra de um novo automóvel na concessionária para repetir o teste e aferir se os resultados são os mesmos.
Todo esse trâmite custa até R$ 500.000, sem incluir o preço do veículo. Muitos testes são patrocinados, com a montadora reembolsando o Latin NCAP após a compra na concessionária, mas a entidade também usa seus recursos, que vêm do Global NCAP e FIA (Federação Internacional de Automobilismo), para testar modelos que sejam relevantes para o mercado latino-americano.
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<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
A existência dos testes patrocinados faz com que alguns críticos contestem sua credibilidade, pois normalmente os fabricantes que se propõem a bancar o crash-test já sabem, graças a testes internos, que seus veículos terão bons resultados.
Mas isso não é uma regra, já que a QUATRO RODAS presenciou de perto a quebra desse padrão. Na ocasião de nossa visita estava sendo avaliado o novo Renault Sandero, que passou a oferecer airbags laterais de série. A marca estava confiante que isso bastaria para que o hatch (e o Logan) superasse o resultado ruim obtido na última avaliação de colisão lateral.
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Os dummies podem representar de recém-nascidos a mulheres grávidasLatin NCAP/Divulgação
Mas uma discrepância entre as unidades brasileira e colombiana (veja mais no texto da pág. 79) alterou os resultados e provocou uma correria dentro da marca francesa.
Quando o automóvel chega à Alemanha, técnicos do Latin NCAP conferem a integridade dos lacres e preparam o veículo para o teste. A primeira coisa a ser feita é a medição a laser: ela permitirá avaliar com precisão o tamanho da deformação de cada componente após o teste.
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Preço unitário dos dummies pode chegar a R$ 4,5 milhõesLatin NCAP/Divulgação
Depois entram em cena os icônicos adesivos pretos e amarelos, que servem como indicador visual da deformação das chapas e movimentação do veículo e dummies na cabine. As lanternas são removidas para a passagem do “cordão umbilical”, cabo que liga os computadores fixados no porta-malas à central de comando.
A unidade é pesada, e os valores devem coincidir com o divulgado pela marca. Se houver discrepância para menos (um veículo mais leve tem melhor desempenho no teste), pode-se adicionar água no tanque de combustível para chegar ao valor oficial. Isso não é um problema para o motor, que fica desligado – o teste é feito apenas com a ignição acionada, o que mantém ativos todos os airbags e pré-tensionadores.
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<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
Câmeras são fixadas no teto e complementam as imagens feitas pelas filmadoras de alta velocidade posicionadas ao redor do local da colisão. Esses aparelhos de última geração podem captar até 4.000 quadros por segundo (em um filme de cinema são 24), permitindo uma análise detalhada de toda a batida.
Só que, para isso, é preciso de muita luz. Um painel de 300 kW com dezenas de lâmpadas supre essa necessidade, mas gera uma luz tão intensa que só é acesa momentos antes do teste.
Os bancos são posicionados na metade do ajuste de distância do assento e altura, enquanto a inclinação do encosto é deixada em um ângulo próximo a 90o. Todas as medições são feitas usando equipamentos eletrônicos, e marcas são feitas nas peças para garantir que sua posição não mude durante o procedimento de colocação dos dummies.
Por fim, alguns modelos requerem um pequeno furo na maçaneta. Ele é usado para, depois da batida, aferir a força necessária para abrir cada uma das portas usando uma balança por mola, similar à usada para pesar bagagens em casa.
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O alinhamento do veículo com a pista de 73 metros é feito usando um pequeno peso preso por um fio. Dois pinos, um na barreira e outro no carro, são posicionados em direção ao centro de um pequeno adesivo de 2 cm de diâmetro colocado do lado oposto.
Após a colisão, eles são a primeira coisa a ser checada: se não tiverem acertado o alvo, é um indicativo de que o veículo bateu de forma desalinhada, e o teste é invalidado.
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Sensores a laser medem a deformação do carro, que leva computadores no porta-malasLatin NCAP/Divulgação
Com o carro preparado, um pequeno reboque elétrico o leva para o início da pista, onde há uma câmara fria com portas retráteis. Ela é usada para climatizar o carro a 20 oC, equalizando a temperatura independente da estação do ano em que o teste é realizado.
A última coisa a ser feita antes da batida é a pintura de diferentes partes do dummie com uma tinta fresca. Isso permite que os técnicos saibam exatamente onde cada parte do boneco encostou no veículo.
Após a batida, o cenário idêntico ao de um acidente de trânsito tem protocolos tão rigorosos quanto os de um resgate real. Um exaustor é colocado nas janelas (mantidas abertas para evitar reflexos na filmagem) para retirar o gás do propelente do airbag, enquanto outro funcionário varre pedaços de vidro e peças quebradas ao redor do carro.
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Bloco de alumínio usado para a colisão também é avaliadoLatin NCAP/Divulgação
Técnicos fazem fotos de diferentes detalhes da cabine e das portas, que devem se manter fechadas na batida e ser facilmente abertas depois.
Por fim, são avaliados os danos da carroceria e do dummie, que pode ter que ser parcialmente desmontado para sair da cabine caso fique preso nos destroços.
Os resultados brutos são enviados para o fabricante, que também pode acompanhar o teste e até ficar com o veículo após a colisão.
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Aparelho mede até a força necessária para ajustar as tiras da cadeirinha de bebêLatin NCAP/Divulgação
O resultado é apresentado antecipadamente à marca, mas ela não tem poder de questionamento e está sujeita a punições caso piore o conteúdo do carro depois do teste – se perder os airbags extras, o Onix Plus não será mais cinco estrelas, por exemplo.
Mas, considerando a importância cada vez maior que o consumidor está dando para a segurança, nenhuma marca colocará a perder os 4 segundos mais importantes de um automóvel.
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<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
Desvio de rota
Fazer um automóvel que obtenha excelência nas provas de impacto custa caro, mas algumas marcas possuem seus truques para obter melhores resultados sem elevar o custo de desenvolvimento do carro.
A mais antiga é fazer um carro assimétrico: como os testes de colisão eram sempre feitos de um mesmo lado, apenas aquela metade da carroceria era reforçada. A solução foi simples: agora os testes de batida lateral são feitos de forma aleatória, com qualquer um dos lados.
Outra tática, usada pela Renault com o Duster, é discutível, mas permitida pelas regras. Para ser avaliada pelo protocolo antigo, menos rigoroso, a marca patrocinou em 2019 o teste do SUV com uma unidade romena, destinada ao Chile.
Neste ano, o Latin NCAP irá repetir a prova com uma versão brasileira do novo Duster, para garantir que os padrões foram mantidos. A avaliação de quatro estrelas para proteção aos adultos, entretanto, está garantida.
O que mudou?
O protocolo do Latin NCAP que estreou este ano é válido até 2024 e inclui exigências ainda mais rigorosas para se obter a pontuação máxima. Agora a nota é uma só, e se o modelo for mal na proteção para adultos ou crianças, não terá mais cinco estrelas.
Também será avaliada a proteção para pedestres e a inclusão de assistentes ativos, como alerta de veículo no ponto cego, aviso de mudança de faixa e frenagem autônoma de emergência.
Bolsas diferentes
Por padrão, o Latin NCAP avalia a versão mais simples dos carros e na “pior” configuração possível para o teste. Rodas de liga leve são preferidas por serem mais duras (e transferirem mais energia à carroceria).
Nos modelos que possuem a mesma estrutura entre hatch e sedã, a carroceria três-volumes é usada nas provas de impacto lateral por conta do maior efeito alavanca provocado pelo comprimento do veículo.
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EspecialLatin NCAP: como um órgão com 6 funcionários deixa seu carro mais seguro14 nov 2019 - 07h11
Outra tática é avaliar modelos produzidos em locais diferentes, como foi feito no teste do Renault Sandero, com um Logan brasileiro e um hatch colombiano. Só que o airbag lateral do modelo paranaense é menor, e resultou em avaliações piores do que a versão feita no país vizinho.
Para garantir a boa pontuação obtida pelo Sandero colombiano, a Renault se comprometeu a trocar o airbag das versões brasileiras por um equivalente (e melhor) ao usado em outros mercados.
Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://quatrorodas.abril.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/
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miguelitov8 · 5 years ago
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Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test
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São os 4 segundos mais importantes da vida de um carro – e da sua tambémLatin NCAP/Divulgação
Quanto custa e quanto tempo é preciso para salvar uma vida? Um crash-test frontal feito pelo Latin NCAP demora, em média, 4 segundos. A colisão propriamente dita é ainda mais rápida, com duração de 120 milésimos de segundo.
Só que essa efemeridade esconde meses de planejamento, “passageiros” mais caros que o próprio carro e um gasto superior a R$ 400.000.
Para entender o complexo processo do teste mais rigoroso da indústria automotiva, QUATRO RODAS foi até o campo de provas do ADAC, o maior automóvel clube da Alemanha, em Landsberg, para conhecer o processo que “mata” centenas de carros visando salvar o maior número possível de vidas.
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Um bloco deformável sobre rodas simula outro carro no teste de colisão lateralLatin NCAP/Divulgação
“Todos os testes são feitos na Alemanha porque não há laboratórios independentes no Brasil com a estrutura que precisamos”, explica Alejandro Furas, secretário-geral do Latin NCAP.
O complexo necessário para fazer todos os testes de colisão englobados pela entidade custa R$ 90 milhões e vai além do obstáculo de alumínio onde os carros colidem a 64 km/h.
Só a estrutura que fica por trás dos objetos em que o veículo vai bater inclui um bloco de concreto de 300 toneladas apoiado em uma fundação com 17 metros de profundidade, feita para absorver o impacto dos mais de 720 crash-tests anuais feitos no laboratório.
No local também há áreas para testes de atropelamento, avaliação de cadeirinhas e do efeito chicote, em que o banco do carro é acelerado rapidamente para a frente, simulando uma colisão traseira.
A estrutura onde ocorre esse teste, aliás, usa campos eletromagnéticos para permitir o pulso exato de aceleração e tem a mesma tecnologia adotada nas catapultas de aeronaves da nova geração de porta-aviões dos Estados Unidos.
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Instalações do laboratório de crash-test de R$ 90 milhões incluem câmeras de alta velocidadeLatin NCAP/Divulgação
Tão moderno quanto são os dummies, os bonecos usados para simular o corpo dos passageiros e projetados especificamente para cada tipo de teste.
Os preços de cada dummy variam, mas a nova geração dos aparelhos que está sendo testada pelo NCAP tem custo unitário superior a R$ 4 milhões.
O uso desses bonecos cheios de sensores praticamente eliminou uma necessidade mórbida da indústria: a adoção de cadáveres nos testes de impacto.
No entanto, ainda são usados corpos doados para a aferição dos dummies e testes que fogem do escopo tradicional do setor, como no desenvolvimento dos cintos infláveis da Ford.
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Pista tem 73 metros de comprimentoLatin NCAP/Divulgação
Normalmente os carros testados pelo Latin NCAP são comprados em concessionárias, por um funcionário que se passa por cliente da marca – exatamente como QUATRO RODAS faz na aquisição dos modelos de Longa Duração.
No entanto, a ONG permite que fabricantes cedam carros que ainda não foram lançados, abrindo caminho para usar os resultados (normalmente favoráveis) na campanha de estreia do carro.
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<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
Para isso as regras são ainda mais rígidas e passam pela escolha de um veículo a esmo no pátio do fabricante, a lacração da unidade e, posteriormente, a compra de um novo automóvel na concessionária para repetir o teste e aferir se os resultados são os mesmos.
Todo esse trâmite custa até R$ 500.000, sem incluir o preço do veículo. Muitos testes são patrocinados, com a montadora reembolsando o Latin NCAP após a compra na concessionária, mas a entidade também usa seus recursos, que vêm do Global NCAP e FIA (Federação Internacional de Automobilismo), para testar modelos que sejam relevantes para o mercado latino-americano.
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<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
A existência dos testes patrocinados faz com que alguns críticos contestem sua credibilidade, pois normalmente os fabricantes que se propõem a bancar o crash-test já sabem, graças a testes internos, que seus veículos terão bons resultados.
Mas isso não é uma regra, já que a QUATRO RODAS presenciou de perto a quebra desse padrão. Na ocasião de nossa visita estava sendo avaliado o novo Renault Sandero, que passou a oferecer airbags laterais de série. A marca estava confiante que isso bastaria para que o hatch (e o Logan) superasse o resultado ruim obtido na última avaliação de colisão lateral.
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Os dummies podem representar de recém-nascidos a mulheres grávidasLatin NCAP/Divulgação
Mas uma discrepância entre as unidades brasileira e colombiana (veja mais no texto da pág. 79) alterou os resultados e provocou uma correria dentro da marca francesa.
Quando o automóvel chega à Alemanha, técnicos do Latin NCAP conferem a integridade dos lacres e preparam o veículo para o teste. A primeira coisa a ser feita é a medição a laser: ela permitirá avaliar com precisão o tamanho da deformação de cada componente após o teste.
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Preço unitário dos dummies pode chegar a R$ 4,5 milhõesLatin NCAP/Divulgação
Depois entram em cena os icônicos adesivos pretos e amarelos, que servem como indicador visual da deformação das chapas e movimentação do veículo e dummies na cabine. As lanternas são removidas para a passagem do “cordão umbilical”, cabo que liga os computadores fixados no porta-malas à central de comando.
A unidade é pesada, e os valores devem coincidir com o divulgado pela marca. Se houver discrepância para menos (um veículo mais leve tem melhor desempenho no teste), pode-se adicionar água no tanque de combustível para chegar ao valor oficial. Isso não é um problema para o motor, que fica desligado – o teste é feito apenas com a ignição acionada, o que mantém ativos todos os airbags e pré-tensionadores.
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<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
Câmeras são fixadas no teto e complementam as imagens feitas pelas filmadoras de alta velocidade posicionadas ao redor do local da colisão. Esses aparelhos de última geração podem captar até 4.000 quadros por segundo (em um filme de cinema são 24), permitindo uma análise detalhada de toda a batida.
Só que, para isso, é preciso de muita luz. Um painel de 300 kW com dezenas de lâmpadas supre essa necessidade, mas gera uma luz tão intensa que só é acesa momentos antes do teste.
Os bancos são posicionados na metade do ajuste de distância do assento e altura, enquanto a inclinação do encosto é deixada em um ângulo próximo a 90o. Todas as medições são feitas usando equipamentos eletrônicos, e marcas são feitas nas peças para garantir que sua posição não mude durante o procedimento de colocação dos dummies.
Por fim, alguns modelos requerem um pequeno furo na maçaneta. Ele é usado para, depois da batida, aferir a força necessária para abrir cada uma das portas usando uma balança por mola, similar à usada para pesar bagagens em casa.
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<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
O alinhamento do veículo com a pista de 73 metros é feito usando um pequeno peso preso por um fio. Dois pinos, um na barreira e outro no carro, são posicionados em direção ao centro de um pequeno adesivo de 2 cm de diâmetro colocado do lado oposto.
Após a colisão, eles são a primeira coisa a ser checada: se não tiverem acertado o alvo, é um indicativo de que o veículo bateu de forma desalinhada, e o teste é invalidado.
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Sensores a laser medem a deformação do carro, que leva computadores no porta-malasLatin NCAP/Divulgação
Com o carro preparado, um pequeno reboque elétrico o leva para o início da pista, onde há uma câmara fria com portas retráteis. Ela é usada para climatizar o carro a 20 oC, equalizando a temperatura independente da estação do ano em que o teste é realizado.
A última coisa a ser feita antes da batida é a pintura de diferentes partes do dummie com uma tinta fresca. Isso permite que os técnicos saibam exatamente onde cada parte do boneco encostou no veículo.
Após a batida, o cenário idêntico ao de um acidente de trânsito tem protocolos tão rigorosos quanto os de um resgate real. Um exaustor é colocado nas janelas (mantidas abertas para evitar reflexos na filmagem) para retirar o gás do propelente do airbag, enquanto outro funcionário varre pedaços de vidro e peças quebradas ao redor do carro.
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Bloco de alumínio usado para a colisão também é avaliadoLatin NCAP/Divulgação
Técnicos fazem fotos de diferentes detalhes da cabine e das portas, que devem se manter fechadas na batida e ser facilmente abertas depois.
Por fim, são avaliados os danos da carroceria e do dummie, que pode ter que ser parcialmente desmontado para sair da cabine caso fique preso nos destroços.
Os resultados brutos são enviados para o fabricante, que também pode acompanhar o teste e até ficar com o veículo após a colisão.
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Aparelho mede até a força necessária para ajustar as tiras da cadeirinha de bebêLatin NCAP/Divulgação
O resultado é apresentado antecipadamente à marca, mas ela não tem poder de questionamento e está sujeita a punições caso piore o conteúdo do carro depois do teste – se perder os airbags extras, o Onix Plus não será mais cinco estrelas, por exemplo.
Mas, considerando a importância cada vez maior que o consumidor está dando para a segurança, nenhuma marca colocará a perder os 4 segundos mais importantes de um automóvel.
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<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
Desvio de rota
Fazer um automóvel que obtenha excelência nas provas de impacto custa caro, mas algumas marcas possuem seus truques para obter melhores resultados sem elevar o custo de desenvolvimento do carro.
A mais antiga é fazer um carro assimétrico: como os testes de colisão eram sempre feitos de um mesmo lado, apenas aquela metade da carroceria era reforçada. A solução foi simples: agora os testes de batida lateral são feitos de forma aleatória, com qualquer um dos lados.
Outra tática, usada pela Renault com o Duster, é discutível, mas permitida pelas regras. Para ser avaliada pelo protocolo antigo, menos rigoroso, a marca patrocinou em 2019 o teste do SUV com uma unidade romena, destinada ao Chile.
Neste ano, o Latin NCAP irá repetir a prova com uma versão brasileira do novo Duster, para garantir que os padrões foram mantidos. A avaliação de quatro estrelas para proteção aos adultos, entretanto, está garantida.
O que mudou?
O protocolo do Latin NCAP que estreou este ano é válido até 2024 e inclui exigências ainda mais rigorosas para se obter a pontuação máxima. Agora a nota é uma só, e se o modelo for mal na proteção para adultos ou crianças, não terá mais cinco estrelas.
Também será avaliada a proteção para pedestres e a inclusão de assistentes ativos, como alerta de veículo no ponto cego, aviso de mudança de faixa e frenagem autônoma de emergência.
Bolsas diferentes
Por padrão, o Latin NCAP avalia a versão mais simples dos carros e na “pior” configuração possível para o teste. Rodas de liga leve são preferidas por serem mais duras (e transferirem mais energia à carroceria).
Nos modelos que possuem a mesma estrutura entre hatch e sedã, a carroceria três-volumes é usada nas provas de impacto lateral por conta do maior efeito alavanca provocado pelo comprimento do veículo.
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Outra tática é avaliar modelos produzidos em locais diferentes, como foi feito no teste do Renault Sandero, com um Logan brasileiro e um hatch colombiano. Só que o airbag lateral do modelo paranaense é menor, e resultou em avaliações piores do que a versão feita no país vizinho.
Para garantir a boa pontuação obtida pelo Sandero colombiano, a Renault se comprometeu a trocar o airbag das versões brasileiras por um equivalente (e melhor) ao usado em outros mercados.
Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://quatrorodas.abril.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/
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miguelitov8 · 5 years ago
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Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test
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São os 4 segundos mais importantes da vida de um carro – e da sua tambémLatin NCAP/Divulgação
Quanto custa e quanto tempo é preciso para salvar uma vida? Um crash-test frontal feito pelo Latin NCAP demora, em média, 4 segundos. A colisão propriamente dita é ainda mais rápida, com duração de 120 milésimos de segundo.
Só que essa efemeridade esconde meses de planejamento, “passageiros” mais caros que o próprio carro e um gasto superior a R$ 400.000.
Para entender o complexo processo do teste mais rigoroso da indústria automotiva, QUATRO RODAS foi até o campo de provas do ADAC, o maior automóvel clube da Alemanha, em Landsberg, para conhecer o processo que “mata” centenas de carros visando salvar o maior número possível de vidas.
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Um bloco deformável sobre rodas simula outro carro no teste de colisão lateralLatin NCAP/Divulgação
“Todos os testes são feitos na Alemanha porque não há laboratórios independentes no Brasil com a estrutura que precisamos”, explica Alejandro Furas, secretário-geral do Latin NCAP.
O complexo necessário para fazer todos os testes de colisão englobados pela entidade custa R$ 90 milhões e vai além do obstáculo de alumínio onde os carros colidem a 64 km/h.
Só a estrutura que fica por trás dos objetos em que o veículo vai bater inclui um bloco de concreto de 300 toneladas apoiado em uma fundação com 17 metros de profundidade, feita para absorver o impacto dos mais de 720 crash-tests anuais feitos no laboratório.
No local também há áreas para testes de atropelamento, avaliação de cadeirinhas e do efeito chicote, em que o banco do carro é acelerado rapidamente para a frente, simulando uma colisão traseira.
A estrutura onde ocorre esse teste, aliás, usa campos eletromagnéticos para permitir o pulso exato de aceleração e tem a mesma tecnologia adotada nas catapultas de aeronaves da nova geração de porta-aviões dos Estados Unidos.
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Instalações do laboratório de crash-test de R$ 90 milhões incluem câmeras de alta velocidadeLatin NCAP/Divulgação
Tão moderno quanto são os dummies, os bonecos usados para simular o corpo dos passageiros e projetados especificamente para cada tipo de teste.
Os preços de cada dummy variam, mas a nova geração dos aparelhos que está sendo testada pelo NCAP tem custo unitário superior a R$ 4 milhões.
O uso desses bonecos cheios de sensores praticamente eliminou uma necessidade mórbida da indústria: a adoção de cadáveres nos testes de impacto.
No entanto, ainda são usados corpos doados para a aferição dos dummies e testes que fogem do escopo tradicional do setor, como no desenvolvimento dos cintos infláveis da Ford.
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Pista tem 73 metros de comprimentoLatin NCAP/Divulgação
Normalmente os carros testados pelo Latin NCAP são comprados em concessionárias, por um funcionário que se passa por cliente da marca – exatamente como QUATRO RODAS faz na aquisição dos modelos de Longa Duração.
No entanto, a ONG permite que fabricantes cedam carros que ainda não foram lançados, abrindo caminho para usar os resultados (normalmente favoráveis) na campanha de estreia do carro.
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<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
Para isso as regras são ainda mais rígidas e passam pela escolha de um veículo a esmo no pátio do fabricante, a lacração da unidade e, posteriormente, a compra de um novo automóvel na concessionária para repetir o teste e aferir se os resultados são os mesmos.
Todo esse trâmite custa até R$ 500.000, sem incluir o preço do veículo. Muitos testes são patrocinados, com a montadora reembolsando o Latin NCAP após a compra na concessionária, mas a entidade também usa seus recursos, que vêm do Global NCAP e FIA (Federação Internacional de Automobilismo), para testar modelos que sejam relevantes para o mercado latino-americano.
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<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
A existência dos testes patrocinados faz com que alguns críticos contestem sua credibilidade, pois normalmente os fabricantes que se propõem a bancar o crash-test já sabem, graças a testes internos, que seus veículos terão bons resultados.
Mas isso não é uma regra, já que a QUATRO RODAS presenciou de perto a quebra desse padrão. Na ocasião de nossa visita estava sendo avaliado o novo Renault Sandero, que passou a oferecer airbags laterais de série. A marca estava confiante que isso bastaria para que o hatch (e o Logan) superasse o resultado ruim obtido na última avaliação de colisão lateral.
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Os dummies podem representar de recém-nascidos a mulheres grávidasLatin NCAP/Divulgação
Mas uma discrepância entre as unidades brasileira e colombiana (veja mais no texto da pág. 79) alterou os resultados e provocou uma correria dentro da marca francesa.
Quando o automóvel chega à Alemanha, técnicos do Latin NCAP conferem a integridade dos lacres e preparam o veículo para o teste. A primeira coisa a ser feita é a medição a laser: ela permitirá avaliar com precisão o tamanho da deformação de cada componente após o teste.
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Preço unitário dos dummies pode chegar a R$ 4,5 milhõesLatin NCAP/Divulgação
Depois entram em cena os icônicos adesivos pretos e amarelos, que servem como indicador visual da deformação das chapas e movimentação do veículo e dummies na cabine. As lanternas são removidas para a passagem do “cordão umbilical”, cabo que liga os computadores fixados no porta-malas à central de comando.
A unidade é pesada, e os valores devem coincidir com o divulgado pela marca. Se houver discrepância para menos (um veículo mais leve tem melhor desempenho no teste), pode-se adicionar água no tanque de combustível para chegar ao valor oficial. Isso não é um problema para o motor, que fica desligado – o teste é feito apenas com a ignição acionada, o que mantém ativos todos os airbags e pré-tensionadores.
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<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
Câmeras são fixadas no teto e complementam as imagens feitas pelas filmadoras de alta velocidade posicionadas ao redor do local da colisão. Esses aparelhos de última geração podem captar até 4.000 quadros por segundo (em um filme de cinema são 24), permitindo uma análise detalhada de toda a batida.
Só que, para isso, é preciso de muita luz. Um painel de 300 kW com dezenas de lâmpadas supre essa necessidade, mas gera uma luz tão intensa que só é acesa momentos antes do teste.
Os bancos são posicionados na metade do ajuste de distância do assento e altura, enquanto a inclinação do encosto é deixada em um ângulo próximo a 90o. Todas as medições são feitas usando equipamentos eletrônicos, e marcas são feitas nas peças para garantir que sua posição não mude durante o procedimento de colocação dos dummies.
Por fim, alguns modelos requerem um pequeno furo na maçaneta. Ele é usado para, depois da batida, aferir a força necessária para abrir cada uma das portas usando uma balança por mola, similar à usada para pesar bagagens em casa.
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<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
O alinhamento do veículo com a pista de 73 metros é feito usando um pequeno peso preso por um fio. Dois pinos, um na barreira e outro no carro, são posicionados em direção ao centro de um pequeno adesivo de 2 cm de diâmetro colocado do lado oposto.
Após a colisão, eles são a primeira coisa a ser checada: se não tiverem acertado o alvo, é um indicativo de que o veículo bateu de forma desalinhada, e o teste é invalidado.
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Sensores a laser medem a deformação do carro, que leva computadores no porta-malasLatin NCAP/Divulgação
Com o carro preparado, um pequeno reboque elétrico o leva para o início da pista, onde há uma câmara fria com portas retráteis. Ela é usada para climatizar o carro a 20 oC, equalizando a temperatura independente da estação do ano em que o teste é realizado.
A última coisa a ser feita antes da batida é a pintura de diferentes partes do dummie com uma tinta fresca. Isso permite que os técnicos saibam exatamente onde cada parte do boneco encostou no veículo.
Após a batida, o cenário idêntico ao de um acidente de trânsito tem protocolos tão rigorosos quanto os de um resgate real. Um exaustor é colocado nas janelas (mantidas abertas para evitar reflexos na filmagem) para retirar o gás do propelente do airbag, enquanto outro funcionário varre pedaços de vidro e peças quebradas ao redor do carro.
Tumblr media
Bloco de alumínio usado para a colisão também é avaliadoLatin NCAP/Divulgação
Técnicos fazem fotos de diferentes detalhes da cabine e das portas, que devem se manter fechadas na batida e ser facilmente abertas depois.
Por fim, são avaliados os danos da carroceria e do dummie, que pode ter que ser parcialmente desmontado para sair da cabine caso fique preso nos destroços.
Os resultados brutos são enviados para o fabricante, que também pode acompanhar o teste e até ficar com o veículo após a colisão.
Tumblr media
Aparelho mede até a força necessária para ajustar as tiras da cadeirinha de bebêLatin NCAP/Divulgação
O resultado é apresentado antecipadamente à marca, mas ela não tem poder de questionamento e está sujeita a punições caso piore o conteúdo do carro depois do teste – se perder os airbags extras, o Onix Plus não será mais cinco estrelas, por exemplo.
Mas, considerando a importância cada vez maior que o consumidor está dando para a segurança, nenhuma marca colocará a perder os 4 segundos mais importantes de um automóvel.
Tumblr media
<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
Desvio de rota
Fazer um automóvel que obtenha excelência nas provas de impacto custa caro, mas algumas marcas possuem seus truques para obter melhores resultados sem elevar o custo de desenvolvimento do carro.
A mais antiga é fazer um carro assimétrico: como os testes de colisão eram sempre feitos de um mesmo lado, apenas aquela metade da carroceria era reforçada. A solução foi simples: agora os testes de batida lateral são feitos de forma aleatória, com qualquer um dos lados.
Outra tática, usada pela Renault com o Duster, é discutível, mas permitida pelas regras. Para ser avaliada pelo protocolo antigo, menos rigoroso, a marca patrocinou em 2019 o teste do SUV com uma unidade romena, destinada ao Chile.
Neste ano, o Latin NCAP irá repetir a prova com uma versão brasileira do novo Duster, para garantir que os padrões foram mantidos. A avaliação de quatro estrelas para proteção aos adultos, entretanto, está garantida.
O que mudou?
O protocolo do Latin NCAP que estreou este ano é válido até 2024 e inclui exigências ainda mais rigorosas para se obter a pontuação máxima. Agora a nota é uma só, e se o modelo for mal na proteção para adultos ou crianças, não terá mais cinco estrelas.
Também será avaliada a proteção para pedestres e a inclusão de assistentes ativos, como alerta de veículo no ponto cego, aviso de mudança de faixa e frenagem autônoma de emergência.
Bolsas diferentes
Por padrão, o Latin NCAP avalia a versão mais simples dos carros e na “pior” configuração possível para o teste. Rodas de liga leve são preferidas por serem mais duras (e transferirem mais energia à carroceria).
Nos modelos que possuem a mesma estrutura entre hatch e sedã, a carroceria três-volumes é usada nas provas de impacto lateral por conta do maior efeito alavanca provocado pelo comprimento do veículo.
Veja também
NotíciasLatin NCAP: VW e Toyota dominam ranking dos carros mais seguros do Brasil18 dez 2019 - 07h12
EspecialLatin NCAP: como um órgão com 6 funcionários deixa seu carro mais seguro14 nov 2019 - 07h11
Outra tática é avaliar modelos produzidos em locais diferentes, como foi feito no teste do Renault Sandero, com um Logan brasileiro e um hatch colombiano. Só que o airbag lateral do modelo paranaense é menor, e resultou em avaliações piores do que a versão feita no país vizinho.
Para garantir a boa pontuação obtida pelo Sandero colombiano, a Renault se comprometeu a trocar o airbag das versões brasileiras por um equivalente (e melhor) ao usado em outros mercados.
Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://quatrorodas.abril.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/
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miguelitov8 · 5 years ago
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Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test
São os 4 segundos mais importantes da vida de um carro – e da sua tambémLatin NCAP/Divulgação
Quanto custa e quanto tempo é preciso para salvar uma vida? Um crash-test frontal feito pelo Latin NCAP demora, em média, 4 segundos. A colisão propriamente dita é ainda mais rápida, com duração de 120 milésimos de segundo.
Só que essa efemeridade esconde meses de planejamento, “passageiros” mais caros que o próprio carro e um gasto superior a R$ 400.000.
Para entender o complexo processo do teste mais rigoroso da indústria automotiva, QUATRO RODAS foi até o campo de provas do ADAC, o maior automóvel clube da Alemanha, em Landsberg, para conhecer o processo que “mata” centenas de carros visando salvar o maior número possível de vidas.
Um bloco deformável sobre rodas simula outro carro no teste de colisão lateralLatin NCAP/Divulgação
“Todos os testes são feitos na Alemanha porque não há laboratórios independentes no Brasil com a estrutura que precisamos”, explica Alejandro Furas, secretário-geral do Latin NCAP.
O complexo necessário para fazer todos os testes de colisão englobados pela entidade custa R$ 90 milhões e vai além do obstáculo de alumínio onde os carros colidem a 64 km/h.
Só a estrutura que fica por trás dos objetos em que o veículo vai bater inclui um bloco de concreto de 300 toneladas apoiado em uma fundação com 17 metros de profundidade, feita para absorver o impacto dos mais de 720 crash-tests anuais feitos no laboratório.
No local também há áreas para testes de atropelamento, avaliação de cadeirinhas e do efeito chicote, em que o banco do carro é acelerado rapidamente para a frente, simulando uma colisão traseira.
A estrutura onde ocorre esse teste, aliás, usa campos eletromagnéticos para permitir o pulso exato de aceleração e tem a mesma tecnologia adotada nas catapultas de aeronaves da nova geração de porta-aviões dos Estados Unidos.
Instalações do laboratório de crash-test de R$ 90 milhões incluem câmeras de alta velocidadeLatin NCAP/Divulgação
Tão moderno quanto são os dummies, os bonecos usados para simular o corpo dos passageiros e projetados especificamente para cada tipo de teste.
Os preços de cada dummy variam, mas a nova geração dos aparelhos que está sendo testada pelo NCAP tem custo unitário superior a R$ 4 milhões.
O uso desses bonecos cheios de sensores praticamente eliminou uma necessidade mórbida da indústria: a adoção de cadáveres nos testes de impacto.
No entanto, ainda são usados corpos doados para a aferição dos dummies e testes que fogem do escopo tradicional do setor, como no desenvolvimento dos cintos infláveis da Ford.
Pista tem 73 metros de comprimentoLatin NCAP/Divulgação
Normalmente os carros testados pelo Latin NCAP são comprados em concessionárias, por um funcionário que se passa por cliente da marca – exatamente como QUATRO RODAS faz na aquisição dos modelos de Longa Duração.
No entanto, a ONG permite que fabricantes cedam carros que ainda não foram lançados, abrindo caminho para usar os resultados (normalmente favoráveis) na campanha de estreia do carro.
<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
Para isso as regras são ainda mais rígidas e passam pela escolha de um veículo a esmo no pátio do fabricante, a lacração da unidade e, posteriormente, a compra de um novo automóvel na concessionária para repetir o teste e aferir se os resultados são os mesmos.
Todo esse trâmite custa até R$ 500.000, sem incluir o preço do veículo. Muitos testes são patrocinados, com a montadora reembolsando o Latin NCAP após a compra na concessionária, mas a entidade também usa seus recursos, que vêm do Global NCAP e FIA (Federação Internacional de Automobilismo), para testar modelos que sejam relevantes para o mercado latino-americano.
<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
A existência dos testes patrocinados faz com que alguns críticos contestem sua credibilidade, pois normalmente os fabricantes que se propõem a bancar o crash-test já sabem, graças a testes internos, que seus veículos terão bons resultados.
Mas isso não é uma regra, já que a QUATRO RODAS presenciou de perto a quebra desse padrão. Na ocasião de nossa visita estava sendo avaliado o novo Renault Sandero, que passou a oferecer airbags laterais de série. A marca estava confiante que isso bastaria para que o hatch (e o Logan) superasse o resultado ruim obtido na última avaliação de colisão lateral.
Os dummies podem representar de recém-nascidos a mulheres grávidasLatin NCAP/Divulgação
Mas uma discrepância entre as unidades brasileira e colombiana (veja mais no texto da pág. 79) alterou os resultados e provocou uma correria dentro da marca francesa.
Quando o automóvel chega à Alemanha, técnicos do Latin NCAP conferem a integridade dos lacres e preparam o veículo para o teste. A primeira coisa a ser feita é a medição a laser: ela permitirá avaliar com precisão o tamanho da deformação de cada componente após o teste.
Preço unitário dos dummies pode chegar a R$ 4,5 milhõesLatin NCAP/Divulgação
Depois entram em cena os icônicos adesivos pretos e amarelos, que servem como indicador visual da deformação das chapas e movimentação do veículo e dummies na cabine. As lanternas são removidas para a passagem do “cordão umbilical”, cabo que liga os computadores fixados no porta-malas à central de comando.
A unidade é pesada, e os valores devem coincidir com o divulgado pela marca. Se houver discrepância para menos (um veículo mais leve tem melhor desempenho no teste), pode-se adicionar água no tanque de combustível para chegar ao valor oficial. Isso não é um problema para o motor, que fica desligado – o teste é feito apenas com a ignição acionada, o que mantém ativos todos os airbags e pré-tensionadores.
<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
Câmeras são fixadas no teto e complementam as imagens feitas pelas filmadoras de alta velocidade posicionadas ao redor do local da colisão. Esses aparelhos de última geração podem captar até 4.000 quadros por segundo (em um filme de cinema são 24), permitindo uma análise detalhada de toda a batida.
Só que, para isso, é preciso de muita luz. Um painel de 300 kW com dezenas de lâmpadas supre essa necessidade, mas gera uma luz tão intensa que só é acesa momentos antes do teste.
Os bancos são posicionados na metade do ajuste de distância do assento e altura, enquanto a inclinação do encosto é deixada em um ângulo próximo a 90o. Todas as medições são feitas usando equipamentos eletrônicos, e marcas são feitas nas peças para garantir que sua posição não mude durante o procedimento de colocação dos dummies.
Por fim, alguns modelos requerem um pequeno furo na maçaneta. Ele é usado para, depois da batida, aferir a força necessária para abrir cada uma das portas usando uma balança por mola, similar à usada para pesar bagagens em casa.
<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
O alinhamento do veículo com a pista de 73 metros é feito usando um pequeno peso preso por um fio. Dois pinos, um na barreira e outro no carro, são posicionados em direção ao centro de um pequeno adesivo de 2 cm de diâmetro colocado do lado oposto.
Após a colisão, eles são a primeira coisa a ser checada: se não tiverem acertado o alvo, é um indicativo de que o veículo bateu de forma desalinhada, e o teste é invalidado.
Sensores a laser medem a deformação do carro, que leva computadores no porta-malasLatin NCAP/Divulgação
Com o carro preparado, um pequeno reboque elétrico o leva para o início da pista, onde há uma câmara fria com portas retráteis. Ela é usada para climatizar o carro a 20 oC, equalizando a temperatura independente da estação do ano em que o teste é realizado.
A última coisa a ser feita antes da batida é a pintura de diferentes partes do dummie com uma tinta fresca. Isso permite que os técnicos saibam exatamente onde cada parte do boneco encostou no veículo.
Após a batida, o cenário idêntico ao de um acidente de trânsito tem protocolos tão rigorosos quanto os de um resgate real. Um exaustor é colocado nas janelas (mantidas abertas para evitar reflexos na filmagem) para retirar o gás do propelente do airbag, enquanto outro funcionário varre pedaços de vidro e peças quebradas ao redor do carro.
Bloco de alumínio usado para a colisão também é avaliadoLatin NCAP/Divulgação
Técnicos fazem fotos de diferentes detalhes da cabine e das portas, que devem se manter fechadas na batida e ser facilmente abertas depois.
Por fim, são avaliados os danos da carroceria e do dummie, que pode ter que ser parcialmente desmontado para sair da cabine caso fique preso nos destroços.
Os resultados brutos são enviados para o fabricante, que também pode acompanhar o teste e até ficar com o veículo após a colisão.
Aparelho mede até a força necessária para ajustar as tiras da cadeirinha de bebêLatin NCAP/Divulgação
O resultado é apresentado antecipadamente à marca, mas ela não tem poder de questionamento e está sujeita a punições caso piore o conteúdo do carro depois do teste – se perder os airbags extras, o Onix Plus não será mais cinco estrelas, por exemplo.
Mas, considerando a importância cada vez maior que o consumidor está dando para a segurança, nenhuma marca colocará a perder os 4 segundos mais importantes de um automóvel.
<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
Desvio de rota
Fazer um automóvel que obtenha excelência nas provas de impacto custa caro, mas algumas marcas possuem seus truques para obter melhores resultados sem elevar o custo de desenvolvimento do carro.
A mais antiga é fazer um carro assimétrico: como os testes de colisão eram sempre feitos de um mesmo lado, apenas aquela metade da carroceria era reforçada. A solução foi simples: agora os testes de batida lateral são feitos de forma aleatória, com qualquer um dos lados.
Outra tática, usada pela Renault com o Duster, é discutível, mas permitida pelas regras. Para ser avaliada pelo protocolo antigo, menos rigoroso, a marca patrocinou em 2019 o teste do SUV com uma unidade romena, destinada ao Chile.
Neste ano, o Latin NCAP irá repetir a prova com uma versão brasileira do novo Duster, para garantir que os padrões foram mantidos. A avaliação de quatro estrelas para proteção aos adultos, entretanto, está garantida.
O que mudou?
O protocolo do Latin NCAP que estreou este ano é válido até 2024 e inclui exigências ainda mais rigorosas para se obter a pontuação máxima. Agora a nota é uma só, e se o modelo for mal na proteção para adultos ou crianças, não terá mais cinco estrelas.
Também será avaliada a proteção para pedestres e a inclusão de assistentes ativos, como alerta de veículo no ponto cego, aviso de mudança de faixa e frenagem autônoma de emergência.
Bolsas diferentes
Por padrão, o Latin NCAP avalia a versão mais simples dos carros e na “pior” configuração possível para o teste. Rodas de liga leve são preferidas por serem mais duras (e transferirem mais energia à carroceria).
Nos modelos que possuem a mesma estrutura entre hatch e sedã, a carroceria três-volumes é usada nas provas de impacto lateral por conta do maior efeito alavanca provocado pelo comprimento do veículo.
Veja também
NotíciasLatin NCAP: VW e Toyota dominam ranking dos carros mais seguros do Brasil18 dez 2019 - 07h12
EspecialLatin NCAP: como um órgão com 6 funcionários deixa seu carro mais seguro14 nov 2019 - 07h11
Outra tática é avaliar modelos produzidos em locais diferentes, como foi feito no teste do Renault Sandero, com um Logan brasileiro e um hatch colombiano. Só que o airbag lateral do modelo paranaense é menor, e resultou em avaliações piores do que a versão feita no país vizinho.
Para garantir a boa pontuação obtida pelo Sandero colombiano, a Renault se comprometeu a trocar o airbag das versões brasileiras por um equivalente (e melhor) ao usado em outros mercados.
Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://quatrorodas.abril.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/
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miguelitov8 · 5 years ago
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Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test
São os 4 segundos mais importantes da vida de um carro – e da sua tambémLatin NCAP/Divulgação
Quanto custa e quanto tempo é preciso para salvar uma vida? Um crash-test frontal feito pelo Latin NCAP demora, em média, 4 segundos. A colisão propriamente dita é ainda mais rápida, com duração de 120 milésimos de segundo.
Só que essa efemeridade esconde meses de planejamento, “passageiros” mais caros que o próprio carro e um gasto superior a R$ 400.000.
Para entender o complexo processo do teste mais rigoroso da indústria automotiva, QUATRO RODAS foi até o campo de provas do ADAC, o maior automóvel clube da Alemanha, em Landsberg, para conhecer o processo que “mata” centenas de carros visando salvar o maior número possível de vidas.
Um bloco deformável sobre rodas simula outro carro no teste de colisão lateralLatin NCAP/Divulgação
“Todos os testes são feitos na Alemanha porque não há laboratórios independentes no Brasil com a estrutura que precisamos”, explica Alejandro Furas, secretário-geral do Latin NCAP.
O complexo necessário para fazer todos os testes de colisão englobados pela entidade custa R$ 90 milhões e vai além do obstáculo de alumínio onde os carros colidem a 64 km/h.
Só a estrutura que fica por trás dos objetos em que o veículo vai bater inclui um bloco de concreto de 300 toneladas apoiado em uma fundação com 17 metros de profundidade, feita para absorver o impacto dos mais de 720 crash-tests anuais feitos no laboratório.
No local também há áreas para testes de atropelamento, avaliação de cadeirinhas e do efeito chicote, em que o banco do carro é acelerado rapidamente para a frente, simulando uma colisão traseira.
A estrutura onde ocorre esse teste, aliás, usa campos eletromagnéticos para permitir o pulso exato de aceleração e tem a mesma tecnologia adotada nas catapultas de aeronaves da nova geração de porta-aviões dos Estados Unidos.
Instalações do laboratório de crash-test de R$ 90 milhões incluem câmeras de alta velocidadeLatin NCAP/Divulgação
Tão moderno quanto são os dummies, os bonecos usados para simular o corpo dos passageiros e projetados especificamente para cada tipo de teste.
Os preços de cada dummy variam, mas a nova geração dos aparelhos que está sendo testada pelo NCAP tem custo unitário superior a R$ 4 milhões.
O uso desses bonecos cheios de sensores praticamente eliminou uma necessidade mórbida da indústria: a adoção de cadáveres nos testes de impacto.
No entanto, ainda são usados corpos doados para a aferição dos dummies e testes que fogem do escopo tradicional do setor, como no desenvolvimento dos cintos infláveis da Ford.
Pista tem 73 metros de comprimentoLatin NCAP/Divulgação
Normalmente os carros testados pelo Latin NCAP são comprados em concessionárias, por um funcionário que se passa por cliente da marca – exatamente como QUATRO RODAS faz na aquisição dos modelos de Longa Duração.
No entanto, a ONG permite que fabricantes cedam carros que ainda não foram lançados, abrindo caminho para usar os resultados (normalmente favoráveis) na campanha de estreia do carro.
<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
Para isso as regras são ainda mais rígidas e passam pela escolha de um veículo a esmo no pátio do fabricante, a lacração da unidade e, posteriormente, a compra de um novo automóvel na concessionária para repetir o teste e aferir se os resultados são os mesmos.
Todo esse trâmite custa até R$ 500.000, sem incluir o preço do veículo. Muitos testes são patrocinados, com a montadora reembolsando o Latin NCAP após a compra na concessionária, mas a entidade também usa seus recursos, que vêm do Global NCAP e FIA (Federação Internacional de Automobilismo), para testar modelos que sejam relevantes para o mercado latino-americano.
<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
A existência dos testes patrocinados faz com que alguns críticos contestem sua credibilidade, pois normalmente os fabricantes que se propõem a bancar o crash-test já sabem, graças a testes internos, que seus veículos terão bons resultados.
Mas isso não é uma regra, já que a QUATRO RODAS presenciou de perto a quebra desse padrão. Na ocasião de nossa visita estava sendo avaliado o novo Renault Sandero, que passou a oferecer airbags laterais de série. A marca estava confiante que isso bastaria para que o hatch (e o Logan) superasse o resultado ruim obtido na última avaliação de colisão lateral.
Os dummies podem representar de recém-nascidos a mulheres grávidasLatin NCAP/Divulgação
Mas uma discrepância entre as unidades brasileira e colombiana (veja mais no texto da pág. 79) alterou os resultados e provocou uma correria dentro da marca francesa.
Quando o automóvel chega à Alemanha, técnicos do Latin NCAP conferem a integridade dos lacres e preparam o veículo para o teste. A primeira coisa a ser feita é a medição a laser: ela permitirá avaliar com precisão o tamanho da deformação de cada componente após o teste.
Preço unitário dos dummies pode chegar a R$ 4,5 milhõesLatin NCAP/Divulgação
Depois entram em cena os icônicos adesivos pretos e amarelos, que servem como indicador visual da deformação das chapas e movimentação do veículo e dummies na cabine. As lanternas são removidas para a passagem do “cordão umbilical”, cabo que liga os computadores fixados no porta-malas à central de comando.
A unidade é pesada, e os valores devem coincidir com o divulgado pela marca. Se houver discrepância para menos (um veículo mais leve tem melhor desempenho no teste), pode-se adicionar água no tanque de combustível para chegar ao valor oficial. Isso não é um problema para o motor, que fica desligado – o teste é feito apenas com a ignição acionada, o que mantém ativos todos os airbags e pré-tensionadores.
<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
Câmeras são fixadas no teto e complementam as imagens feitas pelas filmadoras de alta velocidade posicionadas ao redor do local da colisão. Esses aparelhos de última geração podem captar até 4.000 quadros por segundo (em um filme de cinema são 24), permitindo uma análise detalhada de toda a batida.
Só que, para isso, é preciso de muita luz. Um painel de 300 kW com dezenas de lâmpadas supre essa necessidade, mas gera uma luz tão intensa que só é acesa momentos antes do teste.
Os bancos são posicionados na metade do ajuste de distância do assento e altura, enquanto a inclinação do encosto é deixada em um ângulo próximo a 90o. Todas as medições são feitas usando equipamentos eletrônicos, e marcas são feitas nas peças para garantir que sua posição não mude durante o procedimento de colocação dos dummies.
Por fim, alguns modelos requerem um pequeno furo na maçaneta. Ele é usado para, depois da batida, aferir a força necessária para abrir cada uma das portas usando uma balança por mola, similar à usada para pesar bagagens em casa.
<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
O alinhamento do veículo com a pista de 73 metros é feito usando um pequeno peso preso por um fio. Dois pinos, um na barreira e outro no carro, são posicionados em direção ao centro de um pequeno adesivo de 2 cm de diâmetro colocado do lado oposto.
Após a colisão, eles são a primeira coisa a ser checada: se não tiverem acertado o alvo, é um indicativo de que o veículo bateu de forma desalinhada, e o teste é invalidado.
Sensores a laser medem a deformação do carro, que leva computadores no porta-malasLatin NCAP/Divulgação
Com o carro preparado, um pequeno reboque elétrico o leva para o início da pista, onde há uma câmara fria com portas retráteis. Ela é usada para climatizar o carro a 20 oC, equalizando a temperatura independente da estação do ano em que o teste é realizado.
A última coisa a ser feita antes da batida é a pintura de diferentes partes do dummie com uma tinta fresca. Isso permite que os técnicos saibam exatamente onde cada parte do boneco encostou no veículo.
Após a batida, o cenário idêntico ao de um acidente de trânsito tem protocolos tão rigorosos quanto os de um resgate real. Um exaustor é colocado nas janelas (mantidas abertas para evitar reflexos na filmagem) para retirar o gás do propelente do airbag, enquanto outro funcionário varre pedaços de vidro e peças quebradas ao redor do carro.
Bloco de alumínio usado para a colisão também é avaliadoLatin NCAP/Divulgação
Técnicos fazem fotos de diferentes detalhes da cabine e das portas, que devem se manter fechadas na batida e ser facilmente abertas depois.
Por fim, são avaliados os danos da carroceria e do dummie, que pode ter que ser parcialmente desmontado para sair da cabine caso fique preso nos destroços.
Os resultados brutos são enviados para o fabricante, que também pode acompanhar o teste e até ficar com o veículo após a colisão.
Aparelho mede até a força necessária para ajustar as tiras da cadeirinha de bebêLatin NCAP/Divulgação
O resultado é apresentado antecipadamente à marca, mas ela não tem poder de questionamento e está sujeita a punições caso piore o conteúdo do carro depois do teste – se perder os airbags extras, o Onix Plus não será mais cinco estrelas, por exemplo.
Mas, considerando a importância cada vez maior que o consumidor está dando para a segurança, nenhuma marca colocará a perder os 4 segundos mais importantes de um automóvel.
<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
Desvio de rota
Fazer um automóvel que obtenha excelência nas provas de impacto custa caro, mas algumas marcas possuem seus truques para obter melhores resultados sem elevar o custo de desenvolvimento do carro.
A mais antiga é fazer um carro assimétrico: como os testes de colisão eram sempre feitos de um mesmo lado, apenas aquela metade da carroceria era reforçada. A solução foi simples: agora os testes de batida lateral são feitos de forma aleatória, com qualquer um dos lados.
Outra tática, usada pela Renault com o Duster, é discutível, mas permitida pelas regras. Para ser avaliada pelo protocolo antigo, menos rigoroso, a marca patrocinou em 2019 o teste do SUV com uma unidade romena, destinada ao Chile.
Neste ano, o Latin NCAP irá repetir a prova com uma versão brasileira do novo Duster, para garantir que os padrões foram mantidos. A avaliação de quatro estrelas para proteção aos adultos, entretanto, está garantida.
O que mudou?
O protocolo do Latin NCAP que estreou este ano é válido até 2024 e inclui exigências ainda mais rigorosas para se obter a pontuação máxima. Agora a nota é uma só, e se o modelo for mal na proteção para adultos ou crianças, não terá mais cinco estrelas.
Também será avaliada a proteção para pedestres e a inclusão de assistentes ativos, como alerta de veículo no ponto cego, aviso de mudança de faixa e frenagem autônoma de emergência.
Bolsas diferentes
Por padrão, o Latin NCAP avalia a versão mais simples dos carros e na “pior” configuração possível para o teste. Rodas de liga leve são preferidas por serem mais duras (e transferirem mais energia à carroceria).
Nos modelos que possuem a mesma estrutura entre hatch e sedã, a carroceria três-volumes é usada nas provas de impacto lateral por conta do maior efeito alavanca provocado pelo comprimento do veículo.
Veja também
NotíciasLatin NCAP: VW e Toyota dominam ranking dos carros mais seguros do Brasil18 dez 2019 - 07h12
EspecialLatin NCAP: como um órgão com 6 funcionários deixa seu carro mais seguro14 nov 2019 - 07h11
Outra tática é avaliar modelos produzidos em locais diferentes, como foi feito no teste do Renault Sandero, com um Logan brasileiro e um hatch colombiano. Só que o airbag lateral do modelo paranaense é menor, e resultou em avaliações piores do que a versão feita no país vizinho.
Para garantir a boa pontuação obtida pelo Sandero colombiano, a Renault se comprometeu a trocar o airbag das versões brasileiras por um equivalente (e melhor) ao usado em outros mercados.
Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://quatrorodas.abril.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/
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miguelitov8 · 5 years ago
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Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test
São os 4 segundos mais importantes da vida de um carro – e da sua tambémLatin NCAP/Divulgação
Quanto custa e quanto tempo é preciso para salvar uma vida? Um crash-test frontal feito pelo Latin NCAP demora, em média, 4 segundos. A colisão propriamente dita é ainda mais rápida, com duração de 120 milésimos de segundo.
Só que essa efemeridade esconde meses de planejamento, “passageiros” mais caros que o próprio carro e um gasto superior a R$ 400.000.
Para entender o complexo processo do teste mais rigoroso da indústria automotiva, QUATRO RODAS foi até o campo de provas do ADAC, o maior automóvel clube da Alemanha, em Landsberg, para conhecer o processo que “mata” centenas de carros visando salvar o maior número possível de vidas.
Um bloco deformável sobre rodas simula outro carro no teste de colisão lateralLatin NCAP/Divulgação
“Todos os testes são feitos na Alemanha porque não há laboratórios independentes no Brasil com a estrutura que precisamos”, explica Alejandro Furas, secretário-geral do Latin NCAP.
O complexo necessário para fazer todos os testes de colisão englobados pela entidade custa R$ 90 milhões e vai além do obstáculo de alumínio onde os carros colidem a 64 km/h.
Só a estrutura que fica por trás dos objetos em que o veículo vai bater inclui um bloco de concreto de 300 toneladas apoiado em uma fundação com 17 metros de profundidade, feita para absorver o impacto dos mais de 720 crash-tests anuais feitos no laboratório.
No local também há áreas para testes de atropelamento, avaliação de cadeirinhas e do efeito chicote, em que o banco do carro é acelerado rapidamente para a frente, simulando uma colisão traseira.
A estrutura onde ocorre esse teste, aliás, usa campos eletromagnéticos para permitir o pulso exato de aceleração e tem a mesma tecnologia adotada nas catapultas de aeronaves da nova geração de porta-aviões dos Estados Unidos.
Instalações do laboratório de crash-test de R$ 90 milhões incluem câmeras de alta velocidadeLatin NCAP/Divulgação
Tão moderno quanto são os dummies, os bonecos usados para simular o corpo dos passageiros e projetados especificamente para cada tipo de teste.
Os preços de cada dummy variam, mas a nova geração dos aparelhos que está sendo testada pelo NCAP tem custo unitário superior a R$ 4 milhões.
O uso desses bonecos cheios de sensores praticamente eliminou uma necessidade mórbida da indústria: a adoção de cadáveres nos testes de impacto.
No entanto, ainda são usados corpos doados para a aferição dos dummies e testes que fogem do escopo tradicional do setor, como no desenvolvimento dos cintos infláveis da Ford.
Pista tem 73 metros de comprimentoLatin NCAP/Divulgação
Normalmente os carros testados pelo Latin NCAP são comprados em concessionárias, por um funcionário que se passa por cliente da marca – exatamente como QUATRO RODAS faz na aquisição dos modelos de Longa Duração.
No entanto, a ONG permite que fabricantes cedam carros que ainda não foram lançados, abrindo caminho para usar os resultados (normalmente favoráveis) na campanha de estreia do carro.
<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
Para isso as regras são ainda mais rígidas e passam pela escolha de um veículo a esmo no pátio do fabricante, a lacração da unidade e, posteriormente, a compra de um novo automóvel na concessionária para repetir o teste e aferir se os resultados são os mesmos.
Todo esse trâmite custa até R$ 500.000, sem incluir o preço do veículo. Muitos testes são patrocinados, com a montadora reembolsando o Latin NCAP após a compra na concessionária, mas a entidade também usa seus recursos, que vêm do Global NCAP e FIA (Federação Internacional de Automobilismo), para testar modelos que sejam relevantes para o mercado latino-americano.
<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
A existência dos testes patrocinados faz com que alguns críticos contestem sua credibilidade, pois normalmente os fabricantes que se propõem a bancar o crash-test já sabem, graças a testes internos, que seus veículos terão bons resultados.
Mas isso não é uma regra, já que a QUATRO RODAS presenciou de perto a quebra desse padrão. Na ocasião de nossa visita estava sendo avaliado o novo Renault Sandero, que passou a oferecer airbags laterais de série. A marca estava confiante que isso bastaria para que o hatch (e o Logan) superasse o resultado ruim obtido na última avaliação de colisão lateral.
Os dummies podem representar de recém-nascidos a mulheres grávidasLatin NCAP/Divulgação
Mas uma discrepância entre as unidades brasileira e colombiana (veja mais no texto da pág. 79) alterou os resultados e provocou uma correria dentro da marca francesa.
Quando o automóvel chega à Alemanha, técnicos do Latin NCAP conferem a integridade dos lacres e preparam o veículo para o teste. A primeira coisa a ser feita é a medição a laser: ela permitirá avaliar com precisão o tamanho da deformação de cada componente após o teste.
Preço unitário dos dummies pode chegar a R$ 4,5 milhõesLatin NCAP/Divulgação
Depois entram em cena os icônicos adesivos pretos e amarelos, que servem como indicador visual da deformação das chapas e movimentação do veículo e dummies na cabine. As lanternas são removidas para a passagem do “cordão umbilical”, cabo que liga os computadores fixados no porta-malas à central de comando.
A unidade é pesada, e os valores devem coincidir com o divulgado pela marca. Se houver discrepância para menos (um veículo mais leve tem melhor desempenho no teste), pode-se adicionar água no tanque de combustível para chegar ao valor oficial. Isso não é um problema para o motor, que fica desligado – o teste é feito apenas com a ignição acionada, o que mantém ativos todos os airbags e pré-tensionadores.
<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
Câmeras são fixadas no teto e complementam as imagens feitas pelas filmadoras de alta velocidade posicionadas ao redor do local da colisão. Esses aparelhos de última geração podem captar até 4.000 quadros por segundo (em um filme de cinema são 24), permitindo uma análise detalhada de toda a batida.
Só que, para isso, é preciso de muita luz. Um painel de 300 kW com dezenas de lâmpadas supre essa necessidade, mas gera uma luz tão intensa que só é acesa momentos antes do teste.
Os bancos são posicionados na metade do ajuste de distância do assento e altura, enquanto a inclinação do encosto é deixada em um ângulo próximo a 90o. Todas as medições são feitas usando equipamentos eletrônicos, e marcas são feitas nas peças para garantir que sua posição não mude durante o procedimento de colocação dos dummies.
Por fim, alguns modelos requerem um pequeno furo na maçaneta. Ele é usado para, depois da batida, aferir a força necessária para abrir cada uma das portas usando uma balança por mola, similar à usada para pesar bagagens em casa.
<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
O alinhamento do veículo com a pista de 73 metros é feito usando um pequeno peso preso por um fio. Dois pinos, um na barreira e outro no carro, são posicionados em direção ao centro de um pequeno adesivo de 2 cm de diâmetro colocado do lado oposto.
Após a colisão, eles são a primeira coisa a ser checada: se não tiverem acertado o alvo, é um indicativo de que o veículo bateu de forma desalinhada, e o teste é invalidado.
Sensores a laser medem a deformação do carro, que leva computadores no porta-malasLatin NCAP/Divulgação
Com o carro preparado, um pequeno reboque elétrico o leva para o início da pista, onde há uma câmara fria com portas retráteis. Ela é usada para climatizar o carro a 20 oC, equalizando a temperatura independente da estação do ano em que o teste é realizado.
A última coisa a ser feita antes da batida é a pintura de diferentes partes do dummie com uma tinta fresca. Isso permite que os técnicos saibam exatamente onde cada parte do boneco encostou no veículo.
Após a batida, o cenário idêntico ao de um acidente de trânsito tem protocolos tão rigorosos quanto os de um resgate real. Um exaustor é colocado nas janelas (mantidas abertas para evitar reflexos na filmagem) para retirar o gás do propelente do airbag, enquanto outro funcionário varre pedaços de vidro e peças quebradas ao redor do carro.
Bloco de alumínio usado para a colisão também é avaliadoLatin NCAP/Divulgação
Técnicos fazem fotos de diferentes detalhes da cabine e das portas, que devem se manter fechadas na batida e ser facilmente abertas depois.
Por fim, são avaliados os danos da carroceria e do dummie, que pode ter que ser parcialmente desmontado para sair da cabine caso fique preso nos destroços.
Os resultados brutos são enviados para o fabricante, que também pode acompanhar o teste e até ficar com o veículo após a colisão.
Aparelho mede até a força necessária para ajustar as tiras da cadeirinha de bebêLatin NCAP/Divulgação
O resultado é apresentado antecipadamente à marca, mas ela não tem poder de questionamento e está sujeita a punições caso piore o conteúdo do carro depois do teste – se perder os airbags extras, o Onix Plus não será mais cinco estrelas, por exemplo.
Mas, considerando a importância cada vez maior que o consumidor está dando para a segurança, nenhuma marca colocará a perder os 4 segundos mais importantes de um automóvel.
<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
Desvio de rota
Fazer um automóvel que obtenha excelência nas provas de impacto custa caro, mas algumas marcas possuem seus truques para obter melhores resultados sem elevar o custo de desenvolvimento do carro.
A mais antiga é fazer um carro assimétrico: como os testes de colisão eram sempre feitos de um mesmo lado, apenas aquela metade da carroceria era reforçada. A solução foi simples: agora os testes de batida lateral são feitos de forma aleatória, com qualquer um dos lados.
Outra tática, usada pela Renault com o Duster, é discutível, mas permitida pelas regras. Para ser avaliada pelo protocolo antigo, menos rigoroso, a marca patrocinou em 2019 o teste do SUV com uma unidade romena, destinada ao Chile.
Neste ano, o Latin NCAP irá repetir a prova com uma versão brasileira do novo Duster, para garantir que os padrões foram mantidos. A avaliação de quatro estrelas para proteção aos adultos, entretanto, está garantida.
O que mudou?
O protocolo do Latin NCAP que estreou este ano é válido até 2024 e inclui exigências ainda mais rigorosas para se obter a pontuação máxima. Agora a nota é uma só, e se o modelo for mal na proteção para adultos ou crianças, não terá mais cinco estrelas.
Também será avaliada a proteção para pedestres e a inclusão de assistentes ativos, como alerta de veículo no ponto cego, aviso de mudança de faixa e frenagem autônoma de emergência.
Bolsas diferentes
Por padrão, o Latin NCAP avalia a versão mais simples dos carros e na “pior” configuração possível para o teste. Rodas de liga leve são preferidas por serem mais duras (e transferirem mais energia à carroceria).
Nos modelos que possuem a mesma estrutura entre hatch e sedã, a carroceria três-volumes é usada nas provas de impacto lateral por conta do maior efeito alavanca provocado pelo comprimento do veículo.
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EspecialLatin NCAP: como um órgão com 6 funcionários deixa seu carro mais seguro14 nov 2019 - 07h11
Outra tática é avaliar modelos produzidos em locais diferentes, como foi feito no teste do Renault Sandero, com um Logan brasileiro e um hatch colombiano. Só que o airbag lateral do modelo paranaense é menor, e resultou em avaliações piores do que a versão feita no país vizinho.
Para garantir a boa pontuação obtida pelo Sandero colombiano, a Renault se comprometeu a trocar o airbag das versões brasileiras por um equivalente (e melhor) ao usado em outros mercados.
Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://quatrorodas.abril.com.br/ Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://carangoslegais.com.br/
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miguelitov8 · 5 years ago
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Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test
São os 4 segundos mais importantes da vida de um carro – e da sua tambémLatin NCAP/Divulgação
Quanto custa e quanto tempo é preciso para salvar uma vida? Um crash-test frontal feito pelo Latin NCAP demora, em média, 4 segundos. A colisão propriamente dita é ainda mais rápida, com duração de 120 milésimos de segundo.
Só que essa efemeridade esconde meses de planejamento, “passageiros” mais caros que o próprio carro e um gasto superior a R$ 400.000.
Para entender o complexo processo do teste mais rigoroso da indústria automotiva, QUATRO RODAS foi até o campo de provas do ADAC, o maior automóvel clube da Alemanha, em Landsberg, para conhecer o processo que “mata” centenas de carros visando salvar o maior número possível de vidas.
Um bloco deformável sobre rodas simula outro carro no teste de colisão lateralLatin NCAP/Divulgação
“Todos os testes são feitos na Alemanha porque não há laboratórios independentes no Brasil com a estrutura que precisamos”, explica Alejandro Furas, secretário-geral do Latin NCAP.
O complexo necessário para fazer todos os testes de colisão englobados pela entidade custa R$ 90 milhões e vai além do obstáculo de alumínio onde os carros colidem a 64 km/h.
Só a estrutura que fica por trás dos objetos em que o veículo vai bater inclui um bloco de concreto de 300 toneladas apoiado em uma fundação com 17 metros de profundidade, feita para absorver o impacto dos mais de 720 crash-tests anuais feitos no laboratório.
No local também há áreas para testes de atropelamento, avaliação de cadeirinhas e do efeito chicote, em que o banco do carro é acelerado rapidamente para a frente, simulando uma colisão traseira.
A estrutura onde ocorre esse teste, aliás, usa campos eletromagnéticos para permitir o pulso exato de aceleração e tem a mesma tecnologia adotada nas catapultas de aeronaves da nova geração de porta-aviões dos Estados Unidos.
Instalações do laboratório de crash-test de R$ 90 milhões incluem câmeras de alta velocidadeLatin NCAP/Divulgação
Tão moderno quanto são os dummies, os bonecos usados para simular o corpo dos passageiros e projetados especificamente para cada tipo de teste.
Os preços de cada dummy variam, mas a nova geração dos aparelhos que está sendo testada pelo NCAP tem custo unitário superior a R$ 4 milhões.
O uso desses bonecos cheios de sensores praticamente eliminou uma necessidade mórbida da indústria: a adoção de cadáveres nos testes de impacto.
No entanto, ainda são usados corpos doados para a aferição dos dummies e testes que fogem do escopo tradicional do setor, como no desenvolvimento dos cintos infláveis da Ford.
Pista tem 73 metros de comprimentoLatin NCAP/Divulgação
Normalmente os carros testados pelo Latin NCAP são comprados em concessionárias, por um funcionário que se passa por cliente da marca – exatamente como QUATRO RODAS faz na aquisição dos modelos de Longa Duração.
No entanto, a ONG permite que fabricantes cedam carros que ainda não foram lançados, abrindo caminho para usar os resultados (normalmente favoráveis) na campanha de estreia do carro.
<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
Para isso as regras são ainda mais rígidas e passam pela escolha de um veículo a esmo no pátio do fabricante, a lacração da unidade e, posteriormente, a compra de um novo automóvel na concessionária para repetir o teste e aferir se os resultados são os mesmos.
Todo esse trâmite custa até R$ 500.000, sem incluir o preço do veículo. Muitos testes são patrocinados, com a montadora reembolsando o Latin NCAP após a compra na concessionária, mas a entidade também usa seus recursos, que vêm do Global NCAP e FIA (Federação Internacional de Automobilismo), para testar modelos que sejam relevantes para o mercado latino-americano.
<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
A existência dos testes patrocinados faz com que alguns críticos contestem sua credibilidade, pois normalmente os fabricantes que se propõem a bancar o crash-test já sabem, graças a testes internos, que seus veículos terão bons resultados.
Mas isso não é uma regra, já que a QUATRO RODAS presenciou de perto a quebra desse padrão. Na ocasião de nossa visita estava sendo avaliado o novo Renault Sandero, que passou a oferecer airbags laterais de série. A marca estava confiante que isso bastaria para que o hatch (e o Logan) superasse o resultado ruim obtido na última avaliação de colisão lateral.
Os dummies podem representar de recém-nascidos a mulheres grávidasLatin NCAP/Divulgação
Mas uma discrepância entre as unidades brasileira e colombiana (veja mais no texto da pág. 79) alterou os resultados e provocou uma correria dentro da marca francesa.
Quando o automóvel chega à Alemanha, técnicos do Latin NCAP conferem a integridade dos lacres e preparam o veículo para o teste. A primeira coisa a ser feita é a medição a laser: ela permitirá avaliar com precisão o tamanho da deformação de cada componente após o teste.
Preço unitário dos dummies pode chegar a R$ 4,5 milhõesLatin NCAP/Divulgação
Depois entram em cena os icônicos adesivos pretos e amarelos, que servem como indicador visual da deformação das chapas e movimentação do veículo e dummies na cabine. As lanternas são removidas para a passagem do “cordão umbilical”, cabo que liga os computadores fixados no porta-malas à central de comando.
A unidade é pesada, e os valores devem coincidir com o divulgado pela marca. Se houver discrepância para menos (um veículo mais leve tem melhor desempenho no teste), pode-se adicionar água no tanque de combustível para chegar ao valor oficial. Isso não é um problema para o motor, que fica desligado – o teste é feito apenas com a ignição acionada, o que mantém ativos todos os airbags e pré-tensionadores.
<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
Câmeras são fixadas no teto e complementam as imagens feitas pelas filmadoras de alta velocidade posicionadas ao redor do local da colisão. Esses aparelhos de última geração podem captar até 4.000 quadros por segundo (em um filme de cinema são 24), permitindo uma análise detalhada de toda a batida.
Só que, para isso, é preciso de muita luz. Um painel de 300 kW com dezenas de lâmpadas supre essa necessidade, mas gera uma luz tão intensa que só é acesa momentos antes do teste.
Os bancos são posicionados na metade do ajuste de distância do assento e altura, enquanto a inclinação do encosto é deixada em um ângulo próximo a 90o. Todas as medições são feitas usando equipamentos eletrônicos, e marcas são feitas nas peças para garantir que sua posição não mude durante o procedimento de colocação dos dummies.
Por fim, alguns modelos requerem um pequeno furo na maçaneta. Ele é usado para, depois da batida, aferir a força necessária para abrir cada uma das portas usando uma balança por mola, similar à usada para pesar bagagens em casa.
<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
O alinhamento do veículo com a pista de 73 metros é feito usando um pequeno peso preso por um fio. Dois pinos, um na barreira e outro no carro, são posicionados em direção ao centro de um pequeno adesivo de 2 cm de diâmetro colocado do lado oposto.
Após a colisão, eles são a primeira coisa a ser checada: se não tiverem acertado o alvo, é um indicativo de que o veículo bateu de forma desalinhada, e o teste é invalidado.
Sensores a laser medem a deformação do carro, que leva computadores no porta-malasLatin NCAP/Divulgação
Com o carro preparado, um pequeno reboque elétrico o leva para o início da pista, onde há uma câmara fria com portas retráteis. Ela é usada para climatizar o carro a 20 oC, equalizando a temperatura independente da estação do ano em que o teste é realizado.
A última coisa a ser feita antes da batida é a pintura de diferentes partes do dummie com uma tinta fresca. Isso permite que os técnicos saibam exatamente onde cada parte do boneco encostou no veículo.
Após a batida, o cenário idêntico ao de um acidente de trânsito tem protocolos tão rigorosos quanto os de um resgate real. Um exaustor é colocado nas janelas (mantidas abertas para evitar reflexos na filmagem) para retirar o gás do propelente do airbag, enquanto outro funcionário varre pedaços de vidro e peças quebradas ao redor do carro.
Bloco de alumínio usado para a colisão também é avaliadoLatin NCAP/Divulgação
Técnicos fazem fotos de diferentes detalhes da cabine e das portas, que devem se manter fechadas na batida e ser facilmente abertas depois.
Por fim, são avaliados os danos da carroceria e do dummie, que pode ter que ser parcialmente desmontado para sair da cabine caso fique preso nos destroços.
Os resultados brutos são enviados para o fabricante, que também pode acompanhar o teste e até ficar com o veículo após a colisão.
Aparelho mede até a força necessária para ajustar as tiras da cadeirinha de bebêLatin NCAP/Divulgação
O resultado é apresentado antecipadamente à marca, mas ela não tem poder de questionamento e está sujeita a punições caso piore o conteúdo do carro depois do teste – se perder os airbags extras, o Onix Plus não será mais cinco estrelas, por exemplo.
Mas, considerando a importância cada vez maior que o consumidor está dando para a segurança, nenhuma marca colocará a perder os 4 segundos mais importantes de um automóvel.
<span class="hidden">–</span>Latin NCAP/Divulgação
Desvio de rota
Fazer um automóvel que obtenha excelência nas provas de impacto custa caro, mas algumas marcas possuem seus truques para obter melhores resultados sem elevar o custo de desenvolvimento do carro.
A mais antiga é fazer um carro assimétrico: como os testes de colisão eram sempre feitos de um mesmo lado, apenas aquela metade da carroceria era reforçada. A solução foi simples: agora os testes de batida lateral são feitos de forma aleatória, com qualquer um dos lados.
Outra tática, usada pela Renault com o Duster, é discutível, mas permitida pelas regras. Para ser avaliada pelo protocolo antigo, menos rigoroso, a marca patrocinou em 2019 o teste do SUV com uma unidade romena, destinada ao Chile.
Neste ano, o Latin NCAP irá repetir a prova com uma versão brasileira do novo Duster, para garantir que os padrões foram mantidos. A avaliação de quatro estrelas para proteção aos adultos, entretanto, está garantida.
O que mudou?
O protocolo do Latin NCAP que estreou este ano é válido até 2024 e inclui exigências ainda mais rigorosas para se obter a pontuação máxima. Agora a nota é uma só, e se o modelo for mal na proteção para adultos ou crianças, não terá mais cinco estrelas.
Também será avaliada a proteção para pedestres e a inclusão de assistentes ativos, como alerta de veículo no ponto cego, aviso de mudança de faixa e frenagem autônoma de emergência.
Bolsas diferentes
Por padrão, o Latin NCAP avalia a versão mais simples dos carros e na “pior” configuração possível para o teste. Rodas de liga leve são preferidas por serem mais duras (e transferirem mais energia à carroceria).
Nos modelos que possuem a mesma estrutura entre hatch e sedã, a carroceria três-volumes é usada nas provas de impacto lateral por conta do maior efeito alavanca provocado pelo comprimento do veículo.
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Outra tática é avaliar modelos produzidos em locais diferentes, como foi feito no teste do Renault Sandero, com um Logan brasileiro e um hatch colombiano. Só que o airbag lateral do modelo paranaense é menor, e resultou em avaliações piores do que a versão feita no país vizinho.
Para garantir a boa pontuação obtida pelo Sandero colombiano, a Renault se comprometeu a trocar o airbag das versões brasileiras por um equivalente (e melhor) ao usado em outros mercados.
Boneco de R$ 4 milhões, pancada de R$ 400.000: os custos de um crash-test publicado primeiro em https://quatrorodas.abril.com.br/
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