#Fernando Peixe
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alemdobvio · 27 days ago
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Obras literárias portuguesas que promoveram a evolução da literatura:
Desde a fundação de Portugal até a implantação da república em 1910, foram fundamentais para o desenvolvimento e evolução da literatura em língua portuguesa:
1. Cantigas Trovadorescas (séc. XII - XIV)
Gênero: Poesia lírica e satírica.
Obras representativas: Cantigas de Amigo (cantigas de origem popular que expressam os sentimentos amorosos) e Cantigas de Escárnio e Maldizer (cantigas satíricas e irônicas).
Contribuição: Marcaram o início da literatura portuguesa escrita, com forte influência da tradição oral. São as primeiras manifestações da poesia em galego-português e refletem aspectos da vida social medieval.
2. Crónicas de Fernão Lopes (séc. XV)
Obras: Crónica de D. Pedro I, Crónica de D. Fernando e Crónica de D. João I.
Gênero: Prosa histórica.
Contribuição: Consideradas precursoras da prosa literária portuguesa, as crônicas de Fernão Lopes combinam narrativa histórica e elementos literários, capturando a vida e o espírito da época. Lopes é visto como o pai da historiografia portuguesa.
3. Os Lusíadas (1572) – Luís de Camões
Gênero: Poesia épica.
Contribuição: Considerado o maior épico português, *Os Lusíadas celebra as aventuras marítimas e a expansão portuguesa. Camões combina o estilo clássico com temas nacionais, criando uma obra que consolidou o português como língua literária e influenciou escritores de várias gerações.
4. Sermões (séc. XVII) – Padre António Vieira
Obras representativas: Sermão de Santo António aos Peixes e outros sermões.
Gênero: Prosa religiosa e oratória.
Contribuição: Vieira trouxe uma nova visão ao Barroco português com sua habilidade oratória e prosa expressiva, abordando questões sociais, políticas e religiosas. É considerado um dos grandes mestres do Barroco em língua portuguesa.
5. Cartas Chilenas (1789) – Tomás Antônio Gonzaga
Gênero: Poesia satírica.
Contribuição: Escritas no contexto do Arcadismo, estas cartas satíricas criticam o governo colonial e representam a busca por liberdade e justiça. Embora tenham sido escritas por um autor luso-brasileiro, são importantes para o desenvolvimento da literatura luso-brasileira.
6. Marília de Dirceu (1792) – Tomás Antônio Gonzaga
Gênero: Poesia árcade.
Contribuição: Um dos maiores exemplos do Arcadismo português, essa obra explora temas bucólicos e amorosos, com influência da cultura clássica. É uma das obras mais influentes do período arcádico em língua portuguesa.
7. Viagens na Minha Terra (1846) – Almeida Garrett
Gênero: Romance, crônica de viagem.
Contribuição: Com esta obra, Garrett mistura o real e o fictício, criando um estilo inovador que influenciou a prosa romântica. Ele reflete sobre o Portugal contemporâneo, abrindo caminho para o Romantismo e para uma crítica social mais apurada.
8. O Amor de Perdição (1862) – Camilo Castelo Branco
Gênero: Romance romântico.
Contribuição: Esta obra é um marco do Romantismo português, sendo considerada um dos primeiros romances de grande popularidade. Camilo Castelo Branco explora temas de amor trágico e questões sociais, trazendo maior profundidade psicológica às personagens.
9. Folhas Caídas (1853) – Almeida Garrett
Gênero: Poesia romântica.
Contribuição: Considerado o ponto alto da poesia de Garrett, Folhas Caídas é uma obra de introspecção, explorando sentimentos pessoais e românticos, e influenciando a poética do período.
10. O Primo Basílio (1878) – Eça de Queirós
Gênero: Romance realista.
Contribuição: Com essa obra, Eça inicia uma crítica mordaz à sociedade portuguesa, consolidando o Realismo em Portugal. A escrita objetiva e irônica de Eça contribuiu para o desenvolvimento do romance moderno em língua portuguesa.
11. Os Maias (1888) – Eça de Queirós
Gênero: Romance realista.
Contribuição: Os Maias é uma das obras-primas do Realismo português e retrata com profundidade a decadência social e moral da alta sociedade lisboeta. Eça de Queirós expande os limites do romance ao criar uma narrativa crítica e envolvente.
12. O Crime do Padre Amaro (1875) – Eça de Queirós
Gênero: Romance realista.
Contribuição: Considerado o primeiro romance naturalista português, O Crime do Padre Amaro aborda temas como hipocrisia religiosa e problemas sociais, oferecendo uma análise incisiva da sociedade portuguesa.
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fragmentosdebelem · 1 year ago
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blv. Castilho França, Casa Cuia Verde & Cuia Preta, 1968 / Acervo Phillip Hodgdon via Nostalgia Belém
"Casa Cuia Verde. A casa tem mais de 100 anos, segundo seu atual proprietário e administrador, Álvaro Cambra Vieira, que não sabe precisar exatamente desde quando o comércio existe. Ele conta que seu pai, o português Álvaro chegou a Belém há 75 anos, já encontrou a Casa Cuia Verde instalada no Mercado de Carne, então em posse de um senhor chamado Fernando, para quem seu irmão Norberto já trabalhava e para quem também passou a trabalhar. Aos poucos os dois irmãos foram galgando postos na casa até se tornarem donos do negócio, que já envolve três gerações da família. As vendas hoje se concentram em produtos de confeitaria e cereais, mas no passado, eram de borracha, pirarucu, querosene, peixe seco e materiais para estiva. O comércio abria por volta das quatro horas da manhã, para receber o pessoal que vinha do interior, com quem se fazia escambo: os ribeirinhos traziam caça, peixe, borracha e trocavam por querosene, cereais e outras mercadorias para alimentação. Viajando desde a madrugada, as famílias ribeirinhas tinham fome e, pela manhã, pessoas desmaiavam no salão do comércio. Os donos da loja passaram a servir mingau e cachaça, em cuias pretas e verdes, respectivamente. Segundo Álvaro, 'a mulher do caboclo tomava o mingau e o caboclo tomava pinga'".
Casa Cuia Preta. Desmembrou-se da Casa Cuia Verde a partir do desmanche de uma sociedade, quando o português João Manuel Vilão assumiu o comércio, para a venda de gêneros alimentícios importados de sua terra, como queijos, bacalhau, azeitonas, grão-de-bico, vinhos e azeites portugueses. Na época, os vinhos chegavam em barris para envasamento no local, e os azeites vinham em grandes tanques e eram vendidos a granel. A casa, hoje, administrada por Carolina Vilão, funciona na área externa do Mercado de Carne e, além dos produtos tradicionais (que não se encomendam mais de Portugal, mas de São Paulo), também vende produtos de confeitaria e pães, que são adquiridos em uma panificadora especialmente para atender os ribeirinhos que vêm desembarcar frutas na Feira do Açaí, toda madrugada. Nazareno Santos, funcionário da loja há 30 anos, conta que se manda fazer pães tipo bengala exclusivamente para atender a essa clientela, por volta das quatro e meia da manhã. Conta: 'nossa primeira freguesia é o ribeirinho, que leva pão, açúcar e manteiga salgada".
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Ver-o-Peso ~ Luciana Carvalho (2011)
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braziliancomedian-blog · 3 months ago
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A PRAIA MAIS FAMOSA DO MUNDO I Maya Bay secrets I MUY LOCO DOC
Localizada no Parque Nacional Thara-Mu Ko Phi Phi Noppharat Thara-Mu Ko Phi, na Tailândia, a Maya Bay, a Baía Maia faz parte da desabitada Phi Phi Leh, uma das duas principais ilhas Phi Phi, na província do Krabi. Há cerca de 40 anos, Maya Bay já era um destino turístico, mas (principalmente) apenas para turistas tailandeses - e não tantos porque na época não se tinham lanchas rápidas O filme "A Praia", protagonizado por Leonardo DiCaprio, lançado em 2000, o filme centrava-se num grupo de mochileiros que pretendiam criar a sua própria utopia privada numa ilha incrivelmente bela na Tailândia e a medida que a popularidade do filme cresceu, também cresceu o desejo dos turistas de visitar o local onde grande parte do filme foi filmado – Maya Bay. O n��mero de turistas aumentou de menos de mil para até 7.000 ou 8.000 visitantes por dia no seu pico.  Eram muitos barcos ao mesmo tempo, quase 100 barcos ao mesmo tempo. As hélices dos barcos atiravam areia para cima dos corais, as suas âncoras batiam no delicado fundo do mar. Os turistas que chegavam caminhavam sobre o recife, a maioria desconhecendo os danos que causavam.  Anos depois, permaneciam menos de 8% dos corais. Além das preocupações ecológicas, a experiência turística também não foi positiva. As vistas panorâmicas da bela baía foram bloqueadas pela longa linha de barcos ancorados ao longo da costa. Desde o encerramento da baía em 2018, colegas peritos e voluntários marinhos replantaram mais de 30.000 pedaços de coral, grande parte dos quais cresceu ao largo da costa de uma ilha próxima, Koh Yung. Cerca de 50% do coral replantado sobreviveu  Sem o processo de transplante, diz, levaria 30 a 50 anos para ele voltar. Os animais que atualmente habitam a baía encontram-se peixes-palhaços, lagostas e tubarões de ponta negra, que são inofensivos para os humanos. Agora a praia está aberta e oferece um maravilhoso cenário surreal, e com numero de tursitas controlados a coisa fica ainda melhor. Ainda não é permitido nadar e a multa pode chegar a 5.000 baht , cerca de 137 euros ou um bilhão de reais ( brinks )  por ignorar a regra. Espero que você aprecie esse episódio do Mundo Muyloco e comente oque você achou. MUNDO MUYLOCO  é um canal de viagens onde Fernando Muylaert leva você para conhecer esse planeta de uma forma divertida
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ambientalmercantil · 5 months ago
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schoje · 6 months ago
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A temporada de festividades culturais de Balneário Camboriú para 2024 começa no dia 30 de maio com a aguardada 5ª Festa Raízes de Taquaras. Este evento, que se estende até o dia 2 de junho, promete movimentar a região das Praias Agrestes com uma programação repleta de apresentações artísticas, comidas típicas, artesanato local, atividades de educação ambiental e histórias sobre as tradições dos engenhos e da pesca artesanal. Promovida pela Prefeitura de Balneário Camboriú, por meio da Fundação Cultural, em parceria com a Associação de Moradores de Taquaras, a festa tem como objetivo resgatar a cultura de Taquaras, valorizar as raízes do bairro e fomentar a economia local através da venda de produtos elaborados pela comunidade. A edição deste ano está maior em número de barracas e de atrações. O evento, que é gratuito, ocorrerá na Avenida Interpraias, no trecho entre a Rua Cambará e a Rua Figueira, próximo à Praia de Taquaras. O espaço físico terá 2.200 metros quadrados de área coberta. No total, serão 38 barracas, representando um aumento de 31% em relação ao ano anterior. Somente as tendas gastronômicas somam 31, oferecendo uma variedade de pratos como escondidinho de mandioca, frango no balde, petisco de frutos do mar, shawarma de frango, focaccia, pinhão, sopa de siri, pirão de peixe, pão com pernil, choripán, moqueca, tainha na brasa, churrasco, comida vegana e bebidas diversas. Além disso, as tendas de artesanato venderão roupas, calçados, toalhas, almofadas, pinturas, quadros, origamis, colares e biocosméticos. A programação cultural também está mais ampla, com 27 apresentações artísticas, um incremento de 12% em relação ao ano anterior. Nesta edição, a festa contará com exposições sobre pesca artesanal e compostagem, além de espaços dedicados à cultura alimentar local, produção das tradicionais canoas de um tronco só e engenho de farinha de mandioca. Haverá também uma área especial com recreação infantil e a expedição “Descobrindo as Raízes de Taquaras”, que incentivará as crianças a explorar espaços educativos e receber recompensas ao fim da jornada. Sustentabilidade e Solidariedade Uma das novidades desta edição é a atenção especial à sustentabilidade. Os copos serão reutilizáveis, incentivando o público a adquirir seu próprio copo, e as embalagens serão biodegradáveis. A organização da festa acompanhará a geração de resíduos durante os quatro dias do evento, monitorando a quantidade, destino e impacto ambiental. Na Exposição Mundo Compostor, os visitantes poderão participar de oficinas de compostagem caseira, transformando resíduos orgânicos em adubo natural para ser usado na agricultura, jardins e plantas, substituindo produtos químicos. Logo na entrada da festa, perto das barracas de artesanato, a tenda “SOS Rio Grande do Sul” arrecadará donativos para as vítimas da tragédia climática do estado vizinho. O público é incentivado a doar alimentos não perecíveis, roupas, cobertores, produtos de higiene pessoal e materiais de limpeza. Programação Artística A programação artística está diversificada, abrangendo vários estilos musicais e culturais. Confira alguns dos destaques: Dia 30/05 (Quinta-feira): 12h às 13h30: Ana Carolina Salles – MPB 13h30 às 15h30: Júlia Mattos – MPB 15h às 17h: Hildo Antônio de Souza – Pop Rock 17h30 às 18h30: Banda Municipal de Balneário Camboriú 19h: Cerimônia de abertura 19h30 às 21h: Tchê Chaleira – Música Gaúcha 21h30 às 23h: Campeiraço – Robson Fernando Neves Dias – Música Gaúcha Dia 31/05 (Sexta-feira): 11h30: Banda Escola Taquaras 13h às 15h: Palco Aberto – Alessandra Sipriano – MPB 16h às 17h30: Eliu Matheus Cardoso Maier e Grupo – Quarteto Instrumental – Pop Rock 17h30 às 19h: Maritza Clarisse Tello de Montreuil – Música Latina Americana 19h às 20h30: Natália Pereira – Samba 21h às 23h: André Luis – Sertanejo Dia 01/06 (Sábado): 12h30 às 12h45: Flashmob Cia Espaço2 13h às 14h30: Suellen Wagner – MPB 14h45 às 15h: Flashmob Cia Espaço2 15h às 16h30: As Mareadas – As Palhacinhas
16h30 às 16h45: Flashmob Cia Espaço2 16h45 às 18h30: Luciano Candemil – Forró 18h30 às 19h: Dança – Alma Missioneira 19h: Palco aberto para a comunidade de Taquaras – Terno De Reis 20h às 21h30: Tiago Crauss Forgiarini – Pop Rock 21h30 às 23h: Yuri e Kauê – Sertanejo Dia 02/06 (Domingo): 11h: Palco Aberto 12h às 14h: Luciano Guarise – Música Gaúcha e Sertaneja 14h30 às 16h30: Leon Adan Gutierrez de Carvalho – Samba 17h às 18h: Clóvis Rey Martinez 18h às 19h30: Julia Matos – MPB 19h às 21h30: Eriton Diones Pereira – Galopaço – Banda de Baile – Música Gaúcha A Festa Raízes de Taquaras é uma excelente oportunidade para celebrar a cultura local, desfrutar de boa música, comida típica e apoiar a economia e sustentabilidade da região. Não perca! Gostou da notícia? Aproveite para participar do nosso grupo no whatsapp e receba notícias exclusivas diariamente. ENTRE NO GRUPO AQUI é grátis, e você recebe em primeira mão as nossas notícias! Siga o SC Hoje News no Google News para ficar bem informado. Siga nosso perfil no Instagram: @schojenews Siga nossa página no Facebook: @schojenews Inscreva-se no nosso Canal no YouTube: @schojenews
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fredborges98 · 7 months ago
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Sorriso.
Sorria!
Por: Fred Borges
Estou de volta pro meu aconchego
Trazendo na mala bastante saudade
Querendo um sorriso sincero
Um abraço para aliviar meu cansaço
E toda essa minha vontade.
Ensaia um sorriso
e oferece-o a quem não teve nenhum.
Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.
Nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.
Não há dois sorrisos iguais. Temos o sorriso de troça, o sorriso superior e o seu contrário humilde, o de ternura, o de ceticismo, o amargo e o irónico, o sorriso de esperança, o de condescendência, o deslumbrado, o de embaraço, e (por que não?) o de quem morre. E há muitos mais. Mas nenhum deles é o Sorriso.
O Sorriso (este, com maiúsculas) vem sempre de longe. É a manifestação de uma sabedoria profunda, não tem nada que ver com as contrações musculares e não cabe numa definição de dicionário. Principia por um leve mover de rosto, às vezes hesitante, por um frémito interior que nasce nas mais secretas camadas do ser. Se move músculos é porque não tem outra maneira de exprimir-se. Mas não terá? Não conhecemos nós sorrisos que são rápidos clarões, como esse brilho súbito e inexplicável que soltam os peixes nas águas fundas? Quando a luz do sol passa sobre os campos ao sabor do vento e da nuvem, que foi que na terra se moveu? E contudo era um sorriso.
Sorriso audível das folhas,
Não és mais que a brisa ali.
Se eu te olho e tu me olhas,
Quem primeiro é que sorri?
O primeiro a sorrir ri.
Ri, e olha de repente,
Para fins de não olhar,
Para onde nas folhas sente
O som do vento passar.
Tudo é vento e disfarçar.
Mas o olhar, de estar olhando
Onde não olha, voltou;
E estamos os dois falando
O que se não conversou.
Isto acaba ou começou!
Trechos&Terço de Poesias de: Pablo Neruda, José Saramago, Fernando Pessoa, Mahatma Gandhi e Dominguinhos( não nessa ordem, pois o sorriso verdadeiro,aquele que bem da alma, é desordenado!)
Fotos( essas na ordem): Louis Armstrong, Ellis Regina, Brigitte Bardot e Claudia Cardinale.
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demoura · 1 year ago
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DIA 20 DE OUTUBRO DE 2023 : MOMENTO ESPECIAL NA SEMANA LISBOETA .ALMOÇO COM UM AMIGO FAMOSO - O PORTUGUÊS PROFESSOR DE ASTROF��SICA EM OXFORD. SOBRE FILETES DE PEIXE GALO RECOMENDAÇÕES PARA MÚSICA CLÁSSICA MODERNA E DO INTERESSE DOS AUDIOBOOKS: para além espectáculos na semana lisboeta - um momento muito especial foi o almoço com o Pedro Gil Ferreira . Conheço-o desde criança , tem 55 anos 4 filhos e vive em Inglaterra onde é Professor de astrofísica e Director do Laboratório de Cosmologia Computacional na Universidade de Oxford mas estava em Portugal a visitar a mãe. Queria oferecer-me o livro que publicou em 2014 “The Perfect Theory: A Century of Geniuses and the Battle over General Relativity “. . O Pedro chegou com pontualidade britânica ao LA CAFEE um pequeno restaurante perto de nossa casa onde o convidei para almoçar. Foi um almoço muito enriquecedor para mim . Sobre uns filetes de peixe galo com risotto de tomate correu uma longa conversa com muitas memórias pois o Pedro é filho do Hugo Gil Ferreira meu grande amigo e mentor já desaparecido. Vai para oito anos o Pedro influenciado pelo meu exemplo começou a correr ! Agora é um runner que faz 5km todos os dias incluindo domingos ! Enquanto corre ouve audiobooks . Eu pecador me confesso de pertencer até ao grupo da “anti audiobook snobbery” mas a partir de agora vou experimentar a prática do amigo superdotado ! Como Irwin observou: “A melhor e mais autêntica maneira de experimentar a Odisseia , por exemplo, poderia ser cantá-la na língua original com acompanhamento de líra. Mas o segundo melhor pode ser ouvi-lá em áudio.”Entre os muitos talentos do Pedro está também a música . Foi aluno dilecto de Fernando Lopes Graça e quis recomendar-me a descoberta de cinco modernas compositoras. Muitas delas foram influenciadas por Vaughan Williams e marginalizadas pela academia (ou seja pelos seguidores de Schoenberg, Webern, etc). Sugeriu-me ouvir Ruth Gipps, Doreen Carwithen e Geraldine Mucha e mais recentemente Errollyn Wallen, Dobrinka Tabakova e Caroline Shaw. Claro que vou explorar esta recomendaçãodemoradamente e dela vos darei conta no futuro. Por agora deixo uma música da fantástica americana Shaw que ganhou o Pulitzer aos 30 anos . A "Partita for 8 voices" é brilhante . Uma obra a cappella altamente polida e inventiva que contém de forma única discurso, sussurros, suspiros, murmúrios, melodias sem palavras e novos efeitos vocais . Não percam
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gazeta24br · 1 year ago
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Famoso por promover grandes e luxuosas festas dos mais variados seguimentos, Helinho Calfat e Fernando Peixe, receberam em sua mansão no Morumbi, bairro nobre da cidade de São Paulo, um grupo seleto de amigos, artistas, influenciadores e personalidades para o lançamento oficial do “Baile do Helinho” festa tradicional que reúne os principais nomes do mundo das famosos e do mundo corporativo Com tema Halloween os convidados chegavam ao local da festa levando um “grande susto”, com o “anjo de morte” como recepcionista. Entre convidados o casal Val Marchiori e Thiago Castilho foram destaque na festa, sempre marcando presença por onde passa, Val Marchiori deu atenção à todos a sua volta, e é claro, tirou muitas fotos e conversas que renderam muitas gargalhadas. Entre os muitos convidados estavam: Hortência Marcari, ex-BBB Ricardo Camargo (Alface), o bombeiro do Programa Eliana Yuri Bonotto e sua esposa Leoni Escobar, Ex-fazenda Deborah Albuquerque e seu marido Bruno Salomão, a dermatologista Dra. Talita Pompermaer e seu Marido Bruno Mendes, a influenciadora Flavinha Cheirosa, a ex-fazenda Aritana Maroni, a “advogada dos famosos”, a Dra, Nádia Ribeiro, os gêmeos do TikTok Anthony e Rodolph, o estilista da marca Splash, Rafa Carneiro, a influenciadora Maria Engênia Suconic, Fábio Arruda, entre muitos outros. A noite que foi regada à muito vinho e pratos quentes, ficou mais agradável ainda com um pocket show de Naldo Benny que estava acompanhado se sua esposa Moranguinho. Nicholas Torres também soltou a voz para alegria de muitos. O “Baile do Helinho” este ano promete muitas novidades, entre as quais o local que segundo o próprio Helinho será num espaço totalmente temático e contará com mas de 40 seguranças.
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arkaonlinecontabilidade · 1 year ago
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Boipeba: A Joia Escondida da Bahia
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Boipeba, localizada no sul da Bahia, é uma daquelas preciosidades que o Brasil guarda em seu vasto território. A ilha, pertencente ao município de Cairu, tem conseguido, ao longo dos anos, manter-se preservada e longe das grandes multidões, oferecendo a seus visitantes uma experiência autêntica e repleta de belezas naturais. História e Cultura Seu nome, Boipeba, provém do tupi-guarani e significa "terra das serpentes". Mas não se preocupe, a ilha é mais conhecida pela hospitalidade de seus habitantes do que por serpentes. Habitada originalmente por indígenas, a ilha tem uma rica mistura de culturas devido à influência dos colonizadores portugueses e da população afro-brasileira. Belezas Naturais Boipeba é um paraíso ecológico. A ilha conta com uma diversidade impressionante de ecossistemas, como manguezais, Mata Atlântica, restingas e recifes de corais. Além disso, suas praias são consideradas entre as mais lindas do Brasil. - Praia de Moreré: Provavelmente a mais famosa da ilha, com suas piscinas naturais formadas durante a maré baixa. É o local perfeito para um banho relaxante e para a prática de snorkeling. - Praia do Encanto: Mais isolada e tranquila, essa praia é ideal para quem quer se desconectar do mundo e aproveitar a natureza em sua forma mais pura. - Praia de Tassimirim: Famosa pelas suas piscinas naturais, é uma excelente opção para contemplação da vida marinha local. Gastronomia A gastronomia em Boipeba é um capítulo à parte. Rica em sabores e temperos, a culinária local tem forte influência africana e indígena. Frutos do mar são a estrela principal, com destaque para moquecas, mariscadas e outros pratos que levam peixes e camarões frescos. Como chegar Apesar de ser um refúgio mais isolado, chegar a Boipeba não é uma tarefa tão complicada. Via Salvador, pode-se pegar um ferry boat até a Ilha de Itaparica e, de lá, seguir de carro ou ônibus até Valença, de onde saem barcos diretamente para Boipeba. Conclusão Boipeba é uma daquelas destinações que nos fazem lembrar a quão rica e diversa é a natureza brasileira. É um convite ao descanso, à contemplação e a reconexão com o meio ambiente. Se você busca um destino que ofereça beleza, cultura e tranquilidade, Boipeba, sem dúvida, deve estar em sua lista. Leia: Fernando de Noronha: Um Paraíso em Pernambuco Read the full article
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pirapopnoticias · 1 year ago
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amazoniaonline · 2 years ago
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imagem-escrita · 2 years ago
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O atentado de onze de setembro não impediu sua vida cruzar meu destino
A Constância nasceu logo depois do atentado de 11 de setembro, corria sorridente aos cinco anos pela casa, vestiu as nossas construções sociais e engravidou na adolescência. O filho do signo de leão sonhava em tomar as terras de Afonso, seu compadre de viagem que conseguia acompanhar o ritmo de seu pesadelo. Na rua da antiga casa encontrei o carinho da dona Vidinha, olhares desconfiados ainda sem saber dar algum amor, sem saber receber os bons motivos para o regresso de volta ao meu passado com práticas culturais baseadas na cultura ancestral de ciganos na amazônia.
Afonso era de noites boêmias e continuou na sua divergência política com Amaral, não despediu-se da sua enteada Sibila na interação com a casa onde morou por muitos anos depois de ter se mudado para a instância no interior do Amazonas. O tempo  não passou em vão, contudo volto a condicionar meus passos ao carro para ir pela estrada noite adentro. Nisso de ser de mero cidadão interiorano do município de Iranduba que recentemente se tornou algo mais acessível por conta do transporte rodoviário.
O privilégio antes para poucos de conseguir expandir as percepções, noções básicas dos arredores da capital amazonense tão sonhada pelas comunidades mais próximas da mata virgem, produziu mais delimitação na forma de encarar o ruralismo proveniente da civilização. O forte dessa maneira de encarar os fatos trouxe em vão a evidência por detrás da ação de Afonso, pois quando decidiu então compadecer-se diante a modéstia de Belinha, esqueceu os pudores e baixou de vez sua atenção aos detalhes da relação amigável com a mesma.
No entanto, Amaral por ter tanto contato com a cidade, mais que os senhores no geral, os moradores do povoado da comunidade de Nossa Senhora da Piedade. A relação entre os dois santos condicionada a dias de espera por terem ficado diversas vezes engatados no lamacento ramal, que dá acesso a comunidade, antes de irem para a costeira do litoral marítimo do Brasil pôde render a separação definitiva da dupla de aventureiros
A desconfiança de Belinha por Amaral na quietude de Afonso diante sua presença antes de embarcarem para o cruzeiro que, certa vez trouxe a tona alguma angústia deixada de lado no momento descrito por alguém  no enterro do meio irmão da vida anos mais tarde quando seus filhos choravam porque sequer tinham semelhança com o defunto. Na composição da realidade paralela, seu fantasma me visitara em determinada viagem, já por volta de oitenta anos de vida, ouvi sua voz surgir de uma orca no meio oceano pacífico, quando o cruzeiro tivera partido do Chile a algum país da Nova Zelândia. 
No momento em que Afonso descreveu sua chave para que eu pudesse ajudá-lo a encontrar, isso antes de ir em direção ao arquipélago Fernando de Noronha. Foi possível conduzir o pensamento no ato de entrega deste grande parceiro a aventuras marítimas inesquecíveis diante a multifuncional máquina movida a combustível fóssil mar adentro, seguindo as linhas da bússola no painel de controle do barco, a força para lembrar da morte de Fabiano, filho de Afonso me deixou desnorteado por ter sido pego com tamanha surpresa diante o fato da idade de Fabiano ser pouquíssima em comparação a idade em que morrera o pai. 
Na volta ao Amazonas, foi indescritível a sensação de rever a cidade por tanto tempo ter se passado desde a partida para o Sul da Amazônia em busca de baixas temperaturas, além da calmaria da vida campestre em casa de madeira e água da bica. O almoço sem acompanhado da puba, farinha do urani com caldo de peixe, vez ou outra fazia-se aos domingos o sarapatel com carne de tracajá, os pescadores ainda tinham permissão para a pesca do bicho para consumo próprio vez ou outra. Manter tradição cultural no atual momento em que a Amazônia continua sendo vista por ativistas pela preservação da fauna e flora, além de espécies específicas do interior da Amazônia brasileira.
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cidtours · 2 years ago
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Buscando algo diferente em Noronha?
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Tradição e hospitalidade em Fernando de Noronha você encontra no NANNAI Noronha Solar dos Ventos, a pousada boutique conta com apenas 10 acomodações e está a 400 metros da Praia do Sueste, onde está uma das mais ricas vidas marinhas do destino.⁣⁣
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Vista para todos 📸⁣
Do alto de uma colina, a propriedade foi desenhada para que a incrível vista da Baía do Sueste seja contemplada em todos os momentos da estada: na piscina de borda infinita, na área social com pé-direito duplo e ventilação natural (onde fica o lounge, o restaurante, os terraços e a NANNAI Boutique) ou ainda de qualquer acomodação, já que todas possuem vista para o mar.⁣⁣
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Acomodações de destaque ✨⁣⁣
Os Bangalôs Master com 75m² contam com chuveiro ao ar livre, adega e uma ampla varanda com vista para as ilhas do Chapéu e Cabeluda. As varandas incluem chaises, mesas, day beds e redes em trama suspensas ao ar livre.⁣⁣
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Brasilidade na decoração 🇧🇷⁣⁣
Móveis contemporâneos assinados por designers brasileiros com peças de renomados artistas como Francisco Brennand.⁣⁣
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Gastronomia democrática 🍽 🍹⁣⁣
Além dos drinques autorais batizados com os nomes das praias da ilha, espere por muitos peixes e frutos do mar – sem deixar de lado a típica carne de sol –, opções vegetarianas e menu de sobremesa inspirado em Assucar, livro escrito em 1939 pelo sociólogo Gilberto Freyre, autor de Casa-Grande & Senzala.⁣⁣
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☕ 🚌 As diárias incluem café da manhã e transferir IN/OUT. A pousada fica a 800 metros do Aeroporto de Fernando de Noronha.⁣⁣
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ambientalmercantil · 2 years ago
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egobrazil · 2 years ago
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Famosos marcam presença em evento da Invisalign que transformou mais de 14 milhões de sorrisos
Rebeca Andrade, Rodrigo Mussi, Karol Stefanini, Sarah Oliveira, Didi Wagner, Paty Scaringella, Maria Eugênia Suconic (Mareu), Helinho Calfat, Fernando Peixe foram algumas, dentre várias personalidades que prestigiaram, de perto, a Estação Invisalign, no Shopping JG Iguatemi, em São Paulo, SP. A ativação, realizada entre 4 e 11 de março, contou com uma experiência interativa e mostrou o portfólio…
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intotheroaringverse · 2 years ago
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ATO I - SOLDIER: FERNANDO ORTÍZ
Golfo do México, 1942
Apesar de muita coisa que era dita, o que ocorria no mundo non-maji tinha sim reflexo direto no mundo bruxo. Não viviam em dois universos separados, estando atrelados a todas as mazelas que atingiam a população; era óbvio que quando as desgraças do mundo bruxo sangravam sobre o mundo non-maji, aquilo era relatado como acidentes isolados, mas não podiam negar que o que ocorria no mundo sem magia os atropelava de forma efetiva. Fernando estava consciente que estava vivendo em tempos de guerra, ou não estaria pescando para sobreviver, por exemplo.
A guerra bruxa não o atingia no México como a nova grande guerra estava o atingindo naqueles dias. A produção alimentar do país inteiro tinha ido para o saco agora que tudo girava em torno de produzir armamento para os Estados Unidos. Eles se armavam até os dentes, por outro lado, os mexicanos trancavam suas mandíbulas para superar a falta de suprimentos. Ortíz tinha muito a dizer sobre isso, e como sua geração estava exausta dos acordos feitos pelo presidente. Ele tinha uma varinha, entretanto, e sua família era uma das mais abastadas do meio bruxo, conhecidos curandeiros da região, conseguindo extrair de ervas e flores as magias certas para aliviar dores e curar onde parecia impossível de alcançar. Mas ele sabia que quem não o tinha estava mais na merda que ele e sua família.
Tinha se afastado o suficiente para que ninguém o visse fazendo a pescaria do seu modo: sem vara, anzol e isca, apenas uma chuva de encantamentos, fazendo os peixes virem até a superfície e saltarem para dentro do balde que tinha ajustado a sua frente. Há alguma distância, podia ver barcos petroleiros, carregando óleo para fora do país, em direção aos EUA. Balançava a cabeça, um pouco indignado, pensando muitos pensamentos sobre aquele tipo de coisa. Se colocou de costas, evitando olhar para aquele abuso de poder, e se concentrou em buscar o almoço do dia de seus familiares.
Ele nunca teve a chance de ver as bombas se aproximando.
Ciudad de México, 1942
Enquanto se recuperava no hospital de elite, as pessoas se perguntavam como Fernando tinha sobrevivido. Os navegantes dos barcos abatidos pelo exército non-maji alemão tinham falecido de imediato, sendo inclusive esse o estopim para a entrada oficial do México na guerra, no bloco aliado. Enquanto isso, o filho mais velho dos Ortíz foi resgatado, machucado, ferido gravemente, mas reagindo ao tratamento e com chances de nem ao menos carregar alguma lembrança em sua pele desse momento tão trágico.
— Ele enganou a morte — pronunciou sua mãe, em uma das visitas, olhando para ele de forma tranquila e serena. — Meu filho sobreviveu porque enganou a morte.
E, para aquela família, isso queria dizer muita coisa.
— O que você acha que vai acontecer agora? — Alba del Valle o perguntou, assim que abriu os olhos.
Fernando não sabia dizer exatamente o que ele achava que iria acontecer, porque fazia muito, muito tempo, que isso não ocorria em sua família. Então, ele gentilmente enrolou os dedos nos da sua namorada de longa data, olhando no fundo dos seus olhos.
— Acho que deveríamos fazer com que o agora dure o suficiente para mim e para você — encontrou sua própria voz, sabendo o que isso significava para ele, muito mais do que para ela. — Vai ser longo, insano e bastante preocupante. Mas gostaria que você entrasse nessa jornada comigo.
Os Ortiz foram abençoados, há mais de mil anos atrás, pelos deuses. Um presente que vinha diretamente dos senhores do começo e do fim, o alfa e o ômega, sendo passado de geração em geração desde quando rituais eram feitos em altares de pedra em frente aos raios de sol. A benção divina apontava que aquela família e seus descendentes poderiam tocar a natureza como ninguém: podiam sentir sua união com o chão e do que dele nascia, com o ar e o que ele conseguisse tocar, com as marés e tudo que elas lavavam e com o fogo e tudo o mais que ele destruísse. Mas a magia, obviamente, vinha com um preço. E todos os dois primeiros filhos de cada descendente teriam que rolar a roleta da vida para obter o máximo que lhe era ofertado.
— Eu aceito. Eu aceito uma vida inteira ao seu lado — Alba lhe respondeu, apertando mais aquele gesto que compartilhavam.
Ela não sabia que seu primeiro filho iria ter a chance de ser um xamã, desde que enfrentasse a morte para desbloquear seus poderes. Ela não sabia que seu segundo filho teria uma saúde frágil e teria seus dias numerados, precisando roubar os dias de outra pessoa para sobreviver. Mas Fernando sabia que Alba iria compreender. Os Del Valle eram uma família tradicional bruxa, assim como sua própria. E todas as famílias tradicionais passavam por algum tipo de dor e sacrifício, eventualmente. Não estaria arrastando mais ninguém para o olho do furacão sem que a pessoa esperasse por isso.
Washington Heights, Manhattan, 1943
Fernando odiava aquela ilha, aquele sotaque, aquela gente. Mas odiava mais ainda a ideia de Esteban e Sergio passarem por situações de escassez. As portas dos Estados Unidos haviam se aberto para os mexicanos para trabalharem em suas lavouras enquanto eles enviavam soldados a guerra, e com essa desculpa, os Ortíz imigraram para o estado de New York. No papel, eram apenas latinos buscando sobrevivência. Na prática, entretanto…
— Ninguém pode saber o que somos — explicava a Alba, a voz cansada, enquanto embalava o seu primogênito num braço e ela dava de mamar para o seu gêmeo no outro. — Estamos aqui porque é perigoso viver em nosso país, depois que meus poderes foram libertos.
— Você foi abençoado — Alba rebateu, em voz baixa, para não perturbar os meninos e nem os pensamentos neuróticos de Fernando.
— Eu fui amaldiçoado — ele a corrigiu, sentando com o menino em seu colo, ajustando o pequeno corpo para que não tivesse seu sono interrompido em seus braços. — Porque de agora em diante estou ligado a todos os espíritos de minha família e qualquer um que queira atravessar meu caminho. E eu não posso ser contra, ou tentar me livrar disso, porque vai me acompanhar até o meu último suspiro na Terra.
— Você é a ligação entre a vida e a morte — Alba insistiu, o fazendo soltar um esgar baixo.
— Eu sou o ponto de encontro de todos os finais de linha.
E não tinha nada mais doloroso do que ser procurado por vários finais de linha a qualquer hora do dia, devido a fome e a miséria. Deixar o México foi mais do que necessário para a sua mente. Porém, abraçar New York como seu novo lar foi apenas escolher outra guerra a ser travada.
— Senhor Fernando… — o homem checou mais uma vez um pedaço de papel que carregava consigo. — … Camilo Miguel Allende Ortíz?
O homem vestia um terno e se parecia muito com uma das pessoas da Imigração. Mas Fernando tinha consciência de que não era mais ninguém em busca de saber como ele tinha pegado o passe para fora do seu país. Precisou de menos de um longo olhar para saber que a MACUSA estava em frente a sua casa, à paisana, como se fosse uma coisa regular que fizessem. E talvez fosse verdade. Não era comum um bruxo se mudar para uma vizinhança predominantemente non-maji nos Estados Unidos, vivendo um apartheid declarado entre ambas as sociedades. Ele era um forasteiro pedindo por atenção, algo que ele jurou que jamais quis na sua vida.
— Sim, sou ele — respondeu, cruzando os braços, apertando discretamente a varinha entre os dedos.
— Somos do Departamento de Recursos de Vigilância da MACUSA. O senhor se importa de responder algumas perguntas acerca da sua mudança? É um procedimento de praxe.
Ortíz podia notar que o homem mantinha a mão próxima ao bolso do blazer. Próxima a sua própria varinha.
— Claro, por que não?
O ministerial sorriu para ele, simpático, antes de segurar em seu braço com força, sem autorização prévia, desaparatando com ele no meio da noite.
A sala de interrogatório da MACUSA era um lugar plenamente iluminado, forçando a pessoa ali dentro estar completamente exposta, perfeita para ser analisada. Havia uma enorme redoma de vidro ao seu redor, com bruxos pairando ao redor, como se estivesse prestes a atacar uma presa. Era ele, ele era a porra de um inseto em uma teia de aranha, as mãos presas à uma cadeira, a cabeça erguida forçadamente para cima, encarando a luz e um objeto de tortura a poucos metros dele, pronto para ser acionado se fosse necessário.
— Você disse algumas perguntas — Fernando rebateu, com um resmungo furioso, testando as amarras e descobrindo que elas eram reforçadas. Claro que eram.
— E é o que faremos, Sr. Ortíz. Mas não podemos brincar com a segurança. Não sabemos nada sobre o senhor e sua família, não sabemos suas reais intenções em nosso país, e, especialmente, não sabemos o quão próximo os seus ideais estão de manter a paz entre as nações — ele afirmou, antes de se apossar de um vidro em cima de uma mesa. — Pedimos a sua mais dedicada colaboração, para a sua segurança.
Com um talento ímpar, o homem inseriu uma agulha em seu braço, enfiando em suas veias o líquido que tinha acabado de pegar. Fernando se segurou para não gritar, mas ele era um Ortíz, ele era um sobrevivente. Ele sabia frear sua língua e se manter inerte o quanto fosse necessário para sobreviver.
— Seu nome é mesmo Fernando Camilo Miguel Allende Ortíz? — O homem perguntou, em tom monótono, como se aquela parte fosse a mais tediosa de seu trabalho.
Enquanto isso, Fernando sentia as batidas de seu coração se alterando, ficando mais agitadas e desesperadas. Sua pele parecia coçar, inteira e um borbulhar atingia o fundo da sua garganta. Ele tinha a certeza que tinham injetado Veritaserum em suas veias, independente do quanto aquilo fosse ilegal em boa parte dos outros países. Mas, aparentemente, não era nos Estados Unidos.
— Sim, sou — revidou, no mesmo tom entediado.
— Portador da varinha de ceiba, cerne de pelos de jaguar, inflexível, 32 centímetros, de produção própria?
— Sim, sou.
— O senhor sabia que é necessário fazer registro de sua varinha ao adentrar em nosso país, Sr. Ortíz?
— Não, mas pelo visto vocês vão confiscá-la se eu não disser exatamente como ela é e até mesmo o peso dela em minhas mãos.
A expressão do ministerial se contorce em desagrado e ele aciona sua máquina de tortura, a fazendo descer alguns centímetros em direção a cabeça de Fernando, que se debate em sua cadeira.
— O senhor deveria ter mais modos, Sr. Ortíz. Não queremos machucar o senhor, mas faremos se for necessário. É para o seu bem e de toda a nação. — Explicou, antes de iniciar: — O que o senhor veio fazer na América?
— Eu acabei de ter filhos gêmeos, o senhor entende alguma coisa de criar filhos no meio de um conflito político internacional? — perguntou de bate e pronto, olhando para o homem, mantendo a cabeça erguida agora por puro orgulho.
— Por que New York, então?
— Porque as fronteiras se abriram para minha nacionalidade e seria mais fácil vir para cá do que atravessar para algum lugar em outro continente.
— Então o senhor está evitando o conflito entre Grindelwald e seus associados? Por que?
Uma risada sem humor escapou dos lábios de Fernando.
— Porque eu gosto de estar vivo, talvez? Zonas de conflito geram problemas na economia, que levam à escassez de comida, que levam a violência exacerbada. Obrigado, estou fora — ele respondeu, com sinceridade. Nem mesmo precisava de soro da verdade para isso.
— O senhor por um acaso tem alguma simpatia com o projeto de Geralt Grindelwald?
— Acabei de dizer que não gosto…
— O senhor tem? — o ministerial insistiu.
— Não, não tenho.
— Então por que se infiltrar na vizinhança non-maji quando poderia se mudar para uma vizinhança bruxa em Manhattan?
— Nós mal chegamos a Manhattan, nós nos mudamos para onde a maior concentração de espanicos! Você é burro ou se faz?
A máquina de tortura encostou uma ponte pontiaguda direto em seu rosto, o ministerial ordenando tudo com a expressão minimamente passional.
— Mais uma palavra, Sr. Ortíz…
Fernando respirava fundo, seu peito se enchendo de ódio e prestes a amaldiçoar aquele homem com todas as suas forças.
— Você tem intenção de revelar nossa existência para o mundo non-maji, Sr. Ortíz?
— Não.
— O senhor tem alguma conexão com o mundo non-maji, Sr. Ortíz?
— Todos os Ortíz são puro sangue desde o seu surgimento.
O seu coração batia muito, muito rápido, porque ele sabia o que viria. "Por que são puro sangue, Sr. Ortíz?". E ele não poderia mentir, contando que é para manter o segredo de sua família. O suor começou a brotar em sua testa e cada segundo de espera transformava aquele interrogatório em um tormento desnecessário. Para sua surpresa, entretanto, o ministerial deu um passo para trás.
— O senhor pretende manter residência em Manhattan?
— Sim, senhor — engoliu em seco, sentindo o suor frio escorrendo por suas costas.
— Pretende se inserir a nossa sociedade?
— O senhor mesmo disse que minha varinha foi feita por mim mesmo. Eu sou um bom artesão de varinhas. É do que pretendo viver.
Era um dos negócios milenares dos Ortíz no México. Era o que fazia deles uma família poderosa. Mas naquele lugar, ele era apenas um imigrante qualquer e isso parecia ser o de menos para o Ministério.
— O senhor pretende respeitar as leis de nosso país e jamais trair o grande segredo de sigilo bruxo?
— Sim — respondeu, cansado.
O ministerial então esboçou o mínimo de reação.
— Seja bem-vindo à América, Sr. Ortíz.
Washington Heights, Manhattan, 1955
O maior medo de Fernando era que os fantasmas perseguissem sua família. Mas isso foi antes de atravessar o canal que separava seu país dos Estados Unidos. Agora, seu medo estava em um dia ter um dos filhos pisando no prédio da MACUSA. Tinha os criado para que jamais se exibissem na frente dos outros. Tinha criado uma casa colonial, aos mesmos moldes da que foi criado, a encantando para se parecer uma casa comum do bairro quando vista pelos non-majis, grande o suficiente para que seus meninos pudessem correr e praticar magia longe dos olhos de outras pessoas. Ali dentro, uma bolha de proteção os seguia, impedindo que vissem como Esteban conseguia flutuar sem uma vassoura e como Sergio estava cada vez mais frágil - os reflexos de serem abençoados e amaldiçoados pela vida e pela morte.
Eles tinham 12 anos, naquela altura, quando os reuniu no quintal. Sergio tremia dos pés a cabeça, os olhos vermelhos de tanto chorar, vermelho como nunca foi. Fernando segurava em seus ombros, o mantendo de pé, sob o olhar atento de Esteban, uma criaturinha curiosa que mal tinha compreendido o que tinha acontecido.
— Eu não… papai, eu não quis… eu mandei ele correr, e eu não vi o carro, papai — Sergio dizia, chorando aos prantos.
Fernando sabia que ele não teve a intenção. Conseguia sentir a travessia que o amigo de Sergio tinha feito, e que em momento algum eles tinham brigado. Era tudo um grande acidente. Uma catástrofe que o universo alinhou para que o seu segundo filho recebesse o presente que estava destinado a ter. A maldição dos Ortíz era cruel. Mas havia coisas ainda piores para se viver.
— Me escutem, me escutem vocês dois — avisou, olhando de um para outro. — Há um segredo na nossa família, a verdadeira razão de vocês serem quem são e como são. A razão pela qual estamos aqui. Vocês são novos demais para isso, mas não tem mais como esconder. Nós somos ligados à terra, a tudo que a ela pertence. Especialmente a vida que nela existe. E isso não nos faz inimigos de ninguém — ele fez então uma pausa, olhando para eles. — Exceto da MACUSA.
— Por que? Eles vão prender Sergio?
— Eles vão prender todo mundo que acharem que vai colocar o mundo bruxo em risco — explicou, o cenho franzido. — Sei que aprenderam sobre quem era Grindelwald, mas tenham a certeza de que a MACUSA não é tão diferente de seus propósitos e seguidores.
Os garotos se encolheram, nervosos, mas Fernando seguiu. Porque eles precisavam saber.
— Para o bem maior é apenas um modo diferente de dizer a ignorância das leis não é uma desculpa — citou os dois mottos, de Grindelwald e do Ministério, antes de afagar a cabeça dos dois meninos. — Eles querem soldados. Mas nós não fomos feitos para isso.
— E para o que fomos feitos? — Esteban perguntou, os olhos muito abertos, entre o choque e a grandeza de tudo aquilo.
Fernando encarou o filho mais velho sem saber bem o que responder. Ele mesmo se perguntava do que eram feitos e porque eles eram amaldiçoados/abençoados com aquele dom. Porém seus filhos carregavam esperança em seus ombros e uma fé inabalável que eles teriam alguma resposta. E foi como se algo sussurrasse em seu ouvido, depois de anos sem se comunicar com o outro lado.
— Para impedir que mais gente encontre um ponto final sem estar pronto para isso. É para isso que fomos feitos.
E a epifania o atingiu tão fortemente que ele apenas abraçou os filhos. Os filhos e a causa.
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