Tumgik
#E o quanto a privacidade é essencial ou destrutiva...
victor1990hugo · 1 year
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Eu realmente espero que todas as lágrimas virem orgasmos no novo ano e que uma hora eu tenha um motivo incrível para brindar.
Os monstros dentro de mim. 
Faltam dois dias para acabar o ano, o tenebroso ano que foi 2018. Olhando minhas publicações mais antigas, já que faz meses que não escrevo nesse blog, vejo que eu já estive em ocasiões muito piores em minha curta vida. Sempre ansiosa para um futuro melhor do que esse, sempre insatisfeita, sempre infeliz. Hoje, de férias da faculdade até fevereiro de 2019, eu vejo o quanto eu sou uma pessoa que surta dentro de si mesma. Infelizmente meus surtos não saem mais de dentro de mim. E eu acho bom que não saiam mesmo, porque se algo sair daqui de dentro num momento de insanidade minha, eu não me responsabilizo pelas minhas falas e pelas minhas atitudes. Cada dia que passa eu enlouqueço mais dentro da minha casa, olhando constantemente esses quatro cantos de um perfeito quadrado. Minha casa é um lugar onde não existe vida, e eu sabia disso há muito tempo, e tudo o que eu sempre quis, e tudo o que eu preciso na minha vida para eu melhorar a minha alma, é viver em um lugar onde exista vida. Como a faculdade que eu faço é de educação artística, eu tenho uma mente turbulenta e criativa, de fato sou artista desde criança, desde criança tenho uma pré-disposição pra arte, pra desenho e pintura. Depois que comecei esse curso, comecei alguns projetos em minha casa, para tentar dar mais vida e ânimo no ambiente. 
E de onde eles surgiram. 
É claro que ainda não está pronto, porque sou eu que faço tudo sozinha, ainda vai demorar pra ficar tudo pronto, sempre surge uma ideia nova e diferente. Mas o fato da casa estar sendo transformada em colorida não muda o espírito preto e branco sombrio que ela possui... Existem tantas coisas que me matam por dentro, eu virei um agravante. Minha mente, cada dia mais louca e completamente sozinha. Minha alma, cada dia mais morta. E o pior é que eu sei que eu não tenho e nunca tive lugar para fugir, o lugar onde eu vivo faz mal para mim desde que eu nasci. Mas eu só comecei a perceber isso quando repeti a sétima série, com 13 anos de idade. Depois ficou muito mais intenso e perceptível o incomodo que esse lugar me causava quando cheguei aos 14, 15, 16 anos. Mas morar com a minha mãe nunca foi uma opção, mesmo antes dela ter um filho... Semana passada estava insuportável ficar na minha casa, fui para a casa dela, enfim meu irmão nasceu, já vai fazer 9 meses de vida agora em janeiro. Fiquei seis dias na casa dela, sendo que eu tinha prometido ficar três semanas, mesmo sabendo que eu não iria aguentar. Eu não sei qual lugar é pior. Se é lá, ou se é aqui. Ou se os dois são enlouquecedores e péssimos num nível igual. Minha casa eu me deparo com uma solidão diária, desde o momento onde eu acordo até o momento em que viro meu rosto para dormir outra vez, me deparo com conflitos diários entre meus avós e os outros familiares, e lido com a chatice constante da minha avó e do meu avô. Os dois estão muito velhos, e os dois são muito chatos. Tem hora que eu simplesmente não os suporto mais. Mas não significa que eu não os ame, que eu seja ingrata pelo que fizeram e fazem por mim, que eu queira que eles morram. Significa que eu sou um ser humano, e por Deus do céu, eu preciso de sossego na minha mente conturbada e turbulenta, eu preciso de privacidade. Muitas das vezes eu não quero conversar com nenhum dos dois. As coisas que eu sinto dentro da minha casa, me fazem querer evaporar no universo, virar pó. 
A vida da minha mãe, nunca foi lá essas coisas. E agora com o filho, que na verdade é o primeiro filho dela, porque eventos aconteceram no passado, a vida dela está uma monotonia desgraçada. Dá pra sentir o cheiro de desespero e arrependimento no ar. Na minha opinião, ela não deveria ter engravidado. Ela está sendo obrigada a ser tudo o que ela nunca conseguiu e nunca fez questão de ser, está também sendo obrigada a abrir mão de toda a liberdade que possuía. Como um lugar com esse tipo de energia pode ser um lugar onde eu possa melhorar o meu estado, onde eu possa distrair a minha mente? Cara, a minha situação também é um caos, desesperadora. E eu estou enxergando assim, porque infelizmente é assim que é. É assim que é mas não é nada como eu gostaria que fosse... 
Enfim, por conta dessa minha percepção e minha vontade incessante e insaciável de sair desse circulo vicioso de energia estagnada, de vida parada, de desespero... eu ando tendo pensamentos muito excêntricos e intrigantes de maneiras para fugir dessa minha vida. Eu penso em começar a usar drogas, por exemplo fumar bastante maconha, penso que seria o que menos faria mal pro meu psicológico, porque o outro pensamento é diluir veneno de rato em água e beber, procurar um lugar que aguente o meu peso e amarrar uma corda, fincar um gilete e rasgar as minhas veias, algum ser humano que eu não conheça aparecer e me levar para sumir de perto da minha casa, pelo menos por algumas horas. São algumas coisas que eu penso, de todos, o que eu mais tenho vontade é de me suicidar mesmo. Porque eu sei que nunca ninguém vai me compreender, eu sei que já faz muito tempo que eu arrasto esse problema comigo, e não sei quando vou encontrar a solução dele. Eu não enxergo luz no fim do túnel, minha visão é embaçada. Eu tenho muita raiva, ódio, inveja e tristeza. 
De vez em quando eu lembro de mim, eu lembro de mim quando eu era uma criança. Eu era uma criança linda, gordinha, sempre de vestidinhos fofos e sapatinhos apertadinhos no pé. Meus olhos negros como jabuticabas frescas, e meu cabelo cacheado, meus dentinhos que haviam acabado de sair... De vez em quando eu lembro da criança linda que eu era, e me vejo hoje. Me olhar hoje é como receber um tiro no meu peito, e sentir a dor de morrer lentamente. Eu com certeza não me tornei o ser humano que aquela criança merecia ter se tornado. Uma louca, lunática, auto-destrutiva com pensamentos suicidas, impulsiva, compulsiva, fumante, sem ninguém por perto. É... dói muito em mim olhar esse reflexo do tempo. De todos os reflexos, esse é o mais intenso e o pior. Eu costumava ser uma pessoa, antigamente eu tinha uma vida normal de criança. E aí começaram a tirar tudo, tudo de mim. Tudo de bom que existia dentro da minha alma, toda a inocência. Todo o olhar tranquilo e doce, eu perdi. Me arrancaram. E eu não consegui fazer parar, até hoje. Estou com uma ferida aberta há oito anos, oito anos da minha vida, e até hoje ela está sangrando ainda. 
Eu sei de todos os acontecimentos que marcaram a minha vida, eu lembro as coisas que eu senti. Mas eu não sei dizer, o porque de eu ser uma pessoa tão insatisfeita e infeliz com a vida que eu tenho e com as coisas ao meu redor. Eu queria muito ser uma menina feliz, mesmo eu tendo feito 20 anos em novembro, ainda me sinto uma menina. Ainda não me sinto mulher, a verdade é essa. Externamente, as pessoas que me olham me enxergam como mulher, mas eu não. Eu tenho uma extrema dificuldade de olhar pra mim mesma e perceber o que eu realmente sou. Eu olho para as outras meninas, as outras mulheres, e elas parecem tão mais relaxadas, tão mais despreocupadas, tão mais felizes e livres do que eu. Elas realmente vivem a vida como pessoas, pessoas normais. Já eu, nem como uma mera pessoa me enxergo mais. Eu não sinto mais que eu seja uma pessoa. Eu perdi completamente a sanidade. Porque pra mim, pessoas são aquelas que vivem suas vidas de maneira leve, lavam o cabelo, cuidam da pele, das unhas e do corpo, escutam músicas modernas, tem vida social ativa, saem de casa com os amigos, transam, estão sempre conversando com alguém, bebem e socializam. Eu não faço absolutamente nada disso, à não ser lavar o cabelo as vezes.
Aqui na minha casa não tem absolutamente nada de interessante e empolgante pra fazer, à não ser os malditos serviços domésticos diários, e eu sabia disso quando começou a terminar as aulas da faculdade, por isso comecei a procurar afazeres. E pra ser sincera, até que fiz bastante coisa do começo do mês até semana passada. Estou tentando dar continuidade aos projetos artísticos, que é algo que faz com que eu me sinta um pouco melhor, porque quando eu estou em contato com a arte, eu esqueço o que eu sou e o que eu me tornei. E isso é aliviador. Mas tem horas que eu estou surtada da mente, como hoje. Tem horas que eu não aguento mais ficar aqui dentro, que eu não aguento mais me sentir sufocada, que eu morro de tédio e de desespero. E aí eu não consigo me concentrar para fazer nada, eu simplesmente vivo intensamente o surto e ele não vai embora até que eu faça alguma coisa. Resolvi começar a escrever, e preciso constantemente estar escrevendo, porque eu tenho muito à dizer nesses momentos. Mas fazendo uma contagem básica aqui, eu ainda tenho 37 dias de férias. E é essencial que eu tenha ocupações durante esse tempo, mesmo que sejam muitas, porque eu não vou aguentar ficar dentro de mim se todos os dias eu sentir essas coisas ruins que eu sinto. É muito barra pesada lidar com essas crises que eu tenho, então eu preciso evitá-las com a cabeça bem cheia. Não sei o que vou fazer, mas vou pensar e dar um jeito de me ocupar. Ainda tenho um desenho para terminar de pintar, tenho que pintar as paredes, imprimir as fotos para dar continuidade ao meu grande mural de inspirações no quarto. As coisas vão ter que melhorar em todos os sentidos. Do jeito que está não dá mais para suportar. 
Não sei se eu volto a escrever pelos dias 29, 30 ou 31 de dezembro, mas caso eu não volte, desejo a todos nós um feliz ano novo, que todos nós possamos ter a chance de recomeçar a nossa vida de uma outra maneira, que seja melhor para nós. Com a ajuda de Deus e dos anjos. Feliz 2019 <3 
(myfeelingisimportant) 
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