#Desplugados Netflix

[brunavmd]

Esse texto é para um amigo que está me deixando nervosa com toda sua indecisão.

Ela. A moça que faz o melhor cafuné do mundo – como você mesmo diz – e que lhe dá café quando você está de porre, não vai lhe esperar para sempre. Ela, provavelmente, desistirá de você – e dessa sua indecisão – no próximo mês. Ou hoje mesmo, um pouquinho depois das dez que é quando ela chega em casa.

Não entendeu o meu recado, irmão? Serei mais clara: deixa de covardia e fala logo que é com ela – e só com ela! – que deseja ficar.

Não espera ela ter que dizer “Não aguento mais a sua demora, tô indo embora!” para falar “Eu quero que fique de vez, pertinho de mim como se fosse meu gêmeo siamês”.

Fala logo, cara. Desembucha aquilo que, em seu coração, está mais do que evidente. Fala o que ela precisa ouvir para não começar a achar que você é só mais um trouxa e que só quer transar com ela. Diga para o seu chefe que está passando muito mal e passa no trampo dela– fica a duas estações do seu– para dizer que não vai deixá-la passar por você como fez com aquele filme que já saiu de cartaz. Avisa que, para fazê-la ficar, vai aprender a fazer pavê; e que hoje mesmo vai colocar uma pasta com o nome dela no seu Netflix.

Liga para ela, parça. Liga para dizer tudo aquilo que seu sorriso não disfarça quando ela dança ou apenas descansa do seu lado. Liga para dizer que está ligado nela e desplugado da morena que conheceu na festa do seu brother e da ruiva que deixou na Argentina.

Avisa logo, meu velho. Avisa que é com ela que está a fim de curtir a brisa do mar, do beck e da bossa-nova. Avisa que é com ela que deseja estrear a sua camisa nova e reexperimentar o Big Mac. Avisa que com ela – e só com ela! – está disposto a assistir à novela e a acordar bem cedinho pra dar rolê no parque. Deus sabe o quanto você odeia acordar cedo. Avisa que por ela – e só por ela – vai tirar toda a poeira da panela e dos quadris. Avisa que fará tudo, tudo mesmo, para fazê-la feliz. Avisa que quer algo sério, que não quer mais nada pela metade ou para sempre com cara de por um triz, prestes a virar “Aqui jaz”. Avisa que não vai trocá-la por nada, nem por uma mina do Instagram com bunda violentamente empinada. Avisa que não vai deixá-la quando as rugas chegarem para avisar que está no fim da juventude. Avisa agora, antes que ela mude de modos, medos, ideias e endereço. Avisa antes que ela, por falta de aviso claro, ache que você está longe de querer algum compromisso. E se encante por um moço que, diferente de você, amará sem ser omisso, deixando muito claro o que pensa acerca de tudo isso.

Então ta aqui meu conselho de amiga: Deixa de ser frouxo e diz logo que quer  Ela!

[viajantemovel]

Nossa dica de séries de viagem Netflix de hoje é Love Van: Esta série tem uma proposta bem original. Ela é um reality show que mostra jovens japoneses, todos solteiros, que embarcam numa van e saem percorrendo destinos pelo mundo, alguns deles exóticos. Detalhe curioso: seus celulares foram confiscados, ou seja, eles são obrigados a ficarem totalmente desplugados e a se relacionarem entre si e rsrs. Clica no link abaixo para mais dicas de séries de viagem no @NetflixBrasil  👇👇👇👇👇 https://www.viajantemovel.com.br/series-de-viagem-no-netflix-top-10-maratona/

[da5vi]

Estou sem internet

Conversava com um amigo sobre atualizar o blog diariamente e o quanto essa rotina para alguém como eu, que já teve de enfrentar longos períodos de tristeza extrema com um belo prato de “falta de vontade” para acompanhar, era uma dádiva. Falei até que, se por um dia não alimentasse o blog com informações, era porque algo muito grave tinha acontecido. Pois então. Sempre digo a mim mesmo ou a amigos mais íntimos que estamos muito escravos dessa nova tecnologia, a tal da internet, e sobre o quanto gostaria de ter vivido em outros tempos onde as maiores aventuras e revoluções aconteciam na praça da cidade e não no Facebook. Os ouvidos do destino, consequentemente, atenderam meu chamado: desde quinta-feira estou sem internet. A verdade é que minha única e maior preocupação era o blog (salve um trabalho que tinha de entregar até seja) – e claro, o fato de que hoje as ligações, SMS e essas coisas que te transformam em alguém “comunicável��� entre pessoas da minha idade são 100% possibilitadas pela internet – então, pensando nisso, decidi gastar 15 suados reais em créditos para usar 3G (quem precisa de linha fixa quando se tem wi-fi, pensa o otário). Esse foi o dinheiro mais mal gasto de toda a história da minha existência: na Tim, a gente recebe um SMS nos congratulando por ter 1GB de franquia para curtir a semana, mas isso é o jeito deles de despistar e fazer-nos pensar que vai ser tudo lindo e perfeito quando na realidade a gente fica mais sem sinal e desconectado que tudo nessa vida. A gente consegue ver uma coisa ou outra de vez em quando (por exemplo, já estou sabendo que infelizmente o Chuck Berry morreu), mas obviamente não é a mesma coisa: Tive que fazer ligações e interagir verbalmente com as pessoas, hábito que havia dado por perdido há sabe-se lá quanto tempo. Tive que enviar SMS de verdade, sem a ajuda de aplicativos que se tornam messengers devido ao uso em excesso. Que situação estranha e desagradável. Mas acima de tudo pensei no quanto tive a sorte de nunca ter desistido da minha coleção física – seja ela de livros, músicas ou filmes. Pensei no quanto gostaria de estar assistindo Buffy: A Caça Vampiros mas não iria poder fazer isso já que estou sem NetFlix (finalmente comprei os boxes das temporadas e, ufa, em breve isso não será problema). E sorri, porque pela primeira vez em muito, e eu digo MUITO TEMPO, assisti uma temporada inteira de série de tevê sem ser interrompido por mensagens em horários indesejados. Sem estar preocupado com o que estava acontecendo com o mundo lá fora. É lindo voltar a prestar atenção naquele produto audiovisual como se houvesse poucas coisas nessa vida que pudessem me transportar para fora daquele universo naquele momento. Eu até dei uma avançada espetacular na minha leitura atrasada sem estar tendo crises de ansiedade sobre estar, pela primeira vez em MUITO tempo, desplugado do mundo(!). Ficar sem internet, pelo bem ou pelo mal, foi a pior melhor coisa que já me aconteceu e vou aproveitar cada momento dessas férias forçadas da melhor maneira possível. Sinto saudades de você, NetFlix, mas a gente sobrevive. Também sinto falta de escrever e de fazer aqueles textos que ninguém se importa, mas não existe nada melhor que respirar fundo e sentir a paz circulando ao redor. Até mais!