#Depois do meu TCC eu não quis escrever mais nada
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Primeiramente queria dizer que AMOO a sua arte; você tem Tik Tok ou canal no YouTube? Pois adoraria ver animações suas! Fora que mais gente precisa entrar para o fandom do shipp Panchito x Donald x José, pois já li todas as fanfics no AO3 e não tem mais nada deles em lugar nenhum 🥺🤠 (aliás você escreve fanfics?)
AI OBRIGADA!! ❤️ Agora sobre outras redes sociais,,, eu tenho um canal no youtube porém o único vídeo lá sobre os caballeros é esse aqui que eu já postei no tumblr. Sobre TikTok, não tenho um ativo não (se avistar um com meu nome fazendo postagem É FAKE). Concordo que a gente tem que fazer mais propaganda e tietagem pra mais gente entrar no fandom, PRINCIPALMENTE escritores de fanfic!!! Admito que já pensei em escrever mas, sinceramente... me falta ódio. Pra mim é mais fácil escrever roteiros curtos pra comics!
#Depois do meu TCC eu não quis escrever mais nada#tenho uma conta no AO3 porém só usei para postar desenhos safados de outro fandom#ask#nekoemogoticaworld
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oii (na intenção de vc não lembrar que ameacei bloquear sua conta a 5 min atrás e te xinguei mt no chat) vc poderia escrever matias pipe e simon c uma lobinha q esta sofrendo escrevendo o tcc dela.....
não que eu esteja passando por isso e queira um conforto nem q seja na base da pirocada.......
nada a ver 😛

xuxuuuuuuu 🥰 (fingindo que não ameacei de me matar na sua frente depois de kuku cheirador e literalmente te intimei pra fazer uma parte dois desta 💥PORRA que acabou com. a minha vida. 🖕🏻
primeiramente eu gostaria de falar sobre pipe otaño da silva jr. pq irmãs. eu tenho pra mim que ele seria o mais útil nesse cenário! baseado apenas nas vozes da minha cabeça e ☝🏻 no fato dele cozinhar, então aqui na residência camila creads já é canon que ele levaria coisinhas pra você comer quando tá concentradinha, de um prato de strogonoff com arrozinho e batatinha palha até umas uvinhas lavadinhas e geladinhas (e ele não levaria na sua mesa toda hora pra não te distrair, só quando você já tá há muito tempo sem comer) agora vamos para a putaria pq se eu falar de pipe otaño namoradinho mais um pouco eu fico triste☝🏻 aff gente na boa 😔 eu sinto que ele faria de tudo pra controlar o tesao, pq imagina depois de um dia inteiro se estressando por causa de trabalho tcc coisas estressantes!! vir um homem tipo ehhh😛mama aki por favor (se bem que se fosse ele. kkk quem reclamaria neah) então!!! ele deixaria você dar uns sinais que tá cansadinha e precisa daquele tipo de distração. imagino muito ele no sofá vendo alguma coisa a noite (pq ele não quis ir dormir sozinho na cama pq ainda não terminou de escrever um capítulo do tcc😔✊🏻) e você saindo com o corpo molinho do quarto, manhosinha que nem uma gatinha indo se esfregar nele toda tipo 😔😔😔😔estoy cansada jefe. ele só perguntaria “quer um carinho, hm amorcito?” bemm sugestivo mas ao mesmo carinhoso sabe… (que tesao😔) e começaria a beijar seu pescoço, mexendo com o elastiquinho do seu short de pijama e lamberia os próprios dedos caso você não estivesse molhada ainda, e te dedaria ali mesmo, fazendo círculos devagarinhos no seu clitóris enquanto fala o quanto tava com saudade de sentir sua bucetinha gostosa apertar os dedos dele, e seria bemmm soft dom, mas tão soft que não sei nem se chegaria a ser dom, com muito praise e apelidos carinhosos e falando pra você gozar nos dedos dele antes dele te chupar, que tá com muuuita vontade de te deixar bem relaxada a noite toda
já simon hempe . afffssss oooooohhhh eu pensei aqui em uma coisa e preciso falar gente. o jeito dele de te relaxar seria 1000% te deixar BURRA de pica. tipo de vdd mesmo. num cenário que vocês moram separados, e que você tá escrevendo essa 💥porra💥 num sábado à noite e ele acha isso INTANKAVEL de vdd. então ele te liga e fala que nem quer saber, que tá indo te buscar agora e pra você arrumar suas coisas pra dormir na casa dele e até se quiser pra continuar escrevendo amanhã de manhã, mas hoje você vai parar pq tem que relaxar urgentemente. e dito e feito vey, nossa pensa. PENSA. entrando no carro desse homem toda fudida cansada xoxa capenga anêmica depois de um dia SUPER cansativo vendo esse 💥💥🖕🏻GOSTOSO💥 todo cheiroso no banco do motorista. de vdd tô muito triste pensando aki nos meus dias de pré vestibular e. oh gente se a gente pudesse AH SE A GENTE PUDESSE. mas enfim neah 🎤 quando chega na casa dele, ele até arrumou a sala toda bonitinha pra vocês resenharem um pouco, mas ele já chega beijando seu pescoço por trás e fala pra você tomar um banho bem gostoso que ele vai estar te esperando. e depois de um 🎀🌸🚿💞banho revigorante yass mamas🎀🚿🌸💞 você chega no quarto dele com o cabelinho molhado e usando um roupão, em pé entre as pernas dele que tá sentado na cama, ele vai desfazendo devagarinho o nó do roupão e pede dengosinho enquanto beija a pele do seu quadril agora exposta “deixa eu fazer você relaxar, hm mami?” (😔🔫live reaction) e depois disso k OLD né monas, vai te chupar devagarinho, te fazer gozar no mínimo duas vezes enquanto fala o quanto você merece isso, te chamando de gostosa, deusa, tudo que tem direito enquanto tá ó 👅🐱💧🤟🏻👋🏻👋🏻💦 com os braços ao redor das suas coxas, fazendo questão de fazer gemer contra a sua bucetinha e esfregar a língua bem molinha pra fazer os barulhinhos molhados que vocês dois tanto amam, mas uma coisa que eu pensei aki meo. ele dando batidinhas no seu clitóris depois do seu segundo orgasmo pedindo “mais um pra mim mami, hm? deixa eu te chupar só mais um pouquinho essa bucetinha gostosa” e depois vai te fuder em mamãe e papai enquanto te beija e te enforca de levinho, falando praise em um tom de . 💥falsa simpatia. pq tipo ele realmente tá com dó de você estar se esforçando tanto nesse tcc mas porran ele ama tanto te ver toda burrinha debaixo dele, que não aguenta te provocar nem que seja um pouquinho sabe? “awn, tadinha da minha princesa… fica o dia todo se esforçando tanto… as vezes só precisa ser fudida até ficar burrinha de tanto gozar, não é mami?” SIM ESTOU GOING CRAZY COM O MAMI TONIGHT 😛😛😛😛💦💦💦GO CRAZY LALALALA 🤟🏻🤟🏻🤟🏻🤟🏻GO ⚠️⚠️⚠️⚠️STUPID
kk . aaiiiii matias recalt. literalmente o maior chupador de xoxotas no mundo genteh desculpa NÃO CONSIGO NÃO FALAR DISSO. e ele vai ser o único que vai te atrapalhar um pouquinho tá? chegando atrás da sua cadeira e beijando seu pescoço falando “hmmmmm só uns 5 minutinhos comigo bebita, vai… descansa um pouquinho…” e quando você ficar porra matias 🙄🙄🙄🙄🖕🏻 (morrendo de tesao) tenho que fazer essa porra vey sai daqui capeta ele🍾🍾🍾🍾🍾NÃO vai sair. vai simplesmente se ajoelhar no meio das suas pernas, dando mordidinhas no seu joelho com a maior cara de atentado e lambendo e chupando sua coxa enquanto você tenta ignorar mas. infelizmente (OOOH YEAAAHHH 🤟🏻🤟🏻🤟🏻🤟🏻) ele começa a beijar sua buceta por cima do shortinho de pijama, sorrindo ainda mais quando vê você ficar ofegante, e vai pedir “daaale, sólo un poquito…” e vai sentir como se tivesse ganhado na loteria quando você finalmente levanta os quadris pra ele tirar seu shortinho, e o FILHO DA 💥💥💥PUTA não vai nem tirar sua calcinha de cara, continua beijando sua buceta por cima do tecido, afastando pra ver a mancha molhada que se formou e afastando o tecido pra passar dois dedinhos por lá e enfiar eles no seu buraquinho, atento a sua reação. e como ele TIROU a sua paciência, quando ele tira a sua calcinha vai deixar completamente você agarrar o cabelo dele e meio que 😛esfregar a boca dele ali sabe awwwwwnnssss e ele com a língua molinha e chupando de vez em quando e GEMENDO contra pra que você saiba que ele tá amando ser usado desse jeito. ah, e ele também vai continuar tirando você do sério com o objetivo final de você sentar nele na força do ódio, pq ele ama isso e quer muito levar uns tapas na cara e uns puxões de cabelo da namorada gostosa dele 🥺🥺🥺 mas durante ele vai ser um filho da puta e até te provocar como se não estivesse isso🤏🏻aqui de gozar, “tá estressadinha não é, bebita? calma… esse pau aqui é só seu…” e vai receber o troco só quando você parar de sentar e só voltar devagarinho quando ele tava prestes a gozar, e vai ter que pedir por favor várias vezes com os olhinhos lacrimejados
omg me empolguei muito com esse 😵 mas literalmente não ligo fuck them kids SUCUMBA lunitts jr da silva 🖕🏻

#cblurbs 🌟#simon hempe#simon hempe smut#simon hempe x reader#felipe otaño smut#felipe otaño#matias recalt#matias recalt smut
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26 de julho de 2023
5 anos depois...
Consegui o estágio que queria, depois consegui dois outros ainda melhores, aprendi sobre processo legislativo, não fui na academia regularmente (from time to time), e ainda sofro com a minha personalidade engessada, pessimista e self hate tá ainda mais forte. Apesar de todos os pesares, eu superei muita coisa em 5 anos. 2018 foi um ano dificil mas desafiador, me provei de diversas maneiras, me tornei alguém dedicada no trabalho (sinto falta desse sentimento), e consegui alcançar as coisas que sempre quis aos poucos. Em 2018 conheci diversas pessoas que se tornaram meus amigos por todos esses anos. Em 2018 entrei num estágio que no futuro me proporcionou um emprego e que me trouxe aonde estou hoje. Porque sem esse emprego eu não conseguiria juntar o dinheiro necessário para mudar de país. Mas tudo bem, já chegamos lá. Ainda recapitulando... Em 2019, eu estava mais estável, tinha um bom estágio, bons amigos, boas festas e minha confiança estava em alta. Fui num festival, beijei muitas bocas de homens e mulheres. Pode-se dizer que aproveitei muito. Já 2020 veio a pandemia, isso sim foi louco. Fiquei em casa por meses, trabalhando e estudando, li muuuuuitos livros (o que eu amo). Foi desgastante, ver tudo que estava acontecendo no mundo sem poder fazer nada para mudar, o sentimento é powerless. Muitas coisas mudaram em 2020, digo no mundo em geral, o comportamento das pessoas, do consumo, de tudo. Em meio a uma crise politica e sanitaria, eu estagiava numa consultoria política. Engordei em casa, comi muito e não fazia nada além de comer, trabalhar, ler, assistir serie, pintar o cabelo e fazer maquiagens. Decidi que tinha que mudar algo, então comecei a fazer yoga e exercicios fisicos com a minha vó, o que ajudou bastante. Mas logo as coisas começaram a se normalizar. Voltei para Brasília para escrever o meu TCC. Ainda bem que voltei, apesar da solidão e de ficar dias e dias sem sair de casa e sozinha no apartamento. Foi estressante e divertido. Acho que antes da pandemia existia em mim uma ansiedade social por sair, por pensar que todo mundo estava aproveitando a vida, menos eu. Mas na pandemia isso não existia, então minha ansiedade social era bem menor. Então veio novembro, resolvi fazer uma festa indie na minha casa e foi aí que conheci os melhores amigos que a vida poderia me dar. E assim entramos em 2021, com muitas festas e viagens com esse mesmo grupo de amigos. Literalmente todo fim de semana estavamos juntos fazendo algo. E no meio disso, na metade do ano surgiu uma proposta, esses mesmos amigos iriam mudar de país e me chamaram para ir nessa "aventura".
Agora escrevo de Portugal. Mudei de país e não foi fácil... Abandonar meu emprego estável, minha familía, meus amigos, meu diploma. Me sinto frustrada, só escrevo porque estou sem opções, estou encurralada. Portugal foi uma boa decisão, não me arrependo, mas sinto que não fiz boas escolhas. Mudei no começo de 2022, e esse foi um ano de transição, e apesar das dificultades, eu consegui sobreviver e ao fim do ano estava no melhor lugar possível, com dois empregos bons, um bom namorado, bons amigos, numa boa casa. Então para mim foi o auge, não conseguia acreditar em tudo que tinha conquistado. Até que veio 2023, em fevereiro fazia 6 meses que estava com dois empreogos, já estava exausta. Então pedi demissão de um e na mesma semana, me demitiram do outro. Ou seja, perdi dois empregos de uma vez. Foi traumatico. Eu, a pessoa que mais se considerava competente, foi demitida e agora estava sem opções. Fico me perguntando até hoje se tem algo que eu poderia ter feito, se eu tivesse estudado mais, se eu tivesse prestado mais atenção, se eu não tivesse pedido demissão, se eu tivesse falado de outra maneira... eu não sei. Acho que isso é inutil. Não agiria de outra maneira pq não fazia ideia do que ia acontecer. Não posso controlar tudo. Fiquei 1 mês a procura de outro e consegui numa agência de marketing. A minha ansiedade nunca esteve tão em alta. Eu queria ser a pessoa mais competente do mundo, queria me provar para poder ser contratada, queria tanto que no fim eu me auto sabotei (eu acho). No fim, eu coloquei na minha cabeça que não seria capaz de fazer aquilo, que não tinha o conhecimento necessario, e que as pessoas a minha volta não eram aquelas que queria conviver e trabalhar. Eu poderia ter tentado mais, eu poderia ter dado uma chance. Ou seja, mais um arrependimento, mais uma escolha que eu me arrependo. Ok, pedi demissão, foi pessimo, foi mal. E comecei num café de russos, onde eu claramente não me encaixava. Porém de novo eu não dei uma chance para o novo, de novo eu tomei uma decisão precipitada.
Hoje me encontro na posição de gerente de uma loja que não abre e que está tendo a obra mais caotica que já vi na vida. E olha que não tenho muita experiencia com obras mas eu nunca vi algo tão ruim assim. Tenho vontade de desistir, vontade de desistir desse emprego miseravel, vontade de desistir das minhas amizades, vontade de desistir do meu namoro, vontade de desistir de mim. Eu me encontro num buraco que eu mesma cavei e cada vez eu me odeio mais pelas escolhas que fiz. Cada vez eu sinto que não tenho capacidade nenhuma para estar viva. Cada vez mais eu sinto que sei lá. Eu não sei como sair disso, eu não sei. Continuo seguindo, porque é o que está ao meu alcance, mesmo estando muito mal e chegando num ponto extemo de exaustão mental.
Não posso desistir de novo.
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Five of Pentacles

Bom dia!
Long time no see.
Entre estar lesionada com meu braço todo cagado e sem energia nenhuma pra escrever nada, esses últimos tempos tem sido usados para processar coisas bem antigas, padrões que não me pertencem mais mas que subconsciente me afetam e essas coisas. Recentemente depois de muitos, mas muitos anos mesmo, retomei o contato com Kali e ela me mandou escrever aqui hoje sobre uma carta que eu, particularmente, tenho pavor quando cai na posição regular.
Não costumo falar muito sobre os aspectos espirituais aqui nos meus textos, com quem me comunico ou coisas assim. Acredito que a linha entre espiritualidade e psicologia é tênue porque ambos dependem de sua compreensão sobre você e o mundo, físico ou não. Minha maior referência no Tarot, a Jessica Dore, é uma psicóloga de TCC mas que ao longo dos anos foi desenvolvendo uma nova linguagem pública de como se ler o tarot: ao invés de leituras premonitórias ou promessas, seus posts geralmente trazem cartas que instigam uma questão e depois desenvolve sobre isso, muitas vezes sob uma ótica bem pessoal ou utilizando de histórias, lendas antigas e personagens ficcionais para comprovar seu ponto. Levando para um ponto mais simples, é como se fosse a sábia de uma aldeia te ensinando a pensar por si falando pela imensidão dos tentáculos de fibra ótica da internet e suas ondas ressoantes. Ao meu ver esse tipo de texto agrega mais do que uma promessa. É que nem uma sessão de terapia que você não estava esperando nada e acaba encontrando a pergunta ou resposta de algo profundo que você nem sabia como raciocinar. São formas semelhantes de instigar o subconsciente a se comunicar com o consciente. Mas no caso de hoje, tive que abrir essa exceção porque Kali e a carta que caiu hoje tem uma relação muito intrínseca com a minha vida. E a partir de agora o texto vai ficar pessoal e provavelmente enorme.
Fui casada (morei junto) dos 17 anos até os 23 com a pessoa que namorava desde os 16. Em um grande misto de insanidade e irresponsabilidade emocional ampla de ambas as famílias, especialmente a dele que não apenas deu muito suporte, não só pagava as contas como me impedia de trabalhar durante a faculdade e eu, boba, achava que queriam meu bem e seguia as "recomendações", me senti segura para mudar de cidade e fazer companhia ao meu namorado, depressivo, imaturo mas auto afirmadissimo por ser amado pela mamãe então se achava um Deus. Eu, como "mulher", criada em família católica e vendo a minha volta todas as mulheres passando por abusos constantes e continuando a se doar a quem não merece, achava que estava em posição de vantagem: estava com quem amava, mudei de cidade para um lugar que sempre quis ir, com uma pessoa que me dava muito bem e viver algo novo. Parecia um terreno frutífero para que coisas boas acontecessem né?
Não vou dizer que foi uma total tragédia, como eu disse nós nos dávamos muito bem, só que eu não tinha a menor noção do que estava fazendo. Quando fui embora larguei a vida que conhecia e entrei num buraco: meu ex tinha ansiedade social e mal saia de casa. Eu não conhecia a cidade, ainda mais considerando que era a maior metrópole da america latina, tinha puro medo. Na minha cidade natal era acostumada a andar sozinha e ser bem independente, e agora eu não sabia o que fazer, porque estava muito empolgada pra conhecer tudo mas não me sentia capaz porque não queria usufruir sozinha do que ele havia me dado. Óbvio que isso se tornou uma bola de neve e com o passar dos anos virou uma avalanche: ele fazia chantagem emocional quando eu queria sair sem ele e com outras pessoas, especialmente à noite. Eu sempre fui uma pessoa muito de ouvir os outros e nesse caso eu não apenas ouvia como levava como lei porque se vinha da pessoa que eu amava era pelo meu bem, então não ia. E isso também foi aumentando se tornando uma bola de neve enorme, com abusos verbais acontecendo em público, ordens, grosserias e etc disfarçadas como brincadeiras ou zoeira. Nós fazíamos faculdade juntos e na mesma turma, então tínhamos uma hiperconvivencia absolutamente insuportável e onde essa dinâmica de 'poder' também se aplicava: ele mandava nas ideias e eu e os outros obedeciam, quem dava outras ideias era zoado e debochado, especialmente se fosse eu, mesmo que boa parte das ideias fossem minhas, em que ele zoava e depois falava de novo como se fosse ideia dele, ou seja, apenas um homem regular.
Eu perdi a capacidade de acreditar nas minhas próprias ideias e métodos de projeto, porque não tinha autoconfiança. Enquanto quando ele pedia uma opinião eu tentava ajudar ou melhorar, quando eu pedia ouvia apenas que era zoado. A minha única habilidade que era enaltecida era a que pra ele eu era visivelmente melhor, o desenho. Mas hoje em dia percebo que o buraco era muito mais embaixo, não era a minha incapacidade que estimulava aquele comportamento e sim porque, no final das contas, eu não era vista como uma pessoa além de uma companheira pros grandes feitos que ele poderia realizar. Os anos foram passando e eu não sabia nem sentir o que estava acontecendo porque além dessas coisas tinham muitas outras e pra resumir tive uma pane no sistema, tinha crises diárias de síndrome do intestino irritável, não conseguia sair da cama e pisar na faculdade que era do outro lado da rua de casa. A partir desse ponto foi só ladeira abaixo. Ele se sentia muito bom e maduro pois já tinha feito terapia na vida e eu nunca, então toda a culpa emocional da relação era minha e vinha disso. Então fui forçada a eu, somente eu, a fazer terapia com uma véia que dormia em toda sessão. Ele nunca podia repensar suas posturas porque além de estar sempre certo também estava pagando. E ah, no começo da faculdade eu queria sair do curso porque sabia que não era o que eu queria e ele fez chantagem emocional dizendo que se eu saísse meus pais me forçariam a voltar pra minha cidade. Enfim. Eu vivi uma síndrome de estolcomo, e adoraria que fosse apenas uma metáfora mas até a ex psicóloga concordou comigo e ela odiava metáforas com pseudo diagnósticos. Depois de velha e muita análise percebi que a minha propensão a passar por isso teve a ver com a relação com homens na minha vida mas não vou me deliberar pra esse lado. Let's keep it going.
O cinco de pentáculos fala sobre miséria. Também fala sobre escassez monetaria, mas acho que a maior lição dela é apontar onde realmente mora a miséria. Perceba, nessa situação eu vivia numa miséria dentro de um conforto físico: eu tinha tudo mas não tinha a mim mesma. Minha existência foi ruindo, eu já não me conhecia, não tinha domínio sobre as próprias ações e quando queria agir de forma independente sofria represália e chantagem emocional. Quando me separei já tinha uma visão mais centrada de mim, conhecia melhor a cidade mas ao mesmo tempo não me conhecia. Na realidade eu não sabia o que fazer e muito menos tinha forças pra me solidificar nas estabilidades necessárias pra se ter uma vida. Não sabia me segurar sozinha, e nesse momento aí basicamente estava só mesmo, porque nenhuma das minhas amigas tinha a maturidade de entender uma separação. E aí tudo o que eu passei despreparada logo quando cheguei passou a ser processado quando comecei a morar só. Ou seja. Eu não estava bem. Nem um pouco. Só entendi o nível das coisas que passei uns 8 anos depois e por isso até hoje algumas são difíceis de quebrar.
Quando conheci Kali, estava em um momento de transformação e fúria. Era o começo da minha jornada espiritual na época adulta e a ideia de morte e renascimento sempre foi algo presente nos meus processos, mas dessa vez havia percebido que eu não tinha que morrer e sim que matar. Eu tinha que matar o que me matava. Até aquele momento por mais que seguisse em frente sempre via a minha culpa na situação ao invés de ver pelo lado amplo e de que ninguém era santo. Então a fúria foi se instalando em mim por dois viés, o lado de ter passado por isso e o lado de ter me deixado passar por isso. Kali me fez perceber a escassez de mim e o que perdi, e que pra renascer eu precisava arrancar tudo que estava plantado que não me pertencia. Só que tirar tudo isso da gente dá muito, mas muito trabalho. Primeiro que você tem que fazer a verdadeira triagem. Segundo que você tem que ter a vontade de estar vivo pra acreditar no poder de matar. Terceiro que o tempo é Jeremy Bearimy, não linear, complexo e se você quer uma verdadeira solução vai ter que andar na montanha russa. Nessa época aí não consegui me segurar não mas sei que tentei o máximo que pude.
O ponto maior sobre a miséria dentro desse contexto é a incapacidade de acreditar que um dia as coisas vão melhorar ao seu redor. Quando se passa por um trauma extenso dentro de um tema específico, é muito difícil de quebrar ou tentar outras formas de fazer aquilo funcionar. A gente tem bem menos energia e muito mais medo, muitas vezes ao ponto de se tornar paralisante. Vivemos muito mais adaptados ao escasso após um sofrimento do que dar espaço a tentar e falhar até acertar. No meu caso isso ecoa muito nos dois pontos que citei aqui nesse texto: o emocional, especialmente confiar e me entregar ao amor, e a capacidade de acreditar nas minhas próprias habilidades e de obter sucesso em ambas as partes. A maior miséria vem de quando não conseguimos nem nos possibilitar a mudança, o aprendizado, o conhecimento de outra forma de ver o mundo. A miséria mora onde não vemos saída e muitas vezes somos nós mesmos que nos cegamos. É quando acabamos cessando, passando, murchando, definhando, desmanchando, voltando ao pó sem nem ter a esperança de renascimento do outro lado. E eu não desejo isso a ninguém. Desejo coragem e força e vontade e assim a vida cria cor e riqueza de novo.
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E lá vamos nós again, hahaha
Como sempre, adoro vir aqui começando com “quanto tempo” ou “não sei porque estou aqui”, e é real, nunca sei, só sinto a necessidade de vir despejar um tanto de coisa que vai ficando guardada aqui dentro. Bem, todo mundo enche de si mesmo uma hora, sem contar o quanto amo ler meus desabafos esporádicos, é gostoso saber o que estava se passando na minha cabeça, o que eu estava sentido e analisar o que ocorreu desde então.
E não sei por onde começar exatamente, mas vou pelo caminho mais fácil, ontem eu “terminei” meu TCC, o que é uma puta de uma vitória, não sei o que vem agora, o que existe após o TCC? Foi uma dedicação e tanto, claro que em alguns momentos mais que outros, mas não anula a dedicação de escrever cerca de 62 páginas, foi coisa pra caralho. E me orgulho bastante do que fiz, acho que está uma merda, mas tudo bem. Eu dei meu melhor nele, no final dei uma leve cagada, na qual eu devo consertar daqui alguns dias, mas confesso que estou receosa mesmo é para a apresentação, mesmo sendo online, ainda assim me dá um puta frio na barriga. Porra, é o trabalho da faculdade e bem seria terrível não conseguir concluir, o que eu espero profundamente que não ocorra, mas sabe como fico ansiosa com essas coisas de faculdade e vida profissional, minha ansiedade sempre me ataca com força, mas estou seguindo firme por aqui.
Depois dessa notícia mais ou menos boa, venho com uma maravilhosa, passei em 5º lugar no processo seletivo de estágio do fórum de esmeraldas, o que me deixou muito feliz! É uma puta conquista pra mim, me senti bem realizada, mesmo que meus pais tenham acabado com toda a minha alegria pela minha conquista, mas okay, minha própria empolgação, junto com a do Felipe, valeram demais, eu quis chorar, quando contei para os meus pais e eles foram tão insensíveis, saca?! Ainda mais depois que o Felipe comemorou comigo de um jeito tão empolgante e tão fofo, aquece meu coração só de lembrar do jeitinho dele, do sorriso e dos abraços e dos parabéns, eu gosto muito dele, muito mesmo. Mas enfim, tudo ficou bem no final, como sempre fica né? Eu sendo eu, não chorei dessa vez, mas ainda conversei com alguns amigos a respeito da reação dos meus pais ter me deixado abalada.
Bem, e o que mais temos por aqui? Temos o avanço no meu relacionamento com o Felipe, ne? Como andam as coisas? Os sentimentos? Sua cabecinha e suas expectativas?
Ui, vamos lá.
Ao mesmo tempo que não tenho muito para dizer, também tenho muita coisa para falar. Estamos muito bem, melhor é impossível, nosso relacionamento está numa crescente que me surpreende bastante, não que tenha chegado aqui de maneira rápida, mas justamente por ter sido tão natural, ainda assim me deixa embasbacada quando paro para pensar de onde saímos e onde estamos indo parar, de certa forma tivemos um avanço exponencial nesses últimos meses, nos aproximamos tanto e vivemos tantos momentos juntos, a companhia dele é tão agradável, é tão pacífico estar ao seu lado, me traz paz e muitas risadas, acho que não teria uma combinação melhor de sentimentos.
Bem, comecei a dormir bastante lá na casa dele, foi onde toda a intensidade começou a pesar mais, mas o ponto principal foi quando passamos mais de 72h juntos, se não me falha a memória foi quando fui para a casa dele na quinta, dormi lá, na sexta ele voltou comigo para a minha casa, dormimos aqui e depois voltei para a casa dele no sábado e só vim embora no domingo à noite, foi incrível, não tenho nem palavras para realmente expressar o sentimento, a gente não queria se separar, mesmo depois de tanto tempo, como disse, a presença dele é reconfortante, dormir com ele é.... sem precedentes, talvez seja só o amor falando mais alto, não sei, realmente nunca é a mesma coisa dormir ao lado de alguém, sempre tem algo que muda, e com ele é assim, é diferente, eu amo sentir o que sinto quando me deito com ele, quando seus braços me envolvem e me apertam contra si, sinto que meu coração vai se explodir com tanto amor pelo gesto, meu coração se torna algo realmente vivo, eu o sinto o tempo inteiro quando estou ao lado dele, seja por conta de um sorriso, é lindo quando ele sorri para mim, seja pela gargalhada ou quando ele me faz cócegas, ou quando ele beija minha bunda com tanto carinho, eu amo o toque dele, eu amo o tom da voz, a forma como sorri, os traços do rosto, cada curva daquele corpo magnífico, os pelos da perna, a bunda gigante, o nariz de batatinha, eu simplesmente amo ele, pensar nele já me traz um sorriso no rosto e aquece meu coração, nesse momento ele está dormindo na minha cama, virou a noite trabalhando e está feito um anjinho no meu quarto, eu só quero saber de cuidar dele e de ter ele por perto.
Enfim, nem contei muito sobre, mas deu pra perceber o quanto realmente já me entreguei ao sentimento que ele está cultivando em mim, depois do evento das 72h, isso começou a ocorrer com frequência, ora na minha casa, ora na casa dele e fomos variando e, no meio disso ele conheceu Pedro e Marla na festa de aniversário do Pedro e depois ainda fiz uma festinha aqui em casa na qual o Polly veio, estamos realmente atrelando nossos laços. Inclusive, já nos autoproclamamos ficantes fixos, em uma conversa a caminho do cinema, não me lembro se estávamos indo assistir velozes e furiosos 9 ou Invocação do mal 3, mas estávamos ficando apenas um com o outro por cerca de 3 semanas e ele disse estar sendo suficiente para ele, então ficamos combinados assim.
E desde então, não desgrudamos fisicamente, minha mãe incialmente achou tudo muito estranho e repentino, segundo ela eu estou me entregando demais, mas bem, quando eu não faço isso? Não seria diferente com ele, e mesmo assim já me contive muito até aqui, por escolha, claro, me contive por diversos fatores e no final realmente parece estar dando certo.
Hoje me sinto mais segura em relação ao que esperar do nosso relacionamento, ainda não consigo afirmar com tanta categoria que realmente vai sair um namoro disso, mesmo que ele fale com certa convicção que vamos nos casar e tal, não digo isso por não querer, mas sim por certa insegurança, talvez? Débora insegura, vemos por aqui pessoal, deuses, não lembro a última vez que me senti insegura! Mas não é uma insegurança relacionada a não merecê-lo ou achar que ele vá me trocar nem nada, querendo ou não eu criei uma imagem dele na minha mente de ser o tipo de cara bem pegador, então de certa forma, as vezes me pego pensando se isso realmente está sendo suficiente para ele, afinal ele já havia me falado diversas vezes a respeito de colecionar figurinhas e a sua pretensão de continuar nisso durante um tempo até realmente sossegar, então sim, estamos em fase de teste e mesmo que para mim esteja sendo incrível e eu realmente queira continuar com isso, não tenho tanta certeza se posso afirmar isso por ele, enquanto isso sigo mergulhando nesse relacionamento e vivendo cada momento com o máximo de intensidade que eu possa colocar, afinal, essa sou eu.
Recentemente ele me confessou algo que me deixou bem surpresa, ele e o polly tinham um combinado de que se saíssem com uma garota três vezes e os três encontros tivessem sidos bons, no quarto eles deveriam pedi-la em namoro, e cara eu achei isso fofo para um caralho, nunca tinha visto essa, confesso, e ele disse que realmente cogitou em fazer isso no nosso quarto encontro, eu realmente agradeço muito por ele não ter feito isso, não era o momento certo nem para ele, muito menos para mim, e o que o levou a não fazer isso que foi a cereja do bolo, eu fui a segunda dele. É isso mesmo pessoal, fechem essas bocas antes que uma mosca entre! Eu realmente não consigo de fato processar essa informação por completo, o cara que, na minha visão, é o mais pegador que eu já tive algum interesse, me diz que eu fui a segunda que ele transou, é de cair o cu da bunda, e caralho ele transou para um cacete depois que me conheceu.
Enfim, mudou algumas perspectivas minhas a respeito dele, mas todas para melhor, não era algo que eu realmente esperava, mas enfim, ele não queria namorar sem ter feito a varredura dele por toda BH e cidades possíveis, se tivesse rolado nosso namoro teria tido um início bem parecido com o dele e da Sarah, então novamente fico bem grata por ele não ter feito o pedido.
Mas bem, nesse momento me encontro bem satisfeita com o rumo da minha vida num geral, principalmente no que se pese meu relacionamento com ele, tem ido tão bem que é meio assustador, mas estou bem, bem feliz mesmo, me encanta ver ele se importando comigo, nas pequenas coisas, me incluindo na vida dele, se dispondo a ver e escutar coisas minhas, é algo que nunca tinha acontecido, mas ele demonstrar interesse pelo filme que indiquei “coração de tinta”, ele se dispor a assistir viúva negra nos cinemas comigo, mesmo ele não botando muita fé no filme; ele escutando as músicas do novo álbum da Luísa Sonza comigo, mesmo ele não gostando; ele colocando a música para mim quando estava repetindo demais na minha cabeça; ele me convidando para ir com ele e o Renato fazer trilha, nossa, são essas pequenas coisas que me matam todos os dias e eu realmente me derreto por cada uma delas, repasso nossos diálogos com frequência na minha mente quando envolvem esses pequenos detalhes.
A primeira vez indo com ele no cinema, foi tão .... sabe? sei lá explicar, é como se fosse o auge de tudo, tudo começou com isso, filmes, isso que fez ele se empolgar comigo, já que minha beleza não foi o maior atrativo, e ele ter se dado ao trabalho de montar toda uma ordem de filmes para me apresentar ao longo de tudo isso, foi o elo que realmente alimentou toda nossa amizade até aqui, e ter o desfecho de ir para o cinema e no dia seguinte estarmos categorizados como ficantes fixos foi o giro de uma chavinha, o encerramento de um ciclo para que outro maior e melhor começasse? Não sei, posso só estar viajando, mas foi o que senti.
Inclusive é estranho pensar que realmente cheguei aqui, me recordo de um dia que estávamos no quarto dele e a conversa era sobre alianças e ele dizia que realmente é daqueles que se tem aliança é para usar e tal, e comentando sobre a Sarah e a vez que ela perdeu a aliança e etc., essa conversa me quebrou no final, quando ele disse que a próxima pessoa que ele colocaria uma aliança no dedo seria uma daquelas mulheres que atraem todo e qualquer tipo de homem, por isso ele fazia questão de tacar uma aliança bem evidente para ajudar na hora de manter outros homens distantes dela. E bem, qual o problema dessa fala dele? não teve um problema, problema, a questão foi apenas que eu sei que a minha beleza não é o tipo de beleza dele, não atende a todos os padrões, e quando ele disse isso, quebrou toda e qualquer esperança de namorar com ele, por justamente não ser esse tipo de mulher, não que eu não me ache linda e maravilhosa, nem que não tenha capacidade de atrair todo e qualquer homem, mas é bem óbvio pelas mulheres que ele já pegou o quão eu fujo do padrão dele, então foi como uma sentença de morte ali, depois daquele dia inclusive, eu realmente aproveitei toda e qualquer oportunidade que eu tivesse para estar com ele, aproveitando até o último maldito segundo.
Débora e suas formas de aproveitar a vida, eu gosto disso em mim, de realmente aproveitar, de não me deixar abalar e aproveitar nada por receio de que aquilo acabe um dia, tudo vai acabar, a questão apenas é quando, e enquanto o quando não chegar eu vou viver, e fazer cada momento valer a pena, eu gosto da sensação de deitar a cabeça no travesseiro com a certeza de que se eu morrer naquele instante não há nada que eu teria feito de diferente, que não há nada que eu gostaria de ter dito mais, ou feito mais, e eu acertei tanto nisso no que se trata do Felipe, não foi nada de caso pensado, eu realmente queria aproveitar tudo que ele pudesse me oferecer durante o tempo que ele me mantivesse na vida dele, a ameaça de sempre existir outra na qual ele estava apaixonado incentivou muito isso, era justamente por isso que eu não contava para ninguém sobre ele, pelo menos não com tantos detalhes, só o Bernardo soube, de que eu estava me entregando e curtindo alguém que eu sabia que não iria durar muito tempo, mas eu estava disposta a me entregar durante o tempo que eu tivesse, mesmo que isso me machucasse um pouco no final de tudo e isso ajudou demais a chegar no momento de hoje, eu poderia muito bem ter me afastado, ter evitado me entregar e sentir o que eu sinto por ele, poderia só ter ido procurar outros e deixar nossa relação esfriar, mas bem, não seria eu se fizesse isso e seria exatamente isso que todo mundo iria me recomendar se eu tivesse desabafado.
E por último, mas não menos importante aquele dia, não me recordo a data no momento, mas sei que está escrita no seu bloco de notas do celular, sabe, acho você uma besta por gostar de escrever sobre seus momentos prediletos, como se algum dia corresse o risco de esquecê-los, sendo que você sabe que as chances são nulas, mas mesmo assim você escreve, para manter a memória ainda mais viva, principalmente do que sentiu vivendo determinada situação, e é isso que você vai fazer agora, e foi no dia seguinte a festa aqui em casa? não sei, mas não é isso que importa no momento, o que importa foi o que aconteceu. A primeira maldita vez, é não nego que meu coração basicamente escapuliu do meu peito, foi aquele tipo de sentimento que te invade, sem pedir licença, como uma avalanche ou até mesmo um tsunami, chega sem avisar, apenas dá alguns sinais e quando você se depara já foi consumida, é o tipo de sentimento que quando chega para você, você só sabe sorrir, aquele seu sorriso bobo, que poucas pessoas realmente conseguem tirar, foi esse sorriso garota, esse maldito sorriso que ficou estampado no seu rosto após ele dizer que te ama pela primeira vez ao vivo, foi arrebatador, ele meio que sabe fazer você se desmanchar inteira, e o pior é que eu não tenho nem ideia se foi intencional ou não, ele me chamou pro colo dele, me chamou, saca? “vem aqui”, é cada maldito detalhe que me mata, e eu fui, sentei no colo dele de frente para ele e ele simplesmente disse “eu te acho linda, eu te acho incrível, eu te amo” e foi isso, simplesmente isso, eu fui pro céu e até agora não consegui sair de lá, eu fiquei muito boba, socorro, a ponto dele perguntar se eu não estava chorando depois, quebrando o clima, bem a cara dele diga-se de passagem.
Enfim, é isso que tinha para desaguar nesse mar por hoje, quem sabe quando vou voltar?!
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me sinto bem. tem uma brisa boa que entra pela janela do meu quarto enquanto escuto eduardo mateo.
acordei com minha maminha que me ligou uma vez e não atendi porque tinha muito sono e uma segunda vez, quando finalmente atendi e acordei.
depois de almoçar, quis logo escrever o e-mail pra fabrice e foi o que fiz. a mensagem é bem longa e acho que ele não esperaria por tanto. escrevi no melhor francês que tenho, revisei e usei vous. também mandei uma cópia do meu tcc pra que ele leia e veja o agradecimento que fiz em seu nome. hesitei em enviar um e-mail à lisa parks, por isso mandei uma mensagem a iaguela e ele combinou de fazer uma ligação zoom com ele depois da minha aula.
louis me ligou pra falar das notícias. hoje ele deu a primeira aula de inglês. sinto que ele tá bem melhor quanto aos pensamentos.
como as horas deslizaram... pouco tempo depois já ia dar cinco da tarde e fui passear com luna. ela fez cocô três vezes.
a aula hoje foi muito mais tranquila. eles conseguiram quebrar um pouco mais o muro que deixava o fluxo da aula menos fluido. eles conversaram e compartilharam opiniões sem que precisasse pedir. também, as atividades que propus foram bem feitas, sobretudo a de adivinhar a profissão pela função. tatiana e julliana contaram que sentem que estão aprendendo quando se lembram que até a semana passada não sabiam nada.
deu tempo de fritar dois ovos pra comer com o resto do cuscuz de milho que talita fez, antes de começar a chamada com iago. pelas mensagens que trocamos mais cedo, percebi uma certa dureza nas suas palavras que não reagiam às minhas mensagens em tons de graça. senti uma sensação de rigidez quando ele me mandou o link do zoom. quando começamos a ligação, estive diante de alguém um pouco desconectado da real consciência. ele parecia cansado e, embora nos falássemos por webcam, não sentia que ele me olhava ou prestava atenção realmente no que dizia. ele transmitia algo entre cansaço, frustração e ansiedade. senti muita compaixão quando o vi assim. deixei que ele falasse o que queria compartilhar comigo. ele comentou, por um longo tempo, sobre o término da sua relação com pedro e da dificuldade de encontrar alguém através dos aplicativos de relacionamento. ainda assim, o nosso objetivo era que eu compartilhasse as novidades e queria escutar o que ele tinha a me recomendar quanto ao pedido da carta de recomendação a lisa. ao falar dela, senti que havia sofrimento. finalmente, concordei que uma carta dela não agregaria muito, pois nossa relação de duas semanas talvez não lhe daria uma base sólida pra falar de mim enquanto estudante. nos demos tchau cinco pras onze porque ele tinha uma chamada marcada. em poucos e raros momentos ouvi sua risada. compartilho amor e luz com ele pra que os caminhos lhe guiem à consciência do ser.
ainda perplexo, fui passear com luna uma vez mais, já que ela me olhava com cara de quem quer algo e sabe que eu sei que ela quer. então passeamos e durante o passeio pensei em mon frère e que quero vê-lo. é uma bênção conviver e compartilhar com um ser que transmite a plenitude da vida e caminha consciente. obrigado!
tomei um banho frio, comi meu cuscuz de arroz com banana frita e vou dormir.
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Dizem que um bom remédio pro “auto desabafo” é escrever cartas pra quem te faz mal, ou sobre aquela situação ruim, e depois queimar. Ainda não sei como vou colocar fogo aqui, mas... um problema de cada vez.
Há mais ou menos 1 mês eu decidi encerrar meu ciclo na faculdade. Decidi trancar, lidar com as consequências perante a minha família, e me tratar. Tratar meu corpo e minha mente. Tratar o meu querer. Decidi ter certeza sobre o que quero ser no futuro, e me curar de tudo que me aconteceu nos últimos anos. Eu me identifico tanto com minha série favorita que acho que, no fim, estou me tornando parte dela. Em um episódio, uma personagem assume ter “problemas de abandono”, e não foi tão fictício quanto pareceu quando assisti. Problemas de abandono! Muita coisa aconteceu desde que comecei a entender o mundo, coisas irrelevantes pra quem a fazia ou assistia, coisas relevantes para quem as sofria. Contudo, nunca usei nada disso como motivo pra revolta. Sempre tive muito amor guardado, muito carinho, muito afeto. Hoje, vejo que sempre fui uma pessoa doce, dócil, fácil. Sempre cuidei dos meus amigos, sempre fui muito afetuosa e sempre mergulhei de cabeça desse tipo de relação. Brigava com meus amigos como brigava com meus irmãos, e cuidava dos mesmos da mesma forma. Sempre abracei, chorei, beijei, zelei, cultivei. Sempre dava o que estava guardado aos da rua, pois em casa nada disso era possível. Diferente do que os antigos dizem, cresci em um ambiente bem hostil pro nível de afeto que dizem ter. Fui uma criança que cresceu ouvindo críticas que um adulto não saberia como digerir. Cresci presenciando brigas, agressões físicas e verbais, e tanto quanto emocionais. Cresci cercada de pessoas com famílias bem estruturadas, e eu fazia dessas pessoas a minha família, pois não sabia, na verdade, o que era uma. Hoje não tenho mais esses amigos. Alguns seguiram outro caminho, outros interpretaram errado o que eu sentia, outros apenas não me entenderam. Mas aqui, comigo, as pessoas nunca ficam. Sempre venci meus monstros sozinha, venci minhas batalhas sozinha, e sempre estive rodeadas de pessoas que viravam as costas pras minhas guerras e, lá na frente, se perguntavam por que as pessoas as deixavam também. Desse jeito, continuei. Sozinha, lutando do jeito que dava, fazendo coisas pelos outros que nunca pareceram ser pelos outros. Sempre pareci ter tanto egoísmo, sendo que ninguém percebia que nada daquilo me fazia realmente feliz. Superei o colégio com problemas de adultos, mas que só eu sabia como eram gigantes (os problemas). Cheguei à faculdade, luto mês a mês por ela, e ao final de cada mês me sinto cansada por ter lutado em uma batalha em vão. Depois de tanto murro em faca, de tanto me deixarem, de nunca reconhecerem, de sempre fugirem... decidi cessar. Cessar os problemas, as batalhas em vão, o cansaço sem motivo. Lógico que com plena consciência de que, com tal decisão, novas batalhas surgiriam, mas que finalmente seriam as batalhas pelas quais eu queria passar. Decisão tomada. 1 semana inteira de férias se passou e eu não tive vergonha na cara e nem coragem pra contar sobre a decisão que tomei. Em casa, respondia perguntas sobre tcc, formatura, volta às aulas, férias de final de ano. Na minha mente eu só via passar o filme de todos esses anos, de professores abusivos, de matérias cujas mesmas nunca quis fazer, de conflitos pelos quais nunca mereci passar, de traições que nunca esperei presenciar depois dos 20 anos de idade lidando, finalmente, com “adultos”. Engolia a seco, respondia às perguntas de forma curta e ríspida, e seguia com meu dia. Chegou domingo. Aniversário de 2 anos do meu primeiro sobrinho, dia de jogo do flamengo, dia de comer bolo de leite ninho com morango, dia de esquecer tudo que vinha me atormentando durante tantos meses. Na teoria. Como sempre, recebi uma notícia que não esperava como se fosse algo corriqueiro do dia a dia. Como quem diz “sabia que Seu João da padaria vai se aposentar?”, ou até “sabe o filho mais novo da Dona Maria, mãe da Patrícia que mora logo ali no trevo? Engoliu uma peça do brinquedo e foi parar no hospital.” Notícias que sua avó comenta com a comadre todo dia de manhã, ás 7h, comprando pão no portão. Então, ouvi “sabia que seu pai vai ser solto mês que vem? Talvez ele esteja aí no dia dos pais.” Na hora, com a mão esquerda, conferi meu pulso na mão direita, só pra garantir que meu corpo estava gelado mas que meu coração continuava batendo. Respondi, conversei, sai. Tenho 22 anos de idade, meu pai ficou preso durante uns 7 ou 8 anos (sempre trabalhei muito pra não ficar com a data marcada na memória), isso me dá uns 14 ou 15 anos nos quais meu pai esteve livre, morando a 20min de mim, e que nunca tirou 1 dia desses anos pra me desejar feliz aniversário, ou feliz natal, ou feliz páscoa “que DEUS TE ABENÇOE”. Em todas as datas comemorativas eu era obrigada a ir até a casa dele, tomar bença, dar um abraço frio e sair. Esses abraços me machucavam tanto. Os desconhecidos da rua que pegavam ônibus comigo todos os dias eram mais calorosos. Em meu aniversário de 15 anos não quis festa, não quis salão, nem book de fotos, nem painel, nem bolo. Apenas pedi pra passar a noite com minhas melhores amigas da época, e aceitei um churrasco com a família e mais alguns amigos no dia seguinte. À noite, não satisfeita, minha mãe se juntou a minha melhor amiga e montou uma mesa como tanto queria. Tomei banho, me arrumei e fiquei com o coração batendo forte durante horas porque, naquele dia, justamente naquele dia, me disseram que ele apareceria pra me dar os parabéns. Não ficaria muito, o que já era de se esperar pois ele e minha família não tinham lá uma ótima relação, mas pra mim já era o que nunca tive em 15 anos. Pensei, finalmente, que os 15 anos realmente mudariam minha vida. Naquela noite, ao me deitar pra dormir, pela primeira eu amadureci completamente a ideia de que eu não tinha um pai. Ele nunca apareceu. Hoje me vejo sem condições de voltar pra casa. Queria voltar, cuidar da minha mente, do meu corpo, dos meus sentimentos e aproximar meu coração do amor que minha família tanto diz me dar. Por um momento senti como se algo pudesse estar melhorando, finalmente. Senti como se eu tivesse conseguido amadurecer, colocar minhas necessidades em primeiro lugar e formular meu futuro de acordo com meus sonhos. Hoje, vou me deitar sentindo que meus sonhos, mais uma vez, serão deixados de lado. Daqui a 1 mês vão tentar me enfiar goela abaixo algo que, em 22 anos, ninguém se esforçou em tentar fazer acontecer. Vão dizer que ele mudou, vão tentar enfiar na minha cabeça que sim, é possível que a água se transforme em vinho. Daqui a 1 mês vão tentar me fazer aceitar que todo esse sentimento de abandono, de falta de respeito, compaixão e amor que tenho nunca passou de uma grande farsa. Vão tentar me fazer aceitar que tudo que foi quebrado em 22 anos possa ser reconstruído em apenas 1 dia. Eu não sei como lutar contra isso, como combater, como adiar. Hoje me vejo com apenas uma saída: voltar pra minha gaiola e fortalecer o músculo da barriga pra poder empurrar tudo que tanto tentei largar. Amanhã ele será solto, e quem vai pra jaula é o futuro com o qual um tanto sonhei.
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TREZE FORMAS DE OLHAR PARA O TRANSTORNO DE ANSIEDADE, Um ensaio por Melissa Broder [tradução]
Tem um certo tipo de cara que está sempre usando um fedora, mesmo que ele não esteja usando um fedora. Eu posso farejar um homem-fedora a 10 km de distância. Eu posso detectá-lo via e-mail, comentários na internet, ou até num simples avatar. É o que eu chamo de Áurea do fedora: uma babaquice distinta que se manifesta em um plano metafísico. Não é muito sobre o que o cara fala, mas o jeito que ele fala que torna minha vontade de chorar: atenção! Você está na cidade fedora! Recentemente, eu recebi um e-mail de um cara desses. Dizia:
Se você é tão doente psicologicamente, como você ainda está escrevendo?
Obviamente, eu deletei o e-mail do babaca-fedora. Mas isso também fez com quem me perguntasse como eu consegui ser criativa e produtiva, mesmo nos meus momentos mais sombrios. Eu decidi levar a facada de responder isso - não pro babaca fedora - mas pra qualquer um que pode estar pensando sobre a relação entre sua doença mental e a criatividade. Na verdade, eu decidi levar 13 facadas ao responder essa questão, uma vez que as interseções entre ansiedade, transtorno, depressão, e produtividade não são, na minha experiência, um único caça-palavras.
O mundo não é o suficiente para mim. Eu sempre quis mais da vida do que a vida tem a oferecer. Eu lembro de olhar pros meus amigos, depois de uma noite de muito álcool e drogas, e pensar: "como eles ficam tão bem com a ideia de voltar pra realidade? Eles vão só voltar a viver suas vidas novamente? Eles não querem ficar chapados pra sempre?" Eu não sabia naquela época que eu estava medicando a minha percepção ansiosa da realidade. Claro, a medicação só durava enquanto durava, e a ansiedade retornava, geralmente pior ainda. Através da escrita, eu agora posso criar um universo alternativo que difunde um pouco da tensão de viver nesse mundo estúpido, me permitindo viver em um mundo fantasioso. Nesse mundo fantasioso, eu posso até tomar partido, na página, sobre algo que vai iminentemente destruir minha vida, sem realmente destruir minha vida. Escrever é um dos únicos modos de auto-lamentação que não tem tentado me matar.
Eu não me nomearia corajosa. Eu me nomearia, por outro lado, compulsiva. A ansiedade me diz que eu nunca vou produzir alguma coisa de novo (ela fala, nos piores cenários, sua língua nativa), especialmente quando a depressão me deixa totalmente indisposta, só querendo dormir. De certo modo, eu sou movida pela ansiedade, um medo de nunca ser o suficiente. E é geralmente a ansiedade que me incentiva a escrever, para evitar o terror de me transformar num nada.
A pergunta "qual é o ponto?" Cai muito sobre mim na vida: como um sintoma da depressão, um sintoma da existência na verdade, uma causa subjacente da ansiedade a respeito do meu lugar no mundo, e o que o mundo é, afinal. O ato de escrever me fornece uma moldura de significado: não de uma forma ativa ou consciente (tipo OK! É por isso que eu estou aqui! Vou ficar viva para escrever!), mas porque quando a escrita está fluindo, eu paro de me fazer essa pergunta tão constantemente.
Escrever é uma forma de validar a minha visão bizarra do mundo. Tipo, vamos aceitar, eu acho altamente estranho o fato de nós existirmos. Eu não entendo como todo mundo no Quiznos não está derrubando seus sanduíches e ficando tipo, Que porra é tudo isso? Se sentir desse jeito pode ser solitário. Mas através da escrita, eu tenho companhia no meu modo de ver as coisas - minha própria companhia. Se formam duas de mim. Eu ganho o direito de criar minha estranheza do mundo - o modo que eu vejo, é o modo que ele é.
Não tem mais muita coisa que eu saiba fazer. Eu não toco piano, eu não sei cozinhar merda nenhuma, e a ansiedade faz com que seja difícil, pra mim, sentar e assistir um filme. Eu pareço sempre voltar à escrita organicamente, e ela sempre parece estar lá. Então a pergunta é mais "como eu faço pra não escrever?"
Às vezes eu ajo de forma a auto-regular meus sentimentos de ansiedade e depressão, I.n.c eu transo com alguém que não conheço muito bem. Isso é uma coisa maravilhosa pra outras pessoas - eu acredito que todo mundo deveria estar por aí transando se eles quiserem - mas, pra mim, fica complicado no dia seguinte. O potencial de uma nova experiência sexual vai me retirar temporariamente da depressão. Vai me dar uma razão pra continuar vivendo. Mais que isso, me fornece um lugar tangível pra eu projetar minha ansiedade - aliviando, temporariamente a natureza existencial disso. Mas assim que a experiência acaba, eu às vezes me sinto mais depressiva porque o sexo não foi incrível. Ou, se o sexo é magico, eu sou impulsionada para um reino completamente novo de ansiedade enquanto espero ouvir daquela pessoa no dia seguinte (ou semana). Eu posso dar àquelas pessoas mais poder do que elas realmente têm, ou percebê-las de um modo superior e romantizado, porque eu as usei como droga pra minha ansiedade. E quando você usa uma droga, você quer mais da droga. O antídoto pra isso não é necessariamente parar de transar com gente aleatória. Eu continuei cometendo os mesmos erros várias e várias vezes ao longo da minha vida, e enquanto eu não conseguia resultados diferentes, eu escrevi muitos poemas. A escrita é onde eu venho depositando minha saudade e canalizando minhas emoções sobre coisas que eu usei (erroneamente) pra auto-regulação. E agora que eu estou atualmente numa fase de não transar com aleatórios (o que eu tenho certeza que irá acabar, como todas as coisas precisam passar), minha escrita me fornece um lugar pra transar com quem eu quiser, na página, sem repercussões.
Pra mim, escrever significa ler e ler significa a descoberta de espíritos parentes. Vamos encarar: o que é chamado de "doença mental" não é nada novo entre escritores e outras pessoas criativas. Houveram tempos na minha vida em que eu só me senti compreendida por sofredores parceiros que eu nunca conheci como Janet Frame, William Styron, ou Emily Dickinson. Não há nada como descobrir a experiência de um outro alguém ressoando na sua pra te fazer sentir menos solitário. E pra mim, o sentimento de que eu não sou a única esmaga a ansiedade que me diz que estou mais amaldiçoada que qualquer um. Tendo isso dito, todos os seres humanos são diferentes e seria errado da minha parte dizer que funcionou pra mim então deveria funcionar pra você. Eu só posso compartilhar a minha própria experiência. Se ela ressoa, incrível.
Em tempos que eu me senti como se não pudesse viver no mundo, a escrita me deu uma moldura ou esquema pra colocar as coisas em contexto. Quando eu estava passando por mudanças nos meus remédios psíquicos, eu decidi reportar o horror, e isso me fez sentir de algum modo menos afundada. Eu também me sinto dessa forma a respeito da terapia cognitiva comportamental e seu foco em planilhas, diários e gráficos. A TCC me ajuda a sentir como se eu estivesse trabalhando em um projeto no qual eu sou um observador casual e não uma pessoa aterrorizada constantemente tirando minha própria temperatura.
Eu não estou em paz a não ser que esteja me torturando. Minha escrita está sempre lá pra mim como algo sobre o qual eu posso me torturar.
Um elemento do transtorno de ansiedade é o desejo de controlar tudo ao nosso redor, especialmente as merdas além do nosso controle. O que é legal é que nós não podemos controlar coisas além do nosso controle, porque seria realmente exaustivo se pudéssemos. O que é difícil é lembrar que isso é algo impossível. Mas eu encontrei na escrita um bom lugar pra praticar a falta de controle (o mistério da poesia, a jornada, e não saber o que você sabe até que esteja acabado) e também um reino onde eu tenho total controle sobre um universo inteiro (como é o caso da ficção). Então, nesse sentido, isso satisfaz o desejo.
Quando meu mundo interior está no seu momento mais assustador - quando eu passo por um período de ataques de pânico que parecem que nunca vão se abater, e todo dia que sou forçada a andar através de uma multiplicidade de mortes diferentes - escrever me aluga a habilidade de ser a heroína da história, ao invés da vítima. Ao longo das minhas relações de longa duração com terapia, remédios psíquicos, e meditação, o ato de escrever ainda é geralmente a única coisa que me permite direcionar o que, em outros casos, parece uma narrativa incontrolável.
Escrever é como um paliativo para o momento presente. Eu sei que nós deveríamos "abraçar" o momento presente e essas coisas, mas eu acho o momento presente irritante. Eu tenho ansiedade demais pra querer permanecer no meu corpo por qualquer período prolongado de tempo. Mas escrever é como uma pequena esteira no momento presente (do mesmo jeito que o adestrador de cães coloca os cachorros numa esteira quando eles têm energia demais ao mesmo tempo). Eu preciso que a escrita queime coisas em mim que são simplesmente difíceis demais de se conviver com.
Se eu estou me nomeando "poeta" em pleno século XXI, tem que ter algo de errado comigo.
- Texto traduzido por Olga Hawes, originalmente disponível em [https://www.vice.com/en_us/article/thirteen-ways-of-looking-at-an-anxiety-disorder]. Todos os direitos reservados à Melissa Broder (@sosadtoday). Mais traduções aqui.
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Saudades do FIQ? Calma, que está chegando!
Para matar saudades, confere matéria que fiz na última edição (2015): http://quadro-a-quadro.blog.br/que-fiq/
Confira a matéria que fiz para o saudoso Quadro-a-Quadro aqui.
Que FIQ!
Keli Vasconcelos
Poderia iniciar este texto falando da nona edição do Festival Internacional de Quadrinhos, o FIQ, evento ocorrido na Serraria Souza Pinto, no bairro Floresta, em Belo Horizonte (MG), entre os dias 11 e 15 de novembro. Poderia, também, falar que reuniu artistas nacionais e internacionais, que milhares de pessoas passaram pelas mesas, stands, além de participarem de oficinas, palestras e tardes de autógrafos. Mas, isso, você já deve ter lido em sites, blogs e redes sociais, não é mesmo?!
A questão aqui é que esta que vos escreve foi ao festival praticamente de última hora, tímida, não entendendo bem o assunto. Com uma câmera na mão, um bloco de anotações na outra (a esquerda, porque sou canhota) e o coração pronto para o turbilhão de sensações e sentimentos que encontraria, prefiro aqui fazer um singelo diário de bordo, relatando o que senti como ‘marinheira de primeira viagem’ no FIQ.
11 de novembro de 2015 – primeiro dia
O FIQ deste ano homenageou Antônio Cedraz com a exposição “Cedraz: Mestre dos Quadrinhos”, cuja curadoria foi do editor deste QaQ, Lucas Pimenta. Além de fotografar, observei a reação dos visitantes, especialmente as crianças, que ficavam impressionadas com as homenagens de outros quadrinistas ao artista baiano. Não raro ver uma criança com celular na mão e fazer sua selfie, um pai a explicar ao filho sobre o sertão, o povo sofrido do Nordeste. Sendo filha de nordestinos, muito do que Cedraz e sua Turma do Xaxado relatam eu já ouvi dos meus pais, um pernambucano e uma baiana, que sempre se encantaram pela flor do mandacaru.
Depois, fui ao auditório Mateus Gandara para assistir ao bate-papo com Luís Felipe Garrocho, mediado por Samuel Medina. O foco da conversa foi o humor nos Quadrinhos e a velha polêmica dos direitos autorais: “não sou adepto ao copyright. Meu ideal de construção de pensamento é livre”, enfatizou Garrocho em seu discurso, bem como contou sobre o personagem Bidu, na Graphic Novel para a MSP. “O personagem pode ser dividido em um mais bonzinho ao lado do Franjinha e o mais malvado, quando quer se sentir superior ao lado do Floquinho (cãozinho do Cebolinha). Foram nove meses de trabalho árduo para fazer um Bidu que não perdesse esses dois lados”, disse.
Enquanto isso, na mesa do Quadro a Quadro...
No FIQ, o QaQ trouxe, além de títulos como La Dansarina e Never Die Club (que terá continuidade na internet), a segunda edição de Máquina Zero (com financiamento coletivo), que reuniu mais de 30 artistas e até o locutor oficial do evento, Nilton Carvalho, foi homenageado na antologia. Muitas crianças de escolas públicas da região compareceram e passearam pelos corredores. Até eu autografei marca-páginas para os alunos! Foi bem divertido, mas confesso que desenho praticamente nada. Pelo menos as crianças ficaram felizes, eu acho!
12 de novembro de 2015 – segundo dia
Fui a duas palestras: uma sobre Jornalismo e Quadrinhos, com Duke, Lu Cafaggi, Mariamma Fonseca e Thalles Rodrigues, mediado por Leandro Damasceno, e a outra, intitulada Um olhar sobre o outro, com Birgit Weyhe e Phillippe Ôtié, com mediação de Ana Koehler. Destaco a primeira, que relatou como os Quadrinhos podem ser usados como instrumento de informação e não apenas de entretenimento. “Fiz a faculdade de Jornalismo e quis que o TCC fosse em quadrinhos. Lembro que, antes, elaborei um trabalho sobre cafeterias neste formato. Para meu espanto, tirei zero. Muitas vezes, nos deparamos ainda com esse entrave. Ainda bem que depois de mudar de universidade, encontrei uma professora que aceitou e apoiou esta maneira de informar”, explicou Lu no bate-papo.
13 de novembro – terceiro dia
Sob a influência do Mangá. Este foi o título da palestra que assisti em plena sexta-feira 13, com a presença de Cassius Medauar, Daniel Bretas, Montserrat e Ricardo Tokumoto, mediado por Samanta Coan. Destaco aqui a visão entre oriente e ocidente em relação ao mangá: “Muita gente fica chocada com o conteúdo e cultura oriental. Pensam que, por representarem um povo ‘repreendido’, é de se estranhar cenas violentas ou fortes de sexo no conteúdo. Vale lembrar que são culturas diferentes, conceitos diferentes”, frisou Montserrat.
Assisti outras, mas também queria destacar o painel sobre Política e Quadrinhos, com Alexandra Moraes, Alexandre Beck, Marcelo D'Salete e Thaïs Gualberto, mediado por Fabiano Barroso. “Existe ainda um tabu muito grande quando se fala de quadrinhos feitos por mulheres. O feminismo em si precisa ultrapassar uma série de barreiras para ser visto e respeitado”, comentou Thaïs.
14 de novembro – quarto dia
Sábado agitado, afinal era, literalmente, dia de Mauricio de Sousa, bebê! Mas antes, fui ouvir as palavras do criador de Bone, Jeff Smith, mediado por Vitor Cafaggi. A concepção dos personagens, ele contou, foi inspirada em pessoas de seu cotidiano e do vê nas ruas. “A Spin, por exemplo, tem os traços de minha esposa, até o jeito de colocar o cabelo atrás das orelhas”, disse o artista, que foi a Katmandu para formatar os cenários de Bone. “Eu pensava que o criador de Tintim, Hergê, viajasse bastante para fazer os cenários do protagonista. Só depois que descobri que ele via nas páginas da (revista) National Geographic”, divertiu-se.
Bom, agora, o Mauricio: mediado por Sidney Gusman com a presença de artistas da Graphic MSP, Artur Fujita, Cris Eiko, Davi Calil, Lu Cafaggi, Paulo Crumbim, Roger Cruz, Rogério Coelho e Vitor Cafaggi, houve três anúncios: mais um episódio de Astronauta, que virou uma trilogia; Bidu, e a mais nova integrante da turma (sim, com trocadilhos!): Bianca Pinheiro, que desenhará a Mônica. Mas eu queria dividir com você uma frase do Mauricio; quando foi perguntado qual seria o segredo para o sucesso longevo da Turma. “É ter foco, não desviar da sua jornada. Quantas vezes eu ouvi que era para eu desistir? Inúmeras! Simplesmente, ignorava e seguia”, enfatizou.
15 de novembro – quinto dia
“Caramba, é o último dia?”, foi o que me questionei quando saí do hotel para ir ao FIQ. E já na primeira palestra fui conhecer o Lacarmélio, o Celton, figura bem conhecida por vender na rua suas publicações. “O meu público está na rua e as notícias que acontecem são meu roteiro para as histórias que escrevo. É do policial truculento que quer me deter, impedir o meu trabalho, até o que ouço no rádio, leio no jornal. É claro que me importo com o que o leitor acha do meu trabalho!”, reforçou na palestra, que contou com Ana Schirmer, Bruno Azevêdo e Rebeca Prado e mediado por Nina Rocha.
Depois, participei do bate-papo Quadrinhos Inclusivos. Nunca presenciei uma áudio-descrição de Quadrinhos, só mesmo de livros e foi bem interessante passar pela situação. Mediado por Cleide Fernandes, contou com a presença de Flávio Soares, Lourival Cristofoletti, Sávio Cristofoletti (pai e filho, este com Síndrome de Asperger) e Lúcio Luiz. A intenção da conversa era mostrar que todos nós temos as nossas limitações, bem como os desafios da inclusão na Nona Arte.
Por fim, assisti a palestra Quadrinhos Portugueses, com Carla Rodrigues, João Mascarenhas, Osvaldo Medina e Pedro Serpa, também mediado por Lúcio Luiz. Destaco aqui a fala de Osvaldo Medina, que participou do Máquina Zero, sobre o intercâmbio cultural entre Brasil e Portugal: “Os convites são muito importantes e essas trocas de experiências são enriquecedoras. Não existe, para mim, uma escola única, um processo único em Quadrinhos, são processos, escolas, escolhas”, enfatizou.
Representação feminina
O FIQ destacou na nona edição a diversidade, em especial o papel da mulher no cenário da Nona Arte. Para tanto, a Lu Cafaggi fez a arte do festival, representando uma moça de cabelos volumosos enfeitados com flores, além de o evento contar com stands com títulos feitos por mulheres.
Só depois que reparei no detalhe: era a única mocinha do time do QaQ no evento. Responsabilidade, diria. Logo eu, que não entendo muito do “riscado” ousei a mergulhar neste universo tão rico e novo para mim. Espero ter ajudado os outros “Quadrados”, esforcei-me para isso!
Poderia terminar este texto falando que valeu a pena ter ido a Belo Horizonte participar do FIQ. Poderia também dizer que foi um aprendizado e todas aquelas palavras bonitas que guardamos no coração. Mas prefiro concluir que foi uma experiência única, mesmo.
Que FIQ, literalmente!
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eu.
Ontem à noite escrevi mais sobre ele, e parece que agora estou sem nada para escrever. Parece que já escrevi tudo o que poderia sobre ele, já externalizei tudo o que não conseguia por pra fora sobre a gente, e parece que agora a fonte de inspiração se esvaziou. Resolvi então falar de mim, de como eu me sinto. Não sobre ele dessa vez. Mas sobre minhas coisas. Atualmente, com 20 anos, caminhando para os 21, tenho entrado em crise de personalidade diversas vezes por não conseguir achar que sou madura, responsável e principalmente, independente suficiente para a idade que tenho. Tudo o que quero é sair da casa dos meus pais, ter as minhas próprias coisas e próprios perrengues para passar. Eu espero que, passando essa quarentena, eu conseguindo juntar um dinheirinho e conseguindo me organizar melhor, eu consiga sair daqui. Como isso é algo para o futuro, para manter a minha mente ocupada no presente, eu literalmente não tenho feito nada. O meu trabalho de atendente de telemarketing me esgota tanto que chegando em casa eu não quero fazer absolutamente nada. E não consigo dormir por causa da insônia. E a questão com a minha personalidade é bem mais embaixo. Não é só questão de me sentir pouco responsável nessa idade, mas é um sentimento de que eu ainda tenho tantas manias e comportamentos da adolescência, e isso me irrita. Sei que não serei a pessoa mais madura com essa idade, mas as vezes até a minha forma de falar, de me comunicar, de dançar, de escrever, parece tão rasa e tão "coisa que uma adolescente de 15 anos faria". Esse é o real sentimento. É assim até com o meu trabalho. Eu me sentia mais madura e responsável sendo jovem aprendiz, trabalhando no RH, do que ali naquele inferno que mais parece um jardim de infância com um monte de criança desesperada. É assim que se parece uma Central de Atendimento. Mas para não focar só nisso e não me reduzir à isso, à este processo de alienação da minha vida presente. Toda essa crise em relação à mim, ao meu comportamento, e à forma com que eu aprendi e passei para frente as coisas, irá passar. E eu preciso e quero acreditar nisso. Eu sei que vai passar. Eu só preciso retomar às minhas coisas. Voltar a ler e estudar, voltar para o meu TCC, fazer alguns cursos, aprender algumas coisas que eu sempre quis aprender, comprar algumas coisas que eu quero comprar, fazer mais tatuagens, organizar o meu quarto que é o único espaço dessa casa que eu posso chamar de meu, voltar a fazer algum tipo de exercício e voltar a cuidar de mim, fisicamente, para não surtar (mais). Resgatar algumas crenças, me livrar de outras. Para de esperar que ele volte. Enfim, ocupar mesmo o meu tempo. Este mês de Abril foi basicamente um mês perdido para mim. Foi bom pois entravam algumas pessoas novas que gosto muito, que quero manter por perto. E foi ruim porque o término acabou comigo. Perdi peso, voltei a fumar cigarro, bati o carro, muita coisa ruim aconteceu, e eu já falei sobre isso. Me esgotou. Eu espero que em Maio as coisas voltem a se normalizar e eu volte a ficar bem de verdade. Quero começar a meditar e tentar algum tipo de terapia que me deixe mais calma, mais longe de confusões, longe do passado e longe de alguns desejos dos quais eu não quero ir atrás pois sei que irão me machucar depois. Quero aprender a ficar na minha. Coisa que eu nunca fiz de verdade no final de um término. Hoje uma amiga me disse para ter cuidado com este isolamento, que eu chamo de introspecção e solitude. Me disse que me isolar não é o melhor, que eu preciso de ajuda e companhia. Eu sei disso. Estou tentando me comunicar melhor com as pessoas, só que até nisso, quero mudar um pouco. Me livrar das gírias, ter menos preguiça de desenvolver as palavras que chegam até outras pessoas. Aprimorar os assuntos. Sair da mesmice, todo dia as mesmas reclamações e futilidades. Mas me policiar nisso é tão difícil. Tão difícil quanto ficar longe do twitter, e eu tenho conseguido. Menos hoje que postei uma indireta que eu sei que foi incoerente com tudo o que estou me empenhando em ser, e será apagada logo menos. Tem algumas pessoas que eu quero que esqueça minha vida, que fique longe de mim e vá cuidar da sua vida sem nem lembrar que eu existo, e eu nem estou falando só do meu ex. Sendo assim, em relação à essas pessoas que eu quero longe, eu devo apenas ignorar o peso da existência delas. O que elas pensam ou não pensam a relevância nesse momento deve ser nenhuma. São só lembranças. Preciso me livrar do incômodo com coisas pequenas demais. Por outro lado, para que eu termine pelo menos este texto de uma forma minimamente ok e feliz, considero dizer que passei a reparar melhor em duas pessoas hoje, das que eu ando flertando quando eu tenho disposição para isso, que é quase nunca. Enfim. Uma dessas pessoas conversa comigo à anos, e poderia ter acontecido algo entre a gente antes do meu último relacionamento, porém, não aconteceu, e agora essa pessoa está de volta. Interessante. A outra pessoa está entrando agora na minha vida. Independentemente das qualidades e circunstâncias que cada uma dessas pessoas tem e tiveram para se interessar por mim e fazer com que eu também me interessasse, essa não é hora de gostar, nem se apaixonar, é hora de ajeitar a sua vida Sabrina, não se esqueça disso, por favor.
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o dia seis
eu preciso escrever mas não consigo organizar como
não faz tanto tempo desde a ultima vez que escrevi mas aconteceu tanta coisa
voce já veio e foi de novo
e me quebrou de novo
e dessa vez é pra sempre
e mesmo que das outras vezes eu também tenha achado que era para sempre dessa vez eu tenho certeza que é. não aguento mais. você disse que me amava e não colocaria nada acima da gente mas o relacionamento inteiro você disse que me amava e mesmo assim as coisas aconteceram. eu acreditava que voce me amava mas não queria acreditar. e ficou martelando na minha cabeça por muito tempo como que uma pessoa que te ama tanto não consegue ficar com você? é pq não ama. não é como se o seu amor por mim tivesse diminuido mas é como se eu tivesse enxergado a cena inteira e visse que haviam várias partes sem amor. eu achei que a cena era só aquilo ali. não sei se seu amor atingia todos os limites do que eu achava que era a minha cena ou eu adequei os meus limites para chegar no seu amor e fazer parecer que era tudo. talvez seja isso.
voce não me beijava além de quando iamos transar. você não dizia que me amava durante o sexo.
você veio dessa vez me dizendo que eu era a mulher da sua vida e que tinha percebido isso e segurando meu rosto olhando nos meus olhos e eu não conseguia nem respirar e naquela sexta eu quase respondi que te amava também
ainda bem que não fiz
eu quero gritar e socar e quebrar coisas e discutir ao mesmo tempo que sei que não vai adiantar nada pq não vamos voltar e pq nem quero
queria que tivessemos ficado juntos. permanecidos. mas pra mim tudo ruiu. esse vai e volta ama não ama quer não quer amargou todas as minhas lembranças
e agora meu coração ta partido e eu te odeio e sinto sua falta e me odeio por me sentir ridicula e com 14 anos de idade eu deveria estar me preocupando com meu tcc mas não consigo parar de chorar
hoje foi um dia em particular que pensei em voce no automatico, em te mandar mensagem para contar coisas, que era o que eu faria
voltando aos limites da minha cena
voce nunca quis me namorar só isso já deveria ter sido o suficiente para me impedir de ser idiota mas infelizmente não foi você nunca quis ficar só comigo voce nunca quis uma aliança e por mais que isso pareça ridiculo para voce eu nem consigo explicar o quanto era importante e doia para mim e voce ficou tentando me convencer a deixar voce transar com outra e depois me convencer a abrir o relacionamento e voce não parava de pensar em outras tinha sempre mais outra e outra e outra e sei lá o que eu nunca fui o suficiente e você dizer que não entendia o motivo de eu ser tão insegura minha nossa que piada
nesse momento eu odeio todo o nosso relacionamento e sei que é só infantilidade minha mas queria apagar tudo da minha cabeça pq ta doendo demais eu não aguento ficar na minha cama sem lembrar da gente as vezes eu me pego imaginando voce em algum canto da casa e é como se eu conversasse com voce e isso é loucura
eu não aguento mais chorar
saber que fui perfeita e ainda assim não fui o suficiente me destrói
eu sinto sua falta e me sinto sozinha e não consigo me imaginar tendo o que a gente teve com outra pessoa mas Deus queira por favor que eu esteja errada por favor por favor eu mereço alguém que me ame e só a mim
não custa nada sabe
não sei se um dia vou conseguir lidar com a ordem dos acontecimentos, com voce ter voltado e ido de novo. eu tinha outra imagem de você. e achei que voce tivesse pelo menos um pouco mais de consideração por mim. foi irresponsavel. e você nem deu a mínima.
você reparou que a ultima vez que nos vimos foi em um dia seis?
voce não me deu um beijo de despedida
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