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David Libeskind  
De onde você veio e como iniciou sua carreira como arquiteto?
“Eu sou da cidade de Ponta Grossa, Paraná, nasci lá em 1928 dia 24 de Novembro, mas logo me mudei com a minha família para Belo Horizonte em 1929. Eu frequentava cursos de desenho e pintura e logo cedo comecei a demonstrar habilidades artísticas que, depois, foram muito úteis para minha carreira. 
O projeto da Pampulha por Niemeyer foi muito marcante para mim, que morava na capital. Então, em 1947, iniciei meus estudos em arquitetura na Universidade Federal de Minas Gerais. Na faculdade tive aulas com Sylvio Vasconcellos, que me convidou para trabalhar no Sphan (Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e em 1952, me mudei para São Paulo com duas cartas de recomendação de Vasconcellos, onde tive maior contato com a arquitetura moderna e com arquitetos influentes do IAB – Instituto de Arquitetos do Brasil.“
Como você define seu trabalho?
“Sempre fui centralizador e perfeccionista o que me custou um pouco de tempo a mais em que talvez eu pudesse ter produzido mais, mas aquilo que fiz, fiz com esplendor. A caneta e o papel foram meus maiores instrumentos de trabalho, tudo ‘passava por minhas mãos’ e eu estava sempre rodeado de arte, mas o Parkinson me tirou isso no final da carreira e transformou um Imac no meu maior companheiro onde pude reviver o trabalho das décadas anteriores.” 
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Qual é a sua relação com o Conjunto Nacional?
“Eu tenho um grande amor pelo Conjunto Nacional. Objeto absolutamente inquietante do ponto de vista da escala, propõe uma abordagem de uso e ocupação do solo da cidade para afirmar-se como ponto de inflexão da estratégia de ocupação do lote.
Ele foi distribuído em dois grandes volumes um horizontal e outro vertical que se desenvolve sobre pilotis. 
Nesse sentido, a transição que se estabelece entre o espaço público do passeio e o térreo do edifício, promove relações ímpares nesse novo lugar criado pelo diálogo estabelecido com o espaço coletivo. A cidade em expansão acolheu o edifício, espécie de simbiose urbana.”
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Como foi sua experiência com projetos residenciais?
“Logo após minha chegada a São Paulo, projetei algumas casas que foram muito marcantes. Eu tinha uma forte tendência para projetos residenciais!
A primeira foi a Spartaco Vial em Sorocaba. A declividade acentuada do terreno me fez dividi-lo em duas partes, um corte que foi resolvido com um muro de arrimo. O volume da casa se apoia em uma plataforma feita na cota mais alta do terreno, a residência então possui um nível com entrada pela varanda através de uma escada. Como formato temos então um prisma ortogonal, de sessão retangular, que ora repousa, ora se lança sobre a pendente do terreno.
A segunda foi a residência Antonio Mauricio da Rocha, um grande amigo meu da faculdade. Novamente tomei como ponto de partida favorável a inclinação do terreno, projetando a casa 70 cm acima do solo no lado dos dormitórios, dando a sensação que a casa estava flutuando em seu formato retangular. O projeto se distribui de forma fluida, com a integração plena entre os setores social, íntimo e de serviços garantida pelo vestíbulo de acesso principal , onde se pode atingir qualquer setor da residência sem cruzar os demais mas ainda garante seu perfeito isolamento.
Depois dessas projetei mais alguns projetos residenciais como a Residência Germinal Ortiz Garcia, Joseph Khalil Skaf, Natan Fearmann, David Libeskind, e a Aron Birmann que são muito importantes também.”
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