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#ComoSeLibertarDeCrençasLimitantes
alfarrabiosdaalma · 9 months
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Teorias Científicas sobre as Crenças Limitantes - Os 3 Passos Para Transformar Suas Crenças Limitantes Capítulo 06
O capítulo de hoje está recheado de questões filosóficas e científicas, porque vamos falar de dois cientistas precursores de teorias psicológicas, Alfred Adler e sua Psicologia Individual e Albert Ellis, com sua Terapia Racional Emotivo Comportamental e a relação destas abordagens com as crenças limitantes. Você já se esforçou para ser superior a alguém? Ou todo seu esforço é apenas para ser superior a você mesmo? Você sabe a diferença entre fazer esforço pelo sucesso e fazer esforço pela superioridade? E, no seu entendimento, nossa personalidade se baseia na realidade ou nas interpretações que nós fazemos da realidade? Isso significa que nós construímos nossa personalidade com base em meras ficções sobre o mundo? E para você, o que vem primeiro, o pensamento ou as emoções? O ovo ou a galinha? É uma discussão interessante, mas como isso é um paradoxo, melhor deixar pra lá. Mas para um psicólogo chamado Albert Ellis, o pensamento não só vem antes das emoções e como também são determinantes delas!  O capítulo de hoje está recheado de questões filosóficas e científicas, porque vamos falar de dois cientistas precursores de teorias psicológicas. Você já ouviu falar na Psicologia Individual, de Alfred Adler? E na Terapia Racional-Emotiva Comportamental, de Albert Ellis? E o que esses ilustres cavalheiros têm a ver com as crenças limitantes? Então, fica comigo que eu vou mostrar para você como essa teoria e essa terapia científicas podem ajudar a quebrar de vez suas crenças limitantes. Este é o terceiro capítulo do episódio “Os 3 passos para eliminar suas crenças limitantes”, que faz parte da série “Os Segredos da Alma”, uma série sobre autoconhecimento, para te ajudar no seu desenvolvimento pessoal. Se você quiser saber mais, é só adicionar o link das playlists que está aí na descrição e se inscrever no canal para acompanhar os novos episódios  e clicar no sininho para receber todas as notificações.
Alfred Adler e a Psicologia Individual
Para falar da psicologia de Adler, eu vou contar para você a história de um menino chamado Alfredo, que era uma criança muito doente, ele sofria de raquitismo e por isso não pode caminhar até os seus 4 anos de idade. Devido aos seus problemas de saúde, o Alfredo tinha muitas dificuldades na escola. O pai do Alfredo era comerciante e era muito protetor com o filho. Já sua mãe o rejeitava pelos seus problemas de saúde e privilegiava o filho mais velho, chamado Segismundo. Esses problemas de saúde, somados à rejeição pela sua mãe, levaram o Alfredo a sentir-se inferior, gerando nele um complexo de inferioridade. Mas como o pai do Alfredo era uma pessoa que cuida de outras pessoas, ele cuidou do Alfredo e sempre motivou o menino com palavras, atitudes, e com o próprio exemplo, a ser uma pessoa bem sucedida, de bom caráter e uma pessoa bem adaptada e útil à sociedade. Essa história ilustra um pouco os conceitos da teoria de Alfred Adler. E de quem é essa história? Sim, dele mesmo! Do próprio Adler! Alfredo é a versão brasileira de Alfred. Claro que fiz uma adaptação da história verdadeira do Alfred, mas de modo geral, é bem semelhante.  Então, vamos conhecer mais sobre a Alfred Adler foi um psicólogo austríaco (1870-1937) que criou a Psicologia Individual, teoria que influenciou diversos estudiosos da Psicologia, tal como Abraham Maslow, da pirâmide de Maslow. (Canal Didatics, 2018). Adler foi contemporâneo de Freud e de Jung, porém suas teorias diferem completamente desses outros pesquisadores da psicologia. De acordo com a teoria de Adler, todos nós nascemos frágeis e dependentes de outros seres humanos e isso gera em nós sentimentos de inferioridade e dependência, o que pode nos levar a dois caminhos: - o esforço pelo sucesso, buscado pelas pessoas psicologicamente saudáveis, que se ocupam do sucesso individual e coletivo ou - o esforço pela superioridade, buscados pelas pessoas não saudáveis psicologicamente, que desejam ser superiores às outras pessoas. Psicologia Individual - Teoria de Adler: 
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Nascemos frágeis e dependentes -> Sentimento de Inferioridade e Dependência -> Objetivos Preliminares -> Esforço pelo Sucesso ou pela Superioridade -> Objetivo Final -> Busca pela Completude ou Plenitude. Assim, todo ser humano é movido para um objetivo final, que é essa luta pelo sucesso ou pela superioridade, por meio do esforço. Para atingir esse objetivo final, nós passamos ao longo da vida, por inúmeros objetivos preliminares que nos levam ao nosso objetivo final, que é a completude ou plenitude.  Ou seja, é nos tornamos o melhor que somos capazes, de acordo com as nossas características e as condições que nos são propiciadas ao longo da vida. A partir dos 4 ou 5 anos, nós já começamos esse processo de superar nosso sentimento de incompletude. O sentimento  de inferioridade, ao mesmo tempo que nos incomoda, também nos move em direção à superação dessa inferioridade. As crianças que recebem pouca atenção, assim como as que recebem atenção em excesso, têm dificuldade em definir claramente seus objetivos preliminares e finais e acabam se sentindo inferiores. Por isso, tentam compensar seu sentimento de inferioridade de formas distorcidas, buscando a superioridade sobre os outros, em vez de buscar o sucesso. Círculo Vicioso da Psicologia Individual de Adler
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Criança recebe atenção de menos ou de mais -> Definição Imprecisa dos Objetivos -> Sentimentos de Inferioridade -> Busca pela Superioridade sobre Outros As crianças que têm atenção suficiente, sem excessos, nem faltas, crescem equilibradas, sem complexos de inferioridade, carregam um sentimento de integração e pertencimento ao coletivo e de respeito à diversidade e conseguem definir melhor seus objetivos preliminares e finais. Com isso, buscam o sucesso e a auto superação e se interessam pelo bem da coletividade, em vez de buscar a superioridade. Círculo Virtuoso da Psicologia Individual de Adler
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Criança recebe atenção equilibrada -> Definição Precisa dos Objetivos -> Sentimentos de Integração -> Busca pelo Sucesso e Auto Superação Adler diz ainda que os indivíduos se formam com base em suas percepções subjetivas, ou em sua interpretação do mundo, ao que Adler chama de “ficções”. E mesmo que nossas ficções não tenham existência real, elas nos influenciam como se realmente existissem, ou seja, são reais para nós. E essas ficções definem os nossos comportamentos e nossa personalidade.  A herança genética e o ambiente também influenciam o indivíduo, mas não tiram dele o poder de perseguir seus objetivos preliminares, sendo que estes levam o indivíduo ao seu objetivo final. Esse poder de perseguir seu objetivo final é o self criativo, que é um sistema da personalidade que articula os conhecimentos, experiências e habilidades do indivíduo em prol do seu objetivo finalístico.  O que move a pessoa em direção ao seu objetivo final é como ela se vê no futuro, em sua forma mais perfeita. Isso é o que Adler chama de finalismo ficcional. Desse modo, os obstáculos com que o indivíduo se depara pelo caminho podem ser encarados como fator motivador e como oportunidade de crescimento, que é saudável. Ou como fontes de estagnação, para que o indivíduo continue na inércia. A TREC de Ellis leva em consideração essa perspectiva adleriana. O consciente e o inconsciente fazem parte da busca do indivíduo por ser completo. O consciente é aquilo que compreendemos, e o inconsciente é o que não compreendemos ou que não conseguimos usar adequadamente. É como ter um carro e não saber dirigir. Ou ter uma ferramenta e não saber usar. Mas quando conseguimos analisar e compreender nossas percepções subjetivas, pensamentos, sentimentos, emoções e comportamentos inconscientes, somos capazes de tornar tudo isso consciente e, assim, utilizar tudo isso como recurso para chegarmos ao nosso objetivo final. Agora, vamos voltar para a história do Alfredo. A despeito de todas as suas dificuldades de saúde e da rejeição de sua mãe, ele sempre foi muito estudioso e conseguiu fazer o curso de medicina, se tornando oftalmologista e clínico geral. Mas não satisfeito, ele foi além, passando a fazer parte das reuniões da Sociedade Psicológica das Quartas-Feiras, juntamente com Freud e outros médicos e psiquiatras importantes da época. Ele e Freud não mantiveram a amizade, devido às diferenças de opiniões sobre a influência da sexualidade na psicologia, de modo que Adler se afastou e desenvolveu sua própria teoria da personalidade, que ele preferia chamar de “estilo de vida” e que, depois, ficou conhecida como Psicologia do Eu, ou Psicologia do Indivíduo. Foi muito ativo como pesquisador, escritor e criou sua própria revista científica. Participou da Primeira Guerra Mundial, servindo como médico e fundou instituições médico-psicológicas. A vida de Adler nos mostra que ele é o exemplo vivo de sua teoria. Ou seja, ele teve problemas na infância que o levaram a um complexo de inferioridade. Esses problemas estavam relacionados principalmente à saúde, que fizeram com que ele desenvolvesse um objetivo finalístico de ser médico e cuidar da saúde de outras pessoas. Embora ele fosse rejeitado pela mãe, ele era muito bem aceito e cuidado pelo pai, de modo que isso gerou um certo equilíbrio em sua criação. Com isso, ele pode buscar o sucesso como médico e não a superioridade. Por exemplo, na época em que Adler convivia com Freud, eles eram competidores ferrenhos. Mas Adler não parou por ali, simplesmente tentando combater Freud. Ele foi além, procurando desenvolver sua própria teoria da personalidade, ou seja, perseguindo seus objetivos finais e não parando no meio do caminho para buscar a superioridade sobre Freud. Por fim, o pequeno Alfredo se tornou um homem de bem, socialmente útil, tendo desenvolvido uma série de projetos em prol da saúde e da educação das pessoas. Isso mostra que ele soube fazer ótimo uso do seu self criativo! Bem, essa é a teoria de Adler da Psicologia Individual. E como nós articulamos isso tudo com as crenças limitantes? Você consegue imaginar, ter alguma ideia? Um dos conceitos que faz parte da teoria de Adler é o das ficções, que são o modo como olhamos e interpretamos a realidade. Ou seja, o conceito das ficções é bem semelhante à definição de crenças! Assim, as ficções de Adler podem ser comparadas às crenças.  E os indivíduos que são criados de forma desequilibrada buscam a superioridade e não o sucesso. Provavelmente porque eles criaram ficções em suas mentes que os levaram a um complexo de inferioridade e isso fez com que eles buscassem a superioridade sobre os outros. Logo, podemos dizer que esses indivíduos apresentam crenças limitantes, que são justamente essas ficções que os levam a fazer um esforço pela superioridade, em vez de buscarem o sucesso. E essas ficções são inconscientes. Mas se esse indivíduo procurar ficar consciente dessas ficções, vai ter o poder de mudar isso e também mudar seu objetivo final. Por enquanto, vimos uma teoria que se aproxima dos nossos estudos sobre as crenças. Agora vamos ver uma terapia, baseada em parte nessa teoria, que pode ajudar a resolver nossas crenças limitantes.
Albert Ellis e a Terapia Racional-Emotiva Comportamental
Um dos principais contribuidores de uma teoria relacionada às crenças limitantes é o psicólogo estadunidense Albert Ellis (1913-2007), criador da Terapia Racional-Emotiva Comportamental (TREC) e uma das figuras mais influentes da psicologia. Ellis foi psicólogo clínico, pesquisador, autor e coautor de mais de 1.200 artigos e de mais de 80 livros sobre terapias voltadas para os relacionamentos, tendo sido inclusive conselheiro sexual e de casais, porque era muito tímido e, por isso, tinha grande interesse nesses assuntos de relacionamentos. Acabou se tornando uma autoridade nesses temas. Ele criou o Instituto para Problemas do Amor e do Casamento - LAMP (Love and Marriage Problems Institute), para ajudar casais com seus problemas amorosos. A Terapia Racional Emotivo Comportamental (TREC) foi criada por Elis em 1955 e é uma das vertentes de Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), mas foi sendo aperfeiçoada por ele até 1993. Assim, vamos conhecer os princípios fundamentais dessa terapia. 1º princípio Os pensamentos são o determinante mais importante das emoções. Os pensamentos de uma pessoa determinam suas emoções. Ou seja, o que as pessoas sentem é baseado no modo como elas pensam. Isso significa que o que pensamos sobre as coisas nos faz sentir o que sentimos. Logo, não são as outras pessoas, nem os fatos ou eventos passados, nem as condições atuais que você vive, nem a situação do país, nem a economia, nem o que seus pais fizeram com você, nem a situação que você nasceu e viveu na infância, nem os traumas, nada disso, nem ninguém é responsável por como você se sente, mas sim os seus próprios pensamentos ou cognições são os principais responsáveis por isso. Todos esses fatores sem dúvida contribuem para nossas emoções e condutas, mas não influenciam de forma decisiva. Nós mesmos criamos nosso destino emocional e comportamental com base na maneira como pensamos. Esse também era um pensamento de Adler, de que nós podemos sobrepujar os acontecimentos da nossa vida, decidindo nosso modo de pensar e de sentir, sem sermos vítimas das circunstâncias. 2º princípio O pensamento irracional é o determinante principal das perturbações emocionais Este segundo princípio é uma dedução lógica do primeiro. Se o pensamento determina as emoções, o pensamento racional deve levar a emoções saudáveis, enquanto o pensamento irracional leva a emoções perturbadoras.  Os pensamentos negativos ou disfuncionais têm relação direta com exigências absolutas, tais como “Tenho que”, “Devo fazer isto”. Isso ocorre por várias razões:  - distorção e exagero na avaliação dos fatos, por exemplo, “dar importância demais a um fato que é corriqueiro”; - generalizações, tais como “se todos fazem isso, também tenho que fazer”; “se uma pessoa de um grupo ou de um time se comporta de tal maneira, todos daquele grupo ou time se comportam da mesma maneira” - suposições e deduções arbitrárias, p.ex. “se sofri um acidente de avião, nunca mais vou andar de avião, porque posso sofrer outro acidente”; - conclusões equivocadas, ou melhor, “achismos”, por exemplo “fulano pensa isso de mim”, mas você nunca perguntou o que fulano pensa.   Assim, muitos transtornos psicológicos são causados por uma lógica ou um modo de pensar disfuncional. 3º princípio A maneira mais efetiva de mudar perturbações emocionais começa com a análise e mudança dos pensamentos irracionais Ou seja, para conseguirmos eliminar as perturbações emocionais e também as crenças limitantes, podemos começar analisando e revisando os pensamentos, e substituindo os irracionais por pensamentos racionais. Por exemplo, substituindo os “tenho que, devo fazer…” por pensamentos “eu gostaria que, seria preferível que…” ou ainda “talvez fulano não goste de mim, mas nada me impede de perguntar para ter certeza” ou então “uma pessoa do grupo tal se comportou mal comigo, mas quem sabe essa outra pessoa pode ser diferente, vou dar uma chance de ela se apresentar”. 4º princípio Fatores como predisposições genéticas e influências ambientais são antecedentes do pensamento irracional e da psicopatologia Esse princípio de Ellis diz que não devemos usar a genética e o ambiente em que vivemos como justificativa para nosso modo de ser, porque temos escolha. Nós podemos escolher pensar de forma racional ou irracional.  O modo irracional é acreditar que a genética e o ambiente são determinantes do nosso comportamento, das nossas emoções, dos nossos pensamentos. O modo racional é entender que, mesmo que a genética e o ambiente nos limitem, somos capazes de mudar e ir além desses limites. Ellis também diz que as formas irracionais de pensar são muito difundidas na sociedade e na cultura, e isso é reforçado de geração em geração, e continua se mantendo indefinidamente. Apesar disso, ele acredita que é possível quebrar esses padrões sociais e culturais usando o pensamento racional. Ellis mostra que o pensamento irracional é o que leva às crenças limitantes, enquanto o pensamento racional é uma técnica para quebrar e eliminar essas crenças. 5º princípio A TREC distingue entre dois tipos diferentes de emoções em resposta a eventos negativos: as funcionais e as não disfuncionais As emoções funcionais são aquelas consideradas saudáveis ou adaptadas. Com base nessas emoções, o indivíduo tem uma atitude que leva a resultados positivos para ele mesmo e para os outros. As emoções disfuncionais são aquelas não saudáveis, disfuncionais ou desadaptadas. Uma mesma emoção, dependendo do grau em que ela se manifesta na pessoa, pode resultar em bem ou mal. Por exemplo, uma pessoa pode sentir alegria, e isso é saudável, ou sentir euforia e isso é prejudicial. A pessoa pode sentir raiva e se tornar agressiva ou sentir raiva e se tornar proativa no sentido de resolver o conflito mas sem agredir. A pessoa pode ficar preocupada e atenta para resolver um problema. Ou ficar ansiosa e paralisada, sem ser capaz de resolver nada.
Síntese da TREC
Agora vamos fazer uma síntese da TREC para ficar mais clara: - Os pensamentos determinam as emoções; - Se os pensamentos são racionais, levam a emoções funcionais;  - Se os pensamentos são irracionais, levam a emoções perturbadoras ou disfuncionais, que vão se tornar obstáculos à vida da pessoa.  - A genética e o ambiente influenciam o modo de pensar das pessoas, mas cada indivíduo pode avaliar e decidir por si mesmo se quer manter esse modo de pensar ou não.  - A pessoa tem o poder de decidir se os valores, princípios e crenças que ela aprendeu são saudáveis ou perturbadores e pode mudar as crenças que não fazem bem para ela. - Assim, a pessoa vai buscar soluções para se livrar dessas emoções e pensamentos negativos.  - Essa busca de soluções é uma transformação na vida da pessoa e envolve a análise dos pensamentos irracionais, o abandono desses pensamentos irracionais aprendidos no passado e a substituição desses por novas formas de pensar mais racionais e que levem a emoções saudáveis.  - Essa transformação exige disciplina, persistência e paciência.  - E assim, a pessoa vai passar a ter uma forma de pensar mais racional, que vai levar a emoções saudáveis e a comportamentos e resultados mais positivos. Read the full article
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alfarrabiosdaalma · 1 year
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Os Valores da Intuição e da Alma - Os 3 Passos Para Transformar Suas Crenças Limitantes
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Neste quarto capítulo do episódio sobre crenças limitantes, você vai conhecer um pouco sobre os valores da sua intuição e da sua alma, que podem ser poderosos aliados para eliminar as suas crenças limitantes. Você se considera uma pessoa autêntica? Será que é possível sermos autênticos e genuínos, sem entrar em conflito com as pessoas? Será que existem maneiras de nós construirmos o nosso jeito de ser, sem a interferência de crenças limitantes? Será que podemos viver no mundo e conviver com as pessoas, sem ter que viver seguindo as regras alheias? Como você pode ser mais você mesmo e não somente um amontoado de ideias que vem do meio externo?  Se você quer saber, fica comigo, que eu vou te mostrar os valores da sua intuição e da sua alma, que podem ser poderosos aliados para eliminar as suas crenças limitantes. Esse é o quarto capítulo do episódio “Os 3 passos para eliminar suas crenças limitantes”  que faz parte da série “Os Segredos da Alma”, uma série sobre autoconhecimento, para te ajudar no seu desenvolvimento pessoal. Se você quiser saber mais, é só adicionar o link das playlists que está aí na descrição, se inscrever no canal para acompanhar os novos episódios e clicar no sininho para receber todas as notificações.
Os Valores da Alma
Agora que entendemos o que são as crenças limitantes e as possíveis origens delas a partir do meio externo, das pessoas com quem convivemos, talvez isso faça você se sentir pouco autêntico, nada genuíno. É como se você não fosse capaz de ter ideias próprias.  Então, você pode se perguntar: será que há um outro jeito de viver sem essas crenças limitantes e ser você mesmo? Como você pode melhorar a sua perspectiva, a sua visão do mundo, sem deixar se influenciar pelos outros? Você já parou pra pensar em quantas coisas você precisou aprender para viver em sociedade? Desde o seu nascimento, sua infância, adolescência e na vida adulta, quanto você precisou se esforçar para conseguir se encaixar no quebra-cabeças do mundo? E depois que você aprendeu e se encaixou, você se misturou tanto com aquilo, que você tem a impressão que aquilo é você? Mas, lá no fundo, você sente um incômodo, como se tivesse algo mais dentro de você que quer se libertar. Além disso, você sente que algumas dessas coisas que você faz para se enquadrar nesse estão te fazendo mal e você não sabe como se livrar dessas coisas com ajuda da sua mente, do seu raciocínio. Entao, será que não tem mais nada dentro você, além disso que você absorveu do mundo? Será que tem alguma sabedoria dentro de você que possa te mostrar formas mais suaves e agradáveis de viver, sem você ter que se submeter às fôrmas apertadas que te prendem às engrenagens do mundo? Então, vamos voltar um pouco no tempo. Você se lembra do seu primeiro dia de aula? Do primeiro dia na faculdade? Do seu primeiro emprego? E você se sentiu um pouco estranho, desconfortável, como se você não fizesse parte do mundo? Como se você tivesse vindo de algum outro lugar muito distante e aquilo tudo que você está vivendo parece tão estranho pra você? Mas logo você se adaptou, se acomodou e passou a viver nesse mundo como se fosse parte dele. E então você se esqueceu completamente daquela estranheza? Daquela sensação de pertencer a outro mundo? Mas… será que essas reminiscências que você sentiu têm algum sentido oculto? Será que você realmente veio de outro lugar? E será que a sua estranheza inicial foi simplesmente por desconhecer esse mundo? Ou talvez porque você realmente veio de outro lugar? Se você acredita que você veio de outro lugar, então pode ter algo mais em você, muito além do que você se lembra. Algo que está guardado lá nas profundezas da sua consciência, mas que você não consegue alcançar. Você só tem relances. Será que esse “algo” que está além da sua mente racional pode ajudar você a ser mais você mesmo? E será que é possível alcançar essas profundezas?  E a resposta para todas essas perguntas, na minha opinião e pelas minhas vivências , é sim! Nós podemos ser nós mesmos, seguindo os valores que nascem da nossa intuição, ou seja, da nossa consciência e, que nos tornam seres humanos autênticos, porque elas são provenientes da Unicidade, que é onde reside a sabedoria de todas as coisas.  Então, vou começar contando para você a história do Jogatio. O Jogatio é um homem casado dos seus 30 e poucos anos. Desde criança, o Jogatio era mais interessado em atividades físicas do que naquelas que usavam a cabeça. Ele ficava satisfeito em tirar um 7 para passar de ano.  O Jogatio sempre fez parte do time de futebol ou de vôlei e também da turma dos caras mais badalados da escola. Ele fazia de tudo para se enturmar com o grupo, jogava bem, se vestia como eles, frequentava os mesmos lugares. É nesse grupo e nos esportes que o Jogatio coloca o coração dele! Então, é aí que se forma a crença na mente e no coração do Jogatio! O Jogatio cresce e se torna um profissional dos esportes e quer muito entrar para um time e aposta todas as suas fichas nisso. Mas ele não consegue e fracassa. Mesmo sendo muito bom, tem outros bem melhores que ele. Por isso, ele fica frustrado. Porque era lá que coração dele estava! E então ele tem uma sensação horrível de culpa, de desvalor, de incapacidade.  É nesse momento que a crença se torna limitante. Porque o Jogatio não consegue ver nenhuma possibilidade de se sair bem na vida, a não ser que ele entrasse para aquele time. Ele não consegue se imaginar em outra situação. E isso começa a limitar o Jogatio. Ele se sente frustrado, derrotado, e o pior, se sente imobilizado para seguir em frente. E ele fica envergonhado de continuar naquele grupo do qual ele fazia parte, porque ele se sente um perdedor, um fracassado. E como ele vai contar para os amigos sobre a sua derrota, se eles esperam que o Jogatio seja sempre a vitória? E como ele vai contar que perdeu, se os amigos estão sempre ganhando todas?  Porque nas conversas do grupo, todos mostram sempre o sucesso, mesmo que não seja bem assim. E o Jogatio acredita piamente que só ele é o fracassado. E ele não quer parecer um derrotado no meio dos vencedores. A sua sensação de derrota piora ainda mais. Além de se sentir incapaz para o trabalho, não se sente mais merecedor dos seus amigos. Porque ele acha que os amigos só gostavam dele porque ele tinha sucesso. Será que é isso mesmo? E como ele vai contar para a mãe e o pai sobre a parte ruim e frustrar as expectativas deles sobre o filho maravilhoso que ele deveria ser???? E como ele vai contar para a esposa que casou com ele por ele ser “o cara”? Será que a esposa vai aceitar o Jogatio sendo um perdedor? Percebe? Todo o problema está na cabeça do Jogatio! Foi ele mesmo que criou todo aquele cenário de horror. O que o Jogatio vai dizer: "Eu??? Mas todos esperam que eu seja alguma coisa! E eu preciso corresponder, porque eu vivo em sociedade! Senão, eu não vou ser respeitado, nem querido!" E como o Jogatio entrou nessa confusão? É só lembrarmos do início dessa história. Tudo começou quando ele alimentou as crenças vindas do meio externo. Nesse caso, especialmente, quando ele entrou para esse grupo de amigos. No início, foi muito bom ele colocar o coração nesse grupo, que ajudou o Jogatio a ter entusiasmo e a seguir um caminho como atleta. E as ideias que circulavam no grupo foram absorvidas pelo Jogativo e se tornaram suas crenças. Mas, em algum momento, essas crenças deixaram de ser boas para ele. Então, ele precisa rever suas crenças e perceber que há outros caminhos que ele pode seguir. E que há outras fontes dentro dele mesmo para encontrar esses caminhos. Porque, afinal, nós não somos uma tábula rasa.
Saindo do Círculo Vicioso
Ou será que somos? Vamos nos comparar a uma inteligência artificial. Mesmo que uma IA seja um computador quântico super poderoso, será que ela não precisa que um humano crie um algoritmo e programe um sistema para que essa IA funcione? Será que a IA poderia funcionar por si mesma, só por ter zilhões de dados armazenados dentro dela, sem ter nenhum tipo de sistema organizado, sem ter regras e uma lógica de funcionamento? Ainda que essa IA em algum momento passasse a funcionar por si mesma, será que não seria necessário um programador lá no início para colocar essa IA em funcionamento? Pensando nessa analogia, nós podemos partir do pressuposto de que não somos uma tábula rasa quando nascemos, de que já temos uma consciência que precede o nosso corpo. Nesse caso, será que essa consciência pode nos trazer respostas mais corretas sobre como devemos viver no mundo? Se partimos do pressuposto de que temos uma essência dentro de nós, esse ser que somos deve ter algo de verdadeiro e essencial para nos mostrar. Afinal, esse eu mais profundo em nós tem a capacidade de usar os dados e transformar em informações. De articular informações e transformar em conhecimento. De analisar e sintetizar os conhecimentos e ter novas ideias. Será que isso tudo pode ser chamado de inteligência? E se essa inteligência não vem apenas de uma montanha de dados, podemos dizer que isso é nossa consciência? Ou nossa alma? Que é algo além dos dados, da informação, do conhecimento e das ideias que temos? Que é algo que somos em essência? Então, essa mesma consciência pode talvez nos trazer respostas mais adequadas para sermos mais autênticos, para vivermos uma vida plena, sem ter que nos submeter aos valores alheios, quando eles não nos fazem bem. Logo, não somos uma tábula rasa e tem algo dentro de nós que pode nos ajudar a transformar as crenças limitantes.
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Com isso em mente, nós podemos ajudar o Jogatio a sair dessa sinuca de bico, explicando o seguinte para ele: Jogatio, se você vive em sociedade, será muito difícil você conseguir agradar a todos! Mas você quer agradar sua mãe, seu pai, sua família, o seu time de amigos, a professora, o orientador, os chefes, você quer fazer parte dos grupos e aceita seguir as regras deles para ser aceito.  E por que você quer tanto agradar a todos? A resposta é fácil! Você quer ser amado! Se não por todos, pelo menos por alguns, ou ao menos, pelos mais próximos. Isso cria um círculo vicioso na sua mente inconsciente, que formam as crenças limitantes: - para ser amado, eu preciso agradar a todos - para agradar a todos, preciso fazer o que todos querem - para fazer o que todos querem, preciso deixar de fazer o que eu quero - se eu deixar de fazer o que eu quero, vai ficar tudo bem, porque todos vão me amar
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Mas quando você deixa de se amar, acontece exatamente o contrário. Todos deixam de te amar. Porque a quem esses todos estão amando, se não tem ninguém aí dentro de você? Se você é apenas um reflexo de todos??? E quando você cai em si de que aquele amor das pessoas que você esperava tanto, não é bem do jeito que você queria, você se decepciona com os outros. E se decepciona consigo mesmo. E aí não consegue resolver o problema, porque você se esqueceu de quem você realmente é. E você esqueceu justamente porque sua cabeça está cheia de crenças, de conceitos, de princípios, de “pré-conceitos”, de valores externos, de coisas que não são suas. E você já perdeu anos da sua vida fazendo tudo pelos outros e não por você.  Então, vamos aprofundar mais esse papo sobre voltarmos a ser nós mesmos, sermos de novo respeitados e talvez até amados por outros, embora nem todos. Afinal, ninguém nunca vai conseguir agradar a todos, mesmo que você seja um segundo Jesus Cristo ou um Buda. Pelo menos, não nesse nosso estágio de evolução, em que ainda somos muito duais. Mas se formos nós mesmos, certamente algumas pessoas vão gostar de nós! E gostar de verdade! Porque seremos reais!
Enchendo o Vaso 
Para transformar suas crenças limitantes, você precisa primeiro perceber que você tem essas crenças. Mas nós só percebemos o negativo em nós, quando nos sentimos limitados por algo que não sabemos o que é, que não conseguimos resolver, nem entender como ou porquê aquilo acontece conosco. Ou quando sofremos frustrações, derrotas ou perdas que não entendemos porquê. Em geral, são situações que se repetem e sempre saímos perdendo. Somente nesses momentos é que começamos a perceber que tem algo errado conosco e que precisamos fazer alguma coisa para mudar. Se a vida vai bem e seguimos uma trajetória ascendente e equilibrada, dificilmente vamos sentir necessidade de mudar quem somos.  Quando sofremos e percebemos padrões repetitivos de sofrimento, podemos desconfiar de que algo em nós está impedindo nosso desenvolvimento. Então, vamos entender como as crenças se formam dentro de nós, e como elas passam a fazer parte de quem nós somos, porém olhando do ponto de vista do que se passa internamente.
Os sentidos
Nós chegamos ao mundo com os nossos equipamentos para reconhecer e poder viver no mundo, que são os nossos 5 sentidos. Visão, audição, tato, olfato e paladar.  Tudo que percebemos está ligado a eles. E mesmo que algumas pessoas não tenham algum desses sentidos, ela acaba aguçando outros ainda mais, para compensar. Se pensarmos bem, toda nossa realidade só é formada através dos sentidos. Logo, nós efetivamente não temos uma realidade e sim uma interpretação do que chamamos de realidade. Exatamente como um computador interpretando um código binário. O que nos dá a garantia de que algo é real, além dos nossos próprios sentidos? É só a confirmação dos outros seres, pelos sentidos deles. Você pode não concordar comigo e dizer: “Eu estou vendo, então é real”. Mas se a pessoa que está do seu lado não está vendo a mesma coisa, o que você vai pensar? Estou maluco! Isso não é real! Estou vendo um fantasma! Uma ilusão! Logo, você precisa da confirmação de outros seres dotados dos mesmos equipamentos, os sentidos para saber que algo é real, porque todos conseguem ver e sentir a mesma coisa.  Mas, e se nós tivéssemos algo ainda mais diferente do que os nossos 5 sentidos? Vamos pensar em um modem, que é um aparelho de comunicação que converte os sinais analógicos para sinais digitais.  E eles codificam, transformam e decodificam um sinal de um formato para outro, nos possibilitando ver um monte de letras e números sem sentido, como algo que faz total sentido para nós! Mas observe bem o que nós estamos dizendo sempre: faz sentido! Sentidos! Sempre os sentidos são nosso meio de comunicação. Sem os sentidos nós não teríamos como perceber o mundo! Porém, o sentido por si só, não é suficiente para que a gente compreenda os dados que recebemos. Nós precisamos de algo para interpretar aqueles dados absorvidos dos sentidos. Assim, um outro elemento se junta a essa equação de interpretação do mundo, que é a nossa mente, ou nosso cérebro. O cérebro é o responsável por acumular as informações que nós captamos pelos sentidos do meio externo. Tudo que vemos, ouvimos, tateamos, saboreamos ou cheiramos entra como informação para ser armazenado pelo nosso cérebro! Logo, o cérebro funciona como o nosso modem, para interpretar tudo que nós recebemos como informação, certo? FIGURA Desde quando nascemos, vamos acumulando as informações que recebemos. Depois que crescemos, nós achamos que a realidade é aquilo que tem no nosso cérebro, que nós recebemos do meio externo, interpretamos e armazenamos. Todos os seres vivem mais ou menos dessa forma. Eles recebem os seguintes dispositivos: um corpo com 5 sentidos e um equipamento de tradução para interpretar os códigos recebidos do ambiente externo, que é o cérebro ou algo semelhante ao cérebro, no caso de outros organismos mais simples. Então tudo que nós temos para afirmar que o mundo existe são os nossos sensores, o equipamento que armazena os sinais e transforma em informações para podermos nos comunicar por meio dos mesmos sensores. A partir do momento que vamos acumulando informações em nosso cérebro, surge um outro recurso importante que nos ajuda a formar nossas crenças, que é o raciocínio. E o que é raciocinar? É “fazer uso da razão para estabelecer relações entre coisas e fatos, para entender, calcular, deduzir, julgar, refletir.  É dessa forma que vamos criando novas informações e surge o que chamamos de conhecimento. A manipulação das informações em nossa mente nos leva a produzir conhecimento. E também recebemos o conhecimento elaborado diretamente do mundo e assumimos como nosso. E é assim que você armazena suas crenças! Por meio dos seus sentidos, das informações que você manipula, dos conhecimentos que você cria ou recebe de outras pessoas. No entanto, tudo isso continua sendo proveniente do meio externo, certo? Mesmo quando você cria uma nova informação ou conhecimento baseado no que recebeu de informação do meio externo, ainda assim, o resultado é uma sofisticação de algo que veio do meio externo. Mas será que não existem outros sentidos além desses? E outras formas de captar os sinais? E outros meios que não sejam externos?  No meu entendimento, sim! E então nós podemos falar de um sexto sentido, que é chamado de intuição! Esse sentido é diferente, porque ele não absorve nada do meio externo e sim do meio interno! A intuição é nosso meio de contato com uma realidade que está além dos nossos sentidos. Porque os 5 sentidos só conseguem captar o que é palpável, portanto, material. E a nossa interpretação transforma o que é captado em informação, que é armazenada em nosso cérebro.  Mas o que se chama de sexto sentido vai captar informações que estão além da matéria, que são impalpáveis. E é por isso que é tão difícil de acreditar na intuição! São 5 contra 1!!! Nós estamos acostumados a usar os nossos sentidos diariamente, em praticamente tudo que fazemos. Até quando dormimos nós estamos usando nossos sentidos para não cair da cama, para não sentir frio ou calor. Praticamente impossível nos livrarmos deles! Mas porque seria interessante usarmos nosso sexto sentido, a intuição? Porque as respostas e soluções trazidas pela intuição podem ser mais promissoras que as trazidas pelos outros sentidos. A intuição pode nos trazer insights de como devemos pensar e agir, de qual é o pensamento correto, qual é a ação correta, norteando nossa vida, e nos fazendo sentir bem em relação a nós mesmos, independente dos outros. Aqueles que já usaram ou que usam sempre a intuição dizem que essa é a verdadeira realidade! A intuição é uma forma de receber respostas da nossa própria alma, na forma de insights, que nos levam ao pensamento correto e à ação correta. Read the full article
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alfarrabiosdaalma · 1 year
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Como a crença se instala? - 3 Passos Para Transformar Suas Crenças Limitantes
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Neste 3º capítulo sobre crenças limitantes, eu vou apresentar para você como funciona o mecanismo de absorver informações do meio externo e transformar essas informações em crenças. Também vou mostrar a importância do observador como aquele que cria a sua própria realidade, a partir de suas crenças.
1 Introdução
Você já percebeu como os seus sentidos são soberanos sobre você? Por exemplo, você é capaz de tapar os ouvidos e deixar de ouvir? Você é capaz de fechar os olhos e deixar de ver? Ou de prender seu nariz para não sentir um odor desagradável? Ou talvez encostar em algo quente e não se sentir queimando? Ou de colocar uma colher de açúcar na língua e não sentir o sabor irritantemente doce? Ou seja, você não consegue sobrepujar os seus sentidos. Eles estão ali para absorver tudo do mundo, quer você queira ou não! E você também não consegue se esquecer do que você assimila, ainda que você tenha uma péssima memória, de tudo que seus sentidos captam do meio externo! Então, nós somos reféns dos nossos sentidos? Sabe o que eles parecem? Aquela mão de que nos falava o grande poeta Augusto dos Anjos: a mão que afaga é a mesma que apedreja!  Porque os nossos sentidos são maravilhosos e nos permitem absorver a informação do meio externo, das pessoas, dos ambientes e, com isso, aprender, ficar alegre, sentir prazer. Mas também são terríveis, porque não conseguimos nos livrar deles, por mais que a gente não queira ou não deva captar certas informações! E isso nos faz aprender de um jeito nada agradável, ficar triste, sentir dor. E os nossos sentidos podem se tornar a porta de entrada iluminada para as nossas crenças potencializantes, como podem se tornar a porta escura para a entrada de crenças limitantes. Então, eu vou apresentar aqui para você como é que funciona esse mecanismo de absorver as informações do meio externo e transformar essas informações em crenças. Também vou mostrar a importância do observador como aquele que cria a sua própria realidade, a partir de suas crenças. Este é o terceiro capítulo do episódio “Os 3 passos para eliminar suas crenças limitantes”, que faz parte da série “Os Segredos da Alma”, uma série sobre autoconhecimento, para te ajudar no seu desenvolvimento pessoal. Se você quiser saber mais, é só adicionar o link das playlists que está aí na descrição, se inscrever no canal para acompanhar os novos episódios e clicar no sininho para receber todas as notificações.
2 Chamada
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2.1 Como a crença se instala?
As crenças se instalam em nós por meio dos nossos sentidos e, portanto, da observação do que acontece ao nosso redor. A palavra observar vem do latim OB-, “sobre”, mais SERVARE, “manter seguro, cuidar de”, que significa “cuidar de, guardar”. Ou seja, é tudo aquilo que nossos sentidos captam e que nós guardamos dentro de nós, seja bom ou ruim.  É pela observação que assimilamos os comportamentos, atitudes, pensamentos e sentimentos das outras pessoas e de tudo que vem do meio externo. E parte dessas informações que nós absorvemos se tornam nossas crenças e passamos a agir com base nelas. Algumas vezes, usamos o raciocínio para filtrar as informações que entram em nós, mas nem sempre. Nesse caso, nós assimilamos, digerimos a informação, transformamos em um conhecimento válido para nós e nos apropriamos dele como uma crença. Mesmo quando estamos falando de ciência e de cientistas, o processo é semelhante. O cientista raciocina sobre uma teoria ou sobre um conjunto de experimentos, atesta a veracidade dessas informações com base nos seus conhecimentos prévios e decide se aquilo é verdadeiro ou não, para ele. O que não significa que seja a unica teoria ou os únicos experimentos disponíveis. Poucas coisas são unanimes, mesmo no âmbito científico. Tanto que há muitos debates nas ciências que nunca chegam a um consenso. Só mesmo nas ciências básicas, tais como a física e a química, é que as coisas são, digamos, mais exatas. Tem uma piada que diz que o filósofo Nietzsche afirmou para 2 amigos com quem estava conversando que a unica realidade é a mente. Um dos amigos se afastou, pegou uma pequena pedra e atirou em Nietzsche, acertando-o na canela. Nietzsche gritou “Ai, mas o que é isso, amigo? Por que fez isso?”. E o amigo respondeu: “Agora me diga: a unica realidade e a mente?” Assim também são os debates nas ciencias, nas teorias e nos experimentos. No meio desse processo de assimilarmos as crenças, pode ter um filtro do raciocínio ou da intuição ou não ter nenhum filtro, apenas a aceitação pura e simples. E o problema é justamente quando assimilamos as informações do meio externo sem nenhum filtro, de forma inconsciente. Porque tanto pode dar bons resultados e nos levar a um patamar superior de crenças potencializantes, quanto pode dar péssimos resultados e nos levar ao precipício, e às crenças limitantes. Ou seja, se simplesmente observamos e assimilamos sem raciocinar, aquela crença pode se tornar um obstáculo. Mas, se observamos e refletimos conscientemente, então a crença pode ser algo positivo e benéfico para nós.
As Crenças na Infância
As crenças se instalam em nós desde a nossa infância, a partir de tudo que nós vemos, ouvimos, degustamos e sentimos. Inicialmente, absorvemos pelos nossos sentidos tudo aquilo que nossa família nos passa ou nos ensina, com os seus hábitos, vícios, sentimentos positivos e negativos, modos de falar e se expressar, maneiras de se comportar e de reagir aos acontecimentos.  Desde crianças, nossa curiosidade sobre o mundo surge de forma natural e espontânea e já nós começamos a questionar se aquilo que estão nos ensinando está correto e se as atitudes daqueles que nos ensinam são coerentes com o que estão nos orientando a fazer. Lembra daquela música da Paula Toller, que se chama 8 anos? É exatamente como a criança se comporta: Por que os ossos doem Enquanto a gente dorme? Por que os dentes caem? Por onde os filhos saem? Por que que a gente espirra? Por que as unhas crescem? Por que o sangue corre? Por que que a gente morre? Do quê é feita a nuvem? Do quê é feita a neve? Como é que se escreve Reveillon? Assim, a criança começa a observar, a perguntar, a raciocinar, a absorver e, por fim, a formar suas crenças sobre a vida e sobre o mundo. Que podem ser ou não verdadeiras. Que podem ser fortalecedoras ou limitantes. Com isso, a inconsistência nos comportamentos e atitudes dos pais, tutores e daqueles em quem a criança se espelha é um fator muito relevante que pode gerar crenças limitantes na criança. Outro fator importante que pode interferir fortemente no desenvolvimento do indivíduo é a comparação. A criança pode começar a se comparar com as pessoas que são próximas, em geral, as da mesma idade, por exemplo, os irmãos ou os amiguinhos. E isso pode levá-la a complexos de inferioridade, de superioridade, baixa autoestima, competição não saudável, entre outros sentimentos que podem se tornar crenças limitantes.
As Crenças na Adolescência 
Na adolescência, os questionamentos são mais profundos, porque o adolescente está tentando formar o seu referencial de mundo e ser alguém autêntico. E normalmente, ele não fica satisfeito com o que foi ensinado a ele desde a infância, ele quer mais, quer ir além, quer ser alguém especial. E ele passa a ter mais contato com o mundo externo, fora do ambiente familiar. E passa a receber mais informações do meio, que ele pode comparar com as informações que ele já tem. No entanto, toda essa mudança começa a interferir no comportamento, no modo de pensar e principalmente no emocional.  E ele está naquela fase em que ele ainda não é independente, mas não é totalmente dependente. É uma espécie de limbo, de umbral, de onde ele não sabe muito bem como sair. Se ele for para a frente e se tornar independente, vai ter que se responsabilizar por sua própria vida e arcar com as consequências de tudo que ele fizer.  Se ele voltar para trás, vai voltar a ser dependente, não precisará arcar com as consequências, porque alguém fará isso por ele, mas ele terá que aceitar a dependência dos pais. É muito difícil decidir o que fazer. Nessa fase, as crenças podem ter muitas reviravoltas, muitos altos e baixos. E então surgem conflitos, rebeldia, problemas emocionais, entre outros. Vários comportamentos da adolescência podem contribuir com o surgimento de crenças limitantes, tais como a carência afetiva, que pode levar o adolescente a se apaixonar por um ídolo ou por alguém famoso, passando a admirar e se comportar como aquele ídolo, até nos trejeitos, nas roupas, no modo de se expressar, nas atitudes e gostos. Porque ele acredita que ao se comportar como aquele ídolo, ele vai ser amado da mesma forma.  Até que um dia esse adolescente percebe que não consegue ser como aquele ídolo. E que reprimiu o seu verdadeiro jeito de ser. E, com isso, as pessoas foram se afastando, porque você se tornou algo estranho, que nem era aquele ídolo, nem era você mesmo. E ele achando que todo mundo ia gostar mais dele, se fosse como aquele famoso. Na verdade, foi exatamente o contrário. Porque aquele ídolo é único, todas as cópias são pura pirataria. Mesmo se ele tiver um irmão gêmeo, com o mesmo dom, eles não vão ser iguais.  E agora, ele vai precisar enxergar que ele não precisa ser cópia de ninguém, porque ele é único. E que o DNA dele, seu mapa genético, sua família, seu ambiente, sua cultura e, principalmente, sua luz interior, é o que torna cada um de nós um ser único e especial. Não tem nada a ver com os outros.
As Crenças na Vida Adulta
No adulto, boa parte das crenças  já estão formadas, porque vieram da infância e da adolescência, e ele já optou por um caminho de continuar dependente ou ser mais livre e responsável. Infelizmente, uma parte dessas crenças vem da observação do meio externo e nós aceitamos sem muito critério. E vamos vivendo anestesiados com as crenças, até que elas se tornam limitantes. E depois que a pessoa chega à maturidade, é muito difícil ela deixar as crenças de lado, porque ela realmente acredita que aquilo faz parte da sua personalidade, que ela é tudo aquilo que ela absorveu e isso se torna uma verdade absoluta. Por isso é tão difícil nos livrarmos das crenças limitantes. Assim, tudo que precisamos fazer é remover as camadas e mais camadas de informações que absorvemos e que já não fazem mais sentido para nós.  Mas tem uma coisa que nos pega tanto na adolescência, quanto na vida adulta e pode contribuir com as nossas crenças limitantes, que é a paixão. Quando uma pessoa se apaixona, ela tende a observar tudo que a pessoa amada gosta para poder agradar. Isso até certo ponto é saudável, porque existe uma troca entre o casal em que um faz pelo outro, para demonstrar o afeto que sentem, e isso torna a relação mais equilibrada e mais gratificante para ambos.  Mas tem casos em que esses limites são extrapolados e a pessoa apaixonada aceita tudo que a pessoa amada faz para provar o seu amor. E por que a pessoa apaixonada faz isso? Porque tem carência de amor. Boa parte dos nossos problemas e até das nossas crenças limitantes têm muito a ver com a carência afetiva. E por que ela precisa tanto do amor do outro? Porque não ama a si mesma. Assim, ela deixa de se comportar como ela realmente é, e satisfaz os caprichos do outro, para ser amada. E aí o que acontece? Se o João gosta da Maria por ela ser como é, mas a Maria deixa de ser ela mesma para agradar o João, logo o João não vai mais gostar da Maria, porque a Maria deixou de ser ela mesma para ser a sombra do João.  Logo, a pergunta que não quer calar: quando você deixa de ser autêntico para agradar uma pessoa, o que mais a pessoa vai gostar em você? Não tem nada mais para ela gostar, porque você vai ser apenas um reflexo dela. E já era o relacionamento! Muitos relacionamentos acabam apenas por essa pequena crença limitante de que “O outro tem que me amar para eu me sentir amado” Não eu mesmo! Mas lembrem-se que paixão e amor são sentimentos bem diferentes. A paixão é quando você acredita que o outro pode completar você. É como se você fosse uma lâmpada apagada ou fraquinha. E o outro é uma lâmpada forte, que vem para alimentar você. Você fica dependente. Às vezes, ele também é uma lâmpada fraquinha, que você vai alimentar. São casos de paixão mútua, em que um alimenta o outro. Mas ainda é uma dependência e uma escassez mútua. Amor é diferente! É a união de duas forças, de duas energias, de duas lâmpadas. Cada um tem a sua própria luz e as duas juntas iluminam um espaço maior. O amor entre dois seres é algo que se expande e ilumina tudo ao redor. Se isso não acontece, é porque não é amor, e sim paixão ou alguma outra coisa.  Então, o amor não pode vir dos outros para te preencher, ele tem que vir de você mesmo. E quando você se ama, você se ilumina, sua energia, sua luz aparece para os outros. Só então, você pode ser amado pelos outros, porque eles conseguem ver a luz em você. Por isso, precisamos ser muito cuidadosos ao observar, raciocinar e selecionar o que vem de fora para definirmos as nossas crenças. Precisamos estar muito centrados, para não sermos influenciados pela comparação com os outros e, principalmente, pelas nossas carências.
2.3 Observador
Em geral, nosso sistema de crenças é o conjunto de regras que criamos sobre como devemos pensar e nos comportar no mundo. E isso forma a nossa personalidade ou nosso ego, que está sempre voltado para fora, querendo suprir suas necessidades e desejos. E como o ego se realiza? Ele busca o sucesso, o prazer, os relacionamentos, as coisas materiais. E quando começamos a jornada pela realização dos nossos desejos, em geral, é o momento em que as crenças limitantes vão nos incomodar. Porque algumas daquelas regrinhas que nós criamos na nossa cabeça começam a não funcionar muito bem para atingirmos os nossos objetivos.  Fazendo uma síntese, nós chegamos ao mundo com nossos sentidos e nos tornamos os observadores de tudo ao nosso redor. Nós absorvemos as informações do meio, transformamos essas informações em conhecimentos e transformamos esses conhecimentos em valores, que vão nortear a nossa vida. Esses valores se tornam as nossas crenças. E algumas dessas crenças se tornam limitantes, quando tentamos atingir algum objetivo. Por isso, a observação é uma chave importante como um mecanismo de formação das crenças limitantes. Se considerarmos a física quântica de Amit Goswami, ele fala sobre o “efeito do observador”. Isso significa que o ato de observar algo transforma possibilidades quânticas em experiências reais na consciência desse observador (Goswami, 2015).  Dessa forma, a realidade só existe a partir do ponto de vista do observador. Ou seja, quando você observa as pessoas, as coisas e as situações, você absorve e tira suas próprias conclusões, e, com isso, a realidade passa a ser aquilo que você criou, a partir da sua observação. Nessa teoria, você se torna um co-criador da realidade, porque você se torna um criador juntamente com o Divino.  Por isso, é muito importante que a observação e a aceitação de valores como crenças sejam feitas de forma consciente. Porque, se você observar a realidade e interpretar de uma forma negativa, você vai passar a ter mais dessa realidade negativa. Você vai magnetizar para você tudo que venha para confirmar essa interpretação distorcida que você faz do mundo.
2.4 Encerramento
No próximo capítulo, nós vamos refletir se existem maneiras alternativas de construir ou de reconstruir o nosso jeito de ser, sem a interferência de crenças limitantes. Será que podemos viver no mundo e conviver com as pessoas, sem ter que viver seguindo as regras alheias? Será que é possível sermos autênticos e genuínos, sem entrar em conflito com as pessoas? Como você pode ser mais você mesmo e não somente um amontoado de ideias que vem do meio externo? Então, assista o próximo capítulo para saber! Antes de encerrar, eu quero agradecer a você por ter ficado comigo até o final e espero que tenha sido útil a você! Aproveito para te lembrar de dar aquele like iluminado, se inscrever no canal e postar seus comentários! Também agradeço a todos os criadores de conteúdo por disponibilizarem seus materiais, e às plataformas, por disponibilizarem seus espaços, para que possamos apresentar e divulgar nossos conteúdos. Desejo a todos os seres uma vida plena, com muita luz, e que você siga o seu caminho na mais santa paz! Namastê! Read the full article
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alfarrabiosdaalma · 1 year
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De onde vêm as nossas crenças limitantes? - 3 Passos Para Transformar Suas Crenças Limitantes - Capítulo 02
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No capítulo anterior, nós entendemos os conceitos das palavras crença e limitante e o significado da junção entre essas duas palavras, crenças limitantes, que são ideias que uma pessoa absorve e aceita como suas por parecem boas para ela, mas que, em algum momento, passam a atrapalhar sua vida, criando problemas repetitivos que ela não consegue resolver, devido a essas crenças. Agora, seria interessante entender de onde elas surgem e quais as fontes dessas crenças. Será que surgem de nós mesmos? Ou será que vem dos outros? E por que raios nós aceitamos essas coisas limitantes dentro de nós? Será que foi inconsciente? Como é que você deu essa bobeira e deixou isso entrar em você? Como é que você não percebeu nada? Entender as fontes das nossas crenças e, mais especificamente, das nossas crenças limitantes é uma muito importante, porque vai ajudar você a se observar e a procurar dentro de você, na sua história de vida, nas suas lembranças, no seu comportamento, em tudo que você faz, se tem alguma crença limitante movendo você para um abismo qualquer! E vai te ajudar a quebrar essa crença, antes que você caia! E vai te ajudar a subir, a escalar a montanha da ascendência seguindo os seus próprios caminhos, de um jeito mais agradável e mais prazeroso para você!
3 Quais as fontes das crenças?
Normalmente, a crença tem origem nas pessoas com as quais convivemos. E conviver não significa necessariamente viver junto, presencialmente. Além de convivermos com a nossa família na mesma casa, também convivemos com nossos colegas na escola, no trabalho, no lazer, com os personagens da TV, com os escritores que lemos, com os youtubers que seguimos e assim vai. São muitas as influências externas. E como nós absorvemos as crenças do meio externo? Pode ser a partir do comportamento, do pensamento ou do sentimento das pessoas com quem convivemos ou dos ambientes que frequentamos, presencialmente ou virtualmente. E muitas vezes, nós mesmos criamos as crenças, com base na nossa observação sobre o mundo. Então, mesmo quando nós criamos a crença, ela quase sempre vem do meio externo ou para satisfazer alguma condição do meio externo, por exemplo, sua família, seus amigos ou o grupo do qual você participa. Vamos explicar e dar exemplos de cada uma delas. 
Crenças do Comportamento 
As crenças que surgem do comportamento vêm da sua observação do comportamento dos outros. Nós observamos o comportamento das outras pessoas e repetimos. Normalmente, começa com nossos pais, irmãos e familiares próximos.  E fazemos isso por diversos motivos: - porque somos instruídos a seguir determinados comportamentos - porque admiramos certas pessoas e copiamos o seu comportamento - por inércia, sem nem mesmo perceber que estamos fazendo aquilo Você pode fazer um teste. Quando estiver conversando com uma pessoa por algum tempo, comece a fazer algo repetitivo no seu corpo, como cutucar as unhas, por exemplo. Fique observando os modos da outra pessoa e, possivelmente, depois de alguns minutos, você vai notar que a pessoa também vai começar a cutucar as unhas.  Muitas vezes, é inconsciente copiarmos o comportamento das pessoas. Nem percebemos, porque é automático. E até mesmo os animais e plantas imitam o comportamento de outros organismos para obter vantagens, o que é chamado de mimetismo e é uma característica adaptativa importante.  Da mesma forma, nós humanos usamos a imitação do comportamento como uma capacidade de adaptação ao meio. Logo, é instintivo e necessário à sobrevivência, porque é a forma como aprendemos a viver em sociedade.  Nós passamos a repetir os comportamentos imitados e assim se formam os hábitos, que por sua vez geram as crenças. Lembrando que os hábitos podem ser positivos ou negativos, podendo gerar crenças fortalecedoras ou limitantes. Vamos a um exemplo. Sua família tem o hábito de acordar todos os dias às 7h, todos tomam café juntos à mesa, todos almoçam juntos ao meio-dia e vão dormir às 22h. Isto é um ótimo hábito. É um bom comportamento que nos remete a uma disciplina implacável. Nesse caso, qual seria sua crença: “tenho que ter horário para tudo! tenho que me comportar como um britânico e o seu chá das 5h”.  Isso é ótimo, mas se você vai trabalhar em uma empresa que não tem horários fixos e precisa trabalhar em turnos diferenciados, porque trabalha em um hospital e precisará comer em horários variados, você terá uma grande dificuldade para se adaptar.  Então, se você perceber que essa crença sobre os horários e a disciplina está atrapalhando sua vida, você vai ter que escolher se vai manter essa crença, esse princípio, essa regra, esse valor, se ele é realmente seu e você se sente muito bem sendo assim e abrir mão do emprego.   Ou então, você não se importa com isso e pode abrir mão da sua disciplina, porque ela não é realmente sua, foi imposta pelo comportamento da sua família, ao qual você se acostumou, se habituou e isso se transformou em um valor, em uma crença, que agora está te limitando! Entendeu? Eu não estou aqui julgando se é certo ou errado acordar cedo, ter disciplina, ter horários rígidos para cada coisa ou fazer tudo no momento que der na telha. Não existe nenhuma questão de certo e errado quando lidamos com as crenças limitantes.  O importante é que você compreenda que se comportar a partir dessa crença está te limitando e que você precisa mudar de alguma forma. A resposta mais adequada para a situação, para a mudança que você vai fazer ao se livrar da crença, é você quem vai decidir. E o Buda já dizia: o caminho do meio! As crenças de comportamento podem ser transpostas para qualquer grupo do qual a pessoa participa: escola, faculdade, trabalho, igreja, clube, amigos, seu time, etc. Você observa o comportamento de um grupo e, para fazer parte desse grupo, se comporta como eles. Se o grupo é funcional, ou seja, se as coisas que eles fazem têm um efeito positivo na sua vida ou algum impacto na sociedade, você passa a acreditar que aquele comportamento é o correto. Uma conclusão lógica! E aquele grupo passa a ter uma autoridade sobre você, que acredita que eles têm uma solução para sua vida! Assim, você pode adotar uma maneira de viver baseada no modo como eles vivem. E se comportar como eles. E você? Já examinou seus próprios comportamentos? Já conseguiu identificar se muitas coisas que você faz são parecidas com outras pessoas? Mesmo que você não goste muito de se comportar desse jeito? Vale a pena refletir sobre isso!
Crenças do Pensamento
A crença que vem do pensamento surge quando pessoas com quem você convive pensam de uma determinada forma e você absorve aquele modo de pensar como correto e seu. Aquilo pode não ser explícito, mas está embutido no comportamento ou nos sentimentos das pessoas e você absorve como um modo de pensar. E essa crença está mais relacionada a uma lógica de causa e consequência. Porque você observa as outras pessoas e percebe que as coisas realmente funcionam com aquele modo de pensar delas. Mesmo que seja um funcionamento caótico, aquela realidade é a que você vive, então parece a você que é a forma correta das coisas acontecerem. É aquela famigerada conclusão: “mas as coisas são assim!” Somente quando você passa a ter contato com outras realidades, você vai questionar aquela que você vive. E talvez só então você perceba que ela não funciona muito bem, que tem outras maneiras de fazer as coisas, ou de resolver os problemas, que são melhores. Ou, ao contrário, você percebe que aquela realidade que você vivia era muito boa e até se sente grato por ter vivido ali, porque as outras realidades são lamentáveis. Esse modo de viver em sociedade que traz os costumes, os princípios, a moral e a ética das pessoas que vivem próximas pode ser chamado de cultura. Ou seja, suas crenças são aprendidas principalmente pela cultura dos locais onde você vive, das pessoas com quem você convive, que parecem razoáveis para você.  Mas aprender com aqueles que nos trouxeram ao mundo, com aqueles que estão ao nosso redor é natural e saudável. Muito do que aprendemos é útil e é esse aprendizado que nos permite viver nesse mundo, nos adaptar às circunstâncias e sermos capazes de viver em sociedade. Por isso, devemos ser gratos. Assim, boa parte das nossas crenças do pensamento, que formam o nosso modo de pensar sobre a vida provêm da nossa cultura. Só precisamos aprender a separar o joio do trigo, ou seja as crenças que nos fortalecem daquelas que nos limitam. Outra coisa importante que pode surgir a partir das crenças são os preconceitos. Porque nós estranhamos o que é diferente de nós. É o medo do desconhecido. E já partimos do pressuposto que o conhecido é verdadeiro e o desconhecido é falso. E muitas vezes nem analisamos o diferente, simplesmente criamos um bloqueio, uma armadura para não confrontar, nem aceitar.  Os que decidem conhecer o diferente, ficam com medo de ser excluídos do grupo, e não querem isso, pois estão apegados àquela realidade e têm medo de mudar. Nossa sorte é que o mundo está cada vez mais integrado, então é mais comum as pessoas transitarem entre grupos, culturas e ideias diversas. Mesmo assim, ainda há muito preconceito, simplesmente porque nos apegamos às nossas crenças e ficamos presos a uma realidade. Não damos abertura para o novo, para outras interpretações da realidade. Então, muitos dos nossos preconceitos andam de mãos dadas com as nossas crenças limitantes, quando não são uma coisa só. Depois que essas crenças provenientes da família, da cultura, dos grupos com os quais convivemos, se formam, elas se tornam muito arraigadas e é difícil tirar elas de dentro de você! Porque você passa a achar que aquilo é parte da sua personalidade, e que aqueles princípios e valores  tornam você um indivíduo. No entanto, muito do que está em nós nada mais é que a absorção de informações do meio externo, que nós nos acostumamos a aceitar por obrigação, por falta de opção ou pela lei do mínimo esforço. Vamos ver um exemplo de crenças que surgem do pensamento. Uma pessoa que é muito religiosa e aprende uma série de princípios morais e éticos de como ela deve se comportar. Ela pode aprender que um camelo pode passar pelo pode passar pelo buraco de um alfinete, mas um rico não pode entrar no reino dos céus. Ela vai absorver esses princípios e vai acreditar que deve ser pobre para sempre, que nunca poderá enriquecer, porque senão ela não vai para o céu. E você? O que você aprendeu a pensar a partir do modo de pensar de outras pessoas? Será que tudo que você pensa é realmente seu? Você realmente acredita nisso ou você tem uma leve desconfiança de que tem algo errado com esses princípios que você aprendeu e que parecem tão seus? É importante você fazer uma análise sobre isso!
Crenças do Sentimento
Um outro tipo de crença pode vir dos nossos sentimentos. Ou seja, ela não vem por observação do comportamento, nem pela aceitação do modo de pensar e sim pelo sentir. O sentir pode ter a ver com sensação, com emoção e com sentimento. As sensações A sensação seria mais relacionada aos 5 sentidos propriamente ditos, a uma percepção do mundo por meio dos sentidos, então é de fora para dentro.
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Um bom exemplo de crença que surge a partir das sensações é aquela que vem do seu instinto, que é uma espécie de sabedoria do corpo de que algo pode te fazer bem ou mal. E é muito comum nós confundirmos sintomas, achando que foram causados por algo que fizemos ou que ingerimos e não tem nada a ver e aquilo se torna uma verdade absoluta para nós. Por exemplo, você sente o cheiro de uma comida e acha que não está boa para você comer. Aquele cheiro te faz acreditar que aquilo vai te fazer mal. É algo simples, mas que pode se tornar uma crença. Às vezes, você pode estar certo e aquilo realmente te fazer mal. Tipo a boa e velha manga com leite, que já cansei de tomar e nunca me fez mal algum. E você? Já tomou vitamina de manga com leite? Várias superstições são crenças de sentimento, de sensação. Elas surgem por alguma razão, são distorcidas e se tornam uma superstição sem sentido, uma crença limitante coletiva. As emoções A emoção é algo que acontece internamente, é uma espécie de sensação interna e impulsiona para a ação, é algo que precisa ser expresso, ou seja, é de dentro para fora.
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Mas se acontecer algo ruim e você não conseguir digerir a emoção, não conseguir lidar com o que resultou daquele fato, você pode gerar traumas, que são um tipo de crença limitante. O trauma é uma reação não controlada que temos a um fato ou acontecimento extremo.  O trauma pode causar um dano tão grande à pessoa que ela passa a ter reações físicas, emocionais e mentais a longo prazo, como se o evento estivesse sempre se repetindo, exatamente como as crenças limitantes. Mas nem todas as pessoas que sofrem traumas desenvolvem os mesmos problemas, ou seja, nem sempre a pessoa tem respostas negativas a um fato terrível. Mas no caso do trauma, sempre que a pessoa se lembra do fato ou faz qualquer associação com o fato, ela tem a mesma reação imediata e sem controle. Parece que se torna uma reação do sistema nervoso autônomo, uma reação automática que não somos capazes de controlar. Nesse caso, será necessário que a pessoa faça um tratamento, uma espécie de dessensibilização, de modo que ela desassocie aquele acontecimento trágico da reação que ela teve ao acontecimento. Os Sentimentos O sentimento é algo mais elaborado e complexo, que envolve a articulação das emoções e dos pensamentos. Se olharmos a etimologia da palavra “feeling” em inglês, que quer dizer “sentimento”, significa “emoção consciente”, ou seja, é quando a pessoa consegue gerenciar suas emoções, pensar a respeito e escolher o que ela quer sentir. São esses os três níveis do sentir: a sensação, a emoção e o sentimento.
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O sentimento passa pela sensação, pela emoção e pelo pensamento. As sensações trazem como resultado alguma emoção que faz você se mover, seja por mal ou por bem. Você pode estar apaixonado por alguém e isso parece uma boa sensação. Ou você pode estar com raiva de alguém e isso é péssimo, mas pode fazer você se mover ou ficar paralisado. Mas se você consegue dar mais um passo e refletir sobre aquela emoção, aquilo se torna consciente e você pode raciocinar a respeito e compreender porque aquilo é correto e bom ou incorreto e mal e decidir agir de forma lúcida. Assim, a sensação se tornou emoção, que se tornou pensamento, que se tornou sentimento. Por exemplo, tem a crença que nasce do sentimento que você tem por outra pessoa. Essa é bem comum e já começa com os nossos pais. Como isso funciona? Você observa a sua mãe e como ela se comporta com você. Ela é carinhosa, cuidadosa, ajuda você em tudo. Então, você desenvolve um sentimento de gratidão por ela. E esses sentimentos que ela causa em você fazem você acreditar que sua mãe está certa em agir assim. E você passa a se comportar como ela. Já o seu pai é muito rígido, exigente, irritante, faz você chorar. E ele te causa sentimentos ruins, que fazem com que você fique traumatizado e triste. E embora você ame seu pai, essas emoções negativas que você associa a ele fazem você acreditar que você não deve se comportar como ele.  E que deve se afastar de pessoas como ele, pois essas pessoas farão você sofrer. E assim nasceram duas crenças de sentimentos. E as duas podem ser limitantes. Essa mãe amorosa pode ter sido muito condescendente e isso tornou você meio relaxado, até mesmo preguiçoso. Mas você não foi objetivo, você só olhou para sua mãe com os sentimentos, de modo subjetivo. E o seu pai, da mesma forma, você não olhou para ele com olhar objetivo, mas com base no sofrimento que ele te causou naquele momento.  Mas esse pai pode ter sido uma pessoa forte, com muita disciplina e garra, que poderia ter te ajudado a ser uma pessoa mais responsável, teria dado melhores resultados na sua vida. Como você era criança, não conseguia ver seus pais de forma objetiva. Você não foi capaz de olhar para eles como eles realmente são, despidos das suas interpretações subjetivas. As crenças que vêm dos sentimentos são as candidatas mais propícias a se tornarem crenças limitantes, porque o sentimento em si já é algo muito bem elaborado dentro de nós. Nós nem mesmo cogitamos questionar aqueles por quem temos sentimentos fortes. E não temos esses sentimentos por pessoas passageiras em nossa vida e sim por pessoas que permanecem. Ou seja, são relacionamentos próximos e duradouros que nos levam ao sentimento. São os pais, irmãos, amigos de toda vida, marido, esposa etc. Todas essas relações nos influenciam com muita força e geram em nós crenças ou padrões muito difíceis de serem quebrados. É quase uma síndrome de Estocolmo que vivemos com pessoas próximas, por muito tempo. E por isso é tão difícil nos libertarmos de crenças dos sentimentos. Além disso, muitas vezes, continuamos a conviver com essas pessoas e, ao tentarmos nos libertar das crenças que elas provocaram em nós, com certeza, teremos problemas de convivência, dificuldades e conflitos. Para nos libertarmos, vamos precisar de um bom jogo de cintura para identificar, transformar e eliminar as nossas crenças vindas dos sentimentos. E você? Quais são as suas crenças de sentimentos? Você já se enganou com superstições? Já se apegou a pessoas e depois descobriu que elas eram ruins para você? E já detestou pessoas que depois descobriu que elas eram ótimas e que poderiam ter sido ótimas companheiras? Suas emoções estão sempre te pregando peças e te enganando? Então, é muito importante fazer uma revisão no lago escura e frio das suas emoções. Quanto mais limpas as nossas águas dos sentimentos, mais nos conectamos com a nossa consciência superior! 
Encerramento
No próximo capítulo do episódio sobre Crenças Limitantes, nós vamos falar sobre como as crenças se instalam em nós. Será que nós escolhemos as crenças que queremos? Será que elas são implantadas em nossa mente por algum extraterrestre? Ou será que os nossos pais fazem uma cirurgia quando nascemos e colocam um chip no nosso cérebro? Quem sabe nós mesmos é que colocamos essas tais crenças na nossa cabeça? E se for assim, por que raios nós fazemos isso, já que elas são limitantes? Então, assista o próximo capítulo para saber! Read the full article
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alfarrabiosdaalma · 1 year
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O que são Crenças Limitantes? - 3 Passos Para Transformar Suas Crenças Limitantes - Capítulo 01
Neste capítulo sobre crenças limitantes, você vai entender claramente os conceitos e definições das palavras crença e limitante e o significado da junção entre essas duas palavras, crenças limitantes, para que você possa investigar e compreender melhor as suas próprias crenças e perceber se elas estão limitando você.
Introdução
Sabe aquele problema que você tem que se repete com frequência e você nunca consegue se livrar dele? Por exemplo, você sempre atrai o mesmo tipo de relacionamento que faz você sofrer e acaba sozinha? Ou você tem medo de alguma coisa e nunca consegue se livrar desse medo e isso paralisa você e te impede de seguir em frente? Tal como medo de falar em público? Medo de avião? Medo de dirigir? E você deixa de fazer as coisas por causa desses medos? Pois saiba que esses medos podem estar ligados às suas crenças limitantes! E você tem ideia do que são crenças limitantes? Será que são religiões que limitam? Ou será uma espécie de culto sagrado que limita as pessoas que frequentam? Será que é uma crendice popular ou alguma superstição? Ou será que é algo em que acreditamos e que nos impede de obter resultados? Ou algo que nos impede de atingir nossas metas? Supondo que seja isso, será que nós conseguimos nos livrar dessas crenças limitantes? Quem sabe com um galho de arruda ou com uma mandinga forte? Será que tem alguma solução mágica para eliminar isso? Então, eu vou apresentar aqui para você um pequeno guia para você eliminar as suas crenças limitantes: o que elas são, como elas se formam, quais as suas fontes e, por fim, vou te mostrar 3 passos com muitos exercícios práticos para você eliminar as suas crenças limitantes, de modo que você possa viver de acordo com os seus valores, seus princípios, mas sem conflito com as pessoas, e que você possa realizar os seus sonhos e atingir as metas e objetivos que você deseja, sem a interferência dessas crenças limitantes. Este é o primeiro capítulo do episódio “Os 3 passos para eliminar suas crenças limitantes”, que faz parte da série “Os Segredos da Alma”, uma série sobre autoconhecimento, que pode ajudar você no seu desenvolvimento pessoal. Se você quiser saber mais sobre o episódio e sobre a série, é só procurar o link das playlists aí na descrição, adicionar às suas playlists e se inscrever no canal para acompanhar os novos episódios.
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Uma pequena história de crenças limitantes
Para começar, vou contar para você a história de uma mulher dos seus 20 e poucos anos, chamada Chatita, que quer muito se casar. Desde menina, os pais da Chatita eram muito protetores e gostavam de cercá-la com cuidados e mimos. A Chatita vivia praticamente em uma bolha. Por causa dessa proteção, a Chatita recebia tudo que precisava, das coisas mais simples às mais sofisticadas. Tudo que uma criança queria, a Chatita tinha na mão, sem nunca sentir falta de nada. Seus pais se desdobravam para suprir e agradar a menina. Na escola, a Chatita começou a ter dificuldades, porque os professores não conseguiam dar conta de oferecer a ela tudo que os pais ofereciam. E os coleguinhas da Chatita não a tratavam muito bem, porque ela não tinha iniciativa e era pouco participativa, sempre arrumando encrenca com os colegas. Por ela ter sempre tudo à mão, ela não conseguia se adaptar bem com as brincadeiras das outras crianças, que pareciam brutas para ela, já que ela não ganhava sempre, não é? Se ela era contrariada de alguma forma, ela se irritava e chorava muito, de modo que ela foi ficando cada vez mais isolada das outras crianças. E assim, ela não conseguia nem se defender, nem interagir com ninguém, mas seus pais sempre a consolavam e a compensavam com presentes e mimos. A Chatita cresceu e se tornou uma pessoa muito melindrosa, com dificuldades de se relacionar com as outras pessoas, não conseguia se sair bem nos estudos, nem no trabalho. Quanto mais os pais viam as dificuldades da Chatita, mais eles a protegiam, para que ela não sofresse. E assim a Chatita nunca teve forças para reagir e acabou se tornando uma pessoa problemática, cheia de transtornos emocionais. Agora, vamos analisar a história da Chatita: uma mulher que foi criada por pais superprotetores e que sempre teve tudo que queria, sem nenhuma contrapartida. Como ela vai se desenvolver? Possivelmente, ao se deparar com o mundo lá fora, ela vai se chocar e ter dificuldades, porque não aprendeu a se defender, a se proteger, a conquistar o que deseja, porque sempre teve tudo isso, sem nenhum esforço.  E assim se formaram as crenças da Chatita, que vão fazer com que ela aja no mundo com base nisso tudo que ela aprendeu. E agora que ela cresceu e quer muito se casar, é possível que ela tenha dificuldades em conquistar um parceiro, porque talvez seja difícil encontrar um homem que faça tudo que os pais dela costumavam fazer por ela.  E a Chatita começa a ter problemas repetitivos, que ela não consegue resolver. Por que ela sempre tenta conquistar algum rapaz que ela acha interessante, e até consegue temporariamente, mas, aos poucos, o rapaz perde o interesse por ela. E aquela cena se repete à exaustão. Os anos vão passando e a Chatita não consegue namorar firme com ninguém. E por que isso acontece? Por que a Chatita sempre vive a mesma cena de horror, com os mesmos personagens e o mesmo resultado devastador? É devido às suas crenças sobre si mesma e sobre a vida, que se tornaram limitantes! Mas, o que são essas crenças limitantes? Vamos descobrir!
2.1 O que são crenças?
A crença pode ser algo em que você acredita, e também pode ser algo em que você tem fé.  E acreditar e ter fé são a mesma coisa? Talvez, mas pode haver uma sutil diferença: “acreditar” em algo pode ser definido como dar crédito, dar valor ou confirmar que aquilo existe. Quando você diz "eu acredito em você" pode significar que você está me dando crédito e que tem confiança na minha pessoa.  Quando você diz que acredita em um candidato, é porque você confia nele, no sentido de ter um valor para você. Algumas características do candidato levam você a confiar nele, tem algo nele que faz você acreditar. No entanto, quando você diz que acredita em Papai Noel, você não está dizendo que você acredita que existe um velhinho, que mora no Pólo Norte e que vem todo Natal colocar os presentes na sua lareira. Você está dizendo algo mais relacionado a um sentimento de que você se identifica com a magia do Natal, com o simbolismo dos presentes, da reunião em família. Então o Papai Noel tem uma representação simbólica para você, que seria o “espírito do Natal”. Essa seria a crença como fé. Vamos ver a etimologia da palavra crença: crença vem do latim credĕre, que, por sua vez, vem do indo-europeu: -  kerd-, que significa coração,  - dhē-, que significa colocar;   - e -ência, do latim -entia, que é “a qualidade de” Assim, podemos definir a palavra crença, literalmente, como “qualidade do que é colocado no coração, do que está no coração”.
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Ou seja, quando cremos, é como se colocássemos aquela coisa em que acreditamos dentro do nosso coração, tornando aquilo inerente a nós. E passamos a agir com base naquela crença. Então, a crença, no sentido de acreditar, de dar crédito, está mais ligada à veracidade de uma coisa que pode ser confirmada.  E a crença, no sentido de ter fé, não tem a ver com a qualidade da coisa que se acredita e sim com aquilo que a coisa representa para nós! Ou seja, ao simbolismo do que propriamente à coisa em si.
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2.2 Diferença entre crença como dar crédito e crença como ter fé
Como vimos, existe uma sutil, mas importante diferença entre o significado de crença como “dar crédito” e o significado de crença como “ter fé”. Vamos esclarecer isso com um exemplo:  Você acredita na sua mãe, porque ela é uma pessoa que você admira, porque ela é correta, justa e generosa. É uma crença que você tem sobre a pessoa “sua mãe”. E não tem a ver com você, tem a ver com ela, com as características dela como pessoa, independente de você. Mas há outro tipo de crença que você pode ter sobre sua mãe que não diz respeito ao que ela é, e sim algo que você sente sobre ela, que diz respeito a você. Por exemplo, você sente que sua mãe privilegia seu irmão e deixa você de lado. Então, o que você sente? "Minha mãe não gosta de mim, estou sempre em segundo lugar". Percebe a diferença? No primeiro caso, você está considerando sua mãe como uma pessoa independente de você e dos seus sentimentos, você está considerando sua mãe por ela mesma. No segundo caso, você está considerando sua mãe como alguém que está interferindo nos seus sentimentos, então tem tudo a ver com você. Ou seja, há crenças que são objetivas, relativas aos objetos, ou seja, às pessoas, aos outros seres ou às coisas em que você acredita, em que você confia ou dá crédito. E não tem problema nenhum com essas crenças. Elas são necessárias, vão te ajudar a viver em sociedade, a resolver as questões práticas da vida. Mas há crenças que mexem com o nosso coração, que é a crença no sentido de “ter fé”. E são essas que formam a nossa personalidade, o nosso modo de ser no mundo. Essas são as crenças subjetivas, porque elas mexem com o sujeito, que é você!
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No segundo caso, em que você acredita que sua mãe privilegia seu irmão, isso vai causar impacto na sua mente, no seu emocional, no seu comportamento e isso vai se enraizar em você, na forma de crenças. Mas por enquanto talvez ainda não sejam crenças limitantes, são apenas crenças. Então, as crenças são a forma de você absorver do meio externo tudo aquilo que move o seu coração. E isso é saudável, porque precisamos absorver informações, interpretar, selecionar os conhecimentos que nos ajudem a viver, e criar raízes para viver nesse mundo. E precisamos aprender coisas que nos impulsionem, que mexam com o nosso coração, senão vai ser difícil reagir e seguir em frente. O problema é que, muitas vezes, não analisamos o que estamos absorvendo do mundo, aceitamos aquilo como se fosse a coisa certa e verdadeira, o que nem sempre é, de fato. E isso acaba gerando algumas crenças que são limitantes, que nos impedem ou dificultam a nossa jornada. Então, você precisa rever as suas crenças, identificar as que são limitantes e se libertar delas ou ajustar de forma que elas coincidam ou fiquem mais próximas do seu jeito de ser, da sua alma. Assim você vai poder viver no mundo interior e no mundo exterior com equilíbrio e harmonia. No caminho do meio.
2.3 O que é limitante?
Agora, vamos entender um pouco mais sobre a palavra limitante. O que é limitante? A própria palavra já traz em si o seu significado. Limitante é algo que impõe limites. É uma divisa, uma fronteira ou uma barreira. É algo que não permite que você ultrapasse ou que você siga adiante.  O limite pode ser algo bom para as pessoas, especialmente quando elas são crianças ou adolescentes. Os limites fazem parte da disciplina, da educação, do respeito, do convívio em sociedade. Mas, eventualmente, podem ser algo ruim, quando impedem a pessoa de atingir um objetivo, de ir além de suas capacidades, de progredir, de se projetar. Exemplo: Quando você diz para o seu filho não chegar em casa depois das 10h da noite, é um fator limitante que você está impondo a ele. Isso pode ser bom ou ruim. Bom, do seu ponto de vista, porque você está garantindo a segurança dele, o bem estar, que ele tenha disciplina, que durma cedo e não fique incomodando na casa dos outros ou em festas e baladas. Mas pode ser ruim, do ponto de vista dele, porque ele preferia ficar mais tempo com os amigos ou com a namorada e acha que a noite é uma criança e que ele poderia aproveitar mais a vida. Nesse caso, você está impondo limites a alguém e isso é bom para você, que impõe os limites, e ruim para o outro, que está sendo limitado. Mas pode acontecer o contrário: alguém impondo limites a você e isso será ruim.  Também pode acontecer de você impor limites a si mesmo, por exemplo, estudando para um concurso, fazendo uma dieta, e isso pode ser muito bom para você.  Enfim, o limite pode ser imposto por você a si mesmo, por você aos outros e pode ser imposto pelos outros a você, e isso pode ser bom ou ruim, dependendo do ponto de vista. Tudo depende do resultado que está tendo e para quem. Como tudo na vida, aqui na dualidade, o limite pode ser algo positivo ou negativo. Mas, no caso das crenças limitantes, a junção dessas duas palavras é quase sempre usada em um sentido negativo, em que a crença está cerceando ou bloqueando você. Mesmo que algum dia ela tenha sido boa para você. Atualmente, não é mais.
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2.4 O que é a crença limitante?
Então, o que seriam as crenças limitantes? São ideias que a pessoa adota como suas e que movem o seu coração, mas que, em algum momento, passam a limitar, de alguma forma, essa pessoa, impedindo que ela vá além de um certo limite, que ela poderia e deveria ultrapassar, se a crença não estivesse ali impedindo. As crenças limitantes acabam provocando problemas repetitivos, paralisias e retrocessos na vida da pessoa e, por isso, precisam ser avaliadas e modificadas, para que a pessoa extrapole essas limitações. Assim, as crenças limitantes são sempre prejudiciais. Normalmente, elas estão mais relacionadas a ter fé em algo ou alguém, porque a crença de dar crédito tem mais a ver com as coisas práticas e materiais. Agora, vamos voltar ao exemplo da Chatita e tentar entender quais são as crenças limitantes que estão atrapalhando a vida dela? A Chatita se torna adulta, se apaixona por um rapaz e quer muito namorar e se casar com ele. Ela é muito bonita, mas o rapaz não se interessa por ela, devido ao modo como ela se comporta. Ela leva um fora e fica frustrada. Então, ela se apaixona por outro e por outro e por outro. E nunca consegue namorar por muito tempo com nenhum deles. Só então a Chatita vai perceber que tem algo errado com ela. Assim, a Chatita assiste a essa série sobre crenças limitantes aqui no Alfarrábios e faz uma auto análise. E ela chega à conclusão, muito sincera, de quais são as crenças limitantes sobre si mesma, sobre a vida e o mundo, que são as seguintes: - Para ser amada, eu não preciso fazer nada - Para ter recompensas, eu não preciso me esforçar - Se meus pais fazem tudo por mim, todos devem fazer tudo por mim - As pessoas existem para me servir - Eu preciso ser protegida - Não sou capaz de fazer nada por mim mesma - O sofrimento é insuportável, eu não vou aguentar - Alguém sempre vai me proteger  Mas será que o fato de a Chatita ser tão protegida pelos seus pais indica que ela se sinta amada e protegida? E que ela ame e respeite a si mesma? É bem provável que não, pois, se ela já recebe tanto amor dos pais e sem reciprocidade, por que ela precisaria amar a si mesma? Os pais já fazem isso por ela, muito além do necessário. E tudo fica muito confortável quando estamos no seio da nossa família.  O problema é quando saímos para viver no mundo, quando não temos mais os nossos pais e familiares para nos proteger. Então, a Chatita não aprendeu a amar a si mesma e as crenças dela são sempre uma expectativa de que o outro vai amar ela incondicionalmente. Ela aprendeu que só está ali como um bebezinho, para receber o amor. E por isso, é bem provável que a Chatita vai ter muitas dificuldades com as pessoas lá fora. E isso vai se refletir no interior dela e fazer ela sofrer. Assim, a Chatita fica muito triste por perceber suas crenças limitantes, mas agora ela tem um motivo para lutar e para combater essas crenças! Porque ela quer muito ter um parceiro legal! Por muito tempo, essas crenças da Chatita sobre a vida não limitavam ela de forma alguma, pois ela não tinha um sonho ou objetivo, não tinha nada pelo que lutar. Mas agora, por algo que ela não consegue conquistar, ela sente essas limitações. Por isso, a Chatita quer entender mais sobre como ela adquiriu essas crenças e como ela pode se livrar delas. E por isso é importante você também saber mais sobre as suas crenças limitantes, para entender a relação que elas têm com os seus problemas, principalmente aqueles repetitivos, que mais te incomodam sempre e sempre. Com isso, você terá o poder de eliminar essas crenças e, consequentemente, se livrar também desses problemas repetitivos.
Encerramento
No próximo capítulo do episódio sobre Crenças Limitantes, nós vamos falar sobre as fontes, ou origens, das crenças limitantes. De onde elas vêm? Será que vêm de nossos pais? De nossos antepassados? De nossa família? Dos amigos? Ou será que já nascemos com elas? Talvez de outras vidas?E por que é importante saber isso? Antes de encerrar, eu quero agradecer a você por ter ficado comigo até o final e espero que tenha sido útil a você! Aproveito para te lembrar de dar aquele like iluminado, se inscrever no canal e postar seus comentários! Também agradeço a todos os criadores de conteúdo por disponibilizarem seus materiais, e às plataformas, por disponibilizarem seus espaços, para que possamos apresentar e divulgar nossos conteúdos. Read the full article
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