#Claire Gremory D'Anjou
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coreopsis-and-magnolias · 2 years ago
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Área Externa - Família Gremory - Ottery St. Catchpole
On the side of a hill in the deep forest green Fazia algum tempo desde a última vez que estivera em Ottery, mas ainda lembrava o suficiente para conseguir chegar lá usando magia. Dessa vez também havia me lembrado de que aquela parte do mundo era bem mais fria que o arquipélago da SIC e me agasalhei adequadamente. E, mais importante que isso, lembrei de forrar o cesto onde carregava Rosemary com uma coberta, para que ela ficasse quentinha e não estranhasse muito a mudança brusca de temperatura. - Tudo bem aí? - levantei a tampa do cesto, espiando para ver como estava o amasso lá dentro. Rosemary estava enrolada nas cobertas e me olhava por uma brecha entre as cobertas. Um miadinho agudo de resposta me disse que ela estava bem, apesar de parecer meio contrariada com a agitação - Pronta para conhecer sua nova casa? Ajeitei o cesto nos meus braços e segui pela trilha na direção de uma grande casa, quase oculta pela floresta que a cercava. No caminho fui apanhando flores que cresciam nas bordas da trilha, prendendo algumas delas na minha trança.
***
Perceber que eu havia me tornado uma das mais velhas remanescentes na imensa casa quase que solitária dos Gremory me trouxe muito além do conhecimento das responsabilidades adultas, mas também o baque de conhecer uma família conturbada e brutal. O tempo, quando o vento batia nas bordas de meus pêlos avermelhados, parecia correr mais devagar em um lance de mudança referencial. Rodear o terreno de minha casa tornou-se uma rotina após a explosão que ocorreu nas redondezas da floresta e, talvez pelo fato de eu ter estado presente, a preocupação de manter o local seguro havia aumentado consideravelmente. Apesar de eu ter intensificado os feitiços protetores, não deixei de lado este meu meio pessoal de confirmar a segurança de algo ou alguém, até mesmo por aproveitar para me exercitar pela manhã. Por isso, corri por uma distância razoável, sentindo a brisa do rio quando passava perto dele e o frescor da relva ao longo do caminho. Tudo parecia estar em ordem e voltei aos poucos para a trilha que levava aos fundos da residência, procurando no ar algum sinal de novidade no perímetro. Mas, ao invés de sentir algo que me alertasse negativamente, o ar trouxe um cheiro novo e que me lembrou um misto de grama fresca com gato molhado. Estiquei o focinho para a direção que o vento anunciava e levantei as orelhas, involuntariamente. Fechando os olhos, desejei voltar à forma humana e em questão de segundos senti meu corpo se transformando em seu normal de ser. Naquela altura eu estava na entrada lateral da residência e entrei no quarto onde eu costumava guardar algumas coisas pessoais, como roupas de trilha, arco e flecha, coletes de couro sintético de dragão e outros ítens que costumava usar quando saía de casa. Na parte dos fundos do local havia uma espécie de lavatório com espelho, espaço que eu mesmo tinha criado depois de formada. Nele, tentei me limpar o máximo que conseguia depois de ter passado algum tempo andando pela floresta e, por garantia, tirei a varinha do coldre que ficava em meu braço para dar o toque final com magia. Quando terminei, enfiei a varinha de volta no lugar e saí em direção à entrada de casa, do outro lado. Eu sabia, pelo cheiro característico, que havia grande chance de ser a visita que eu esperava, principalmente pela combinação incomum que tinha sido. Depois de encontrar um anúncio de doação de Amassos no profeta diário na semana anterior, não exitei em enviar uma correspondência para a mulher que os oferecia e que, por coincidência, era uma colega de casa. Por eu ter convivido com Freya durante anos pelo castelo, já conhecia o cheiro que a denunciava quando estava por perto, entretanto, devido ao tempo longe, eu não tinha como ter tanta certeza. Então, quando a vi se aproximar pela trilha rodeada por flores bem cuidadas, abri um sorriso, ainda mais por reconhecer a cestinha que ela trazia nos braços. — Freya, oii! — Dei alguns passos animados em sua direção, acenando. — Como foi a viagem até aqui? — Falei com sinceridade quando nos aproximamos.
***
- Claire! - abri um sorriso ao ver a moça se aproximando na direção oposta. Não a via desde Hogwarts e fiquei encantada ao descobrir que ela era uma das pessoas interessadas em adotar um dos bebês amassos. - A viagem foi rápida! - disse, rindo. Ainda não estava acostumada com o transporte instantâneo - A Rose também ficou meio confusa… - dei um tapinha carinhoso na cesta nos meus braços, ao mesmo tempo que um miadinho agudo vinha lá de dentro - Estava bem quente lá no arquipélago… Mas eu agasalhei bem ela. - meus olhos brilharam, animada para apresentar o amasso - Quer conhecê-la? Não esperei pela resposta e levantei lentamente a tampa que mantinha o cesto fechado, revelando a pequena amasso meio oculta pelas cobertas. Como os irmãos, Rosemary tinha o pelo cor de caramelo, coberta de pintas marrom. À primeira vista, poderia ser confundida com um gatinho normal, se não fosse pelo seu rabo, que parecia o de um leão, e pelos seus olhos muitíssimo inteligentes que agora estudavam Claire atentamente. - Essa é a Rosemary. - disse suavemente - Rose, diga oi pra Claire, é ela quem vai cuidar de você.
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Bem, não que eu tivesse reconhecido a cestinha que Freya trazia mas, considerando que tínhamos combinado de eu adotar um de seus amassos, imaginei muito que ela estivesse ali dentro, aninhada de algum jeito. Estava animada com a novidade e o sorriso em meu rosto denunciou isso, somando-se ao fato de rever que há muito não via. Depois que perguntei como tinha sido a viagem e ouvi que Rose havia ficado um pouco confusa, senti uma desagradável sensação de que talvez devesse ter sido eu a ir buscá-la e não o contrário. Apesar da oferta que a menina logo deu, não me custava nada ter reorganizado isso. Porém, isso não impediria que uma viagem ocorresse com o animal logo depois, então não mudaria muita coisa. — O caminho até minha casa é um pouco longo mesmo, e frio, ainda mais por ela ser afastada do centro… Mas podemos entrar, se quiser, então vocês conseguem descansar um pouco. — O miado de Rose, mesmo baixo, era perceptível de onde eu estava, o que me despertou uma vontade enorme de me erguer e olhar da bordinha da tampa. Então, quando Freya comentou sobre isso, abri um sorriso largo. — Eu quero sim. — Meus olhos brilharam e me aproximei dela até um pouco em que consegui olhar pela entrada da tampa recém aberta. A filhote de amasso estava enrolada em meio a cobertas mas ainda assim consegui observar que seus pelos eram caramelos e que ela também tinha manchas pretas espaçadas por eles. Ela parecia confortável dentro do pequeno espaço e imaginei que fosse por estar tão quentinha ali, aninhada. Apesar de conhecer um pouco da personalidade das criaturas que os bruxos podiam ter como animal de estimação, seria uma experiência nova ter Rosemary por perto. Quando seus olhinhos encontraram os meus e O’Donnel nos apresentou, não pude evitar de quebrar o silêncio e me adiantar. — Oi, Rose. Muito prazer em te conhecer. — Seu rabo, que naquele momento eu podia confirmar, era tão parecido com o de leão, continuou parado, mas suas orelhas se levantaram, mostrando como estava atenta ao que estava acontecendo. — Espero que possamos ser muito amigas. Aqui tem muito espaço pra correr, acho que você vai gostar. — Comentei num tom mais suave, ainda próximo à cesta mas, para não assustá-la, deixei que a amasso pudesse analisar tudo e reagir como preferir. Por isso, deixei de estar inclinada e me voltei para Freya. — Muito obrigada por ter trago ela aqui. Como eu disse antes, vou dar o meu melhor para cuidar dela. — Comentei, dando um sorriso sincero.
***
Abri um sorriso ao ver Claire cumprimentando Rosemary. Querendo incentivar as duas a interagirem, me abaixei, depositando a cesta no chão e tirei Rosemary lá de dentro, mantendo-a enrolada em seus cobertores. - As cobertas são o suficiente… E logo ela se acostuma com a temperatura. - a segurei nos braços como se fosse um bebê e lhe fiz um carinho na cabeça entre as orelhas. O amasso fechou os olhos e ronronou, como se aprovasse o carinho. - Quer segurar ela? - perguntei com um sorriso, esperando que Claire se aproximasse - A Rosemary é a mais tranquila da ninhada e a mais carinhosa. Vocês vão se dar bem! - estava estendendo o filhote para sua nova dona, mas parei no meio do movimento - Ela deve ficar mais brava quando crescer, pois amassos costumam ser mais agressivos… Mas ela vai crescer perto de você, se cuidar bem dela, vocês vão se tornar boas amigas. - Rosemary miou alto, como se concordasse comigo e a entreguei para Claire, ainda sorrindo - Estou treinando o irmão dela, o Sage, para ir trabalhar comigo. Eles são bem inteligentes e bons para sentir quando há perigo por perto, então ele vai poder cuidar de mim quando for mais velho. Quem sabe você e a Rose sejam iguais e uma vai poder cuidar da outra.
em 2022-10-18
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coreopsis-and-magnolias · 2 years ago
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Asa leste
Christmas Pranks Quando tinha aceitado participar da "festinha de natal" dos grifinos, não era exatamente isso que eu havia imaginado. Achei ia ter um amigo secreto, talvez músicas de natal e pendurar meias com nosso nome na frente da lareira da sala comunal. Em vez disso, me encontrava na Asa leste com um punhado de grifinos preparando algumas pegadinhas para o natal. De início fiquei meio desconfiada da brincadeira, mas depois de ver a caixa de gnomos desacordados e uma coleção de mini-gorrinhos de papai noel, acabei concluindo que esse era exatamente o tipo de pegadinha que eu gostava: criar mais confusão do que inconveniência, e de preferência sem machucar ninguém. Me dediquei pelos minutos seguintes a colocar gorrinhos e arrumar cada um dos gnomos, imaginando a confusão de quem os encontrasse. Além do gorro, consegui fazer barbas de papai noel em alguns deles, outros consegui amarrar bolinhas de natal ou chifres de rena, acabando com uma coleção bem variada de enfeites de natal a primeira vista bem bonitinhos, mas bem feiosos quando inspecionados de perto. Aaron sugeria de soltar alguns gnomos na sala de uma das nossas professoras, quando alguém começou a jogar bolinhas de natal na nossa direção. Uma bolinha quicou na minha cabeça e quando me virei na direção de onde ela tinha vindo, vi Pirraça, o poltergeist do castelo, gargalhando e arremessando enfeites de natal em quem estivesse por perto. Corri para procurar abrigo, enquanto Aaron puxava a varinha para enfrentar o fantasma. Tentei ajudar, jogando no fantasma o que tinha à mão, incluindo decorações de natal, doces que alguém tinha trazido e até um gnomo em um momento de pânico. Quando não tinha mais nenhuma munição à mão, resolvi imitar Aaron e usar magia. Puxei a varinha da bolsa que trazia à tira-colo e no momento em que o fantasma arremessou uma bola de natal particularmente grande na minha direção, resolvi me defender com um feitiço: - Protego! Mas a bola passou reto pela barreira e me atingiu em cheio na testa. Meio zonza, voltei para meu abrigo, amaldiçoando o feitiço que parecia não servir pra nada. Enquanto Aaron terminava de lidar com Pirraça, virei a caixa onde mantinha os últimos gnomos, que já começavam a recuperar o movimento. - Pronto! Vocês estão livres! Divirtam-se! - as criaturinhas se começaram a se mover, algumas mais rápido, outras mais lentamente e se espalharam pelo corredor, escalando as decorações ou procurando um esconderijo - Feliz natal! - exclamei uma despedida para os gnomos e saí correndo seguindo o resto dos grifinos.
***
Durante a última reunião com os monitores daquele ano foi decidido os horários e demais informações referentes às rondas que ainda restavam ser feitas pelos dias que viriam. Dentro das opções disponíveis, a responsabilidade quanto ao sexto andar naquela noite seria feita em dupla, tendo meu nome somado ao de Jason para a devida fiscalização. Antes que o tempo avançasse para nosso encontro, resolvi dar uma passada pela cozinha e me saciar com algumas das tortas e um delicioso chocolate quente. O inverno no natal estava sendo tão intenso que por vezes me lembrava dos corredores de Durmstrang enquanto caminhava pelos dos de Hogwarts. Por isso, me certifiquei de colocar um dos gorros laranjas que usava naquela época para seguir com minhas obrigações sem problemas. Próximo do horário marcado, aguardei o corvino rente à grande escadaria do sexto andar, sabendo que logo ele apareceria por ali. Mantive-me um tanto descontente ao reparar no grande vazio que toda a parede mostrava sem os centenas de quadros que ficavam por ali antes da invasão, sentimento que me acompanhou até que o garoto enfim se juntasse a mim. Apesar das vezes que passei pelo local, o impacto ainda era relevante mas me forcei a deixá-lo de lado e voltar minha atenção ao garoto e a nossa tarefa a seguir. — Oi, Jason. Chegou bem na hora. — Cumprimentei-o com um sorriso sincero antes de começarmos a andar pelo corredor. Haviam muitas salas no decorrer do sexto andar e por isso seria mais inteligente verificá-las separadamente, se não fosse a época em que estávamos. O recesso de natal possibilitou que os alunos que desejassem sair do castelo que assim o fizesse, deixando o ambiente bastante solitário, mas ainda assim sujeito à encrenqueiros. Por esse motivo, decidimos por continuar juntos ao longo do caminho, não necessitando de pressa para a conclusão da ronda. A única diferença foi no banheiro masculino, onde Schrödinger precisou verificar sozinho enquanto eu abria a porta da Sala de Ética Bruxa procurando por algo fora do normal. — Eu sinceramente acho que não vamos encontrar nada. — Comentei, encontrando-o no corredor novamente depois de alguns minutos. O comentário dizia a respeito da falta de alunos no castelo e aquele tipo de ronda não ser tão importante assim naquela semana. O restante seguiu normal, sem maiores problemas e possíveis causadores de estresse para ambos. A Sala de Duelos se mantinha tranquila e se não fosse alguns alunos grifinos saindo da Asa Leste acharia uma caminhada desnecessária por aquela parte do corredor. Como o local estava alguns metros a frente, andamos até a porta e antes que pudesse empurrá-la a mesma se escancarou, saindo pelo menos mais quatro alunos de dentro, salvo uma garota que parou ao nos reparar ali. — Você? — Exclamei ao reconhecer Freya. Foi uma surpresa encontrar a ruiva terceiranista por ali, já que sempre a via como menina que não procura encrencas. Mas antes que pudesse perguntar o porquê dos alunos estarem saindo do local correndo, vi Jason adentrar o lugar e questionar primeiro. O interior da Asa Leste estava completamente desarrumado, algumas decorações de natal estavam pelo chão e um cheiro desagradável pairava no ar. Haviam bolinhos inteiros e também alguns mordidos deixados de lado sobre uma bandeja na mesa. A árvore de natal sem decorativos me chamou atenção, o que deixava mais clara ainda o problema que os alunos que ficaram ali estavam. Não tinham muitos, mas o susto que tomaram ao nos ver os fez desejar terem corrido antes com os amigos. — Parecem que estavam dando uma festa... — Soltando um ar pesado, reconheci um gnomo com gorro na cabeça rodopiando num dos cantos. — E de mau gosto. — Comentei para o corvino enquanto continuava a passar o olho pelo estrago. O pior era que até agora, todos os supostos envolvidos eram grifinos. — Mas que coisa boa, ein. — Sussurrei passando os dedos pelos fios de cabelo, abrindo um sorriso sem graça. — O que aconteceu aqui, Freya? — Perguntei a grifina que agora aguardava ao meu lado, esperando uma resposta sincera. Não planejava levá-la para nenhum tipo de detenção, principalmente porque não se tratava de fato de uma aluna que se envolvia muito em problemas. Dentre os muitos enfeites de natal, comidas, copos e demais coisas jogadas, uma letra A desenhada sobre a lareira parecendo ter sido feita às pressas me chamou atenção. Ela não se destacava, mas definitivamente não fazia parte da decoração de natal do castelo.
***
As orelhas de Jason se moveram enquanto o corvino tentava identificar em Qual Corredor Escuro ele estava naquele momento. Sua visão como raposa era melhor que a de humano quando escuro, mas ele tinha acordado a apenas meia hora atrás, tendo se enrolado como raposa numa das poltronas da sala de leitura para descansar antes de sua ronda. Ele precisava chegar rápido, então apertou o passo, deixando suas unhas arrastarem no chão. Ele eventualmente se viu no sexto andar, fechando os olhos em um segundo, focando-se em sua forma humana, e os abrindo logo depois da estranha sensação sufocante. O rapaz tropeçou levemente, reaparecendo de pé, mas continuou seu caminho sem parar, virando a esquina para o corredor que tinha combinado de se encontrar com Claire, que seria sua companheira para aquela ronda. ― Hey, desculpe a demora. ― Jason cumprimentou, tentando controlar sua respiração que estava levemente acelerada por conta da corrida. Claire, no entanto, apenas cumprimentou-o dizendo que ele estava bem na hora. O que era quase o mesmo que atrasado na opinião de Jason, mas ele não iria discutir por algo assim. Com o inicio da ronda - que era basicamente um passeio nessa época do ano - Jason se viu colocando mais o peso sobre o joelho esquerdo. Ele teria que voltar pra casa em algum ponto no meio do recesso, por Pó de Flu, para o tratamento em seu joelho direito. O frio fazia seu osso arder ainda pior que o normal, então ele estava bem esperançoso para o isso melhorar. Felizmente, durante a época de Natal, Jason não tinha que se apressar demais para checar tudo na ronda. A maioria dos alunos voltava para casa, deixando o castelo estranhamente silencioso durante a noite. Era estranho fazer rondas com outras pessoas - normalmente Jason teria sugerido dividir a rota em duas para acelerar o processo, mas aquilo não era necessário naquele dia -, o monitor da corvinal não estava tão acostumado assim a andar em silencio perto de alguém. Claire quebrou o silencio após uma boa parte da ronda, dizendo que provavelmente não encontrariam nada. ― Melhor assim. ― Jason concordou, sempre detestando encontrar alguém e ter que dar detenção para a pessoa. Era uma parte irritante do trabalho. E, como se aquelas palavras tivessem amaldiçoado a situação, perto do final da ronda, Jason e Claire foram provados errados, quando alguns alunos pareciam estar se esgueirando para fora da Asa Leste. ― Hm. ― Jason murmurou. Aqueles alunos eram definitivamente grifinos, o que era bom - Claire podia lidar com eles bem melhor do que Jason. O corvino estava cansado de ouvir sobre como por ele ser monitor de outra casa, era mais duro com alunos de fora da corvinal - como se as pessoas que quebraram as regras e foram burros o suficiente para serem pegos não tivessem culpa de nada. ― Melhor ir ver... ― Ambos seguiram para as portas da Ala Leste e, antes que pudessem tocar na maçaneta a porta se abriu de supetão, e mais alguns alunos saíram, deixando apenas uma garota, que pareceu reparar que eles estavam ali. Claire a reconheceu, então Jason balançou a cabeça, adentrando a sala, e observando os arredores. ― Bem... O que aconteceu aqui? ― Jason perguntou, mais para o ar que qualquer coisa. Era óbvio que "problemas" tinham acontecido ali. Ou algum tipo de festa. Jason não era muito bom em dizer. Claire disse que parecia que estavam dando uma festa e o corvino assentiu. A Ala Leste parecia parcialmente destruída, com decorações de natal jogadas por ai, comida, e alguns alunos que provavelmente deveriam ter sido mais espertos. A festa tinha saído do controle também, pelo que Jason conseguia ver. O monitor da corvinal muito cuidadosamente evitou olhar para os alunos que estavam ali, escolhendo sacar sua varinha e silenciosamente utilizar Reparo em coisas quebradas, e Tergeo/Limpeza no que fosse necessários, enquanto Claire questionava Freya sobre o que estava acontecendo. A festa fora de controle definitivamente tinha sido feita por alguém que queria problemas - o corvino já tinha visto outras do tipo, mas na maioria das vezes, elas não envolviam destruição ou pichação de ambiente escolar. Talvez fosse porque ele estava bem ciente de como a escola já estava destruída por conta dos trouxas, as memórias do dia da invasão ainda estavam claras como se fosse ontem em sua memória, então Jason se viu ainda mais irritado do que deveria com essa situação. Ele não tiraria sua raiva nos alunos ali, no entanto. Jason era mais profissional que isso - eles provavelmente só ganhariam um olhar bem afiado e sério.
***
Sem o costume de aprontar por aí e depois sair correndo, fiquei desconcertada quando dei de cara com os dois monitores em um corredor. Enquanto os outros grifinos deram conta de correr e desaparecer de vista, eu me atrapalhei toda tentando parecer inocente e acabei esquecendo de fugir. Claire se aproximou para me interrogar enquanto avaliava o estrago que tínhamos feito por ali. Quase saí correndo mesmo depois de ser reconhecida, mas ouvi a monitora chamar um dos meus gnomos, que eu tinha vestido de papai-noel com tanto capricho, de "mau gosto", sem nem uma risadinha, o que me deixou visivelmente decepcionada. Quando ela me perguntou o que tinha acontecido ali, fiquei tentada a explicar o conceito da brincadeira para os monitores, mas com medo de levar uma bronca, apenas juntei minhas mãos nas costas e na minha melhor cara de inocência, apenas respondi - Não sei, não... - claro que precisava de uma boa desculpa de porque estava fora do meu dormitório a essa hora da noite e precisei elaborar um pouco mais a história - Precisei ir no banheiro. - sem nem me lembrar que havia vários banheiros dentro da torre da grifinória, justamente para que os alunos não precisassem sair à noite - Mas eu fiquei com medo de ir sozinha, então pedi pros meus amigos virem comigo... - gesticulei na direção dos outros grifinos que já tinham desaparecido e dos quais mal me lembrava o nome - E fiz bem, porque o Pirraça apareceu... E fez essa bagunça toda! Gesticulei dramaticamente na direção do corredor e em seguida estufei o peito, toda orgulhosa por ter inventado uma desculpa plausível.
em 2020-11-17
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