#Baba Levo
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Amizades que trazem novas cores
Uma antiga amiga sua precisava vir à cidade e queria te encontrar para por o papo em dia, e sem perder tempo, você insiste para que ela fique na sua casa, e que ficasse para o fim de semana também, para curtirem mais o tempo.
E desde então sua ansiedade estava alta para que o dia chegasse, vivia falando comigo que faziam anos que não se viam, adorou ela ter ligado.
Finalmente chegou o dia, e você a recebe em casa... horas de conversa noite a dentro, conversando com ela presencialmente e comigo no telefone... me mandavam mensagem as duas juntas.
E eu pensava "Nossa, os vizinhos devem estar loucos".
Como de costume, quinta feira eu passo na sua casa com umas comprinhas para fazer uma janta, as gargalhadas ecoavam no corredor. Quando a minha chave meche na porta eu escuto "Ele chegou, vai adorar conversar com ele".
Sou recebido com um apertado abraço e um beijo de cinema e finalmente sou apresentado à amiga da qual tanto falava.
Uma moça bonita, olhos grandes, cabelo curtinho, castanho claro e uma voz muito bonita também.
Eu fico uns minutos de papo e vou pra cozinha começar a preparar algo pra comemos.
- Ele cozinha também!?
- Sim, e bem
- Nossa, ganhou na loteria heim...
Gargalhadas...
Finalmente a comida fica pronta e levo para a sala onde estavam, mais umas boas horas de conversas, já estavam "alegrinhas" por conta dos bebericos que faziam enquanto a janta não ficava pronta.
Como estava acompanhada, eu preferi ir pra casa e te encontrar no dia seguinte.
Chego na sua casa na sexta, sala cheia de travesseiros no chão, cheiro de pipoca no ar
- Chegou na hora, amor! A gente quer ver seriados hoje e eu queria te esperar para ver junto.
- Oh beleza! quer que pega o colchão e poe na sala também?
- Sim sim!
E la fui eu tirar o colchão de casal e trazer pra sala.
Os três estirados no colchão, comendo pipoca em um momento eu vou buscar algo para beber, e escuto risos vindo da sala... e mais risos.
Quando volto, lá esta você com a cabeça dela no seus ombros, e um sorrisinho que eu deixei passar.
Quando me sento, vc joga a mesma coberta que cobre vocês duas para cima de mim e me puxa pra ficar juntinho também.
De vez em quando eu sinto uns dedos passando na minha perna de leve, achei que era você.
Depois você fecha os olhos, e eu achei que era um cochilo.
De repente vc suspira um pouco mais forte, eu entendi o que estava acontecendo.
De leve também levo a minha mão na sua direção, por baixo da coberta e já tinha uma mão lá, que não era a sua e nem a minha, sua amiga começa a tirar, sinto que ela ficou sem graça, mas eu seguro a mão e volto com ela pra onde estava.
Ela olha pra mim meio sem sem jeito e eu dou um sorriso e balanço a cabeça como quem diz "ta tudo bem".
Minha mão encontra a dela dentro do seu short, percebi que estava sem nada por baixo, nós dois te acariciando...
Você inclina a cabeça pra trás e rapidinho tira a blusa que estava vestindo, e sua amiga baba.
Você me beija, aperta a nossa mão bem fundo em você e se vira para beijar ela também.. enquanto isso, vai empurrando a coberta pra baixo, nisso vejo que ela estava só com uma blusa sua mais comprida.
O corpo da sua amiga era muito lindo também, pele bem clarinha, modelado, umas curvas lindas.
Vocês duas ficavam muito lindas juntas, dois corpos lindos se entrelaçando. você levanta a camisa que ela usava, e começa a beijar, pescoço, seios, enquanto ela te puxava pra cima dela enquanto ela deitava.
Seu short já tinha decido bastante, eu te ajudo a tirar, e nessa hora você olha pra mim e pergunta:
- Você só vai fazer o que eu deixar mesmo né?
- Sim...
- Se eu disser não toca nela, você não vai né?
- Sim - Mas por dentro eu tinha dito não....
- E eu posso fazer o que eu quiser né?
- Claro amor, a gente já conversou sobre isso uma vez.
Sua amiga nos olhava com um espanto no rosto, e um sorriso muito animado.
- Então, ela é só minha hoje... mas eu sou de vocês dois... quero matar saudades dela e quero você junto....
Mais beijos, meus, dela, carícias...
De vez em quando você colocava minha mão no seu seio e encostava no dela.
Então você senta entre as minhas pernas e puxa a sua amiga e fala, agora você retribui o que fiz mais cedo.
Ela ajoelha na sua frente e te acaricia e chupa, enquanto você e eu trocamos beijos bem apaixonados,
Minhas mãos nos seus seios, você gemendo no meu ouvido e um clima muito gostoso no ar...
Você estende a minha mão até o seu clitóris, todo molhado de gozo seu e saliva dela, deixa ela chupar um dedo meu, e depois segura a cabeça dela entre as suas pernas, para ela voltar a te chupar lindamente...
Sua respiração acelera, sua pele arrepia, gemidos mais rápidos e seu gozo escorre até os lábios dela...
Você escorrega mais para baixo e ela não para de te chupar...
Você puxa ela pra cima de você, dá um super beijo nela
- Nossa, é uma delicia amor, prova pra você ver...
Ela vem pra cima de mim, e deixa os seios bem no seu rosto e chega o rosto dela pertinho do meu..
- Vai amor, agora pode...
Aí eu sinto o seu gostinho na boca dela, e você beija os seios dela enquanto ela me beija..
- Deita amiga, deixa eu agora fazer em você também... amor, vc vem por trás de mim....
Ainda bem que era uma sexta-feira.. pois a noite prometia ser longa...
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Amizades que trazem novas cores
By; mrerio.tumblr.com
Uma antiga amiga sua precisava vir à cidade e queria te encontrar para por o papo em dia, e sem perder tempo, você insiste para que ela fique na sua casa, e que ficasse para o fim de semana também, para curtirem mais o tempo. E desde então sua ansiedade estava alta para que o dia chegasse, vivia falando comigo que faziam anos que não se viam, adorou ela ter ligado.
Finalmente chegou o dia, e você a recebe em casa... horas de conversa noite a dentro, conversando com ela presencialmente e comigo no telefone... me mandavam mensagem as duas juntas. E eu pensava "Nossa, os vizinhos devem estar loucos". Como de costume, quinta feira eu passo na sua casa com umas comprinhas para fazer uma janta, as gargalhadas ecoavam no corredor. Quando a minha chave meche na porta eu escuto "Ele chegou, vai adorar conversar com ele". Sou recebido com um apertado abraço e um beijo de cinema e finalmente sou apresentado à amiga da qual tanto falava. Uma moça bonita, olhos grandes, cabelo curtinho, castanho claro e uma voz muito bonita também. Eu fico uns minutos de papo e vou pra cozinha começar a preparar algo pra comemos. - Ele cozinha também!? - Sim, e bem - Nossa, ganhou na loteria heim... Gargalhadas...
Finalmente a comida fica pronta e levo para a sala onde estavam, mais umas boas horas de conversas, já estavam "alegrinhas" por conta dos bebericos que faziam enquanto a janta não ficava pronta.
Como estava acompanhada, eu preferi ir pra casa e te encontrar no dia seguinte.
Chego na sua casa na sexta, sala cheia de travesseiros no chão, cheiro de pipoca no ar - Chegou na hora, amor! A gente quer ver seriados hoje e eu queria te esperar para ver junto. - Oh beleza! quer que pega o colchão e poe na sala também? - Sim sim!
E la fui eu tirar o colchão de casal e trazer pra sala.
Os três estirados no colchão, comendo pipoca em um momento eu vou buscar algo para beber, e escuto risos vindo da sala... e mais risos.
Quando volto, lá esta você com a cabeça dela no seus ombros, e um sorrisinho que eu deixei passar.
Quando me sento, vc joga a mesma coberta que cobre vocês duas para cima de mim e me puxa pra ficar juntinho também.
De vez em quando eu sinto uns dados passando na minha perna de leve, achei que era você. Depois você fecha os olhos, e eu achei que era um cochilo. De repente vc suspira um pouco mais forte, eu entendi o que estava acontecendo.
De leve também levo a minha mão na sua direção, por baixo da coberta e já tinha uma mão lá, que não era a sua e nem a minha, sua amiga começa a tirar, sito que ela ficou sem graça, mas eu seguro a mão e volto com ela pra onde estava. Ela olha pra mim meio sem sem jeito e eu dou um sorriso e balanço a cabeça como quem diz "ta tudo bem".
Minha mão encontra a dela dentro do seu short, percebi que estava sem nada por baixo, nós dois te acariciando... Você inclina a cabeça pra trás e rapidinho tira a blusa que estava vestindo, e sua amiga baba.
Você me beija, aperta a nossa mão bem fundo em você e se vira para beijar ela também.. enquanto isso, vai empurrando a coberta pra baixo, nisso vejo que ela estava só com uma blusa sua, mais comprida.
O corpo da sua amiga era muito lindo também, pele bem clarinha, modelado, umas curvas lindas. Vocês duas ficavam muito lindas juntas, dois corpos lindos se entrelaçando. você levanta a camisa que ela usava, e começa a beijar, pescoço, seios, enquanto ela te puxava pra cima dela enquanto ela deitava.
Seu short já tinha decido bastante, eu te ajudo a tirar, e nessa hora você olha pra mim e pergunta: - Você só vai fazer o que eu deixar mesmo né? - Sim... - Se eu disser não toca nela, você não vai né? - Sim - Mas por dentro eu tinha dito não.... - E eu posso fazer o que eu quiser né? - Claro amor, a gente já conversou sobre isso uma vez. Sua amiga nos olhava com um espanto no rosto, e um sorriso muito animado. - Então, ela é só minha hoje... mas eu sou de vocês dois... quero matar saudades dela e quero você junto.... Mais beijos, meus, dela, carícias...
De vez em quando você colocava minha mão no seu seio e encostava no dela. Então você senta entre as minhas pernas e puxa a sua amiga e fala, agora você retribui o que fiz mais cedo. Ela ajoelha na sua frente e te acaricia e chupa, enquanto você e eu trocamos beijos bem apaixonados,
Minhas mãos nos seus seios, você gemendo no meu ouvido e um clima muito gostoso no ar...
Você estende a minha mão até o seu clitóris, todo molhado de gozo seu e saliva dela, deixa ela chupar um dedo meu, e depois segura a cabela dela entre as suas pernas, para ela voltar a te chupar lindamente...
Sua respiração acelera, sua pele arrepia, gemidos mais rápidos e seu gozo escorre até os lábios dela... Você escorrega mais para baixo e ela não para de te chupar...
Você puxa ela pra cima de você, dá um super beijo nela - Nossa, é uma delicia amor, prova pra você ver...
Ela vem pra cima de mim, e deixa os seios bem no seu rosto e chega o rosto dela pertinho do meu.. - Vai amor, agora pode...
Aí eu sinto o seu gostinho na boca dela, e você beija os seios dela enquanto ela me beija.. - Deita amiga, deixa eu agora fazer em você também... amor, vc vem por trás de mim....
Ainda bem que era uma sexta-feira.. pois a noite prometia ser longa...
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Uma Família de Três (C.L 16)
Parte IV- Bem-vindo à sua nova vida.
⚠️avisos: Angústia(bem de leve), fluff, palavrões, uso de bebidas alcoólicas, menções a drogas.
*lembrando novamente que nesta história, Jules Bianchi morreu em 2019, o que pode alterar a data de alguns acontecimentos*
Aproveitem a leitura!
Ps: Essa parte também é toda baseada pelo ponto de vista do Charles.
Quantidade de Palavras: 5.727
🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨🇲🇨
8 de setembro de 2016 — Monte Carlo, Mônaco.
— Cara, limpa a baba se não vai escorrer.
Levo um susto com Pierre, mas logo volto a olhar para Marie dançando na pista de dança que improvisamos na sala de estar do apartamento de Jules.
— Estou apreciando a vista. — Digo dando de ombros e tomando o restante da minha cerveja.
— Quando você vai virar homem e tomar uma atitude? — Ele pergunta passando o braço pelo meu ombro e também olhando para as meninas dançando e rindo.
— Quando eu tiver certeza de que ela sente o mesmo e que não existe a possibilidade de foder com a nossa amizade. -Respondo e Pierre ri.
— Do que estamos falando? — Jules aparece ao meu lado e estica uma nova garrafa de cerveja para mim.
— Sobre como o Charles é cego e burro. — Pierre responde e eu dou uma cotovelada nele. — Ai! Mas é verdade! Companheiro, você precisa tomar uma atitude logo. Ela não vai esperar por você pelo resto da vida. — Eu olho para Pierre confuso e ele revira os olhos.
— Como assim me esperar? Ela disse algo para você? — Eu pergunto abrindo a garrafa com a bainha da camisa.
— E precisa dizer? A garota olha para você como se você fosse a porra de um anjo. — Ele diz e Jules ri concordando com a cabeça. — Sério, daqui a pouco não vamos mais precisar de energia elétrica na Europa, porque o brilho que aparece nos olhos dela quando te vê já pode iluminar o continente inteiro. — Eu reviro os olhos com o exagero dele.
— Só não é mais forte do que o jeito que o Charles olha para ela. — Jules diz e eu o encaro sério. — O que foi? É verdade. Vocês dois se conhecem praticamente a vida toda, e não tem uma única vez que eu não sinta a tensão sexual entre vocês quando estão juntos. — Ele me encara com um olhar que grita “Desafio você a refutar isso”.
Eu nego com a cabeça para os dois.
— Não é tão simples assim. — Eu digo. — Marie faz parte da minha vida e eu não sei se vocês estão lembrados, mas eu e relacionamentos amorosos não parecemos nos dar bem.
— Isso é porquê você gosta de pegar amigas das suas ex’s. — Pierre rebate e Jules ri alto.
— Isso só aconteceu uma vez!-Eu repondo o olhando indignado.
— Talvez Marie deva virar amiga de uma futura namorada sua, já que você tem mais coragem de chamar uma dessas garotas para sair, do que chamar sua melhor amiga. — Jules fala e dessa vez é Pierre quem ri.
-Tá bom, já chega! — Digo tentando parar aquela conversa.
— Mas sério, cara. — Pierre aproxima o rosto do meu como se fosse falar algo serio. — Como você escolhe entre as amigas? É por beleza? Ou você só faz une dune tê, entre elas? — Ele pergunta e eu dou outra cotovelada nele.
— Vai se foder, Pierre! — Ele ri e recolhe o braço que ainda estava ao meu redor. Jules põe uma mão no meu ombro e eu posso ver que ele está dando tudo de si para segurar o riso. — Vocês dois são uns babacas.
— Claro, claro. E você é um idiota que se não tomar uma atitude agora, vai ficar para trás. — Jules responde e aponta com a cabeça em direção a pista improvisada.
Eu sigo o seu gesto com o olhar e percebo o que ele estava tentando dizer. Na pista, as meninas que acompanhavam Marie em sua dança desastrada, saíram em direção a cozinha e a deixaram sozinha, ou nem tão sozinha assim, pois Sainz, piloto da Renault, já havia se aproximado dela.
Da onde estou consigo ver facilmente a mão do espanhol ir para a cintura dela e ele se aproximando para sussurrar algo em seu ouvido. Marie ri e da um leve tapa em seu ombro que também o faz rir. Eles estão flertando?
-Acredito que sim. — Jules responde e só assim eu percebo que disse em voz alta.
— Mas também, olhe para o Carlos. Quem não flertaria com ele? O cara parece um príncipe. — Pierre diz tomando um gole de alguma bebida com aparência duvidosa. Eu e Jules apenas o encaramos. — O quê? Ele parece. Bonitão.
— Cara, você é…? — Jules pergunta com a sobrancelha arqueada e logo ele e Pierre entram em uma discussão sobre achar homens bonitos ser ‘gay’ ou não.
— Eu não tenho tempo para vocês dois, sinceramente. — Digo me afastando deles e indo em direção a Marie e a Carlos.
— Onde você vai? — Pierre pergunta.
— Vou buscar minha garota. — Respondo.
Me aproximo de Marie o suficiente para passar meu braço pela sua cintura e afastá-la gentilmente das mãos de Carlos, chamando a sua atenção e a do espanhol também, que encara o meu gesto com as sobrancelhas arqueadas.
— O que eu perdi, querida? — Pergunto passando meus olhos entre ela e ele.
— Hmm…nada? — Ela responde incerta. — Carlos estava apenas sendo gentil. — completa olhando para Carlos e dando a ele um sorriso aberto. Aberto até demais.
— A é? E que gentileza toda foi essa? — Eu pergunto olhando diretamente para Carlos, meu tom de voz saindo com um pouco mais de veneno do que eu planejava.
Carlos me encara sério por um tempo e posso ver as engrenagens na sua cabeça custando para funcionar, até que a realização parece ter finalmente dado sinal de luz.
— Só estava elogiando a dança dela, Charles. — Ele responde e me lança um olhar intenso.
Pierre tinha razão. O cara é bonitão.
— Ela é uma dançarina bem excêntrica. — Respondo rápido e só depois que as palavras saem da minha boca que percebo.
— Obrigada…? — Marie diz me olhando com as sobrancelhas arqueadas tentando entender se aquilo foi um elogio. Porra Charles.
— Não! Não foi isso que eu quis dizer! Eu, mm bem, você estava dançando bem. Eu que não sei me expressar e…
— Tudo bem, Charlie. Eu sei que não sou a melhor dançarina daqui. — Ela diz rindo.
— Cariño, posso afirmar com toda a certeza que você brilha com a sua dança “excêntrica”. — Carlos diz dando a ela um sorriso.
Esse cara não entendeu ainda?
— Mais uma vez, é muita gentileza da sua parte, Carlos. — ela da outro sorriso brilhante para ele.
— Sim Carlos, você é gentil e adorável. — falo e dou a ele um sorriso sarcástico.
Carlos ri e só então eu percebo que ele já entendeu o recado e só está curtindo com a minha cara. Palhaço.
— Eu vou cumprimentar uns amigos. Foi um prazer rever você, Cariño. — Ele diz pegando a mão livre de Marie e dando um beijo. — Charles. — Ele acena com a cabeça e sorri provocador para mim.
— Foi um prazer, Cariño. — Digo com o mesmo tom provocador.
Quando Carlos se afasta de nós dois, Marie se vira para mim com as sobrancelhas arqueadas e braços cruzados.
-Tá okay, que diabos foi isso? — Ela pergunta me encarando, um sorriso humorado pintando seus lábios vermelhos.
— Não sei do que você está falando. — Respondo rápido.
— Jura, Cariño? — Ela diz o apelido de uma forma sarcástica. — Se eu não te conhecesse, diria que você estava com ciúmes de Carlos e estava tentando flertar com ele. — Eu a olho surpreso e ela ri.
— Mas é claro que não! Por um acaso pareceu isso? — pergunto com medo de ter passado a imagem errada.
— Relaxa, Leclerc! Ele é bonitão, não posso te julgar por se sentir atraído por ele. E aquele sotaque�� Nossa! — Ela fecha os olhos e põe a mão no peito, como se fosse atingida por uma flecha do cupido. — Só me diz se você estiver afim dele, para nós não acabarmos flertando com o mesmo cara. — Seu riso é alto.
— Mas eu não estava flertando com ele! Eu só não queria que ele flertasse com você! — digo exasperado.
Marie para de gargalhar e me olha profundamente, um sorriso divertido e provocador ainda pintado nos lábios.
-E porque não ? — Ela pergunta.
Eu dou um passo à frente, ficando mais próximo dela. Minhas mãos pousam uma em cada lado de sua cintura.
— Porque quero ser o único que pode flertar com você, mon chérie. — Digo aproximando meu rosto do dela. — Quero ser o único a elogiar sua dança excêntrica, e ser o único a tocar você. — Me aproximo mais.
Os olhos de Marie deixam os meus e vão para a minha boca.
-Charles… — Ela diz meu nome em um aviso, mas mesmo assim não se afasta. Pelo contrário, suas mãos passam pelo meu pescoço nos aproximando ainda mais.
— O quê? — Eu pergunto baixo. Meus olhos passando dos olhos dela para os lábios.
-Não comece nada que você possa se arrepender depois. — Ela avisa, seu tom também baixo.
— E quem disse que eu vou me arrepender? — coloco um cacho para trás da orelha dela. — Você não tem noção do quanto eu quero isso.
— Me beija logo, Leclerc. — Ela dita e eu obedeço.
Nossos lábios se encontram e é desajeitado, mas de longe o melhor beijo que eu já dei. Minhas mãos vão até à parte de trás de seu pescoço pressionando ainda mais a sua boca na minha e Marie solta um suspiro que faz com que meus pelos se arrepiem.
É isso, oficialmente estou beijando a minha melhor amiga.
— FINALMENTE PORRA! — Eu escuto as vozes de Pierre e Jules do outro lado da sala, mas tudo em que eu realmente quero me concentrar agora é na garota nos meus braços.
Quando o ar se faz necessário, Marie se afasta me dando alguns selinhos. E nós dois sorrimos.
— Podemos ir para a sua casa? — Ela pergunta com os olhos brilhando em desejo. — Há muitas coisas que quero fazer com você, mas suponho que não seria uma boa ideia fazer isso no apartamento de Jules. — Ela sussurra próximo ao meu ouvido, fazendo novas ondas de arrepio se espalhar pelo meu corpo.
— Vou pegar minhas chaves. — Respondo rapidamente e ela acena com a cabeça antes de se afastar.
— Vou pegar minha bolsa. — Ela diz e me dá mais um selinho antes de se afastar e correr em direção a um dos quartos.
Eu fico parado lá por alguns segundos, mal conseguindo conter o sorriso e a excitação que agora correm pelo meu corpo.
— Aqui. — Jules aparece do meu lado me quebrando do transe. Na sua mão ele tem as minhas chaves e na outra, alguns pacotes de camisinhas. — Essas são cortesias minhas e do Pierre. — Ele diz acenando para Pierre que faz sinal com as sobrancelhas para mim da onde estava.
— Vocês dois, pelo amor de Deus! — Eu digo pegando as chaves da mão de Jules e me virando.
Eu paro por um momento apenas pensando um pouco e me viro pegando os pacotes de camisinhas também, fazendo Jules rir.
— Anda logo, porque o volume nas suas calças tá ficando um pouco esquisito demais! — Pierre grita e eu sinto minhas bochechas queimarem.
Eu oficialmente odeio esses dois.
🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷🇫🇷
20 de janeiro de 2023 — Nice, França.
— Então o Shal disse que vamos até o box da Cedes para eu conhecer o Lawi Hamiltion! — Vincenzo diz empolgado com o rosto todo sujo de molho das almôndegas que Cecilia preparou para o jantar.
— Que maravilha, meu amor! Aposto que você e o Sir Lewis, serão muito amigos! — Cecilia diz sorrindo e limpando o rosto de Vincenzo com um guardanapo.
— Sim, mamãe! — Ele me olha e posso imaginar engrenagens girando em sua cabecinha. — Ele só não vai mais poder ser meu melhor amigo, porque o Shal já é! — Ele sorri para mim, um pequeno buraco se formando em sua bochecha gordinha. Ele tem covinhas?
Eu sorrio de volta para ele, sentindo algo inexplicável.
Olhar para Vincenzo é bom. É como ser levado de volta para uma época boa. Um tempo onde as coisas eram mais simples e bonitas. Era como voltar no tempo e saber que eu sempre teria um amigo com quem contar.
Talvez eu esteja enlouquecendo, talvez todos esses sentimentos surjam devido a saudade que eu sinto de Jules. Mas é algo tão bom e tão puro. Saber que Jules partiu, mas deixou uma parte viva dele aqui e que agora eu teria por perto pelo resto da vida. Talvez eu ainda tenha meu melhor amigo comigo.
— Tudo bem garotinho, hora de escovar os dentes e ir para a cama. — Cecilia diz se levantando e o tirando do cadeirão de alimentação.
— Tudo bem se o Shal me por na cama, mamãe? — Ele pergunta para a Cecilia e ela congela por um minuto antes de olhar para mim.
— Claro… — Ela diz incerta. — Se ele quiser, eu não vejo problema.
— Eu adoraria. — Digo limpando a boca com o guardanapo e me levantando rapidamente.
— Vou apenas escovar os dentes dele e depois te chamo para colocá-lo na cama.
— Tudo bem. — Digo e Cecilia sai da cozinha com o pequeno firmemente em seus braços.
Fico encarando o ponto em que eles sumiram por mais um tempo antes da minha atenção voltar para Marie, que recolhia os pratos de cima da mesa.
— Você acredita que ela vai se arrepender? — Pergunto encostando no balcão da pia.
Marie empilha os pratos e os coloca na pia, antes de me encarar.
— Talvez. — da de ombros e estende as mangas da blusa para começar a lavar a louça. — Não é muito fácil de se afirmar, pois, não a conheço o suficiente para isso.
— Eu só não consigo entender. — suspiro esfregando as têmporas.
— Talvez você deva parar de tentar. — Ela responde simples.
Eu encaro o perfil dela, confuso.
— Como assim “parar”? - Cruzo os braços.
— Talvez só precisamos aceitar a oportunidade que a vida está nos dando novamente. — Ela continua esfregando os pratos.
Eu me sinto ainda mais confuso com essa resposta.
— Não entendi. — Ela para por um momento e suspira alto. No seu perfil escorre uma lágrima e eu arrumo minha postura me virando totalmente para ela que também se vira ficando de frente para mim.
— A oportunidade de passar mais um tempo com ele, Charles. — Ela fala e minhas sobrancelhas franzem ainda tentando acompanhar o que ela realmente quer dizer. — Com Jules, Charles. A vida nos deu outra oportunidade de estar com ele, ou pelo menos com um pedaço dele.
Eu apenas a encaro e ela limpa o rosto com as costas da mão, tomando cuidado para não passar sabão nos olhos.
Então não foi apenas eu que tive essa sensação. Isso era bom.
— Tudo bem. — É o que eu consigo dizer.
Eu queria falar mais. Dizer que parte de mim, tem medo de se apegar a Vincenzo como memória de Jules e depois ter que deixá-lo partir também, caso Cecília voltasse atrás. Mas decidi não dizer. Marie tinha razão, talvez esse fosse o jeito do universo se redimir conosco e nos devolver um pouco de uma das pessoas que mais amávamos.
Ela acena com a cabeça e volta a lavar os pratos.
— Ele já está na cama esperando você ir ler a história favorita dele. — A voz de Cecília chama minha atenção.
— Tudo bem. — Digo saindo da cozinha.
Caminho pelo pequeno corredor e paro na porta do quarto em que Vincenzo divide com Cecília.
— Shal? — A voz infantil do pequeno me chama.
Vincenzo já está deitado e metade de seu corpo está coberto. Seus olhos brilham em expectativa e posso ver que em suas mãozinhas há um livro de história infantil.
-Oi, Campeão. — Vou até o seu lado da cama e ele se afasta um pouco para que eu deitasse ao seu lado.
Eu me ajeito encostando as costas na cabeceira da cama e deixando meus pés para fora da cama. Vincenzo se aconchega mais perto de mim e estende o livro para que eu pegue.
- ” A Árvore das lembranças”. — Leio o título em voz alta para Vincenzo. — Era uma vez uma raposa que vivia na floresta com os outros animais. Ela levou uma vida longa e feliz, mas estava ficando cansada. Bem devagar ela foi até o seu cantinho favorito na clareira, olhou uma última vez para a sua amada floresta e se deitou. Fechou os olhos, respirou fundo e caiu no sono para sempre. — Eu franzo as sobrancelhas quando começo a entender sobre o que a história retrata e olho para Vincenzo. — Esse é seu livro favorito? — Pergunto.
Vincenzo acena com a cabeça e me encara com olhos grandes.
— Por que este é seu livro favorito?
— Porque a Poposa é igual ao papai! — Ele exclama sorrindo.
Meu coração aperta no peito e por alguns segundos eu esqueço de como respirar. Vincenzo é apenas uma criança e mesmo tão novo já tem que lidar com a perda de alguém que ama, mesmo sem nunca ter o conhecido.
Eu abro e fecho a boca várias vezes, tentando pensar no que dizer para ele, mas minha cabeça parece ser incapaz de organizar quaisquer pensamentos agora.
-Tá tudo bem, Shal. — Sua mãozinha faz um carinho leve no meu braço. — A Poposa vira uma árvore bem grande e todo mundo continua a se lembrar dela. Igual o papai. — Ele diz e eu sinto meus olhos arderem. Como essa criança pode ser tão inteligente a ponto de fazer esse tipo de comparação?
— Você é um garoto muito esperto, Vincenzo. — Eu digo e faço carinho em seu cabelo.
Ele sorri mais abertamente e se aproxima ainda mais de mim, colocando a cabecinha em meu estômago, praticamente se deitando em cima de mim.
— A mamãe disse que eu vou morar com você e com a princesa. — Ele diz baixinho.
Eu continuo fazendo carinho em seus cabelos e penso em como responder a isso, afinal, eu não faço ideia da profundidade da conversa entre Cecília e Vincenzo e tenho medo de falar qualquer coisa errada.
— Sim, Campeão. Mas essa conversa nós podemos ter amanhã, certo? — Pergunto e sinto sua cabeça se movimentar levemente em um gesto de afirmação. — Agora me conta como que termina essa história? Que tal você me contar um pouco mais sobre a Raposa e seus amigos? — Tento voltar no assunto da história.
— A Poposa estava cansada, então ela se deita no cantinho favorito dela e aí ela dorme para sempre, igual o papai. Mas, seus amigos contam histórias que viveram com ela e começa a nascer uma árvore bem grande, assim ó — Ele se levanta do meu colo e abre os braços o mais longe que consegue, depois volta a se deitar.- Você vai me contar histórias do papai também, Shal? Eu quero que o papai cresça igual uma árvore, também. Mas acho que só a mamãe contando não é o bastante para a árvore dele crescer.
Aquilo doeu. Doeu demais. Vincenzo tinha o cara mais incrível como pai e não havia ninguém para falar dele a não ser Cecília. Há tantas histórias cujas quais ele deveria saber sobre Jules. Conhecer a pessoa maravilhosa que ele era através das pessoas que o amavam, era o mínimo que seu filho merecia. Mas haverá bastante tempo. Eu mesmo contarei a ele cada coisa que me lembro sobre seu pai, assim como sei que todos ao meu redor farão.
— Vou contar tudo a você, campeão. Eu prometo. — Eu digo e me inclino para dar um beijo em sua cabeça.
Vincenzo sorri e boceja.
— Obrigado por seu meu amigo, Shal. — Ele diz e fecha os olhinhos, se aconchegando ainda mais em mim.
— Obrigado por me permitir ser. — Eu respondo e limpo uma lágrima que escorre pelo meu rosto.
(…)
Depois de me certificar que Vincenzo realmente dormiu e estava confortável, eu saio do quarto apagando a luz e encostando a porta.
Vou até à sala e encontro Marie e Cecilia, primeira sentada no sofá e Cecilia sentada em uma poltrona à frente. Me sento ao lado de Marie e tento me preparar para a conversa que seguirá.
— Ele dormiu. — Sou o primeiro a quebrar o silêncio.
— Ele realmente gostou muito de você. — Cecilia diz com um sorriso triste no rosto. — Normalmente ele aceita apenas que Rebecca e eu o coloque na cama.
Rebecca é uma adolescente que quando chegamos a casa de Cecilia mais cedo, estava tomando conta de Vincenzo. Cecilia nos disse que ela sempre fica de babá dele quando é necessário.
— Ele é ótimo, Cecilia. Você criou um garoto maravilhoso. — Digo a ela.
— Então agora possa ser que você entenda um pouco mais o meu lado, certo? — Ela me questiona, seus olhos se enchendo de lágrimas.
Eu apenas abaixo a cabeça, porquê não, eu não consigo compreender como ela teria a coragem de renunciar a uma criança tão boa e inteligente igual a Vincenzo. Mas não irei entrar nessa discussão novamente.
— Ele me contou que você já deu a notícia sobre ele ir viver conosco. — digo tentando mudar o caminho da conversa.
— Sim, eu fiz. Queria já deixá-lo preparado. — Ela abaixa a cabeça.
— E o que exatamente você disse a ele? — Marie pergunta.
— Disse que eu estou doente e que não poderia mais cuidar dele. — A voz dela falha. — E disse que vocês dois farão isso por mim, até que eu me recupere. — Eu a encaro sério e um pouco confuso.
— Você pretende voltar algum dia? — Pergunto e ela nega com a cabeça. — Então por que você diria algo assim para ele? Dessa forma você só o está dando mais esperanças de que será algo temporário. — Minha voz soa um pouco mais ríspida do que eu pretendia.
Cecilia me encara.
— Porque não é fácil falar para meu filho que nunca mais iremos nos ver, Charles. Eu sou única pessoa que Vincenzo tem. — Ela se matem séria, mas lagrimas grossas descem pelo seu rosto.
— Você não precisa deixá-lo totalmente, Cecilia. — Marie diz. — Você sabe que nós jamais impediríamos você de manter contato com o Vincenzo. Apenas tome um tempo para você e tente uma clínica de reabilitação. Tente se curar e ser melhor para vocês dois. E quando você acreditar que está mentalmente estável, volte. Faça as pazes com ele. Claro que não irei prometer que será fácil e muito menos que deixaremos você levá-lo embora. Uma vez que o processo de adoção for autorizado, Vincenzo será meu e de Charles. O criaremos como filho. Mas ele crescerá sabendo quem são os seus pais biológicos, não iremos esconder o passado dele. — Ela diz passando os olhos entre mim e Cecilia e eu apenas afirmo com a cabeça.
— Vincenzo te ama, Cecilia. E queremos mesmo que um dia vocês voltem a ter contato. Mas também preciso que você tenha consciência que uma vez que aqueles papéis forem assinados, faremos de tudo para mantê-lo conosco. Vincenzo é um garoto esperto e mesmo sendo pequeno, isso o afetará de alguma forma. Não vou deixar que você o faça passar por outro processo de readaptação quando ele estiver acostumado com sua nova vida. — Falo firme. — Por isso eu te pergunto novamente. Você tem certeza que quer fazer isso? — Silêncio.
Meus olhos vão de Cecilia para Marie que me encara tão angustiada quanto pode.
Eu não menti sobre querer que Cecilia volte a fazer parte da vida de Vincenzo um dia. Mas também sinto que preciso deixar claro meus pontos. O processo de adoção é difícil para crianças, independente da idade. Não vou permitir que Vincenzo seja tratado como premio compartilhado, que um dia está em uma família e no dia seguinte está em outra. Ele merece muito mais do que isso.
— Eu entendo. Juro que entendo. — Ela deixa escapar um soluço. — E é por isso que pretendo me manter longe. O principal motivo pelo qual eu o estou… — Ela para por um momento como se tivesse sentindo uma dor aguda. — pelo qual eu o estou dando… Meu Deus como dói falar isso. — Ela aperta os olhos.
— Nós já entendemos o que você quer dizer, Cecília. Está tudo bem. — Marie tenta acalma-la.
— Não. — Eu digo. — Deixe que ela fale, ela precisa entender sobre o que está abrindo mão. — Digo ainda olhando para a mulher quebrada na minha frente.
— Charles… — Marie tenta, mas eu a encaro e nego com a cabeça.
— Ela precisa, Marie. — Volto a olhar para Cecilia. — Você está renunciando a Vincenzo, Cecilia. Está abrindo mão da responsabilidade de ser mãe, e tudo bem, não irei mais criticá-la por isso e nem proibir que, caso você se arrependa um dia, volte e tente contato com ele. Mas será apenas isso, você entende? Vincenzo terá o seu sangue, mas nada, além disso. Ele não será mais o seu filho. Pelo menos não dessa forma. — Finalizo e olho para Marie ao meu lado.
Marie me encara, com seus olhos cheios de lagrimas. Sei que ela pensa que estou sendo duro e que isso provavelmente não está sendo fácil para Cecilia. Entretanto, se eu estiver sendo sincero, não me importo com Cecilia, mas sim com o garotinho que deixei dormindo naquele quarto. É da vida dele que estamos falando, e vou garantir que ninguém tenha a oportunidade de arruiná-la. Então se isso me fizer soar apático sobre os sentimentos da mulher sentada a minha frente, que assim seja. Isso não está sendo fácil para nenhum de nós, todos teremos nossas vidas mudadas pela decisão dessa mulher, então já que ela decidiu jogar esse jogo, pretendo ao menos ditar as regras de como isso funcionará.
Quando aqueles papéis forem assinados, Vincenzo terá uma nova vida, e consequentemente novos pais.
— Tudo bem. — Cecilia diz limpando o rosto. — Eu estou abrindo mão do meu filho.
E assim aquele acordo foi selado.
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29 de janeiro de 2023 — Monte Carlo, Mônaco.
Verifico novamente todo o apartamento, garantindo que está tudo em ordem e em segurança o suficiente para ser habitado por uma criança de 3 anos e alguns meses.
Após aquele dia na casa de Cecilia, entrei em contato com Giovanni, meu advogado, pedindo que os papéis da tutela provisória fossem assinados o mais rapidamente, até que possamos oficialmente entrar com as medidas da adoção definitiva.
E quem diria que ser conhecido e rico, nos daria uma ótima vantagem? Assinamos o papel com os pedidos dois dias depois e voltei para Mônaco três dias depois para garantir que estava tudo em ordem.
Com a ajuda dos meus irmãos e da minha mãe — depois de ter contado tudo a eles, e de muitas perguntas, surpresa e choro — montamos um quarto para Vincenzo, onde costumava ser o quarto de hóspedes e ajeitamos o restante do apartamento para a inspeção da assistente social, que apareceu dois dias atrás e pediu por mudanças em detalhes mínimos e assim considerou a casa segura para o garotinho viver.
A assistente deverá chegar dentro de alguns minutos, trazendo Vincenzo. Marie também está a caminho, ela teve que resolver coisas da mudança de sua casa na Itália e também finalizar o processo de transferência da empresa em que ela trabalha. Como ela irá viver aqui para aumentar as nossas chances com a adoção de Vincenzo, deixei o meu quarto para ela e me instalei no meu “escritório”.
Eu me sinto nervoso com essas novas mudanças, isso não posso negar. As coisas estão acontecendo muito depressa e ter que viver e cuidar de uma criança pequena, não era algo que estava nos meus planos, ainda mais ter que fazer isso com a minha ex namorada, o que torna tudo ainda mais louco.
Se tivessem me dito há 3 semanas, que tudo isso aconteceria, eu provavelmente teria rido ou ficado muito puto. Porque, quais as chances de Jules ter tido um filho com uma viciada? E que ela daria um ultimato em mim e na minha ex — que eu não via a anos — para que criássemos aquela criança? Isso era impossível; até não ser.
Ouço o som do interfone tocando e vou até à cozinha para atender.
— Olá?
— Ei Charles! Sou eu. — A voz de Marie soa robótica através do auto falante. Eu aperto o botão de liberação do portão do prédio.
Minhas mãos estão suando e eu as limpo na calça jeans, enquanto dou mais uma olhada ao redor só por precaução.
O som da campainha ecoa pelo apartamento e corro para a porta.
-Oi! — Minha voz soa mais Alta do que eu planejei e Marie franze as sobrancelhas.
— Vejo que você está bem relaxado. — Ela zomba e eu dou espaço para que ela entre no apartamento, fechando a porta logo depois.
— Tem como relaxar? Já chequei esse apartamento no mínimo umas quarenta vezes hoje. — Digo e vou até à cozinha novamente, pego a garrafa de água na geladeira e dois copos no armário.
— Da para ver. — Ela diz entrando na cozinha e olhando ao redor. — Você tem que relaxar, pelo que vi, está tudo mais do que em ordem.
— Eu só quero garantir que esteja tudo perfeito para quando ele chegar. — estendo um dos copos cheios de água para Marie e ela aceita e toma um gole.
— Esse lugar está ótimo, um pouco diferente desde a última vez em que estive aqui. — Eu aceno com a cabeça e viro metade do líquido gelado de uma vez pela garganta.
Algumas memórias me invadem, a última vez que Marie estivera aqui, foi poucos dias antes do nosso término. Não é uma memória agradável e tento ao máximo não pensar nela.
— O quarto do Vincenzo ficou ótimo. — Digo tentando afastar a lembrança amarga. Este definitivamente não é o momento. — E deixei o quarto principal, que era o meu, para você. — Ela me encara com uma carranca nos lábios.
— E onde você irá dormir? — Pergunta com uma sobrancelha arqueada.
— Adaptei o meu escritório em um quarto. E não me olha assim, só o utilizava como uma sala de jogos, de qualquer maneira. Eu estarei confortável lá, não se preocupe. — Ela me encara por mais alguns segundos e por fim da de ombros.
— Já que você diz. — Ela coloca o copo agora pela metade em cima da pia. — Obrigado de qualquer forma.
— Não há de que. — Respondo. — Onde estão suas coisas?
— No carro. Trouxe algumas roupas e coisas de higiene. O restante, contratei uma empresa para que traga depois. — Ela diz e eu assinto.
— E seu apartamento? Colocou à venda? — Viro o restante da água que está no meu copo e coloco ao lado do dela.
— Hm… Na verdade não. — Eu a encaro confuso. — Resolvi manter o apartamento por precaução, e sem falar que as vezes terei que viajar para a Itália devido ao trabalho e você sabe que eu odeio hotéis, então… — Ela encara os pés.
Precaução? Ela está supondo que isso não dará certo?
— Marie, eu-
Sou interrompido pelo som do interfone.
— Ele chegou! — Ela diz rapidamente indo para a sala e me deixando na cozinha.
Respiro fundo e vou atender mais uma vez.
— Olá? — Pergunto tentando manter a voz o mais calma possível.
— Oi, Shal! — Vincenzo grita através da maquina.
— Oi, Campeão! — Automaticamente sinto meus lábios se moldarem em um sorriso.
— Sr. Leclerc, podemos subir? — A voz da assistente social é baixa e menos empolgada do que a de Vincenzo.
Aperto o botão de liberação e vou até à sala, encontrando Marie já em frente a porta. Posso ver de relance suas mãos tremendo ao lado de seu corpo. Caminho até ela ficado ao seu lado e gentilmente pego uma de suas mãos.
— Vai dar tudo certo. — Falo baixo a encarando.
— Eu sei. — Ela aperta a minha mão e nós sorrimos um para o outro.
Esperamos minutos suficientes para que uma mulher de meia-idade consiga subir de elevador com uma criança e provavelmente uma mala, até o 12 andar.
Quando a campainha toca, sinto minha pulsação acelerar. Era oficial, Vincenzo está aqui, em sua nova casa com a sua nova família.
Solto a mão de Marie e dou dois passos a frente, abrindo a porta.
Vincenzo está no colo da mesma mulher que havia vindo inspecionar o apartamento há alguns dias. Ele estava com um conjunto todo preto e tênis brancos, em suas costas havia uma pequena mochila infantil no formato do Relâmpago Mcqueen, o que me fez sorrir ainda mais.
Assim que o garotinho me viu, ele abriu um sorriso enorme, fazendo com que os buraquinhos em suas bochechas aparecessem e praticamente se jogou dos braços da mulher japonesa, para os meus.
— SHAL! — Ele grita quando eu entro no apartamento o jogando para cima e o pegando rapidamente logo em seguida. Sua risada infantil preenche o ambiente e é nesse momento que percebo como o silêncio que habitava aqui era incomodo e frio.
A partir de hoje aquele apartamento terá vida e todas as lembranças amargas irão embora pela janela, para que momentos alegres possam ser criados aqui.
— Seja bem-vindo a sua nova casa, campeão! — Digo e ele me abraça com força.
Como é possível ter se passado apenas alguns dias desde a última vez que o vi e eu ter sentido tanta saudade?
De canto de olho posso ver Marie nos observando com um sorriso grande e olhos cheios de lágrimas. Faço um sinal para que ela se aproxime e ela vem o mais rápido possível.
Marie cutuca a barriguinha de Vincenzo, fazendo-o rir e chamando sua atenção. Quando ele percebe quem o cutucou lo seu sorriso se alarga ainda mais.
— PRINCESA! — Ele grita nos fazendo rir, e isso inclui a Assistente também.
— Seja Bem-vindo, meu amor! — Ela diz beijando a testa dele que franze as sobrancelhas quando percebe que um pouco de gloss ficou marcado em sua testa, ele passa a mãozinha tentando tirar o líquido pegajoso.
— Eca! — Ele diz e Marie ri pedindo desculpas. — Você está perdoada, porquê é uma princesa.
— Okay, que tal eu apresentar a casa para você, hein? Você quer ver o seu quarto!? — Pergunto empolgado e Vincenzo acena rapidamente com a cabeça.
— SIM! Quero ver meu quarto de menino grande, por favor, Shal! — Ele pula em meu colo e eu reforço o aperto para que ele não caia.
— Okay, então vamos lá! — Ando com ele em direção ao corredor, onde ficam os quartos. Atrás de mim, Marie e a Assistente Social nos segue.
Sinto um pequeno nervosismo quando chego a porta branca com o nome de Vincenzo gravado. E se ele não gostar? E se eu exagerei? E se algum brinquedo não for adequado para a idade dele? Meu deus! Se eu fiz algo errado e a Assistente Social o levar embora correndo daqui?
-Shal? — A voz de Vincenzo traz de volta a minha atenção. — Vamos entrar logo, por favor! — Ele bate palmas empolgado.
— Claro, Campeão! Desculpe! — Eu giro a maçaneta da porta e a abro.
Os olhos de Vincenzo se arregalam quando olha para o pequeno mundo feito apenas para ele.
Bem-vindo à sua nova vida, meu garoto.
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gael se mexe muito eu fico acompanhando ele pela baba e toda vez levo um susto achando q ele tá acordando , mas tá só se mexendo mt fofo
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Teintée Africaine
There's never been a better time to discover, enjoy and party to afro pop music. And "Teintée Africaine" keeps up with the best vibes from the continent and the diaspora.
We’re coming through with the latest “Teintée Africaine” update for a couple of reasons. First, the weekend is fast approaching –some would say it is already here! Then, we believe at this point that we’ve tinkered enough with it — we’ve been sitting on it for a month ! As expected the usual suspects (artists representing Nigeria, South Africa, and Tanzania) are here and the dominant genres…
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#9umba#Abbah#Adekunle Gold#Adiouza#Ajebo Hustlers#Alikiba#Amaarae#Amira Abed#Anjella#Ara B#Arrow Bwoy#ARY#Ashs The Best#Aslay#Aveiro Djess#Aya Nakamura#Ayra Starr#Azana#Baba Levo#Bassie#Bella Shmurda#Bensoul#Benzema KE#Big Zulu#Biggie Igba#Bisa Kdei#Black Coffee#Blaq Diamond#Blaqbonez#Bramsito
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AUDIO Baba Levo ft. Diamond Platnumz - Shusha MP3 DOWNLOAD
AUDIO #BabaLevo ft. #DiamondPlatnumz - #Shusha MP3 DOWNLOAD
Baba Levo is a Tanzanian, Kigoma-based rapper who signed a record deal under WCB Wasafi records. He recently unleashed a viral song named ”Shusha” featuring his boss, Diamond Platnumz. The joint was produced by S2Kizzy and can be enjoyed by people of any age. Us, as a music platform are so excited to bring you this banger for free download. Download ”Shusha” by Baba Levo and share! DOWNLOAD…
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DOWNLOAD: Diamond Platnumz, Rayvanny, Madee, Jux, Mbosso, Belle 9, Marioo, Lava Lava, Joel Lwaga, G Nako, Barnaba & Baba Levo – Super Woman
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Baba Levo ft Diamond Platnumz — ShuSha (Official Video)
Baba Levo ft Diamond Platnumz — ShuSha (Official Video)
Baba Levo ft Diamond Platnumz — ShuSha (Official Video) Baba Levo ft Diamond Platnumz — ShuSha (Official Mp4 Video) Baba Levo ft Diamond Platnumz — ShuSha mp4 video download. We present to you the official music video of Baba Levo’s latest song dubbed “ShuSha”, which features Tanzanian sensation, Diamond Platnumz. Baba Levo ft Diamond Platnumz — ShuSha (Official Video) [DOWNLOAD VIDEO]
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Babalevo atangaza vita kwa yeyote atakayemtukana Diamond
Babalevo atangaza vita kwa yeyote atakayemtukana Diamond
Baada ya kufanya kolabo na nyota wa muziki nchini Diamond Platnumz, Kolabo iliyokwenda kwa jina la “Shusha” Official Baba levo amekuwa msanii ambaye ameweka headlines nyingi sana ambazo zimemuonyesha waziwazi akimkingia kifua Diamond Platnumz na hivi karibuni atangaza vita kwa mtu yeyote atakayemtukana Diamond. “Natangaza rasmi ukimsema Diamond vibaya ujue umeingia kwenye vita rasmi na mimi,…
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[New Video] Rayvanny X Baba Levo – NGONGINGO Rayvanny X Baba Levo - NGONGINGO Download Video
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Rayvanny ft Busiswa & Baba Levo – Zipo ayvanny ft Busiswa & Baba Levo Zipo Mp3 Download Rayvanny ft Busiswa & Baba Levo Zipo Mp3 Download: Check out as Black Coffee Tanzanian songstress Rayvanny enlists the assistance of Busiswa & Baba Levo on this exquisite afro house song titled Zipo…
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MP3: Rayvanny – Zipo Ft. Busiswa & Baba Levo
MP3: Rayvanny – Zipo Ft. Busiswa & Baba Levo
Download Rayvanny – Zipo Ft Busiswa & Baba Levo MP3
Rayvanny returns with a new song “Zipo”, which features Busiswa, Baba Levo and we got it for you download fast and feel the vibes.
Do you Love songs like this one? Then bookmark our page, we will update you with more highly ranked latest music audio mp3 and Video mp4 for quick download. Stay tuned, follow or join our various media platforms to…
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Baba Levo – Hellow (MP3 DOWNLOAD)
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MP3 DOWNLOAD Baba Levo – Hellow Tanzania recording Hip Hop artist, singer, and songwriter, Revokatus Kipando better identified as Baba Levo came thru with a contemporary banger titled Mbunge Anatucheka. Welcome again, As of late is a contemporary day and It’s miles our honor to recent a contemporary song from Baba Levo titled Mbunge Anatucheka mp3 Download…..occupy it! SIMILAR: Baba Levo – Binadamu MP3 […]
AfroJuke - Download Mp3, Latest Naija Music, Latest Bongo flava, South African, Ghana Music & More!
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DOWNLOAD: Mwasiti ft Baba Levo - Shika | Audio
DOWNLOAD: Mwasiti ft Baba Levo – Shika | Audio
Mwasiti ft Baba Levo – Shika | Audio Mwasiti ft Baba Levo – Shika | Audio Download Audio
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[MUSIC] Baba Levo – Ngongingo ft. Rayvanny
[MUSIC] Baba Levo – Ngongingo ft. Rayvanny
Baba Levo unleashed a brand new song tagged “Ngongingo” Featuring Rayvanny.. Download and enjoy underneath :-
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DOWNLOAD: Baba Levo — ShuSha ft Diamond Platnumz
DOWNLOAD: Baba Levo — ShuSha ft Diamond Platnumz
Baba Levo — ShuSha ft Diamond Platnumz Baba Levo — ShuSha ft Diamond Platnumz (Full Mp3 Audio Download) Baba Levo — ShuSha ft Diamond Platnumz mp3 download. Tanzanian comedian cum musician, Baba Levo has finally released his much-anticipated song titled “ShuSha”, which features Tanzanian multiple award winner, Diamond Platnumz. The song was released alongside it’s music video. Kindly, download…
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