#A religiosa portuguesa
Explore tagged Tumblr posts
Text
A Religiosa Portuguesa, Eugène Green, 2009
2 notes
·
View notes
Text
Sugestões de livros
Fica aqui para que parem de me mandar ask. Notem que isto não é só coisas que eu li, são também sugestões de colegas e amigos que confio muito.
Reis e rainhas:
Toda a coleção da Temas e Debates de biografias de reis e rainhas
Rainhas Medievais de Portugal de Ana Rodrigues de Oliveira
As Avis, Joana Bouza Serrano
História de Portugal Geral
História de Portugal tanto do Rui Ramos como do José Mattoso, sendo o segundo da Círculo de Leitores portanto só se consulta em biblioteca e sao livros de cabeceira
Grandes Mistérios da História de Portugal, Fátima Mariano
História, Arte e Literatura, Diogo Ramada Curto
História Global de Portugal (autores Vários)
Portugal na Idade Média, Sérgio Luís de Carvalho
História da Vida Privada em Portugal, José Mattoso (vários volumes por épocas, só estou familiarizada com a Idade Medieval)
Breve História de Portugal / Brevíssima História de Portugal (são 2 livros distintos) A. H. de Oliveira Marques
Al-Andalus
Fath Al-Andalus, Marcos Santos
Lisboa Árabe, Sérgio Luís de Carvalho
Portugal na Espanha Árabe, António Borges Coelho
Cristãos Contra Muçulmanos na Idade Média Peninsular, Carlos de Ayala e Isabel Cristina F. Fernandes (Coord.)
História Judaica e Inquisição
História dos Judeus Portugueses, Carsten L. Wilke
Judeus Portugueses, Esther Mucznik
A Perseguição Aos Judeus e Muçulmanos de Portugal - D. Manuel e o Fim da Tolerância Religiosa (1496-1497), François Soyer
Lisboa Judaica, Sérgio Luís de Carvalho
Inquisição e Cristãos Novos, António José Saraiva
História da Inquisição Portuguesa, Giuseppe Marcocci e José Pedro Paiva
História de Lisboa
Rainha dos Mares (Queen of the Sea em inglês), Barry Hatton
Lisboa Desconhecida e Insólita, Anísio Franco
História Gastronómica de Lisboa, Manuel Paquete
Lisboa em 10 Histórias, Joke Langens
Lisboa Revolucionária, Fernando Rosas
Lisboa no Liberalismo, Victor de Sá
Lisboa Manuelina, Helder Carita
Caminhar por Lisboa, Anísio Franco
Segredos de Lisboa, Inês Ribeiro e Raquel Plicarpo
Diário de um Viajante a Lisboa, Henry Fielding
Era das Luzes
O Marquês de Pombal e a sua Época, J. Lúcio de Azevedo
Século XIX
1808, Laurentino Gomes
A Republicanização da Monarquia, Maria de Fátima Bonifácio
Século XX
O Século XX Português (Vários autores)
Portugal Entre a Paz e a Guerra, 1939 - 1945, Fernando Rosas
Curiosidades, assuntos específicos e tópicos nicho:
Portugal Insólito, Joaquim Fernandes
História Global da Alimentação (Vários autores)
Quinas e Castelos, Miguel Metelo de Seixas
They Went to Portugal, Rose Macaulay
Heroinas Portuguesas, Fina d'Armada
O Pequeno Livro do Grande Terramoto, Rui Tavares
(Des)colonização e raça:
Roteiro Histórico de uma Lisboa Africana, Isabel Castro Henriques
Portugal e o Século XX: Estado-Império e a Descolonização, Fernando Tavares Pimenta
Lisboa Africana, Sérgio Luís de Carvalho
Um Mar da Cor na Terra, Miguel Vale de Almeida
Ecos Coloniais: Histórias, Patrimónios e Memórias, de Ana Guardião, Miguel Bandeira Jerónimo e Paulo Peixoto
Caderno de Memórias Coloniais, Isabel Figueiredo
Escravidão, Laurentino Gomes
"Modo Português de Estar no Mundo": O luso-tropicalismo e a ideologia colonial portuguesa (1933-1961), Cláudia Castelo
Outras cidades:
Porto Insólito e Desconhecido, Germano da Silva
Cascais, Raquel Henriques da Silva
Qualquer livro da Scala sobre qualquer palácio público, inclusive os da Parques Sintra (Mosteiro dos Jerónimos, Palácio da Pena, Palácio da Vila, Mosteiro de Alcobaça que eu tenha)
vou atualizando à medida que vou descobrindo livros por aí
60 notes
·
View notes
Text
ALBA BAPTISTA? Não! É apenas HELENA LEONOR MOURA, ela é filha de HEFESTO do chalé 9 e tem 26 anos. A TV Hefesto informa no guia de programação que elu está no NÍVEL II por estar no Acampamento há 14 ANOS, sabia? E se lá estiver certo, Hel é bastante DETERMINADA mas também dizem que ela é COMPETITIVA. Mas você sabe como Hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
connections. pinterest.
BIOGRAFIA:
Pode-se dizer que Helena coleciona infortúnios e acidentes por onde passava. A família materna, extremamente religiosa, tinha certeza de que sua mãe havia sido castigada pelo divorcio "repentino" que pouco tempo depois trouxe uma gravidez também inesperada. Fato é que, desde que nasceu, seu mundo era tomado por mudanças recorrentes, podendo facilmente dar check em grande parte das cidades portuguesas e algumas espanholas antes dos seus 12 anos. Mais tarde, percebeu que, além de não ser a única rodeada por infortúnios, as mudanças aconteciam sempre após seus principais rompantes emocionais, todos eles acabavam com fogo, de forma imediata ou tardia.
Quando as coisas realmente saíram do controle, após uma expulsão e acusações infundadas sobre um atentado e piromania. A mudança de Portugal para os Estados Unidos foi feita às pressas em três dias, junto com a oportunidade incrível de intercambio para terminar os estudos na América do Norte para morar na casa da amiga de uma amiga de uma madrinha que ela nunca havia falar. Helena, aventureira desde seus primeiros anos, decidiu aproveitar o momento e, por quase dois anos as coisas pareceram realmente se acalmar. Até que foi surpreendida por um incêndio fora de controle na lanchonete em que trabalhava durante o verão. Um sátiro, que conheceu em uma de suas fugas de casa, foi designado para guiá-la ao acampamento. Mais tarde, soube que aquele incêndio foi causado por uma Quimera e que todas as suas tentativas de controlar as chamas só a faziam crescer.
Não ficou para ver o desfecho da situação, na verdade, Helena lembra muito pouco daquela noite. Acordou ainda chamuscada, com certa falta de ar, já no acampamento e foi diretamente levada para o chalé 9, enquanto seu sátiro foi carregado até a enfermaria para se recuperar das queimaduras do caminho. Estava claro que seu poder era a maior preocupação ao seu respeito e uma segunda certeza era de que ele estava diretamente ligada às suas emoções.
Pouco a pouco, os irmãos se revezavam para ajudá-la nas tarefas mais fáceis, deixando-a principalmente nas forjas, já que mesmo fora de controle, suas chamas eram úteis. Suas peças ainda que mais chamuscadas que o necessário, tinham utilidade e beleza, como se representassem o mais íntimo de seus sentimentos.
Foi com a ajuda dos Filhos da Magia que aos 14 anos, Helena conseguiu criar seu primeiro protótipo mágico, uma braçadeira de ouro que, com a magia, a ajudava a conter seus poderes, controlando as chamas ao seu favor. A partir desse momento pôde ser uma campista normal (mesmo que normal fosse a última coisa que qualquer um ali pudesse ser) e começar seu treinamento. A canoagem e outras atividades na água poderia ser contraintuitiva, afinal talvez aquela fosse a atividade que a deixasse mais vulnerável e foi exatamente isso que a atraiu. A parede de escaladas se tornou um desafio pessoal, já que passou anos até conseguir usar as faíscas da lava como suporte para chegar ao topo.
Helena saiu do acampamento poucas vezes, durante ou após o seu treinamento ser concluído, indo em três missões. A primeira, aos 16 anos, foi certamente a mais difícil. A filha de Hefesto buscava mostrar ao pai a grandeza de seus poderes, o que ao confronta a Quimera, agora preparada, parecia promissor. O excesso de confiança na braçadeira mágica lhe trouxe consequências irrecuperáveis: no momento em que tentara manipular as chamas do monstro, essas se tornaram ainda mais intensas, como se o poder de Helena tivesse apenas as amplificado, assim como na noite em que fora levada ao acampamento. A falta de controle resultou na morte de um dos integrantes do seu trio e, até pouco tempo Helena evitava ao máximo usar seus poderes fora das forjas.
A entrada para a equipe de Ferreiros era esperada e não podia ser mais desejada pela filha de Hefesto, após alguns anos se dedicando a tarefas do lugar, tudo o que Helena queria era ficar próxima dos irmãos e ajudar a manter o acampamento seguro, sendo esse o único lugar que lhe trazia uma maior sensação de segurança e controle... Até ouvir a profecia de Rachel.
PODERES: Pirocinese, capacidade de gerar e manipular o fogo.
HABILIDADES: sentidos aguçados e durabilidade sobre-humana.
ARMA: machado de ponta dupla feito de bronze celestial
ATIVIDADES: Faz parte dos Ferreiros, co-capitã corrida com obstáculos, parede de escalada (individual).
14 notes
·
View notes
Text
🇺🇾 La Comunidad Israelita Sefaradí del Uruguay 🇺🇾
🇺🇾 En 1907, los primeros sefaradíes llegaron al Uruguay desde Turquía, huyendo de la creciente intolerancia religiosa y antisemitismo. Se establecieron en el barrio de Ciudad Vieja de Montevideo, donde formaron vínculos sociales y familiares mientras mantenían su lengua, el judeoespañol. Enfrentaron condiciones precarias, viviendo en casas de inquilinato y trabajando como vendedores puerta a puerta o en pequeñas industrias familiares. En la década de 1920, establecieron instituciones clave como Hessed Shel Emet, Israelita Sefaradí de Beneficencia y el Círculo Social Israelita Sefaradí, además de promover la construcción de un cementerio comunitario. En 1932, todas estas instituciones se fusionaron para formar la Comunidad Israelita Sefaradí del Uruguay, y en 1933, se inauguró su primer templo en Ciudad Vieja. Posteriormente, en 1956, se construyó el gran templo Beth Israel, con capacidad para 1.000 personas, inspirado en la Sinagoga Portuguesa de Nueva York. La comunidad se consolidó como parte de la clase media, manteniendo sus raíces culturales y religiosas.
🇺🇸 In 1907, the first Sephardic Jews arrived in Uruguay from Turkey, fleeing increasing religious intolerance and antisemitism. They settled in the Ciudad Vieja neighborhood of Montevideo, forming social and family ties while preserving their language, Judeo-Spanish. Facing precarious conditions, they lived in shared housing and worked as door-to-door vendors or in small family industries. In the 1920s, they established key institutions like Hessed Shel Emet, Israelita Sefaradí de Beneficencia, and the Sephardic Jewish Social Circle, and promoted the creation of a community cemetery. In 1932, these institutions merged to form the Sephardic Jewish Community of Uruguay, and in 1933, they inaugurated their first temple in Ciudad Vieja. Later, in 1956, they built the large Beth Israel temple, accommodating 1,000 people, inspired by the Portuguese Synagogue of New York. The community established itself as part of the middle class while maintaining its cultural and religious heritage.
#Uruguay#Montevideo#Sefaradíes#Judíos#Ciudad Vieja#Historia#Tradición#Cultura#Inmigrantes#Religión#Turquía#Beth Israel#Sinagoga#Judeoespañol#Comunidad#Hessed#Instituciones#Templo#Sephardic#Identidad#Ladino#Sefardí#judaísmo#judaism#jewish#sephardim#sephardi jewish#jumblr#judío#cultura judía
2 notes
·
View notes
Text
“Somos avatares de la estupidez pasada”
Fernando Pessoa

Fue un poeta, escritor, crítico literario, dramaturgo, ensayista, traductor, editor y filósofo portugués nacido en Lisboa en junio de 1888. Descrito como una de las figuras literarias más importantes del siglo XX y uno de los grandes poetas en lengua portuguesa.
Fue hijo de un funcionario público del Ministerio de Justicia y critico musical de un diario portugués, y su madre natural de Azores.
La familia Pessoa vivió con su abuela que era enferma mental y con dos criadas ancianas.
Varios hechos marcaron su infancia, su padre murió a los 43 años víctima de tuberculosis cuando Pessoa contaba con 5 años y su hermano murió antes de cumplir un año, por lo que la madre se ve obligada a subastar parte de los muebles de su hogar y mudarse a una casa mas modesta.
Es en ese mismo año que Fernando escribe su primer poema con el epígrafe corto titulado “A mi querida mamá”.
Su madre se casa por segundas nupcias en 1895 con un comandante cónsul de Portugal en Durban, viéndose obligados a mudarse a Sudáfrica, en donde Pessoa recibe una educación británica, lo que le proporciona un profundo contacto con la lengua inglesa.
Teniendo que compartir la madre la atención con los demás hijos del padrastro, Pessoa se aísla, lo que le permite tener momentos de introspección, leyendo autores como William Shakespeare, Edgar Allan Poe, John Milton y Lord Byron.
En 1905 Pessoa deja Durban y se regresa a Lisboa solo viviendo con su abuela y dos tías, y en 1906 se matricula en la actual facultad de Lisboa abandonando al primer año por una huelga, continuando su producción literaria, e iniciando su actividad ensayística y de crítica literaria.
Su obra es una de las más originales de la literatura portuguesa, siendo uno de los introductores de su país de los movimientos de vanguardia.
A partir de 1914 proyectó su obra sobre tres heterónimos: Ricardo Reis, Alvaro de Campos, y Alberto Caeiro, para quienes inventó personalidades divergentes y estilos literarios distintos.
Bajo la personalidad de Alberto Caeiro, expresa una espontaneidad sensual, mientras que bajo el heterónimo de Ricardo Reis trabaja minuciosamente la sintaxis y el léxico, inspirándose en los arcadistas del siglo XVIII. Por otra parte, Álvaro de Campos evoluciona desde una estética próxima a la de Walt Whitman.
Sobre estos desdoblamientos, Pessoa refleja sus distintos “yos” conflictivos en tanto que su poesía supone un intento de superar la dualidad entre la razón y la vida.
La obra ortónima de Pessoa fue profundamente influenciada en varios momentos por doctrinas religiosas como la teosofía y sociedades secretas como la masonería. El resultado de su poesía tiene un cierto aire mítico, heroico y por veces trágico.
Su obra permaneció inédita hasta su muerte, la cual fue recogida en los volúmenes de obras completas I. Poesías de Fernando Pessoa, poesías de Álvaro de Campos (1944), Poemas de Alberto Caeiro (1946) y Odas de Ricardo Reis en (1946), Poemas dramáticos y Poesías inéditas (1955-1956).
Su obra ensayística fue publicada en 1966 bajo el título de “Páginas íntimas y de autointerpretación”, y en 1967 Páginas de estética y de teoría crítica literarias. En 1968 textos filosóficos.
Pessoa es internado en noviembre de 1935 con el diagnóstico de “cólico hepático”, falleciendo a causa de complicaciones hepáticas, asociadas a una posible cirrosis, provocada por el excesivo consumo de alcohol a lo largo de su vida.
Muere a la edad de 47 años en noviembre de 1935. En los últimos momentos de su vida se dice que pide sus gafas y clama por sus heterónomos.
En 1982 apareció el “Libro del desasosiego”, compendio de apuntes, aforismos, divagaciones y fragmentos del diario de Fernando Pessoa dejó al morir.
Fuentes: Wikipedia y biografiasyvidas.com
#portugal#fernando pessoa#citas de reflexion#frases de reflexion#citas de escritores#filosofos#escritores#notasfilosoficas#ensayistas#durban#citas de filosofos#filosofando#filosofia de la vida#frases de escritores
45 notes
·
View notes
Text

LIVRO: Caim - José Saramago
Depois de chegar na metade do Livro do Desassossego pelo Kindle, eu CISMEI que precisava comprar a versão física. Eu não viveria sem. Então, em um dia de semana normal, pesquisei uma livraria, desci a rua e fui. Chegando lá, perto do livro que eu estava buscando, assim, do ladinho mesmo, vi aquela versão clássica portuguesa dos livros do Saramago e um título que eu não conhecia: Caim.
Li poucas coisas dele, apenas algumas obras soltas e Ensaio Sobre a Cegueira. E esse era o ÚNICO livro dele na mesa, e com o nome da história bíblica que também inspirou outro título que li recentemente: Véspera, da Carla Madeira. Entendi como um sinal. Que eu poderia até chamar de divino, rs... se esse livro não tivesse o objetivo de revirar essa ideia do avesso.
Saramago vai passando pelas histórias bíblicas com uma enorme dosagem de crítica e ironia. Ironia essa que não se vê apenas no storytelling, mas também na escolha consciente de algumas palavras, como, por exemplo, "deus" com letra minúscula, etc.
"Este episódio, que deu origem à primeira definição de um até aí ignorado pecado original, nunca ficou bem explicado. Em primeiro lugar, mesmo a inteligência mais rudimentar não teria qualquer dificuldade em compreender que estar informado sempre será preferível a desconhecer, mormente em matérias tão delicadas como são estas do bem e do mal, nas quais qualquer um se arrisca, sem dar por isso, a uma condenação eterna num inferno que então ainda estava por inventar. Em segundo lugar, brada aos céus a imprevidência do senhor, que se realmente não queria que lhe comessem do tal fruto, remédio fácil teria, bastaria não ter plantado a árvore, ou ir pô-la noutro sítio, ou rodeá-la por uma cerca de arame farpado. (...) e se o senhor nunca havia reparado em tão evidente falta de pudor, a culpa era da sua cegueira de progenitor, a tal, pelos vistos incurável, que nos impede de ver que os nossos filhos, no fim de contas, são tão bons ou tão maus como os demais."
Eu queria reduzir esse destaque, mas tenho tanta coisa para falar que não consegui escolher o que cortar. Primeiro, ao longo das histórias, Saramago insere sua opinião pessoal, seus questionamentos e sua interpretação para a história. O segundo ponto foi me questionar o que de fato gerou tanto alvoroço quando este livro saiu. E, por fim, mas não menos importante, gosto de descobrir algumas pequenas obsessões dos autores que vão se repetindo quase que involuntariamente. Como, por exemplo, neste trecho, Saramago mostra sua pequena obsessão pela cegueira subjetiva. Ou como em Pequena Coreografia do Adeus, onde a autora tem uma grande questão com descrição de cheiros. Ou no Livro do Desassossego, onde Pessoa traz o tempo todo suas questões em relação ao sono.
Mas e Abel, hein? Ele é vilão, afinal?
Quando li a primeira vez, vi grandes semelhanças com a interpretação da Carla Madeira para o mesmo personagem e fiquei intrigada com o que os fez pensar que, em uma história tão rápida e sem detalhes, imaginaram que Abel fosse egoísta e exibido, quase com um toque de "vilão". Mas, depois percebi que, na verdade, Véspera é inspirada em Caim, principalmente na questão de Caim ser chamado de Abel de vez em quando.
A versão original é bem curta também e com certeza não abre espaço para pensarmos isso. Mas há outro ponto que me intriga na história original. Acho curioso Deus ter conversado com Caim antes mesmo do acontecimento, como se previsse:
E aí volta o primeiro questionamento, aquele que eu fiz lá em Véspera: Deus queria mesmo testar até onde ele ia? O tal do livre-arbítrio... Será por isso a misericórdia de um Deus que, até então, não era tanto assim?
Gostei da forma como ele interpretou o castigo de Caim como andarilho. Gosto de como algumas referências religiosas distintas se misturam ao longo das páginas. Gosto de como ele misturou a misteriosa mulher de Caim com Lilith. E gosto de como Saramago questiona tudo o tempo todo.
#caim#resenha#review#josé saramago#livro#trecho de livro#livros#citação de livro#dica de livro#leitura
4 notes
·
View notes
Text
Obras literárias portuguesas que promoveram a evolução da literatura:
Desde a fundação de Portugal até a implantação da república em 1910, foram fundamentais para o desenvolvimento e evolução da literatura em língua portuguesa:
1. Cantigas Trovadorescas (séc. XII - XIV)
Gênero: Poesia lírica e satírica.
Obras representativas: Cantigas de Amigo (cantigas de origem popular que expressam os sentimentos amorosos) e Cantigas de Escárnio e Maldizer (cantigas satíricas e irônicas).
Contribuição: Marcaram o início da literatura portuguesa escrita, com forte influência da tradição oral. São as primeiras manifestações da poesia em galego-português e refletem aspectos da vida social medieval.
2. Crónicas de Fernão Lopes (séc. XV)
Obras: Crónica de D. Pedro I, Crónica de D. Fernando e Crónica de D. João I.
Gênero: Prosa histórica.
Contribuição: Consideradas precursoras da prosa literária portuguesa, as crônicas de Fernão Lopes combinam narrativa histórica e elementos literários, capturando a vida e o espírito da época. Lopes é visto como o pai da historiografia portuguesa.
3. Os Lusíadas (1572) – Luís de Camões
Gênero: Poesia épica.
Contribuição: Considerado o maior épico português, *Os Lusíadas celebra as aventuras marítimas e a expansão portuguesa. Camões combina o estilo clássico com temas nacionais, criando uma obra que consolidou o português como língua literária e influenciou escritores de várias gerações.
4. Sermões (séc. XVII) – Padre António Vieira
Obras representativas: Sermão de Santo António aos Peixes e outros sermões.
Gênero: Prosa religiosa e oratória.
Contribuição: Vieira trouxe uma nova visão ao Barroco português com sua habilidade oratória e prosa expressiva, abordando questões sociais, políticas e religiosas. É considerado um dos grandes mestres do Barroco em língua portuguesa.
5. Cartas Chilenas (1789) – Tomás Antônio Gonzaga
Gênero: Poesia satírica.
Contribuição: Escritas no contexto do Arcadismo, estas cartas satíricas criticam o governo colonial e representam a busca por liberdade e justiça. Embora tenham sido escritas por um autor luso-brasileiro, são importantes para o desenvolvimento da literatura luso-brasileira.
6. Marília de Dirceu (1792) – Tomás Antônio Gonzaga
Gênero: Poesia árcade.
Contribuição: Um dos maiores exemplos do Arcadismo português, essa obra explora temas bucólicos e amorosos, com influência da cultura clássica. É uma das obras mais influentes do período arcádico em língua portuguesa.
7. Viagens na Minha Terra (1846) – Almeida Garrett
Gênero: Romance, crônica de viagem.
Contribuição: Com esta obra, Garrett mistura o real e o fictício, criando um estilo inovador que influenciou a prosa romântica. Ele reflete sobre o Portugal contemporâneo, abrindo caminho para o Romantismo e para uma crítica social mais apurada.
8. O Amor de Perdição (1862) – Camilo Castelo Branco
Gênero: Romance romântico.
Contribuição: Esta obra é um marco do Romantismo português, sendo considerada um dos primeiros romances de grande popularidade. Camilo Castelo Branco explora temas de amor trágico e questões sociais, trazendo maior profundidade psicológica às personagens.
9. Folhas Caídas (1853) – Almeida Garrett
Gênero: Poesia romântica.
Contribuição: Considerado o ponto alto da poesia de Garrett, Folhas Caídas é uma obra de introspecção, explorando sentimentos pessoais e românticos, e influenciando a poética do período.
10. O Primo Basílio (1878) – Eça de Queirós
Gênero: Romance realista.
Contribuição: Com essa obra, Eça inicia uma crítica mordaz à sociedade portuguesa, consolidando o Realismo em Portugal. A escrita objetiva e irônica de Eça contribuiu para o desenvolvimento do romance moderno em língua portuguesa.
11. Os Maias (1888) – Eça de Queirós
Gênero: Romance realista.
Contribuição: Os Maias é uma das obras-primas do Realismo português e retrata com profundidade a decadência social e moral da alta sociedade lisboeta. Eça de Queirós expande os limites do romance ao criar uma narrativa crítica e envolvente.
12. O Crime do Padre Amaro (1875) – Eça de Queirós
Gênero: Romance realista.
Contribuição: Considerado o primeiro romance naturalista português, O Crime do Padre Amaro aborda temas como hipocrisia religiosa e problemas sociais, oferecendo uma análise incisiva da sociedade portuguesa.

2 notes
·
View notes
Text

A resistência pernambucana sempre foi um símbolo. E não apenas para quem nasce no estado. É referência em todo o Brasil. O Dia da Carta Magna, celebrado todo 6 de março, conta um pouco dessa história. Instituído pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) em 2017, o feriado estadual é sobre o marco histórico do estopim da Revolução de 1817, ou Revolução Pernambucana. Este foi um movimento pela Independência que acabou tornando Pernambuco uma nação por 75 dias. Sim, o nosso estado já foi um país! A então capitania se revoltou e rompeu os laços com o governo da família real portuguesa. O projeto dos revolucionários era completo e garantia que o país tivesse liberdade religiosa, de pensamento, de imprensa, mais transparência no governo e até uma bandeira, que é a que usamos hoje. Entre os líderes do movimento, nomes como Domingos José Martins, Frei Caneca, Padre Roma, Vigário Tenório, Antônio Carlos de Andrada e Silva e Domingos Teotônio Jorge. A Corte Portuguesa descobriu e sufocou a revolução. 🏰 A cidade do Recife foi cercada por terra e mar, resultando na prisão e morte de alguns dos líderes do movimento. Cinco anos mais tarde a independência do Brasil foi proclamada, mostrando a força do movimento para o país. Viva a resistência pernambucana!
#Revolução Pernambucana 1817#Resistência Pernambucana#Bandeira de Pernambuco#pernambuco#recife#recife pe#recife city#nordeste#photography#photo#Pernambuco Imortal#Pernambuco Antigamente#1817#Carta Magna
34 notes
·
View notes
Text
Realism in Portugal was a literary and artistic movement that reached its peak between the end of the 19th century and the beginning of the 20th century. It was a reaction to romanticism, seeking to portray reality in a more objective and critical way.
Eça de Queirós is one of the most prominent names of this period. His work, such as "Os Maias" and "O Crime do Padre Amaro", reflects Portuguese society at the time, criticizing aspects such as the decadence of the aristocracy, the conservatism of the church and political corruption.
Realism in Portugal also extended to other forms of artistic expression, such as painting. Artists like José Malhoa portrayed everyday life, with a more objective and less idealized look.
This movement played a crucial role in the modernization of literature and art in Portugal, influencing later generations of writers and artists.
"O Crime do Padre Amaro" is one of the most important works by Portuguese writer Eça de Queirós, published in 1875. The book is a scathing critique of Portuguese society at the time, addressing themes such as religious hypocrisy, morality, corruption and the decadence of society .
The plot revolves around Father Amaro, an idealistic young priest who goes to work in a city in the interior of Portugal. There, he becomes romantically involved with the young Amélia, a devout and naive woman. The forbidden relationship between a priest and a woman is the central point of the plot and is explored from the perspective of religious and social hypocrisy.
Eça de Queirós uses the love story between the priest and Amélia to expose the moral values of society at the time, highlighting corruption in the church, false morality and the contradictions between religious precepts and human conduct. The narrative is a profound and insightful critique of the morality of 19th century Portuguese society.
"O Crime do Padre Amaro" is considered one of the masterpieces of Realism in Portugal and one of Eça de Queirós' most significant contributions to Portuguese literature, for his social criticism and his insightful analysis of the human and social contradictions of the time.
edisonmariotti
.br
O Realismo em Portugal foi um movimento literário e artístico que teve seu auge entre o final do século XIX e o início do século XX. Ele foi uma reação ao romantismo, buscando retratar a realidade de forma mais objetiva e crítica.
Eça de Queirós é um dos nomes mais proeminentes desse período. Sua obra, como "Os Maias" e "O Crime do Padre Amaro", reflete a sociedade portuguesa da época, criticando aspectos como a decadência da aristocracia, o conservadorismo da igreja e a corrupção política.
O Realismo em Portugal também se estendeu para outras formas de expressão artística, como a pintura. Artistas como José Malhoa retrataram a vida quotidiana, com um olhar mais objetivo e menos idealizado.
Esse movimento teve um papel crucial na modernização da literatura e da arte em Portugal, influenciando gerações posteriores de escritores e artistas.
"O Crime do Padre Amaro" é uma das obras mais importantes do escritor português Eça de Queirós, publicada em 1875. O livro é uma crítica contundente à sociedade portuguesa da época, abordando temas como hipocrisia religiosa, moralidade, corrupção e a decadência da sociedade.
A trama gira em torno do padre Amaro, um jovem sacerdote idealista que vai trabalhar em uma cidade do interior de Portugal. Lá, ele se envolve romanticamente com a jovem Amélia, uma mulher devota e ingênua. O relacionamento proibido entre um padre e uma mulher é o ponto central do enredo e é explorado sob a ótica da hipocrisia religiosa e social.
Eça de Queirós usa a história de amor entre o padre e Amélia para expor os valores morais da sociedade da época, destacando a corrupção na igreja, a falsa moralidade e as contradições entre os preceitos religiosos e a conduta humana. A narrativa é uma crítica profunda e perspicaz à moralidade da sociedade portuguesa do século XIX.
"O Crime do Padre Amaro" é considerado uma das obras-primas do Realismo em Portugal e uma das contribuições mais significativas de Eça de Queirós para a literatura portuguesa, por sua crítica social e por sua análise perspicaz das contradições humanas e sociais da época. @edisonblog
3 notes
·
View notes
Text
Sobre Trafalgar
Cuando hablé sobre el problema del escorbuto en los barcos y su solución, mencioné que me resultaba difícil de creer la afirmación que había hecho una profesora sobre que el descubrimiento de la «cura» por parte de los ingleses hubiese sido esencial para la victoria cuando los españoles ya la conocían en parte.
Y ahora entiendo un poco de dónde partía esa información, y cuál era el problema de la formulación. Según sus palabras, daba a entender que los españoles habían sucumbido al escorbuto y los ingleses no gracias a su «secreto».
Es obvio que, con la gran distancia que tuvieron que recorrer sus barcos, el hecho de que los ingleses tuviesen algo contra el escorbuto fue de gran ayuda.
Sin embargo, el mayor problema de los españoles no fue el escorbuto, sino la fiebre amarilla.
También llamada vómito negro, tifo americano, preto en portugués o xekik (vómito de sangre) en un manuscrito maya —puesto que se la consideraba un castigo divino para los conquistadores españoles—, es una enfermedad vírica endémica de algunos países de América del Sur y África. Los primeros casos de los que se tiene constancia en Europa son en ciudades españolas y portuguesas a principios del siglo XVIII.
El virus es transmitido mayoritariamente por la picadura de los mosquitos Aedes (variedad urbana), Heamagogus y Sabethes (selvática).
Entre los síntomas más característicos de la forma más grave —y común—, están la fiebre elevada, la ictericia (coloración amarillenta de los ojos y la mucosa), propensión a hemorragias en múltiples zonas como el paladar y el estómago, siendo estas últimas responsables de los vómitos de sangre negra y coagulada y ritmo cardiaco lento e irregular.
Juan Manuel de Aréjula fue el cirujano y químico español que escribió Breve descripción de la fiebre amarilla (1806), una de las mayores guías para luchar contra las siguientes oleadas en el resto de Europa a lo largo de la primera mitad de siglo, gracias a su experiencia en las múltiples olas de la enfermedad que atacaron Andalucía entre 1800 y 1805.
Cádiz y Sevilla sufrieron las primeras olas en 1800, y el principio de la infección se sitúa en barcos llegados desde La Habana. En el caso de Cádiz, datada de mediados de agosto, la enfermedad se propagó gracias a una serie de manifestaciones religiosas, que ocasionaron que el brote continuase hasta octubre. De los 58 mil habitantes, casi 48 mil habitantes cayeron enfermos y 41 mil sanaron.
En Sevilla aparecería en agosto, aunque se prolongaría hasta noviembre. En este caso, de los casi 80 mil habitantes, casi 76 mil quedaron afectados y 61 sanaron en esos cuatro meses.
A continuación, afectaría a Málaga entre 1803 y 1804, apareciendo la enfermedad entre julio y agosto. La epidemia se daría por terminada en diciembre de 1803, en el que, de una población de 48 mil personas, 16 mil enfermaron y 9 mil sanaron. Este brote traería consigo la expansión de la fiebre hacia el norte de Andalucía y la zona del Levante, llegando hasta Alicante y Cartagena.
A finales de junio de 1804, la enfermedad volvió mucho más virulenta, coincidiendo con una gran crisis agrícola. En agosto, tres terremotos no hicieron más que agravar una situación que se cobraría 11 mil víctimas de los 36 mil locales.
En ese año, durante los meses de verano, también aparece en Granada, Córdoba, Alicante y Cartagena. En Antequera, Montilla y Estepa no se declara por terminada hasta principios de 1805.
[Por supuesto, los doctores de la época se percataron de que la aparición de la enfermedad se daba en los meses más cálidos, pero no sería hasta 1881 que el médico y científico cubano Carlos Finlay se percataría del papel del mosquito en la transmisión. Pero no sigo con los detalles].
La batalla de Trafalgar se daría el 21 de octubre de 1805.
Ya el 4 de octubre de 1800, una serie de naves de parte de Inglaterra se habían aproximado con la intención de tomar Cádiz, pero el Gobernador le había comunicado a Nelson la situación que vivían y qué poca gloria le depararía tomar una ciudad destruida en esas circunstancias, y este había decidido desviarse.
Aun así, la tensión que conllevó para los enfermos prepararse para un posible ataque, además de la exposición de los guardias a la humedad de la noche y el atardecer; los más propicios para la picadura del mosquito, no hicieron más que facilitar las condiciones de contagio.
Al final de esa epidemia de cinco años, la tripulación española había quedado tan mermada que se tuvo que recurrir al reclutamiento forzoso, resultando en una plantilla de orígenes variopintos y poco acostumbrados al mar.
También debo añadir una curiosidad, y es que Matthew Mullan, constructor irlandés que llegaba a La Habana para diseñar el navío Santísima Trinidad según los estándares británicos —en un plan para modernizar la marina española—, murió de fiebre amarilla.
Solo había dejado delineado el navío, y se encargó a su hijo, Ignacio Mullan, y a un afamado constructor local, Pedro de Acosta, que se encargasen de su construcción.
Y huelga decir que no les salió demasiado bien.
Ni los ingleses fueron capaces de salvar el barco.
Sé que probablemente no fuese la causa principal, pero aquí solo me ocupo del factor biológico.
[Y todo esto para explicar el parrafito de Punto de fricción que narra la batalla. Muchas gracias].
6 notes
·
View notes
Text
youtube
Círio, d. 1970 / RTP
"O mais importante santuário à Nossa Senhora de Nazaré está em Belém do Pará. Seu início remonta à uma imagem encontrada por um certo Plácido, na virada da segunda metade do século XVIII, em uma área de floresta nas proximidades da Estrada do Utinga. A origem dessa pequena imagem esteve até há pouco envolvida em mistério. Indubitavelmente é um trabalho do entalhador Hans Xaver Treyer, de Brixen, Tirol do Sul. Ele veio à Belém em 1703 e montou sua oficina no colégio dos missionários jesuítas [Igreja de Santo Alexandre]. Dela vieram várias imagens para as igrejas das missões nas margens dos rios do norte do Brasil, como aquelas no Murtigura [no município de Barcarena], Iburajuba [no município do Moju], Jaguarari [município do Acará], Chibrié, Sauma, Itacuruçá [muncípio de Abaetetuba] e Piraveri [no município de Altamira].
Na busca por madeiras adequadas para seu ofício, irmão Treyer vagava pelas matas e, conforme com o costume, fez um nicho em uma árvore onde colocou uma imagem de Maria - um local para relaxamento e restauração religiosa após o trabalho.
Treyer pereceu em um naufrágio no alto rio Maracanã, na comunidade indígena de São Miguel. O nicho com a imagem permaneceu esquecido, até que 13 anos depois o nativo Plácido a encontrou. E assim ela aparece sob a denominação de Nossa Senhora de Nazaré na história religiosa do Pará e Amazonas. No seu aspecto, as características faciais da imagem denunciam a mão do entalhador tirolês e se diferenciam bastante das imagens portuguesas de Nossa Senhora. A veneração a Maria ganhou novo impulso no Pará quando a esplêndida basílica do Padre Afonso Georgi, da ordem dos barnabitas, foi construída. A festividade de Nossa Senhora de Nazaré organizada anualmente em Belém pode talvez ser considerada a maior celebração religiosa vista no Brasil".
_____________________
Carlos Borromeu Ebner ~ Das Marienbild Nossa Senhora de Nazaré am Amazonas (1954)
4 notes
·
View notes
Text

É alvorada do dia dois de julho, fogos de artifício no Largo da Lapinha iluminam o céu do bairro da Liberdade e anunciam a chegada da cabocla junto à Igreja de Nossa Senhora da Conceição. A multidão se acotovela para ver a imagem da heroína investida em flores e plumas carregada em seu andor verde e dourado adornado em palhas de coqueiro e fios de contas. A imagem (símbolo da libertação baiana) é aplaudida e idolatrada em hinos e salvas pela população; nesse momento, é objeto de devoção maior, quase uma santa, beata ou orixá nessa encruzilhada de fé, luta, reconhecimento identitário e sincretismo (religioso e social). Pessoas tocam o andor, fazem pedidos, reverenciam sua passagem, batem atabaques, lançam gritos de viva! e durante o percurso de 5km, peregrinos seguem em procissão cantando, glorificando e dançando pelas ruas estreitas do Santo Antônio Além do Carmo, Pelourinho e Terreiro de Jesus até alcançarem a Rua Chile, Praça Castro Alves e desembocarem na Avenida 7 de Setembro, que os levará até a Praça do Campo Grande, onde os aguarda o Monumento do Caboclo.
Tânia Quintaneiro (1995) elaborando sobre considerações de Émile Durkheim, pondera que “em sociedades menos complexas, que controlam mais de perto seus membros e através da disciplina podem chegar à tirania, o Estado tem ainda caráter religioso”, assim, ao refletir sobre os cortejos de cabocla e cabocla podemos nos questionar: a assunção dessas figuras pelo público na qualidade de mártires dignos de idolatria ritualística não implicaria, em certa medida, em um movimento transgressivo? Celebrar uma data cívica dedicada à memória do indígena expropriado, explorado, morto e assimilado pelas missões eclesiásticas antagoniza esse Estado Cristão, branco, repleto de crucifixos acima dos palanques e bíblias abertas sob balcões de repartições públicas.

Em uma cidade como Salvador (onde pela invasão portuguesa) Ordens Jesuítas, Franciscanas e Beneditinas lançaram sementes pastorais em terreno fértil banhado pelo sangue dos povos originários (derramado via inquisições e catequeses em Mosteiros, Confrarias, Irmandades, Conventos e demais aportes da Igreja Católica Apostólica Romana) o fato de haverem, atualmente, cerca de aproximadamente 372 igrejas católicas circunscritas no território da cidade é sintomático. Louvar supostos “pagãos” é confundir os limites da moral cívica e episcopal, que bem-diz santos e santas brancos e europeus enquanto deprecia a imagem do indígena estereotipado como imoral, bárbaro, infantil, preguiçoso ou incivilizado; cortejos de cabocla(o) no 2 de julho operam desestabilizando e confundindo (ainda que momentaneamente) os alicerces da religião pública (nesse caso, cristã e arquidiocesana) onde o indivíduo é meramente o instrumento de realização dos fins estatais (QUINTANEIRO, 1995).
Nas palavras de Durkheim em As formas elementares da vida religiosa (1912), é do equilíbrio surgido do jogo entre o Estado e esses grupos - família, corporação, Igreja, distritos territoriais e outras formas de associação - que nascem as liberdades individuais; portanto, a divinização do indivíduo (aqui, a cabocla/caboclo) é obra da própria sociedade, e a liberdade deste é utilizada para o benefício social (reconhecimento). O culto de que ele é ao mesmo tempo objeto e agente dirige-se à pessoa humana, está acima das consciências individuais e pode servir-lhes de elo em direção a uma mesma perspectiva.
Ainda segundo o autor, os fenômenos religiosos são de duas espécies: as crenças, que são estados de opinião, representações, e os ritos, que exprimem modos de conduta. Ambos organizam e classificam o universo das coisas em duas classes ou domínios radicalmente excludentes: o profano e o sagrado. A passagem da figura da(o) cabocla(o) do mundo profano para o sagrado implica uma metamorfose e envolve ritos de iniciação realizados por aquele que renuncia ou sai de um mundo para entrar em outro e que morre simbolicamente para renascer por meio de uma cerimônia.
A religião (não somente em solo baiano) representa a própria sociedade idealizada, reflete as aspirações “para o bem, o belo, o ideal” (basta observar as imagens sacras da Virgem Maria, sempre brancas, modestas, tão límpidas, com seu ar casto, traços fenotípicos finos, inspirando virgindade, castidade e pureza) e também incorpora o mal, a morte, o pecado e mesmo os aspectos mais repugnantes e vulgares da vida social (a mulata sensual com suas vestes justas postada à porta da Igreja após a missa de domingo segura seu tabuleiro, a provocar os transeuntes, pais de família, a provar seus “quitutes”, a dita “rameira” ou “mulher” da vida, malcriada, promíscua, impura, oferecida; que não coincidentemente quase sempre é retratada na literatura, nos sermões litúrgicos e/ou ideário popular como negra, cabocla ou indígena). Ao exteriorizar sentimentos comuns, as religiões são também os primeiros sistemas coletivos de representação do mundo – cosmologias (DURKHEIM, 1912).

É na religião que estão engendrados todos os discursos disciplinadores dos corpos que pré-determinam o que há de essencial na sociedade: o direito, a ciência, a moral, a arte e a recreação. Basta observar o processo de limpeza étnica e embranquecimento pelo qual passou a história de vida e memória da Indígena Paraguaçu, tomada de empréstimo em prol de uma narrativa de “primeira mãe do Brasil”. Segundo discurso propagado pelas Ordens Terceira de São Francisco, de São Bento, Franciscana Secular e Irmandade de São Benedito, “Paraguaçu e Diogo Caramuru formaram além da primeira família cristã, a primeira família brasileira documentada, a mais antiga raiz genealógica do país. Considerada um dos maiores símbolos femininos da história do Brasil, por ter exercido um papel fundamental na integração das raças que formaram o povo brasileiro, Catarina é considerada a mãe biológica de grande parte da nação brasileira, o esteio e a origem da família no país”.
O que provavelmente foi um rapto seguido de estupro se converteu pelo discurso religioso em uma bela história de amor entre a “boa selvagem” catequizada e o português colonizador (Caramuru), a fim de, por meio da fusão entre romantismo e catolicismo, se forjasse um discurso de celebração da mestiçagem, da unicidade entre povos no Brasil, prosperidade familiar e teologia da salvação dos povos “bárbaros” que mais tarde seriam a mola propulsora do mito da democracia racial. Paraguaçu foi uma mulher indígena tupinambá, catequizada, removida de sua comunidade (em Itaparica), dada em casamento a um português via suposta aliança/transação entre seu pai (o cacique Taparica) e os invasores que aportaram na Ilha de Vera Cruz. Convertida e batizada na França com o nome cristão de Catarina, foi a primeira indígena a se casar formalmente com um explorador português, fundando o cânone da família miscigenada brasileira. Paraguaçu foi levada à Europa, onde residiu até seu falecimento, após o qual foi declarada mártir católica.

Contraditoriamente, seus restos mortais atualmente se encontram em posse da Igreja e Abadia de Nossa Senhora da Graça, localizada no bairro da Graça (área residencial nobre de Salvador) cuja composição social se refletiu na organização do espaço urbano como uma saída para as classes sociais abastadas que, no esteio da pós abolição da escravatura, buscavam ocupações de alto padrão (na ânsia por migrarem da região onde se encontra atualmente o Pelourinho e Santo Antônio Além do Carmo) dado que naquela região começaram a transitar toda espécie de gente lida como “indesejável” (em razão da proximidade do Mercado Modelo, cais, docas e demais locais de trânsito de pessoas em situação de rua, capoeiristas, negras de ganho, marinheiros, prostitutas, órfãos, mendigos, engraxates, carregadores, pescadores, marisqueiros, “capitães da areia”, ciganos e indígenas residentes e transeuntes da Cidade Baixa). A memória de Paraguaçu segue cativa das instituições brancas, cristãs e europeias, à medida em que seu corpo permanece sob o domínio de uma arquidiocese de origem portuguesa e sua certidão de batismo se encontra no Canadá.


Figura 1: Quadro Missionário sendo comido pela onça - Noé León, 1907.
Figura 2: Quadro Anchieta e as Feras - Benedito Calixto, 1897.
2 notes
·
View notes
Text
youtube
LANZAMIENTO DE ENCUENTROS CERCANOS DE TODO TIPO. EL CASO VILLAS BOAS Y OTRAS ABDUCCIONES ÍNTIMAS
La editorial Coliseo Sentosa acaba de publicar el libro Encuentros cercanos de todo tipo. El caso Villas Boas y otros secuestros íntimos, del historiador brasileño Cláudio Tsuyoshi Suenaga, obra en la que el especialista analiza en detalle el célebre caso de Antonio Villas Boas, además de investigar otros matrimonios íntimos y secuestros y teorizar sobre la verdadera naturaleza de estas experiencias.

Este es el primer libro de Suenaga publicado en español, precedido por una buena acogida de su versión portuguesa, publicada en Brasil por la editorial de la revista UFO en 2018. La traducción al español fue realizada por el escéptico mexicano Luis Ruiz Noguez.
Suenaga rescata material inédito y poco conocido sobre el caso, como fotografías y documentos, además de localizar y entrevistar a varios familiares y amigos de Villas Boas que permiten una nueva mirada a un caso clásico de la ufología internacional.
Además, el libro cuenta con un capítulo inédito que no aparece en la edición portuguesa de 50 Tons de Greys: es el que trata de la controvertida afirmación de que la Agencia Central de Inteligencia habría creado todo el episodio como parte de sus operaciones psicológicas y el programa de control mental. Suenaga analiza hasta qué punto tales afirmaciones de exagentes y denunciantes están bien fundadas o son solo otra capa de información errónea.

El caso de Villas Boas no solo fue el primero de su tipo, sino también el primer secuestro en la Era Moderna de los Platillos Voladores. No fue casualidad que sucediera precisamente en Brasil, un país donde la voluptuosidad, el desenfreno, la liberación de fantasías libidinosas y la búsqueda desenfrenada de los placeres carnales escaparon siempre a la rigidez de la moral religiosa.
Expresiones culturales marcadamente primitivas y arcaicas que permanecen ocultas bajo una tenue zona fronteriza, la presencia de deidades y criaturas sobrenaturales que secuestran y seducen a los seres humanos y mantienen relaciones sexuales con ellos por mero placer o con el fin de reproducir híbridos, al contrario de lo que muchas personas cree, son una constante a lo largo de la historia – como registran la religión, la mitología y el folclore de todos los pueblos en todas las épocas – y no sólo nunca han dejado de darse cuenta, sino que se encuentran repitiéndose, esta vez en el contexto de un mito moderno, según a con la Era Científico-Tecnológica-Espacial en la que vivimos, la Ufología, dejando huellas profundas e imborrables en la psiquis de hombres y mujeres, por así decirlo elegidos y acosados.
Provenientes del exterior o del interior de la Tierra y de dimensiones paralelas, estas criaturas siempre han sido llamadas ángeles, dioses, demonios, demiurgos, hadas, duendes, etc., y los niños generados a veces se seleccionarn sobrehumanos o semidivinos.
Lee Encuentros cercanos de todo tipo y sumérgete en un universo tan fascinante como aterrador.

Disponible en: Amazon.com (envíos a todo el mundo desde EE.UU.) -https://amzn.to/3Lh93Lb Amazon.es (envíos a todo el mundo desde España) - https://amzn.to/3LlMtBn Amazon.co.jp (envios dentro do Japão) - https://www.amazon.co.jp/-/es/Cl%C3%A1udio-Tsuyoshi-Suenaga/dp/B0BW344XF1/
Más información y otras posibilidades de compra: https://coliseosentosa.blogspot.com/2023/03/encuentros-cercanos-de-todo-tipo-el.html
VER ÍNDICE: https://coliseosentosa.blogspot.com/p/encuentros-cercanos-de-todo-tipo.html
Blog Marcianitos Verdes, de Luis Ruiz Noguez: https://marcianitosverdes.haaan.com/2023/03/encuentros-cercanos-de-todo-tipo-el-caso-villas-boas-y-otras-abducciones-ntimas/

Sé miembro de mi Canal de YouTube y recibe beneficios: https://www.youtube.com/ClaudioSuenaga/join
Suscríbete a mi canal Rumble: https://rumble.com/c/c-2322740
Apóyame en Patreon y obtén acceso a contenido exclusivo: https://www.patreon.com/suenaga
Apóyame en Catarse: https://www.catarse.me/suenaga
Web oficial: https://claudiosuenaga.yolasite.com
Lee y descarga todo mi trabajo aquí gratis: https://suenagadownloads.yolasite.com/
Blog Oficial: https://www.claudiosuenaga.com.br/ ou https://lastdrinkinthedesertofthereal.tumblr.com/
Medium: https://medium.com/@helpsuenaga
Facebook (perfil): https://www.facebook.com/ctsuenaga
Facebook (página Expondo a Matrix): https://www.facebook.com/clasuenaga
Instagram: https://www.instagram.com/claudiosuenaga
Pinterest: https://br.pinterest.com/claudiosuenaga
Twitter: https://twitter.com/suenaga_claudio
GETTR: https://gettr.com/user/suenaga
E-mail: [email protected]
Obtenga mi último libro "As Raízes Hebraicas da Terra do Sol Nascente: O Povo Japonês Seria uma das Dez Tribos Perdidas de Israel?" https://www.lojaenigmas.com.br/pre-venda-as-raizes-hebraicas-da-terra-do-sol-nascente-o-povo-japones-seria-uma-das-dez-tribos-perdidas-de-israel
#Youtube#ufologia#ovnis#ufo phenomenon#ufos#abdução#alien abductee#alien abduction#alienígenas#extraterrestres#livros#amazon
5 notes
·
View notes
Text
No Rastro dos Imigrantes: A Influência Cultural Estrangeira em Poços de Caldas
Poços de Caldas, cidade localizada no sul de Minas Gerais, é um destino turístico rico em história e cultura. Embora seja conhecida principalmente por suas águas termais e paisagens naturais, a cidade possui uma identidade única que foi moldada ao longo dos anos por diversas influências culturais, especialmente de imigrantes estrangeiros. A chegada de imigrantes, principalmente europeus, no final do século XIX e início do século XX, deixou um legado marcante na arquitetura, na culinária, nas festas e até no modo de vida da cidade.
A imigração foi um fator crucial para o desenvolvimento de Poços de Caldas e sua transformação em um importante destino turístico. Os imigrantes que chegaram à cidade, muitos vindos da Itália, Alemanha e Portugal, trouxeram com eles suas tradições, gastronomia e artesanato, que até hoje são celebrados. A cidade, com suas raízes profundas no campo e uma atmosfera acolhedora, soube integrar essas influências estrangeiras com a cultura mineira, criando uma identidade vibrante e multifacetada.
1. A Chegada dos Imigrantes: Influências Diversas na Formação da Cidade
No final do século XIX, Poços de Caldas foi um dos destinos preferidos para imigrantes que buscavam melhores condições de vida. Inicialmente, muitos imigrantes europeus chegaram para trabalhar nas lavouras de café que proliferavam na região. A maioria desses imigrantes veio da Itália, seguida por alemães e portugueses, e cada grupo trouxe consigo aspectos culturais distintos, que se refletiram na arquitetura, na gastronomia e nos costumes da cidade.
A colônia italiana foi uma das mais influentes em Poços de Caldas. Os italianos se estabeleceram principalmente nas zonas rurais e contribuíram significativamente para o desenvolvimento da agricultura local, além de deixarem sua marca na culinária, com pratos típicos como a polenta, o pão caseiro e os queijos artesanais. A influência italiana pode ser sentida até hoje em diversas festas populares, como as comemorações de Festa de Nossa Senhora Aparecida, uma celebração religiosa que tem um grande número de italianos como protagonistas.
2. Arquitetura: O Legado Europeu em Poços de Caldas
A presença dos imigrantes também foi fundamental para a arquitetura de Poços de Caldas. A cidade preserva, até hoje, muitos edifícios e construções que refletem as características arquitetônicas europeias. Ao caminhar pelo centro histórico de Poços de Caldas, é possível perceber a influência italiana, alemã e portuguesa nas fachadas de antigos casarões, igrejas e praças, que têm elementos como azulejos portugueses, telhados de cerâmica e arcos e colunas em estilo europeu.
Um exemplo disso é o Palácio dos Pioneiros, um edifício histórico que exibe a combinação de influências neoclássicas e art déco típicas da arquitetura europeia. Outro ícone da cidade é a Igreja de São Sebastião, que mistura elementos do estilo barroco com toques típicos das igrejas europeias, sendo um reflexo da religiosidade dos imigrantes.
3. A Gastronomia: Sabores Europeus no Cardápio Mineiro
A gastronomia de Poços de Caldas é um dos principais legados deixados pelos imigrantes. O encontro da culinária mineira com a gastronomia italiana, alemã e portuguesa resultou em uma oferta de sabores diversificados e únicos. Massas e molhos italianos, carnes de porco e embutidos típicos da Alemanha, e bolos e doces portugueses são apenas alguns exemplos das delícias que podem ser encontradas nos restaurantes e cafés da cidade.
Café da manhã típico italiano: Muitos hotéis e restaurantes de Poços de Caldas servem um tradicional café da manhã italiano, com pães frescos, queijos, salames e outras delícias originárias da Itália.
Doces portugueses: O pão de l��, queijadinhas e outros doces portugueses são comuns nas padarias e confeitarias locais, especialmente durante as festas tradicionais.
Comida alemã: Em Poços de Caldas, é possível encontrar restaurantes especializados em pratos da culinária alemã, como o chucrute, salsichas e o tradicional joelho de porco.
4. Festas e Celebrações: Tradições que Unem Culturas
As festas em Poços de Caldas são outra forma de celebrar as influências culturais que moldaram a cidade. Festas religiosas, como a já mencionada Festa de Nossa Senhora Aparecida, são muito populares e frequentemente têm presença das tradições italianas, com procissões e danças típicas.
Além disso, a Festa das Nações é uma das celebrações mais esperadas do ano, reunindo elementos culturais de diversos países representados pelos imigrantes. Durante a festa, os visitantes podem conhecer a cultura, gastronomia e música de diversas nacionalidades, como a Itália, Portugal e Alemanha.
5. Atividades Culturais e Turismo: Exploração da Diversidade Cultural
Para os turistas que visitam Poços de Caldas, as influências culturais estrangeiras podem ser exploradas através de passeios guiados pelo centro histórico, que revelam a arquitetura e a história dos imigrantes. Além disso, é possível fazer visitas às feiras de artesanato, onde as influências italianas, alemãs e portuguesas também se refletem em objetos e produtos feitos à mão.
6. Acomodações e Experiência Completa
Para aproveitar ao máximo sua visita a Poços de Caldas, o Euro Suite Poços de Caldas, da Nacional Inn, oferece uma hospedagem de qualidade, com suítes premium, quartos confortáveis e estadia com café da manhã. Localizado em uma região estratégica, o hotel é perfeito para quem deseja explorar as influências culturais de Poços de Caldas, estando perto dos principais pontos turísticos da cidade.
Para mais informações sobre reservas e pacotes de viagem, acesse o Euro Suite Poços de Caldas https://www.nacionalinn.com.br/hotel/euro-suite-pocos-de-caldas.
7. Conclusão
Poços de Caldas é uma cidade rica em história e cultura, onde as influências dos imigrantes desempenham um papel essencial na formação da identidade local. Desde a arquitetura e gastronomia até as festas e tradições, é possível ver a marca dos imigrantes em todos os aspectos da cidade. Se você deseja conhecer mais sobre essas influências e viver uma experiência única, Poços de Caldas é, sem dúvida, o destino ideal.
Para mais dicas sobre a cidade e como aproveitar ao máximo sua visita, acesse o blog da Nacional Inn https://blog.nacionalinn.com.br/.
0 notes
Text
A Queda de Constantinopla: Transformações Culturais, Religiosas e Políticas
A queda de Constantinopla, em 1453, provocou profundas mudanças culturais, religiosas e políticas, especialmente na Europa e no Médio Oriente. A cidade de Constantinopla, que durante séculos foi um centro de poder e cultura, viu-se subjugada pelos otomanos, marcando o fim do Império Bizantino. Este evento não só alterou o equilíbrio de poder na região, mas também desencadeou um novo capítulo para o mundo, com implicações que se estenderiam por séculos.
Culturalmente, a queda da cidade significou a perda de um importante centro do conhecimento grego e romano. No entanto, muitos intelectuais bizantinos fugiram para o Ocidente, levando consigo manuscritos e saberes antigos. Este movimento de fuga ajudou a alimentar o Renascimento europeu, dando um impulso importante à preservação e disseminação do conhecimento clássico nas universidades e centros culturais da Europa Ocidental. Ao mesmo tempo, o Império Otomano, com sua nova capital em Istambul, trouxe consigo uma forte influência da cultura islâmica. A arte, a arquitetura e a ciência islâmica começaram a se espalhar, alterando o panorama cultural da região e impondo uma nova era de domínio e troca de saberes.
Religiosamente, o fim do Império Bizantino e a queda de Constantinopla significaram a perda do cristianismo ortodoxo como uma força dominante na região. A cidade, antes centro espiritual do cristianismo ortodoxo, foi transformada em Istambul e o cristianismo ortodoxo perdeu seu centro de poder, enquanto o Islão se consolidava como a religião predominante no Império Otomano. Com isso, os cristãos ortodoxos e outras minorias religiosas, como os judeus, passaram a viver sob a condição de "dhimmis", uma proteção legal mas com restrições e impostos. O Islão não só se espalhou pela região como também reconfigurou as relações entre as religiões, especialmente no que diz respeito ao cristianismo, aprofundando a divisão entre a Igreja Católica Romana e a Ortodoxa, que já estava marcada pelo cisma de 1054.
Politicamente, a ascensão do Império Otomano como uma potência dominante alterou o mapa geopolítico do Mediterrâneo e da Europa. O sultão Mehmed II e seus sucessores expandiram rapidamente o território otomano, conquistando os Balcãs e outras regiões da Europa Oriental. O poder do sultão, agora o líder supremo, substituiu a autoridade dos imperadores bizantinos e alterou a dinâmica política da região, criando um império com uma administração centralizada e forte. A ascensão dos otomanos levou os europeus, especialmente os portugueses e espanhóis, a procurar novas rotas comerciais para evitar a dependência do comércio terrestre controlado pelos otomanos. Esta procura por novas rotas foi um dos motores das Grandes Navegações, que resultaram nas Descobertas Portuguesas e Espanholas, alterando o comércio global e estabelecendo novas potências coloniais.
A queda de Constantinopla foi, portanto, um marco que não só acabou com o último vestígio do Império Romano do Oriente, mas também reconfigurou a cultura, a religião e a política de uma vasta região, com repercussões que ecoariam por todo o mundo. O fim do Império Bizantino e a ascensão do Império Otomano mudaram para sempre o equilíbrio de poder na Europa, levando à expansão do Islão e ao renascimento das tradições clássicas no Ocidente, além de abrir novas fronteiras para a exploração e a colonização.
(História Universal)
0 notes
Text
Comunidade israelita pede regulamentação das alterações à lei dos sefarditas
O dirigente da Comunidade Israelita de Lisboa José Ruah pediu a regulamentação das alterações à lei que permite o acesso à cidadania portuguesa para os descendentes de sefarditas.

Em declarações à Lusa, José Ruah recordou que "o decreto regulamentar que está em vigor é de 2022", mas ainda não foi feita qualquer regulamentação das alterações entretanto feitas.
"Em final de 2023, a Assembleia da República veio alterar a lei e criar um período que iria de 1 de janeiro de 2024 a 30 de dezembro de 2024 e que seria um período transitório e um período definitivo de 1 de janeiro de 2025 em diante" da nova lei, que contempla, entre outras coisas, novas regras de permanência em Portugal e uma comissão de avaliação para homologar os pedidos.
Desde janeiro deste ano, a lei exige aos descendentes de sefarditas que façam prova da sua ancestralidade que residam "três anos em Portugal, seguidos ou intercalados".
Contudo, "nada foi regulamentado" e uma "lei que não tenha uma regulamentação não é aplicável".
Sobre a comissão de avaliação, "não existe nada regulamentado", pelo que quem requerer a cidadania a partir de agora está "num limbo legal", porque a lei impõe um modelo que não está executado.
"Quem é que faz parte da comissão de homologação? Como é feita? Qual a competência concreta?", questionou José Ruah.
A CIL defendeu a criação de uma comissão de homologação no passado, mas considera que essa verificação "deve incidir sobre os procedimentos e não sobre os processos".
"Imagine a comissão de homologação ter de ir validar por mês não sei quantas certificações, isso faz sentido? Ou não faz mais sentido validar procedimentos e assegurar que todos os processos cumprem esses procedimentos?", questionou.
Depois, essa comissão deveria fazer uma "análise aleatória por cada mês para se perceber se os processos cumprem os procedimentos", defendeu José Ruah.
Contudo, desde a publicação da nova lei, "nada existe de regulamentado". "Por isso não sabemos como as coisas vão funcionar", acrescentou.
"Nós já fizemos reuniões com o Ministério da Justiça para tentar, de alguma maneira, perceber o que é que vai acontecer e não tivemos ainda uma resposta", explicou.
Neste momento, o Instituto de Registos e Notariado (IRN) "deve estar a processar apenas processos anteriores a 31 de agosto de 202" e, sobre esses casos, aplica-se a lei anterior.
Em resposta à Lusa sobre o fim dessa lei, o IRN recordou que, em outubro de 2023, houve uma proposta para alterar a Lei da Nacionalidade que previa a fixação de um limite temporal para a apresentação de pedidos de nacionalidade por descendentes de judeus sefarditas, tendo sido proposta a fixação da data de 31 de dezembro de 2023 como termo do regime especial.
Contudo, segundo o IRN, esse "regime não terminou", porque "houve uma atualização dos requisitos para aquisição da nacionalidade" para descendentes de judeus sefarditas.
Citando a legislação, o IRN sustenta que o "Governo pode conceder a nacionalidade por naturalização" aos "descendentes de judeus sefarditas portugueses" que "demonstrem a tradição de pertença a uma comunidade sefardita de origem portuguesa" e tenham "residido legalmente em território português pelo período de pelo menos três anos, seguidos ou interpolados".
A "certificação da demonstração de tradição de pertença a uma comunidade sefardita de origem portuguesa" será "sujeita a homologação final por uma comissão de avaliação nomeada pelo membro do Governo responsável pela área da justiça, integrando representantes dos serviços competentes em razão da matéria, investigadores ou docentes em instituições de ensino superior em estudos sefarditas e representantes de comunidades judaicas com estatuto de pessoa coletiva religiosa, radicadas em Portugal", refere o IRN.
Contudo, José Ruah refere que essa proposta ainda não está regulamentada e considera que os novos processos que deem entrada ficam "numa espécie de limbo legal".
0 notes