Tumgik
#◟ 🌈 ៹ 𝐜𝐨 𝐝𝐢𝐫𝐞𝐜𝐭𝐨𝐫 : suke.
piperbellinger · 1 year
Note
📸 + valleysik
love language: quality time starters.
status: aceitando.
valley gostava daquilo, de ter uma relação com taesik sem realmente chegar a ter. relacionamentos convencionais pareciam entediantes para ela à medida que se divertia perseguindo o mais velho. entretanto, quando você está perseguindo alguém você não espera que a pessoa venha até você, ou pelo menos não da forma que ele parecia ir até ela. ele gostava de estar sobre o seu escrutínio, até se divertia e se exibia, por mais que estivesse certa de que os flashes de sua canon não alcançassem a janela do quarto de sik — sempre abertas e descobertas do tecido fino das cortinas — a bailarina tinha certeza de que ele posava para ela. a ciência de sua presença não o assustava da forma que certamente assustaria uma pessoa normal e por mais que tivesse seus questionamentos sobre, nunca os expressava vocalmente. na verdade, ela pouco conversava com ele, algumas vezes deixava indícios e mensagens silenciosas de sua presença em seu quarto quando passava por lá, eram raras as ocasiões em que estabelecia alguma comunicação direta. seus recados em maior parte se restringiam a papéis cartão manchados com batom cor de rosa e o rastro do perfume adocicado e caro que usava. ela estava bem assim, exceto pelas poucas vezes em que se perguntava como seria senti-lo, a respiração e a pele quente sobre a sua. não demorava muito nesses devaneios, ele era sua vítima e ela era sua perseguidora, algumas linhas não deveriam ser cruzadas.
contudo, não cruzar a linha tornava-se uma tarefa complicada quando o escultor forçava todos os limites de valley. ele a provocava, exigia reações dela, não se importando com o quão doentias elas fossem. taesik não se importou quando a bailarina deliberadamente intoxicou uma aluna do curso de fotografia, permitindo que a pobre garota colocasse suas últimas refeições para fora enquanto ela graciosamente a substituía como modelo em uma atividade do curso de artes plásticas. ela era a musa dele, não aquela criatura insignificante. apesar dos poucos limites vigentes, tentava manter certa distância do moreno, que driblava cada tentativa com sua popularidade inevitável não só entre as estudantes do gênero de seu curso, mas as de todo o campus. odiava a maneira como elas olhavam para ele, que por sua vez, parecia se limitar a erguer o canto do lábio e olhar de soslaio para ela. ele sempre sabia quando ela estava por perto, deixando-a acreditar que talvez aquilo fosse, de fato, proposital. em seu âmago, ele sabia que era dela, pertencia a ela, todas aquelas vadias burras eram entediantes demais para alguém como ele.
caminhar alguns passos atrás dele fora do campus demonstrava-se sempre ser um trabalho dificultoso, ainda que fosse inevitável para ela às vezes. não havia melhor maneira de descobrir para onde ele ia, ou com quem estava se encontrando, ela poderia rastreá-lo, mas não confiava tanto na tecnologia para lhe dar as informações tão preciosas que precisava. uma pequena carranca se formou em suas feições e ela franziu a testa quando ele parou de caminhar, arregalando os olhos quando o mais velho fez uma menção de se virar para trás. o cérebro trabalhou mais rápido que o esperado, fazendo-a tomar a atitude impulsiva de se enfiar em uma cabine de fotografia, aquele bairro era cheio delas, provavelmente porque muitos casais se encontravam ali. aquele pensamento a fez prender o lábio inferior entre os dentes com força, por que ele estaria frequentando aquele bairro, afinal?
mal respirava dentro da cabine, a tentativa de não ser descoberta se mostrando ser em vão no instante em que a silhueta esguia de taesik se materializou diante de seus olhos, as orbes escuras brilhando de surpresa e curiosidade. ela não teve tempo de reagir antes de sentir os lábios dele se unirem aos dela em um selar que começou cheio de ternura e que logo deu espaço a desejo e ânsia, ambos há muito contidos. os dedos se afundaram na cabeleira escura e macia dele à medida que ele lhe roubava o fôlego. ele deixou a cabine fotográfica da mesma forma que entrou, repentinamente, deixando-a ali tentando recuperar o controle da própria respiração. “espera...” deixou escapar um murmúrio inaudível até para si, a voz morrendo a cada sílaba proferida. não sabia se realmente queria que ele esperasse. ela levou a mão ao peito, sentindo o coração bater descompassado e cada fibra do seu corpo se encher de calor e vontade, taesik tinha gosto de cigarros e quero mais, e de uma promessa silenciosa de que aquilo voltaria a acontecer. valley piscou assustada quando a cabine começou a emitir os sons de impressão, forçando-a a finalmente se mover e deixar o pequeno espaço. as sobrancelhas bem feitas foram juntadas quando ela encontrou ali fora uma porção de fotografias em uma dimensão pequena do instante em que ele a beijou. tocar os lábios ao ver a imagem foi involuntário e ela respirou fundo, deslizando as fotografias para dentro do bolso de sua jaqueta. àquela altura, ela tinha desistido de lhe alcançar, desnorteada demais para fazê-lo. decerto naquela noite precisava não mais do que um banho gelado para limpar o desejo e a memória.
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