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⠀ ⠀ ⠀ ⠀closed starter for @bjankor .
and i might as well be over the moon, with the things you do.
˚。━━ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ a pedido de ankor, tinha cancelado os treinos da parte da manhã. mesmo tendo insistido diversas vezes em saber porque deveria fazer isso, não conseguiu arrancar resposta alguma, a não ser que deveria esperar para ver. o que o irritou profundamente, mas acabou não fazendo mais do que crispar os lábios para o outro. estivera tentando ocupar a mente com outras coisas, a fim de evitar que a curiosidade o corroesse até que chegasse o horário combinado. mas mesmo quando chegara, victor seguia sem qualquer resposta. e era por isso que estava absurdamente emburrado enquanto caminhava um pouco atrás do outro, resmungando baixinho aqui e ali.
não entendia o motivo de estarem enfiados no meio da floresta àquela hora da manhã. ainda mais quando podiam estar aproveitando o final da hora do café-da-manhã. victor estivera ali na noite passada, vagando por entre as árvores, mas como um grande lobo branco. preferia andar por ali daquela maneira, era mais fácil. se soubesse para onde estava indo, provavelmente teria feito o mesmo da noite anterior. chegaria mais rápido. mas não sabia. ━━ se queria alguma coisa daqui, uma planta, sei lá, era só ter pedido que eu pegava para você, sabe? ━━ disse, depois de tropeça no que parecia ser o milésimo graveto.
mas aos poucos a floresta ia ficando menos densa, até que uma clareira fosse revelada. apesar do mau humor de victor, o dia estava bonito, o sol estava agradável àquela hora da manhã. o que deixava a floresta muito bonita, vívida. era bonito de apreciar. mas o que chamou sua atenção na bendita clareira foi o que estava mais ao centro dela: um piquenique perfeitamente organizado. o que o fizera suspirar, absolutamente desconcertado. ━━ me diz que isso não é obra sua. ━━ soltou, sem olhar para o outro. porque não saberia como reagir, se fosse o caso. mas era muito, muito a cara de ankor montar um piquenique, não era? não podia ser coincidência.
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closed starter for @bjankor .
˚。━━ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ Victor não comparecera a tal noite dos espíritos, optara por ficar em seu chalé e passar o tempo lendo. Ainda tinha cinco anos de conteúdo para se atualizar, de todo jeito. Contudo, isso não impedira que acabasse ouvindo todo tipo de história nos dias que sucederam a festa, especialmente durante as refeições. O que, obviamente, incluía a aparição de Lauren Chung e sua história sobre um traidor. Não era difícil dizer que aquilo tinha mexido com o clima no acampamento. Notava a maneira como as pessoas começavam a se olhar de jeito diferente, desconfiado até. Como se alguém fosse descobrir qualquer coisa só olhando para a cara de outra pessoa, pensava consigo mesmo, achando todo aquele comportamento uma grande bobagem. No fim das contas, se ninguém confessasse, não tinha como descobrir assim facilmente.
Mas a hora das refeições o fazia notar a ausência de uma pessoa em particular. E quanto mais tempo passava, menos o via. Ao menos essa era a sensação que Victor carregava. E, mesmo que preferisse passar mais cinco anos congelado a assumir que estava preocupado, ele estava preocupado. Talvez conhecesse Ankor o suficiente para desconfiar que algo não estava certo. E até aí, tudo bem. Ponderar com seus próprios botões era algo que fazia com frequência, de todo jeito. A parte difícil era fazer alguma coisa a respeito. Por isso, passara o dia inteiro pensando se deveria mesmo fazer algo a respeito.
À noite, no entanto, ao que galgava os degraus para a entrada de seu chalé, não conseguiu evitar voltar o olhar para o chalé que ficava não muito longe do seu. Três números de diferença, apenas. Foi com um suspiro rendido que acabou girando nos calcanhares, trocando seu trajeto. Antes que pudesse pensar uma segunda vez no que fazia, já que aquilo certamente o teria feito voltar para seu próprio chalé, viu-se em frente à porta do chalé de Brigit. E bateu na porta! Três batidas com os nós dos dedos da mão esquerda, especificamente. Quando se deu conta que tinha, de fato, batido na porta de Ankor, era como se a alma tivesse saído do corpo. Droga, droga, droga. ━━ Hm. ━━ Foi tudo o que disse quando a porta abriu, tentando ganhar tempo para pensar em algo justificável para dizer. No entanto, o que saiu foi: ━━ Pelo menos não morreu.
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closed starter for @haneul-ko at the infirmary .
flashback; six months ago .
Mesmo antes do antídoto ser, por fim, administrado em Victor, as expectativas eram altas. Afinal, foram cinco longos anos trabalhando naquele preparado. Possivelmente, muitas idas e vindas, muitas tentativas ineficazes e muita frustração fizeram parte do processo. Mas, agora, parecia haver certeza no que fariam. Havia chegado a hora de despertá-lo do sono profundo ao qual estivera preso a fim de preservar seu corpo. No entanto, não havia muito tempo. Depois que Victor acordasse, o antídoto deveria ser ministrado logo. No ponto em que seu corpo estava antes de sua mãe congelá-lo por dentro, o veneno já havia se espalhado e atingido órgãos demais. Se não desse certo, não tinha como colocá-lo de volta em seu estado anterior.
Se tivesse que descrever aquele momento tão singular, Victor começaria pela sensação de estar preso em um lago muito escuro e muito fundo, nenhum sinal de claridade, nem mesmo da superfície, que sequer parecia existir naquela realidade a qual estivera preso, submerso. Era como se estivesse preso no limbo de lugar algum e ainda assim alguém aparecera para fechar os dedos ao redor de seu pulso e puxá-lo de volta para a superfície. Era assim que parecia, para ele, o momento em que o feitiço de sua mãe se quebrara. Aos poucos, ia recobrando a consciência, como se tivesse que atravessar algumas camadas de véus até finalmente chegar à última, que eram as pálpebras ainda fechadas com o peso do tempo do tempo em que estiveram seladas.
A claridade da manhã era dolorosa, por isso hesitou em abrir os olhos, mesmo ao perceber que conseguia. Respirar era doloroso, pelo veneno inundando seus pulmões, então o fizera devagar, puxando o ar com enorme cautela em um gesto vagaroso. Não era só aquilo que doía, era como se tivesse um monstro devorando suas entranhas naquele exato momento. A lembrança voltava junto com a dor, da bebida escura adentrando seu sistema e roubando-lhe a força vital aos poucos. Feliz ou infelizmente, já estava cansado demais para lutar contra o que quer fosse. Mas ainda assim, contra todas as probabilidades, ali estava Victor, vivo.
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@sekbless said ❛ did you hurt yourself? ❜
˚。━━ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ Preso na ideia de que precisava compensar pelo tempo perdido, mesmo que não sentisse - fisicamente - a passagem do tempo, Victor estava treinando com ainda mais afinco do que fazia antes de ser envenenado. Como consequência, cortes e machucados estavam se tornando adornos comuns para a pele alva, mas ele não se importava. E em mais uma demonstração do quanto suas prioridades estavam em outro lugar, apesar de sentir a ardência do corte aberto no antebraço, só reparou que havia sangue quando Zaya comentou, assim que sentou-se para jantar. Uma vez mais, estava atrasado e, considerando que estava seguindo uma dieta especial, não podia sonhar e pular uma refeição. A última coisa que queria era Ankor brigando com ele por isso. ━━ Ah... ━━ Foi tudo o que fez, colocando o braço para baixo para que o machucado não fosse mais visível. ━━ Estava no Coliseu, deve ter sido uma espada, uma lança, sei lá. ━━ Completou brevemente, servindo-se com a mão esquerda. ━━ Tá tudo bem, daqui a pouco eu vou lavar.
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closed starter for @mattdicz .
˚。━━ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ De modo geral, Victor nunca teve real interesse na vida das pessoas do acampamento, além dos níveis que considerava normal. Ou seja, não era fofoqueiro. Não costumava se importar com namoros ou boatos ou qualquer coisa que não lhe dissesse respeito de maneira direta. Sequer conseguia prestar atenção na troca de informações sempre que presenciava alguma no refeitório ou no Liceu, por exemplo. Toda regra tinha sua exceção e a sua era quando a coisa era muito escandalosa. No entanto, na situação em que viviam, em um acampamento, não era lá muito difícil que qualquer coisa virasse um assunto bastante comentado.
Mas, depois de cinco anos perdido nos assuntos do acampamento, era praticamente impossível evitar a curiosidade que o consumia sempre que descobria alguma coisa nova. Como alguém que saiu em missão e acabou amaldiçoado, quem saiu do acampamento e voltou com o rabo entre as pernas porque a vida lá fora não deu muito certo, relacionamentos que não deram certo e o que era possível dizer sobre a movimentação dos deuses nos últimos tempos. E talvez fosse por isso que ainda estivesse ali, dando toda a sua atenção a Mateo. ━━ Espera, espera. ━━ Pediu então, piscando algumas vezes só para se certificar que tinha assimilado. ━━ Mas quem terminou com quem? Porque, pelo o que eu lembro, achei que já teria até rolado casamento à essa altura.
#ooc / pode trocar de assunto se quiser lkajsdlkasdj#˚。━━ ㅤ ㅤ❪ 𝐕𝐈𝐂𝐓𝐎𝐑 𝐏𝐀𝐑𝐊 ❫ ﹕ interactions. ☽#with :: mattdicz.
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closed starter for @teaganstein .
˚。━━ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ A sensação de que o olhar da outra estava sobre si era o que o fazia bispar olhadelas à Teagan enquanto pressionava aquela gaze contra seu mais novo ferimento causado pelo treinamento. Aquele era na perna, seu oponente aproveitara um momento de vacilo para riscar a lâmina contra a pele alva. Honestamente, seu único lamento era o rasgo que ficara na calça, porque gostava muito dela, mas eram ossos do ofício. Não queria fitar a amiga diretamente, porque podia imaginar o que ela diria se o fizesse. E ele odiava a sensação de estar preocupando os outro, especialmente aqueles que claramente se importavam com ele. Não era recente, não era algo causado pelo seu tempo em coma - ou seja lá como se devia chamar um período de cinco anos em criogenia causada por sua própria mãe.
Victor tinha causado muitos problemas durante seus primeiros anos no acampamento, tinha exposto demais os seus sentimentos, especialmente os negativos. Depois que recebera sua maldição e viu-se obrigado a controlar aquele turbilhão de emoções que carregava no coração, passara a desgostar da atenção a respeito de seu estado, fosse físico ou emocional. ━━ Tá tudo bem. ━━ Disse por fim, junto a um suspiro. ━━ Não é o primeiro e não vai ser o último. Ainda estou meio enferrujado, é assim mesmo. ━━ Tentou tranquilizá-la. Mentalmente, todas as suas habilidades pareciam intactas, sentia-se capaz de executar tudo ao que estava habituado. Fisicamente, a história era diferente. Precisava voltar à forma e aquilo estava demorando mais do que ele gostaria de assumir.
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@livinlavidalcki said ❛ i can’t leave you alone for one minute, can i? ❜
˚。━━ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ Victor era um elementalista. Mas seu treinamento estava atrasado em cinco anos e isso estava se mostrando como um grande problema. Sabia o que fazer e como fazer, mas não conseguia coordenar a energia em sua mente com aquela em sua palma. E foi por isso que pediu a ajuda de Jude. As habilidades mágicas dele podiam reproduzir o que queria e o que só conseguia fazer com gelo e afins, mas precisava fazer com fogo. Quando o outro se afastou sabe-se-lá-por-qual-motivo, o filho de Cailleach decidiu tentar seguir a instruções do outro mais uma vez. E, bom, foi assim que acabou com uma árvore pegando fogo. Apesar do susto inicial, não estava realmente surpreso ou apavorado com o resultado acidental que conseguira. Só frustrado. E teria dado conta dele por conta própria, se não fosse pela maldição que o fazia pensar duas vezes antes de usar seus poderes. Assim, teve que chamar por Jude com certa urgência, antes que o fogo se espalhasse para as árvores vizinhas. Com o comentário dele, o mais novo entre os dois crispou os lábios e murmurou um "cala a boca". ━━ Acho que preciso de cinco minutos de pausa. ━━ Assumiu então, com um pouco mais de confiança. Não dava para fazer nada direito estando tão frustrado, de todo jeito.
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closed starter for @alokill .
˚。━━ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ━━ Não é tão ruim assim. ━━ Victor ia dizendo, enquanto ajeitava-se sobre a grama. Mesmo que ficasse mais confortável em temperaturas mais baixas, um dia agradável como aquele nunca o incomodava. Mesmo sem a percepção física da passagem do tempo, ter a informação criava um tipo de peso sobre seus ombros, quase que uma obrigação de aproveitar. Então ali estava ele, tentando pegar alguma vitamina d. ━━ Se for colocar na balança, são cinco anos de vida que me foram poupados, teoricamente. Pelo menos do ponto de vista da maldição... ━━ E aquilo não significava muita coisa, podia jogar toda aquela economia pela janela se o acampamento fosse atacado novamente e tivessem que lutar, mas estava tentando ser positivo. ━━ Quer dizer, ela achou que iria me parar, mas deve estar se mordendo de raiva agora. ━━ Falava de Quíone, a responsável pelo coração em processo de congelamento que carregava no peito. ━━ A maldição dela só me atinge se eu usar os dons herdados da minha mãe, mas olha só: ━━ Tirou então alguns segundos para fazer com que a palma acendesse em uma chama pequena e controlada, proveniente de seu título de elementalista. ━━ Aposto que ela não contava que eu ia aprender a fazer isso.
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𝐭𝐚𝐠 𝐝𝐫𝐨𝐩;
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bjankor:
a pose que ankor tentou manter se desfez ao ver victor rir, sentindo o rosto esquentar pela vergonha e se forçou a desviar o olhar porque sabia que estava corado. se sentia tão ridículo. tinha dito algo tão absurdo assim? ❪ aish! serio que tá perguntando? isso é culpa sua! ❫ resmungou entre um franzir do cenho. não podia evitar se sentir mais solto, ankor era realmente um tanto tímido em relação aquele tipo de coisa mas ele sabia exatamente o que fazer pra atingir victor, sabia o que ele gostava e como gostava, as provocações apenas era algo que acabou aprendendo com o tempo que ficava com o mesmo se tornando mais fácil com o passar do tempo e agora parecia que qualquer filtro que tinha antes não existia mais, talvez estivesse confortável demais e sem conseguir conter a língua, não tinha se dado conta aquela aquele momento e por mais envergonhado que estivesse estava gostando. e victor também parecia o que fez o maior semicerrar os olhos em sua direção enquanto o via tentar conter o riso. e então ser pego pelas palavras, porque claro que teria volta, sentindo não só o rosto mas o corpo se aquecer com as ideias que passavam em sua cabeça agora, talvez não devesse seguir por aquele caminho, pelo menos não por enquanto já que queria um encontro romântico e conhecia bastante como as coisas funcionavam entre eles, não era tão difícil acabarem aos amassos sobre a toalha no final de tudo. ❪ acertamos isso depois. ❫ se apressou a dizer e então abriu um sorrisinho como se tivesse tido uma ideia nada boa. ❪ esse é seu jeito de conseguir ficar mais vezes comigo? ❫ se atreveu a dizer em uma clara provocação, as sobrancelhas levemente arqueadas e os labios pressionados em um biquinho.
❪ uhum. ❫ retirou o celular do bolso e entregou pra victor, costumava está sempre com o mesmo quando saí dos limites do acampamento já que poderia finalmente receber as mensagens do pai então mesmo que não tivesse pretensão de usa-lo inconscientemente o tinha consigo. desbloqueou o mesmo fazendo questão de mostrar a senha pra caso sem querer ele bloqueasse a tela, então voltou a se distrair com a paisagem pra dar alguma privacidade já que não sabia exatamente se victor queria ligar ou mandar mensagem pra alguém, por mais curioso que fosse jamais invadiria seu espaço. ❪ sendo filho de quem sou tava esperando o que? claro que eu não usaria a palavra brega, talvez… exagerado. ❫ acrescentou bem humorado entre um dar de ombros. aquilo era simplesmente um fato, ankor tinha puxado aquele toque da personalidade da deusa, então assim como a primavera ele não sabia ser contido ou simples ou só sutil, ele costumava ser naturalmente exagerado, assim como todas as flores desabrochando naquela estação, mas não via aquilo como ruim afinal as pessoas sempre ficavam encantadas com a primavera no final das contas. ankor sabia que victor podia parecer não gostar mas ele gostava sim, talvez estivesse sendo convencido demais porém tinha seus motivos pra isso, todas as palavras ditas na ultima noite juntos ainda rondavam sua cabeça e sempre que ficava um pouco inseguro as usava pra lembra-lo que agora eles estavam juntos, de alguma forma seja ela qual fosse. ❪ é tem razão, tá até me dando dor de cabeça agora sendo estraga prazeres. ❫ resmungou levando os dedos até as têmporas mas só estava fazendo drama.
❪ ah mas eu tô bem… ❫ acabou desistido do resmungo ou da justificativa porque claramente victor não iria aceitar nenhuma delas, no final apenas assentiu. ❪ você não tá preocupado de eu usar esse convite como pretexto pra só… ficar por lá? ❫ porque ele de fato faria aquilo assim como tinha convencido victor a ficar no seu chalé da última vez, aquilo poderia se tornar um mau costume mas não se importava. ❪ eu não posso te levar tão cedo pro meu. ❫ comentou entre um suspiro frustrado, as bochechas pegando fogo, os motivos eram óbvios se fosse sincero, os dois juntos pareciam perder qualquer noção do tempo, espaço e senso, o que implicava em serem barulhentos e claro que os irmãos mais novos de ankor tinham reclamado, não que isso fizesse alguma arrependimento ou culpa surgir porque faria tudo de novo. aquela tinha sido a noite favorita da sua vida. talvez ali naquele momento ela estivesse tendo uma grande rival, porque ankor estava muito feliz aquela manhã também. não era que achasse que não teriam momentos difíceis ou ruins, eles já haviam passado por eles outras vezes, mas todos os momentos bons na gaveta de recordações de ankor sempre tinha alguns destinados a victor. porque como não ter a risada de victor como algo do qual queria lembrar? os sons que saia dele pareciam ser algum combustível para seu sangue correr mais rápido, então tudo sempre era quente mas de um jeito bom, como se de alguma forma ele fosse o sol do seu jardim mesmo que de uma forma engraçada essa analogia não fizesse sentido sob o frio em suas digitais toda vez que o tocava.
o afastamento não passou despercebido por ankor, algumas perguntas perambulando em sua cabeça como se tinha dito ou feito algo errado, talvez sendo grudento demais? ele sempre era assim e não sabia se podia mudar aquilo, de qualquer forma tentou afastar tudo porque não podia adivinhar o que se passava no coração e cabeça de victor mas podia dar o espaço que ele queria silenciosamente se mantendo no mesmo lugar, se concentrando em só comer o que tinha feito. até que o escutou e quase se engasgou com o suco, dando algumas tosses e batendo no próprio peito até se recuperar. ❪ o que? ❫ a voz soou mais alta do que pretendia, sentindo o rosto aquecer mas pela primeira vez em muito tempo era de raiva. precisou de três ou quatro segundos pra por as ideias no lugar porque não estava entendendo ou não queria que fosse o que entendeu. ❪ mal começamos e já ta pensando em me dar um pé na bunda? ❫ resmungou completamente indignado, os braços sendo cruzados e o olhar semicerrado em direção ao menor. depois de ter feito tudo aquilo o efeito tinha sido mesmo o reverso? ankor sentiu o estomago revirar e virou o rosto tentando esconder a inundação que começava a querer toma-lo. os labios pressionados em um biquinho tentando conter a própria frustração porque era isso, talvez ele não fosse feito para ser amado mas ele ainda insistia naquela droga e não era culpa de victor que tivesse fantasiado demais. entretanto quando o escutou voltar a falar, foi a primeira vez que viu tudo desabar depois de muito tempo…
maldição… meu coração congela toda vez que uso meus poderes… não sei quanto tempo eu tenho… eu não quero ser pessimista, nem te assustar, mas… o silencio ainda pairava entre eles, ankor voltou a encarar victor como se esperasse que depois de tudo ele disse que era uma piada de mau gosto então percebeu que não. ❪ oh. ❫ foi tudo que conseguiu dizer em um primeiro momento, entre um suspiro pesado, os olhos fixos na figura a sua frente como se ela pudesse desaparecer a qualquer momento então se sentiu absurdamente mais pesado e por isso teve o corpo pendendo pra frente, os dedos se atreveram a se aproximar do rosto de victor mas não conseguiu toca-lo, se ele desaparecesse? droga! não queria se perder naquele momento porque ele sabia que deveria ser difícil pra victor contar aquilo e estar passando pro aquilo então queria dizer as palavras certas mesmo que não tivesse certeza se elas existiam. queria perguntar como victor se sentia com tudo aquilo, se era difícil pra ela abrir mão dos poderes do inverno, agradecer por ele ter o contato mas… naquele momento só queria chorar. então esperava que ele entendesse que precisou só sentir tudo. queria pedir desculpas, queria deixar pra mais tarde mas por mais forte que tentasse parecer no exterior ankor era frágil. frágil ao ponto de sentir demais, de ser engolido pelo medo. ainda assim toda a atmosfera trazia uma paz que não condizia com a cena, isso por culpa do perfume que ankor exalava, porque mesmo naquele estado não queria deixar victor pior ou preocupado então se pudesse usar o poder de manipulação pra conter um desastre o faria. ficou ali por alguns segundos talvez minutos não tinha certeza. aos poucos a vista ficando embaçada pelas lagrimas recorrentes.
não queria perde-lo de novo. mas era uma grande piada do universo aquilo está acontecendo, que ele estivesse tentando tirar victor de si de novo, mas também era uma grande piada pensar daquela forma quando na verdade estava tendo uma segunda chance, porque victor poderia ter morrido a cinco anos atrás. ❪ de todas as pessoas eu sou a que mais deveria entende o quão frágil é a vida. ❫ murmurou entre soluços pra si mesmo entre um riso porque se sentia levemente patético, porque no final ankor não aceitava que a vida era frágil, ele sempre tentava manter a natureza a sua volta viva com seus poderes, mas victor não era uma planta afinal e por isso ele não podia fazer nada pra impedir o curso natural da vida. ❪ tudo bem. ❫ assentiu entre outro suspiro pesado como uma aceitação da situação em que se encontravam por pior que ela fosse, as mãos seguraram as victor um pouco tremulas e úmidas após secar o rosto e as lagrimas que instituiriam cair sem sua permissão. ❪ tudo bem. ❫ disse mais confiante, um sorriso tomando os labios, um que deveria ser mais feliz do que deveria pra ocasião, talvez porque carregasse algum tipo de esperança boba. ❪ tudo bem por mim ficar frustrado por não cumprir todos os itens da lista, mas… tem que me prometer uma coisa… tem que me prometer que vai tentar cumprir cada um deles enquanto puder. ❫ estendeu as mãos e então o mindinho pra que eles efetivassem a promessa.
não era que tivesse parado de doer, mal conseguia respirar, mas no final das contas o que podia fazer? se não sabia quanto tempo tinha ao menos queria aproveitar o quanto pudesse, a vida já tinha o tirado 5 anos, não queria perder mais tempo. ❪ e eu vou cozinhar pra você de novo, todos os dias e todas as refeições. ❫ os seus poderes de cura por alimento tinha o ajudado a se recuperar do envenenamento e estado de criogenia então talvez pudesse ajudar de alguma forma com a maldição, mesmo que não pudesse cura-lo de fato e sim apenas acelerar o processo de recuperação, já seria alguma coisa não é? ❪ vou cuidar de você… e estar com você… pelo tempo que eu puder. ❫ dizer aquilo porém por mais doce que fosse tinha um gosto amargo. saber que victor estar em um estado delicado, onde não havia certeza alguma por quanto tempo ele viveria era assustador, mas no final das contas quem tinha controle sobre o tempo de vida? se um dia aquela acampamento pegasse fogo talvez ankor morresse junto com a dor que sentiria por estar conectado com a natureza a sua volta… as ondas de pensamentos o fez lembrar de mais uma promessa. ❪ e não use a manipulação do tempo frio, mesmo se for pra me proteger, entendeu? ❫ aquilo não era um pedido, era uma suplica quase desesperada.
━━ culpa minha o quê?! ━━ devolveu imediatamente. no entanto, diferentemente do que normalmente acontecia, victor não tinha entrado no modo defensivo daquela vez. seu tom era mais leve, apesar da tentativa de fazer o que sempre fazia e resmungar em resposta. ━━ se você tá querendo me dar e não tá sabendo pedir, o problema não é meu. ━━ soltou, rindo antes mesmo de completar a fala. mesmo com o tom sendo diferente, as provocações não eram. não queria que isso mudasse, não importa o quão longe chegassem com o que estavam tentando ali. porque era divertido, era gostoso e ankor era o único que sabia brincar com ele daquele jeito, do jeito que gostava. que o tinha suspirando mesmo enquanto encarava a quantidade absurda de marcas em sua pele no dia seguinte. mesmo que qualquer aperto mais forte já deixasse seu rastro, porque sua pele era muito clara, quando vinham do outro, não o irritavam tanto. não que pretendesse deixá-lo saber disso. seguiria reclamando no outro dia como se estivessem incomodado em ter que usar manga longa ou gola alta. victor tinha aceitado a ideia de se arcertarem depois e não faria mais nenhum comentário. mas a pergunta seguinte tornou impossível que permanecesse em silêncio: ━━ o que te faz pensar que gosto tanto assim de ficar com você? ━━ rebateu, agora resmungando de maneira habitual só pela provocação. mas em vez de cruzar os braços a frente do corpo e esperar a resposta, victor se adiantou e pressionou seus lábios no biquinho que o maior sustentava. mesmo que tivesse que se submeter à humilhação de ter que se erguer na ponta dos pés.
agradeceu pelo celular e pela senha, mas não fez nada com o aparelho até que percebesse que ankor estava prestando atenção em outra coisa. só então que tirou algumas fotos de ankor. a paisagem apareceria de todo jeito, mas não era exatamente seu foco, não mais. então, abriu a conversa dos dois no aplicativo de mensagens e enviou as imagens para si mesmo. apesar de ter feito tudo muito rápido, tentando não ser pego, não apagou as fotos da galeria dele. nem devolveu o celular, apenas colocou-o no bolso da jeans. ━━ isso você é mesmo. ━━ concordou prontamente, balançando a cabeça com tamanha veemencia que fizera os cabelos longos se agitarem. não tinha como esconder, aquela parte da personalidade de ankor tinha assustado victor inicialmente, porque era muito diferente de sua própria personalidade e sua vontade era manter o máximo de distância que pudesse. e teria feito isso se não fosse a curiosidade. e aquela malditas covinhas. os olhos charmosos. os lábios cheios. o corpo sensual. e tudo o que foi descobrindo e conhecendo dele com o tempo, que agora soavam como conforto. com a resposta dele, segurou os lábios em uma linha firme, para evitar o sorriso e deu de ombros ao vê-lo levar as mãos às temporas, como se dissesse algo entre "eu te avisei" e "não me importo".
victor franziu o cenho em evidente confusão. ━━ você pode ficar por lá, oras. ━━ respondeu, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. não ter que dividir o chalé com mais ninguém trazia aquele tipo de liberdade. podia esconder pessoas lá por quanto tempo quisesse, sem ser pego. era quase como morar sozinho, se não fosse pelos curiosos que pareciam fiscais de janelas e ficavam monitorando a movimentação nos chalés vizinhos. mas os dois eram da mesma ala, o que facilitava muito as coisas. ━━ vou deixar você ter o gostinho de morar comigo, o que acha? ━━ acrescentou, com um sorriso travesso. este que só fez crescer ao notar o quão corado o outro estava, o que fizera com que não tivesse que perguntar o motivo de estar temporariamente banido do chalé alheio. victor riu com gosto, mas a ficha foi caindo aos poucos e ele foi se sentindo cada vez mais envergonhado. ━━ foi tão alto assim? ━━ perguntou baixinho, depois que a risada deu lugar para uma expressão preocupada. todavia, bastava puxar um tanto na memória para encontrar a resposta, o que o fizera pigarrear, definitivamente envergonhado enquanto coçava a nuca. mas se conhecia bem o bastante para saber que não ficaria igualmente constrangido se fosse confrontado sobre isso. afinal, havia sido sua primeira transa depois de cinco anos praticamente morto na enfermaria, merecia um desconto e não um castigo! e havia sido boa para um caralho, diga-se de passagem.
a reação de ankor o pegou de surpresa, chegando a fazer com que congelasse - risos - por um ou dois segundos enquanto processava o fato de estar presenciando a raiva do outro. e estava tão surpreso que chegou a abrir a boca, mas nada saiu. porque foi só então que percebeu o quão solta sua fala anterior podia ter ficado sem o resto da história. então foi bom que não tivesse dito nada, que tivesse dado aquele tempo para que as informações assentassem em ankor. mas era estranho e, definitivamente doloroso, ter que assistir tudo acontecendo. era quase como se pudesse ver as engrenagens trabalhando na cabeça dele, tentando absorver tudo o que tinha dito. talvez houvesse um momento melhor, talvez devesse tê-lo preparado melhor antes de soltar a notícia, mas agora era tarde demais. então só tentou se preparar para qualquer tipo de reação. ainda assim, aquele "oh" o desconcertou completamente. ━━ oh. ━━ repetiu junto a um risinho desprovido de humor enquanto o via desistindo de tocá-lo. ao ser acometido pelo aroma floral muito mais forte do que estivera sentindo até então, suspirou pesadamente, porque sabia de onde estava vindo. teria resmungando alguma coisa, pedido que ele parasse de tentar distraí-lo, mas ainda não tinha encontrado sua voz para verbalizar o que fosse. e parecia ainda mais difícil quando via os olhos marejados. mesmo com a urgência que sentia em consolá-lo de alguma forma, sabia que devia deixá-lo lidar com a informação de seu jeito, por isso sustentou o silêncio por mais um tempo.
━━ ninguém entende uma coisa dessas, não importa que seja humano ou semideus. acho que nem mesmo deuses... vários deles transformam as pessoas em alguma outra coisa só porque não querem perdê-las, não é? ━━ disse por fim, tentando manter a voz firme. ━━ minha mãe me congelou, eh? e certamente teria me deixado daquele jeito para o resto da eternidade, se não tivessem encontrado um antídoto, porque não queria me deixar morrer. ━━ e acabou fazendo uma nota mental para fazer novas oferendas para a deusa por isso, porque era o que tinha lhe dado a chance de estar ali, com ankor, naquele momento. apertou as mãos dele entre as suas, esperando que aquele gesto transmitisse o conforto que queria que ele sentisse, ao que assentia em concordância. de fato, estava tudo bem. queria sorrir com ele, mas não conseguiu porque estava preocupado. ━━ de jeito nenhum! ━━ exclamou imediatamente. por mais que parecesse uma resposta impulsiva, não era. ━━ você vai usar isso de desculpa para me colocar em outras roubadas como essa de piquenique e eu não vou deixar você continuar com isso. ━━ completou, literamente reclamando. era fingimento, claro, mas esperava pelo menos arrancar uma risada dele. se fizesse isso, já estaria satisfeito. sem mudar a resposta verbal que tinha oferecido, victor enganchou o mindinho no dele, selando a promessa.
assim que o outro tornou a falar, victor estava balançando a cabeça em negativa, como se recusasse o que ele queria fazer. não ia e não podia aceitar que ele tomasse aquela tarefa para si, já tinha sido trabalho demais da primeira vez. não podia deixá-lo fazer de novo, especialmente quando não precisava mais de alimentação especial. sabia que ele só estava tentando encontrar maneiras de lidar com a sua situação e só teria concordado, se não fosse pelo trabalho que aquilo implicava. ━━ de jeito nenhum. ━━ disse com firmeza. ━━ eu vou deixar você cuidar de mim, prometo isso. mas não vai cozinhar para mim todo dia não. você vai acabar sobrecarregado sem necessidade e eu não quero isso. ━━ se ankor quisesse discutir por isso, então iriam, porque não daria o braço a torcer sobre aquele tópico. ━━ não! ━━ victor discordou novamente, quando era sobre proteger o outro. ━━ pelos deuses, você é terrível em estratégia de batalha, não é? ━━ resmungou, pelo puro desespero. ━━ se eu tiver que usar meus poderes para proteger você, eu vou. todos eles. se eu não fazer nada e você morrer, espera que eu simplesmente viva com a culpa e sem você pelo resto da vida? nem fodendo, ankor! eu posso usar meus poderes e ainda assim vai ter uma chance de nós dois sairmos vivos para contar a história. mas, se eu morrer para te proteger, você vai atrás do que causou a coisa toda e acaba com ela. você se vinga por mim. é isso que você faz, entendeu? ━━ explicou, absolutamente exasperado, mas esperando que ele entendesse, acima de tudo, que queria que ele prometesse que agiria daquela maneira. cair em batalha era o melhor que um semideus podia esperar, no fim das contas.
sem dizer mais nada, tornou a se aproximar do outro. sentou-se à sua frente e subiu as mãos para seu rosto, obrigando-o a olhá-lo. ━━ eu não vou morrer tão cedo. ━━ assegurou-o. ━━ mas mesmo que aconteça, tá tudo bem. eu não tô com medo. e você também não tem que ficar. ━━ estava tentando acalmá-lo, mas estava mentindo. estava sim, com um pouquinho de medo. porque até então não tinha nada a perder, já tinha perdido a única pessoa importante em sua vida. mas agora tinha alguém que não queria perder. alguém que estava tornando aquela segunda vida inesperadamente boa. então, victor inclinou-se na direção do outro e pressionou seus lábios nos dele demoradamente. e repetiu o gesto mais algumas vezes, mas fazendo questão que os beijos fossem se tornando progressivamente mais demorados, mais molhados e mais ruidosos. chegando até a sugar o lábio inferior dele levemente. sim, estava tentando distraí-lo, fazê-lo trocar o foco. ━━ deixa isso para lá agora, tá bom? ━━ pediu contra os lábios dele. ━━ a gente se preocupa com isso quando tiver que se preocupar.
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bjankor:
tinha aquele sorriso bobo brincando de dançar sobre as linhas de seus lábios, escapando entre os dentes que tentava contê-lo entre mordidas sutis porque ankor estava feliz não só por estar envolto da natureza mas porque seu plano estava funcionando e por isso que a cara emburrada de victor não fazia efeito algum sobre si, ao menos não mais do que achar adorável e era quase mau de sua parte rir baixinho entre os resmungos do outro mas não podia evitar. ❪ você realmente faria isso? ❫ o maior se virou ainda caminhando mesmo que de costas porque além de conhecer o caminho podia sentir os obstáculos por causa da maldita benção que recebeu. ❪ é claro que faria. ❫ respondeu quase se gabando um pouco por conta disso, talvez victor estivesse o dando moral demais. ❪ sabe… eu fiquei pensando… eu deveria comprar uma coleira pra você? já que se eu mandar você faz… ❫ não conseguiu evitar a provocação mas não conseguiu sustentar a pose sem rir, entretanto, antes que recebesse mais um resmungo ou um xingamento roubou um selinho do menor. então voltou a se virar, ficar de costas como se não tivesse feito nada. estavam pertos e por isso sentia o coração acelerado pelo nervosismo de como victor reagiria com a surpresa, podia esperar literalmente tudo já que era a primeira vez que fazia algo assim pra ele, de qualquer forma valia o risco.
a vista era realmente bonita, tinha tudo ficado perfeito e ankor estava orgulhoso do próprio trabalho. o sorriso se alargando ao escutou o suspiro do outro, a pergunta porém fez o coração errar as batidas. victor poderia odiar aquele tipo de coisa né? ❪ se eu falar que foi você vai ficar mais bravo? ❫ perguntou incerto, mordendo o lábio inferior com receio de encarar o menor. realmente tinha pensado em todos os cenários de como victor reagiria, sabia que não era tão comum pra ele assim qualquer coisa que beirasse o romance ainda assim ele ainda tinha as palavras do mesmo em sua cabeça. ❪ se… me quer mesmo tanto assim… nós podemos… podemos… sei lá… ir devagar, ver no que dá. ❫ recitou a fala do outro antes de tomar coragem e se aproximar dele, encara-lo ou menor admira-lo, uma das mãos o segurou pela cintura e a outro tomou o rosto em um carinho com o polegar, não o forcaria a olhar pra si ainda que quisesse que ele o fizesse. ❪ você deveria ter olhado as letras miúdas do contrato antes de assina-lo. porque agora vai ter que lidar com esse tipo de coisa. ❫ roubou outro beijo só porque não conseguia resistir. ❪ você pode ter brincado quando disse sobre colocar uma aliança no meu dedo e cuidar de mim pelo resto da minha vida, mas eu não. ❫ e não era que estivesse se iludindo ou não levando em conta que as coisas não poderiam dar certo, ou não serem tão fáceis, mas ankor tinha decidido tentar e ele não sabia o fazer sem se jogar de cabeça e dar tudo de si.
soltou o corpo do menor pra puxa-lo até o centro da clareira, onde tinha organizado o piquenique. as mãos se entrelaçando no ato até que se sentasse primeiro sobre a toalha jogada na grama esperando que victor fizesse o mesmo. ❪ talvez eu tenha exagerado um pouco com a comida, eu só não sabia o que fazer, então fiz um pouco de tudo? ao menos de alguma coisa você vai gostar né? ❫ a voz o deixou um pouco nervosa só porque se sentia minimamente bobo. tinha ficado a noite anterior preparando tudo, então tinha literalmente tudo que fosse possível em um café da manhã. ❪ e você não pode nem reclamar! tá ganhando mais mimos que os outros campistas que comem minhas comidas no refeitório. ❫ naturalmente victor era mais mimado já que ankor já tinha cozinhado especialmente apenas pra ele diversas vezes e mesmo que ele fizesse isso com muito prazer antes era por causa das recomendações medicas, agora era claramente só porque queria agrada-lo, conquista-lo e talvez provocar reações novas, encontros não era algo que faziam antes afinal ainda assim mesmo que fosse um cenário diferente do habitual entre eles, ankor já tinha fantasiado momentos como aqueles com victor, queria viver aquele tipo de coisa ao lado dele e se pra isso precisasse ser um pouco bobo tudo bem.
victor estava em vias de perguntar por que aquilo seria uma afirmação surpreendente, porque não entendia como poderia soar tão contra sua personalidade fazer um favor tão simples, ainda mais para ankor. especialmente quando passava muito tempo embrenhado naquela floresta. mas não deu tempo. o complemento, é claro que faria, pegou-o de surpresa. o desconcertou a ponto de fazer os ombros caírem. mas ele tinha uma resposta. uma muito boa por sinal, que estava já na ponta da língua! só que ela se perdeu por conta do beijo roubado. aquele era o tipo de coisa com o qual ainda estava tentando se acostumar, os gestos simples que carregavam tanta intimidade. e não estava tentando se acostumar no sentido de ficar confortável com isso, porque isso ele já estava. o problema eram as malditas borboletas no estômago que nunca assentavam e ficavam fazendo algazarra em seus órgãos internos por qualquer bobagem que ankor fizesse. ah... a resposta. ━━ e eu vou comprar uma mordaça pra você, tá falando besteira demais já. ━━ não, não era essa a sua boa resposta. tanto que essa sequer contestava a coleira e, por isso, já tinha se arrependido de abrir a boca.
mas a ideia da mordaça não estava parecendo tão ruim. afinal, como poderia achar que ficaria bravo? como ankor podia estar receoso de alguma coisa? porque, tirando todo o pânico de victor por ser uma das criaturas mais romanticamente desastradas da face da terra, tudo estava muito bonito. o dia estava lindo, o piquenique estava lindo, o lugar era lindo, ankor era lindo. se soubesse pintar, certamente pensaria em produzir um quadro de um cenário tão perfeito. distraidamente, vasculhou os bolso da calça em busca do celular e suspirou ao perceber que ele não estava ali. como era praticamente inútil dentro do acampamento, com tanta magia interferindo na funcionalidade, preferia deixá-lo em seu chalé. mas, novamente, foi tirado de seus pensamentos por algo que ankor fazia. reconheceu rápido demais a fala recitada e, por isso, as bochechas coraram, no entanto, rapidamente aquele om avermelhado era de ódio diante da audácia do outro. instintivamente, victor socou o braço do outro, mas mesmo assim controlou a força aplicada no gesto. ━━ por que está imitando até minhas pausas? ━━ resmungou em resposta, absolutamente indignado. mas não tinha como a pose durar. não quando tinha o braço dele ao seu redor, não com o carinho em seu rosto, não com olhar dele em si. mesmo não sustentando o olhar dele, preferindo manter os olhos baixos para a blusa que ele usava, victor se rendeu à proximidade e subiu as mãos pelo peito dele, até passar os braços por seu pescoço, depois de rir ao ter outro beijo roubado. ━━ e se eu já tiver lido as letras miúdas e mesmo assim ter assinado o contrato? ━━ perguntou em voz baixa, por fim erguendo os olhos pequenos para os dele. tinha pensado muito em tudo o que significava estar com ankor. e queria tudo, mesmo aquelas coisas com as quais não saberia lidar inicialmente. ━━ você realmente gosta de arrumar problema pra cabeça, não é? ━━ soltou, mas em tom divertido, rindo por entre as palavras. queria perguntar se ele iria aproveitar o momento e dar-lhe uma aliança, mas só de pensar nisso o coração já queria pular para fora do peito. melhor lidar com uma coisa de cada vez.
deixou-se ser puxado, mas não se sentou porque acabou distraído observando tudo o que o outro tinha preparado. não era fora do comum que ankor o fizesse, ainda mais agora que estava livre das restrições alimentares. mas era diferente daquela vez, por algum motivo. mesmo que não dissesse, por não encontrar palavras para tal, sempre achava especial quando ankor fazia alguma coisa só pelo gosto de mimá-lo. mas ter isso em uma escala maior, com toda a preocupação em fazer daquilo um momento só dos dois, era ridículo. e mais ridículo que isso era o quantidade de força que fazia para conter aquele sorriso bobo de simplesmente tomar os lábios. ━━ você pelo menos dormiu essa noite? ━━ julgando pela quantidade de coisas que via ali, duvidava que a resposta fosse positiva. então, o mínimo que poderia fazer era comer tudo. e estava com fome o bastante para isso.
por fim, victor se sentou. mas só depois de abrir espaço para si entre as pernas do maior. já que não seriam interrompidos, podiam muito bem ficar do jeito que gostava, de grude, certo? então, ajeitou-se até estar meio sentado, meio deitado, recostado contra o peito dele. porque assim podia alcançar tanto ele quanto a comida. e escolheu ankor primeiro; uma das mãos buscou pela dele, entrelaçando os dedos para que pudesse trazê-la até sua boca, então deixou um beijo no torso. o outro braço ele esticou para trás, até que pudesse carinhar os cabelos de ankor. ━━ obrigado. ━━ disse por fim. ━━ não vou ficar dizendo que a primeira vez que alguém faz isso pra mim porque você sabe. sabe que é o primeiro em muita coisa. então... é... obrigado. ━━ continuou, erguendo o rosto para que pudesse olhá-lo. ━━ eu realmente gostei disso. de tudo! da comida, do lugar e... de poder ficar aqui com você. ━━ disse, sentindo uma nova onda de calor subindo para o rosto e as orelhas. por que era tão difícil falar de seus sentimentos? ━━ agora pega o bolo de milho pra mim.
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