#<- menção do jj
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jjcocker · 8 months ago
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mano lembrei de um dia que eu tava na prova de geografia né. ai numa cadernetinha tipo assim minha eu só dei uma recapitulada (tipo speedrun de recapitulada ta)
e bem no canto eu fiz um desemho malfeito todo fudido do jj e escrevi "bom dia so eu jj rocker vose vai passar em geografia ta"
né q rirei 10
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matriegler · 9 months ago
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@elliebass
"I know. I'm sorry, bebê." Fez um biquinho à menção de Bonnie. Obviamente não estivera por perto para a morte da cadela, mas lembrava-se do quanto Mattie gostava dela. "Well, I'm all in favour on getting a new puppy. Oh, oh!" Subitamente empolgada, sentou-se na cama e o fitou de cima para baixo. "And letting me name them!"
A empolgação de Ellie rapidamente iluminou o ambiente de novo. Ele puxou o travesseiro e se virou de lado, acomodando a bochecha no algodão do tecido, uma mão sob o travesseiro, olhando para a mulher com carinho. "Well, you can get a new puppy, baby. I can't get one and leave them here alone to go to LA every weekend." Deus sabe como Mat fez o raciocínio rápido, com a cabeça lesada como estava. "Mas tá tudo bem, a JJ me faz companhia quase toda noite agora que..." A Rachel não vem mais. Matías se impediu de terminar a frase.
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onceuponatimedasminas · 8 years ago
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Agnes — Alice — JJ/Casa de Agnes
— Obrigada. — Agradeceu ao manto que lhe foi colocado por cima dos ombros, e apesar de não ter entendido muito bem o motivo, o julgou gentil de qualquer maneira. A loura continuou a comer a pipoca doce enquanto JJ lhe explicava sobre tudo o que ela questionou. Meneou em concordância enquanto mastigava ao ouvir sobre os garotos perdidos estarem na Terra do Nunca, lembrando-se do conto na qual os amigos de Pan nunca vinham para o "mundo real". — Entendi, mas você os visita com frequência ? Nos filmes e livros você ficava mais lá do que aqui, mas eu te vejo praticamente todos os dias na faculdade. Então, seria de dia em Storybrooke e de noite na Terra do Nunca ? Quando eu te liguei você estava lá ? Bom saber que lá os celulares funcionam. — A jovem começou a tagarelar e tirar as próprias conclusões, tentando entender como Peter Pan conseguia estar em dois mundos diferentes. A próxima menção fez os olhos verdes da McKnigth se arregalarem levemente, enquanto o restante de pipoca que jazia dentro da boca era engolida. — Ué, eu pensei que você fosse apaixonado na Wendy. No desenho da Disney, os garotos perdidos te chamam de pai, e você levou a Wendy para lá para ser a mãe deles. Por que não gosta dela ? As histórias dela eram ruins ? — Tombou o fronte levemente, demonstrando extrema curiosidade neste ponto específico da conversa. Peter e Wendy praticamente são retratados como um casal, e os garotos perdidos amavam as histórias que a menina britânica contava. Levou mais algumas pipocas para dentro da boca enquanto os olhos agora devotaram atenção ao chão, vendo que JJ estava mesmo desprovido de sua sombra. — Caramba, pelo menos isso é igual nos desenhos.— Comentou assim que terminou de mastigar. A luz do quarto estava apagada, mas a iluminação abundante da Lua que entrava pela janela aberta iluminava o recinto ao ponto das sombras ficarem demarcadas no chão. E ali, só tinha a sombra de Agnes. — E sim, um Peter pipoqueiro é bem legal, principalmente quando ele aceita fazer entrega a domicílio de madrugada. — Sorriu em resposta à pose convencida do rapaz, provavelmente agregando-o mais auto-estima. Se permitiu sentar na ponta da cama enquanto Pan continuava a lhe explicar tudo o que ela mencionara anteriormente, agora, ouvindo-o narrar sobre o pó de fada. — Trás a Sininho um dia ? Adoraria conhecê-la, e aposto que ela nos daria um pouco de pó. — Falou animada, mas a possibilidade elencada pareceu não agradar Peter, que novamente ficou sério e parecia inclinado a ir embora. Agnes tinha acabado de comer a pipoca, então amassou o pacote de papel e o arremessou nas costas do rapaz, que agora ia em direção a janela. — Hey, espera. — Falou mais alto do que deveria, então correu de encontro a janela, se posicionando entre a abertura e ele. — Não é todo dia que eu estou bêbada e uma fábula aparece no meu quarto. JJ, você tem que me contar tudo sobre a Terra do Nunca..e sobre o Capitão Gancho..sobre o crocodilo..e sobre a princesa Tigrinha e.. — Começou a pontuar tudo o que lembrava da história de Pan, quando foi interrompida por barulho de passos vindo de fora do quarto. Já imaginava o que estava por vir, então sem qualquer anuncio, começou a empurrar Peter em direção a cama dela. — É o meu pai..se esconde aí embaixo..para de reclamar e vai logo.. — Cochichou enquanto o empurrava, conseguindo se deitar e fingir estar dormindo segundos antes do pai abrir a porta. O empresário olhou o quarto por um bom tempo, como se procurasse por algo suspeito, mas vendo a filha bem, se limitou a fechar a janela aberta e novamente deixar o recinto. — Essa foi por pouco. — Falou, suspirando aliviada. Rastejou pelo colchão até a beirada da cama, colocando a cabeça para fora em prol de ver JJ, que também já tinha a cabeça para fora. — JJ Pan, não vá embora sem antes contar a sua história. Por favor. — Pediu, encarando-o nos olhos. — Ai! — Murmurou o resmungo assim que recebeu o peteleco na testa. Sentou-se na cama e com uma das mãos massageou a área enquanto JJ saia do esconderijo e se levantava. Era evidente que o rapaz não se sentia confortável ao conversar sobre a própria história, o que apenas aumentava a curiosidade de Agnes. Assim que JJ começou a falar, a jovem pegou um dos travesseiros e o abraçou enquanto sentada na cama, a atenção totalmente devotada ao rapaz. — Deve ser chato saber que contaram a sua história toda errada. — Soltou o comentário, mas logo se calou para que ele prosseguisse com a narrativa. Peter então passou a falar sobre a Wendy, na qual o tom de voz dele deixava tão claro quanto á repulsa que ele sente pela menina. O que tão logo foi enfatizado pela repetição constante da palavra não. — O que ela fez ? — Perguntou, mas logo viu que tal questionamento não seria respondido, pelo menos não imediatamente. O próximo personagem na qual Pan se referiu foi o Capitão Gancho, e a forma como ele o descreveu a deixou ainda mais curiosa. As menções finais a fizeram franzir o cenho em leve desgosto, ainda mais por ver que Peter parecia contar tudo superficialmente e sem qualquer entusiasmo. — Mais idiota em que sentido ? Tipo, ele é mais malvado que o do conto ? E como assim não existe a Princesa Tigrinha ? Então não tem uma tribo de índios na Terra do Nunca ? E se não tem crocodilo também, o que é chato pois ele era bem divertido no desenho com o seu tic tac, como o Capitão Gancho perdeu a mão dele ? — Bombardeou-o de perguntas, o que parecia irritá-lo. Estreitou os olhos verdes e arremessou o travesseiro que abraçava no rosto dele, agora sendo ela a pessoa irritadiça. — Olha aqui, se você contasse a história direito eu não ia precisar ficar perguntando sobre tudo. Para de ser chato e conta direito ou eu nunca mais falo com você. — Uma ameaça que provavelmente ela não conseguiria cumprir, mas foi a única coisa que lhe veio a mente. — Só falta você dizer que também não existem sereias por lá e que sua casa não é dentro de um tronco de árvore. — Arqueou uma das sobrancelhas ao vislumbrar o sorriso travesso de JJ enquanto mordia o lábio inferior por não ter conseguido atingir o rosto daquele que se recusava a contar-lhe sua história. Recebeu o travesseiro de volta em notório contra gosto, fazendo um bico manhoso ao ver que a ameaça não parecia ter surtido efeito algum. Ou teria ? Era o que a loura se perguntava ao vê-lo se aproximar de si como um leão rodeando a presa, prestes a devora-la. Mas ele não era um leão, e ela não era um pedaço de bife, certo ? A história de Pan podia estar errada mas, canibalismo já era demais, certo ?! A mente alcoolizada vagava por possibilidades e justificativas absurdas como esta até os punhos de Peter pousarem de cada lado da cintura fina da McKnigth, o rosto tão perto do dela que a possibilitava sentir a quentura da respiração dele contra a alva pele. Aquilo causou nela um arrepio na espinha, apesar da timidez se manter controlada pelo entorpecente ingerido, mas não ao ponto do corpo não agir involuntariamente perante uma situação na qual ela nunca sabia lidar. Aquilo era um cortejo masculino ? Se era ou não, Agnes não sabia dizer, mas o corpo agiu por si só e a fez recuar bruscamente na cama, resultando numa pancada forte da cabeça contra a cabeceira de metal trabalhado. Grunhiu e deixou o corpo tombar no colchão, já que diferente do peteleco brincalhão, aquilo tinha doido pra valer. As mãos foram de encontro ao fronte maculado enquanto a loura se encolhia na cama, como se aquilo pudesse mesmo amenizar a agonia da pancada. Apesar de ter ouvido Pan brincar e rir da situação, nada falou. Pretendia retomar o controle do próprio corpo antes de arremessar-lo novamente o travesseiro, mas no momento ela se concentrava em conter a fraqueza e não deixar lágrimas escaparem dos olhos levemente marejados. Por falar neles, as íris esverdeadas encararam JJ quando este dissera que poderia ajudá-la, concordando avidamente em não questionar o resultado posteriormente. Ela só queria que a dor passasse. Dito e feito, pois depois do toque do rapaz, a dor se dissipou. Sim, ela sentiu a forte vontade de sanar a curiosidade quando à cura milagrosa, mas cumpriu o acordo e se limitou a menear o fronte em concordância, respondendo-o silenciosa que agora tudo estava bem. Por fim, Pan decidiu-se por explicar a ela sobre o que era real ou não, e já que agora o cansaço vencia a batalha contra o álcool no sangue da moça, esta se limitou a aninhar-se junto a coberta e o outro travesseiro enquanto o ouvia falar. Processou tudo o que o sono lhe permitiu, principalmente as menções daquilo que realmente existia na Terra do Nunca. — Lá deve ser incrível. Me leva lá, um dia ? — Pediu, aninhando-se um pouco mais após soltar um bocejo generoso. — Me conte como é lá ? É mesmo uma ilha, com muitas arvores e aventuras ? — Tentou retomar o animo de outrora para manter-se desperta. Não que a presença de Peter a deixasse com sono, mas o corpo exigia demasiadamente por descanso. Ainda mais por Agnes não estar acostumado a este tipo de programa, por assim dizer. Diferente das demais perguntas, Pan se mostrou até animado em respondê-la desta vez, talvez por ele realmente amar aquele mundo citado no conto. Lutou contra o cansaço o máximo que pode, até o sono a vencer e fazê-la dormir profundamente enquanto o rapaz ainda narrava sobre o refúgio dos garotos perdidos. ▲ ▼ ▲ Agnes adormeceu profundamente, e dada a conversa de horas atrás, acabou por sonhar com a Terra do Nunca descrita por Peter Pan. Estava voando acima da enorme ilha, tendo JJ ao seu lado enquanto este apontava para todos os locais que ele descrevera. A Caverna da Caveira tinha mesmo o formato de um crânio, as sereias pulavam na água animadas enquanto acenavam para eles. Os Garotos Perdidos brincavam e se divertiam na ravina, chamando-os para entrarem na brincadeira. Tudo parecia mágico, surreal e deveras feliz, até a loura sentir o efeito do pó de fada passar e ela não mais conseguir voar. Enquanto a gravidade a puxava em direção ao chão, a jovem gritava por ajuda, os braços esticados na direção de um Pan imóvel que ainda voava. Ele não a ajudaria ? E..ele estava sorrindo ? Mas antes que viesse a atingir o solo e "morrer", tudo se dissipou e o subconsciente a imergiu no vazio completo. Depois de algumas horas de sono pesado, o corpo da jovem iniciou o processo de despertar, este que foi mais letárgico e sofrível do que o de costume. A cabeça da jovem latejava como se estivessem pisando em seu cérebro, o estomago resmungava ao ponto de causá-la náuseas, e as lembranças da noite anterior estavam nubladas ao ponto dela não saber dizer o que fora realidade ou ficção. Esticou-se preguiçosamente, resmungando por finalmente estar descobrindo como é a tal ressaca que os adultos mencionam, fazendo-a desejar não repetir a dose tão cedo. Sentou-se na cama ainda com os olhos fechados, massageando as têmporas como se pudesse amenizar a enxaqueca que agora sentia. Quando as íris esverdeadas se viram libertas das pálpebras, encarou a janela, estranhando o fato da mesma ter dormido aberta, e também por ainda estar de noite. Sentia-sedescansada, mas o céu escuro, estrelas e Lua diziam que ela nada dormira. — Que estranho.. — Comentou consigo, logo dando de ombros. — Bom, nada mais estranho do que o sonho louco que teve, Agnes. — Conversava consigo mesma enquanto espreguiçava as articulações e se arrastava para fora da cama. Era melhor que tomasse algum analgésico, para que enfim pudesse dormir. Além do corpo reclamando pelo excesso de álcool ingerido, a loura sentia algo estranho ao seu redor, como se alguma outra presença estivesse por ali. Deu de ombros, por saber que era impossível, seguindo então para o banheiro. A bancada generosa, com seu espelho inteiriço ficava bem a frente da entrada do lugar, que possibilitou-a ver o próprio reflexo enquanto caminhava para lá. Pouco antes de entrar no banheiro, no entanto, viu que outro reflexo aparecera atrás de si. Congelou ao vislumbrar um JJ refletido, assustando-se imediatamente. Não estava mais alcoolizada para saber lidar tão bem com uma presença masculina em seu quarto, enquanto trajada de camisolas, fora que ele estar ali a fazia lembrar-se do sonho surreal que tivera, o que elenca a possibilidade de tudo ter sido de fato real. Os olhos encontravam-se arregalados e os lábios entreabertos em completo atonismo, mas diante tamanha loucura e também pela abastada timidez que a rege quando sã, Agnes estava ao ponto de gritar. O rapaz pedia calma para a loura enquanto entrava no banheiro, os braços num sinal de rendição. Isso a fez conter o grito que por pouco saiu, mas não ao ponto de não impedi-la de se virar para ele e dar passos acelerados para trás. Estava assustada e completamente perdida em meio aos sentimentos que agora lutavam entre si: vergonha, surpresa, suspeita, insanidade, a mente e coração de Agnes estavam a beira de um colapso. As mãos apertavam o tampo de pedra gelado enquanto o corpo estava recostado na bancada, o bloqueio físico que a impediu de continuar a se afastar de JJ. Sim, era o JJ ali, mas ele estava tão diferente. Na verdade, estava como o Peter Pan do sonho que ela tivera. Mas isso seria possível ? Que o amigo da moça na verdade é uma fábula, uma que voou com ela em seus braços e lhe trouxe pipoca ? O fato dele estar narrando perfeitamente o que acontecera no suposto devaneio noturno devia ser uma prova de que o sonho na verdade não o era. Tudo aquilo era real. O que não quer dizer que seria tão fácil de lidar, agora que a jovem não mais estava sob o efeito tranquilizante da bebida. Os olhos iam do rapaz para todo o entorno enquanto o fronte meneava em negação, como se procurasse a lógica perdida em algum lugar. Foi então que viu a ponta do manto de Pan, que em sonho fora colocado sobre a camisola dela, fazendo-a arregalar os olhos. Mais uma confirmação, que a fez se apavorar ainda mais. Não por medo de Peter, ou melhor, JJ Pan. O que deixava Agnes a beira do desespero era a possibilidade de estar louca. Voltou a encarar o pipoqueiro, como se desejasse que ele lhe dissesse que aquilo tudo era apenas uma brincadeira, e vendo que os olhos dele transmitiam exatamente o contrário, a moça se rendeu ao desespero. Estava para gritar quando Pan venceu a distância entre eles e a silenciou com os próprios lábios. A pele alva do rosto da loura corou instantaneamente, e os olhos verdes acabaram se fechando pelo susto que levou. O coração descompassou enquanto Agnes sentia todo o corpo esquentar, e mesmo que surpresa por agora estar sendo beijada por JJ, não conseguiu conter correspondê-lo de maneira igualitária. Sempre tivera enorme apreço pelo rapaz, e também sempre o achou atraente. Só nunca imaginou que ele tivesse desejo por ela, e a timidez nunca a permitiu ser provocante ao ponto de tentar descobrir. O desespero de outrora aos poucos esvaiu graças ao beijo que se aprofundava gradativamente. Quando o toque íntimo cessou, a loura manteve os olhos fechados, sentindo a respiração do rapaz contra a pele, bem como o calor dele dada a união dos frontes. Um arrepio a acometeu enquanto o polegar masculino delineava o lábio inferior da loura, fazendo-a desejar novamente ser beijada por ele. O que aconteceu segundos depois, o desejo agora partindo de ambos ao ponto dela enlaçar os braços no pescoço do rapaz. Grunhiu levemente quando sentiu-se puxada pela cintura, deixando-se levar pelo momento, a vergonha e receio sendo deixados para trás. Entretanto, diferente do primeiro beijo, o segundo não foi interrompido com carinho. Peter se afastou bruscamente de Agnes, como se tivesse constatado um erro absurdo, ao ponto de levar uma das mãos aos lábios e agora demonstrar-se tão atônito quanto ela. Passaram-se vários minutos de puro silêncio enquanto o casal se encarava, ambos sem saber exatamente como proceder a seguir. Pelo menos, até a loura cortar o silêncio e falar enquanto caminhava lentamente na direção dele. — Você..você é mesmo o Peter Pan. Tudo aquilo foi real e.. — Estava bem próxima a ele novamente, encarando os olhos tão verdes quanto o dela com expectativa. — E você me beijou..JJ..eu.. — Sentiu o rosto esquentar em pura timidez, mas precisava fazer a pergunta necessária. — JJ, você gosta de mim ? Digo, gostar...gostar ? — Não sendo uma especialista em relacionamentos, se via completamente perdida sobre como se portar e sobre que palavras entoar. Mas precisava saber, já que nunca imaginava que o pipoqueiro lhe gostasse como mulher. Pensava que ele apenas a enxergava como amiga. Se alguma das moças experientes da faculdade estivessem ali, Agnes levaria um belo cascudo. Pois ao ver das jovens, questionar um rapaz quanto aos sentimentos dele logo após o primeiro beijo era como um suicídio amoroso, este que elas substanciariam dado ao recuo de Peter. O rapaz cessou os passos apenas quando a parede o impediu, e a mão que outrora o tampava a boca veio a pousar acima da cabeça da loura. Ela não compreendera o porque do ato, mal sabia ela que a fábula cogitava roubar-lhe as memórias da noite anterior, então ela apenas se manteve quieta. Sentiu a mão de Peter pousar sobre a cabeça, mas o toque não as fez desfazer o contato visual, muito menos deixar esvair a expectativa quanto a resposta para a pergunta feita. Sabe que muitos garotos beijam garotas sem que exista qualquer sentimento envolvido, mas ela não queria pensar que JJ é desse tipo. Na verdade, exatamente por saber que ele não é que conseguiu questioná-lo tão facilmente, mesmo estando corada e nitidamente envergonhada. Levou uma das mãos também a cabeça e pousou-a sobre a dele, mas tão logo o rapaz a tomou e conduziu-a novamente para baixo. — Este é o nosso segredo, ok ? — Disse Pan, pouco antes de virar a palma da mão de Agnes para cima, o que fez a moça prestar atenção na mão dele, que agora acabara por conjurar uma pena alaranjada para ela. — Uau! — Falou baixo, admirada com a magia executada, bem como encantada com a beleza da pena. — Ninguém pode saber sobre mim... Podes guardar segredo? — Enquanto o ouvia falar, tocou a pena com a outra mão, como se quisesse a confirmação de que ela era mesmo de verdade, e assim que o fez, olhou para JJ e o respondeu. — Posso sim..não irei contar para ninguém, eu prometo. — Disse, voltando a encará-lo nos olhos. — Sobre gostar.. — Peter então resolveu respondê-la sobre os sentimentos questionados, e o início da fala a fez morder o lábio inferior. Reconhecia que não havia sido tão objetiva com as palavras, mas sendo tímida como é, não conseguiu formular algo melhor. — Isso é muito amplo então depende de que forma de gostar te referes. — Disse o rapaz, em tom manhoso. Questionava-se internamente se deveria ser mais clara e pergunta-lo novamente, mas o carinho recebido no rosto logo após a manha teatral a fez abandonar a ideia e novamente corar. — Mas se queres saber... Eu gosto de ti sim. — Sorriu pequeno ao ouvi-lo confirmar que gosta dela, em seguida recebeu um selinho nos lábios. — Eu..não fazia ideia... — Falou, um tanto acanhada. — E se queres saber mais, não sou só eu que sou uma fábula. Tu também és.. — Estava para perguntar o porque de JJ nunca tê-la contado sobre, quando este falou algo que a fez franzir o cenho. — Eu ? Uma fáb.. — Agnes e Peter então foram interrompidos pelo pai da moça, que a chamava da porta do quarto. — Já volto. Não vá embora tá. — Pediu, indo o mais rápido que pode para lá antes que o empresário inventasse de entrar no quarto. Abriu apenas uma greta e encarou o adulto com um sorriso exageradamente grande. — Bom dia! — Falou animada, animada demais ao ponto de deixar o homem desconfiado. — Agnes, evite sair de casa hoje, está bem ? Este dia está..estranho. — O homem não sabia como descrever a manhã sem Sol, e quem saberia descrevê-lo, realmente ? — Tá bom.. — Ela estava para fechar a porta quando ele novamente falou. — Rose fez chocolate quente. Quer que eu traga um para você ? — — Não, obrigada. — O tom da moça saindo urgente, já que tudo o que ela queria no momento era retomar a conversa com Peter. — Mas não era você que queria morar numa casa de chocolate ? — O adulto brincou, algo raro dele fazer, deixando-a sem graça. — Isso foi a muito tempo! Francamente, eu já tenho 19 anos! — Respondeu-o e fechou a porta. Quase que imediatamente, a abriu de novo e continuou a falar. — E chocolate engorda! — Fechou de novo. Encostou a testa na porta, agora se sentindo mal pela forma que respondeu o pai. Abriu a porta uma ultima vez, e o olhou gentil. — Desculpe, papai. É que eu estou meio estressada, sabe ? Eu estou com cólica, ai fico emotiva..e chorando, com vontade de gritar e.. — Pais sempre se sentem desconfortáveis quando as filhas mencionam sobre o período de menstruação, e a reação do genitor de Agnes não foi diferente. Tão logo a estratégia de afugenta-lo mostrou-se eficaz. — Certo, está bem. Descanse então. — Falou o homem, sem jeito, por fim deixando o corredor de acesso aos quartos.   Finalmente livre da interrupção do adulto, fechou e trancou a porta, virando-se então para Peter. Caminhou até a cama e se sentou na beirada, e enquanto acariciava a pena alaranjada, retomou a conversa interrompida. — Você estava dizendo que eu também sou uma fábula ? Mas, se eu sou, porque não me lembro de nada ? Você é o Peter e se lembra de tudo. Isso é estranho, JJ. — Falou, vendo Peter vindo em direção a si do banheiro que até então era seu esconderijo. O rapaz se sentou do outro lado da cama, ficando assim de costas para a loura. — Devo me preocupar com esse estado "emotivo" ? — Antes de retomar a conversa, Pan fez questão de brincar com a moça, já que ele acabara por ouvir toda a conversa que ela teve com o pai. — E uma casa de chocolate ? — A zoação prosseguiu enquanto o tronco masculino pendia para trás até o corpo ir de encontro ao colchão, possibilitando que os dois pudessem se encarar. — Não parece nada mal. — Por mais que Peter insistisse em desviar do assunto, os olhos verdes de Agnes transmitiam o quão ela esperava pelas respostas as perguntas que fez. Continuou a encará-lo com expectativa, até que por fim ele se deu por vencido e a respondeu. — Também não sei explicar direito, mas aconteceu algo que fez toda a gente esquecer quem é de verdade e isso só não aconteceu comigo porque eu consegui me proteger de forma a não ter as minhas memórias tomadas de mim. — Após a pausa, JJ desfez o contato visual direto para com a loura e passou a olhar o teto rebaixado do quarto. Agnes manteve-se atenta as palavras de Peter, este que agora jazia deitado na cama com os braços esticados em posição contrária a dela. Virou-se um pouco enquanto sentada para observá-lo melhor, ouvindo e processando cada palavra dita por ele com muito cuidado. Franziu o cenho por ver que nem Peter sabia explicar o porque das fábulas não se lembrarem de quem são, e também por saber que ele foi o único que conseguiu escapar deste infortúnio. — E como você conseguiu se proteger ? Com magia ? — Questionou-o, novamente encarando a pena conjurada agora acomodada no colo. Pan deve ser extremamente poderoso ao ponto de ter conseguido sair ileso nessa história. — Sim, foi com magia. — Ele respondera o que ela já deduzira sozinha, e tão logo ela opinou sobre a questão. — Por que alguém iria querer roubar as nossas memórias ? Isso é tão...cruel.. — Falou, levemente cabisbaixa. Agnes sempre teve a sensação de estar vivendo num mundo a qual não pertence, e agora com JJ ali lhe contanto tudo, era fácil entender o porque deste sentimento. — Infelizmente tem muita gente cruel por aí. — O rapaz concluiu o assunto, rolando pelo colchão e prostrando-se de barriga para baixo, apoiando o rosto com uma das mãos enquanto o peso do fronte descarregava-se por intermédio do cotovelo apoiado. — Mas achei que fosses querer saber quem eras... "Alice". — Permaneceu calada até o jovem voltar a encará-la e findar a frase chamando-a de Alice. — Alice ? — Não controlou a fala, estranhando o nome que lhe fora dito, a mera menção fazendo o coração da garota palpitar. Quando ele concluiu a abordagem, os olhos da loura se arregalaram em notória surpresa. — Sim, és a Alice. A Alice do País das Maravilhas. — — Oi ? — Uma risada descontraída escapou em seguida, como se ela desejasse que Peter lhe falasse a verdade. Vendo que ele permanecia sério, o semblante dela também se fechou. — Pera..Isso é sério ? — Perguntou, ainda impressionada, os lábios semi abertos como se não soubesse o que dizer. — Alice no País das Maravilhas. — Falou o nome do conto, e quase instantaneamente sentiu uma pontada forte de dor de cabeça. Fechou os olhos involuntariamente e levou uma das mãos à cabeça, como se tocá-la pudesse conter a dor que agora a acometia. Foi como um turbilhão de emoções a atingindo sem qualquer lógica ou pudor, pois tudo o que corria na mente da garota era sem foco, sem nitidez e numa velocidade absurda na qual ela não conseguia interpretar. Era como se as lembranças do passado insistissem em voltar e algo as bloqueasse. Quando Agnes abriu novamente os olhos, estes estavam distantes, como se a moça estivesse num pequeno transe. — Eu sempre pensei em seis coisas impossíveis durante o café da manhã. — Falou, os olhos distantes enquanto uma voz doce e feminina sussurrava em sua mente "conte, Alice". — Um, existe uma poção que te faz encolher.Dois, existe um bolo que te faz crescer. — O fronte se elevou e a loura em transe fitou o espelho da parede, como se por ele pudesse atravessar. — Três, existem animais que sabem falar. Quatro.. — Levantou-se, e começou a caminhar em direção ao espelho, encarando-o como se nada mais existisse ao seu redor. Apesar de não estar consciente, conseguia sentir e interpretar o objeto a exigindo para si. — Existe uma gata que pode desaparecer. Cinco.. — Continuou a caminhar e estendeu um dos braços na direção do espelho. — Existe um reino chamado País das Maravilhas. — Tocou com os dedos na superfície fria, sentindo uma onda enérgica tomar conta de seu corpo. O espelho pareceu dissolver-se como se fosse metal derretido enquanto a pele de Agnes mantinha o contato. — Seis... — Contudo, uma vertigem forte a fez cambalear para trás, deixando-a tonta e incapaz de concluir a frase.
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Iron Fist - uma série POLÊMICA, porém boa
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Eae senhoras e senhores, boa noite. Fico muito feliz por estar aqui com pessoas bonitas como vocês, caros leitores. Vou falar aqui hoje sobre o quarto seriado da Marvel em parceria com o Netflix, Punho de Ferro (Iron Fist para os american lovers).
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O seriado, como vocês já devem saber, vem gerando muitas polêmicas nas redes sociais por conta de questões raciais, de adaptações e afins. A minha ideia é fazer um review e expressar um pouco da minha opinião a respeito disso.
Em primeiro lugar queria começar falando que amei o seriado. O que os críticos estão chamando de “primeiro erro da Marvel no Netflix” eu considero um dos maiores acertos. Para mim o seriado fica em segundo lugar entre os lançados, junto com Jessica Jones.
É muito difícil de se fazer uma comparação entre essas séries, no tocante de “qual é melhor que qual”, uma vez que são muito diferentes entre si. Por exemplo, eu falei que Iron Fist é tão bom quanto JJ, mas reconheço que um tem teor investigativo enquanto o outro é mais voltado para as artes marciais. Por isso, como tudo na vida, vai depender do seu gosto.
Mas posso dizer que fiquei muito feliz com o resultado, até porque eu tava com uma expectativa MUITO baixa há uns meses atrás. Para mim, essa série era a única barreira temporal entre eu e os Defensores (seriado que servirá de união de Demolidor, Luke Cage, Jessica Jones e Punho de Ferro). Isso porque, apesar de conhecer o herói e saber superficialmente suas origens, achava ele meio mais do mesmo. Não enxergava nada de muito aprofundado nem complexo nele, como enxergava em outros.
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Porém, como era inevitável, decidi correr atrás e ler pelo menos uma saga famosa do personagem para me preparar para o seriado. Então, eu aproveitei o relançamentos feito pela Panini da saga do Brubacker (escritor de quadrinhos fodão), que foi muito aclamada e é conhecida por aprofundar a mitologia do personagem, ao mesmo tempo que reconta e explica detalhes de seu passado e sua origem. Depois de ler, minha concepção a respeito do herói mudou inteiramente. Eu até escrevi um texto sobre essa fase, usando-a como base para explicar (ou melhor, TENTANDO explicar) quem era o Punho de Ferro (link do textênho: https://on-cliffhanger-universe.tumblr.com/post/155516367810/punho-de-ferro-mas-quem-diabos-%C3%A9-voc%C3%AA ). OBS: Minha irmã achou confuso, então acho que falhei.
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Moral da história: depois de muito tentar, eu finalmente consegui me animar para o seriado do Iron Fist. Nesse panorama, os meses foram passando, eu fiquei esperando pacientemente, então começaram a surgir os primeiro reviews, a maioria arrasando o seriado (no pior dos sentidos). Eu nunca leio críticas antes de assistir a algum filme/seriado, mas eu fico muito de olho nas notas dadas. A série tava com, se não me engano, 17% no Rotten Tomatoes (dentro daquela conta lá maluca que eles fazem). Eu fiquei confuso pacas, podia ser ruim, mas TÃO RUIM ASSIM?? Como assim?
Esses reviews se baseavam nos 8 primeiros episódios, que foram liberados pelo Netflix para a imprensa dar seus primeiro pensamentos a respeito. Pouco depois disso, o protagonista da série, Finn Jones, que fez Lorde Não-sei-quem no Game of Thrones, começou a rebater algumas dessas críticas (eu acho que ele ficou tão confuso quanto eu com a recepção tão negativa dos críticos). Ele começou a tentar justificar o injustificável. A tentar explicar o porquê de estarem falando tão mal. Até chegou a dizer que era por causa da presidência do Trump, uma vez que o protagonista é rico, bilionário e americano, algo que depois da eleição virou o “inimigo numero 1 dos EUA”. Honestamente, se fosse isso o Batman não faria o sucesso que faz até hoje.
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Eu acho até que o seriado se desvincula muito disso. Danny, que saiu desse mundo nosso desde jovem e ficou 10 anos vivendo com monges, ao retornar, expõe valores muito condizentes com o que aconteceu com ele. É um personagem que claramente não tem malícia, muito inocente, acredita no melhor, algo que na nossa sociedade é visto como fraqueza, mas que na verdade são princípios nobres, algo que ele só adquiriu por ter crescido fora dela durante a maior parte de sua vida. Ele é sim um bilionário branco e americano, mas durante 15 anos ele cresceu fora da América e volta com olhar crítico em cima de valores tão presentes nela.
Por exemplo, quando oferecem cem milhões para ele assumir uma nova identidade e abandonar seu nome. Acho que muitos cidadãos modernos aceitariam esse acordo, mas ele valoriza quem ele é e seu legado. Já o dinheiro, para ele é irrelevante.
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Outro ponto muito abordado pelas críticas  é a “falta de originalidade do seriado”. Eu lembro que eu me perguntava: “Como vão pegar um personagem centrado nas artes marciais e torná-lo, por exemplo, diferente do Demolidor (que luta muito bem e possui outras características marcantes)”? Afinal o Punho de Ferro é muito definido pelas artes marciais e por seu tom cômico nos gibis. Não acho que vai muito além disso.
O seriado conseguiu aprofundar Danny Rand. Deram menos foco nesse lado “bilionário e engraçado dele” e deram um rumo mais zen para ele. É um cara que atingiu a paz espiritual e mental, que acredita no melhor. Isso é um diferencial dele em relação a outros.
O tentáculo, poderosa organização ninja que já até apareceu no seriado do Demolidor, ganha mais foco. Assistindo Demolidor, mesmo com duas temporadas, eu nunca entendia qual era a do Tentáculo. Isso para mim era uma das coisas que mais me incomodava no seriado (que amo). Justamente por esse teor sobrenatural dentro da organização, acho que eles queriam poupar o seriado do advogado, que é mais pé no chão, dessas explicações que beiram o misticismo, pelo menos até o seriado dos Defensores (onde ele vai ter que lidar com isso de um jeito ou de outro). 
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Para você entender melhor, é como o Homem de Ferro antes e depois dos Avengers. Os dois primeiros filmes são mais centrados na realidade e na tecnologia, ai tem o Avengers que mete alienígenas para o enlatado enfrentar e depois, no Homem de Ferro 3, eles colocam soldados com poderes de fogo e regeneração, o que já foge mais da normalidade. ENFIM, o tentáculo apareceu no Demolidor mas ninguém entendia direito qual é a deles.
Já no Iron Fist, o proposito do personagem título é dar fim ao Tentáculo. Os elementos sobrenaturais, a velhinha assustadora com uma força do capeta, tudo isso é mais aprofundado e melhor esclarecido no seriado, o que dá molde à uma história interessante. Falar que não é original “porque tem um cara lutando contra ninjas e isso a gente já viu no Demolidor” é uma perspectiva muito simplista. É ignorar, literalmente, as muitas coisas que tornam o seriado especial.
Agora a questão chave, a qual eu não posso deixar de falar, é na polêmica racial. Quando o seriado do Punho de Ferro foi anunciado como um dos planos do Netflix, muitos fãs enxergaram nisso uma chance de incluírem um ator “asian-american” no papel. Isso porque o personagem, que foi criado se eu não me engano nos anos 70, trazia com ele essa ideia de “americano que treina com orientais e acaba por ficar melhor do que eles na própria cultura deles”. Quando o ator Finn Jones foi anunciado no papel de Danny Rand, gerou-se uma revolta na internet que se fundamentava no argumento de que tinha sido uma escolha racista e que o seriado não dava a mínima para a diversidade (e isso quando nínguem tinha assistido ainda).
O ator, coitado, foi no Twitter pedindo para que os fãs dessem uma chance para o seriado antes de julgarem. Disse também que o show era diverso culturalmente, o que realmente é. Mesmo que eles tivessem a chance de colocar um ator asiático, os caras não podem ser chamados de racistas porque botarem um ator loiro, americano e de olhos claros para interpretar um personagem loiro, americano e de olhos claros. Mesmo que a etnicidade dele não seja relevante como é, por exemplo, para o Luke Cage ou para o Pantera Negra, não quer dizer que eles sejam racistas por fazê-la como é no material original. Isso só expressa uma falta de capacidade das pessoas de enxergarem além de seus próprios olhos: eles nem chegaram a ver o seriado para julgar questão da diversidade étnica, eles fizeram isso se baseando na escolha do ator, só por ele ser branco. Bravo. 
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Finn Jones, no papel, ficou ótimo. Conseguiu representar muito bem a pureza no seu personagem e com muito carisma. Jessica Henwick, que interpreta Colleen Wing, também está muito bem. A atriz não queria ser um “interesse amoroso”. Apesar dela, de fato, ser um interesse amoroso (hue) ela vai muito além disso. Os irmãos, Joy e Ward, também cativam. Apesar de eu ligar um pouco o foda-se para essas questões empresariais, eu não liguei o foda-se completamente. Tinha vezes em que eu me via até mesmo interessado, quem diria?? Já o personagem Harold Meachum não me agradou tanto. O ator é bom, só que ele me pareceu muito solto durante toda a trama e me passou muito recibo de vilão clichezão, com aquele esconderijo e tals. 
Outra que não me agradou muito, e não me agrada naturalmente, é a personagem Claire Temple. Sério, qual é a dessa mulher?? Eu entendo o papel que ela tem de aparecer em todos as séries para conectar tudo e tals. Eu entendi a participação dela nos outros seriados, mas no Punho de Ferro ela se integra ao grupo simplesmente porque o Tentáculo já tentou matá-la. É um típico personagem criado para cativar todo mundo, o elemento humano feito para as pessoas se relacionarem, só que não rolou.
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Para mim, as melhores conexões são aquelas que ocorrem de forma mais discreta, como por exemplo, uma menção indireta aos Vingadores ou a algum personagem ou acontecimento que ocorreu nas outras séries e filmes. Se for para colocar uma participação bota algo mais pontual, como a de Jeryn Hogarth (personagem de Jessica Jones) que surgiu para ajudar Danny a provar sua identidade e ganhar direito a sua empresa. Uma participação pontual e que fez sentido.
Acho muito legal também a questão da identidade abordada pela série. Ele treinou dez anos em outra dimensão para ser o Punho de Ferro, mas volta antes do fim de seu treinamento para poder ser Danny Rand. Uma decisão que o atrapalha muito no seu objetivo maior de destruir o tentáculo e cria questionamentos de moralidade na mente do protagonista. Isso o torna diferente de outras que assumiram o manto. O Iron Fist estaria disposto a deixar uma vida inocente morrer para destruir o tentáculo, mas ele, por não ter deixado sua identidade de lado, não consegue fazer isso. 
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No fim, Iron Fist é uma série que tem seus pontos baixos como toda série. Porém é indigna de tantas críticas e rótulos negativos. Claro, sempre existirá a questão do gosto. Eu não curti tanto Luke Cage, mas sei que não é uma série ruim, ela faz um tipo. Punho de Ferro faz um tipo que tem mais a ver comigo. É uma série mais voltada para as artes marciais, que traz elementos de culturas orientais e do misticismo e cria paralelos entre valores humanos e valores da sociedade individualista e movida pelo dinheiro em que vivemos. Se eu estou hiperdimensionando?? Talvez eu esteja. No minimo é uma série COM MUITA PORRADA LEGAL DE SE VER.
Para o futuro da série, eu desejaria que eles dessem um foco maior no treinamento dele, no crescimento dele nos seus 15 anos de treino, em Kun Lun e é claro NA PORCARIA DO DRAGÃO. Agora que já exploraram bastante o retorno de Danny ao mundo, vamos torcer para, na segunda temporada, termos uma graninha para vê-lo batalhar com Shou-Lao.
- Marcelo Velloso
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