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Remedios Varo

Maria del los Remedios Alicia Rodriga Varo e Uranga, artista surrealista espanhola nascida em 16 de dezembro de 1908.

Ela possuia grande apoio do seu pai para se tornar artista, porém sua mãe decidiu a colocar em uma escola católica, onde era considerada muito rebelde. 

Em suas obras, tirava sua inspiração de dois grandes artistas: Goya e Bosch. 

Se mudou para Barcelona, onde finalmente pôde ter a liberdade de criar longe de sua família. 

Após se mudar para Paris, ela é apresentada há Salvador Dalí, Marx Ernest e se torna amiga de Leonora Carrignton. Depois que o nazismo chega na frança, ela e seu marido Benjamin conseguem exílio no México e cidadania mexicana. 

No México, ela começa a trabalhar com ilustração e faz muitos trabalhos para a indústria farmacêutica, mais especificamente para a Bayer.

Suas obras trazem estudos sobre esoterismo, teoria da consciência, quarta dimensão. Antes de começar a pintar fazia rascunhos do mesmo tamanho dos quadros, aplicava perspectiva e colocava símbolos que remetiam ao seu pai e a tecelagem de sua avó. 

Em 1955, Varo fez sua primeira exposição no méxico, com direito a visita de Diego Rivera e seus quadros vendem em menos de 3 dias.

Saiba mais: https://www.youtube.com/watch?v=5ZMb1Rl0Q1c

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Remedios Varo de Máscara pelo olhar de Leonora Carrington.

https://emuseum.mfah.org/objects/121068/remedios-varo-in-a-mask-by-leonora-carrington

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❋ ❋ ❋ Leonora Carrington em seu ateliê. ❋ ❋ ❋

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Afinal, o que foi o movimento surrealista?

No século XX, em meio a algumas vanguardas do período entreguerras, surge o movimento surrealista. Liderado pelo francês André Breton, que acabava de romper com outra vanguarda (sim, tivemos muitas nessa época), contou com nomes como Dalí e Buñuel.

Em seu manifesto, Breton afirmou que buscava, através do automatismo psíquico, o "estado puro, mediante o qual se propunha transmitir verbalmente, por escrito, ou por qualquer outro meio o funcionamento do pensamento; ditado do pensamento, suspenso qualquer controle exercido pela razão, alheio a qualquer preocupação estética ou moral". E também que “A atitude realista é fruto da mediocridade, do ódio, e da presunção rasteira. É dela que nascem os livros que insultam a inteligência.” Os trabalhos desse movimento buscavam então colocar os sentidos de cabeça para baixo, em busca de uma realidade psíquica pura representada na imagem. Como a que temos no mundo dos sonhos ou quando recortamos várias figuras, embaralhamos e dispomos do primeiro jeito que nos vem à cabeça!

Mas, e as meninas, onde estão? Passeie pelo surrealissimas.tumblr.com e descobrirá. O manifesto completo em PDF, para os curiosos: https://www.nodo50.org/insurgentes/biblioteca/manifesto_surrealista.pdf

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Frida Kahlo: Surreal? Com certeza! Surrealista? Talvez...

Lo que el agua me dio, 1938. Frida Kahlo foi formalmente reconhecida pelos encabeçadores do surrealismo como parte do movimento. Isso mesmo, por Breton e Dalí. Porém, a gata virou e disse: “Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade”.

Frida não se vinculou a movimentos artísticos ou sociais. Sua obra é naturalmente feminista, pois mostra sua dor crua e sua carne natural se distanciando do olhar objetificador que a vanguarda surrealista de Breton tinha sobre as mulheres. Seu trabalho é naturalmente surrealista, misturando figuras simbólicas, sua cultura e vivência. Suas pinturas, como uma auto-análise, acabam por decodificar dores e estranhamentos, comuns às pessoas que possuem uma mente e um corpo (todos nós).

No México, Kahlo inspirou e trocou com uma série de artistas como Remédios Varo e Leonora Carrington – além de ter tido um romance com a esposa de Breton, a artista Jacqueline Lamba. Seu circulo de ideias e ideais se afastava do 'centro do mundo', ou seja, a Europa e seus garotos de ouro, mas aproximava elas de um universo em comum de minúcias, afeto e grande força pictórica.

Para saber mais:

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Meret Oppenheim

Nasceu em 1913 em Berlim, Alemanha.

Meret Oppenheim mudou-se ainda pequena com a sua família para a Suíça, fugindo da primeira guerra mundial. Sua família era composta por intelectuais, sempre teve contato com as artes.

Aos 18 foi para Paris estudar as artes e em pouco tempo começou a frequentar reuniões surrealistas com André Breton, Marcel Duchamp, Francis Picabia e Max Ernst – tendo posado para várias fotografias deste último.

Meret viveu no seio do movimento surrealista, trocando com seus maiores expoentes. Porém, levou bastante tempo para que ela fosse reconhecida e estudada como parte do movimento, tendo sido, infelizmente, um exemplo vivo de como as mulheres são apagadas da história das artes visuais.

"Não há diferença entre homem e mulher: há apenas artista ou poeta. O sexo não desempenha nenhum papel. Por isso me recuso a participar de exposições só de mulheres."

Seu trabalho mais famoso, o Object: Breakfast in Fur, que pode ser observado na imagem vinculada à esta postagem, é uma xícara coberta com pele de animal, e foi a obra responsável por consagrar a artista. Segundo o MoMA, na obra, "o pêlo pode deliciar o toque, mas repele a língua. E um copo e uma colher, claro, são feitos para serem colocados na boca." O objeto questiona de frente os sentidos, traz o estranhamento e discussões importantes para a pauta surrealista.

Meret também produziu pinturas e fotografias. Saiba mais:

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✴ ✴ ✴ Dorothea Tanning em seu ateliê! ✴ ✴ ✴

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Movimento Surrealista e a Psicanálise

O movimento surrealista surge por entre as borbulhas das vanguardas modernistas, na qual grupos de artistas começaram a contestar valores estéticos e os assuntos que representariam através das artes visuais. 

Para além das artes, o pensamento humano passava por um período de transformação que mudaria o mundo para sempre. Por entre as ruas de Viena e Paris nascia a psicanálise, campo clínico da investigação da mente humana. Essa prática, que questiona os por quês de nos comportarmos ou pensarmos de um jeito ou de outro, individualmente, adentra lugares ocultos da mente através da análise, revelando nossos verdadeiros impulsos e dores. 

Agora, o que tem a ver a psicanálise com o Surrealismo? Bem, o que você vê na obra de Dorothea Tanning, que ilustra essa postagem, é realmente apenas o que está na superfície? O que significam os símbolos, como poderíamos interpretá-los? Por que essas imagens parecem ser retiradas do mundo dos sonhos? E o que seriam os sonhos senão as colagens que nossa mente faz com nossos medos e desejos? O Surrealismo nos questiona o tempo inteiro se, o que vemos, é o que realmente se vê; assim como a psicanálise, que te questiona seus motivos até que encontre a resposta verdadeira para o que te aflige. 

Mais detalhes sobre a obra em: 

Para saber mais: "FER, BATCHELOR, WOOD. Realismo, Racionalismo, Surrealismo: A arte no entre-guerras."

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Dorothea Tanning

Nasceu em 1910 em Galesburg, Illinois.

Dorothea foi uma artista com uma longa carreira, pelo menos 70 anos como pintora, escritora e escultora.

Morou no Arizona com seu marido Marx Ernst, onde construíram uma casa juntos. 

“A revolução ocorre a noite, não durante o dia. Em sonho, não na vida consciente.”

Em uma das suas pinturas mais famosas, Eine Kleine Nachtmusik, ela representa meninas em um corredor de hotel, com um girassol gigante despedaçado. Meninas era o que mais gostava de representar e sempre em um lugar de sonho, fantasia. 

Na frança, começou a experiementar com esculturas feitas de pelúcia. Fez uma instalação chamada “Hôtel du Pavot, Chambre 202”, onde representa formas bizarras e deformadas saindo dos móveis e das paredes do hotel, todas costuradas por ela. É uma arte macabra onde os móveis sofrem uma metamorfose e começam a criar pernas e braços. Usou dessas pelúcias para capturar a fragilidade. 

“Arte sempre foi a jangada que subimos para salvar a nossa sanidade.”

Saiba mais: https://www.youtube.com/watch?v=92LvYigLMLc

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Leonora Carrington

Nasceu no dia 6 de abril de 1917

Foi expulsa de uma escola católica por ser considerada muito rebelde. Ela se negava a seguir as regras impostas de como ser uma mulher.

Ela estudou no início dos anos 30 em Londres em uma faculdade chamada Chelsea School of Art. A sua primeira pintura foi Portrait of Joan Powell. 

Usava de figuras animalescas e monstruosas em suas pinturas.

Viveu por muito tempo em um sanatório em Santander, depois que seu marido foi preso pelos nazistas na França. Foi submetida ao uso de remédios fortes. Depois que se recuperou, se mudou para o México, onde ficou conhecida como uma grande artista surrealista. 

Ela diz que não gosta quando precisa explicar o que significam suas pinturas, que tudo na arte tende a ser intelectualizado e que suas pinturas são coisas visuais e que precisam ser experienciadas, sentidas, não dá para resumi-las com palavras. Desde muito nova já desenhava, mas ninguém da sua família compartilhava essa vontade de criar,  de fazer arte.

Saiba mais: https://artsandculture.google.com/story/kAVxems0JeRKLg

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=lqXePrSE1R0 Leonora Carrington - Britain’s Lost Surrealist | TateShots