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Antes que se virasse, Qiang  já havia reconhecido a voz e de forma instantânea sentiu os músculos de seu rosto levantarem em um sorriso. E apesar de não achar possível, este aumentou ainda mais ao se virar e ver Aylin vindo em sua direção. “Já estava com saudades, metidinha?” O olhar do Long percorreu o corpo alheio sem nenhuma tentativa de disfarçar. De todas as fantasias que imaginou a Fantastic, aquela não estava entre elas, mas a garota definitivamente havia conseguido transformar em algo a sua cara. E não o surpreendia nem um pouco o quanto havia ficado muito bem nela. Sua expressão alterou no mesmo instante em que entendeu o motivo pelo qual estava sendo tão requisitado. Não tinha intenção nenhuma de fazer tal ritual. Tecnicamente as coisas de Halloweentown não deveriam durar só enquanto estivesse lá? Então por que deveria se preocupar com a tal maldição? Mas o mais importante é que, o pouco que tinha prestado atenção sobre o tal ritual é que envolvia cortes e sinceramente, isso não estava nem um pouco nos seus planos. Pelo menos não daquela forma. De todas as maneiras possíveis para se desfazer uma maldição, haviam escolhido a mais sem graça e esquisita, sendo assim não estava em sua lista de prioridades. O chinês abriu a boca várias vezes com intuito de negar, o desejo de fazer qualquer outra coisa, mas quanto mais observava o rosto da mais nova, menos palavras saiam. Sabia que aquilo estava a preocupando e apesar de uma parte de si achar tudo uma grande bobagem,  não conseguia dizer não para ela, algo que  estava percebendo se tornar cada vez mais frequente. O grunhido frustrado foi a primeira resposta que realmente saiu de sua garganta, após se dar por vencido. “Já pensou que a bruxa pode transformar a gente em algo muito legal? Não? Tá bom” Não precisou nem mesmo esperar uma resposta para saber o que a garota pensava do seu comentário. Ofereceu o braço para ela e indicou com a cabeça para que mostrasse o caminho. “Então…como a gente faz isso?”

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Ao escutar sobre o ritual da bruxa, Aylin sabia que poderia escolher qualquer amigo para fazer parte daquilo, mas uma voz em sua mente só conseguia pensar em uma pessoa especifica: Long Qiang. Ela não sabia explicar, mas a conexão entre ambos no últimos tempos parecia cada vez maior e como a grande romântica que ela, a Fantastic não descartava a possibilidade que ele fosse o tal amor verdadeiro que ela tanto procurava. Ignorando seus sentimentos e dúvidas sobre isso, resolveu que era melhor só procurar pelo chinês pelo castelo de Drácula. Havia procurado por todos os lados e seu único receio era não encontra-lo e acabar não fazendo o ritual, já que provavelmente todos seus conhecidos já deveriam ter feito. Respirando fundo, Aylin tentou espantar os pensamentos negativos ainda que estivesse ali o medo de algo desconhecido, por mais que tivesse passado algumas semanas em Halloween Town, ela conseguia sempre ser surpreendida com algo que os monstros daquele mundo faziam. Ao encontrar Qiang um suspiro de alívio escapou dos lábios, antes mesmo de se aproximar. “Finalmente te encontrei!” Disse assim que alcançou o mais velho, o sorriso no rosto era sincero, só então parando para observar a fantasia alheia. Era simples, por mais que o terno escuro e os óculos de sol combinassem perfeitamente com a figura a sua frente, por um momento a Fantastic chegou a pensar que ela havia talvez exagerado em sua fantasia mágica que mudava os detalhes do uniforme para encaixar com as gerações de Power Rangers. “Eu preciso que você faça o ritual da bruxa comigo, agora mesmo! Não tem opção de dizer não, precisamos nos livrar disso já.”

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É claro que dada a oportunidade, Qiang deixaria sua curiosidade o guiar o pelo castelo. A promessa de corredores estranhos tinha sido o bastante para deixar o Long animado em explorar o lugar, mas infelizmente o sentimento não durou muito tempo, não encontrou muitas coisas interessantes no início de sua procura e estava começando a se sentir entediado entre tantos corredores. Na verdade, o encontro com a La Bouff tinha sido a única novidade em sua procura. A exploração foi encerrada para que a guiasse de volta ao salão principal, mas parecia que o castelo tinha decidido exatamente aquele momento para tornar as coisas mais interessantes. Pelo canto de seus olhos podia perceber os vultos e olhos que os seguiam. Não tinha nenhuma intenção de assustar a garota que o seguia, por isso continuou a caminhar, os passos firmes em direção ao caminho que achava ser o correto, apesar de ter a leve impressão que os corredores se adaptavam a cada curva. Se virou quando sentiu o toque, pela primeira vez realmente observando o corredor pelo qual tinham vindo. O corredor vazio não diminuía a certeza que ele tinha que estavam sendo seguidos, mas não precisava piorar o medo da Cora, a última coisa que queria era alguém em pânico ao seu lado. “Relaxa, Coralina! Você está deixando toda a vibe do Halloween entrar na sua cabeça.” O Long colocou as mãos nos ombros da mais nova, a virando para frente e a empurrando para que continuasse o caminho. “Não tem nada seguindo a gente, tem um monte de galera por aqui, isso deve ser eco deles explorando por aí..” Ficar para trás lhe dava a oportunidade de observar melhor o corredor e ver com toda a certeza os vultos a sua volta aumentar. Mesmo que seu tom de voz parecia relaxado, Qiang empurrava a garota para que andasse cada vez mais rápido.

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⠀  ⠀          ៹ 🌺.   ⠀ Talvez não fosse sua ideia mais inteligente explorar o castelo, ainda mais depois de todos os relatos de corredores estranhos com lugares loucos porém quem poderia julga-la por estar sendo mais corajosa naquele dia? definitivamente não qiang! o mais velho dos long e ela haviam se encontrado por acaso, como parecia sempre acontecer com os dois, e foi assim que decidiram seguis juntos com a la bouff aceitando o caminho que o outro seguia considerando que o mesmo parecia tão certo sobre a direção correta para o salão do baile. foi no último momento que, em uma virada, acabaram entrando em um corredor que parecia, no mínimo, estranho desde o segundo em que pisaram no mesmo; parecia que haviam olhos os seguindo e a sensação fez a nuca da menina se arrepiar por inteira mas, ao olhar para trás, não havia nada ali deixando tudo mais suspeito além de deixa-la mais nervosa a cada segundo. quando ouviu um barulho alto atrás de si e, novamente, não encontrar nada quando se virou foi incapaz de continuar chegando a pegar no braço mais próximo do outro para que ele também parasse.   “ é impossível que só eu tenha ouvido isto, assim como é impossível que só eu esteja sentindo que tem muitos olhos seguindo cada passo que damos, qiang! ”   reclamou com o maior sendo só neste momento que virou-se para encara-lo deixando de encarrar o corredor vazio.   “ será que é uma proteção do castelo ou tem algo nos seguindo? ”   suas palavras agora eram um sussurro, apenas para evitar que qualquer coisa que estivesse ali ouvisse o que dizia mesmo que fosse, provavelmente, em vão. 

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Enquanto observava a piscina, fazia mentalmente as mesmas perguntas que a outra. A viscosidade da água não parecia lhe dizer muita coisa e a dúvida estava começando a preencher os pensamentos do Long. “Não sei se diria  enjoados. Acho que talvez seja mais difícil para enxergar. Talvez ele até goste, sem problemas caso ele acabe engolindo água ...digo, sangue.” O questionamento maior na cabeça de Qiang era que se aquilo fosse mesmo sangue, onde o Conde teria encontrado tanto…suprimento para o abastecimento e como ele mantinha o nível da piscina. A sugestão alheia pareceu muito mais interessante do que continuar pelo caminho que sua mente seguia. Para qualquer outro, talvez parecesse um pouco extrema, mas o Long nem mesmo pensou muito sobre o assunto antes de começar a tirar a gravata e o paletó, não ousaria manchar o terno. Mas os movimentos pararam assim que a ouviu. “Espera, você tem uma roupa extra, enquanto eu tenho que me despir para pular… O que eu ganho com isso?” 

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“Eu sei que estamos no castelo do Drácula, mas será que essa piscina é de sangue mesmo ou ele só colocou corante vermelho na água? I mean, deve ser muito estranho nadar no sangue, até eles ficariam enjoados.” Observava a piscina nos fundos do castelo com curiosidade. A coloração vermelha refletia em seu vestido branco, o deixando em uma coloração rosada. “Vai Qian, você pula na piscina e me fala o que é!” Fez um movimento com a cabeça para desafiar seu amigo de aceitar a proposta. “Eu até poderia, mas meu vestido é branco e mesmo que eu tenha outro look para vestir mais tarde, eu não pretendo estragar a surpresa antes da hora. Você é o único que pode sanar minha curiosidade nesse momento.”

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Long Qiang aka MIB's Agent  𝐚𝐭 𝐭𝐡𝐞 Monster Ball

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                                                    Half truths

    Apesar de ter tido seu descanso interrompido, Qiang estava animado naquela manhã. Halloween sempre havia sido seu dia favorito, e o início do mês, da época que deixava o seu dia tão próximo, isso deixava uma pequena esperança no Long. Um período em que as coisas não precisavam ser tão sérias, que as brincadeiras e pegadinhas estavam liberadas e em que ele se daria a liberdade em não pensar em todas as coisas que vinham acontecendo. Em resumo, enquanto pisava sobre os pisos do salão, tinha certeza que nada poderia estragar seu dia, nada poderia destruir o seu humor. Nem o anúncio da volta das aulas havia feito isso.

      Mas já deveria saber, principalmente nos últimos dias, que sempre havia algo para estragar. Arthurian estava cada dia mais cheio de surpresas e em sua maioria negativas. Em primeiro a volta do Charming e da Fada Madrinha ao conselho em uma cerimônia que ninguém havia visto. O Feiticeiro poderia não permitir que expressassem suas dúvidas, mas isso não impedia a desconfiança de crescer. Não quando a espada os havia negado em frente não somente aos estudantes, mas a toda uma população, e agora eles retornavam pois em uma reunião que estavam sozinhos, a espada decidiu mudar de ideia. Mas que droga era aquela? A espada não cometia equívocos, não era isso que havia sido ensinado durante toda sua vida? Não deveria confiar em suas decisões? Se ela estava cometendo erros, deveriam saber desde quando, precisavam questionar suas decisões. 

       Respirou fundo, precisava se acalmar, precisava ouvir o que mais teriam a dizer. Apesar de que após a primeira informação, o aumento da carga horária parece pouco importar. Levando em conta as coisas que vinham acontecendo, ensinar os alunos a se defenderem tinha sido a única decisão sensata que haviam tomado. Infelizmente, Qiang não conseguiu manter esse pensamento. À medida que o Feiticeiro continuava a falar, à medida que ele começava a entender o que havia acontecido, a raiva do descendente de dragão crescia dentro de si. A Lua de Sangue. A noite que ele havia tanto tentado esquecer voltou em sua mente, o pânico entre todos, o estado em que havia encontrado seu irmão, a dor em seu rosto, o que quase havia feito, o olhar de medo que estava focado nele.Tudo havia sido feito por eles. Sem aviso, sem chance de escolha, sem se importarem com o que poderia ter acontecido. Tudo por um teste idiota que eles não tinham escolha, uma falsa promessa de livre arbitrio. 

     Qiang estava ficando cansado. Cansado de ter tomado uma decisão em cima do que parecia ser uma falsa esperança, cansado de meias informações, cansado de tanta coisa escondida. Estava passando da hora alguém começar a contar alguma coisa.

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@fantasticaylin

JOHN B & SARAH Outer Banks 2.07

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gianbunny​:

quase tropeçou de nervoso quando o mais velho se moveu para destrancar a porta, gian deu dois passos desajeitados para trás e engoliu seco. “qua-quatrocentos e quinze” gaguejou completamente sem graça e sem jeito. o olhar e a pergunta o pegando totalmente de surpresa. “eu?” estava pronto para dizer que não era ninguém importante e só mais um hopps quando o Long mencionou Zhao, imediatamente as bochechas ficaram rubras e o olhar foi desviado para os lados. “er… sim, sou o Giovani, amigo do Zee” tudo bem que agora haviam beijos e outras coisas naquela amizade, mas eles sempre foram amigos e até o momento não rotularam o que estavam tendo. será que Quiang e outros irmãos já sabiam o que estava rolando? com medo de ser queimado vivo, ele torceu para que não. 

  Afirmou com a cabeça para si mesmo. A proximidade tornava compreensível o erro e não queria mais pensar naquela história. A reação alheia respondia muito mais do que havia perguntado. Ele e o caçula teriam muito do que conversar. Como ele não havia contado sobre isso? Bom, talvez a reação do mais velho explicasse. Se antes a cara fechada era apenas resultado do cansaço, agora era parte da performance em assustar o mais novo. A malícia havia tomado conta do Long e infelizmente para Giovani, ele era a vítima perfeita. “Você diria...amigos íntimos?" Os braços cruzados frente ao peito auxiliavam na encenação. O olhar foi até a porta e retornou ao mais novo, o analisando da cabeça aos pés. Se aproximou devagar, o encarando. “Você estava tentando invadir o quarto e aconteceu de ser o Long errado, é garoto? Estava achando que era o quarto dele. Quais as suas intenções com o quarto dele?” Era estupido e o caçula definitivamente ia o matar, mas ele estava se divertindo demais simplesmente pela reação do outro. Aquilo estava muito fácil.

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Apesar de Qiang constantemente reclamar sobre a falta de tempo, parecia haver uma concordância entre todos a sua volta de o manter ocupado. O motivo era muito simples, as piores melhores ideias do Long pareciam vir de seus momentos livres, obrigando a quem quer que estivesse perto a acompanhar. Um exemplo disso é que havia transformado Yuzi em sua mais nova companhia vítima ao a convencer a ir até o cemitério com ele. A brincadeira com o tabuleiro era pra ser algo besta, talvez somente um motivo para irritar os que estavam do outro lado, já que alguns deles haviam insistido tanto em atrapalhar seu dia algum tempo atrás. “Eles não se importam em encher o nosso saco quando roubaram as coisas…Ai, imagina que a gente consegue falar com os pais de um deles. Geralmente não apoio entregar os seres, mas abriria uma exceção para aquelas  pestes… Como seria ficar de castigo do outro lado?” Enquanto se ajeitava  de frente a ela, simplesmente deu de ombros ao comentário alheio, algo como ‘estou acostumado’. As falas foram recebidas com um olhar julgador do mais velho, mas decidiu ficar quieto, não era como se tivesse uma ideia melhor. A pose de Yuzi se desmanchou assim que o primeiro barulho foi ouvido e por mais que o primeiro interesse fosse em incomodas aqueles que o haviam o incomodado, Qiang viu naquilo uma oportunidade. Apenas uma brincadeira de leve com a mais nova. Fingiu acreditar no que ela dizia, movendo a cabeça veemente, lutando contra os músculos da face que queriam tanto se levantar. Precisava dela entretida com a situação para não perceber toda a concentração em seu rosto que não estava nem um pouco voltada ao tabuleiro, mas  sim em aumentar os ventos ao redor de ambos. Os dedos empurraram de leve o objeto até a parte que estava yes, de forma suave para ter certeza que ela não iria perceber. Não ousava dizer nada, medo de que sua concentração fosse afetada, mas  quando foi perguntado sobre o assunto, a negação veemente se fez presente, apenas deu sinal com a cabeça para que ela continuasse. A intenção era mexer com o objeto novamente, mas ele agiu primeiro. Primeiro acreditou que fosse a mais nova, provavelmente havia percebido o que ele havia feito e agora queria se vingar, mas o olhar direcionado ao rosto dela lhe trouxe outro pensamento. Em um instante, toda a brincadeira perdeu a graça. Olhou ao redor para ver se encontrava a razão para a atitude alheia, mas não conseguia enxergar nada. Em dois instantes o tabuleiro foi posto de lado para que pudesse se aproximar de Yuzi, com as mãos segurando firmemente em seu rosto a fim de trazer a  atenção para si. “Hey, o que houve? Eu estou aqui. O que aconteceu?”

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📍 location: cemitério

𓈒 ࣪ ࣭ 🐉 . ˙ ˙ ⋆ ࣪                            lápides. lápides. aglomerados de lápides, monumentos da morte alinhados de um modo confuso. elas tinham diversos tamanhos e formas, , e até mesmo os espaços entre elas eram estranhamente irregulares. a garota se perguntou, por um momento, quem havia sido o responsável por aquele lugar, independente de quem fosse, a pessoa não fazia ideia do que fazia. algumas possuíam uma distância de dez passos, outras pareciam coladas uma na outra. vivendo em arthurian, não parecia ser algo que deixassem passar, quer dizer, incompetência. arrependeu-se um pouco em ter aceito o convite para ir jogar com um tabuleiro ouija em plena noite, raramente negava algo aos seus irmãos, especialmente quando se tratava do primogênito. a ideia de brincar com um tabuleiro ouija pode não parecer divertida para a maioria das pessoas, mas provavelmente todos em algum momento de suas vidas ficaram curiosos se poderiam se comunicar com os mortos dessa maneira. mesmo existindo outras formas de se comunicar com fantasmas em ambas a cidades, a experiência não seria a mesma de estar em um cemitério com o irmão mais velho. estava sentada entre duas covas, de frente para ele, as pernas cruzadas e mãos balançando em ansiedade. as estrelas haviam desaparecido justamente naquela noite. o chão estava úmido, e tudo o que conseguia ouvir ao redor eram os sons das árvores agitadas pelo vento frio da noite. . — será que eles não vão ficar bravos? eu ficaria furiosa se alguém me atrapalhasse assim. pensa só, não basta só morrer, não posso descansar em paz porque as pessoas ficam me enchendo o saco. — a verdade é que ela não se importava, superar a curiosidade era mais importante, mas tinha de ser dramática antes, era uma necessidade. — se algo de errado, do tipo, espíritos saírem por aí nos atormentando, a culpa será toda sua. — disse brincando e deu de ombros, não estava exatamente nervosa, havia conhecido muitos fantasmas insuportáveis, mas eles também a conheciam. colocou a mão direita em cima do planchette, relaxou o corpo para não correr risco de acabar movendo o objeto acidentalmente. tendo assistido a vários filmes de terror , mesmo fingindo não consumir nada non-maj, decidiu seguir o roteiro. — tem alguém aí?  — perguntou sem tirar os olhos do tabuleiro, no mesmo momento escutou um barulho próximo, o que a fez dar um sobressalto com os olhos arregalados, o que se revelou apenas um gato. logo em seguida limpou a garganta, se ajeitando confortavelmente novamente e ajeitando o cabelo. — eu sabia que não era nada… — explicou para o irmão, tinha uma imagem a manter. tentou repetir a pergunta novamente, visto que nada havia acontecido. — há alguém aqui? se alguém estiver entre nós, por favor, nos dê um sinal. — seu tom era alto e claro. demorou alguns instantes até o objeto começar a se mover até o “yes”, yuzi abriu a boca, incrédula, o olhar sendo desviado até qiang. — não foi você, certo? se não tiver sido, pode ser uma ilusão compartilhada. — estreitou os olhos, voltando a observar a tábua. — hm… você pode nos dizer seu nome? — parecia uma boa perguntar para iniciar, de qualquer forma, quando um espírito não pacífico costuma arrastar o planchette aleatoriamente, não dizendo nada e, aquele planchette começou a se mover formando um “oito”, indicando que o fantasma gostaria de tomar controle da sessão. a long mais nova bufou irritada, caramba, mal tinham começado! uma sensação estranha tomar conta de seu corpo. não é de admirar que se sentisse assim, brincava arriscadamente entre vários cadáveres. o som do vento não parecia mais apenas o vento, parecia ter escutado algo a mais, talvez fosse o felino de mais cedo. moveu a cabeça na direção do som e então percebeu, o gato desapareceu. a garota encontrava-se inexpressiva, porém era notável a apreensão em seus olhos castanhos. finalmente lembrou-se em que tipo de lugar estava. as lápides que os cercavam pareciam estar se aproximando cada vez mais, era loucura aquele tipo de sensação. entretanto, algo entrou em seu campo de visão, havia algo lá, alguém além dela e o irmão. mesmo arthurian sendo lotada de pessoas com costumes peculiares, não achava que alguém entraria no cemitério no meio da madrugada, sua mente ficou em branco. o que é que fosse, estava indo direto na direção deles. yuzi pensou se deveria sair correndo, o coração acelerou e a respiração passou a ficar pesada antes dela se dar conta. seu corpo não obedecia às ordens de sua mente para fugir, suas pernas estavam enraizadas no chão.

[stronglongqiang]

At Long’s w/ @solongbai​

   Para qualquer pessoa  esculpir a abóbora era um doce momento entre família de paz e bagunça controlável. Bom, esse não era o caso na casa dos Longs. A questão é que o Halloween tinha um efeito especial sobre o mais velho, era capaz de trazer seu melhor e pior com grande intensidade. A atividade era uma tentativa de gastar a energia destrutiva que a época lhe dava, de uma maneira mais controlável, e a junção do irmão tinha até o animado, ajudado a manter o foco por mais tempo. Infelizmente a concentração de Qiang não era muito duradoura e piorava ainda mais quando via que não estava se saindo nada bem em sua tarefa. Comparada a sua, a abóbora do irmão mais novo parecia até arte. Para o azar do mais novo, a melhor forma que Qiang encontrava de elogiar o trabalho alheio era exatamente atrapalhando o Bai de o terminar. Se aproveitando da concentração do outro, o mais velho usou um dos pedaços da abóbora para mirar e atirar. “Elas querem vingança, você acabou com a mestre delas.”  A risada veio fácil quando acertou o alvo, preparando logo em seguida a próxima munição.

[stronglongqiang]

Camping w/ @snaerror​

Provavelmente não era a ideia mais inteligente acampar em plena época de Halloween, com lua cheia, estando próximo a uma cidade cheia de monstros. Obviamente, qualquer ser  com o mínimo de juízo descartaria essa ideia no instante que surgisse. Qiang claramente não se encaixava nem um pouco entre eles. Na verdade, a possibilidade desse cenário era exatamente o motivo pelo qual estava tão animado, basicamente um extra em uma atividade que já gostava de fazer, e foi o incentivo em toda lábia usada para convencer Ice a se juntar a ele. O primeiro uivo veio quando ainda estavam preparando o acampamento. O segundo ajudou a calcular a distância. “Definitivamente não estão longe. Temos uns cinco minutos antes de chegarem aqui. Quais as chances dele tá chamando outros para uma reunião?” O sorriso que o Long lançou ao outro em nada condizia com a situação, mas ele definitivamente estava empolgado.

[stronglongqiang]

i don’t know much what you’re saying, but it sure sounds nice. (giovani)

O olhar lançado ao garoto estava cheio de frustração. Podia ser mestre em deixar a mente vagar enquanto falavam com ele, mas odiava quando faziam isso consigo. “Fala a verdade, você não estava nem prestando atenção, não é? Deixa eu recomeçar…” A irritação aumentou quando percebeu que a interrupção fez com que esquecesse sobre o que estava falando. Felizmente a ideia que estava se formando em sua mente trouxe seu bom humor de volta. “ Eu estava te contando sobre a história da lagoa de lótus, uma história de um casal…Bem legal, sabe?” Talvez lenda urbana de terror fosse ser um pouquinho exagerada pelo Long e era a segunda vez que pegava no pé do garoto, mas a oportunidade era boa demais para deixar passar. Uma lenda não poderia fazer tanto mal.

[stronglongqiang]

“Magic is real you know? You shouldn’t just mess with it like that.”

“Oh, I know. Mas eles não deixariam a gente mexer se fosse perigoso. ”  Estava entretido demais com a mistura dos ingredientes para até mesmo olhar em direção a garota. O Long não tinha nem ideia do que estava misturando ali ou qual seria o resultado daquilo, mas não deveria ser essa a graça de tudo? Tinha certeza que não seria nada demais, não deixariam eles visitarem HalloweenTown se fosse perigoso demais. Ou pelo menos era o que ele repetia para si mesmo desde o dia primeiro de Outubro. “Você vai mesmo me dizer que não está curiosa pra saber o que vai sair daqui? Parte da diversão é a surpresa.”

[stronglongqiang]

“please don’t be sad for me.” (sebastian)

“Claro que fico. Isso é uma tragédia terrível que ninguém deveria passar. Compartilho de sua dor.” Para qualquer pessoa que estivesse passando e ouvisse a conversa dos dois poderia ser levada a acreditar que o consolo vinha devido a uma perda terrível, mas talvez eles não levaram em conta o dom do Long para o drama. A encenação toda perante o sanduíche desmanchado no chão tinha um tom cômico que Qiang adorava. “Vem, meu caro. Vamos preencher esse vazio dentro de você.”

[stronglongqiang]

❛ on halloween we dress as skeletons. but in reality, skeletons dress as us. ❜

O Long observava o outro com certa descrença, mas aos poucos as palavras dele foram criando raízes em sua mente. “Mas isso não significa que estamos todos nós fantasiados? E os esqueletos que vemos aqui em Halloween Town e afins seriam apenas seres como nós, só que pelados?” O problema de um pensamento criar raízes na mente do Long é que a ideia estava logo se aprofundando e se um dos pensamentos não tivesse feito Qiang se irritar, teria se mantido paralisado na própria mente. A frustração foi descontada no outro que estava próximo. “ Pode parar! Você vai me ajudar a encontrar as fantasias, se movendo.”

[stronglongqiang]

❛ you alright? you look like you’ve seen a ghost. ❜ (sebastian)

O Long respirava ofegante, resultado do longo período correndo. Quem diria que fantasmas poderiam ser tão persistentes. “Ah, ver não é o problema, o problema é ser perseguido por eles querendo te possuir…Um tanto de gente aí querendo pagar pra isso e eles querendo fazer isso comigo.” Ele não precisava saber que o Qiang tinha os provocado primeiro, mágoa guardada pelos pertences perdidos. Tinha que admitir no entanto, até que tinha se divertido.