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Patologia
"Ela escreve de um jeito muito bonito" Engraçado é que dizes isso enquanto te olho, inteira e delicada que és, parte contrastada do que não entendo, e sei, naquele instante, que o gosto pelo efêmero era discurso -este sim temporário, também porque vazio- e que nada é tão futuro quanto falar de te querer. Não declaras nada do tamanho descomedido que espero e não pretendo brado nem afago. Só espreito, colada à tua ordem e doçura, o chegar inevitável de nós duas, na configuração que queiras -e, por sorte de qualquer deusa ou energia, quererás. Sei é que me contento contigo carregando bandeira, nossa espécie não mais envergonhada, e eu a te olhar ora de perto como apêndice argumentativo da luta que travamos, ora de longe como quem cala por ter demais a te dar e o medo profundo da unilateralidade. Beleza é origem de poesia chula, mais emoção piegas que respeito, e talvez sejas justamente bonita, esse esconder que desconhecia e agora finjo que não aflige, porque desrespeita minhas certezas. Usas óculos porque precisas enxergar, com a força visceral que escondes na tua leveza muda, detalhe e além. É isso: mais, avesso, Outra. Além.
JÚLIA VILHENA (paradoxoambulante)
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Sobre (de modo genuíno e cálido) saudade.
Isso, que sensível e latente é também nó e enlaço; isso além-chão ou abraço parco: do que sei é o que transborda de silêncio e empatia. Silente, hoje, outra vez porque distância e lacuna frágil e sôfrega, o que sua as mãos e embarga os olhos é uma ânsia sutil e humana de ser de si vísceras, voz e o que couber em passos e mazelas maiores do que a liberdade impõe. O que nos mata, pouco a pouco com antídoto e resignação mútua de suicídio lírico em fotografia dinamarquesa, é o que agora é chão e subsolo. Sobre queda iminente e olhar preciso e ingênuo: sangra, agora, o que não cabe no nosso acordo íntimo de solidão a dois.
Júlia Vilhena R (paradoxoambulante)
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Àquele (agora, de saia)
Vejo-te (oblíqua gramática e estética) como quem não enxerga O que és parte de lacuna sempiterna e inflamada parte de sangue não coagulado parte de discurso grandíloquo -sobretudo discurso é também mistério e vazio
O que arrebata (pouco e latente) é riso superno e brando Gritavas o que explodo transbordas como que silêncio como que peito arfante e ardente à esquerda como que labor e voz -guardo o que tange além-alma e cada partícula é eterna e imutável como só o tempo
Não há grilhões (como disseste uma vez) que possam premir os ideais de um homem Se te imploro presença é porque aqui sôfrega rouca ausente e extremada -tudo o que sinto é prisão sei que estás e sempre esteve muito mais do que o que toco.
Júlia Vilhena R (paradoxoambulante)
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