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archielawford‌:

Archie estalou a língua algumas vezes, movendo a cabeça negativamente e mantendo as mãos na cintura, esboçando uma leve expressão de decepção e indignação. Por seu pai ser policial ele não conseguia ver a situação da mesma forma como Sylvia, já que, enquanto ela achava o lance dos donuts um tanto quanto zoados, ele acabava vendo aquilo com naturalidade — inclusive, adorava quando sobrava algumas na caixa e seu pai levava para casa. Por conta disso, acabou não comentando nada a respeito, voltando assim a focar no que realmente importava. “Não acho que ursos tenham feito isso. Até porque, não faz parte do feitio deles, não é mesmo? Ainda que a casa estivesse destrancada, isso tudo parece muito estranho.” Comentou, descartando totalmente o lance dos ursos. Archie poderia estar errado, óbvio, mas, pelo que sabia sobre o assunto, ursos não tendiam a ser tão agressivos. Eles poderiam até chegar a entrar na casa, mas só atacariam caso se sentissem ameaçados ou algo do gênero. 

“Eu realmente acho que deveríamos fazer algo a respeito disto. Buscas, talvez. Não sei, qualquer coisa! Tem dois adolescentes desaparecidos e nós estamos aqui, na escola, agindo como se nada estivesse acontecendo lá fora. Argh, que raiva!” Não era exatamente sobre o grupo e sim sobre todos. Era uma cidade pequena, portanto não custava nada todos se juntarem para um bem comum: encontrar os gêmeos Ford. Se fosse Archie que estivesse desaparecido, ele odiaria ficar vagando por aí sem ninguém, além dos policiais, se importar de ir atrás dele.

O garoto não sabia muito bem o que esperar enquanto Sylvia buscava por algo dentro de sua bolsa, tampouco tinha certeza se gostaria de saber o que ela era capaz de fazer. Porém, ao notá-la pegando o lápis e, em questão de instantes, fazê-lo levantar, Archie chegou a dar um leve pulo para trás, tão surpreso quanto entusiasmado. “Eu não acredit-!” Soltou um tanto quanto alto demais, mas logo levando a mão na boca e a tapando. Olhou um pouco ao redor, para ter certeza de que ninguém havia escutado e os notado por ali. E, ao concluir que o local estava limpo, retornou a falar. “Me sinto como em um quadrinho dos X-Men! E, assim como eles, creio que agora você precisa treinar isso. Se não praticar, nunca saberá o que é ou não capaz de fazer, assim como suas fraquezas e seus limites. Mas recomendo que o faça em um local aberto. Você sabe, só por questão de segurança…”

Sylvia concordou, mastigando o lábio inferior enquanto tentava pensar em qualquer outra possibilidade que lhe tivesse escapado a mente. “E além disso não é nem temporada de ataques de urso. Eu acho que todo mundo está tentando se convencer que isso foi um acidente bizarro para poder dormir de noite...” Afinal de contas, assassinatos estranhos não aconteciam em Franklin. Era mais fácil acreditar que animais tinham feito aquilo do que tentar investigar o caso a fundo, apenas para encontrar mais perguntas do que respostas. Não que Ivy acreditasse que o crime tivesse sido obra de um humano. As teorias da ruiva iam muito além da esfera plausível, mas ela acreditava ter ganhado esse direito em suas atuais circunstâncias.

Deu os ombros. “Eles provavelmente vão organizar buscas na floresta, mas eu não acho que elas vão ajudar.” Algo a dizia que os gêmeos provavelmente não seriam encontrados há alguns metros do inicio da floresta sob a luz do dia. E sim, talvez isso fosse pessimista, mas também significava que eles tinham que pensar em uma maneira de realmente achar os gêmeos. “Talvez...” O pensamento pairava sobre sua cabeça como uma lâmpada de desenho animado, acendendo e apagando conforme ela a considerava. “Talvez nós devêssemos procurar eles, Archie. E se tudo isso estiver ligado a essa sensação estranha que a gente está tendo?”

Não pode deixar de rir com a reação do outro, colocando o lápis atrás de sua orelha com um movimento único. Sua própria animação com o que poderia ser apenas descrito como poderes florescia em seu subconsciente, fruto de uma vida dedicada a fingir ser outras pessoas. No momento ela se sentia bem para caralho sendo só a Ivy. “Eu sei! Eu não sou nenhuma Jean Grey, mas isso não é uma má ideia para falar a verdade...” No momento ela não arriscaria fazer qualquer coisa maior do que um truque de mágica barato, mas saber exatamente o que ela poderia conseguir não soava uma má ideia. “Tem mais uma coisa. Quando eu faço isso, de vez em quando, bem, coisas inesperadas acontecem. Ontem eu tentei abrir a porta do meu quarto da cama e ela pegou fogo.“ A experiência tinha sido horripilante, mas fez Sylvia perceber algo que ela não teria em outras situações. “Tipo a magia da Adelind.”

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itszhao‌:

Nate não conseguia entender como Ivy poderia parecer tão animada com a ideia de ter ganhado poderes, tudo bem que os poderes de Verim poderiam ser bem úteis para ele considerando o estranho trabalho que tinha após o horário de aula, mas ainda assim, ele sentia que isso não poderia ser um bom sinal e mesmo que não quisesse que os outros percebessem, ele estava surtando por dentro. “Você acredita mesmo nessa história de garras? Olha, não tô dizendo que você e seus amigos nerds são mentirosos, mas, veja o número de pessoas que essa notícia passou, as pessoas podem apenas estar surtadas por conta do assassinato. Monstros não existem, Sylvia.” A voz rouca de Nathaniel falhou com a última afirmação, mas conseguiu disfarçar com uma tosse, ele não queria acreditar que realmente algo havia acontecido com o jogo, porém, ele não era burro, Sylvia e ele era uma prova viva de que algo estava errado e que tinha ligação com o rpg, ele só não queria acreditar.  “Como isso é possível? D&D é um rpg qualquer, como isso pode ser real e por que logo nós? Aposto que não somos os únicos que joga isso no país.” A cabeça de Nate estava confusa, seria pedir demais que alguém desse respostas a ele? Ele não gostava de se sentir impotente, mas, mesmo com seus recém adquiridos poderes, não conseguia evitar de se sentir vulnerável, como se a qualquer momento alguém, ou algo,  fosse acabar com tudo que ele conhecia.

“Claro que acredito! A Clara pode ser a maior fofoqueira dessa escola, mas ela tem fontes melhores que muitos jornalistas.” Revirou os olhos com o jeito que Nate disse nerds. Ivy estava acostumada com os olhares estranhos e risadas, e na verdade, parecia se esforçar para ser o mais estranha possível nos terrenos de Franklin. Ainda assim, ela sabia muito bem que não era a única nerd naquela sala. “Diz o garoto que joga d&d há dois anos.” Murmurou, e então cruzou os braços com um olhar determinado. “Adivinha só, Nathaniel? Poderes mágicos também não existem. Alguma coisa aconteceu com os Ford, e alguma coisa aconteceu com a gente. Conecte os pontos!” Uma ponta de culpa começou a aparecer no fundo da mente da ruiva. Duas pessoas estavam mortas, e ela acreditava veementemente que a razão estivesse conectada a si e seus amigos. Sua mãe sempre a disse que coincidências são uma grande mentira, e ela era obrigada a concordar com a mulher. “Não, não somos... Talvez nem mesmo na cidade. Mas eu aposto que o resto do grupo também acordou se sentindo mais como um personagem do que uma pessoa.” Suspirou, sem ter certeza do que fazer. Era fácil fingir estar em total controle das situações quando eles estavam na Cabana, ou quando ela tinha um script em mãos. No momento, porém, Ivy se sentia simplesmente perdida.

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frawnkie‌:

Havia passado uma boa parte da sua manhã tentando encontrar moedas perdidas pela escola e pelos bolsos alheios para inteirar com a grana que tinha para os cigarros ‒ as pessoas simplesmente deixam seus pertences atirados por todo canto, é uma boa forma de aprenderem alguma coisa e, além do mais, ela estava ficando estranhamente muito boa naquilo. Claro que Frankie é justa e tem como alvo os idiotas do time de futebol. Quando estava prestes a enfiar a mão em uma daquelas estúpidas jaquetas foi puxada com força para longe e, tamanho foi seu susto ao pensar que era o dono da jaqueta, acabou quase se engasgando com o chiclete que mastigava. Por sorte bastou tossir uma única vez para não engolir o chiclete. E, com ainda mais sorte, definitivamente a jaqueta do time não pertencia àquela pessoa.

— Jeez, red! Pensei que eu fosse ser a próxima vítima das garras. — Disse enquanto massageava o seu braço no local em que a ruiva havia puxado. — Olha… não acho que um urso invadiria aquela casa e também não duvido que exista um maluco por aí capaz de coisas medonhas. — Encolheu os ombros por não saber bem o que achar do caso de assassinato. — Não pensei muito sobre isso porque, hm, eu estava com a cabeça em outro lugar. — Mais especificamente quase indo à loucura por ter acordado com habilidades anormais. — Tudo está estranho. — Deixou escapar o pensamento através de um murmúrio ao se dar conta do conjunto de acontecimentos.

Não pode deixar de dar um sorriso com as palavras de Frankie, cruzando os braços logo em seguida. “Don’t worry, essas armas são reservadas para os garotos idiotas da escola.” A ruiva se apoiou na parede, mordendo os lábios enquanto tentava repassar todas as informações que ouvira sobre o assassinato, o que não era muito para falar a verdade. “Coisas medonhas é um bom jeito de se colocar...  Eu sinto como se tivesse acordado em um desses filmes adolescentes clichês.” Essa era uma boa maneira de se colocar, Sylvia pensou. Com a exceção, claro, que ela estava mais confusa do que animada com tudo que estava acontecendo em sua cidadezinha. “I feel you.” Estava prestes a dizer mais alguma coisa quando ouviu o murmúrio da garota. Se aproximando levemente e arqueando as sobrancelhas, Ivy perguntou em algo que não passava de um sussurro. “Frankie, por algum acaso, aconteceu alguma coisa estranha com você nesses últimos dias? Alguma coisa... medonha?”

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itszhao‌:

Nathaniel seguiu a garota sem reclamar, seus pensamentos viajando entre como poderia explicar que, do dia para noite, ele se sentia muito mais parecido com Verim do que durante todo o tempo que esteve jogando D&D com os amigos. Aproveitando-se que estavam sozinhos, Nate acendeu um cigarro do maço de Lucky Strike que carregava em seu bolso. “Hang on, você também ganhou superpoderes de repente? Eu achei que tivesse sido o único!” Ele exclamou após a primeira tragada, havia pedido explicações a Sylvia, mas a garota só parecia trazer mais dúvidas para ele. “Você acha que o assassinato pode ter algo com o que está acontecendo com a gente?“ Perguntou cauteloso, não era amigo dos Ford, mas estavam em Franklin e mortes daquele tipo não aconteciam todos os dias na pequena cidade, seria apenas uma coincidência que eles agora tinham habilidades especiais? Nate não tinha certeza. Ele jogou o cigarro recém aceso no chão e o apagou com seu coturno, subitamente ele não sentia mais vontade de fumar.

Sylvia não tentou esconder a maneira como ela torcia o nariz assim que o amigo acendeu o cigarro, mas não fez nenhum comentário. Ao invés disso, ela acenou a cabeça levemente, se apoiando na mesa que estava perto de si. “É como se eu fosse a Adelind. O que é super maneiro, mas preocupante considerando o tanto de coisas que ela explode em cada sessão.” Não havia dúvidas que a garota parecia animada. A vida de Ivy sempre foi perfeitamente normal, e ela ansiava por algo que mudasse isso. Quem não gostaria de ganhar super poderes? “Olha, a Clara Harris me disse que Peter Dunskan disse para ela que a mãe da Amelie Clarke, que é uma jornalista, conseguiu descobrir com alguns policiais que os corpos dos Ford tinham marcas de garras. Não facas, ou tiros ou qualquer coisa, garras! Do tipo que todo monstro assustador de d&d tem.” Ela tinha passado seu primeiro período inteiro tentando descobrir o que seus colegas de química sabiam sobre o caso, e Clara Harris com suas tendências à fofoca não desapontaram. Ivy observou Nate jogar o cigarro no chão com uma careta, esperando que suas roupas não ficassem cheirando a fumaça. Seus pais com certeza a matariam. “Talvez não tenha acontecido algo com a gente, só... ao redor da gente.”

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ethanverdinho‌:

Ethan mal havia fechado seus olhos na noite anterior, contudo, não poderia faltar aula ou o treino, não por motivos bestiais como uma insônia qualquer, se um dia, quando fosse necessário, matasse a aula era por trabalho, isso sim era uma justa causa. Estava arrumando a alça de sua mochila, estava velha, mas não fazia questão de uma nova, aliás, era melhor que nada. Seus passos eram apressados para chegar rapidamente em casa e antes que pudesse ter qualquer reação, sentiu o braço sendo tocado por Ivy. “Não é só você. Assassinatos sempre são estranhos e suspeitos.” Comentou, mas logo se arrependeu pela forma que havia respondido, estava nervoso, sua mãe parecia ter piorado de um dias para cá, porém sabia que não deveria soltar isso em outras pessoas, principalmente, seus amigos. “Desculpe, quer dizer, esse está sendo mais.”

A ruiva revirou os olhos levemente com a resposta de Ethan, fazendo uma careta. “Duh. Mas assassinatos nunca acontecem nesse hell hole, e mesmo se acontecessem, duvido que eles envolveriam garras.” Segurando a alça de sua mochila cor de rosa, que pendia em um de seus ombros, a ruiva começou a andar levemente a frente do garoto, em um caminho que levaria os dois para casa. “Garras!” Ela exclamou, gesticulando com suas mãos. “E agora os gêmeos estão desaparecidos, o que não me parece muito o modus operandi de um animal selvagem. Mas garras também não são exatamente armas de preferência de um assassino humano.”

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archielawford‌:

Ainda que seus pensamentos estivessem acelerados e o garoto se encontrasse um tanto agitado, foi impossível para ele não ignorar um pouco tudo isso e focar no que a ruiva acabara de comentar a respeito dos donuts. “Mas o que você tem contra donuts? Sei que são clichês, mas você já comeu aquela manifestação alimentícia dos deuses? Não há bolinho no mundo que supere o sabor de um donut! Posso dizer isso porque às vezes meu pai compra uns para mim e, nossa, que rosquinhas gostosas…” Retrucou, ainda que aquilo fugisse completamente do assunto em questão. “Não acho estranho você usar uma fantasia de Julieta para interpretar o papel dela… Seria estranho se estivesse fantasiada de Romeu.” Foi inevitável para Archie não imaginar a cena por alguns instantes, mas, antes que o papo fugisse completamente da linha de raciocínio inicial, ele balançou levemente a cabeça e focou no que realmente importava. “E, eu não sei… Também me sinto estranho desde segunda, e estranhamente também os sinto um pouco estranhos, mas não consigo explicar o que é. Daí acontece essa loucura com os Ford e eu só consigo me perguntar se tem a ver uma coisa na outra e, se sim, o que é. Você notou algo diferente com você? Alguma coisa tem acontecido sem explicação, como se fosse… magia?”

“Bem, eu suponho que é okay se você quisesse comer donuts o dia todo, mas você não pode negar que policiais fazendo isso é um pouco engraçado. Sério, parece que o vídeo de orientação da delegacia são aqueles filmes antigos em que todo mundo fala de um jeito estranho e todos os policiais sobrevivem a base de rosquinhas açucaradas.” Suspirou exageradamente, olhando para o outro como se ele fosse maluco de não ver seu ponto. O comentário do outro logo gerou uma ideia brilhante para a próxima peça de inverno, mas Ivy decidiu manter isso para si mesma e se concentrar no assunto que eles tinham em mãos. “Eu ouvi algumas pessoas dizendo que os Ford tinham marcas de garras nos corpos. Garras. Do tipo, monstros assustadores, não ursos que estavam com fome e acharam uma casa destrancada.” A teoria de que ursos podiam ser os culpados pelos assassinatos, que ela já ouvira de algumas pessoas durante o primeiro período, era exatamente o que Ivy esperaria de policias incompetentes. “E ninguém vê os gêmeos há dias.” Completou. A ruiva não era amiga de nenhum dos dois, mas saber que duas pessoas que ela vira todos os dias por anos pudessem simplesmente desaparecer era assustador. Pensar que ela e seus amigos pudessem estar conectados a isso de alguma forma deixava tudo pior. “Eu acho que você pode chamar disso, sim.” Com um suspiro, Ivy começou a procurar em sua mochila até achar um lápis, olhando ao redor para se certificar que não havia mais ninguém matando aula e os observando. Colocando o lápis em sua mão estendida, ela se concentrou por alguns minutos até ele começar a levitar alguns centímetros, o pegando logo em seguida. “Só coisas pequenas. Eu tenho medo de tentar algo grande e, sabe... Boom!”

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Sylvia estava arrumando os livros em seu armário lentamente, sem realmente prestar muita atenção ao mundo ao seu redor. Lá dentro, esmagado entre um livro de química e inglês avançado, estava sua amada cópia do manual do jogador de d&d, e ela não podia deixar de encará-lo, como se os pedaços de papel fossem se abrir magicamente e ajudá-la a entender o que diabos estava acontecendo naquela cidade. “Ai meu deus!” Quase gritou ao ouvir uma voz perto de si, se virando para encarar Nate. Um suspiro de alívio saiu dos lábios da ruiva, antes dela poder processar totalmente as palavras. “Wait...” Notando alguns olhares curiosos ao redor, Ivy fechou o armário e guiou o garoto para um corredor vazio rapidamente, entrando em uma sala desocupada. “Eu não faço a mínima ideia. Eu achei que eu estava ficando, sabe...” Girou os dedos ao redor da cabeça, no símbolo universal de completamente maluca. “E pessoas morreram! Em um assassinato terrível. Em fucking Franklin.”

Nate andava pelos corredores da escola em busca de alguém que pudesse entender o que estava acontecendo com ele e só havia sete pessoas no mundo que ele podia falar sobre a estranheza dessa manhã. “Eu acho que eu ganhei superpoderes.” Ele disse quando encontrou um de seus amigos secretos, ignorando os olhares atravessados que as pessoas próximas davam. “E você precisa me explicar o que diabos está acontecendo.” 

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archielawford‌:

Não fazia parte do feitio de Archibald matar aula — inclusive se sentia com a consciência bastante pesada só por pensar em fazê-lo —, porém, a curiosidade a respeito de novas informações o deixava hiperativo demais para que conseguisse se concentrar em outras atividades. E ele se encontrava determinado a deixar a St. Agatha e ir por conta própria atrás de notícias, se antes não tivesse sido interrompido por Sylvia, que o pegou de surpresa e o puxou pelo braço. “Sylvia, eu…” ‘Estava tentando matar aula? Era isso que diria a ela?’ Por não saber o que dizer, tampouco se deveria realmente dizer algo, acabou a acompanhando. “Não, você não é a única! E é esse o ponto! Eu não sei se estou ficando maluco ou se tem realmente algo de suspeito nesse ocorrido trágico, mas nunca aconteceu algo assim na cidade e eu sinto que preciso descobrir mais a respeito. E, apesar de meu pai fica falando ‘vá estudar, moleque, e deixe que os adultos façam o seu trabalho’, eu não consigo simplesmente ignorar o que está acontecendo. E se eles souberem de mais coisas? E se eles estiverem propositalmente ocultando as novas pistas? Ok, é óbvio que eles estão ocultando as novas pistas com a desculpa de: ‘para não atrapalhar as investigações’, mas o que garante que eles irão nos contar a verdade? E o que nos garante que estamos seguros? Isso mesmo: nada! Por isso acho que é uma ótima ideia irmos até lá e vermos com nossos próprios olhos o que está acontecendo!” Tagarelou, esperando que aquilo fizesse algum sentido e que ela pensasse da mesma forma que ele. Não queria ficar apenas sentado esperando notícias, queria agir.

A ruiva concordou entusiasticamente, se virando completamente na direção de Archie após verificar mais uma vez que não tinha ninguém perto deles. Talvez a precaução fosse desnecessária, claro, mas ela não precisava ser considerada uma esquisita ainda maior no colégio. “Bem, isso é porque os adultos dessa cidade são inúteis. Sério, os polícias não percebem quão clichê ficar comendo donuts na viatura parece. Eles podiam pelo menos comprar bolinhos, e não parecerem idiotas completos.” Balançou a cabeça com força, tentando manter a linha de pensamento que lhe fizera puxar Archie em primeiro lugar. “Archie... eu acho que tem alguma coisa estranha acontecendo aqui. E não estranha do tipo wow Ivy, você não precisa usar uma fantasia de Julieta para entrar no papel, o que eu totalmente precisava, estranha no nível sanatório.” Suspirou, buscando uma maneira de tentar explicar suas experiências estranhas com o o outro. “Por acaso você também se sentiu assim desde segunda? Estranho?”

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mwrningstar‌:

⊰ ┋❛ &  mordeu o lábio inferior apreensiva, limitando-se à levantar o olhar para as pessoas que se faziam a seu redor uma vez ou outra. perguntava a si própria se os mesmos também podiam notar a estranheza considerável daquela situação, tanto quando ela sentia de forma nitida. talvez fosse apenas sua imaginação brincando consigo, esse pensamento não fez com que se aquietasse, sentir a mão alheia sobre si também não realizara esse trabalho. ❝ — c-céus! você não pode fazer isso! me assustou! ❞ exclamou em murmúrios. ❝ — i don’t know… talvez nós duas estamos ficando paranoicas, ms… tudo isso é tão estranho ❞ os pensamentos confusos tentavam se organizar em sua mente para dar-lhe uma resposta decente, falhando.

Riu levemente com o susto da outra, abrindo as mãos e arregalando os olhos. “Desculpa, eu esqueci do boo.” Sua expressão, porém, logo se tornou mais serena, e ela assentiu como se as duas estivessem tratando de um assunto de vida e morte. Bem, talvez apenas de morte. “Paranoia é bom de vez em quando, Moon. Você se lembra daquela vez em que nós conseguimos matar um monte de goblins porque achamos que algo estava estranho e decidimos ficar acordados... e eu estou me distraindo. Okay. De qualquer jeito, algo está errado. Bem errado.”

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Ivy estava escorada em um dos pilares da escola, esperando ver algum de seus amigos sozinho. Ela realmente preferiria conversar com eles em um lugar mais discreto, mas o sentimento em seu estômago só iria embora quando ela pudesse compartilhá-lo com alguém, e ela estava impaciente. Finalmente, após o que pareceram ser décadas esperando, Ivy conseguiu avistar um deles e puxá-lo pelo braço. “Por favor me diga que eu não sou a única que acha esse negócio dos Ford... suspeito.”

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me when i’m feeling overconfident

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