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Por toda a minha vida eu fui sozinho, nunca tive ninguém que me acolhesse quando meu mundo desabava. E eu aprendi a ser sozinho, me acostumei a não ter ninguém pra me salvar. Afinal, viemos a esse mundo sós e assim partiremos dele.
Hoje, eu sinto um vazio no meu coração. Porque, além de não ter ninguém por mim, eu estou tendo que ser alguém para outra pessoa. E ela pede mais do que eu posso dar. Ela pede mais do que eu quero dar. Ela sempre pediu.
Eu nunca pedi por isso, não pedi pra nascer, não pedi pra ser. Eu sou filho, eu não sou pai, não sou marido. Não pedi pra ser, não quis ser e nunca pude ser. Minha energia se esgota a cada palavra que não digo e por isso não posso mais deixar de dizer o que sinto. Estou fraco e não posso continuar assim.
Não é justo. Minha vida não foi justa. Minha infância, minha adolescência. Tiraram de mim a vida que eu poderia ter tido. E continuam tentando tirar. Não é justo, nada disso é justo. Por que eu tenho que pagar por ter nascido diferente?
Eu tento me perdoar pelos “nãos” não dados, pelos “sims” de peito atravessado, por ter me calado quando tudo que eu queria era gritar. Tudo que eu precisava era gritar, tudo que eu preciso é viver livre.
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Eu sinto que estou no meu melhor lugar, sinto que estou bem e ok onde estou. Não me lembro de ter me sentido tão bem em outra época da minha vida. E o medo vem me lembrar que tudo é temporário.
Tudo passa, não passa? Seja bom, seja ruim, não seja nada, a única certeza que existe é que vai terminar. Um dia tudo terminará. Que bom ou que triste, não sei dizer.
Enquanto isso vou viver cada dia, acordar em toda manhã e fazer o melhor que eu puder, ser quem eu puder ser e quiser ser. Afinal, tudo termina. E qual o sentido de não ser você?
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Desde que me entendo por gente, a insegurança divide espaço com todos os meus pensamentos e devaneios. Sonhos, desejos, metas e objetivos travados por uma mão que prende minha garganta e me impede de gritar.
A mente de uma pessoa insegura cria armadilhas e obstáculos que sabotam qualquer chance de tranquilidade ou felicidade momentânea. O grande questionamento que fica é também o mais cruel: “E se?”
E se eu falhar? E se, falhando, todos vejam quem sou? E se ninguém me quiser e eu nunca mais for amado?
Corro para debaixo da cama e esqueço tudo que ousei tentar. Não é seguro, não posso arriscar.
Mas o que é seguro? Nada é seguro e tudo é temporário. Tudo passa e tudo sempre vai passar. Maior que o meu medo de falhar talvez seja o meu medo de não viver, ou não errar.
O que é a vida sem a falha, sem o arrependimento, sem aquela ansiedade (aquela ansiedade boa, não a que te sabota)? Eu quero uma vida inteira de acertos, mas também de erros. Quero uma vida inteira de desafios, de dificuldades e de conquistas. Falhas e contratempos. Gritos, alegres, desesperados. Eu quero tudo isso. Eu quero viver tudo isso.
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