Do whatever the fuck makes u feel alive, but don´t let me die.
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oi, é a minha 2ª tentativa de escrever essa carta de suicídio, a primeira o Tumblr simplesmente apagou, talvez fosse ruim demais para ser aceita como uma despedida.
Na minha primeira eu fiz uma listinha de momentos que me atazanaram durante a vida, mas nessa, sendo a oficial, vou deixar de lado, porque quero que me conheçam, não pelo que aconteceu comigo, mas por quem eu fui.
Poucas pessoas me conheceram de verdade, já que a maioria das pessoas que deixei chegar perto me abandonou. Isso é algo que sempre me perturbou, na real, por quê me abandonaram quando eu dei o meu melhor? O meu melhor não era o suficiente?
A vida me mostrou que eu nunca seria feliz, mas sempre tentei dar o meu melhor, porque nada justifica você não dar o seu melhor para os outros. Não faz sentido você menosprezar alguém ou achar que sua vida vale mais que a de um desconhecido. A alegria no olhar de alguém quando eu dava um “bom dia” aleatório melhorava meu dia 100%, a sensação de felicidade que me enchia ao ver pessoas que se gostam juntas. Isso sempre me motivou a continuar. O amor. A felicidade genuína.
eu sempre vivo como se o mundo me odiasse. não que não me odeie, até porque quem sou eu?
Deixando de lado todo o português e suas regras gramaticais, a música que assola minha mente dia e noite, as pessoas que vivem em meu redor, tirando o meu tudo, o que sobra? o meu ser vive no anseio de ser, de ver, de me convencer a não morrer. esse é um bom modo de existir? a única coisa que mantém as pessoas vivas são, geralmente, o medo de morrer, mas não é o meu caso. Nãoque eu seja um caso peculiar, longe disso, não existe um extremamente comum mais comum que o meu eu. Incrivelmente, a coisa que me mantém é o amor, mas não de uma forma possessiva, doentia, o amor na sua mais simples e limpa forma de ser, de ver, de me convencer a viver.
Meu eu é odiado pelo mundo, mas é o mundo que me mantém. mesmo que o amor não seja meu. O olhar de duas pessoas que se amam, de qualquer maneira possível, faz meu eu crer em um futuro à minha existência tão odiada, mas talvez o mundo que me odeie seja meu próprio eu, na sua mais vaga e difícil face.
O mundo me odeia, mas é o que me mantém. O amor me mantém. Meu mundo é viver de amor, mesmo me odiando
Todos que me conhecem, que realmente me conhecem, sabem que eu sou a pessoa mais clichê desse mundo e que sou bem isso aí mesmo. Sempre fui 8 ou 80 também e isso foi explicado com o tpb, o que tirou um milhão de quilos das minhas costas.
Bom, até agora eu mostrei um pouquinho de quem fui, mas não do porquê me matei.
Além de tudo o que passei, o que não foi pouca coisa, toda a situação atual me fez ver que o mundo não é um lugar bom. Se todos não podem andar pelas ruas da mesma forma, com segurança, eu não me sinto bem. Qualquer injustiça ou desigualdade me fazia desacreditar na humanidade e no amor. Não faz sentido você ser desrespeitado por ser quem você é. O amor da humanidade vive por aparelhos e isso me tornou ainda mais destruída por dentro, já que, eu vivia de amor e de felicidade genuína e, estando em um mundo que pessoas morrem simplesmente por serem quem são, o amor não existe, se o amor e o respeito não existem, eu não existo, eu não sobrevivo.
Eu vivi de amor, de todas as formas possíveis eu me deixei ser e florir.
O mundo vive de injustiças e de pessoas colocando preços em vidas. Como isso é possível e, até onde vivi, aceitável? O mundo não vive mais de amor, não vive do que deveria. Se o mundo não vive, eu também não posso.
Me perdoem aqueles que se importaram comigo, vocês sabem que eu tentei seguir em frente e obrigada por terem ficado.
Deixo aqui o meu adeus e uma sementinha para que vocês vivam de amor, como eu vivi, porém não morram por ele, lutem para que ele seja o combustível da humanidade. Eu não consegui levar “minhas malas” como minha psicóloga dizia e o fardo de tentar mudar o mundo, mesmo que fosse um pouquinho por dia.
Aos que estão lendo esta carta, amo a todos, de formas diferentes, mas amo.
-Beatriz Mesalira.
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eu to comendo compulsivamente de novo... mas não é comer muito apenas, é comer como se tivesse um buraco dentro de mim e eu tivesse que cobri-lo até passar mal.
Me dói fisicamente por um tempo depois de comer, pq meu corpo não aguenta tudo o que como é quer colocar para fora, mas não vou ter bulimia de novo, não vou deixar isso acontecer.
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Eu só queria um pouco de atenção, ver que alguém perdeu mais de 20 segundos escrevendo uma mensagem para mim e que prestou atenção na melodia e na letra das músicas que indiquei.
odeio esse sentimento de vazio, mesmo que hajam pessoas ao meu redor. Talvez seja um dos piores sentimentos possíveis, acho que só perde para o sentimento que tenho depois de comer algo.
A vontade de enfiar 3 dedos na minha boca até todo o nojo de mim mesma ir embora junto com o que me manteria alimentada e nutrida.
Parece que cada semana um sentimento ruim me consome e o dessa semana é o da bulimia. O pior possível já que estamos em uma quarentena.
Por algum motivo, eu relaciono meu peso às minhas relações, ou seja, ninguém quer estar próximo de mim e coloco a culpa no meu corpo, no meu peso. eu sou um lixo, sei bem disso.
Não se preocupe, meu tratamento continua, mesmo que eu não me sinta melhor, as pessoas insistem para que eu tome meus remédios.
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fico muito ansiosa e mal quando minha mãe começa a ficar brava
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quando me sinto mal, eu gosto de ficar em lugares quentes e que me “enrolem”, como um cobertor quentinho.
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https://play.google.com/books/reader?id=54pnDwAAQBAJ&hl=&as_pt=BOOKS&printsec=frontcover&source=gbs_api&PAffiliateID=1101l7zUC&pcamrefid=Baixaki&pg=GBS.PT17
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todos os dias eu penso nela. Se não pensasse, meus sonhos constantes compensariam. Eu não sei bem o que acontece.
É bem difícil diferenciar um sentimento de uma dependência emocional e esse tá sendo o meu castigo nessa pandemia. Passo horas e horas pensando e sonhando em uma pessoa que talvez nem pense mais em mim. E uma grande prova disso foi ela não ter respondido minhas mensagens.
Me afastei dela o máximo que pude e espero que ela não fique brava quando perceber o que fiz, mas que entenda o meu lado. Se bem que ela sempre teve dificuldade nisso, então não sei o que esperar.
Eu tenho um grande universo por ela dentro de mim. Vamos chamar de universo pelo fato de ser desconhecido, estou trabalhando em tentar descobrir o que é.
Como o universo real, meu universo por ela tem inúmeras estrelas, que seriam os vários momentos que tivemos e planetas com suas peculiaridades, que coincidem com os jeitinhos específicos que fazíamos as coisas.
Mas, como o real, meu universo é quase completamente desconhecido, os planetas giram em torno do que os mantém vivos, batendo, girando, pulsando o sangue nas minhas veias. Enquanto as estrelas brilham e explodem na falência de seu raio de luz.
Será que eu amo ela com todo meu coração ou minha dependência está tentando me corroer por dentro?
Sei que tenho um universo e grande quantidade de carinho e pensamentos por ela, mas tenho que aprender a lidar sem ela.
Sou bem acostumada a perder pessoas, sem querer fazer drama. Mesmo. Só acho que tenho uma boa base e experiência no assunto, mas a ausência dela doeu e dói muito. Dói porque eu sei que sou feliz com ela, que dou o meu melhor para estar ao seu lado, mesmo com todas as mancadas e defeitos. Com certeza são coisas a serem trabalhadas, mas nada que o tempo e determinação não resolva.
Eu tenho um universo e uma grande quantidade de pensamentos abandonados dentro de mim. Talvez esquecidos por um alguém que demorarei a deixar ir. Não por egoísmo, mas pela minha constante vontade de fazê-la sorrir, de se sentir segura e confiante para qualquer coisa que seja.
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talvez seja porque perdi a esperança de viver, mas não quero nada demais. Uma casa com a pintura velha, um quintal com flores ou uma pequena hortinha de manjericão e hortelã, uma rede para apreciar o vento, o aconchego e a segurança que um lar pode proporcionar.
O que é um lar, né? Eu nunca tive um exemplo muito bom, mas depois do diagnóstico e de tudo o que já aconteceu, a minha casa poderia ser bagunçada, com móveis divididos em 12x nos carnês das Casas Bahia, mas nunca faltaria amor e atenção. NUNCA. Segurança emocional para todos que lá forem, aquela sensação de paz e de limpeza espiritual já me basta, mesmo.
Disse que não quero nada demais, não me importo com dinheiro ou com luxo, não me importo em guardar dinheiro por um tempo para poder passar 1 semana na praia, comendo pastel de R$8,00 e milhos com manteigas derretidas por conta do calor do verão.
Eu não me importo, contanto que, pelo resto da minha vida, eu esteja segura e sendo amada. Prometo retribuir tudo isso, na maior intensidade possível, mas eu preciso de segurança, acho que mereço isso. Pelo menos isso eu sei que mereço.
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Eu preciso achar um motivo para me manter viva. Rápido.
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1 semana sem remédio e eu me mato. Começo o projeto amanhã.
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