Blog sobre a cultura afro-brasileira, com o recorte no tema infância, em São Paulo. Por Daniela Cruz.
Don't wanna be here? Send us removal request.
Text
Crítica: Clássico: Gilberto Freyre, “Sobrados e mucambos”, p. 110-127
Gilberto de Mello Freyre foi um escritor brasileiro que se dedicou interpretou o Brasil sob os ângulos da sociologia, antropologia e história. Foi também autor de ficção, jornalista, poeta e pintor. É considerado um dos mais importantes sociólogos do século XX, sendo o intelectual mais premiado da história do país.
O livro Sobrados e Mucambos traz perspectivas um tanto quanto racistas, claro, entendendo que o escritor estava inserido em uma sociedade que ainda tinhas preconceitos raciais bem fortes. Mesmo o livro sendo lançado em 1936, penso que se na nossa sociedade já existe o racismo, imagine a alguns anos atras, mesmo que não seja a tantos anos atrás, o mundo tem mudado muito recentemente.
O escritor diz que há uma separação entre pais e filhos, entre meninos e homens. Claro que para ele o personagem principal da sociedade é um homem branco filho de senhores. Ele diz que o menino quando nasce está numa fase angelical, onde é puro e inocente, e lhe é permitido brincar, ser criança. Isso até os seis anos, onde é considerado uma peste, e sua infância é interrompida e precisa aprender a se comportar para fazer parte da sociedade, ser homem.
E o escritor todo momento faz comparações com negros, diz que o menino quando apronta apanha, mas não tanto quanto o negro. Diz que os índios são tirados das famílias para serem catequizados, assim sendo educados e indo contra a família, pois agora sim estão no caminho de Deus e são homens.
Um tema abordado que eu acho importante é sobre como os meninos não são permitidos viverem a infância, aos seis anos são mandados para os reformatórios católicos, onde através da punição são ensinados a se adequarem a sociedade. Deixo muito claro que esses meninos são crianças brancas. Os negros e índios eram ensinados para que fossem “educados”, como se a cultura de seus povos não prestasse ou fosse digna.
0 notes
Text
Documento: Clássico: Gilberto Freyre, “Sobrados e mucambos”
Livro: Sobrados e Mucambos
Autor: Gilberto Freyre
Ano de publicação: 1936
Gênero: antropologia, sociologia
Capa comum: 968 páginas
Versão do livro analisada: 1° edição digital, São Paulo, 2013
Sinopse: “Publicado em 1936, Sobrados e Mucambos avalia o declínio do patriarcado rural do século XIX. Enfraquecida pelo declínio da escravidão e pressionada pelas forças da modernidade que vem de fora, a aristocracia se vê obrigada a trocar a casa-grande pelos sobrados urbanos, enquanto seus ex-escravos saem das senzalas e instalam-se nos casebres de barro e palha dos bairros pobres das cidades.”
Sobre o livro: “ Sobrados e Mucambos é um livro do escritor brasileiro Gilberto Freyre, publicado originalmente em 1936. O livro tem como tema a decadência do patriarquismo do Brasil rural, ocorrida no século XIX. O título é uma referência aos antigos aristocratas, que, com a declínio do regime escravocrata brasileiro, tiveram que se mudar da casa-grande para sobrados em áreas urbanas. Por conseguinte, os ex-escravos também deixaram as senzalas para morarem em casebres de palha e barro em bairros pobres de áreas urbanas.” [2]
Fontes: [1] , [3]
0 notes
Text
Crítica: Museu Afro-Brasil
Minha experiência no museu Afro Brasil no geral foi bem positiva, entrando pensei que fosse só aquela sala amarela pequena, com alguns quadros, retratos, mapas de uma velha São Paulo e recortes de jornais antigos. Mas então passei por uma porta e me deparei com uma enorme estrutura, com um rico e diversificado acervo. Há mais de um andar, creio que são três, como não há uma divisão tão clara dos espaços a sua dimensão total se torna um tanto quanto confusa. O acervo, como disse, é bem diverso, o que me chamou mais atenção foram a réplica do navio negreiro e as roupas nos manequins dos Orixá, e pessoalmente as fotografias e a parte inteiramente dedicada a Iemanjá, a qual sou filha. Outro ponto positivo é a gratuidade das visitas aos sábados, o que na teoria torna a visita ao museu mais acessível para todos.
Porém, uma das minhas críticas negativas é a má sinalização do museu dentro do parque, não há placas avisando de sua existência ou localização. O nome do museu aparece praticamente somente na parede da entrada, mas convenhamos que para uma grande parede branca, as pequenas letras não se destacam. Outro ponto negativo é que não há muita divulgação do museu, eu por exemplo, só soube de sua existência por meio desse trabalho. E um museu com tanta história e riqueza de conhecimento, deveria ser mais acessado, creio que por estar em um parque tão frequentado, teria mais público se fosse mais divulgado e tivesse mais informações sobre ele no próprio parque. Mesmo que eu tenha ido num sábado onde o ingresso é gratuito, não havia tantas pessoas no museu.
Tem muitas coisas interessantes para se ver e conhecer no museu, é um passeio pela nossa história, uma da qual não me orgulho, mas é importante aprender sobre a escravidão que existiu, para compreender a importância da liberdade e a luta pela igualdade de hoje. Apesar de haver a possibilidade de uma visita guiada, os funcionários de lá são muito solícitos. Por acaso enquanto eu observa um quadro dos escravos, um moço que trabalha lá como orientador me perguntou se eu achava que os escravos realmente eram daquela forma como eram retratados: fortes, com uma aparência saudável, com boas peças de roupa e tinham até água para beber. Eu respondi que sim, pois era o que tinha visto nos meus livros de história. Mas então ele me explicou que o tal quadro havia sido pintado por um francês e percebi que as cores das roupas dos escravos eram da cor da bandeira da França, ele disse também que os estrangeiros queriam passar uma visão "positiva" sobre a escravidão do Brasil. Mas que na realidade os escravos já chegavam aqui em uma má condição de vida, ele me mostrou um quadro onde mostrava como os escravos vinham nos navios negreiros, e fiquei chocada ao saber da forma desumana a qual eles eram tratados. Chegando aqui não eram tratados de maneira diferente, não tinham boas roupas, só recebiam comida uma vez e muitos morriam de exaustão por excesso de trabalho.
Sobre a infância não achei muita coisa, tem alguns brinquedos, como bonecas negras e um estande inteiro de bonecos do personagem Saci Pererê. Mas a parte mais importante creio que é a área sobre as amas de leite, que eram escravas que cuidavam e amamentavam dos filhos de suas senhoras. Hoje temos a visão de que a amamentação é um momento importante na construção da relação entre a mãe e o bebê. Enquanto as amas de leite cuidavam dos filhos da patroa, os seus próprios eram na maioria retirados delas e quando atingiam certa idade já eram colocados pra trabalhar, pelo que me lembro quando faziam seis ou sete anos. Para mim faz sentido levar as amas de leite para uma visão contemporânea, pois quantos filhos de mulheres ricas estão sendo criados hoje por empregadas domésticas? Claro que não posso nem comparar a escravidão com um serviço, mas se pensarmos na nossa herança cultural, veremos que muitas ações, costumes e valores ainda se mantém presentes na nossa sociedade. Por conta dessa herança, muitas dessas patroas continuam sendo brancas, e suas domésticas, negras.
0 notes
Text
Documento: Museu Afro-Brasil
“O Museu Afro Brasil, no Parque Ibirapuera em São Paulo, destaca a perspectiva africana na formação do patrimônio, identidade e cultura brasileira, celebrando a Memória, História e a Arte Brasileira e a Afro Brasileira”
Localização
AV. PEDRO ÁLVARES CABRAL - PARQUE IBIRAPUERA, PORTÃO 10
CEP: 04094 050
Ingresso
Entrada Inteira: R$ 6,00
Meia Entrada: R$ 3,00
Gratuidade aos sábados
*A meia entrada será concedida a aposentados e estudantes,mediante comprovação, nos termos da Lei Federal 12.933/13.
Horário de Funcionamento
3ª feira a domingo, das 10h às 17h (permanência até às 18h).
Exceto dias 24, 25 e 31 de dezembro e 01 de janeiro, dias que o Museu estará fechado.
Visita Mediada: O Museu Afro Brasil agenda visitas mediadas para os seguintes horários:
De terça a sexta-feira: 10h00, 11h30, 13h30 e 15h30
Sábados: 10h30 e 14h00
Domingos: 11h00
Contato: (11) 3320-8900 ou pelo canal Fale Conosco do site do museu
“O Museu Afro Brasil é uma instituição pública, subordinada à Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo e administrado pela Associação Museu Afro Brasil - Organização Social de Cultura.
Localizado no Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, dentro do mais famoso Parque de São Paulo, o Parque Ibirapuera, o Museu conserva, em 11 mil m2 um acervo com mais de 6 mil obras, entre pinturas, esculturas, gravuras, fotografias, documentos e peças etnológicas, de autores brasileiros e estrangeiros, produzidos entre o século XVIII e os dias de hoje. O acervo abarca diversos aspectos dos universos culturais africanos e afro-brasileiros, abordando temas como a religião, o trabalho, a arte, a escravidão, entre outros temas ao registrar a trajetória histórica e as influências africanas na construção da sociedade brasileira.
O Museu exibe parte do seu Acervo na Exposição de Longa Duração, realiza Exposições Temporárias e dispõe de um Auditório e de uma Biblioteca especializada que complementam sua Programação Cultural ao longo do ano.”
Fonte: http://www.museuafrobrasil.org.br/o-museu
0 notes
Text
Crítica: Álbum “Raízes”, Negra Li
Gostei muito do álbum Raízes, embora saiba quem é Negra Li, e ter escutado algumas de suas músicas mais populares, nunca tinha de fato ouvido com atenção alguma de suas músicas. Para mim foi uma surpresa muito boa, adorei o ritmo, uma mistura de hip hop com R&B. E apesar de pessoalmente gostar de músicas mais lentas e calmas, nesse álbum gostei muito dos raps com letras fortes e impactantes, cheios de significado histórico-social. Negra Li canta sobre o empoderamento da mulher negra, sobre sua origem vinda da favela, sobre suas raízes negras, sobre resistência, diz nomes importantes na história da luta negra, como Mandela e Teresa de Benguela.
Na música “Raízes”, que leva o título do álbum, Negra Li canta em parceria com o rapper Rael sobre exatamente o que o nome diz, suas raízes: “Você ri da minha pele / Você ri do meu cabelo / Saravá, sou sarará, e assim quero sê-lo (quero sê-lo) / Já é tempo de sonhar, superar o pesadelo / Ninguém mais vai nos calar e acorrentar o meu tornozelo / Sou Rainha de Sabá / A coroa é o meu cabelo / O meu canto milenar / Ninguém pode interrompê-lo”. A letra da música nos mostra que a cantora reafirma sua cultura negra, fala sobre o respeito, faz referências sobre os negros escravos antepassados. Cantando também sobre sua luta, ela fala sobre a importância da representatividade negra “Eu venci o preconceito e fiz de um jeito / Que vários se inspiram em mim / Com muita resistência, virei referência / Pra outros que vem de onde eu vim”.
Eu adorei também a força que ela traz para as personagens históricas femininas e o poder da mulher, em “Mina” ela canta sobre a liberdade da mulher em ela ser quem ela quiser: “Mina, não deixe ninguém te dizer / O que você pode fazer / Você que sabe o seu lugar e deixa estar”. E traz referências não só do passado, como também nomes de mulheres contemporâneas da luta feminista: “Você pode até não controlar a previsão do tempo / Mas ainda dá tempo de ser Maju / De ser sol como a América do Sul / Diva como Érika Badu / Líder como Winnie Mandela / Quem manda é ela / Viemos pra quebrar Tabu”. Eu aprendi muito com as letras, conheci nomes que não sabia, e depois de pesquisá-los acabei descobrindo mulheres incríveis.
Negra Li canta sobre coisas tão profundas e importantes, que repito o que disse sobre estar feliz por ter tido que escutar e analisar esse álbum. Uma das músicas que mais me causou esse êxtase foi “Somos Iguais”, com participação da cantora “Cynthia Luz”, a música fala da conquista da Negra Li, que veio da favela, onde não há muitas expectativas para o sucesso, ainda mais para uma mulher, mas ela diz que ainda tem muito a caminhar. Mesmo conquistando esse espaço da música como uma mulher negra empoderada, ela sabe e nos diz que o mundo ainda precisa de muitas mudanças. Assim como a letra diz, reza a lenda que temos direitos iguais, somos aceitos, somos iguais; reza a lenda que mulher tem espaço, gay é respeitado, e os pretos não sofrem questões raciais (link para letra completa da música). Ainda sim ela, como eu, sabe a importância da luta pela igualdade, encerro esse parágrafo com outro trecho da música: “Todos iguais, reza a lenda / Iguais / A voz não se cala, estamos cientes / Marielle presente”.
Agora como sempre voltamos para o recorte usual desse blog que é a infância: para mim está implícito na letra a valorização da origem humilde da cantora, o que me remete a infância dela. Acho que nesse álbum não há tanto destaque para a infância em si, e sim mais para uma ancestralidade negra, suas raízes que a fazem ser quem ela é e quais lutas lutar. Mas tem uma música muito bonita, “Mãos Pequenas” , que creio ser sobre seus dois filhos. A letra traz mensagens positivas “Você é minha cara, minha cura / Me sara, me jura / Que o mundo pode ser melhor”, uma certa esperança que com as crianças virá um mundo melhor.
E termino esse post recomendando muito que todxs escutem “Raízes”, mas com atenção nas letras, que tem um conteúdo muito rico e importante. Creio que a música é um forte instrumento para a disseminação do conhecimento, e um importante canal de fala. Negra Li nos conta sua história, mas também a de mulheres e negros importantes. Ela canta a história de um povo. E termino com outro trecho, agora da música “Nossos sonhos”: “Só o amor constrói / Unidos somos mais / Use a sua voz / Declare a sua paz”.
0 notes
Text
Documento: Álbum “Raízes”, Negra Li
Músicas
Venha
Raízes (part. Rael)
Mina
Uma Dança (part. Gaab)
Sexta
Eclipse Lunar (part. Seu Jorge)
Malandro Chora
Meu Juízo
Somos Iguais (part. Cynthia Luz)
Mãos Pequenas
Nossos Sonhos
Lançamento: 23 de novembro de 2018
Gravadora: White Monkey Recordings
Gênero: R&B, Hip-Hop, Pop, Rap
Ouça no Spotify
0 notes
Text
Crítica: TEDxSaoPaulo - “Como criar crianças doces num país ácido”, Taís Araújo
Taís Araújo faz um incrível discurso, e não somente sobre seus filhos, não só sobre crianças negras, mas sobre a nossa sociedade. Ela utiliza seus filhos como alegoria para a maioria das crianças negras, ela diz que se preocupa com seu filho, que mesmo sendo homem e tendo mais “liberdade” para ser quem ele é, sua cor o diferencia. Ele é uma criança negra, e infelizmente no nosso país significa que se ele estiver descalço, sem camisa, sujo, andando na calçada da rua, ele pode ser confundido com um bandido, e pode ser parado pela polícia, mesmo sendo apenas uma criança, as pessoas podem mudar de calçada com medo de serem assaltadas, mesmo ele sendo apenas uma criança.
E ela diz se preocupar ainda mais com sua filha pois, segundo os dados que Taís traz, em 2015 enquanto o feminicídio contra mulheres brancas caiu 9%, o feminicídio contra mulheres negras aumentou 54,8%. Isso nos mostra a importância da luta do movimento negro feminista, pois as mulheres negras não só são as mais atingidas pelo feminicídio, como também pela criminalização do aborto, pela violência doméstica e obstétrica, o que foi apontado e discutido no seminário “Mulheres Negras Movem o Brasil: visibilidade e oportunidade”, promovido na Câmara dos Deputados no dia 20 de novembro de 2018.[1]
Percebo que Taís nos expõe diversas realidades sobre nosso país, além da questão do racismo, ela diz da importância da aceitação e igualdade em todas as esferas, como quando diz que sonha sobre crianças heterossexuais aceitando crianças homossexuais, sobre seus filhos não serem julgados pela cor de suas peles, sobre um mundo mais igual. E para que isso aconteça ela diz que temos que nos responsabilizar pelas escolhas dos nossos antepassados, que resultou na nossa sociedade, mas que através das nossas escolhas podemos quebrar essa repetição, esse ciclo de segregação racial, de gênero, de classe social. Ela diz, e eu concordo com ela, que podemos fazer nossa parte como participantes da sociedade civil, com nossas ações podemos fazer essa diferença, ela por exemplo, diz que apesar de saber como é ser uma mulher negra no Brasil, quer criar os filhos com otimismo, para que percebam que a pluralidade e diversidade são riquezas do nosso país, mas também que as crianças não sejam ingênuas, que estejam preparadas para o racismo que existe.
Eu não tenho muito o que dizer, além de concordar com o brilhante e emocionante discurso dela, eu sei da luta que enfrentamos como mulher, mas como branca, não sei da vivência de uma negra. Eu a admiro muito por tentar passar para seus filhos essa visão de mundo. E acho que somos sim responsáveis pela mudança para um mundo melhor, e mesmo não tendo a mesma vivência que uma pessoa negra, eu posso me simpatizar e respeitar, conhecer e me informar sobre sua luta, ajudar a desconstruir os estigmas sociais presentes. E acho que muito da minha esperança, está presente nas crianças, elas são como uma nova oportunidade para um mundo melhor, espero que muitos cresçam com uma mãe como a Taís Araújo, que ensina respeito através do amor.
0 notes
Text
Documento: TEDxSaoPaulo - "Como criar crianças doces num país ácido", Taís Araújo
"TED (acrônimo de Technology, Entertainment, Design; em português: Tecnologia, Entretenimento, Planejamento) é uma série de conferências realizadas na Europa, na Ásia e nas Américas pela fundação Sapling, dos Estados Unidos, sem fins lucrativos, destinadas à disseminação de ideias – segundo as palavras da própria organização, 'ideias que merecem ser disseminadas'.Suas apresentações são limitadas a dezoito minutos, e os vídeos são amplamente divulgados na Internet."
"Em 10 de maio de 2017 o TEDxSãoPaulo foi organizado no auditório do MASP com o tema 'Ideias de mães'. As palestrantes dessa edição foram: Adriana Jubran, Ana Carolina Guedes, Helen Ramos, Karen Jonz, Mafoane Odara, Mônica Japiassú e Pat Feldman." [1]
youtube
Vídeo publicado no canal do Youtube TEDx Talks em 14 de novembro de 2017
"Taís Araújo fala do desafio de criar filhos no Brasil de hoje. Primeira atriz negra a ser protagonista de novela brasileira. Por esse trabalho, tornou-se conhecida internacionalmente e foi eleita um dos 50 rostos mais lindos do mundo pela revista People. Foi também a primeira protagonista negra de uma telenovela da Rede Globo em Da Cor do Pecado, a novela brasileira mais vendida para o exterior até 2012. A atriz é um ícone do empoderamento negro e militância por igualdade racial." [2]
0 notes
Text
Crítica: "Doll Test - Os efeitos do racismo em crianças"
O teste da boneca foi feito em 1946 pelos psicólogos Kenneth Clark e Mamie Phipps Clark, onde foi apresentado uma boneca branca e outra negra para crianças negras de uma escola pública americana, sendo que mais da metade escolheu a negra como feia e má.
O canal do YouTube Fanpage.it. reproduziu o teste em 2016 (data da versão com legenda em português), e mesmo depois de tantos anos, o resultado continua sendo chocante: todas as crianças responderam que a boneca negra era a má e a feia. Apenas um menino respondeu que a negra era a mais bonita, mas posteriormente a escolheu como a má. Uma menina, quando questionada o por quê da negra ser a má, respondeu que é por ela ser negra. Eu interpretei que ao responderem as crianças pareciam tristes, pois assim como as foi perguntado, elas se identificam com a boneca negra, ou seja, elas atribuem essas características negativas a elas mesmas. Tem até uma menininha que no final disse que se sentiu ofendida por ter sido chamada de negra por quem estava fazendo as perguntas, ainda disse que os coleguinhas zombavam dela a chamando de negra.
O que leio desse vídeo é muito preocupante, pois as crianças já crescem com uma visão negativa e preconceituosa sobre a própria cor da pele. É muito triste ver esse racismo enraizado na cultura, as crianças acabam reproduzindo o mesmo discurso preconceituoso que temos a anos.
Falta representatividade negra, esse estereótipo precisa ser quebrado. O que posso analisar com mais propriedade é a mídia brasileira, e usar as novelas como exemplo: os protagonistas são em maioria esmagadora brancos, o elenco em sua maioria é branco, os negros recebem na maioria das vezes papéis de empregados domésticos, seguranças, trabalhadores simples, moradores de comunidade, traficantes e outros papéis estereotipados. Como as crianças vão se reconhecer, se sentirem representadas, ter um exemplo, se na verdade eles não existem?
Mesmo essa questão ser um problema a anos, é mais recente que isso vem sendo discutido e tendo maior resposta. Pantera negra, herói negro da Marvel, é um grande exemplo, até então não existia um herói famoso negro que as crianças idolatrassem. Eu acompanhei nas redes sociais o quão importante foi para as crianças terem uma fantasia, um tema de festa infantil, um super herói que as representassem. É a mesma coisa com as bonecas, atualmente existem bonecas negras, mas a maioria ainda é branca, as crianças ainda preferem a Barbie branca, loira e de olhos azuis. Muita coisa ainda precisa ser discutida, muitos estereótipos precisam ser quebrados. E acho que é extremamente necessário discutir tais assuntos com as crianças, não é nada saudável se sentir inferior por sua cor da pele, cultura ou aparência.
0 notes
Text
Documento: "Doll Test - O efeito do racismo em crianças"
"O 'Teste da boneca' é um experimento psicológico realizado nos anos realizado nos anos 40 nos EUA para testar o grau de marginalização sentido por crianças afro-americanas e causado por preconceito, discriminação e segregação racial. Hoje recriamos o teste com crianças italianas dado o aumento considerável, nos últimos anos, do fenómeno das migrações na Europa. Na costa do Mediterrâneo, na verdade, milhares de migrantes tem desembarcado em busca de um futuro diferente, alguns para melhorar suas condições econômicas, outros são refugiados políticos, fugindo de zonas de guerra, discriminação e às vezes perseguição étnica, religiosa o política. 2015 foi vivido na Europa como o ano da 'invasão' que ameaça acabar com equilíbrios sociais, econômicos e culturais. A cada vez mais estreita vigilância das fronteiras pode determinar, no entanto, também um risco, o de aniquilar definitivamente qualquer possibilidade de diálogo ou de integração. Em todos os países europeus vivem hoje muitos migrantes da segunda, terceira e quarta geração, que são verdadeiros cidadãos dessas nações, como estas crianças Italianas. No entanto, para muitos, eles são 'diferentes', 'estrangeiros', uma definição perigosa que, pode ser indevidamente aproximada ao fenômeno terrorista. Sem uma séria mudança na perspectiva, tanto política quanto social, nos arriscamos a distorcer perigosamente a percepção que temos do outro, e o outro tem de si mesmo.
Uma produção Fanpage.it
Vídeo de Luca Iavarone e Raffaello Durso" [1]
Publicado em 21 de março de 2016
"Em 1946, o casal de psicólogos Kenneth Clark e Mamie Phipps Clark realizou uma série de testes com crianças negras de escolas públicas em bairros pobres, como o bairro Harlem.
O Teste da Boneca consistia em exibir bonecas brancas e negras para um grupo de crianças e pedia-se que atribuíssem determinadas características às bonecas: bonita, feia, boa e má. Foi constatado que 63% das crianças escolheram a boneca branca como a bonita e boa e a negra como feia e má." [2]
Link para o vídeo: https://youtu.be/CdoqqmNB9JE
0 notes
Text
Crítica: "Quando me descobri negra"
O livro da autora Bianca Santana é muito bonito,suas ilustrações, design, cores, e principalmente suas histórias. Com uma escrita leve ela trata de assuntos sérios, contando em suas crônicas casos que sofreu ou ouviu sobre racismo. É um livro pequeno e fácil de ler, as crônicas curtas são envolventes, você começa a ler e sem perceber já está na última página. Ela divide o livro em três partes: Do que vivi , Do que ouvi e Do que pari.
A primeira são histórias vividas pela própria autora, a primeira crônica tem o nome do livro “Quando me descobri negra", onde ela conta que se reconhecia como morena, que achava que apenas tomava mais sol que seus coleguinhas de classe. Que não reconhecia os traços africanos de sua família, que assim como seus antepassados, para serem aceitos de certa forma pela sociedade, foram branqueados. Mas depois de uma certa experiência, que é ela conta que passou, termina dizendo que agora se afirma como negra. E assim como ela fez uma profunda reflexão sobre suas origens, esse livro nos faz repensar nossa sociedade quanto ao racismo e nossas próprias questões e atitudes sobre as cores da pele.
Na segunda parte são as histórias de outras pessoas, situações cotidianas onde elas sofreram racismo. Como a de uma menina que só queria comprar um livro no sebo mas foi expulsa da loja por causa do tom de sua pele. Isso é só um relato de um dia, de uma situação, o que me leva a pensar no que essas pessoas passam todos os dias. E penso eu que o Brasil deveria ser o país de todas as cores, afinal somos frutos da miscigenação de diversos países, mas sabemos que na realidade, aqui, respeito tem cor de pele e classe social. Uma outra crônica é sobre a morte de meninos, o que me lembrou do filme "Cidade de Deus", onde eles foram julgados pela polícia apenas pela cor de suas peles. Mais uma vez nos é mostrado que a cor faz diferença sim.
Já na terceira parte são experiências vividas pela própria autora misturados com histórias criadas, pelo menos foi o que eu interpretei. Uma que eu gostei muito foi "Desculpa, Nati", que é sobre uma menininha que tem o cabelo afro, e mesmo que a mãe e a professora o elogiasem, ela queria que ele fosse liso como o das amiguinhas, que chegam até a caçoar dele. Eu me emocionei porque me identifico com a nati, assim como ela eu não aceitava meu cabelo, num passado nao tao distante eu passava chapinha para me sentir aceita, e assim como outras meninas de outras crônicas desse livro, não me sentia bonita com meu cabelo enrolado. Mas espero que a nati tenha crescido e percebido a importância de reafirmar sua própria cultura e ascendência. Espero que ela tenha aceitado seu cabelo, assim como eu.
Agora (como sempre) vamos focar no recorte desse blog que é a infância: temos alguns personagens crianças, alguns como a Nati e a própria pequena Bianca, que se sentiam diferente dos amiguinhos, não se sentiam pertencentes. E isso nos mostra a importância de ter uma representatividade negra, uma influência, alguém que fale, que mostre, que discuta a cultura afro, crianças precisam ver que cabelo afro é comum, é normal, não é só cabelo liso que é bonito. Temos também outras criança como em "Livro de (que) história (?)", que questionam a nossa própria história e a maneira como ela é nos contada. Como ela mesmo diz "que outras histórias existem sobre a mesma história?", até mesmo porque nos livros nos é apresentada a versão dos portugueses colonizadores, o que assim como essa criança, me faz questionar: e se os livros tivessem sido escrito pelos escravos?
Recomendo muito a leitura desse livro, que assim como eu já mencionei, é bem fácil de ler, e seu conteúdo é bem rico e trata de assuntos que precisamos ter mais conhecimento. Os textos nos apresentam relatos bem emocionantes, que são ilustrados por desenhos bem bonitos que captam bem a essência do que é contado. Eu gostei bastante do livro, acho importantíssimo discutir sobre o racismo, porque ele existe no Brasil, e autoras como a Bianca, que tem esse lugar de fala, são imensamente importantes para discutir esse assunto com propriedade.
0 notes
Text
Documento: “Quando me descobri negra”
Escrito por Bianca Santana
Ilustração: Mateu Velasco
Editora: SESI-SP , Edição: 1ª (1 de janeiro de 2015)
Literatura brasileira, Romance
Idioma: português
Número de páginas: 96
País de origem: Brasil
Sinopse: ”Tenho 30 anos, mas sou negra há dez. Antes, era morena.” É com essa afirmação que Bianca Santana inicia uma série de relatos sobre experiências pessoais ou ouvidas de outras mulheres e homens negros. Com uma escrita ágil e visceral, denuncia com lucidez – e sem as armadilhas do discurso do ódio – nosso racismo velado de cada dia, bem brasileiro, de alisamentos no cabelo, opressão policial e profissões subjugadas. Quando me descobri negra fala com sutileza e firmeza de um processo de descoberta inicialmente doloroso e depois libertador. Bianca Santana, através da experiência de si, consegue desvelar um processo contínuo de rompimento de imposições sobre a negritude, de desconstrução de muros colocados à força que impedem um olhar positivo sobre si. Caminhos que aos poucos revelam novas camadas, de um ser ressignificado. Considero este livro um presente, é algo para se ter sempre às mãos e ir sendo revisitado. Bianca, ao falar de si, fala de nós.” – DJAMILA RIBEIRO colunista da Carta Capital, pesquisadora na área de filosofia política e feminista.” [1]
0 notes
Text
Crítica: “Cidade de Deus”
O filme é sobre a história da favela do Rio de Janeiro, Cidade de Deus, por meio da narração de Buscapé, que a conta através das histórias dos outros personagens. Primeiramente quero falar sobre a estética do filme, pois me encantei com a fotografia que é lindíssima e com os movimentos de câmera que achei incríveis e ousados, ainda mais por ter sido filmado em rolo. O estilo do diretor Fernando Meirelles me lembra um pouco do Tarantino, mostrando o final do filme no começo, então a partir dai conta como tudo começou, além da história divida em uma espécie de atos com títulos, só não entendi o por quê deles serem em inglês. Outra semelhança é a interligação das histórias dos personagens, como o Dadinho, que no começo não parece ter tanta importância, mas posteriormente, quando aparece como Zé Pequeno, sua história é contada com enfoque nele no mesmo cenário onde antes tinha sido contada a história do Trio ternura.
Agora sobre a história contada no filme, achei chocante, de uma forma positiva, mas que mostra uma realidade infeliz. O que quero dizer é que o filme, baseado no livro de Paulo Lins, mostra de uma maneira crua uma realidade, mesmo que o filme seja de 2002 não poderia ser mais atual, e isso é feito incrivelmente bem. A realidade da favela, principalmente das crianças e dos jovens é nos apresentada como ela é, sem romantizar, como se a realidade fosse nos jogada na cara. E é chocante porque nós consumidores do cinema somos na maioria brancos de classe média, e para nós isso choca porque praticamente não temos conhecimento ou contato com quem mora na favela. Esse filme é tipo um tapa na cara de acorda pra realidade! Achei os personagens muito bem construídos, a trama é envolvente e mesmo que você acabe gostando mais de certos personagens, não há uma divisão entre o bem e o mal, mesmo Buscapé, que entre aspas é o mocinho, pensa em assaltar, mas não consegue porque todos que ele tenta “são muito legais”.
(Buscapé)
Os personagens são na maioria crianças, que inseridos em suas realidades encontram no crime um meio de (sobre)viver, citando o que Buscapé diz no inicio, “na Cidade de Deus se correr o bicho pega, e se ficar o bicho come”. Focando no tema infância tenho muitos pontos pra ressaltar, começando pela condição dessas crianças, que são na grande maioria negras, se deparam desde pequenas com um estigma racial, sua cor de pele se sobressai, aos olhos dos que não moram na favela. Isso é retratado na cena que o Alicate, que faz parte do trio ternura, está sendo procurado pela policia, e os policiais avistam dois meninos negros, um deles é o Alicate e um outro que aparenta estar indo para a escola, os tiras gritam uma ordem e atiram para o alto, e o menino corre assustado enquanto Alicate passa tranquilamente por eles. Os policiais então matam o menino e depois, ao revistar o corpo já morto, percebem que ele não era um criminoso e forjam a cena, colocando uma arma na mão do menino. Isso é mostrado diversas vezes no filme, principalmente sobre a questão de a policia atirar primeiro e perguntar depois. Buscapé até fala que pra policia todo morador da favela era bandido, inclusive tem diversas cenas de crianças sendo revistadas de forma bruta e até agredidas pelos policiais. Percebemos outro caso de racismo quando Buscapé é demitido do mercado onde trabalha, depois de umas crianças roubarem umas mercadorias, o chefe assume que Buscapé foi cúmplice simplesmente por também morar na Cidade de Deus.
Outro ponto é sobre a criminalidade em que essas crianças são envolvidas, no filme, que creio ser um retrato da realidade, as crianças pequenas entram no tráfico comandado pelos jovens ou adultos, Buscapé até explica como funciona essa integração, onde tem uma espécie de cargos onde eles vão sendo promovidos. Zé Pequeno, que antes era Dadinho, serve bem como uma alegoria sobre o ponto em que quero chegar. Ele era constantemente humilhado e rebaixado pelo trio ternura que eram mais velhos que ele, que almejava ser o dono da Cidade de Deus. Quando criança ele planejou o assalto ao motel para o trio, que o deixou apenas como vigia, então ele se rebelou e os enganou, fazendo os acreditar que a policia havia chegado, assim eles fogem, acreditando que Dadinho havia sido capturado pela policia. Mas na verdade depois que eles saíram, ele matou todos do motel, fez pequenos roubos com seu amigo Bené, mata Marreco (quem mais o humilhava) e então começa sua jornada de matança e roubo, até a tomada de quase todas as bocas de fumo da favela e finalmente se torna o dono da Cidade de Deus. Tem uma ocasião em que ele pergunta se um menino pequeno, que deve ter uns 9 ou 10 anos, quer andar com eles, o menino todo animado aceita, parece que todas as crianças de lá querer fazer parte do grupo do Zé Pequeno, pois além de receberem dinheiro, ganham respeito e poder. Mas tem um momento em que Zé Pequeno vai punir umas crianças que andavam pela favela roubando e fazendo bagunça, e fala pra esse menino escolher em qual vai atirar pra matar, a escolha era entre dois meninos mais novos que esse. Percebemos que ele reluta na escolha, e parece não querer fazer isso, mas toma a decisão e sem olhar para um dos meninos o mata, mas seu olhar não é de prazer, como o de Zé Pequeno. O que quero ressaltar é que essas crianças veem no tráfico, no roubo, no crime uma oportunidade, eles ganham muito mais dinheiro do que se trabalhassem. Como Buscapé mesmo diz que quem é honesto não se dá bem e tenta até fazer um assalto, mas não dá certo. Temos até personagens, como Marreco, irmão do Buscapé, que mesmo cometendo crimes, diz para seu irmão estudar e seguir uma vida diferente.
(Dadinho/ Zé Pequeno)
(Zé Pequeno forçando o menino a escolher quem ele iria matar)
Já uma outra questão é a diferença de classe, os moradores da favela são em sua maioria negros, já os burgueses, colegas de classe do Buscapé, são brancos, tem até uns que vem comprar droga na boca de fumo. Thiago, por exemplo, é um menino branco, provavelmente de classe média que fica viciado em cocaína e vende as coisas do pai em troca da droga, inclusive entra pro bando do Zé Pequeno depois. A diferença de classe também fica clara quando Bené pede para ele comprar roupas de marca para ele, acredito eu que seja porque Bené não poderia frequentar a zona mais rica ou até mesmo o shopping, pois, assim como sabemos que acontece na vida real, provavelmente seria barrado pela segurança ou policia.
O filme aborda outros diversos assuntos, mas como meu enfoque é a infância, vou parar por aqui. Só queria dizer mais uma vez como é incrível a maneira em que a dura realidade é retratada no longa. Temas muitos complexos são abordados, temas inclusive que não cabe a mim falar, pois não tenho propriedade para falar sobre tais assuntos, pois tenho apenas a minha visão de uma espectadora branca de classe média que nunca tive que passar por situações nem um pouco parecidas com o que os personagens passam. Mas isso que acaba sendo uma das coisas mais legais do filme, ele te apresenta essas situações, te mostra a realidade, te faz ter conhecimento do que acontece no seu próprio país, no meu próprio país, na minha cidade, no meu bairro, do lado na minha casa.
Uma última coisa: vários dos atores e figurantes são reais moradores da Cidade de Deus ou de outras comunidades; Zé Pequeno, Bené, Mané Galinha são personagens que realmente existiram; Buscapé foi inspirado nas histórias que o fotógrafo Wilson Rodrigues contou sobre sua vida para o escritor Paulo Lins.
E uma recomendação: ASSISTA CIDADE DE DEUS, não é a toa que esse filme ganhou diversos prêmios e segundo o site adoro cinema foi “eleito o oitavo melhor filme nacional de todos os tempos segundo a Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Também é o filme mais bem colocado na lista que foi produzido neste milênio.” [1]
*Fotos retiradas da internet.
0 notes
Text
Documento: Cidade de Deus
"Cidade de Deus"
(2002, 130 min)
Direção: Fernado Meirelles
Codireção: Kátia Lund
Roteiro: Bráulio Mantovani
Baseado em Cidade de Deus, de Paulo Lins
Coprodução: Globo Filmes, O2 Produções e Videofilmes
Distribuição: Lumière
Direção de fotografia: César Charlone, ABC
Montagem: Daniel Rezende
Direção de arte: Tulé Peake
Produção: Andrea Barata Ribeiro, Maurício Andrade Ramos
Coprodução: Walter Salles, Donald K. Ranvaud, Daniel Filho, Hank Levine, Marc Beauchamps, Vincent Maraval, Juliette Renaud
Produção executiva: Elisa Tolomelli, Bel Belinck
Música original: Antonio Pinto, Ed Cortes
Lançamento: 30 de agosto de 2002
Elenco
Alexandre Rodrigues - Buscapé
Leandro Firmino da Hora - Zé Pequeno
Seu Jorge - Mané Galinha
Matheus Nachtergaele - Sandro Cenoura
Phellipe Haagensen - Bené
Johathan Haagensen - Cabeleira
Douglas Silva - Dadinho
Roberta Rodrigues - Berenice
Sinopse: O principal personagem do filme Cidade de Deus não é uma pessoa, o verdadeiro protagonista deste filme é o lugar. Cidade de Deus é uma favela que surgiu nos anos 60 e se tornou um dos lugares mais perigosos do Rio de Janeiro no começo dos anos 80. Para contar a história deste lugar, o filme narra a vida de diversos personagens, todos vistos sob o ponto de vista do narrador, Buscapé. Buscapé cresceu num ambiente bastante violento. Apesar de sentir que todas as chances estavam contra ele, descobre que pode ver a vida com outros olhos: os de um artista. Acidentalmente, torna-se fotógrafo profissional, assinando sua libertação. [1]
Prêmios:
Oscar
Indicações: Melhor Diretor (Fernando Meirelles), Melhor Roteiro Adaptado,
Melhor Fotografia e Melhor Edição
Globo de Ouro
Indicação: Melhor Filme Estrangeiro
Grande Prêmio do Cinema Brasileiro
Ganhou: Melhor Filme, Melhor Diretor (Fernando Meirelles), Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia, Melhor Som e Melhor Edição
Indicações:
Melhor Ator - Leandro Firmino da Hora
Melhor Atriz - Roberta Rodrigues
Melhor Ator Coadjuvante - Douglas Silva e Jonathan Haagensen
Melhor Atriz Coadjuvante - Alice Braga e Graziella Moretto
Melhor Figurino
Melhor Maquiagem
Melhor Trilha Sonora
Melhor Direção de Arte
Prêmio ABC
Ganhou: Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte e Melhor Som
*Entre outros festivais em que ganhou e/ou foi indicado.
Fontes: [2] [3] [4]
0 notes
Text
Crítica: Disco “África Brasil”
Jorge Ben é um músico que começou misturando Bossa Nova e Rock and Roll, que com seu estilo único, agradou aos jovens da década de 60. Em 1976 lançou o álbum “África Brasil”, trocando o violão acústico, sua marca até então, pela guitarra elétrica, trazendo uma fusão de estilos musicais entre a música afro-brasileira e a música pop negra estadunidense. O disco, contém 11 faixas, sendo que a música “Zumbi” lançada em 1974 agora é regravada com o título “África Brasil”, e “Taj Mahal”, lançada em 1972, também ganha uma nova versão.
O disco faz parte de um período onde havia muita repressão no meio cultural, pois o Brasil se encontrava na Ditadura Militar. Abordando diversos temas da cultura brasileira e da história de importantes personagens negros, como Chica da Silva e Zumbi, o disco foi posteriormente considerado como um trabalho de caráter afirmativo da cultura negra.
Na época do lançamento, o álbum vendeu cerca de 60 mil cópias, e mesmo que não tenha sido o maior sucesso do cantor, "África Brasil" tornou-se um dos mais importantes álbuns da música popular brasileira por sua excelente qualidade, segundo críticos do mercado nacional e internacional, com ênfase no ineditismo que Jorge Ben trouxe com sua fusão de estilos musicais.
Agora dando um enfoque ao recorde do tema desse blog, vamos falar sobre a infância presente no álbum. A mãe de Jorge é de origem etíope, e as influências árabes e africanas estão presentes no disco, seja na sonoridade com o uso de instrumentos, como o atabaque, ou nas histórias contadas sobre os personagens negros. Na música “Ponta de Lança Africano (Umbabarauma)”, Jorge canta sobre um lendário jogador de futebol africano. O cantor, dessa maneira, faz um importante papel para a sociedade, a partir do momento onde escreve sobre esses personagens negros, deixando registrado na boca do povo, onde todos cantam sobre a Chica, Zumbi, sobre a cultura negra, sobre a história do Brasil.
Voltando para o tema infância, na música “Meus Filhos Meu Tesouro”, Jorge Ben canta sobre três crianças e as questiona sobre o que vão querer ser quando crescer. Achei muito interessante o nome delas, Arthur Miró, Anabela Gorda e Jesus Correia, parecem ser nomes tão de gente que você poderia de fato conhecer, poderiam ser de moradores do bairro da Vila Dionisia, onde minha avó mora e todos se conhecem. O que quero dizer é que não são nomes da burguesia, são nomes pertencentes ao povo. Outro fato interessante é a temática do futebol mais uma vez presente no álbum, e digo interessante porque li em uma entrevista [1] que Jorge queria ser jogador de futebol quando menino, chegando até a jogar num time juvenil, mas como não dava dinheiro, abandonou esse sonho. Na música Arthur Miró quer ser jogador de futebol, e talvez cantar sobre isso seja uma maneira de Jorge carregar esse sonho de alguma maneira. Outra música que fala sobre a infância, e que acho que seja uma ode a criança interior do cantor, é “A História de Jorge”, que fala sobre um menino que tinha um amigo que se chamava Jorge e que voava, “feliz da vida”.
Das três músicas que creio que se relacionem com a infância, essa última foi minha preferida, por me trazer uma sensação de alegria e de certa forma esperança, parece para mim uma música sobre sonhos que se realizam. Vou deixar ela aqui, caso você se interesse em ouvir.
youtube
Agora uma consideração final e pessoal sobre o álbum: eu gostei muito do estilo do Jorge Ben, que não se define por uma coisa ou outra, achei único. Gostei da melodia contagiante e durante a produção desse post cantarolei diversas vezes “ Umbabarauma homem-gol” e “ Xica da, Xica da, Xica da Xica da Silva, a Negra”. Do álbum minha música preferida foi “O Plebeu” que é sobre uma história de amor. Como não falei sobre ela vou deixar ela aqui também caso você queira aprecia-la:
youtube
Fontes: [2], [3], [4], [5], [6], [7].
0 notes
Text
Documento: Disco África Brasil, Jorge Ben
Álbum: "África Brasil"
Artista: Jorge Ben Jor
Gravadora: Philips Records Polysom
Produção: Roberto Menescal
Lançamento: 1976
Duração: 40min10s
Formato: LP
Gênero: Samba, samba rock, soul, funk
FAIXAS
Lado A Título / Duração 1."Ponta de Lança Africano (Umbabarauma)" 3:49 2."Hermes Trismegisto Escreveu" 3:01 3."O Filósofo" 3:20 4."Meus Filhos, meu Tesouro" 3:51 5."O Plebeu" 3:03 6."Taj Mahal" 3:04
Lado B Título / Duração 1."Xica da Silva" 4:03 2."A História de Jorge" 3:45 3."Camisa 10 da Gávea" 4:01 4."Cavaleiro do Cavalo Imaculado" 4:42 5."África Brasil (Zumbi)"
*Todas as canções foram escritas e compostas por Jorge Ben Jor.
Link para as músicas: https://www.vagalume.com.br/jorge-ben-jor/discografia/africa-brasil.html
Fonte: [1]
0 notes
Text
Roteiro Cultural
Obrigatórios
Recente: Quando me descobri negra, de Bianca Santana Museu: Afro-Brasil Disco: África Brasil, Jorge Ben Clássico: Gilberto Freyre, Sobrados e mucambos, p. 110-127
Escolhas
Filme: Cidade de Deus, Fernando Meirelles, Kátia Lund
TED da Taís Araújo, "Como criar crianças doces num país ácido?"
Álbum Raízes, Negra Li
Doll Test - O efeito do racismo em crianças
1 note
·
View note