salvianodiogo-blog
Diogo Salviano
7 posts
Diogo Salviano é psicólogo (UNIP, 2014), atuou durante 5 anos em psicologia organizacional e hoje destina seus estudos e produção a clínica (onde atua profissionalmente desde 2015) e a forma como o processo psicoterápico é realizado na abordagem psicanalítica, atendendo em psicodiagnóstico e psicoterapia individual (crianças, adolescentes e adultos). Interessado em pautas e movimentos sociais, mais especificamente relacionadas ás questões raciais e LGBT (público do qual mais o tem procurado), participou de congressos como COSEX 2018 e ministra palestras que abordam sexualidade, raça, gênero e classe.
Don't wanna be here? Send us removal request.
salvianodiogo-blog · 7 years ago
Text
Emoção
Emoção é coisa difícil de lidar! Por vezes são doces, outras vezes amargas ou azedas, por vezes são rápidas, passageiras, quando não, insistem, se demoram no peito e não se resolvem na cabeça. Coitado de quem tenta resolve-las! Quando a gente tenta resolver uma emoção, a gente só se enrola, se confunde, se perde... é, elas não são nada fáceis.
Um dia desses fui pego pela doçura de uma emoção boba e gostosa, daquelas que a gente tem vontade de sentir durante uma vida inteira e um pouco mais. Mas ela veio e logo foi embora, não tive nem como me despedir. E como a vida nunca é vazia de emoção, logo veio outra, daquelas mais sisudas e secas, que batem no peito e fazem o coração angustiar. Dessas a gente tem vontade de fugir, arrancar do peito, mas são elas as que demoram e insistem, são as que fazem arder.
Diferente das emoções doces, que costumam nos aquecer e nos fazem ficar apegados a elas, as emoções sisudas, que ardem no peito e amargam a boca, nos fazem pensar, e propõem em algumas ocasiões, reflexões das quais uma doce emoção não consegue propor. Reflexo da vã tentativa de resolver uma emoção! Não que as reflexões não sejam boas. Elas são, mas não resolvem.
O que a gente não nota, é que das emoções doces a gente não sente vontade de largar. São tão docinhas, tão gostosas... a gente nem pensa, só vive. E é tão bom que quer viver a vida toda! E a emoção amarga? Dela a gente só pensa em se livrar, pois de amargo já nos basta a vida não é mesmo?! O azedume e o ardor dessas emoções nos assustam, nos espantam de maneira tal, que a gente precisa maquinar uma forma de se afastar logo delas, fugir, ir embora.
Até ontem eu também fugia.
Num dia desses quando acordei com o peito doído e o amargo na boca, veio o impulso de fugir, correr de mim e da dor, mas ao invés disso fiquei, e ao ficar vivi. Deixei a dor doer e chorei, entristeci e senti o peito arder. E depois a dor passou, foi embora... num outro dia quando voltou doeu menos, nem o amargo na boca senti!
Vai ver, emoção foi feita para se resolver vivendo...
Autor: Diogo Salviano
0 notes
salvianodiogo-blog · 7 years ago
Text
Racismo e a confusão entre pré-conceito e preconceito.
Há uma tendência em generalizar o significado das palavras racismo, pré-conceito e preconceito, palavras estas que em algum nível se correlacionam e que ou por sua correlação ou por sua similaridade na pronuncia e escrita (me refiro aqui as palavras pré-conceito e preconceito), acabam por confundir seu entendimento. Essa confusão entre esses termos impede uma aproximação sobre algumas das vivências que determinados grupos experimentam socialmente, e discutir sobre essas questões pode ampliar a visão, entendimento e no caso dos meus amigos de profissão (psicólogos), conhecimento técnico sobre o assunto.
Embora essas palavras carreguem significados similares, se correlacionem e até possuam aparência morfológica muito próxima, o que cada indivíduo ou grupo pode experimentar ao sofrer uma discriminação racial ou preconceituosa por exemplo, são experiências muito distintas uma da outra, e nesse contexto, quando nós psicólogos abordamos essas vivências da mesma maneira, deixamos de acolher a essas demandas com o devido cuidado, o que na minha visão, não deixa de ser uma falha técnica do fazer psicológico.
Vamos dar início a nossa discussão conceituando cada um desses termos.
 Pré-conceito
O pré-conceito pode ser definido como uma ideia, uma imagem ou um conceito previamente concebido. É comum ocorrer em situações onde há o encontro com o desconhecido, como por exemplo num encontro com uma pessoa da qual o contato foi mediado por meios virtuais, como a internet, ou então, no contexto da clínica psicológica, quando o psicólogo realiza a sessão inicial (conhecida como sessão de entrevista), onde o paciente ainda é desconhecido. Em situações como estas, onde o contato com o outro antes desse momento de encontro é mínimo, nossa capacidade criativa e ideativa encontra espaço para preencher a falta de informação ou conhecimento sobre o outro com conteúdo criados e idealizados por nós mesmos.
Esse não é um problema em si. Na realidade, nossas relações de maneira geral, são compostas também por esses conteúdos previamente concebidos, ou seja, por meio dessas concepções que vamos concebendo sobre o outro ou sobre as coisas no mundo, é que vamos nos relacionando. Em psicanálise, chamamos isso de Transferência, e uma das maneiras de Transferência, é a Projeção. Te convido a fazer um exercício: Imagine que você está em uma sala grande, com apenas uma porta para entrada e saída. Nesta sala, que é separada por uma parede de meio metro de altura, e ocupa apenas metade do espaço entre a parede em que está conectada até a outra parede do outro lado (deixando a outra metade livre para transitar), você pode realizar refeições como café da manhã ou café da tarde, e do outro lado, pode descansar. Imaginou esse ambiente? Pois saiba que o ambiente que descrevi, é bem diferente do ambiente que você imaginou, e sabe por quê? Porque você colocou os conteúdos da sua mente, nesta sala, você projetou seu mundo mental.
Transferir e projetar o mundo mental, é a maneira como nos relacionamos com o mundo, por sua vez, o conteúdo dessas projeções que fazemos no mundo não surgem do nada. Esses conteúdos têm origem em nossas experiências de vida, situações pelas quais passamos e nos marcaram de alguma maneira, ou seja, situações das quais levamos algum aprendizado (formal ou não). O ditado popular “gato escaldado tem medo de água fria” pode ser usado como exemplo aqui, onde um gato que se queimou em alguma situação onde a água estava escaldante ao entrar em contato com água novamente, sente medo, ou seja, sua experiência traumática com a água quente, faz com que ele sinta medo (pré-conceito direcionado a água) da água, mesmo quando esteja fria. Existe uma problemática nesse pensamento, que será explorada mais a frente quando nossa discussão avançar para a definição da palavra preconceito.
Podemos criar conceitos prévios observando a vivência ou histórias de pessoas próximas a nós, e que de alguma forma nos mobiliza e faz com que nosso conteúdo ideativo use essas histórias ou experiência de terceiros enquanto preenchimento das lacunas do não saber sobre as coisas ou sobre o outro, contribuindo com a criação de pré-conceitos.
Mais uma vez, criar ideias prévias sobre alguma coisa ou sobre alguém não é um problema, o problema surge quando não se consegue construir uma crítica dessas ideias. Vamos falar sobre isso agora.
 Preconceito
Quando citei o ditado popular “gato escaldado tem medo de água fria” enquanto abordávamos o tema pré-conceito, disse que essa máxima contém uma problemática. Vamos falar sobre isso agora!
De fato, a experiência com a água escaldante adquirida por esse gato escaldado não foi das melhores, mas seria essa experiência tão definitiva, a ponto de definir os demais contatos desse gato com a água? O que estou propondo ponderar com esse questionamento, é que o gato escaldado não conseguiu fazer uso de seu senso crítico, sendo assim, passou a julgar as demais experiências que possa vir a ter com água, baseando-se em sua experiência passada com a água escaldante. Temos então um pensamento preconceituoso estabelecido.
O pensamento preconceituoso tem origem nas ideias ou imagens previamente concebidas das coisas ou pessoas com as quais nos relacionamos, porém, essas ideias concebidas previamente passam a ter características preconceituosas apenas quando deixam de ser filtradas pela crítica. Isso faz com que as pessoas se relacionem menos com o mundo em si, e mais com as ideações ou fantasias criadas por elas sobre o que elas pensam do mundo. Esse modelo de relacionamento onde há um contato maior com a fantasia e menor com o mundo, é chamado de relacionamento narcísico na psicanálise, visto que o indivíduo ao se relacionar com o mundo projetando suas fantasias e não dando espaço para o outro emergir na relação, torna o contato restrito ou impossível.
As ideias preconceituosas costumam culminar em atitudes expressas, que servem a um propósito discriminatório, vexativo ou que denunciem a falta de conhecimento da pessoa que exprime essa atitude preconceituosa com relação a quem ou a que essa atitude é direcionada. Seja essa atitude uma tentativa de desqualificar o outro ou pura insipiência de saber sobre o objeto do qual a atitude preconceituosa é direcionada, a concretude da atitude, seu conteúdo preconceituoso e o impacto desse conteúdo a quem ele é direcionado não muda, mesmo sendo essa “intencionalidade” diferente entre as diversas situações. Em outras palavras, não importa qual a intenção da pessoa que exprime essa atitude preconceituosa, bastando essa atitude ser expressa.
 Racismo
O racismo tem seu início na lógica preconceituosa, afinal, pessoas não negras muitas vezes compartilham da ideia de que são de alguma maneira superiores, seja intelectualmente, espiritualmente, esteticamente, etc. No entanto, a proporção tomada por esses pensamentos e atitudes preconceituosas tomaram dimensões atemporais e culturais assustadoras, a ponto de influenciar a vida de quem sofre com essa discriminação de maneiras diversas e por vezes irreparáveis.
Para discutir e entender o racismo, é extremamente necessário contextualizar nossa conversa com relação a questões importantes nessa discussão, como historicidade e regionalidade, ou seja, em nossa discussão, não iremos usar a palavra racismo para abordar essa vivência sob a ótica de outras culturas ou regionalidade que não a do Brasil. Ainda que muitos relatos sobre o racismo em outros países, como nos Estados Unidos por exemplo, sejam bastante similares a algumas histórias que vivemos em nosso país, abordar o racismo dentro de nosso contexto histórico, cultural e social é muito importante, pois existem grandes diferenças na maneira como esse racismo é vivido em outras culturas e aqui em nosso país.
Agora que definimos nosso ponto de partida para o entendimento do que é o racismo na sociedade brasileira, para iniciar nossa discussão, vamos partir do ponto sobre o racismo enquanto uma estrutura social histórica de opressão a pessoas negras.
Muitas pessoas não entendem o que significa dizer que o racismo é uma estrutura historicamente construída em nossa sociedade, por isso a importância de se falar sobre isso. Entender o racismo enquanto estrutura, significa entender que na constituição de nossa sociedade (você pode ler um pouco mais sobre isso aqui), historicamente, tanto a população negra, quanto a população indígena (nessa discussão, me atenho a população negra) sofrem com essa discriminação racial, que atinge esses grupos em níveis distintos, por vezes impedindo essa população de acesso a determinados serviços e espaços sociais, por outras, ameaçando-lhes a vida! Essa é uma estrutura que discrimina e desqualifica pessoas negras em diversos campos, o que por sua vez prejudica a maneira com a qual quem sofre racismo se relaciona socialmente, causando impactos diversos na vida dessas pessoas, sejam esses impactos de ordem financeira, afetiva, entre outros.
Ainda que hoje a discussão sobre o racismo seja mais abordada do que antes, mudar essa estrutura onde a pessoa negra está em posição de detrimento diante de pessoas não negras não é tarefa fácil, visto nossa história (de mais de 500 anos), que configurou-se de uma maneira tal, onde pessoas não negras, com acesso a todos os espaços e serviços sociais, detentoras de poder (socialmente falando), se quer conseguem questionar ou entender que esse acesso que a elas é algo aparentemente natural, trata-se de um privilégio. As pessoas não negras que ocupam essas posições de poder nem sempre conseguem perceber os privilégios aos quais elas tem acesso, e discutir o racismo, é uma maneira de questionar esses privilégios e também de alcançar espaços até então habitados apenas por pessoas não negras.
 Se o racismo tem início no preconceito, então qual a diferença?
Sim, como proposto anteriormente, o racismo tem inicio no preconceito racial, mas que devido a sua característica histórica, se arraigou socialmente de maneira tão intensa, que ainda hoje está fortemente estabelecido em nossa sociedade. Ainda assim, o preconceito existe e se manifesta de maneiras distintas e de maneira completamente diferente do racismo.
Como estamos falando do preconceito racial, vamos usá-lo como exemplo! Outras etnias também sofrem preconceito racial, como por exemplo pessoas de origem asiática. São muito conhecidas as “piadinhas” direcionadas aos asiáticos que moram aqui no Brasil, quem nunca ouviu alguém dizer a eles a famosa frase “abre o olho japonês” ou até mesmo a pergunta “pastel de cane, queso ou flango”, menção direta a dificuldade que alguns asiáticos encontram na pronuncia de algumas palavras do português. Ainda que a intenção de quem costume usar essas brincadeiras com pessoas asiáticas não seja a de ofende-las, essas são atitudes preconceituosas, pois na Ásia, olhos grandes são um padrão estético de beleza, dizer a um asiático para abrir os olhos, irá chateá-lo.
Preconceito direcionado a pessoas LGBT por exemplo ou então a pessoas fora de um padrão estético, consideradas acima do peso, irão causar algum desconforto ou, em uma situação mais séria como agressão física (algo que infelizmente acontece com recorrência direcionado a pessoas LGBT), lesões físicas sérias. Essas são questões que merecem e precisam de cuidado e de olhar! Ainda assim, há diferenças entre o racismo e o preconceito.
Em tratando-se de racismo, uma pessoa por ser negra, pode ser abordada por um policial, pelo simples fato de sua pele ser negra. Se esse policial não estiver de bom humor, ele pode tomar atitudes agressivas em sua abordagem, mesmo que a situação não solicite essa agressão, apenas pelo fato do indivíduo em questão ter a pele negra. O corpo negro por si só denuncia uma marginalidade que é imposta socialmente, e essa marginalidade tem origem naquela estrutura a qual discutimos anteriormente. Essa estrutura opressora, direciona os olhares das pessoas não negras, que interagem com a população negra guiadas por esse viés histórico cultural, do negro enquanto pessoa de menor capacidade intelectual, do negro que ocupa posições de subempregos, ou que tem talento apenas para trabalhar com arte, ou que está necessariamente relacionado com a criminalidade. Por outro lado, a situação histórica dos negros em nosso pais levou a população negra a ter menor acesso à educação, e consequentemente a ocupar os cargos hierarquicamente baixo em suas posições de emprego, uma falta social, que justifica medidas como as cotas raciais nas universidades públicas, e que os privilégios acessados por pessoas não negras não lhes permitem entender a necessidade de medidas como a das cotas raciais.
Essa é a diferença. Uma pessoa LGBT pode ser agredida por andar de mãos dadas na rua, mas nunca será agredida pela cor de sua pele, por simplesmente habitar um corpo que socialmente é lido como um corpo para não ser amado. Uma pessoa gorda pode ser questionada sobre sua capacidade de desenvolver determinadas atividades que envolvam esforço físico, mas não perderá uma vaga de emprego por duvidarem de suas capacidades intelectuais.
 Racismo e a psicologia
Nós profissionais da psicologia precisamos estar atentos a essas questões e também diferenças entre cada uma dessas vivências, pois é muito comum a confusão entre os termos e as vivências discriminatórias, ao passo que confundir essas vivências pode resultar em uma falta com o indivíduo que procuro apoio no serviço psicológico, falta essa que deve ser encarada como falha técnica!
Em um artigo anterior de nome “O sofrimento psíquico dos negros e a importância do psicólogo negro enquanto reparador”, abordei a questão da empatia de psicólogos negros para com pacientes negros, que propicia o acolhimento da demanda racial no atendimento individual ou em grupo de pacientes negros, e também pondero que psicólogos não negros podem acolher essa demanda, desde que estejam atentos as questões raciais.
O recorte racial ainda é pouco abordado na psicologia, sobre tudo em campos como o da psicanálise, que é uma das vertentes teóricas mais praticadas na clínica aqui no Brasil. É importante nós do campo da psicologia podermos nos debruçar sobre os aspectos do racismo e passarmos também a desenvolver uma escuta clínica capaz de acolher essa demanda, visto as queixas que chegam até a clínica dentro do discurso do sofrimento psíquico e emocional com origem no racismo.
Fica fácil deslegitimar a fala do paciente quando não há conhecimento técnico acerca do assunto ou quando não há empatia que possa ao menos dar suporte ao atendimento. É recorrente ouvir de pacientes que procuraram apoio psicológico devido ao sofrimento ocasionado pelo racismo, que alguns profissionais da psicologia pareciam não entender aquilo que ele traz na fala ao psicólogo que o atendeu.
Precisamos discutir e entender o racismo, só assim seremos capazes de gerar uma escuta acolhedora e atenta a demanda racial.
2 notes · View notes
salvianodiogo-blog · 7 years ago
Link
Tumblr media
0 notes
salvianodiogo-blog · 7 years ago
Text
Para esquecer
Eu já perdi as contas.
Não quero mais contar!
Não dou conta das suas mentiras, eu se quer consigo dar conta de mim mesmo agora.
Eu só quero ir embora, deixar tudo para trás,
Olhar para dentro e me reencontrar,
Ainda procuro te desculpar, mas não encontro em meu caminho o perdão,
Só resta me perder,
Caminhar sem rumo, me afastar.
No caminho procurar por mim,
Me refazer. Redesenhar.
Deixar os pedaços de nós pela estrada,
Me lavar de nossa história na chuva,
Esquecer.
0 notes
salvianodiogo-blog · 7 years ago
Text
Sobre a necessidade de ir
Eu finalmente percebi que já era hora de ir embora. Não que você ainda esteja aqui, você partiu antes do meu adeus, e quando a gente é deixado sem se quer entender os motivos, a gente vai ficando, e esquecendo que todo o resto também se vai. Por um tempo eu me apeguei aos objetos, as roupas com as quais você dormia e acordava, o pente que dividíamos e confundia nossos fios de cabelo, a toalha de mesa e o tapete de crochê feitos a mão, que ganhamos daquela minha tia que amo e que com o passar dos dias foram perdendo aquela essência que só a sua presença alimentava e fazia tudo isso ter sentido. Então eu fiquei um pouco mais, me agarrei as memórias, tentei inutilmente reconstruir cada pedacinho da nossa história com as lembranças de minha poderosa memória fotográfica, mas isso doeu demais. Lembrar é um martírio! Como seria possível se contentar com o abstrato depois de tanta concretude vivida? Percebi que as lembranças, por melhores que fossem, não seriam suficiente para suprir a falta de você ou dar um novo sentido a vida. Quando me dei conta da sua falta, quando me dei conta de que você tinha me deixado, cheguei a pensar que não havia mais nada. Fui ficando por ficar... sem saber para onde ir, sem saber o que fazer, fiquei completamente perdido. E quando achei que tudo havia acabado, no meio de toda a confusão e desamparo, eu me encontrei, passei a olhar para mim, e percebi que eu era tudo o que precisava para continuar. Arrumei minha bagunça, me levantei da queda, me olhei novamente por um tempo, te agradeci por me ajudar a ser a pessoa que sou, e fui embora.
Autor: Diogo Salviano  
0 notes
salvianodiogo-blog · 7 years ago
Link
Saiu no Geledés também! Vai lá dar uma conferida :)
0 notes
salvianodiogo-blog · 7 years ago
Link
Tumblr media
0 notes