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Em alguns momentos eu me sinto uma bagunça,
costurado por emoções que se anulam e se complementam.
Viver é doloroso, e eu me sinto consumido por isso, muitas vezes.
O toque do vento não é só um toque,
é um abraço gelado que me lembra o quão viva eu estou,
mas também o quão frágil tudo pode ser.
O som da chuva não é só ruído,
é uma melodia triste que me faz apronfundar cada vez mais, no meu próprio mundo.
E toda essa intensidade é uma faca de dois gumes.
O que me faz sentir tão profundamente também me leva a extremos.
Posso amar tanto que me perco,
mas também posso temer tanto que me retraio.
Sou ao mesmo tempo o farol na tempestade e o navio à deriva,
Enfrentando ondas e ventos.
Mas nunca vou deixar de ver a beleza na contradição,
mesmo quando ela me despedaça.
Porque, no fundo, essas imperfeições,
��são as cores que pintam a paisagem da minha existência.
Sou feito de fogo e de água,
de gritos e de sussurros,
de partidas e reencontros.
Eu sigo, abraçando os contrastes.
Porque ser inteiro está nos contrastes que vivemos na vida.
Sentir, mesmo que isso signifique cair e levantar, quebrar e reconstruir.
Afinal, não é no contraste que a arte mais sublime se revela?
Geniro Neto. 04 de Janeiro de 2025
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5… 4… 3… 2… 1…
uma briza suave acariciava meu rosto,
e eu pude sentir meu coração acelerar.
Feliz Ano Novo.
E meus vários pensamentos rotineiros,
focaram apenas em um, apenas em uma pessoa. E essa pessoa não estava ao meu lado, não fisicamente.
Você, foi meu primeiro pensamento e meu primeiro desejo.
Primeiro me veio o sorriso, os olhos, e depois do corpo molhado, seguidos de um abraço.
Essa foi a imagem que eu construi na minha cabeça.
E depois de acolher os que estavam ao meu lado, eu pude voltar a me acolher no meu pensamento.
Luzes encandecentes saiam do chão, e subiam o céu de forma lenta, e explodiam em várias outras, e eu podia ver ao longe, o céu escuro da meia noite, brilhar com a mesma coisa acontecendo em vários outros lugares.
Me perguntei se você estava vendo a mesma coisa.
Nunca pedi nada nessas viradas de ano, mas nesse fez sentido. Só pedi força e condições para poder chegar até você e reinvidicar o que é meu de direito.
Meus olhos marejaram relembrando todas as cenas que já havia criado na minha mente. Me apoiei em uma janela, e continuei a observar o horizonte e deixar meus olhos transbordarem.
Me voltei para o celular, por que não conseguia segurar a minha vontade de confidencializar aquilo que sentia para a única pessoa que tem a permissão de saber.
“Eu te amo”.
E de repente: “Eu também amo você”
Eu congelei parado naquele momento, as mão tremeram e as pernas também.
Foi como um soco carinhoso no estômago.
Foi a primeira vez, e como eu imaginei, foi muito especial.
Eu vou até seu abraço, até seu beijo.
Quero sentir seu calor, passar a mão pelo seu cabelo molhado, e te beijar.
Vou transar com você até cansar.
Vou te mostrar todo o meu amor.
Geniro Neto. 01 de Janeiro de 2024.
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Completude
Já imaginou viver as suas fantasias mais obscuras?
A vida, em sua essência, é um emaranhado de experiências, emoções e significados. Desde que nascemos, acreditamos que a felicidade está na busca incessante do lado bonito das coisas — as alegrias, as conquistas, os momentos leves. Mas um momento de arrebatamento me fez enxergar o quanto esse faro pode nos privar de algo incrível: a completude.
Vejo uma mediocridade em viver apenas pelo lado belo. É como um pintor que se recusa a usar as cores escuras em sua paleta, ignorando as sombras que dão profundidade ou os contrastes que tornam a obra vibrante. Ou como um veleiro que, por medo do vento contrário, nunca deixa o porto. A beleza da arte e da navegação está justamente na habilidade de integrar todos os elementos, transformando-os em algo maior do que sua soma.
A dor, o fracasso e até as tempestades interiores são como as marés: inevitáveis, mas passageiras. Elas carregam a força de moldar as rochas mais sólidas e revelar paisagens antes escondidas. Assim também é na vida. As decepções, os erros e até mesmo as angústias são partes tão fundamentais da existência quanto os sorrisos, os abraços e os prazeres. Elas nos levam a ser melhores do que somos.
Quando nos permitimos viver sem medo da dor, descobrimos uma força interior que, de outra forma, seguiria sendo ignorada. É no enfrentamento das ondas mais altas que conhecemos nossa capacidade de persistir, de renascer, de nos reconstruir ainda mais fortes e conscientes de quem somos e de onde podemos chegar.
Essa força é como um músculo que se fortalece a cada desafio superado, a cada lágrima enxugada, a cada dia em que levantamos mesmo sem vontade. É um processo que nos ensina a resiliência, não como uma palavra vazia, mas como uma experiência viva e pulsante.
Atravessando os mares revoltos da vida, aprendemos a transformar o vento a nosso favor. Descobrimos que não há tempestade que dure para sempre e que o caos é, muitas vezes, um convite à reinvenção. Descobrimos nuances da nossa alma que antes pareciam não existir. É aí que os ventos mudam: não na ausência do sofrimento, mas na nossa capacidade de manipular essa energia em nosso favor, criando algo significativo e belo.
O lado “feio” da vida nos completa. É ele que nos conecta uns aos outros, que nos faz humanos. E o melhor é que a força interior que encontramos nas dificuldades não é apenas para nós mesmos. Ela nos transforma em faróis para quem também enfrenta tempestades. É ela que nos torna empáticos e nos ensina a oferecer abrigo.
Viver é aceitar que a vida não é um jardim perfeito, mas uma floresta selvagem. É abraçar a beleza e o caos, os altos e os baixos, o que nos encanta e o que nos desafia.
A vida se torna medíocre apenas quando escolhemos nos limitar a uma metade dela.
Geniro Neto, 24 de dezembro de 2024
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Antes de te conhecer...
Antes de te conhecer, eu era inteiro, mas eu não tinha a menor ideia. Era solitariamente completo, uma certeza que, nunca tinha sido contrariada. E então você veio, com seu mistério e aquele jeito de olhar que desarmava, de uma proteção que eu nem sabia que tinha. Eu não sabia que podia ser beijado de um jeito que me fizesse sentir vulnerável, e muito menos que poderia ser quebrado em tantas formas diferentes.
No começo, era quase insuportável, essa entrega. Seus toques pareciam ecoar em mim como trovões, como se cada contato fizesse surgir algo que eu não sabia que existia. A paixão que cresceu entre nós era violenta em sua intensidade, como uma chama que não sabia ser contida, mas que era contida o quanto fosse necessário. Eu me vi mudando, me moldando aos molde do que você precisava, e ao mesmo tempo tentando proteger as partes de mim que ainda reconhecia.
Mas você me quebrou. E talvez eu tenha te quebrado também. Não de uma forma que pudesse ser evitada com desculpas ou tempo. Foi como se cada pedaço que se desprendeu de mim, levasse consigo algo que nunca mais seria o mesmo. Éramos bons em nos ferir, em dizer coisas friamente calculadas, em transformar amor em arma e ternura em peso.
Mesmo assim, eu via beleza nisso tudo. Na maneira como você me fazia rir, até mesmo quando eu queria chorar. Na forma como sua presença preenchia os silêncios que antes eram sufocantes. A forma quente que seus beijos me envolviam. E a forma que eu me sentia vivo, quando éramos um só, e você dentro de mim. Vi que amar também é aceitar que seremos despedaçados, e que a dor às vezes é o preço da conexão.
Hoje, as memórias se tornaram velhas amigas rabujentas. Elas estão aqui, marcadas em mim como cicatrizes que nunca desaparecem completamente. Mas, estranhamente, essas mesmas marcas me lembram que eu fui capaz de amar, e me entregar. Que mesmo na dor, havia algo em mim que se recusava a desistir de sentir, de me doar.
O “Para sempre”, nunca nos pertenceu, e, de certa fora, eu sabia disso. Talvez não tínhamos que ser. Mas o que vivemos foi intenso, visceral, que é impossível não levar uma parte disso comigo. E mesmo depois de ser quebrado, de tantas formas diferentes, eu ainda sou capaz de olhar para essas cicatrizes e ver nelas a prova de que, por você, eu fui corajoso o suficiente para me entregar.
Antes de te conhecer, eu era inteiro. Agora, sou feito de pedaços. Mas, de alguma forma, isso me parece mais verdadeiro. Sou um Kintsugi vivo, a arte japonesa de reparar cerâmicas quebradas preenchendo suas rachaduras com ouro. O que antes era uma imperfeição se torna um traço único, uma marca de beleza. Talvez eu seja como essas peças. Cada pedaço que você levou, cada rachadura que ficou, foi preenchida com algo precioso. Eu não sou mais o mesmo, mas sou mais forte, mais belo, exatamente por essas cicatrizes. E, acima de tudo, mais humano.
Salvatore. 18 de Dezembro de 2024.
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A vida sempre foi envolta em uma sensação inexplicável de nostalgia, como se algo estivesse faltando, mas eu nunca soube ao certo o quê. Era como se uma parte estivesse perdida, esperando ser encontrada. Todos os dias, passava pelo café da esquina, onde costumava tomar um cappuccino antes do trabalho, e sempre sentia uma estranha conexão com aquele lugar. Um dia, enquanto folheava um livro, meus olhos foram atraídos para um homem sentado a algumas mesas de distância. Era um rapaz de olhar profundo e sereno, alguém que parecia carregar uma sabedoria antiga. Senti o coração bater mais forte, como se o tempo tivesse parado por um momento.
O nome dele era Marcos. Não era a primeira vez que o via ali, mas naquele dia, algo estava diferente. Quando os olhares se cruzaram, uma onda de lembranças veio à tona. Não eram memórias claras, mas sensações e emoções que eu não conseguia explicar. Era como Marcos me conhecesse desde sempre, mesmo sem nunca termos trocado uma palavra.
Naquela noite, tive um sonho com tempos antigos, onde Marcos e e eu éramos jovens guerreiros em terras distantes. Vivíamos uma amizade profunda, mas reprimida, marcada por um amor que não podiam expressar abertamente. Em vidas passadas, tinham jurado se reencontrar, e agora, apesar das barreiras do tempo, nossas almas estavam novamente próximas, sentindo a atração de um amor que transcende o tempo.
Nos dias que se seguiram, comecei a frequentar o café com mais frequência, sempre procurando por Marcos, mas sem coragem de se aproximar. Havia uma mistura de medo e desejo, como se falar com Marcos pudesse trazer à tona todas as lembranças de vidas passadas que ele ainda não estava pronto para enfrentar. Mas, ao mesmo tempo, ele sabia que não podia evitar para sempre.
Eu sei que Marcos, também sentia essa estranha conexão, pois seu olhar se fixava ao meu, e expressava curiosidade. Sempre que me via, um calor familiar preenchia seu coração, mas, assim como a mim, ele mantinha a distância, preso pela incerteza. Ambos viviam essa paixão platônica, sabendo, no fundo, que eram destinados um ao outro, mas ainda incapazes de romper as barreiras que os separavam.
Os dias continuaram, e assim também a dança silenciosa entre eles. Talvez, em algum momento, nossas almas finalmente encontrassem a coragem necessária para se reconectar, deixando de lado as dúvidas e o medo, e permitindo que o amor que uma vez nos uniu através das eras florescesse novamente. Até lá, viveríamos nossas vidas paralelas, alimentando da presença um do outro, esperando pelo momento certo para, enfim, nos reencontrássemos por completo.
Salvatore. 29 de Agosto de 2024
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Ultrapassei os limites?
Será que eu disse demais?
Eu acho que ouvi voce dizer que me amava...
Eu acho que vi você tentando.
Mas talvez, fosse só um sonho.
Só um sonho,
de um amor que arde no peito,
e é voluptuoso, espalhafatoso,
é imoral, e depravado.
Disse demais ou me calei de repente?
Tudo ou nada, tão de repente.
Talvez a minha fé começou a se partir.
Mas no altar do seu sorriso, das suas mãos,
ainda sou penitente.
Se amar é acreditar, eu irei alimentar essa fé,
de que talvez eu não disse demais,
que talvez eu te ouça dizer,
que eu te veja tentar.
Salvatore. 13 de Dezembro de 2024
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O Outro Homem
Eu sou o outro homem.
Não o escolhido, não o esperado, mas aquele que surge na vida de alguém como sopro de uma brisa silenciosa, e uma verdade que não se encaixa nas fórmulas do amor, mas que se impõe pela intensidade do que sente.
Não sou o herói, e nem o vilão.
Não sou o primeiro, e talvez não seja o último.
Sou apenas o homem que vive esse amor com a liberdade de não ter um “dever” a cumprir, de não precisar ser o que esperam de mim. O que é ser o “outro” se não alguém que também sente, que também ama e que também tem o direito de existir com seu próprio valor?
A beleza de ser o outro homem está exatamente nesse espaço entre a escolha e o abandono, onde não há limitações, onde o amor não precisa de definições para ser verdadeiro.
Existe, simplesmente, porque é real. E mesmo que um dia esse momento se acabe, ele será vivido na totalidade, sem arrependimentos, sem pressa de “resolver” ou de “fechar” algo.
Porque o amor, de qualquer forma que ele venha, é sempre válido. E a liberdade de amá-lo sem regras é, talvez, a forma mais pura de vivê-lo.
Salvatore. 03 de Dezembro de 2024
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Entrei para o banheiro e tratei de ligar o chuveiro, e só entrar depois que vi o vapor quente úmido, rodear a água que chuviscava com certo vigor.
Meu corpo ainda estava estaseado da adrenalina que tinha acabado de passar, e a água quente me encobriu como um manto protetor. Naquele momento eu estava com todos os sentidos muitos apurados, eu podia enxergar as gotículas flutuantes da água no ar, o cheiro do sabonete, o calor que diferenciava de acordo com o caminho que a água fazia da minha cabeça aos pés, o barulho das gostas batendo no corpo… E ali eu podia entender o que senti, enquanto nossos corpos se entrelaçavam e se conectavam. Eu ainda estava elétrico.
Quando terminei, você já estava do outro lado aguardando para poder entrar. E em um movimento tímido, nos esbarramos na porta do banheiro ao atravessar, um para dentro e um para fora. Surgiu um leve sorriso, que se tornou um leve beijo.
Quando me sentei aos pés da cama, com o corpo ainda meio molhado, liguei o ar-condicionado e aproveitei esse momento para sentir, o ar gelado bater em minhas costas. E por alguns instantes eu senti um grande relaxamento, minhas panturrilha, minhas coxas, meus braços e minhas costas , finalmente cediam ao relaxamento, após o ápice do prazer. Enquanto ouvia as gotas caírem ao chão, resolvi colocar uma música até que você terminasse. Como não conseguia pensar em algo muito específico, pedi que tocasse uma pequena música de ninar que sempre ouvia nos momentos que me sentia feliz.
Claramente, eu tinha uma playlist que ouvia propriamente nesses momentos. E coloquei para tocar, são músicas melancólicas porém, amorosas.
Quando saiu do banho, eu já estava de cueca, e vi você sair enrolada em uma toalha branca, usando apenas os óculos. Em nenhum momento, eu tive a grande oportunidade de vê-lo de uma forma tão despida e vulnerável. Mas o que mais me chamava atenção, Era ver como você ainda permanecia forte, mesmo sem nenhuma peça cobrindo sua pele. Eu agora podia ver em sua totalidade, os pontinhos pretos que tanto me chamavam atenção na imensidão Branca que era sua pele. O que mais me atraía, era o formato que as suas clavículas faziam abaixo da pele branca. Você se virou e também vestiu a sua cueca.
E por um momento, se pôs de prontidão a entender o que estava acontecendo, e a atmosfera que se instalava no quarto. E veio em minha direção, eu só consegui voltar o meu olhar para cima, para poder te olhar nos olhos. Quando em um movimento rápido, a sua mão pegou a minha, e me pôs de pé. Puxou-me para mais perto do seu corpo, e passou o braço pela minha cintura, mas agora não em um movimento desesperado, mas em um movimento carinhoso. Aproximou o rosto da minha clavícula esquerda, e quando eu percebi já estávamos dançando lentamente de um lado para o outro.
Eu não sabia, mas a única coisa que eu precisava naquele momento, era dançar com você. De repente, o seu cheiro misturado com a água e o sabonete do banho me invadiram novamente, o calor que saía de seu corpo também me abraçava. E eu me pegava elétrico novamente.
Nossos corpos se encostavam em vários momentos agora, sem timidez. As pernas se cruzavam, os braços envolviam, e os rostos se encostavam. Eu não poderia descrever em nenhuma palavra, o quanto eu quis esse momento, mesmo sem nunca ter vivido antes.
Sonhos ou metas, eu não sei, só sei que os pequenos prazeres da vida, correspondem a esses pequenos fragmentos. E eu começava a me questionar, como talvez nós precisamos de alguém para nos acender e nos fazer sentir elétricos e vivos. A vida sozinho não fazia sentido.
Tudo que eu queria era apenas dançar com você.
Salvatore. 20 de novembro de 2024.
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sereno.
Guardo em mim um sonho secreto,
Aninhado entre o mar e o vento.
Brilham sonhos, ternos momentos,
Renasce em silêncio, um amor discreto.
Impulso que leva meu passo,
Encontro no peito a pureza de uma flor,
Liberdade e paz em suave compasso.
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"Não se destrua para manter o outro inteiro, não tenha medo de perder alguém que não se sente sortudo por ter você."
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Empatia
Como é a sensação de saber que você perdeu? Como é a sensação de entender que você não é mais o caçador, e sim, está no mesmo patamar que a presa!
Decepção? Angústia? Raiva?
Imagino que essas devem ser a sensações, que aparecem, depois de anos e anos que indiretamente e diretamente você manteve tudo sob o seu controle, e que agora isso foge das suas mãos.
E lidar de par a par, olho no olho não é seu forte e nunca foi seus zona de conforto. E o que é mais triste de ver, é uma pessoa que estacionou e ser o que é o não consegue ser diferente pra viver fora da zona de conforto.
Que preço é esse que não se consegue pagar? Ver as coisas da visão do outro além de sempre ver de cima? Abrir mão do controle, para entender que as coisas “são como são”.
Entendo que é difícil, pra alguém que só viveu nesse ambiente de controle e narcisismo, e infelizmente não fui eu, que conseguiu quebrar a roda, e me vejo em uma situação onde minhas mãos estão feridas… não só elas, mas o coração e alma também. Mergulhei muito fundo em águas rasas. A ponto de achar que eu também era raso.
Sou um pequeno veleiro, que viaja no mar distante da vida, e percebo que não tenho âncoras e que apenas o vento da experiência me guia. E agora é hora de ir.
Desejo que o sentimento de empatia se torne mais suportável, por que ele vai ser um guia para seus dias mais obscuros, e que logo ele se torne um bom amigo.
Geniro. 25 de outubro de 2024
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Quando vi uma foto sua hoje,
senti seu cheiro,
seu calor,
seu hálito,
até a sua presença.
E logo pensei,
“que mundo injusto”,
não poder mergulhar,
no calor, no abraço, e na presença.
Querer, e não poder te ter,
não é apenas um castigo,
Mas uma tortura delicada.
Salvatore. 20 de Outubro de 2024.
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29.
Hoje, no meu aniversário, parece que o tempo parou para que eu me despedisse de uma parte de mim e, ao mesmo tempo, reencontrasse outra. É como se, ao longo desse último ano, eu tivesse me distanciado de pedaços importantes do que sou. E, hoje, esses pedaços vieram me visitar.
Passei o dia refletindo sobre as escolhas que fiz, os desafios que enfrentei e os sonhos que deixei para trás — alguns por vontade própria, outros pela força do destino. Foi como rever velhos amigos que não via há tempos. Me despedi de algumas versões de mim que já não servem mais, aquelas que carregam o peso de inseguranças e incertezas que, agora, parecem velhas amigas.
Mas também houve reencontros. Reencontrei minha força, meu propósito e meu próprio valor. No meio dessa despedida, percebi o quanto tudo se encaixa perfeitamente na jornada. E, hoje, sinto que dessa vez, o meu saveiro, que antes vagava sem rumo, no mar distante, agora achou um porto no meio do mar distante, e que sempre esteve aqui, mas eu não conseguia ver.
Celebrar esse aniversário é mais do que marcar um novo ciclo; é celebrar a evolução, o crescimento e, acima de tudo, o reencontro com quem eu realmente sou. Que venham os novos desafios e que eu possa continuar a me despedir e reencontrar quantas vezes forem necessárias, sempre em busca do meu melhor.
Geniro Neto. 15 de Outubro de 2024.
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promete que um dia vai aparece pra dar um “oi”
e que vai me abraçar forte.
prometa que vai realizar um sonho meu,
de sentir seu calor, seu cheiro, sua energia.
prometa que vai dizer que gosta de mim,
olhando nos meus olhos.
Mesmo que você parta depois,
mas me dê a chance de ter essa memória,
que é a única coisa que eu levarei pela eternidade.
Salvatore. 10/10/2024
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Salvatore
Sob o céu dourado do verão italiano,
Ando, com a alma aberta, coração em chama,
Com olhos que dançam entre o azul do mar,
e o brilho suave do sol ao entardecer.
Na praça vazia, ao luar de uma noite quente,
Me sento em um banco, em um suspiro imortal.
A caneta desliza, suave, pelo papel,
Cada verso, um pouco do meu doce mel.
Sou intenso, como o vento quente que sopra,
Sentimental, como a lua que o crepúsculo abraça.
Escrevo de amores que nunca esqueceu,
De paixões que a memória não deixou.
Em cada poema, a dor e o encanto,
O toque das mãos que não alcançam o manto.
Meu coração, uma tempestade em flor,
Busca nas palavras o eco de um amor.
E assim vivo, entre sol e saudade,
Versando a pura intensidade.
Como verão italiano, sou fogo, mar e vento.
Um homem apaixonado que só sabe viver.
03 de Outubro de 2024. 16:30
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