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[rox-nb]

meus fones e minhas músicas antigas me permitem te encontrar em qualquer espaço de tempo que eu quiser.

a vida é colorida ao imaginar você do meu lado.

infelizmente você só mora na minha imaginação.

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talvez nossos corações nunca mais irão se cruzar,

eles estão perdidos no universo.

mas eu sempre te amei e sempre vou te amar,

o amor que eu sinto por você ele sempre vai ser o mesmo,

isso jamais irá mudar.

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Desde pequena mais especificamente 8 anos eu percebi que sentia algo diferente quando eu observava o corpo de uma mulher, porém o meu processo de compreender o que era aquilo foi totalmente ofuscado, primeiro por que eu era uma criança nem sabia que exista sexo, segundo que eu nunca vi nenhuma mulher beijando outra mulher

"Mulher com mulher vira jacaré, homem com homem vira lobisomem"

Brincava inocente com as minhas amigas repetindo algo que eu pensava ser real. Minha mãe é o estereótipo de mulher feminina, ela só perde para minha tia que me arrumava como uma boneca. Ela teve três filhos todos homens e o sonho dela era ter uma filha menina. Lembro de me olhar no espelho enquanto ela penetrava meus cabelos dizendo:

"Sua mãe não te arruma direito, você é bonita demais para não ser arrumada igual uma princesa"

Ela dizia tão gentil... Naquele dia eu fiz minha própria revolução sentindo confiança para dizer:

"Tia Ana diz pra minha mãe que eu não gosto de saias e vestidos"

E desde então minha mãe nunca mais comprou nada parecido. As roupas do meu primo Arthur que era 1 ano mais velho que eu, quando não serviam mais nele eu ganhava

"Ela é criança, e além do mais roupa é roupa, ela precisa mesmo de roupas novas"

E eu me senti feliz. Aos 10 anos meu sonho era ter cabelo estilo Joãozinho, como chamam aqui. Lembro que meu cabelo era longo e eu fazia um rabo de cavalo, e na altura de onde ele estava amarrado, imaginava cortando, fazia uma tesoura com os dedos e me imaginava igual a mulher que eu vi na novela.

Na escola me chamavam de macho-fêmea, eu não sabia o que isso significava, mais sabia que era algo ruim já que eles estava rindo de mim. Eu sofri muita violência até física na escola por conta disso. Não tinha amigos, eu era invisível.

Na puberdade eu passei a desejar a feminilidade, eu queria me afirmar como uma mulher bonita, que todo aquele bullying na infância se tornasse aceitação.

E na adolescência eu me objetifiquei muito. Eu queria que todos me achasse bonita e acima de tudo uma mulher atraente. Essas figuras masculinas que me desejavam elas afirmavam ainda mais uma necessidade que eu tinha da aprovação para ser bonita. E portanto, logo percebi que estava no caminho certo. Todos a minha volta me elogiavam, até me chamavam para participar de concursos de beleza, eu fazia sucesso nas redes sociais. Quando se é uma mulher heterossexual bonita as portas da sociedade se abrem para você. E eu sabia que estava no caminho certo. Eu sabia que gostava de mulher, mas não queria que ninguém soubesse, justamente por isso tive uma adolescência conturbada. Eu me mutilava muito, lembrando que existe também outras formas de punição.

Na fase adulta, casei com um homem trangenero. Quando a gente namorava eu era aquela mulher avassaladora, atraente e feminina. Mas ele foi me ajudando a experimentar ousar, e eu acanhada, com medo aceitei. Usei uma roupa masculina. Depois sai na rua com roupas masculinas, e meu mundo mudou.

Eu senti que era sobre estar daquele jeito CONFORTÁVEL.

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Como vou te dizer,

que agora você faz parte da minha vida...

Que em cada pensamento meu,

a tua imagem ocupa um espaço!

Que em cada suspiro meu, teu cheiro me alcança!

Que em cada sonho meu, teu abraço me envolve...

Como vou imaginar a vida sem você...

Se minha alma caminha no espaço do teu mundo!

Se meu corpo quer a paz do teu beijo na minha pele...

E nossos olhares já se encontraram num só!

E descobrimos que nosso caminho é o mesmo...

Que nossas mãos se unem em harmonia...

E nossos pensamentos se tocam no ar...

E nossos corpos se encaixam no amar...

Como, minha vida...

Como posso deixar de te amar?

Não tem como!

Já não posso!

Te preciso...

Te quero ao meu lado...

O tempo todo!

Não, meu amado...

Não desisto, nunca é tarde!

Já não posso te deixar...

Pois sempre vou te amar!!!

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“Eu quis dar um tempo. Talvez recomeçar. Rompi amizades porque achei que precisava fazer isso pra ser um alguém diferente. Troquei meu número de celular e apaguei todas as minhas redes sociais, justamente pra ninguém me encontrar. E ninguém me encontrou. Foi difícil porque eu senti que algo em mim estava faltando, e isso, de alguma maneira, doía. Nada do que eu era me pertencia mais. Acho que, no fundo, eu só queria ser um alguém diferente, numa carne diferente, com hematomas que não fossem meus. Mas no final do dia tudo o que eu consegui foi me tornar uma pessoa solitária com a essência perdida em algum lugar.”

— Outunos.

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eu estarei sozinho de novo, e serei eu mesmo novamente.

Bukowski

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Você me queimaria?

Se eu fosse uma carta que te dissesse tudo o que poderíamos ter sido mas não fomos. 

Se eu fosse uma fotografia daquele momento em que nos olhamos pela primeira vez? 

Se eu fosse um lembrete na sua escrivaninha dizendo que nunca seremos inteiros se não nos permitirmos nos desfazer primeiro? 

queimaria?

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Medo...

Eu que nunca senti medo nem da morte, me vejo em completo desespero. O que por um lado é bom, prova que eu ainda sou capaz de sentir alguma coisa. Mas me sinto como se estivesse na estaca zero. Sozinha novamente, cheia de incertezas, sem rumo, e destruída por dentro. Seria muita presunção minha querer um enredo feliz com apenas 20 anos.

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Eu tenho passado por um inferno na minha vida e tenho sobrevivido, isso deve significar alguma coisa.

Géssica Ferreira

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Dia 30 de Setembro 2021

1:00 da madrugada...

Aquela janela...

Nela eu via a imensidão da noite fria, o céu estrelado, tudo parecia tão calmo. Mas dentro de mim existia um furacão em erupção.

"Será que sou capaz?"

Essa pergunta ecoava na minha mente ao ponto de me fazer tremer de medo.