Ícones nunca são esquecidos. E é por isso que as raízes da cultura pop seguem sendo referência na formação de novos artistas. Em fitas cassetes, vinis ou cds a história continua sendo escrita e, aqui, ela será contada.
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Empoderamento Feminino na Cultura Pop
A palavra empoderamento, um neologismo do educador Paulo Freire que tem origem do termo inglês “empowerment”, conceitua o ato ou efeito de promover conscientização e tomada de poder de influência de uma pessoa ou grupo social para realizar mudanças, seja de ordem política, econômica, social e cultural, no contexto que lhe afeta.
Então, empoderamento feminino é o ato de conceder poder de participação social as mulheres, pela luta de direitos, como igualdade de gêneros, que são importantes para o futuro da sociedade em aspectos relacionados ao feminismo.
A Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres), desenvolveu uma lista com sete princípios básicos do empoderamento feminino no âmbito social e profissional, dentre eles, por exemplo: apoiar empreendedorismo de mulheres e promover políticas de empoderamento das mulheres através das cadeias de suprimentos e marketing; promover a igualdade de gênero através de iniciativas voltadas à comunidade e ao ativismo social.
Na cultura pop, cantoras desenvolveram e desenvolvem tais processos, pela luta pelos direitos e pelo lugar de mulheres, que é onde elas quiserem estar. Alguns exemplos desses ícones são:
Demi Lovato - Defende a igualdade de gênero e salienta que o feminismo não pode ser confundido com a ideia de odiar homens e apenas apoiar as mulheres, mas a quest��o real sobre igualdade. A cantora acredita que todos merecem se sentir igualmente amados, igualmente protegidos, igualmente estáveis financeiramente e tratados com respeito.
Rita Lee - É referência para aqueles que vieram a usar guitarra a partir de meados dos anos 70. Conhecida como a 'Rainha do Rock Brasileiro'. Começou com o rock e flertou com diversos gêneros, como a psicodelia durante a era do tropicalismo, o pop rock, disco, new age, a MPB, bossa nova e eletrônica, criando um hibridismo pioneiro entre gêneros internacionais e nacionais.
Elis Regina - A cantora deixou história e foi destaque no Brasil, de 1960 a 1980. A estrela da música popular cantou muitos gêneros: da MPB, passando pela bossa nova, pelo samba, pelo rock e pelo jazz. Registrou momentos de felicidade, amor, tristeza e patriotismo.
Karol Conká - Além de criativas e inteligentes, as mulheres são muito ecléticas e deixaram a sua marca em vários gêneros musicais, inclusive no rap. Karoline dos Santos de Oliveira foi uma das principais representantes do rap feminino dos últimos tempos no país. As letras de suas músicas destacam o empoderamento feminino.
Lady Gaga - A cantora revolucionou a música pelas suas contribuições extravagantes, diferentes e exageradas à indústria musical através da sua moda, atuações e vídeos musicais. Conquistou a quarta colocação entre as '100 Maiores Mulheres na Música' do VH1 e foi nomeada uma das pessoas mais influentes do mundo pela revista Time. Em 2012, Gaga também esteve na lista das '15 Mulheres Mais Bem Sucedidas do Entretenimento', da Billboard.
Cabe salientar que as mulheres estão ganhando muitos destaques na sociedade, graças a seu ativismo e inquietação para com as represálias da sociedade machista. E mostrando que mulheres não são apenas para reproduzir ou cuidar de casa, mas para mudar o mundo, assim como homem é visto. A igualdade para todos é o desejo primordial da feminismo, afinal todos juntos podem ser mais fortes e desenvolver um pouco de paz no mundo. Porém, como qualquer movimento, a causa encontra resistência (que ocorre por parte de muitos homens, de determinadas autoridades e por grande parte da sociedade).
Assim, as mulheres - vítimas diariamente de comentários machistas e atitudes abusivas - seguem na “batalha” com o intuito de que todas elas sejam reconhecidas por seu devido valor, sem precisar serem famosas (como as artistas expostas neste texto) para tal.
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Por que a Mona é Pop?
Foi em um dia comum de 1503 que o pintor Leonardo Da Vinci iniciou a pintura de Mona Lisa, aquela que se tornaria a obra de arte mais reconhecida e copiada de todos os tempos. A popularidade da tela é inegável. Hoje, é praticamente impossível encontrar quem não reconheça o rosto marcante formado principalmente por olhos de aparência suave e sorriso enigmático. E qual seria o motivo do sucesso? Talvez seja o frenesi causado pela curiosidade em volta do quadro. Será?
Vamos aos fatos, quem é a mulher que aparece retratada por Da Vinci? As teorias envolvem ao menos quatro suspeitas: A primeira é Isabel de Aragão, duquesa de Milão, para quem Leonardo trabalhou como pintor da corte por 11 anos. Pela semelhança do artista com a pintura, outras duas hipóteses são consideradas. 1) A mulher da tela, na verdade, é a mãe de Da Vinci, Caterina. 2) A mulher retratada por Leonardo, é, afinal de contas, uma versão feminina dele. A última e mais provável teoria, é a de que Monalisa seja Lisa Gherardini, esposa de um comerciante de seda, Francesco del Giocondo, e que a pintura tenha sido feita em comemoração a maternidade da mulher, já que pesquisadores canadenses revelaram que ela usava um véu típico de mulheres grávidas do século XVI.
Além disso, a qualidade da pintura é inquestionável. As técnicas utilizada por Leonardo na construção da obra falam por si só. A principal delas, a sfumato, é uma técnica artística usada para criar efeitos de luz e sombra num desenho ou numa pintura. Esse método pode ser visto em detalhes como os olhos e lábios de Monalisa, pois aplicando camadas de tinta e verniz sobre a tela, o resultado era muito mais suave e a tinta era quase imperceptível. Outro detalhe que chama atenção é o pioneirismo do pintor, que, mesmo não tendo inventado a técnica, foi o primeiro a utilizar em telas. Esse procedimento foi muito importante para o efeito que tem o sorriso. O fato do tamanho do sorriso variar tanto dependendo do ângulo do nosso olhar, dá ao quadro uma aparência dinâmica, e o fato do sorriso desaparecer quando olhamos diretamente para ele, o faz parecer ilusivo.
Contudo, a resposta fundamental da pergunta do título vem agora. Por que a Mona é pop? Porque ela foi MUITO divulgada. Primeiramente, ela foi furtada em 1911, aparecendo dois anos depois e sendo devolvida ao Museu do Louvre, de Paris, ao qual pertence. Foi satirizada pelo artista Marcel Duchamp, que fez uma versão dela com bigode, e acabou tema do best seller “O Código Da Vinci”. Daí as reproduções não pararam. Canções de Nat King Cole, Elton John, Jorge Vercillo e Britney Spears reverenciaram Monalisa. Livros, filmes, charges, telas, propagandas. Monalisa virou cultura de massa, cultura pop, e, se você ainda não se convenceu do quão icônico esse quadro se tornou, não tem problema, sempre dá tempo de mais uma olhadinha.
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Epitáfio
São sete horas da noite e estou sentado em uma das cadeiras com estofado preto, que geralmente me fazia ter inspiração para escrever poesias. Hoje ela apenas me suporta para que eu possa fazer esta carta. Talvez alguns acreditem que estou sendo dramático, outros podem entender um pouco do meu sofrimento, da solidão que guardo em meu peito. Porém, ninguém saberá o que estou passando, de verdade e por completo, mesmo que eu tente explicar. Acontece que, há alguns anos, venho me sentindo assim. Sempre estou rodeado de pessoas e, por mais que ame a maioria delas, nenhuma é capaz de extinguir minha solidão. Está tudo tão vazio e incerto, que nem a melhor criatura do universo conseguiria explicar o que está ocorrendo. A impressão que tenho é a de que todos estão sozinhos, mesmo com tanta gente ao seu redor. Todo amor que sentia transformou-se em ódio. Eu sempre contemplei o lado bom das coisas, mas hoje, não mais. Por amar demais me sinto triste, as pessoas não entendem o que realmente importa, eu também não. Gosto de quem não me dá valor, seria certo? Tenho vários tipos de pessoas que me amam, mas simplesmente insisto em algo sem fundamento, não me sinto completo. Tenho medo da minha filha se tornar o que me tornei, frio. Frio por amar demais, tinha sonhos, desejos, e hoje, nada me satisfaz. Preciso de um tempo, para me recuperar do sufoco. Talvez esteja cercado de empatias que me sufocam, querem mais e mais de mim. Eu não sou perfeito, sou um ser humano cheio de defeitos, como qualquer outro. Eu posso me cortar se cair, sangrar, sentir dor. Porque também não posso pirar às vezes? Seria pedir demais. Já tentei várias coisas, meditar, correr pelo mar, pensar, beber, fumar. Mas isso tudo é em vão. Se drogar e esquecer da vida por alguns minutos não vai resolver problemas nem meus, nem os de ninguém. Estou cercado por todos os lados, um beco sem saída. Achei a solução. Quero dizer que amo a todos, esse é o ato de libertação. Talvez Deus não me perdoe, eu estou sendo fraco e egoísta. Não faz mais sentido pra mim essa vida de aparências. Não espero que me perdoem, mas que apenas compreendam tamanha minha dor. Adeus.
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A História de Helena
Helena sentia seu corpo arrepiar. Estava no quarto, dando os últimos retoques na sua maquiagem enquanto esperava o relógio tocar as doze badaladas que indicavam a chegada da meia-noite. Ela havia passado o início da noite em um jantar insuportável acompanhada de seu pai e amigos importantes dele, tendo que ouvir as mais inescrupulosas afirmações. Assustou-se ao escutar o som do relógio penetrar seus ouvidos e, num ímpeto de coragem, levantou vagarosamente saindo de seu quarto e atravessando a sala de casa. Pegou a chave e, ansiosa, seguiu para um lugar que seu pai não poderia nem sonhar que iria: o show de Chico Buarque. Ao se aproximar do galpão abandonado onde sabia que aconteceria o concerto do artista, sentiu seu sangue correr forte pelas veias. Naquele lugar de paredes descascadas e chão irregular, Helena tinha a oportunidade de opinar, cantar e agir conforme sua consciência indicava, não como seu pai lhe ordenava. Entrou e logo percebeu-se a vontade. Ali, naquele espaço clandestino, sentiu o sabor da liberdade tocar a ponta de sua língua e se espalhar sobre todo seu corpo. Chico dedilhava algumas notas afinando o violão e as pessoas riam e conversavam ao seu redor, criando um ruído acolhedor no local. A música começara e ela acompanhava a voz do cantor, entoando versos de "Apesar de Você". Dançava sozinha e, lentamente, sentia o suor escorrer por sua testa. Seus olhos se desviaram de Chico por um segundo e acabaram presos no olhar interrogativo de um homem que a encarava. Mesmo com a aproximação dele, não conseguia se mover, acabou ficando estática observando os passos daquele homem em sua direção. Ele sorriu e ela se sentiu desabrochar. Começou uma inspeção em todo o seu rosto, iniciando por suas sobrancelhas grossas, passando pelos penetrantes olhos castanhos e terminando em seus lábios carnudos. Então, instintivamente, eles deram-se as mãos e começaram uma dança lenta, quase acanhada. No meio da dança, conversaram sobre a situação presente do país e cantaram, junto a Chico, canções e mais canções. Ela, em nenhum momento lhe confessou ser Helena, filha do General Coutinho, famoso por sua crueldade contra o movimento estudantil da época. Ele, também não revelou ser Rodrigo Ferreira, do jovens idealizadores e protagonistas do mesmo movimento. Entre uma dança e outra, em meio as luzes escassas do galpão, eles se beijaram. Mas não foi qualquer beijo. O encontro das bocas também era um encontro de almas. Almas que, de lugares diferentes, se encontravam num beijo libertador, soltando um grito visceral no encontro de sentimentos. Mas, o jovem casal teve seu momento interrompido. Militares invadiram o galpão agredindo os jovens que estavam mais próximos da porta de ferro que protegia a entrada do local. Uma gritaria enorme tomou conta do lugar e, sem saber o que fazer, Helena segurou a mão de Rodrigo. Pensou em correr mas foi impedida pela voz altiva de seu pai chamando pelo seu nome. Não havia escapatória. Ela foi agarrada por um militar e levada pra longe de Rodrigo que foi agredido em sua frente. E, ao ver seu amado sangrar, sentiu-se sangrar também. Acabou não vendo mais nada e sendo levada pra casa sob o olhar atento de um dos subordinados de seu pai. Chorando muito, deitou-se em posição fetal esperando que caísse sobre si a impiedosa vontade paterna. Dias depois, o inevitável foi se mostrando realidade. Rodrigo havia sumido e Helena foi mandada para um reformatório na Inglaterra. O amor havia terminado ali. A ditadura não.
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All You Need Is Love
Em uma universidade, circulam milhares de pessoas diariamente e muitas delas passam despercebidas no meio da multidão. Entre essas pessoas, está um dos funcionários mais antigos da instituição e que atualmente trabalha como chefe de segurança, o senhor João dos Santos. Basta trocar meia dúzia de palavras com ele para descobrir a coisa que ele mais gosta na vida: música, especialmente se for interpretada por The Beatles.
Sua história começa no dia 18 de junho de 1942 (coincidentemente a mesma data do nascimento de Paul McCartney) em uma cidadezinha no interior da Bahia. A vida dele sempre foi muito sofrida e a relação que criou com os Beatles foi como uma válvula de escape para tudo. As histórias de amor das canções da banda, como a relatada na música “help”, fizeram com que o jovem de 15 anos percebesse que amava uma colega da escola. Seu João era completamente louco de amor pela jovem e essa música narrou os sentimentos dele que não foram correspondidos por ela, no tempo que os dois eram só conhecidos. Com muito esforço e dedicação, o garoto conquistou aquele coração e os dois passaram para a fase mais apaixonante de suas vidas: o namoro. Nesse momento, a música preferida do casal era “tell me what you see” e certa vez, durante uma briga, o jovem recitou um trecho dela para a namorada: — As coisas que não andam muito bem vão passar com o tempo e, se você confiar em mim, eu vou torná-las melhor para você. — Acha que pode me convencer decorando a tradução da nossa música? — Eu posso? — A resposta é óbvia. Acabaram a briga em beijos e com trancos, barrancos e Beatles viveram uma linda história de amor, que anos mais tarde deu à luz Lucy (nome tirado da música “lucy in the sky with diamonds”) e uniu os dois em matrimônio.
Seu João aborda que os Beatles fizeram parte de muitas histórias, inclusive de amor, no caso dele. Naquela época, a banda era uma “febre”, devido à corresponder todos os sentimentos em que os jovens mais apaixonados enfrentavam. Com o tempo, a febre baixou, assim como a que era existente no casal. — Mas João, como isso foi acontecer? — Perguntou um dos curiosos vizinhos. Seu João, com muita paciência, relatou que não sabia o real motivo para o fim do relacionamento. — Eu e minha esposa nos separamos por causa de vários problemas. Não entendi bem como nossa história seguiu esse rumo, mas se ela já não queria mais, quem seria eu para obrigá-la a permanecer? Se não há felicidade, melhor deixar.
Ainda muito novo, com ex mulher e filha para educar, chegou à fase mais complicada de sua vida. Lucy ficou tão triste com a separação, que seu João usou um trecho da música "hey jude" dos Beatles como uma última tentativa para incentivá-la a seguir em frente. — Ei, Jude, não fique mal. Pegue uma canção triste e a torne melhor. Lembre-se de deixá-la debaixo de sua pele, então você começará a melhorar as coisas. — De onde apareceu isso? — Perguntou a garota. — Beatles. — Aqueles caras que fizeram vocês casarem? — Aqueles que nos influenciaram a seguir nossos corações.
Atualmente, o desamparado João daquele momento tornou-se “seu João” ou “senhor João”, trabalha em uma universidade (onde vê muitos jovens apaixonados e lembra-se do quanto amou a ex esposa) e não esquece o que a música fez por ele. Em maio de 2017, mais uma vez os Beatles tiveram impacto em sua vida. Lucy apareceu no trabalho do seu pai, acompanhada de dona Cláudia (mãe). Ao vê-las, seu João chorou de emoção. O motivo da visita era que a jovem havia comprado ingressos para seus pais assistirem ao show de Paul McCartney em Salvador, no dia 20 de outubro. Repleto de alegria, o “senhor da música” (assim chamado por colegas de trabalho) confirmou que iria. O dia não demorou a chegar e seu João transbordou ansiedade, durante a entrada na Arena Fonte Nova. Ele e dona Cláudia se abraçaram por inúmeras vezes ao ouvirem as “suas” canções serem interpretadas ao vivo. Talvez isso tenha sido o começo de uma nova história para aqueles dois.
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Trouble
O cair da tarde já era visível no norte do Mississipi. O calor que era previsto para o veraneio estava mais forte do que o esperado e as temperaturas estavam altíssimas. O vento assobiava e as tempestades de poeira eram frequentes. Era junho de 1976 e, num galpão longe da civilização, Elvis suava dentro de extravagantes vestes brancas. Seus olhos encaravam fixamente a parede descascada que compunha a sala em que estava, enquanto sua mão alisava lentamente a KM- 512 que havia adquirido nos últimos tempos. Seu pensamento divagava sobre sua amada Katherine e a saudade que sentia de seus beijos. De repente, escutou um barulho incomum que despertou sua atenção. Devagar e com sua arma em punho, escorregou pela parede esperando qualquer sinal que apontasse alguma invasão em sua sala. Escutou passos apressados e uma voz familiar atravessou seus ouvidos num grito: — Elvis! Elvis! Onde você está? Enraivecido, saiu da sala encontrando o autor da frase alguns metros a sua frente. — George? O que está fazendo aqui? Já avisei milhares de vezes que esse lugar não é para brincadeiras. — Eu sei, eu sei, mas o assunto é sério. Katherine foi sequestrada. Elvis desejou estar morto ao ouvir a afirmação do irmão de sua amada. — Como assim sequestrada? Você a viu sendo levada? Onde ela estava? Fala logo, moleque! — esbravejou ele, tomado pelo desespero. — Eu estava voltando da escola e quando cheguei em casa nossa sala parecia ter sido invadida por um furacão. Chamei por Katherine e ela não respondeu. Tudo que encontrei foi esse bilhete colado na parede do banheiro. Estendendo-lhe a mão, o garoto mostrou o papel amassado que parecia ter sido escrito às pressas. Quando leu o conteúdo que ali estava, sentiu o ódio invadir seu corpo. As mãos apertavam duramente a folha rasgada e as veias de sua testa pulsavam fortemente. Tremeu por um instante e leu novamente as simples sentenças formadas e sentiu o baque do que estava acontecendo. "A srta. Hudson não se tornará senhora Presley se você continuar teimoso, rapaz. Sua lealdade pode custar caro. JW." Sentiu-se tonto e a bile subiu em sua garganta. Ignorou o que George falava, nervoso, e seguiu em direção de sua mesa aplicando um forte soco no móvel de madeira. — O que vamos fazer, Elvis? Eu não quero que a minha irmã morra. — Aquele desgraçado do John quer que eu desvie o carregamento de cocaína para abastecer a área dele. — E o que você vai fazer? — Mostrar porquê "Storm" não é meu nome do meio à toa. É melhor ele não vir sozinho. Se ele queria confusão, encontrou a pessoa certa. Horas depois, Elvis dirigiu seu mustang até o esconderijo da máfia junto de seus comparsas. Tendo deixado George em casa e garantido sua segurança, focou seus esforços em salvar sua amada das mãos daquele facínora. Saiu do carro determinado a acabar com a raça daquele que em dias muito longínquos fora seu amigo. Acompanhado de outros 8 homens, começou o perigoso caminho que se revelava a cada passo. Subiu as escadas do hospital abandonado onde se localizava o covil de John Wayne e foi recebido com uma saraivada de balas. Atento, viu seu primeiro comparsa atingido na perna. Então, sem demora, começou a atirar aleatoriamente para a direção de onde os tiros saíram. Entrou no imóvel descuidado e escutou os gritos de Katherine se esvaindo pelo espaço. Temeroso pela vida de seu amor, correu ainda mais rápido tentando evitar o pior. Assim que percebeu ter entrado na sala correta, empunhou sua arma e viu a cena que mais temia: John apontava uma pistola na cabeça de Katherine. — Veja, Kath, nosso convidado chegou. Diga a ele o quanto esperávamos ansiosos por sua vinda. A mulher, em prantos, mal conseguia formular uma frase. — Seu desgraçado, solte-a e resolva suas diferenças comigo. Mostre que você não é o covarde que aparenta ser! — Covarde? Você me parece bem mais covarde que eu. Precisou trazer seus capangas para se garantir... Que grande homem você é! — afirmou John, em tom sarcástico. — Você não vai matar nem a mim, muito menos a Katherine. Você sabe muito bem que se eu não fizer o que você quer todos os seus esforços terão sido em vão. — Ah, é? E o que eu quero? — O carregamento de cocaína que o meu chefe vai receber. Você é ambicioso o suficiente pra usar pessoas inocentes a fim de alcançar seus objetivos? — Ah, meu querido, você está terrivelmente enganado. Parece até ridículo que você, com tanta pompa, não tenha descoberto o meu real motivo para fazer tudo isso. — E o que você quer, hein? Não foi suficiente ter traído a lealdade do chefe se tornando aliado de um de seus piores inimigos? — Não foi. E nunca será. Eu sempre quis ter meu próprio reinado. E todo rei precisa de uma rainha. Tudo ficou claro como água. O objetivo de John nunca foi o carregamento ou a derrocada da antiga máfia de que fazia parte. John queria a única coisa que não poderia ter. O coração de Katherine. Movido pela raiva, Elvis puxou o gatilho e, usando de seu reflexo, John abaixou-se fazendo com que o tiro fosse em direção da janela e soltou uma sonora gargalhada. Apertando ainda mais o pescoço de Katherine, viu que sua vida chegaria ao fim, mas não antes de matar seus algozes. — Abaixe sua arma ou eu estouro os miolos dela! — Você não teria essa coragem. — Não me subestime, Elvis. No dia em que eu me arrepender dos meus atos já estarei no inferno. Elvis, resignado, colocou sua arma no chão olhando para os belos olhos azuis de Katherine. O semblante assustado da mulher dizia tudo. Nenhum dos três sairia com vida daquela enrascada. Sussurrou um "eu te amo" e voltou a encarar John, mantendo uma carranca. Viu que o homem a sua frente engatilhou a arma e antes que pudesse alcançar a pistola que estava no chão escutou um disparo e seu coração parou. Fechou os olhos e ao segurar o cano de sua arma e apontar para John percebeu que ele já tinha sido atingido na cabeça. — Ele arrumou confusão com a pessoa errada. — George? O que você está fazendo aqui? — Eu vim para defender Katherine. Eu não arranjo brigas, mas também não fujo de uma.
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Quem Somos?
Flávia Daniela, Flávia dos Santos, Gabriella Ferreira, Larissa Carvalho e Louise Wine são estudantes do segundo período de Jornalismo, na Universidade Tiradentes de Aracaju. O interesse pela cultura pop sempre esteve presente na vida dessas jovens de 18 anos. A partir disso, o blog foi criado.
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O que é?
“Root pop” tem como significado “raiz popular”, que é representada pelas manifestações culturais em que as pessoas se envolvem ativamente e as diferenciam dos povos de outras regiões do mundo. Este blog tem como objetivo principal abordar histórias fictícias sobre os artistas influenciadores da sociedade, aqueles que através de músicas, danças, interpretações e variadas apresentações artísticas mudaram a história dos apreciadores de seus trabalhos.
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