robnimous
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Desilusões, desabafos, critica social e humor (mas só as  vezes)
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robnimous · 4 years ago
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Desculpe o transtorno, preciso falar da Clarice
Conheci ela no jazz. Essa frase pode parecer romântica se você imaginar alguém tocando Cole Porter num subsolo esfumaçado de Nova York. Mas o jazz em questão era aquela aula de dança que todas as garotas faziam nos anos 1990 –onde ouvia-se tudo menos jazz. Ela fazia jazz. Minha irmã fazia jazz. Eu não fazia jazz mas ia buscar minha irmã no jazz. Ela estava lá. Dançando. Nunca vou me esquecer: a música era “You Oughta Know”, da Alanis. Quando as meninas se jogavam no chão, ela ficava no alto. Quando iam pra ponta dos pés, ela caía de joelhos. Quando se atiravam pro lado, trombavam com ela que se lançava pro lado oposto. Os olhos, sempre imensos e verdes, deixavam claro que ela não fazia ideia do que estava fazendo. Foi paixão à primeira vista. Só pra mim, acho. Passamos algumas madrugadas conversando no ICQ ao som de Blink 182 e Goo Goo Dolls. De lá, migramos pro MSN. Do MSN pro Orkut, do Orkut pro inbox, do inbox pro SMS. Começamos a namorar quando ela tinha 20 e eu 23, mas parecia que a vida começava ali. Vimos todas as séries. Algumas várias vezes. Fizemos todas as receitas existentes de risoto. Queimamos algumas panelas de comida porque a conversa tava boa. Escolhemos móveis sem pesquisar se eles passavam pela porta. Escrevemos juntos séries, peças de teatro, filmes. Fizemos uma dúzia de amigos novos e junto com eles o Porta dos Fundos. Fizemos mais de 50 curtas só nós dois —acabei de contar. Sofremos com os haters, rimos com os shippers. Viajamos o mundo dividindo o fone de ouvido. Das dez músicas que mais gosto, sete foi ela que me mostrou. As outras três foi ela que compôs. Aprendi o que era feminismo e também o que era cisgênero, gas lighting, heteronormatividade, mansplaining e outras palavras que o Word tá sublinhando de vermelho porque o Word não teve a sorte de ser casado com ela. Um dia, terminamos. E não foi fácil. Choramos mais que no final de “How I Met Your Mother”. Mais que no começo de “Up”. Até hoje, não tem um lugar que eu vá em que alguém não diga, em algum momento: cadê ela? Parece que, pra sempre, ela vai fazer falta. Se ao menos a gente tivesse tido um filho, eu penso. Levaria pra sempre ela comigo. Essa semana, pela primeira vez, vi o filme que a gente fez juntos —não por acaso uma história de amor. Achei que fosse chorar tudo de novo. E o que me deu foi uma felicidade muito profunda de ter vivido um grande amor na vida. E de ter esse amor documentado num filme —e em tantos vídeos, músicas e crônicas. Não falta nada.
Gregorio Duvivier
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robnimous · 4 years ago
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amor, ciência e o que acredito
Antes era romântico com muitas brigas, traição, desrespeito e mentiras. O amor funcionou muito bem assim por muito tempo, com invasão, o individual que se explodisse.Muitas mulheres morreram no meio do caminho, eu sei. Mas acredito porque antes do amor existir as pessoas passassem por outros sentimentos, paixão, tesão, raiva e enfim o amor...se funcionava eu não sei, acho que não 100%, mas com certeza a chama incendiava muito mais, não era uma simples brasa. Um fogo tão forte que muitas vezes alguma pessoa saia com queimadura de terceiro grau, ou um olho roxo, ou uma faca enfiada na testa...há casos. 
Em comparação o amor agora é diferente, mais limitado, cheio de regras, muitos politicamente corretos, sem criar expectativas, aceitar os erros, terapia, não agredir, sem queimaduras nem de primeiro grau, sem invasão, respeito ao espaço pessoal, melhor dar um vale presente não quero decepcionar, vá lá e compre o que você quiser porque a psicologia falou que os casamentos duram mais e as pesquisas apontam que uma separação acontece quando um invade o espaço do outros e vejam só esse artigo científico...
Não é porque uma coisa pode ser calculada que ela deve, o amor é uma dessas coisas...não é porque podemos prever variáveis e evitá-las que devemos. O amor de agora trouxe muitas coisas saudáveis e funcionais, mas que não servem só para o amor servem para o convívio em sociedade como por exemplo agressão física, liberdade de expressão ou terapia. No entanto, o relacionamento não abusivo também tirou muitas coisas boas como a invasão de espaço pessoal, a chama da briga, sim brigar é saudável, falar vai tomar no meio do teu cu para teu amor não é desrespeito, é intimidade, é um alívio porque depois dessa frase o que vem é um sexo explosivo com uma mistura de raiva, amor, paixão. E tudo fica bem.  
A ciência e ótima, e as pesquisas sobre ser humano são necessárias, mas não devemos esquecer do que é ser humano em sua essência. Cada dia mais chego a conclusão de que suicídio é um vazio que origina de dois lugares, ambas por não ter o que fazer...não ter o que fazer por já estar resolvido, ou não ter o que fazer porque não há solução. Amor pode ser mapeado, mas não controlado, desde que as duas ou mais pessoas concitam e tenham consciência do que é isso, deixa rolar...e quando der errado, e vai dar, aí a gente faz terapia,não invade o espaço, apaga o fogo temporariamente, e quando a ciência nos curar, vamos mais uma vez atrás desse vício chamado amor. Amor antes de ciência foi arte. 
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robnimous · 4 years ago
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“E se...”
Comecei a notar que meus reflexos me afastavam quando alguém me tocava, fosse na mão, braço, costas ou qualquer lugar. Percebi isso quando minha mãe foi fazer cafuné em mim e me afastei muito rápido...nesse momento ficou um clima estranho, mas eu não falei nada, nem ela, aqui em casa temos esse costume europeu de colocar os problemas pra baixo do tapete. Enfim, um dia como todo usuário assíduo de internet fui me consultar no google, entrei em um site de psicologia e lá estava dizendo o que muitas pessoas já me diziam, “vá procurar ajuda psicológica”, “você provavelmente foi tocado sem permissão e isso causou algum trauma” e informações que de fato fazem muito sentido, diferente das discussões do twitter.
Fui ao psicólogo, Victor se nome. Uma boa aparência, barba feita, gravata e camisa com botões, como manda o figurino. Percebi nele um olhar bondoso, de quem estava disposto ajudar. A primeira consulta como de costume foi eu falando sobre toda minha vida, sobre meus pais, sobre meus amigos, sobre minha escola, sobre essas coisas todas que resumem a vida de um adolescente mediano. Uma tortura para quem detesta falar sobre si próprio. No meio da conversa não aguentei e comecei a falar sobre esse problema em específico.
— E sempre que alguém encosta em mim eu recuo, vi na internet e várias coisas me identifiquei sabe, só que é difícil falar sobre isso porque parece uma bobagem.
— Não se preocupe, aqui você pode falar o que quiser porque está só eu e você e eu não vou te julgar de maneira alguma.
— É que...várias vezes eu fiz aquilo sabe...muitas eu estava bêbado ou chapado, mas não é como se eu estivesse com vontade, eu fiz só para não ser desagradável com as pessoas. Sim! As pessoas. Teve até uma vez que um amigo que eu nunca imaginei que fosse fazer isso, tentou...eu fingi que estava dormindo, só que começa a passar muitas coisas pela cabeça quando se finge que está dormindo por cinco horas.
— ...
Ele ficou me olhando, em uma espécie de análise. Uma lente dos óculos dele é mais grossa que a outra. Eu não queria ser vítima ou coitado. Eu não sou. Essas coisas só aconteceram, eu não posso culpa-los por isso. Ninguém tem culpa além de mim que poderia apenas ter tipo não. Só que quando somos adolescentes pensamos muito, “e se esse não virar um clima constrangedor para nós dois?”, “e se ele não quiser mais ser meu amigo depois isso?” e enfim acabamos fazendo escolhas que podem nos deixar com problemas em relação com seres humanos. Não é câncer nem HIV, nem suicídio, mas também é algo que não se fala muito. E quando se fala, não é levado em consideração esses aspectos de indecisão. Sim é sim. Já o não pode vir de outras milhares de formas, às vezes é não sei, depois, mais tarde, vamos conversar, estou cansado ou até mesmo o silêncio. Não, quem cala não consente. 
Depois de alguns segundos me olhando ele falou algo que não vou esquecer tão cedo.
— Certo! A próxima consulta você pode agendar coma recepcionista. Vamos falar mais sobre isso.
Acho que consigo aguentar uma semana a mais, espero que ninguém encoste em mim. Também espero que algum dia eu deixe alguém encostar em mim. Talvez eu espere coisas de mais. Hora de parar de esperar...Finalmente achei alguém para conversar sobre minhas bobagens.
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robnimous · 4 years ago
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Roma
Roma não foi construída em um dia, mas foi destruída em 24 horas.Roma era um local com construções que só poderiam ser usadas por quem falasse latim, mesmo que construídas por escravos. O motivo de sua ascensão também foi o de sua decadência. Poderíamos aqui dizer um contexto histórico sobre Nero, mas não sabemos a verdade, o que se sabe é que o Império Romano queimou em fogo, mas antes disso colocou fogo em muitos outros lugares e escravizou muitos outros povos. Até que o seu morreu. 
Esse é o problema do material, quando ele queima já eras, não tem mais volta. Diferente das pessoas, bicho complexo, mas nem tanto. Fogo nos racistas, fogo nos fascistas, fogo e mais fogo...o plano é matar as pessoas? Ou as queimar só até deixarem de ser preconceituosas? Assim como Roma? O que nós somos quando falamos essas coisas? Somos Nero? Matamos nossas mães? 
A boa notícia é que as pessoas não são construções. Fogo não apaga ideologias, e pessoas são feitas delas. Ideologia pode ser aqui os valores, os preceitos, as formas, as maneiras. Isso tudo não queima. Não dá para queimar racistas...o que estamos fazendo com esse discurso mequetrefe? Quem somos  nós para se meter na vida dos outros? Ao mesmo tempo quem são os outros para se meter em nossas vida? 
Essa disputa ideológica, sugestões que não foram pedidas, ordens que são dadas ao vento, discussões em que ninguém escuta. Isso não serve pra nada. Isso é latido, rugido, miado, barulho de animal. Milhões de ano para desenvolver uma comunicação plural e modal para retornarmos aos gritos de fome, medo e fralda cheia? Podemos até não acreditar em ideologia, mas estaríamos negando também a existência de qualquer tipo de preconceito. Somos animais ideológicos. 
Roma não foi construída em um dia, mas precisou de trabalho braçal, organização e vontade para ser construída. A diferença, e outra boa notícia, é que ideologicamente não existe escravos para fazer esse serviço, nós somos nosso próprios escravos e é um trabalho diário acreditar no que acreditamos. Um “bom dia senhor racista” pode não ser a melhor solução, mas é melhor que AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA. 
Ou tenhamos um Estado eficiente com leis; ou tenha uma arma de fogo e dentes afiados. Gosto da primeira ideia, mas evito cáries.
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robnimous · 4 years ago
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Algumas vezes as pessoas estão morrendo por dentro, e a gente, não percebe que no meio as risadas existem pedidos de socorro.
Amigos também traem   (via crimepoetico)
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robnimous · 4 years ago
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um dos quase zero amigos que terei um dia
O meu amigo falou que quer só quer ser feliz. Para realizar esse desejo, ele faz algumas coisas, dentre elas correr atrás do ex-namorado que está namorando outro, continua sendo amigo das pessoas por popularidade e não por gostar delas de verdade e, a melhor de todas na minha opinião, não faz nada de novo. Fica sempre repetindo esse movimento como um hamster naquelas rodinhas. A única diferença é ao contrário dos gifs ou de como a gente imagina, o  ratinho não vai sair cansar e voar em direção a parede estourando os miolos. Ou seja, dá para viver assim por muito tempo, diria que pelo resto da vida. 
No entanto, isso tá bem distante da felicidade. Não só da felicidade, mas também do respeito, dedicação e qualquer uma dessas coisas que as pessoas normais sempre procuram. E tu até agora não se mostrou ser diferente em algum aspecto. De qualquer jeito, meu amigo reclama muito, que tá cansado dessa vidinha medíocre, que não quer fazer nada da vida, que é tudo muito difícil. Se tá difícil pra ele, imagina para quem não tem metade das regalias que deram a ele. O fato é que nem de homofobia ele pode reclamar porque não sofre, mas mesmo assim reclama. Reclama de tudo. Nenhuma reclamação com fundamento, mas reclama. Reclama que tá gordo. Reclama que o menino que gosta muito dele quer comer o cu dele. Reclama que o pai dele não pintou o quarto dele direito.
Um dia ele vai cansar de andar nessa rodinhas será? Ele já emagreceu. Não por parar de comer, acredito eu. Deve ter emagrecido de tanto reclamar. Não faz nada de novo. Desde que o conheci é assim, sofrência e tristeza, coitadinho dele, é infeliz. Tem tudo de mão beijada...talvez seja essa a decadência do adolescente, ter tudo de mão beijada. A minha pelo menos é. Mas não faço disso a pior coisa do mundo porque não é. Faço coisas novas, pelo menos assim consigo ter boas risadas e boas vergonhas para fazer barulho. Enfim, que um dia meu amigo possa saber disso, mas com certeza não da minha boca, nem dos meus dedos. Tenho medo que ele se mate e me culpem por isso. 
Só para finalizar, meu querido amigo que eu amo tanto, mas não o suficiente para te falar a verdade. Ou tu escolher viver uma vida mediocre e infeliz, e para isso é só continuar fazendo o que tu já faz. Ou tu vai lá e faz uma coisa nova, pode ser qualquer coisa significante, sei lá posta uma foto da bunda no instagram e vê o que acontece. Mas seja lá o que tu for fazer, só não me fala mais isso: 
eu perguntei pra ele se eu dar o cu ele para de me encher o saco
e ele disse que se gostar vai querer de novo
eu juro que vai ser o pior sexo da vida dele
nem a chuca eu vou fazer
e ainda vou pedir pra ele comprar um xis bem grande com batata frita lotada de cheddar
...   
Por uma questão de respeito, tanto por mim, quanto por ti e até mesmo com o outro rapaz. Não é engraçado, muito menos uma história boa pra contar nas rodas de amigos. É triste. É o tipo de coisa que a gente só ri por educação sabe. Eu não vou mais ser educado contigo. 
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robnimous · 4 years ago
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quem é tu? (2020)
Prazer meu nome é R.S. e uma das graças é que moro no RS. De qualquer forma, o universo faz várias piadas comigo, muitas de mal gosto. Mas não que eu seja especial ou algo assim...nada disso. Eu so tenho uma visão holística das coisas, e isso me faz perceber cada piadinha...do número 39 uma vez por dia todos os dias desde que consigo me lembrar até os sinais quase esfregando suas partes intimas na minha cara quando solicitados. A questão é que eu sou uma das pessoas que presta atenção no todo, nos detalhes e nas variáveis. Isso me deixa um pouco chato...antes eu achava que tinha algo a ver com eu ter sido mimado quando criança, mas com o passar do tempo eu percebi que vai um pouco além, é algo na psique eu acho. Tenho medo de investigar.
E ai tem isso, mas isso não é de todo mal. Justamente por causa disso tudo, eu sou uma pessoa até certo ponto legal...na superfície. Se está esperando por uma companhia com via de mão dupla. Veio ao lugar errado porque enquanto tu estiver falando sobre teus piores traumas e inseguranças eu vou estar falando que tenho um gato em guarda compartilhada com a vizinha. Todavia isso é tranquilo porque tu nem vai perceber, pois vai estar ocupado falando de ti próprio como 99,9% das pessoas fazem. E não se preocupa, eu sei que quando tu perguntar um “e tu?” vai ser por pura educação. 
Voltando a mim, tem essa complexidade, eu preciso saber constantemente que estou sendo querido. Provavelmente se eu falar que estou com sono é porque quero ouvir tu pedindo pra eu ficar mais um pouco. Nesse quesito, eu não sou muito recíproco...eu quero que adivinhe o que estou pensando, mas sem precisar adivinhar o que tu está pensando. Egoísta, eu sei. Mas eu tenho esse passaporte para ser, pois eu sou incrível. Um bom amigo. Um bom colega. Um bom filho. Sou bom em todas relações que não precise falar de mim. Deve ser por isso que sou um péssimo namorado. Um péssimo paciente. Questões. 
Ah, não respondo à interesse material. Com isso quero dizer que, se a gente só se falar quando tu precisar de mim. No momento em que tu mais precisar, eu vou me fazer de louco. Não chamo de vingança, mas de karma...igual com minha prima que só me chama para pedir montagens. Não faço. Digo que vou fazer e não faço. 
Mas eu to tentando. Acho que só preciso reencontrar alguém que não seja um péssimo paciente. De 24 anos. Sagitariano e que tenha um grau forte em um olho e um fraco no outro. 
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robnimous · 4 years ago
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Esta noite e sonhei de novo com um único menino-homem que eu tive um relacionamento decente. Nem queria acordar, por mim aquele momento poderia ficar repetindo eternamente em um looping saudoso. Mas não é assim que funciona né...as coisas estão acontecendo e eu não posso ficar para trás. 
Não vejo a hora de virar professor porque sei que vão gostar de mim. Eu tenho  que dizer...não sobre o currículo escolar, mas sobre o que fazer com a língua em todos os sentidos que os alunos queiram saber. Eu sei que não vai dar pra mudar todas as escolas do Brasil...mas se eu conseguir fazer isso dentro de uma sala de aula minha vida já vai ter valido a pena. 
Ultimamente tenho achado que minha vida não vale a pena...fico achando que estou a passeio por aqui, mas isso não me conforta...a liberdade é uma merda porque é um processo de sofrência constante e eu não sei lidar muito bem com isso tudo. Eu não queria ser livro, eu não queria saber que a única maneira de não fazer a diferença é se eu estiver morto. Eu não queria saber que a cada conversa que eu tenho as pessoas não saem iguais -e nem eu-. Liberdade é muito ruim quando se é livre sozinho...
Talvez por isso eu queria ensinar em escola...desde cedo mostrar a liberdade para meus experimentos de ser humano. Talvez se mais pessoas sofressem assim, não fosse tão sofrido. Até penso em lutar muito e chegar a um cargo de alto escalão social...mas venho pensando que essas são as pessoas que menos fazem a diferença...na verdade até poderiam fazer, mas ainda assim se fizerem significa que a liberdade sofrida e responsável não chegou lá. 
Ser livre é saber escolher, saber porquê escolher e saber como escolher...eu não escolhi viver numa sociedade que prefere dinheiro do que uma vida, mas eu tô nela, Se eu pudesse escolher eu escolheria outra coisa, que não pode ser respondida em uma frase ou em um parágrafo. 
Com um porquê e com um como. Não seria da noite pro dia, seria sofrido de início e exigiria algumas autoridades...a liberdade sofrida também é reconhecer que precisamos de lideres...mas novamente, é sobre saber como e porquê escolher...isso claro é minha utopia de unidade ideológica, o que é engraçado porque enquanto existir pessoas não vai existir essa unidade e aí que tá a graça. 
O Victor me rende boas reflexões.
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robnimous · 5 years ago
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Beauuuutiful puzzle gifted by a friend, inspired by the Russian fairy-tales
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Have never seen such shapes before, and there are even sub-motives hidden in them, so that the other side looks like a story in itself. Just delightful.
Puzzle by Davici, art by Oksana Zaika
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robnimous · 5 years ago
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Vendo um vídeo sobre “não ter amigos” eu entendi algumas coisas sobre esse robson severo de 10/07/2020.
Não suporto mais os assuntos ingênuos. Assuntos como “ah mas tu viu que a Fernanda engravidou com quatorze anos e largou a escola agora fica dependendo do bolsa família” essa frase saiu há um tempo atrás e na época eu tive uma reação que hoje não teria. Hoje eu já sei todas as merdas que acontecem com as meninas de quatorze na situação que ela está e reviraria os olhos se me falassem essa frase hoje.
 Isso tudo me faz pensar, porque as pessoas não podem ver o mundo assim como eu tô vendo? Sem precisar fazer fofoquinha e picuinha que não acrescenta em nada...não sei a resposta, tô em busca disso. Mas algo me vela a acreditar que é porque a gente ensina as crianças assim e depois que cresce é difícil cortar pela raiz. 
Daí tem isso, e eu não quero mais amigos assim, por outro lado as pessoas como eu são tão chatas e melancólicas e aborrecidas e feias e despreocupadas com a beleza delas...não que eu não seja, até porque tô aqui com minhas duas toneladas de corpo nessa quarentena filha da puta. Enfim, há um grupo que não me faça querer matar as pessoas rasas e também não me faça querer cometer suicídio por serem tão desanimadas? Eu também devo ser chato melancólico e reclamão...mas como não ser? Vou descobrir.
Sinto falta disso. Eu não sei se é falta...não sei como posso sentir falta de algo que nunca nem cheguei a ter. Será que eu sou o responsável por criar esse grupo de pessoas que transitam entre as coisas rasas e as coisas profundas? Eu não quero essa responsabilidade, eu não quero nenhuma responsabilidade. Querer não é poder. Precisar não é querer. Eu preciso. 
Enquanto isso, sigo sem amigos...ao menos nenhum que eu possa contar de verdade. Já sei o quão ingrato estou sendo com os dois ou três que fariam muita coisa por mim. 
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robnimous · 5 years ago
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um aplicativo, dez meses, quatro encontros e mesmo assim Bauman não nos contemplou com essa modernidade líquida. de um jeito estranho funciona, de um jeito até meio incestuoso...ao mesmo tempo que é um irmão, também é um diário e um boneco sexual. nada tradicional.
o primeiro encontro teve trufa doce, café amargo, sanduíches secos, beijos molhados. no segundo jogos de carta, sol, muito sol, também teve dança de kpop e dessa vez pipoca e água, sem graça, como as coisas deveriam terminar. no terceiro teve mãos dadas...durou cinco segundos, os cinco segundos mais vergonhosos do mundo. o quarto simbolicamente foi no quarto, dessa vez o sanduíche era quente, prensado, amassado, ardeu a língua, e ao invés do café teve catuaba a língua queimada e roxa...assim como o pescoço, o braço, a barriga. dia vinte agora é o quinto ultimo primeiro nunca sei
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robnimous · 5 years ago
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ISO, diafragma, regulagem de lente e cerveja
setembro 2 2019
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robnimous · 6 years ago
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robnimous · 6 years ago
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Solidão?
Tipo eu sou sozinho ok, mas a questão é que todo mundo é sozinho né?! A gente literalmente nasce sozinho, até quem é gêmeo nasce sozinho porque não nasce os dois de uma vez só. 
Então ta, nascemos sozinhos então por que a maioria (inclusive eu) tem a necessidade de sempre querer alguém por perto, seja pra namorar ou amizade ou até mesmo pra aumentar o nosso ego sei lá. Não deveria ser diferente, ao invés de precisarmos de alguém pra ser feliz, sermos feliz sozinhos antes de precisar de alguém? E só então compartilhar a nossa felicidade com a pessoa escolhida/ destinada ou qualquer que seja a vossa crença. Que? Não está entendendo nada? Nem eu. To só desabafando meus pensamentos inconcluídos.
Levei um pé na bunda esses dias por causa depressão do menino, ele falou que eu não ia conseguir aguentar ele nesse momento difícil que ele está passando, e eu nem tive escolhe a não ser deixar ele. Mas será que ele não é feliz sozinho e ele precisa achar a felicidade sozinho pra só depois ser feliz com alguém? Será que eu sou feliz sozinho? NÃO SEI. Só sei que queria estar com ele nesse exato momento, transbordando risadas, mas e se essas risadas fossem só minhas porque ele não consegue se sentir feliz ao meu lado?
Ele foi sincero, ele jogou limpo. Ele deu o melhor dele e eu compreendo isso, eu até aceito isso mesmo estando triste agora. Eu só preciso ser feliz sozinho antes de ser feliz com alguém e agora 24 de agosto de 2018 eu queria que fosse ele. :/
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robnimous · 7 years ago
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robnimous · 7 years ago
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conhecimento
     Não falo de conhecimento geral, sobre história, geografia, matemática ou filosofia. Eu tô falando do conhecimento mais importante, o conhecimento que temos de nós mesmos.
     Não sei nem qual é a minha cor preferida direito, quem dirá  eu, com meus recém formados 17 anos, escolher o que quero me profissionalizar. É muita pressão colocada em cima de mim e creio que de muitas outras pessoas também.
     “Qual curso tu vai fazer?” “Não sei talvez psicologia ou letras.” e não sei mesmo, às vezes não sei nem qual o dia da semana que estou, imagina então saber o que eu vou estudar por 4 fucking anos, isso no minímo. Teste vocacional, ja fiz, o resultado foi biologia, logo eu que não sei a diferença de mitose e meiose. É muita pressão.
    Dependente dessa pressão, vem primeiro a repressão (interna) e possivelmente uma depressão por achar que não vou conseguir, mas conseguir o que? E se não for o que eu quero de verdade? Como eu vou saber? Eu nem sei se quero fazer faculdade, mas tem que fazer, diz minha mãe. E assim empurro com a barriga, seguindo a maré, o cursinho preparatório, que aliás eu amo.
   O conhecimento é muito importante, é sim. É maravilhoso entender o porquê do Brasil ter 100% da população com gene afrodescendente no DNA, é maravilhoso conseguir calcular com o auxílio da lógica e é também maravilhoso entender a evolução e como tudo aconteceu. Porém mais maravilhoso ainda seria ter conciência pelo menos da minha cor preferida.
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robnimous · 8 years ago
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Até onde eu sabia o amor era um sentimento bom, mas descobri que só é bom quando reciproco.
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