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refllexao6 · 6 years
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Intergeracionalidade
A temática desta aula foi diferente de todas as outras. Durante a sexta aula desta disciplina falámos sobre o idadismo e sobre a intergeracionalidade. O idadismo é a descriminação e atitude preconceituosa com base na idade. Por seu lado, a intergeracionalidade é o conjunto de relações entre várias gerações de idade.
Para a realização desta aula, a professora Carolina Carvalho pediu-nos para levar uma fotografia, tirada por nós, ou pesquisada na internet, que fosse relacionada com idosos. O objetivo da atividade proposta pela professora era que cada aluno se expressasse, expressasse os seus sentimentos e os seus pensamentos ao ver a fotografia. Com isto, durante a atividade tínhamos que explicar a razão de termos escolhido aquela foto perante a turma e os professores.
A professora, primeiramente, explicou-nos o que era o idadismo dizendo que eram representações etárias diferentes das nossas que poderiam levar à descriminação. De seguida, pediu que, um de cada vez, se voluntariasse a ir mostrar a fotografia escolhida à turma. Para mostrarmos as fotografias, eu e os meus colegas utilizámos o computador do docente e o projetor. Houve colegas meus que trouxeram imagens suas, outros que trouxeram imagens retiradas do Google.
Todos nós, alunos, trouxemos fotos de idosos felizes, idosos que são capazes de celebrar o prazer da vida. Os meus colegas mostraram à turma as seguintes fotos de idosos; um idoso a mexer num smartphone, em convívio com a família, idosos na faculdade da terceira idade, idosos a fazer atividades ao ar livre, uma idosa a sorrir, um idoso oriundo de uma cultura diferente da nossa, idosos numa igreja onde praticam a sua religião, entre outros.
No meu caso, eu levei uma imagem do meu avô. O meu avô paterno, o meu avô Zé. Vou postar a fotografia que mostrei aos professores e aos meus colegas. Escolhi aquela fotografia e escolhi uma fotografia do meu avô Zé porque sabia que quando lhe pedisse autorização para utilizar a fotografia dele num trabalho ele iria adorar e iria ficar “todo babado”. Na fotografia o meu avô está todo contente, foi no dia que fez 86 anos, dia 26 de Janeiro de 2018, ao pé do bolo de aniversário que lhe fizemos e com uma garrafa de champanhe na mão. Tal como a professora mencionou, notava-se que o meu avô estava feliz, por estar reunido com a família e que até ainda conhecia os prazeres da vida, comer e beber!
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A fotografia que partilhei com a turma
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refllexao6 · 6 years
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Conclusão 6ª Reflexão - O meu avô...
Sempre me achei uma pessoa muito sortuda por ter tido a sorte de crescer com todos os meus avós, os avós maternos e os avós paternos. Muitos dos meus amigos não tiveram esse prazer que eu tive, daí me achar felizarda por essa dádiva.
Os meus avós sempre me acompanharam durante todo o meu percurso de vida, durante as minhas derrotas, as minhas fraquezas, os momentos que me fizeram ser uma pessoa feliz, os meus momentos de felicidade. Sei que os meus avós sempre se sentiram orgulhosos de mim e sempre me tentaram ajudar em tudo.
Adiei muito a conclusão desta 6ª reflexão. Não queria falar sobre a fotografia que tinha levado para falar à turma porque senti que iria ter que falar sobre tudo o que me ocorre no pensamento, sobre todas as coisas que estão na minha cabeça. No dia 21 de abril, o meu avô paterno faleceu. E posso considerar que foi o momento mais frágil da minha curta vida e um momento de grande dor para toda a minha família. O meu avô Zé era um homem cheio de vida, com muita vontade de viver e com muito gosto em estar cá, neste mundo, como ele dizia. Era muito presente na minha vida, como todos os meus outros avós. A morte dele foi uma situação muito repentina e que nos abalou a todos. Passado praticamente dois meses, continuo com dificuldades em acreditar naquilo que aconteceu e nem quero crer que nunca mais poderei ver o meu avô, nunca mais poderei ouvi-lo falar sobre as imensas histórias que ele me contava de quando era pequenino, de quando esteve no Ultramar, de quando combateu na guerra colonial, dos cursos que fez e que lhe permitiram subir de posto e ter direito a mais patentes, das histórias de quando eu era pequenina… Das traquinices que eu fazia, que eu dizia… Nunca mais irei ouvi-lo fazer uma rima só para mim, um poema quando faço anos, ou mesmo a cantar-me a sua própria canção de parabéns antes de cantarmos os parabéns a alguém da família! Ou fora da família… Sim, porque o meu avô metia-se com toda a gente! Em viagens de autocarro, nos restaurantes, em passeios. Quando chegava a algum lado tinha a preocupação de ir saber se havia microfones. Passado um bocado lá estava ele a explicar que era alentejano e a cantar canções do Alentejo, ao microfone, e toda a gente a olhar para nós! Apesar de ser um pouco embaraçoso era um momento muito engraçado! Tivemos que aprender a viver com isso!
Quando era pequenina os meus avós paternos ficavam a tomar conta de mim enquanto os meus pais trabalhavam. Uma história que o meu avô sempre me contava era que quando ia levar-me à estação de Entrecampos, ele a pé e eu encostada ao seu peito, num marsúpio, e passávamos por um edifício onde as janelas tinham o efeito de um espelho, eu queria sempre parar lá para ficar a olhar para o espelho e ver a minha própria imagem. É verdade, ainda hoje todas as pessoas dizem que eu sou louca por espelhos, nos dias de hoje não consigo passar por um espelho sem tirar uma foto! Sem fazer uma pose!
Para além das histórias que o meu avô e a minha avó me contavam eu tenho memórias muito explícitas. Lembro-me bem que o meu avô me levava a andar de bicicleta e que tinha toda a paciência do mundo para as netas quando eu e a minha irmã queríamos ficar só mais um bocadinho a brincar. Levava-me a apanhar pinhas para no inverno poder pôr na lareira. Levava-me a passear ao jardim da Gulbenkian para ver os patinhos, não fosse ele o patriarca Pato da família! Contava-me histórias à hora da sesta, até eu adormecer, contava-me muitas histórias, muitas anedotas, fazia rimas, poemas, cantava! O meu avô era uma pessoa tão feliz… e dizia que sabia bem que o seu tempo estava a acabar, mas que gostava muito de cá estar!  
Nos últimos anos, eu e a minha irmã íamos muitas vezes almoçar com ele quando saíamos da faculdade. Como ele não tinha muito jeito para cozinhar, ia comprar a comida feita ao restaurante que ficava lá na rua. Até ia connosco ao Celeiro e almoçava comida macrobiótica! Quem é que tem um avô assim? São tantas as recordações que tenho do meu avô… Quanto mais conto uma história, de mais histórias me lembro, mais histórias tenho vontade de contar, mais vontade tenho de me lembrar dele, de reviver os momentos passados. Sinto que tudo o que vivi com o meu avô foi uma aprendizagem constante, tanto pelas histórias de vida dele, como pelas boas aprendizagens que ele me transmitia dia após dia.
Era sempre uma alegria estar ao pé do meu avô, ele era uma pessoa tão feliz... Durante os aniversários de família, ele estava sempre muito contente por ver a família toda reunida, e cantava, cantarolava, dizia poemas ao aniversariante, e, antes de cantarmos os parabéns voltava a cantar a sua música de parabéns, uma música que só ele cantava, nunca tinha ouvido ninguém antes cantá-la… A música, que era mais um poema e um dos tantos versos que o meu avô fazia era a preparação para a canção de “Parabéns” que todos conhecemos: “Hoje é o dia dos teus anos, mas que prenda te hei de dar? Dou-te a que tenho escondida na canção que vou cantar!” Nos últimos anos, a minha família já começava a cantar a música quando o meu avô não tomava a iniciativa. Esta música vai ser uma tradição que vai permanecer na minha família! Vou ter o cuidado de a passar para a minha próxima geração. Faço questão que este poema continue a ser declamado. E será! Em homenagem ao meu avô.
O meu avô sempre teve uma grande adoração por mim e pela minha irmã, pelas netas dele. Quando estávamos a fazer a sesta em casa dos meus avós, o meu avô ia muitas vezes espreitar-nos, queria ver se já tínhamos acordado para poder brincar connosco! A verdade é que, em bebés, muitas vezes, ele acabava por nos acordar e depois dizia à minha mãe que nós é que tínhamos acordado sozinhas! Ela ficava bem furiosa!
Uma situação que me deixa muito triste é o facto de o meu avô não poder estar cá para ver as próximas etapas que vão fazer parte da minha vida. Não vai poder conhecer os bisnetos, os meus futuros filhos, uma coisa que eu sempre quis que acontecesse. Sei que o meu avô vai estar sempre a dar-me força para eu continuar a seguir o meu caminho e a enfrentar cada nova etapa que irá, futuramente, acontecer. Nunca esquecerei as aprendizagens que ele me proporcionou. Ficaram muitas coisas por dizer, um último abraço para lhe dar… Espero que o meu avô nunca se esqueça de mim, a sua adorada neta mais reguila e traquina e se orgulhe sempre de cada passo que eu dê.
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refllexao6 · 6 years
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                                                  Até sempre, avô :(
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