"Escrever é uma maneira de falar sem ser interrompido. - Jules Renard".
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Sobre A História Sem Fim de Michael Ende
A história sem fim foi, sem dúvida alguma, uma das histórias mais emocionantes que já tive o prazer de ler. Não foi difícil me conectar com Bastian, com seus medos, seus receios e com tudo pelo que ele passava, por muito tempo também fui um garoto, até certo ponto, atrapalhado e deixado de lado pelo resto da classe, morrendo de medo de me enturmar, dos valentões da escola, me achando esquisito por escrever histórias e por gostar da leitura, coisas que os outros não davam à mínima e que me tornavam, pelo menos em minha mente, um menino estranho.
Hoje devo dizer que tudo pelo que passei me tornou mais forte, por um longo período posso não ter tido amigos reais, mas graças a isso encontrei um refúgio seguro na literatura. E foi através dela que formei minha opinião e meu caráter.
Em a história sem fim Bastian Baltasar Bux acaba entrando no livro e vive a maior aventura de sua vida em uma terra encantada chamada de Fantasia, lá ele põe a prova seus medos e descobre que é corajoso e que pode fazer a diferença e acima de tudo que contar histórias é uma coisa sublime e rara que somente alguns podem fazer com maestria. “ – Zombavam de voc�� porque contava histórias que ninguém tinha ouvido? Como isso é possível? Nenhum de nós é capaz de o fazer, e tanto eu como os meus concidadãos ficaríamos muito gratos se você nos quisesse presentear com algumas histórias novas”. (página 236) Assim como ele, também mergulhei em grandes histórias e com ajuda dos meus novos amigos, viajei e me aventurei por mundos inimagináveis. Hoje posso dizer que a leitura me salvou, não apenas no sentido figurado, mas também no sentido literal. Pois ela impediu que eu me tornasse um ser apático ao que acontece ao meu redor, me impediu de ir por caminhos que eu não deveria seguir, me ensinou o que é certo e o que é errado, mostrou que as pessoas não são perfeitas e que para acertar é preciso errar uma, duas, mil vezes. Porém o bem mais valioso que a leitura me trouxe foram os meu verdadeiros amigos e ainda mais, uma ligação muito mais pro-funda com minha família. Acredito profundamente que tudo isso descreva de certa forma, um dos muitos possíveis significados da história de Michael Ende, ou melhor dizendo, de Bastian Baltasar Bux. E que assim como em Fantasia a história não tem fim o mesmo ocorre conosco, nossa história também não tem fim, basta apenas que saibamos a melhor forma de imortalizá-la nas páginas da nossa vida. Abraço a todos e boa leitura, Raul G. M. Silva.
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Olá pessoas, hoje passando aqui para divulgar o Blog/Livro (como ela mesma chama) de uma amiga minha, ele é mórbida e metaforicamente intitulado de Alice no País das Rosas Negras, com nada haver com aquela outra Alice, mas se vocês quiserem saber o porque do nome ou quem é Alice, cuidem em ler o Blog/Livro da Bel Correia.
Olá leitor, antes de mais nada gostaria de deixar claro que apesar do nome e apesar dessa Alice gostar daquela Alice de Lewis Carroll, esta história/blog pouco terá em comum com o País das Maravilhas. Quem sabe até um ou outro ponto leve você a pensar que elas estejam no mesmo mundo, ou num mundo...
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Resenha: O Chamado do Cuco – Robert Galbraith (J. K. Rowling)
Ler O Chamado do Cuco foi uma experiência impactante e complexa ao mesmo tempo, na minha opinião. O livro é um tanto parado, sem a ação que geralmente busco nos livros que leio. A cena da queda de Lula Landry é de fato uma das mais chocantes e agitadas. Mas isso é completamente compensado pelo mistério, a investigação, o suspense e, evidentemente, a sensação de imersão que sentimos, é como se realmente estivéssemos em Londres, a descrição da cidade e dos lugares é tamanha que quase como assistir a um filme.
A história depois da morte da modelo dá uma tremenda parada, contudo os acontecimentos que se seguem fazem com que o leitor fique extremamente curioso com o desenrolar da história. Uma história que, diga-se de passagem, foi muito bem elaborada e enredada. Pois não se detém apenas nos fatos obscuros que cercam a morte de Landry, mas também foca em suas personagens de uma forma bastante peculiar, pois no fim até mesmo alguns dos problemas pessoais do inteligente e astuto Cormoran Strike o ajudam a solucionar um caso, que todas as evidencias apontavam ser insolúvel.
Afinal, a personagem “Strike” nada seria sem seus próprios problemas do passado: Uma infância difícil ao lado da irmã mais nova, com uma mãe viciada e um pai ausente. Sem falar é claro de Charlotte a mulher que atormenta o seu inconsciente e pela qual ele é perdidamente apaixonado e, é claro, a guerra do Afeganistão que levou-lhe uma perna deixando-o manco, com uma prótese e sem emprego. Entretanto tudo isso acaba contribuindo para que ele seja uma personagem completa e muito atrativa ao leitor.
Além de Strike temos sua esperta assistente Robin, em minha opinião uma versão mais jovem da própria J. K. Rowling dentro da história, tal qual Hermione era de certo modo uma versão da escritora na época da escola. Robin consegue cativar o leitor logo na sua primeira aparição embora ainda o faça se questionar quanto a sua real importância dentro da história. Questionamentos esses que logo são sanados quando ela demonstra ser uma peça chave para que Strike solucione o caso.
Em contra partida ainda temos Lula Landry, que da mesma forma que Barry Fairbrother, em Morte Súbita, é uma personagem ausente, morta, porém bastante viva ao longo da história, algo que não costumamos ver em outros livros do gênero que, em alguns casos além de não focarem nas personagens principais, se preocupam mais em solucionar casos frios e vazios. No Chamado do Cuco Landry, apesar de morta, é o centro das atenções (claro afinal o caso gira em torno dela), o que quero dizer é que ela não é tratada apenas como a vítima, mas também como uma pessoa, alguém que era importante de fato. Conseguimos mergulhar na mente da modelo de tal forma que somos, em alguns momentos cativados por ela e em outros temos certas dúvidas quanto a sua conduta.
Em meio a tudo isso ainda temos o imão de Lula, Bristow. Alguém acima de qualquer suspeita que busca justiça pela morte da irmã e que não acredita de forma alguma que ela tenha se matado. Um filho amoroso e dedicado que cuida da mãe com câncer em estágio terminal e sofre bastante pressão do tio Tony que o tem como louco e que irá tentar de todas as formas impedir a investigação de Strike e Robin.
Para aqueles que já leram posso dizer que o final é surpreendente e acredito que irão concordar comigo que um filme passa pela nossa cabeça quando Cormoran desvenda este caso e que Galbraith (J. K. Rowling) não fica atrás dos grandes Sir Arthur Conan Doyle e Agatha Christie. Para os que ainda não leram fica a dica: Nem tudo é o que parece ser! Para encerrar só posso dizer que mais uma vez Rowling/Galbraith conseguiu me surpreender.
Até a próxima, Raul G. M. Silva.
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Galera esse é o meu livro A Lenda dos Cinco Povos - A Terra de Almar. Será o primeiro de três e já está disponível no Clube de Autores, cliquem no link A LENDA DOS CINCO POVOS no topo da página e saiba mais!
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Sobre Morte Súbita de J. K. Rownling
Hoje relembro um dos melhores e mais surpreendentes livros que li ano passado.
É fato consumado que J. K. Rowling é uma das maiores escritoras de nossa época, que ela tem o dom de nos surpreender com o impensável e que suas histórias possuem personagens incrivelmente peculiares e cativantes.
Harry Potter e a Pedra Filosofal foi o primeiro livro que li, verdadeiramente, de fato. Quero dizer, foi o primeiro que li do início ao fim, e já aos onze anos eu sabia que minha vida jamais seria a mesma. J. K. Rowling foi a primeira autora que conseguiu me conquistar verdadeiramente como leitor e depois de ler seus livros nunca mais parei de ler, isso é fato.
Porém após o fim da série Harry Potter achei que levaria um bom tempo para que ela me surpreendesse novamente, principalmente depois que soube que Rowling estava escrevendo o que ela descreveu na época como um “conto de fadas político”. A mídia, então, começou a especular e a autora confessou que estava escrevendo um romance para adultos.
Lembro que meu primeiro pensamento foi: “Não sei não!”. Contudo era a J. K. e eu sabia que o leria mesmo assim. Então, recentemente terminei de ler o famoso Morte Súbita – The Casual Vacance, em inglês – e francamente estou outra vez impressionado.
Rowling nos presenteia com uma história com uma personagem principal ausente, porém muito presente na vida das demais, afinal o estopim para todos os acontecimentos não é sua morte, mas o fato de que Barry Fairbrother não poderia morrer naquele momento nem naquelas circunstancias.
Não é, contudo de se admirar que os ingleses não tenham acolhido o livro tão bem, afinal ele nos dá uma perspectiva de um lado da sociedade inglesa que não vemos comumente e que a maioria finge não existir. A história nos leva a problemas reais de pessoas reais, sejam eles sociais, psicológicos ou físicos e tudo se desenrola de forma majestosa e inesperada, fazendo com que o leitor fique pregado da primeira à última página do livro que é sem dúvida alguma uma obra prima, de tirar o folego.
Nele você não encontrará ação, criaturas fantásticas, bruxos ou qualquer menção aos outros livros da autora, no entanto encontrará situações que o deixarão tão em choque quanto as próprias personagens que as vivenciam na pequena Pagford, uma das muitas bolhas de ignorância que existem na nossa sociedade. Afinal temos muitas Pagford’s espalhadas por aí, com pessoas tão preconceituosas e mesquinhas quanto as da original, mas também com pessoas boas que lutam para mudar a vida das mais necessitadas.
Acho que no fim, a maior mensagem do livro é que as pessoas deveriam parar de olhar apenas para o próprio umbigo e prestar mais atenção nas outras, pois nunca se sabe quando poderemos precisar delas, que uma ação por mais insignificante que possa parecer pode acarretar em grandes consequências sejam elas boas ou ruins e que fazer o certo não significa escolher o caminho mais fácil e sim o mais difícil. Novamente digo aqui, Morte Súbita é uma história magistral, conduzida com maestria por uma das mentes mais brilhantes da nossa era e apesar de não se passar em um universo onde carros podem voar e corujas entregam o correio, é sem sombra de dúvida uma história mágica.
Raul G. M. Silva.
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Jogos Vorazes e a sociedade BBB
“Mais um ano que começa e com ele mais uma edição do BBB que se inicia, por essa razão resolvi trazer para você hoje um antigo texto meu que compara a ficção com a realidade e vice-versa, afinal somos ou não somos produtos das nossas experiências e daquilo que vivenciamos ao longo da nossa história?” - Raul G. M. Silva
Essa semana começou mais um BBB, ou como o pessoal nas redes sociais tão sabiamente batizou o BBBB (Babuínos Bobocas Balbuciando em Bando), em todo caso, começou mais uma edição do programa que mais denigre a imagem do nosso país lá fora. O qual a grande parcela da nossa população aplaude de pé.
Diante disso acredito que possamos nos fazer a seguinte pergunta. Em quanto tempo nós mesmos não estaremos nos deleitando com mortes de crianças inocentes transmitidas em cadeia nacional em um reality show? Não duvido que a humanidade seja capaz disso, afinal o que era o Coliseu para a sociedade romana da antiguidade se não um lugar onde "Cidadãos Romanos" iam para se divertir enquanto homens lutavam até a morte numa arena. Francamente fico abismado quando as pessoas se chocam ao ouvirem uma estrela de Hollywood ou uma personalidade internacional soltar alguma piada de mal gosto com o Brasil ou com os brasileiros. Que direito temos de reclamar disso quando nossas novelas, filmes e programas de TV denigrem nossa imagem para mais de 140 países pela Rede Globo Internacional?! Acredito que no fim a obra Jogos Vorazes seja muito mais do que um livro bobinho para adolescentes sem nada na cabeça (Desculpem esse é Crepúsculo), e sim uma obra que nos faz refletir sobre onde estão nossos valores e os valores de nossas famílias, um livro que nos faz pensar um pouco mais nos outros que em nós mesmos, pois se nós prestássemos mais atenção a essas coisas não perderíamos tempo vendo o BBBB, não aceitaríamos uma cultura de massas que nos é imposta pelas mídias e nunca nos deixaríamos manipular diante das coisas que realmente importam. Estaríamos fazendo algo que fosse mais útil e nos preocupando com causas que trariam algo de bom e não com quem será o próximo milionário, milionário esse que ganhará todo o dinheiro as nossas custas. Mas no final o que é isso tudo senão uma simples opinião de um simples jovem, de um país onde a pequena parcela rica da população faz a grande parte - a massa - se preocupar mais com o próximo capítulo da novela das 9 do que com esse pequeno texto. Até a próxima, Raul G. M. Silva.
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O Ensino da Língua Portuguesa e a Leitura
Dizem que o Português é uma língua difícil de ser aprendida e isso é, de fato, verdade. Nossa língua, assim como o Espanhol e o Italiano, vem primeiramente do latim e tem passado por grandes transformações ao longo dos séculos. Porém as dificuldades que nós, usuários da língua, encontramos para falá-la ou escrevê-la vão além da sua complexidade estrutural.
Muitas pessoas, estudantes principalmente, reclamam que não conseguem aprender português, que não conseguem escrever por que existem muitas regras e também que não falam bem por que não compreendem a gramática. Tudo isso, porém, não é uma verdade absoluta e vai muito além dessas e de outras reclamações.
Do ponto de vista da linguística, não existe uma fala errada, mas sim variantes da língua. Nesse sentido ninguém fala melhor ou pior do que ninguém e a escola não pode desconsiderar o modo de falar do aluno. Contudo cabe a escola, além disso, também ensiná-lo a norma padrão e lhe mostrar que existem várias situações e lugares e consequentemente várias formas de adequação da fala das quais ele pode se utilizar.
Entretanto afirmar que alguém não escreve ou fala bem por que não conhece a regra não é um ponto de vista universal. Falar bem é algo que independente da regra, afinal existem muitas pessoas que mal conhecem a gramática e falam eximiamente e outras tantas que apesar de conhecerem a gramática falam de formas que divergem das regras que a mesma fornece. Mesmo o ato de escrever não depende exclusivamente do conhecimento que a pessoa tem da gramática.
Na realidade os problemas de fala e escrita em nosso país têm vários motivos, desde sociais até políticos. Porém o maior deles está atrelado a falta do hábito de leitura que a grande maioria dos brasileiros insistem em cultivar.
Muitos podem até dizer que a leitura é algo que pertence as classes mais ricas e que um livro é algo inacessível as classes mais baixas da sociedade, contudo, hoje em dia, com os avanços tecnológicos, principalmente da internet, ler um livro é algo muito mais simples do que era há vinte ou trinta anos atrás. Podemos encontrar livros a qualquer hora na web e mesmo os livros não digitais estão a cada dia se tornando mais acessíveis, mesmo que em sua grande maioria ainda sejam caros.
O problema é que a maioria das pessoas ainda acha que comprar livros é jogar dinheiro fora, que passar alguns minutos por dia lendo é perda de tempo. Elas ainda dão mais valor ao supérfluo que ao próprio intelecto. E é justamente essa falta de cultura literária que faz com que aprender a própria língua seja algo tão complexo.
Se o aluno lê constantemente (não importa o que ele esteja lendo), ele terá bases que nem mesmo o ensino contextualizado da gramática poderá lhe fornecer.
O aluno que lê com frequência, além de se portar de forma diferente na sala de aula, saberá adequar a sua fala de acordo com a situação em que estiver, conseguirá conversar sobre assuntos variados com mais segurança, escreverá com maior facilidade e fluidez (mesmo que desconheça as regras gramaticais), terá a capacidade de compreender mais rapidamente e com mais facilidade os conteúdos e não apenas os de Língua Portuguesa, além é claro de possuir um vocabulário bem maior do que um aluno que não tem esse hábito.
Assim sendo o ensino do Português na sala de aula deveria, deve e sempre deverá estar ligado, além da contextualização da gramática e da aplicação de suas regras na escrita, com o incentivo a prática de leitura, pois dessa maneira o aluno não fica detido apenas ao que ele vê na escola, mas também ao que ele encontra extra sala de aula, ampliando a sua compreensão daquilo que ele encontra dentro dela. A leitura além de levá-lo a lugares inimagináveis, fará com que ele compreenda melhor a própria língua e ainda mais, o tornará um cidadão melhor, mais compreensivo e crítico, com plena consciência de seus deveres e direitos para com a sociedade.
Raul G. M. Silva
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Pensamentos meus - O que define melhor ou pior?
Existem pessoas que se acham melhores do que outras por terem o que chamam de sangue-puro. Essa frase foi retirada de Harry Potter e a Câmara Secreta da escritora britânica J. K. Rowling, e é, com certeza, uma frase muito marcante, pois nos remete a muitas coisas. Afinal, qual de nós reles mortais não conhecem ou conheceram alguém assim?
Em minha vida já encontrei inúmeras dessas pessoas, desde professores sádicos e terroristas a empresários e chefes de escritórios idiotas e sem noção. Trabalhei em uma empresa onde a chefe de setor certa vez disse para uma das empregadas, que um dia faltou ao trabalho para cuidar de mãe doente, o seguinte: “Você não precisa deste emprego, pois se precisasse deixaria sua mãe com os vizinhos e viria trabalhar. Só não lhe demito agora, por justa causa, por que você está grávida.”. A funcionária em questão ainda trabalha na empresa junto com a pessoa que lhe disse isso, pois necessita do emprego e jamais teve como provar que tal ato aconteceu e nenhum responsável jamais se interessou em esclarecer as coisas.
Afinal o que pode tornar alguém melhor que o outro? O QI? A posição social? A etnia? A orientação sexual? A carreira profissional? As conquistas ao longo da vida? Para mim nada disso importa, o que realmente importa parafraseando o outro grande escritor J. R. R. Tolkien é o que você decide fazer com o tempo que lhe é dado.
Esse ano nosso país deu uma grande demonstração disso nas ruas, estamos cansado de professores opressores, de chefes soberbos, de autoridades corruptas. Por que temos que respeitá-los se eles não nos respeitam? Semana passada, quando achávamos que havíamos ganho uma batalha contra a corrupção dos"mensaleiros", tudo caiu por terra, outra brecha na lei foi usada para impedir que a justiça fosse feita.
Agora eu pergunto: como é que bandidos podem julgar bandidos nesse país? E não me venham dizer que essa não é a situação por que é exatamente o que acontece. Infelizmente não podemos culpa-los, pois a culpa não cai apenas nas costas deles. Nós, "cidadão de bem", também temos responsabilidade nisso, pois indiretamente e inconscientemente somos tão corruptos quanto os que habitam a Capital Federal. E isso não é nada mais nada menos que nossa herança colonial. Fomos colônia de exploração, colonizados por aqueles que não eram mais aceitos na Metrópole, em geral por crimes cometidos contra a coroa, até que um dia por ironia do destino, e por causa de um homenzinho chamado Napoleão Bonaparte, a colônia virou metrópole e vice-versa, mas já era tarde demais para sanar o irremediável.
O que estou querendo dizer é que para que o Brasil mude é preciso que TODOS os brasileiros mudem, não adianta fazer protesto se você continua estacionando em local indevido, burlando a fila no banco ou tentando dar um jeitinho de quebrar a burocracia para resolver um problema. Enquanto acharmos que podemos ficar impunes diante de atitudes como essas sempre existirão pessoas sem consciência de seus deveres morais e humanos como a chefe de setor que disse tudo aquilo aquela pobre funcionaria.
De fato não existe ninguém melhor ou pior. Existem pessoas diferentes, com inteligências diferentes. A Teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner está aí pra gritar isso para as quatro direções. Podemos ter opiniões e pensamentos diferentes, porém todos nós também temos capacidades incríveis e únicas. Afinal citando novamente J. K. Rowling: O espirito sem limites é o maior tesouro do homem.
Raul G. M. Silva
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