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Ontem foi um dia de surpresas. Nossa, tanta coisa aconteceu que eu tenho dificuldades pra saber por onde começar, certamente não deu tempo de assimilar algumas ainda.

Consegui um novo emprego, um estágio na minha área de estudo, que era exatamente o que eu procurava nesse momento. Finalmente vou poder aplicar os conhecimentos que ganhei ao longo de 4 anos, esperei muito por essa oportunidade, que veio aos 45 do segundo tempo.

Para completar as boas vibrações, meu irmãozinho veio ao mundo. Saudável, gordinho e com seu pequeno nariz achatado. Tão perfeito ♡

Ainda estou tentando entender tudo. Em um dia, tão nublado, mas no outro, o sol radiava tão intensamente. A vida é uma caixa de surpresas e estou curiosa pelo o que está por vir.

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Meu mar se encontra turbulento, minha mente está cercada de emoções e pensamentos. Um tempo só para mim. É pedir muito?

As vezes me encontro decidida, cheia de auto afirmações. Outrora, confusa, até um pouco perdida. Nossa, eu ainda sou tão jovem e já quero agarrar o mundo. Infelizmente, ainda não posso, por isso faço planos.

E quando vai começar a dar certo? Quando passará essa maré? Aonde posso chegar? Tantas perguntas que se o tempo pode responder.

Enquanto não tenho todas as respostas, aproveito o rumo que o vento pode dar.

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Ontem eu vi um meteóro. Fiquei extasiada! E quando menos esperava, outro riscou o céu alguns minutos depois.

Ahh, essas pequenas pedrinhas nos dando "oi" no meio da noite, atravessando próximo da constelação de escorpião. Me prendeu, fez com que eu dedicasse longos minutos a essa atividade.

Lembro da primeira vez que vi um meteóro, tentando caçar as geminidas com meu primo. Quando estava perdendo a esperança, lá estava ela, com brilho intenso mas em alta velocidade. Uau! Era mavilhoso!

Dessa vez, estive ao lado do meu namorado, que se provou ser um grande admirador dos astros e tudo acerca deles. Nada como olhar o céu sobre a rede, com a leve brisa em seu rosto, uma boa xícara de chá com o pão de banana recém descoberto.

Ali eu percebi: estava em paz.

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Desde quando era mais nova e tive o primeiro contato com o lado obscuro da humanidade, as guerras sempre instigaram a minha curiosidade. Como grande parte dos jovens apaixonados por história, certamente as grandes guerras são alvo de maior interesse.

A mesma história, contada de formas diferentes. A Lista de Schindler, O Grande Ditador, O Menino do Pijama Listrado, Bastardos Inglorios, A Vida é Bela e tantos outros, clássicos ou não, narrados sob diferentes perspectivas. No entanto, ainda não tinha experimentado nada como a ótica do filme Amarga Sinfonia de Auschwitz (1980).

Uma narrativa comovente, baseado no livro de Fania Fénelon, pianista e judia por parte de pai, capturada no auge do regime nazista.

Impossível assistir sem se perguntar: até onde o ser humano pode ir por sua sobrevivência? Negar as crenças por privilégios ou manter a integridade? Aceitar propostas indecentes pela oportunidade ou manter a honra? Perder a essência e se misturar ou manter-se fiel a si? O filme é recheado por escolhas difíceis em tempos extremos mas, independente das opções, é fácil julgar quando não é conosco. Mas e quando é? Uma boa oportunidade para pensar em nosso caráter.

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Recentemente, realizei um grande feito: conclui um livro.

Sim, um livro. "Androids Sonham Com Ovelhas Elétricas?" ou Blade Runner, de Philip K. Dick. Percebi que a mente estava tão distante, preocupada, paralela as minhas vontades, que fez com que um passatempo tão simples, como a leitura, fosse deixado de lado, brevemente esquecido.

Me identifiquei com Deckard, o caçador de cabeças a prêmio. Tão focado e determinado a executar - literalmente - a profissão, que se entregou totalmente a ela. Os universos se misturaram, chegou ao ponto de se questionar sobre sua própria natureza, perdeu sua essência e, quando chegou no limite, percebeu que era necessário encontrá-la novamente.

Quantos Deckards não existem por aí? Chego a acreditar que um já existiu um em mim.

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Hoje eu encerrei um ciclo.

Embora fosse esperado há muito tempo, é sempre uma etapa complexa. A satisfação de ter realizado em conflito com a preocupação do que poderá vir. A incerteza dos sentimentos em contraste com a convicção do que quero para o futuro.

Abro mão dos medos para observar os horizontes. Há muito para ensinar e o dobro a aprender. Espero os novos ciclos de braços abertos.

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Digamos que o ano é 2010. Se fosse a garota de 10 anos atrás, eu estaria julgando minha amiga por usar o Tumblr. Mas quem diria? Aqui estou.

Dez anos muda muito uma pessoa. Já não faço mais o teatro, não desenho meu mangá, já não fico até tarde para brincar com amigos de escola, já não tenho que pedir permissão para sair, os estudos e as contas só dependem de mim. As escolhas, as piadas e os dias não são os mesmos.

Quem diria que ia me tornar quem sou hoje? Estudante de publicidade - quase formada -, a louca que procura todos os tipos de novidades, conhecimentos, cursos e se dedica ao que faz até quase esquecer de si. A mulher que manteve os velhos hábitos de escrita, sempre sonhadora, entusiasta e sensível.

Motivos para me orgulhar? Sempre. Mesmo com todos os erros, repetiria os últimos 10 anos com o maior prazer.