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Desenvolvimento adulto - Psicologia
Vida adulta tardia - Outros aspectos
Mal de Parkinson
Distúrbio neurológico degenerativo, progressivo e irreversível, caracterizado por tremores, rigidez, movimentos lentos e postura instável. Algumas características genéticas e da personalidade favorecem o distúrbio, mas hábitos saudáveis: sobretudo atividade física e cognitiva, previnem o mal.
Mal de Alzheimer
Distúrbio cerebral progressivo e irreversível, degenerativo, caracterizado por deterioração cognitiva e perda do controle das funções corporais e que leva à morte.
Atinge 26 milhões de pessoas no mundo e estima-se que quadriplicará até 2050. Afeta a memória e processamento espacial e visual.
O sintoma mais precoce e evidente é a incapacidade de lembrar momentos ou absorver novas informações, assim como: mudanças de personalidade, rigidez, apatia, egocentrismo e diminuição de se controlar emocionalmente. Depressão, ansiedade, irritabilidade, julgamento, concentração e fala afetados. Perda de funções básicas e morte.
Desenvolvimento cognitivo
Alguns aspectos de memória podem ser menos eficientes como aqueles de acontecimentos específicos de longo prazo (episódicas), e de curto prazo de informações ativamente processadas (de trabalho). Outros aspectos não foram encontrados diferentes. Memória de curto prazo de informações sensoriais (sensorial). De longo prazo em linguagem, costumes, e conhecimento prático factual (semântica). Longo prazo para habilidades motoras e formas de fazer as coisas (procedimento).
Vida tardia saudável
Em suma, recursos preditores, formas de lidar com o estresse. Prevenção e promoção de saúde, aumento da qualidade de vida. São fatores amplos que destacam para uma velhice saudável.
Mudanças físicas
Pele mais pálida e menos elástica, gordura e músculos encolhem, a pele enruga, cabelo mais fino - grisalho e depois branco, pelos mais ralos, diminuem de tamanho por atrofia dos discos entre as vértebras da espinha, afinamento dos ossos pode causar curvatura (sifose), risco maior de fraturas, mudanças no cérebro - funcionamento sensorial, sexual e motor.
Pontos psicossociais importantes
Aposentadoria, moradia, limitações físicas e cognitivas, dinheiro. Relação com os filhos, netos e familiares. Produtividade, perdas e lutos, casamento e relacionamento íntimo.
É um período de reavaliação da vida, de concluir pendências e decidir como melhor canalizar suas energias e passar o tempo restante. O crescimento e desenvolvimento continuam. Cada um viverá esta época de forma diferente, embora certas tendências sejam esperadas. Muitos idosos se sentem no controle, saudáveis e competentes.
Bem estar
Pesquisas apontam que adultos mais velhos, em geral, têm menos transtornos mentais e estão mais felizes e satisfeitos com a vida do que adultos mais jovens.
Disparidades sociais, alta competitividade por escolarização, emprego e segurança econômica e turbulentos eventos sociais que marcam certas gerações têm sido apontados como índice que diminuem o bem estar.
Perspectiva dos 5 fatores: Big Five
A personalidade é previsor mais forte de emotividade e bem estar subjetivo do que relações sociais e saúde. Estudos apontam que as emoções negativas tendem a diminuir, enquanto as positivas se mantêm estáveis, diminuindo ligeiramente a velhice. Pessoas com personalidade mais extrovertida tendem a reportar mais emoções positivas e as manter, enquanto ao neuroticismo temos o oposto, assim como bom previsor para transtornos de humor.
Improvável que pessoas hostis se tornem amigáveis sem a intervenção terapêutica. No entanto, há indícios de que o neuroticismo diminui.
Aumento da autoconfiança, acolhimento caloroso e estabilidade emocional. Aumento da conscienciosidade, declínio em vitalidade social, declínio em abertura para a experiência/para o novo.
Mecanismos de defesa
O uso de mecanismos de defesa maduros desde a vida do jovem adulto e ao longo da vida, favorecem a adaptação psicossocial e a saúde mental. Humor, persistência, antecipação e sublimação. Inconscientes (teoria Freudiana) e intuitivas (envolve cognição).
Enfrentamento do estresse
Os mais velhos tendem a utilizar mais estratégias focadas na emoção do que no problema. Tendem a ter mais facilidade para regular suas emoções que os jovens. Pessoas mais felizes tendem a ser mais saudáveis: menos hormônios de estresse circulando no organismo.
Envelhecimento bem-sucedido
1 – Anulação da doença ou incapacidade relacionada à doença. 2 – Manutenção elevada das funções psicológicas e cognitivas. 3 – Engajamento constante e ativo em atividades sociais e produtivas.
Apoio social, material e emocional. Por outro lado, críticos apontam esse modelo como estigmatizante aos que não podem ou não querem atingir, podendo menosprezar a própria velhice.
Esquemas de vida Nos países em desenvolvimento, os idosos tendem a viver com filhos adultos e netos em domicílios multigeracionais, mas a tendência está mudando.
Em países desenvolvidos, a maioria vive sozinha ou com o companheiro.
Envelhecer em casa: permanência na própria casa com ou sem assistência: adaptações, apoio e comunidades de aposentados naturalmente constituídas (e seus relativos estressores e recursos).
Viver em instituições: em geral, para idosos fragilizados e sem apoio (casa de repouso).
Relacionamentos pessoais A rede social dos idosos tende a ser metade dos adultos mais jovens, mas retêm um círculo íntimo de confidentes.
Teoria do comboio social: os adultos idosos tendem a manter aqueles que podem ajudá-los e se afastar daqueles que não lhes dão apoio. Teoria da seletividade socioemocional: idosos tendem a escolher passar o tempo com aqueles que lhe trazem bem estar emocional. Nos EUA apenas 1 em cada 10 idosos relatam solidão. A solidão por sua vez, tende a acelerar declínio físico e cognitivo e sentimento de inutilidade.
Relacionamentos conjugais À medida que a expectativa de vida aumenta, também aumenta a longevidade potencial do casamento. Casamentos que duram até a velhice tendem a ser mais satisfatórios. Mulheres tendem a ser mais viúvas que homens.
O divórcio não é comum entre idosos, mas os segundos casamentos podem ser mais tranquilos. Adultos que nunca se casaram possuem maior tendência de solidão do que divorciados e viúvos. Idosos são mais propensos a coabitar após casamento do que antes. Gays e lésbicas se adaptam ao envelhecimento com relativa facilidade, principalmente se mantiverem relacionamentos e envolvimento com a comunidade LGBT+, assim como a condição assumida influencia a adaptação. Idosos apreciam mais a companhia de amigos que da família, embora esta seja a principal fonte de apoio emocional e prático. Aqueles que possuem amigos íntimos, são mais saudáveis e felizes. Relacionamentos familiares Pais idosos e filhos adultos tendem a se encontrar e oferecer apoio mútuo. Muitos idosos cuidam de filhos adultos, netos ou bisnetos. A qualidade do relacionamento é melhor indicador de bem-estar do que a sua existência ou inexistência. O relacionamento com irmãos tende a gerar apoio mútuo e troca de confidências. Conforme os netos crescem, tendem a ver menos os avós. Bisavós e bisavôs tendem a ter satisfação no nascimento e relação com bisnetos.
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Aspectos da vida adulta tardia
Mudanças orgânicas e sistêmicas
Muito variáveis entre indivíduos. Envelhecimento e estresse crônico podem enfraquecer função imunológica, favorecendo infecções respiratórias com menor probabilidade de recuperação. Estresse crônico favorece inflamações. Ritmo cardíaco tende a se tornar mais lento e irregular. Depósitos de gordura podem interferir no funcionamento do coração e aumento da pressão arterial.
Capacidade de reserva
Capacidade dos sistemas e órgãos acrescentar de 4 a 10 vezes mais energia que o normal, durante o estresse agudo. Essa capacidade diminui no idoso. Não afeta as atividades diárias, mas o eforço extraordinário.
Envelhecimento do cérebro
Diminui aos poucos o volume e peso, sem afetar cognição - mas, pode afetar em ritmos maiores. Perdas como velocidade de processamento e memória, muitas vezes são compensadas no funcionamento cerebral - adaptação neuroplástica do cérebro. Diminuição de dopamina, um neurotransmissor, que afeta atenção e tempo de resposta. Bainha de mielina tende a diminuir a partir dos 50 anos, associada à declínio cognitivo e motor.
A deterioração não é inevitável, mas, nem todo idoso sofrerá de demência. Demência: deterioração do funcionamento comportamental e cognitivo em razão de causas fisiológicas.
Cérebros mais velhos conseguem criar novas células no hipocampo por meio de atividade física combinada com desafios cognitivos.
Perda da função executiva no córtex pré-frontal pode diminuir a inibição de pensamentos, podendo causar falas contínuas sobre assuntos sem relação com o tema da conversa.
A amígdala, sede das emoções reduz respostas negativas à eventos, ou seja, mais velhos tendem a ser mais construtivos nas soluções que os jovens.
Funções sensoriais e psicomotoras
Grande variação individual. Visão: é necessário mais luz para ver, os olhos são mais sensíveis ao brilho e podem ter problemas para localizar e ler sinais. Pode haver dificuldade com profundidade ou cor. Dificuldade de visão pode dificultar tarefas diárias e facilitar acidentes.
Patologias comuns:
Catarata - áreas turvas ou opacas nas lentes dos olhos que causam visão embaçada.
Glaucoma - dano irreversível ao nervo óptico por aumento da pressão no olho. A prevenção pode retardar a doença.
Degeneração muscular - ocasiona perda de distinção de detalhes.
Perdas auditivas são comuns a mais de 31% dos norte-americanos. Pode afetar os relacionamentos e percepção de outros como o idoso sendo desatento, distraído e irritável.
Aparelhos auditivos podem auxiliar, mas com certas dificuldades. As opções de acessibilidade são essenciais para esta e outras limitações.
Força, resistência, equilíbrio e tempo de reação
A força diminui de 10 a 20% até os 70 anos e mais depois disso. Assim como resistência, equilíbrio e tempo de reação diminuem.
Tais perdas podem ser parcialmente reversíveis mediante treinamentos em tais áreas. Quedas são a principal causa de hospitalização de idosos, sendo possível a prevenção por treinamento e acessibilidade.
O sono
Tendem a sentir menos sono e sonhar menos. No entanto, é importante não confundir com insônia e outros distúrbios.
Funções sexuais
É importante a manutenção da atividade sexual para o bem-estar, relacionamento e saúde física. Importante reconhecer a atividade sexual do idoso como normal e saudável. Pode haver mais dificuldade com ereção e ejaculação nos homens. Dificuldades de excitação e lubrificação nas mulheres.
Doenças crônicas
Saúde precária não é consequência inevitável de envelhecimento. Hábitos, acesso à uso de serviços de saúde são mais importantes. O pouco cuidado com a saúde, apenas agrava na vida adulta tardia. Doenças comuns: doenças cardíacas, câncer, acidente vascular cerebral, doenças crônicas do sistema respiratório, diabetes, influenza/pneumonia.
Atividade física
Exercício regular fortalece coração, pulmões, músculos e diminuem o estresse. Ajudam a manter velocidade, resistência e funções básicas. Reduz a chance de ferimentos e limitações. Previnem e diminuem dores crônicas. Melhoram estado de alerta mental, desempenho cognitivo, ansiedade e depressões moderadas, além de promover sentimento de controle e bem estar. Por outro lado, a inatividade contribui para várias doenças crônicas.
Nutrição
Uma dieta saudável reduz risco de obesidade, pressão alta e colesterol alto, além de doenças crônicas e saúde geral.
Demência
Deterioração comportamental cognitiva por razões fisiológicas. Mais comuns na vida do idoso, atingindo 5% da população na faixa dos 70 anos e até 37,4% na faixa dos 90 anos nos EUA. A demência grave não é inevitável, mas a maior parte é irreversível salvo diagnóstico e tratamento precoces. Existem 50 causas de demência, as mais comuns: mal de Alzheimer e mal de Parkinson.
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Memórias de velhos
Vida adulta tardia
A memória não é somente função do ego, mas história de vida, da sociedade, da época. Tem aspecto psicossocial.
A memória da pessoa idosa traz características próprias, de quadros de referência familiar e cultural, um relato vivo de como as coisas foram.
A memória fica em estado pré-consciente, bastando o esforço de lembrar. Assim como também é inconsciente, dessa maneira, não diretamente acessível ou distorcida.
A narração da própria vida é testemunho mais eloquente dos modos que a pessoa tem de lembrar-se e elaborar. No entanto, ter mais tempo para lembrar não quer dizer lembrar melhor, ou mesmo estar livre das defesas inconscientes que podem distorcer a lembrança para algo mais aprazível. Assim como pressões sociais e preconceitos.
Ao lembrar, ele se torna memória da família, do grupo, da intuição e da sociedade. Em nossa sociedade (dada exceções) e algumas tribos, os idosos se tornam aqueles que guardam as tradições, por tê-la vivido e também para iniciar os jovens, assim como possuem muita experiência da qual podem ter adquirido mais sabedoria, possível de ser compartilhada.
Envelhecência
É uma recriação do eu diante das exigências pulsionais e as novas exigências do corpo que se aproxima da morte. É dinâmica e, como tal, exige constantes rearranjos, criatividade às exigências internas e externas.
Há o perigo de rotinizar o cotidiano, se tornando enfraquecido e estereotipado. É oportunidade para saúde mental.
Por outro lado, alguns podem fugir e regredir de maneira maníaca, buscando uma afirmação de que são jovens.
A discriminação contra o que é velho se encontra. É hora de desvencilhar do preconceito ao encontrar a própria vivência com dignidade.
Este processo tende a desenvolver maior tolerância sobre si e os outros, assim como a importância de desagradar o outro.
O quanto a memória é da família ou a memória individual, de algo que não mais existe... e um encarar da própria solidão - as carruagens, o mato, os lampiões a gás.
Os projetos de vida agora são reduzidos, mas não deixam de existir.
Termo criado por Manoel Tosta Berlinck em 1996, sociólogo, psicanalista, psicopatólogo e pesquisador. Diferente de envelhecer - processo de o corpo tornar-se velho - o fantasma da decadência do corpo - envelhecência engloba o envelhecer. Um desencontro entre inconsciente atemporal do corpo, temporal que envelhece.
Eu ideal - busca pelo ideal inalcançável de si, ao preencher o próprio descompasso.
Ideal de eu - nos identificamos com algo para reconhecer o próprio desejo.
Podem ocorrer mudanças no eu diante de ideais. Sonhos que não podem mais ser realizados por falta de tempo ou condição física. Limitações no eu ideal e no ideal de eu podem levar a reconstrução do próprio mito ao rememorar e ressignificar.
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Segredos no ciclo vital da família
As marcas mais importantes no ciclo vital da família, são mistérios do nascimento, sexo e morte.
Assuntos cercados por tabus e mitos sociais, além de sentimentos inconscientes relacionados. Estes sentimentos podem ter efeitos prejudiciais no desenvolvimento da vida.
Se pudermos chegar ao conhecimento de nossas reações a estes fatos e consciência dos sentimentos ligados a eles, podemos ter a oportunidade de ressignificar e não ser mais dominados por esses efeitos.
Estes segredos podem pertencer a um membro da família, compartilhados com outros, ou endossados inconscientemente por todos os membros, frequentemente de geração para geração, podendo se tornar um mito familiar.
Mito familiar
Segredo ou crença inconsciente, ou mesmo atitude, a qual através da aceitação das gerações da família, perpetua-se em suas respostas e condutas.
Tais segredos podem ser fatos reais ou mesmo surgirem de fantasias produzidas por situações de ciúme, rivalidade, amor e ódio. Estes podem ser iniciados por um membro da família, mas outros membros iniciam um processo de influência mútua, fortalecendo ou enfraquecendo os efeitos dos segredos e dos mitos.
Tais segredos fundamentalmente são baseados no poder e na dependência. No amor e no ódio, no desejo de cuidar ou ferir, de sentimentos contraditórios, poderosos e anseios secretos. Podem dominar o mundo interno, sendo fonte de sofrimento, mas também de imaginação e criatividade.
Estudo de casos
Segredo real - Sra. Abel
Casou-se com homem rico e fora morar na África do Sul. Ele perdeu sua fortuna e morreu, deixando sua esposa e duas filhas (2 e 1 anos de idade) em terra estrangeira. A Sr. Abel teve uma filha com outro homem e volta à Inglaterra com suas 3 filhas. A existência do pai da terceira menina foi mantida em segredo, em uma casa onde havia só mulheres compartilhando um mesmo pai falecido.
A mãe carinhosa e energética supera a ausência. Homens são excluídos da vida familiar.
A filha mais velha se casa com homem que tinha uma filha de 18 meses e tem outro filho com ele. O homem some misteriosamente. Ela volta com ambas as crianças ao lar materno. Tem um terceiro filho ilegitimamente, anos mais tarde. A mãe aceita prazerosamente o papel de avó.
As outras filhas apresentavam a mesma tendência, mas não tão contundente. Casadas, tratavam a mãe como mais importante. Deixavam as crianças para a avó cuidar. Avó se torna núcleo emocional das netas que também se desenvolvem sem a figura paterna. Nunca elaboram o complexo de edípico. Uma das netas tem um caso com um homem mais velho, casado. Ele rompe com ela, a fazendo buscar acolhimento com seu pai, que mal conhecera, que responde com amor e consideração a ajudando a se liberar do segredo familiar. Sua busca era por uma figura paterna.
O pai da terceira filha de Abel era casado, e ela descobriu o fato a caminho do altar, então abandonou o casamento. Criou convicção que os homens não eram necessários, influenciando gerações.
Caso de mentira - Sr. Shields
Volta da guerra como semi inválido da perna. Diagnosticado com doença psicossomática. Negava, dizia ter sido acidente e que teve parte do osso retirado, o qual tinha guardado e mostrava para a família. Se torna alcoólatra e com comportamento cada vez mais bizarro. A família respeita o pai como herói de guerra. A mãe teve irmã que faleceu aos 4 anos, e tinha a fantasia infantil de que a criança ideal morreu, sobrando desapontamento. O mito de casar-se com homem forte era de valorizar-se perante os pais.
O Sr. Shields, seu filho, tem muito interesse em assuntos e atividades relacionadas ao exército. Se torna poderoso, progride na carreira e se casa. Seu pai aos 70 anos desenvolve transtorno psiquiátrico. O Sr. Shields descobre a história do osso e o confronta. Seu pai nega veemente, mas o seu filho insiste, o acolhe e não se abala.
Uma mentira repetida por décadas, pode ser acreditada como verdade. Inclusive por quem a criou.
Os segredos se mantêm, até algum membro confrontá-los, normalmente por conta de sintomas e dificuldades. Podem ser iniciados por um membro, mas se torna parte da família e mantidos por seus membros. Comumente se baseiam no poder e dependência, amor e ódio, desejo de cuidar e ferir, sentimentos ligados a nascimento, sexo e morte. Comum na vida infantil surgirem desejos e anseios ao disputar com estes últimos. Podem também ser fonte de imaginação e criatividade além de dores e conflitos.
Caso de fantasia - Sra. Carter
Perdera o pai quando ela era bebê e não sentiu sua falta. Sua mãe casara-se de novo quando ela tinha 2 anos. Desenvolveu profunda afeição e paixão sexual pelo padrasto quando adolescente. Foi correspondida na relação, sentia-se culpada por isso. Após sua entrada no exército ela pode se livrar e reprimir a situação. Então busca à terapia por conta de obsessões com doenças venéreas após o casamento. Sintomas ligados à culpa do prazer sexual com o padrasto. Após lembrar e aceitar essa dor, se livra da obsessão.
Novas configurações de família
Famulus - palavra derivada do latim, Roma antiga (escravo doméstico), aqueles em torno e servindo ao senhor - modelo patriarcal. Vínculos intermediados pela igreja x vínculo civil. Construção social: revoluções - francesa, industrial, que ocasionaram mudanças no contexto familiar.
Idade média de casar-se aumentou - faixa etária de 28 anos para homens, e 26 anos para mulheres.
Concubinato (morar junto sem casar), casamento homossexual, poligamia, divórcio.
Mudanças que possuem influência econômica, histórica, social, política. Podemos observar que há menos pressão para o casamento. Possíveis causas: inserção da mulher no ambiente de trabalho, instabilidade econômica, medo de relacionamento, opção por ficar sozinho e com mais liberdade, imaturidade para se relacionar, etc.
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Vida adulta tardia
Desenvolvimento físico e cognitivo
Símbolo de status ou incompetência, ou baixo status?
Estereótipos construídos, internalizados e mantidos desde a juventude. Cada vez menos retratados como decrépitos e desamparados, mas equilibrados, ativos, respeitados e sábios. Faixa etária: 60-65 anos em diante.
Idadismo ou etarismo
Preconceito ou discriminação contra uma pessoa por conta da idade. Em geral, os discriminados são os idosos.
Envelhecimento da população
Estimativa mundial até 2040: 1,5 bilhão de idosos. Estima-se que a população idosa seja maior do que de crianças pequenas. São apontadas como indicadores de aumento de populações envelhecidas o declínio da fertilidade, crescimento econômico, melhor nutrição, estilos de vida mais saudáveis, aprimoramento no controle de doenças infecciosas, água mais pura e instalações sanitárias mais seguras além de avanços na ciência, tecnologia e medicina.
Em 2012, a população com 60 anos ou mais era de 25,4 milhões. Os 4,8 milhões de novos idosos em cinco anos correspondem a um crescimento de 18% desse grupo etário, que tem se tornado cada vez mais representativo no Brasil. As mulheres são maioria expressiva nesse grupo, com 16,9 milhões (56% dos idosos), enquanto os homens idosos são 13,3 milhões (44% do grupo).
O último teste do censo 2022, aponta 1 em 4 pessoas como sendo idosa. O crescimento da população idosa é tendência mundial. A população idosa também envelhece. Estima-se o aumento de 233% de pessoas com 80 anos ou mais.
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Melanie Klein - amor, culpa e reparação
Amor e conflitos em relação aos pais
A relação com a mãe é o protótipo das relações posteriores, tem efeito duradouro na mente por ser a primeira relação estabelecida. Sentimentos de amor e gratidão surgem dessa relação, assim como ódio e agressividade. O pai tem papel essencial na vida emocional da criança e influencia nos relacionamentos posteriores, mas já é permeada pela relação mãe e bebê.
O amor e ódio disputam espaço no bebê e na criança, estando essa luta por toda a vida, mas mais equilibrada em casos saudáveis.
O primeiro objeto de amor e ódio do bebê é a mãe. Aquela que lhe alimenta, saciando sua fome e trazendo estímulos prototípicos do prazer sensual.
Quando sua fome e desejos não são atendidos, surgindo desconforto e dores físicas, surgem sentimentos de ódio e agressividade, além de impulsos de destruir o mesmo objeto alvo de desejos.
Origem de sentimentos como sufocamento, falta de ar e afins, sensação de ter seu próprio corpo destruído.
Esses impulsos e sentimentos são acompanhados pelo desenvolver da atividade mental chamada fantasia. O bebê pode fantasiar agradavelmente ao ser gratificado pelo seio ou agressivamente ao ser frustrado.
A fantasia toma status de algo real, o destruir do seio mau, é sentido como algo que realmente aconteceu. Quando odiamos alguém que amamos, ficamos preocupados ou culpados, da origem do conflito da fantasia do bebê.
O sentimento de culpa inconsciente
Surge das relações primordiais e do medo inconsciente da própria agressividade, assim de ser incapaz de amar, também de ser um perigo àqueles que ama. Na vida adulta podem se manifestar de várias formas.
Algumas pessoas sofrem muito quando não recebem apreço, e insistem em demonstrações de amor. Outras estão sempre insatisfeitas consigo, sem razão objetiva, o popular complexo de inferioridade. Como impossibilidade ou medo de relações maduras profundas. No entanto, a culpa é essencial para a possibilidade de reparação.
Identificação e fazer reparação
Da preocupação com o objeto amado, ferido pelos impulsos destrutivos, há o desejo de reparar. Origem do sentimento de responsabilidade, preocupação, solidariedade genuína e empatia.
Ser realmente atenciosos implica em se colocar no lugar do outro, se identificar, importante para as relações humanas e condição de amor forte e verdadeiro.
Cuidar e se sacrificar pelo outro traz também a si a satisfação do cuidar. Assim como desempenhar o papel de mãe boa ou pai bom, também desempenhando o papel da criança boa com os pais. Tanto pela internalização, como reparação ou para lidar com as frustrações, sofrimento e ressentimento pelos pais como o desejo de vingança.
Um grande jogo de inconsciente e dinâmico de projeções e introjeções, de mudança de papéis.
Fazer reparação é elemento fundamental do amor em todas as relações humanas.
O relacionamento amoroso feliz
Um relacionamento saudável e satisfatório implica em forte apego, capacidade de sacrifícios mútuos e grande habilidade de compartilhar - a dor e o prazer, interesse e gozo sexual.
Haverá no relacionamento traços do relacionamento com os pais, em uma dinâmica de cuidar e ser cuidado, de ser mãe/pai e criança. Serão percebidos traços do pai/mãe no outro da relação em uma dinâmica complexa. A própria relação saudável diminui, no entanto, as fantasias sádicas.
Um relacionamento proporciona tentativas de reparação, amor e ódio, culpa, possibilidade de consumar o édipo sem culpa, reparação da agressividade dirigida aos pais, fantasiadas como destruição, etc.
Poder dar satisfação e cuidado ao outro é parte da reparação e constatar que há objetos bons em si.
Assim como reparar o sofrimento sentido na fantasia ou realidade na relação com os pais. Uma relação amorosa permite ao casal uma resolução edípica satisfatória. Toma-se o lugar do pai/mãe, sem ferir ou roubar. É possível ter o desejo na fantasia, ser feliz e ter uma relação de apoio mútua; dinâmica.
Maternidade: ser mãe
Há fios que ligam o relacionamento da mãe com o filho com a relação com a própria mãe. As crianças pequenas possuem desejo de ter seus próprios bebês e fantasias associadas.
Também são formas de gratificar a frustração de não poder ter tido um bebê então, além da possibilidade de reparação consigo, com figura materna e fraterna. O bebê exige cuidados e amor, algumas mães exploram essa necessidade para se sentirem desejadas, se prendem a elas e não querem que cresçam e desenvolvam individualidades.
Excesso de indulgência pode impedir sua própria reparação, assim como o desenvolvimento da criança. Indulgência - disposição para perdoar culpas ou erros; clemência, misericórdia.
O ideal é o envolvimento sadio, não excessivo, tendo satisfação no desenvolvimento do filho.
O mesmo vale na adolescência, uma vez que estes são mais independentes e se afastam dos pais.
A mãe que se relaciona com o filho adulto, pode perceber que não é mais importante quanto fora um dia, mas pode encontrar satisfação em manter seu amor pronto quando necessário, oferecer alguma segurança, sabedoria e acolhimento.
Paternidade - ser pai
Embora culturalmente mais distantes, assim como da questão biológica (gestação e amamentação), o pai pode ter gratificação e compensação aos desejos sádicos quanto à própria mãe ao dar um bebê à esposa. Assim como gratificação ao compartilhar o prazer maternal, ao se identificar com mãe boa.
Possibilidade de identificação com pai bom, real ou idealizado, podendo reviver sua infância de forma mais satisfatória ao ajudar, criar e estimular o desenvolvimento dos filhos. O papel do pai e da mãe, em uma relação saudável se mistura e se complementa.
Dificuldades nos relacionamentos familiares
A individualidade da criança pode não corresponder aos desejos dos pais, que podem desejar inconscientemente a figura de um irmão. Rivalidade e ciúmes fortes e não elaborados podem se repetir quanto aos filhos. Pais ambiciosos procuram se reafirmar à partir do êxito dos filhos.
Podem se sentir muito culpados por tomar o lugar do pai/mãe e não conseguir criar seu filho e assumir lugar de pai/mãe.
Superdepêndencia e voracidade na relação, no medo inconsciente da morte do amado, e medo da própria agressividade, impedindo por ciúmes, impedindo desenvolvimento e individualidade do outro, e consequentemente de si.
Infidelidade - como maneira de afastar do objeto primordial ao mesmo tempo que consegue relação superficial, ambivalência onde o indivíduo não se sente digno de amor. Salva o objeto amado de desejos ameaçadores, mas se liberta da dependência dolorosa.
Escolha do parceiro
Não há pura repetição, há a relação com pessoal real, mas com traços inconscientes de relações arcaicas. Pode escolher alguém com características completamente opostas, com alguns traços do pai/mãe, ou pode fugir de ligação parental forte demais. Pode vir de outras figuras, como irmão, avó, etc. Dada a impressão e fantasia da época. A atratividade também é composta por conteúdos conscientes e inconscientes, não só em termos sexuais.
Amizades na vida adulta
Tendem a ser mais maduras e com menor caráter sexual da adolescência. Capacidade de apoio, proteção e ajuda um ao outro, de dar e receber emocionalmente. Também remete à relação prototípica com a mãe - aquela que protegeu, ajudou e aconselhou e da qual crescemos e deixamos de depender, mas o desejo desse tipo de atenção se mantém. Mistura de atitude maternal com atitude da filha. Compartilhar interesses e prazeres, e também gozar da felicidade e sucesso da amiga.
Aspectos mais amplos do amor
Deslocamos nosso amor pelos primeiros entes queridos para outras pessoas e coisas em geral.
"Na mente do bebê uma parte do corpo pode representar outra e um objeto parte do corpo ou pessoas." O medo da morte da pessoa amada faz com que a criança se afaste até certo ponto e ao mesmo tempo gera impulso de recriá-la e encontrá-la a cada novo projeto.
Culpa, amor e criatividade
A culpa é incentivo fundamental para a criatividade e trabalho em geral. Se intensa demais, pode inibir interesses e atividades produtivas. Assim como o desejo de reparar pode se expressar de forma criativa e construtiva. Fontes de alegria, beleza e enriquecimento são percebidos como genitores bons e generosos. A relação humana com a natureza como "grande mãe", que as vezes frustra - suficientemente boa, assim como símbolos religiosos e outros.
Relacionamento com nós mesmos e com os outros
Somos tudo de bom e mau desde o primeiro dia de vida, tudo que recebemos do mundo externo e sentimos no mundo interno: experiências felizes e tristes, relações com as pessoas, atividades, interesses, pensamentos de todos os tipos. As pessoas internalizadas influenciam nosso comportamento.
A relação intercabível entre pai e filho que manifestamos na atitude com as pessoas é experimentada dentro de nós mesmos em relação às figuras prestativas que nos guiam de dentro da nossa mente.
São relacionamentos fantasiados na vida real. Nesse sentido, o pavor desse ódio tende a usar a defesa de projeção, para odiar o outro. No ciclo do amor, recebemos o amor dos pais, amamos a nós e levamos este amor ao mundo. Levando a pessoas confiantes, amistosas ou por outro lado desconfiadas e desagradáveis. Nossa própria atitude pode despertar o semelhante no outro.
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Desenvolvimento adulto - Psicologia
Big five - cinco fatores universais na personalidade
PERFIL COMPORTAMENTAL
Extroversão: pessoas afetuosas, falantes, agregadoras.
Neuroticismo: pessoas ansiosas, temperamentais, emocionais, vulneráveis ao estresse, etc.
Abertura à experiência: pessoas curiosas, que tendem a experimentar coisas novas e questionar valores tradicionais.
Amabilidade: pessoas confiantes, generosas, flexíveis, etc.
Conscienciosidade: pessoas ordeiras, controladas, organizadas, autodisciplinadas.
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Desenvolvimento adulto - Psicologia
Estresse
O que é estresse? é um processo neuro psicofisiológico no qual uma alta taxa de cortisol é liberado no organismo. À partir da percepção do estressor mobilizamos respostas emocionais, cognitivas e comportamentais. Este processo é complexo, envolvendo questões genéticas e fisiológicas, assim como da experiência de vida, aprendizagem, desenvolvimento do aparelho psíquico, suporte em geral (emocional, social, etc.)
O estresse crônico ou agudo pode adoecer o indivíduo por sobrecarga nos sistemas de manutenção e imunológico. Efeitos tardios ou piora de quadros como diabetes, inflamações, úlcera, AVC, depressão, câncer, podem ocorrer.
O estresse como dano é norteado pelo organismo que não consegue responder suficientemente. A percepção e enfrentamento variável pode, no entanto, afetar o equilíbrio do corpo e mente (não há dicotomia).
O enfrentamento do estresse exige recursos emocionais, financeiros, sociais, físicos, psicológicos, etc. Em geral, levam a um coping focado na emoção ou no problema.
Eustress - sentimento prazeroso, acompanhado por felicidade ou euforia.
Distress - sentimento desagradável, gera algum grau de sofrimento.
AVALIAÇÃO E ENFRENTAMENTO
Primária - resposta de luta ou fuga, não há participação cognitiva.
Secundária - há intervenção cognitiva, preparação e apresentação de enfrentamento.
Terciária - reavaliação para controlar o estresse, aumentar ou diminuir a resposta.
ESTRESSE E MEIA IDADE
Há influência hormonal e social - seleção natural.
Mulheres tendem a focar na emoção (coping) e homens no problema.
São mais preparados para enfrentar o estresse, pois possuem melhor percepção do que fazem, tem melhores estratégias para evitar ou minimizar conflitos.
Mulheres tendem a relatar mais estresse. Resposta de luta ou fuga. Resposta de cuidar e ajudar.
Pessoas nessa faixa tendem a experimentar mais estresse.
Estressores comuns - relacionamentos familiares, trabalho, dinheiro e habitação. Há maior sobrecarga diária.
Pontos de maior estresse - transições de carreira, filhos saindo de casa e regoneciação de relacionamentos familiares.
Estressores - Ocorre mesmo sem a presença física ou real de um estressor.
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Desenvolvimento adulto - Psicologia
Tendências de traço
Estabilidade emocional continua a aumentar, maturidade social - indivíduos mais confiantes, simpáticos, responsáveis e calmos de forma consciente. A maturidade permite hábitos e formas de vida mais saudáveis.
DESENVOLVIMENTO DE IDENTIDADE - MODELO NORMATIVO JUNG
No processo de individualização acontece equilíbrio e integração entre as partes conflitantes da personalidade. Surgem preocupações também com aspectos mais intensos, subjetivos, espirituais, significado em si mesmo, introspecção. Primeiro passo em abrir mão da imagem jovem e reconhecer a mortalidade. Também corresponde a fase da teoria de Erikson - generatividade versus estagnação e possibilidades de autorrealização segundo Maslow.
DESENVOLVIMENTO DE IDENTIDADE - COGNITIVISMO
Teoria do processo de identidade - Whitbourne. Mudar e manter.
A identidade é construída de percepções acumuladas do self. A percepção de características físicas, cognitivas e traços de personalidade é incorporada a esquemas de identidade confirmadas ou revisadas na interação social.
A assimilação da identidade é a tentativa de manter sentido consciente do self diante de novas experiências que não se ajustam ao esquema. Problemas: exagero, polarização.
Acomodação de identidade: ajuste do esquema para se adequar a novas experiências.
DESENVOLVIMENTO DE IDENTIDADE - PSICOLOGIA NARRATIVA
Destaca-se pelo método, normalmente utiliza-se a entrevista. "Conte a história da sua vida, como num livro. "
Pessoas altamente generativas tendem a criar roteiros de generatividade. Pessoas que se preocupam com o bem estar comunitário, enfrentam dificuldades com um sentido de "missão", desenvolvem valores morais estáveis que compactuam com melhoria para a sociedade como um todo. Enfrentam dificuldades e saem se sentindo transformados positivamente.
DESENVOLVIMENTO DE IDENTIDADE - PSICOLOGIA POSITIVA
Medida subjetiva, autorrelatada pelo sujeito, com dimensões próprias. Se relaciona com conceitos de saúde e qualidade de vida (recursos biopsicossociais) e traços de personalidade. Apoio de amigos e cônjuges, traços como extroversão, conscienciosidade, qualidade de trabalho e lazer são fatores importantes. Autoaceitação, relação positiva com os outros, domínio sobre o ambiente, objetivo de vida, crescimento pessoal.
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Desenvolvimento adulto - Psicologia
Vida intermediária ou meia idade
UM CONSTRUCTO SOCIAL
40 - 60 anos, não há consenso em sua delimitação, nem toda sociedade usa esse conceito. O aumento da expectativa de vida e avanços na qualidade de vida têm mudado a percepção e delimitações. Sua vivência é múltipla, com algumas tendências. Níveis socioeconômicos menores tendem a perceber esta faixa mais precocemente e seu encerramento também.
RECONSTRUÇÃO DE PAPÉIS
Separar-se dos filhos, mudar de trabalho, aposentar-se.
VARIÁVEIS ESPECÍFICAS
Gênero, raça, etnia, nível socioeconômico, coorte (grupo de pessoas nascidas na mesma época aproximada), cultura, personalidade, situação conjugal e parental, emprego, saúde, história de vida.
TIPOS DE VARIÁVEIS - ESTATÍSTICA E METODOLOGIA
Qualitativa nominal: profissão, sexo, religião.
Qualitativa ordinal: escolaridade, estágio da doença, classe social.
Quantitativa discreta: número de filhos, número de acesso à plataforma.
Quantitativa contínua: altura, peso, salário.
VARIÁVEIS INDIVIDUAIS
Alguns mais, outros menos - fôlego, saúde, memória, papéis e responsabilidades, auge da criatividade ou não. Já começam declínios e perdas, mas elas não costumam ser o foco, mas sim o domínio, competência e crescimento.
TRANSFORMAÇÕES FÍSICAS
É importante boa alimentação, exercícios moderados, controle de estresse, acompanhamento preventivo e promotor de saúde e ações de psicohigiene. Irão acontecer em menor ou maior grau, a depender dos hábitos de estilo de vida e manutenção de funções.
FUNCIONAMENTO SENSORIAL E PSICOMOTOR
Visão de perto, visão dinâmica (ler sinais em movimentos) podem ser prejudicadas, o indivíduo apresenta sensibilidade a luz, presbiopia, miopia.
Presbiacusia é a perda auditiva causada por história de vida e fatores de risco.
Sensibilidade gustativa e olfativa diminuem, podendo ficar mais sensível a certos sabores.
Força, sensibilidade de tato, velocidade, metabolismo basal, tempo de reação tendem a diminuir. Há perda muscular e aumento de gordura.
MUDANÇAS NO CÉREBRO
Declínio do tempo de reação, declínio de habilidades motoras complexas envolvendo muitos estímulos. Possíveis atrofias em áreas como da fala, tendência a degeneração da bainha de mielina.
TRANSFORMAÇÕES ESTRUTURAIS E SISTÊMICAS
Pele mais flácida, menos firme. Cabelos mais finos e grisalhos, perda óssea, perda de altura, articulações mais rígidas, perda da capacidade vital.
SEXUALIDADE E FUNCIONAMENTO REPRODUTOR
Menopausa - cessão da menstruação e capacidade de gerar filhos. Ocorre entre os 45 e 55 anos. Causa diminuição dos hormônios femininos e óvulos, mudando também o ciclo menstrual. Não foram encontradas associações com mudanças comportamentais, mais sim mudanças de humor.
Os homens possuem a capacidade de reproduzir mesmo em idades avançadas. No entanto, os níveis de testosterona, contagem de espermatozoides e qualidade do esperma diminuem à partir dos 30 anos. Ganho de peso, diminuição da massa muscular, disfunção erétil são características na meia idade.
ASPECTOS COGNITIVOS
De maneira geral, diversas funções cognitivas atingem o ápice na meia idade, onde declínios tendem a ser poucos ou geram pouco impacto.
VARIAÇÕES INDIVIDUAIS PSICOSSOCIAIS
As trajetórias e caminhos podem variar muito. A construção da identidade e estrutura de vida continuam. Variáveis sociais: gênero, geração, etnia, cultura e nível socioeconômico podem ter grande impacto no curso de vida.
Em nossa sociedade pós contemporânea, faz cada vez menos sentido discutir papéis de gênero - mesmo em sociedades pré-letradas, na meia idade, homens e mulheres tendiam a explorar aspectos considerados do outro gênero, após a criação dos filhos. O processo de individualização de Jung sugere também equilíbrio entre as partes no indivíduo. Os papéis estão cada vez menos distintos devido as revoluções sociais.
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