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“- MAS VOCÊ TRABALHA EM QUE MESMO?”
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A sua volta as pessoas acham que dança é um hobby, um passatempo, apenas uma diversão entre amigos que pode até render alguns trocados mas que não deve ser levada para a vida adulta? Ou veem a dança como uma área de mercado em potencial ascendência, polivalente e de amplo leque de ações?
Saiba que é você o formador de opinião daquelas pessoas que sempre nos deparamos na vida: "Você trabalha em quê? Sou bailarino. Ah que legal! Mas, tipo assim, trabalha em que de verdade? (...)" E o final você já sabe... Ou você repete sua resposta em tom mais alto e frenético e ameaça tacar seu copo de café na pessoa gritando: "É uma profissão como qualquer outra! É uma profissão como qualquer outra!". Ou você responde: "Na verdade eu sou uma micro empresa individual que trabalha fornecendo serviços artísticos e 90% a 100% desses serviços são relacionado a dança, por isso eu generalizo e falo que sou bailarino. :)".
A minha dica é nessa hora (depois dessa resposta linda) você dar um "they" na pessoa, porém uma dica mais sensata, deste blog sério, é você sorrir e dizer se ela tiver dúvidas e curiosidades sobre a área em que você atua, vocês podem conversar um dia desses em algum café (aí ela paga o café! Humor).
Uma das coisas que vem logo de cara quando me imagino trabalhando com a dança e afins, é esse senso de responsabilidade com a minha classe. Já parou pra pensar porque a profissão Advogado é tão rotulada por pessoas ardilosas e não confiáveis, ou a profissão de bombeiros é tão rotulada por salvar vidas? Ambas profissões exercem papéis fundamentais na sociedade, ambas têm prós e contras, não dá pra falar qual é melhor que a outra. Mas o que a sociedade rotula, muitas vezes de forma genérica e radical, é a imagem que vem a nossa mente. Sabemos que a imagem de um trabalho duro pode ser desfeito em um piscar de olhos por um único e isolado mal exemplo, isso é brabo.
E a nossa volta? Em nossa pequena rede de colegas de trabalho, amigos e familiares, como estamos permitindo rotularem a imagem da dança?
Tudo isso cai de forma mais substancial quando entendemos quem somos e o que a dança é para gente. Essa é uma pergunta a se fazer todos os dias: quem somos? Pois o tipo de profissional que você vai ser está diretamente ligado ao seu caráter. Busque o auto-conhecimento, pois quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve.
Diante disso, vejo muitos conhecidos que dançam muito bem e não conseguem trabalhar e muitos dançarinos sem maturidade corporal trabalhando muito, isso também é brabo...
Claro que tem todo o contexto político e econômico que estamos vivendo, mas quero focar aqui no que podemos de fato mudar: nós mesmos.
Vou colocar a minha vida como exemplo, eu não danço tão bem, não sou “sinistrona”, mas sei que estou acima da média, porém o que me mantém no mercado de trabalho são as minhas relações. Todo lugar que eu já passei eu deixei a porta aberta. Sempre fugi de treta, sempre tentei apaziguar ambientes tensos, me preocupo muito em fazer um bom trabalho não apenas em cena, mas também nos bastidores. Quando alguém me contrata eu me preocupo em entregar um pacote completo da “Sabrina”, não só a parte estética, que seria a dança, mas também todo o entorno como: modo de falar, vestimenta, agilidade na entrega dos documentos, respostas coerentes, seriedade, comprometimento, horário... Eu já errei muito nisso tudo e, hoje, vejo que essa formalidade é essencial para te observarem como um bom profissional. Saber falar com respeito, saber se calar e conter sua opinião quando necessário, tratar a todos com cordialidade e ser prestativo, abre muito mais portas do que você ter condições de fazer movimentos virtuosos e excepcionais.
Aprendi uma frase em um dos eventos corporativos que já fui e levo até hoje: “Pela técnica você entra, pro caráter você permanece”. Sem dúvidas essa é uma verdade que me faz trabalhar até hoje nesse mercado artístico super instável.
Seja um artista que ajuda e inspira outros artistas! PÁS
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A partir de quando percebo que me tornei um profissional?
Existem duas maneiras de você saber que ultrapassou as delimitações do amadorismo. A primeira é bem introspectiva, você simplesmente terá a noção que você representa a sua profissão. A sua postura, sua forma de agir e lidar com chefes, diretores, professores, alunos e colegas da classe trará esse peso. A segunda maneira diz respeito ação: agir, sair do lugar, o famoso mãos á obra.
Achei duas definições que nos cabem bem ao termo “profissional”:
- responsável e aplicado nos seus deveres de ofício.
- que dá caráter de profissão a (um modo de ser), seja por praticá-lo sistematicamente, seja por auferir lucros dele.
Vou destacar as palavras responsável, aplicado, sistemático e lucros. Ser profissional se resume a isso e é bem mais ou menos nessa ordem.
Temos que ser responsáveis acima de tudo, com nosso corpo, já que ele é o nosso instrumento de trabalho , com a nossa imagem, sobre o que eu quero dizer ao chegar nos locais que frequento. Responsáveis com horário, fazer o que foi acordado, garantir a satisfação de quem contratou, garantir a qualidade do trabalho... Responsabilidade é uma questão de caráter, que é passível de desenvolvimento. Temos que ser aplicados, diligentes, zelosos, simplesmente porque é algo nosso. Você plantou, germinou, nutriu e nasceu. E sabemos que se você não der a devida importância no escalar da sua profissão, ninguém vai dar. Seja aplicado, coloque em prática e mais à frente você colherá os frutos.
A prática sistemática é suor, talvez não no sentindo real da palavra, mas suor vem de trabalho excessivo. Trabalho duro, acordar mais cedo, trabalhar sozinho, treinar, treinar, entender, repetir, estudar, fazer de novo, olhar de fora, olhar de dentro, buscar outras áreas, treinar com pessoas, treinar sozinho... É um sistema e um sistema para dar certo é cíclico, ele se repete. Com isso, não deixe desânimo, nem dúvida, nem vontade de desistir entrar nesse sistema pois como é um ciclo essas coisas sempre vão voltar e uma hora ou outra você vai estar se sentindo de tal jeito de novo.
Falando em ciclo, dentro desse sistema deve ter o lucro, ganhar dinheiro. Auferir lucro basicamente é chegar em um resultado, não que tudo o que você aplicar deva ser medido em lucros ou valores monetários. Já vimos trabalhos grandes e profundos sem grandes verbas e trabalhos rasos com todo um sustento capital. Mas o trabalho dos outros não entra em questão, aliás nunca entra em questão, não caia nessa de se justificar pelo que o outro está fazendo, esse é o caminho da média, e não é esse tipo de profissional que queremos ser. Simplificando, um profissional completo ganha dinheiro com sua profissão, isso fecha o ciclo. É um resultado que será colhido diante de tudo o que conversamos sobre, responsabilidade, dedicação e aplicação outras coisas. Agora, imagino você me perguntando: Como ganhar dinheiro com artes? Isso fica para um próximo post.
Concluindo, galgue, prospecte, atraia lucros com seus projetos artísticos, cresça de forma profunda, invista em você e saiba que há algo mais, sempre há algo mais.
Grande abraço 😘
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BOMBRIL texto de 2015
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Não é da minha época (ufa, me safei), mas sabemos até hoje que a tão famosa esponja de aço basicamente servia pra tudo, desde polir panelas a melhorar a sintonia da televisão. Hoje temos sinais digitais e tudo o mais, porém a expressão ficou. Bombril é aquela pessoa que se vira nos trinta, é eclética, se joga e cumpre a missão dada. Quem nunca se arriscou no tap ou dança de salão porque alguém faltou e acabou ficando um buraco na coreografia? Pois é, a pergunta da vez é: quem nunca?
O bailarino que “se joga” conquista mais coisas, ganha confiança dos coreógrafos e acaba por viver mais experiências. Mas claro que nada disso é feito de qualquer maneira, é preciso respeitar a área de cada um, pois tudo é dança e estamos no mesmo grupo. Não é porque sou bailarina clássica (de ponta e tutu) que vou desmerecer o trabalho dos que fazem dança de salão por exemplo. Ou se faço dança show (de carão e rebolado) olhar torto para os bboys (que vivem no chão). A questão não é segregar ou criar hierarquias, mas incentivar o bailarino a direcionar sua carreira para ser um artista completo, Quem nunca fez uma audição que na hora perguntaram quem sabia fazer acrobacias como mortais ou duplos twister carpados? Quem já fez um trabalho que teve que andar de patins? Quem nunca passou por um teste de canto? Quem nunca se jogou na maquiagem artística e interpretou m personagem de algum mundo mágico? Quem nunca? Nossa vida profissional exige muita dedicação para obtermos conquistas, para isso é exigente sermos profissionais altamente qualificados, polivalentes e flexíveis. É importante também não invadirmos a área de ninguém e respeitar a ética profissional, se eu não sou da dança contemporânea não vou desmerecer esta arte e achar que fazer qualquer coisa (doida se tacando no chão) vai suprir e preencher a necessidade dela. Cada área é igualmente profunda e rica por isso vale a pena se intensificar o seu estudo, além de te dar um diferencial, você vai se sentir cheio de informação. Logo logo seu corpo vai pedir mais conhecimento e quando você começar a buscá-lo em outras áreas como artes plásticas, poesias, filmes, fotografias, livros, etc, e conseguir traduzir tudo o que tem a sua volta em dança, você vai perceber que cresceu como artista. Temos que viver projetando evolução para com isso conquistarmos mais e mais degraus. Lembrando que durante essa escada há lições, experiências, reflexões e o artista que se adapta em qualquer situação colhe mais resultados positivos. Para o fim desejado há de se valorizar (preencher de valor) o percurso. Hoje é o seu percurso, comece já!
“O entusiasmo é a maior força da alma. Conserva-o e nunca te faltará poder para conquistar o que desejas.” Napoleon Hill
“Fica a dica, beijo, fui!”
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“Personal Motivacional” texto de 2015
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Já tinha dito antes que o bailarino é o seu próprio personal trainer, nutricionista, personal stylist, psicólogo... Ele deve se preocupar com o corpo, com sua imagem e também deve se preocupar com sua mente. A verdade seja dita, a motivação é nosso combustível.
Cada degrau deve ser galgado com muita dedicação e zelo, pois quando passamos por um degrau ele não deixa de existir, ele passa a se tornar nossa base. Ao almejarmos coisas grandes na nossa área devemos nos preocupar qual é a base que estamos construindo. Se você quer crescer, se preocupe em ter uma base consciente, então se motive! Estive perguntando a alguns bailarinos sobre o que os motiva e o que os desanima, fiquei surpresa com tanta diversidade de visões.
A começar por mim - sobre remuneração, acho que é geral, todos concordam que deveríamos ser mais valorizados, mas quero falar mais sobre o lado empírico da coisa. O que me desmotiva é quando subestimam o bailarino e com isso a qualidade da dança nos trabalhos cai. Eu como bailarina quero sempre fazer o meu melhor, a minha dança mais difícil, exigir do meu corpo o máximo e observar como consigo transformar uma sequência difícil em algo adaptado para o meu corpo e quando isso não é exigido de mim sinto que fiz um trabalho incompleto. A motivação vem em descobrir novas formas de perceber meu corpo ao dançar, enfrentar as dificuldades naturais dos movimentos e até mesmo chegar à exaustão por causa de um desafio. Uma competição comigo mesma, é viciante.
“O que me motiva no momento é fazer os outros dançarem, gosto muito de dar aula, iniciar as novas gerações. Quero voltar a dançar de verdade, mas o tempo é pouco, disponibilizo meu tempo mais para os outros do que pra mim mesmo, em trabalho, projetos sociais. (...) O que desmotiva? Hummm, não tem. Até hoje graças a Deus nada deu errado, também não sei se sou sortudo (risos). Entendo que não é para vida toda por isso corro atrás de outras coisas, mas a principal motivação é formar a nova galera, eu gosto muito.” Xaveirinho (dançarino, professor de urbanas e empresário do MX Studio de Dança)
“O que me motiva na dança? É saber que não há só uma possibilidade, um caminho, para obter um resultado. A dança não é como um problema de matemática, tampouco funciona como uma fórmula de física. A dança é aquilo que a gente quer que seja. A infinita possibilidade de movimentos é o que me faz acreditar que a dança não precisa se fechar numa caixa e seguir regras. O que me desmotiva é ver, cada vez mais, uma padronização dos movimentos. Nós somos pessoas diferentes, corpos diferentes, com histórias de vida diferentes. A dança se torna muito mais prazerosa quando o bailarino coloca um pouco de si, das suas emoções, na dança.”
Beatriz Belos (bailarina, formada em Dança pela UFRJ)
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PRIMEIRO POST
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Salve galera, SAVAZ na casa. Nesses primeiros posts do blog não queria apenas me apresentar, mas também trazer algum conteúdo. Então resolvi postar alguns textos antigos que tenho guardado há anos para esse projeto, que finalmente estou tirando do papel: um blog sobre dança, cultura e afins.
Sempre escrevi. Desde quando aprendi a unir vogais e consoantes. Tenho meu primeiro diário datado em 1998, onde minha maior preocupação era minhas brigas com meu irmão. Em 2004 criei meu primeiro blog, sou blogueira raiz, cara! Mas naquela época era outro conceito, eram outros objetivos. A blogosfera era cheia de nicknames misteriosos, cheias de textos longos e sem sentido, dos temas mais variados e do público mais híbrido, era um lugar bom de se viver, até vir a colonização. O mundo real invadiu o mundo virtual e tudo se tornou uma enorme selva de pedra. E aí, eu parei de escrever. Mas quem quiser conhecer a Sabrina de uns 20 anos atrás pode visitar meu blog pessoal.
Bom, hoje volto para a blogosfera. Estou aqui tirando a poeira dos móveis, reconhecendo o local e disposta a fazer dessa plataforma um lugar de troca, de notícias, sem pressa, sem pressão, sem dezenas de redes sociais, sem likes, compartilhamentos e comentários... quero apenas escrever. E aquele que estiver por aqui com boas intenções, será muito bem-vindo! Tenho 12 anos de carreira e nesse meio tempo fiz muita coisa, conheci pessoas incríveis... Nossa, eu mudei tanto! Não quero que tudo o que vivenciei se apague comigo, minha memória é péssima! rs Também tenho muitas reflexões, indagações e valores que acredito serem relevantes a se compartilhar.
obs: Lembrei que escrevo tanto quanto falo, esse primeiro post vai ficar enorme!
Prazer, Sabrina. Para quem não me conhece sou bailarina, bgirl e e mais um monte de coisas (tipo arte educadora, produtora cultural, empresária, esposa, líder espiritual, inventadora de moda, etc). Natural da zona oeste do Rio de Janeiro, me mudei para zona sul por trabalho e acabei ficando por aqui. Meus melhores amigos a dança me deu, e meu esposo, Kapu Araujo, também veio por ela. Por um tempo em minha vida, eu falava que a dança era eu e eu era a dança. Quando alguém perguntava: “O que é a dança pra você?”, eu respondia: “ Minha vida”. Mas aí vem a maturidade e nos faz perceber que quanto mais rápido arranjarmos um rótulo, uma identidade, um nome, mais rápido nos livramos do trabalhoso Auto-Conhecimento. Só que para uma vida profunda e significativa, você não pode fugir dessa parte. E foi nesse processo, de me forçar a ter uma visão ampla de mim e da minha vida, percebi que me enquadrar em um mercado, área ou estilo de vida só me diminuía e me limitava. Quando virei a chave e caiu a ficha que a dança era apenas uma ferramenta, senti pela primeira vez que tinha um poder de fazer a diferença na vida de alguém, ou de uma galera.
Me apresentar é muito difícil (e desconfortável), por isso pensei bastante no que eu escreveria nesses primeiros posts, se fazia um panorama dos eventos que estão por vir, se comentava os últimos espetáculos que assisti, discuti comigo mesma se trazia logo os conteúdos sobre gestão de tempo, empreendedorismo, exercícios, novidades... vish, muitos temas pipocaram na minha cabeça. No entanto, pensei em resgatar meus textos antigos, nunca vistos/lidos, como se fosse um jeito de respeitar e relembrar aquela antiga Sabrina, que gostava simplesmente de escrever e compartilhar coisas. Vou começar com 3 textos de “Vida de Bailarino”. Era uma coluna que tentei introduzir em uma revista local cujo tema é dança, o projeto nunca foi para frente, mas eu tinha boas idéias para as pautas. Depois, seguiremos com novos conteúdos, nessa primeira semana de inauguração vamos ter postagem nova todos os dias, mandem dicas de conteúdo!
Bom, com isso, vou me despedindo e deixando registrado meu compromisso de ser imparcial, abrangente e sincera neste blog e instagram. E você, caro visitante, por favor seja crítico, colaborador e incentivador. Do fundo do coração, espero que seja uma plataforma positiva e que agregue ainda mais a cultura, o mercado e a nossa cena. Vlw, muita paz!
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