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Não contente com a caminhada e com o tempo em que estava percorrendo, ela começou a correr mais e mais. Ela corria porque queria muito chegar ao ponto final, pois acreditava que quando alcançasse seu objetivo os problemas se dissolveriam. Ela correu, caiu, passou por sóis escaldantes e chuvas intensas; estava exausta. Tomada pela falta de ânimo por inteiro, então percebeu que apesar de ter ido mais e mais rápido, estava correndo em círculos. Ela se deu conta de tudo que perdeu em seu caminho por querer avançar as fases, pular os processos… Ela se esqueceu de olhar para os ipês floridos, para o arco-íris que rasgava o céu; deixou de apreciar o crepúsculo que coloria o horizonte aos fins de tarde e isso porque estava com tanta pressa; pressa para viver. E na ânsia de viver tudo de uma vez, acabara vivendo quase nada em busca de metas incabíveis. Tomada pela frustração que toda essa demanda lhe causara, passou a andar devagar, a sentir o ar preenchendo os pulmões, voltou a criar laços e raízes; pois percebeu que sozinha iria mais depressa, mas acompanhada iria mais longe. 

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Talvez eu realmente não tenha nascido para o amor, e a morte solitária seja o único lugar possível.

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E F Ê M E R O

Ninguém morre por amar outra pessoa; Ninguém morre porque outra pessoa fez algo ruim. A gente sente, sofre, sangra e segue. Tudo é temporário, inclusive suas dores.

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