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JOGOS DIGITAIS: LUDOPEDAGOGIA A FAVOR DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA A Ludopedagogia, pautada em propósitos pedagógicos e alinhada às diretrizes educacionais vigentes, utiliza da atividade lúdica para desenvolver habilidade motora e cognitiva dos alunos. Brincar já faz parte da rotina das crianças e aliar a brincadeira com a prática pedagógica possibilita um ganho no processo de aprendizagem. “Por meio da atividade lúdica e do jogo, a criança forma conceitos, seleciona ideias, estabelece relações lógicas, integra percepções, faz estimativas compatíveis com o crescimento físico e desenvolvimento e, o que é mais importante, vai se socializando”, define Margarete Miyuki de Souza autora do artigo “A importância da ludopedagogia na alfabetização”. A interação existente na prática de brincadeiras em sala de aula é fundamental, principalmente para quem tem deficiência e, portanto tem dificuldade em se relacionar. Com os alunos com autismo, por exemplo, a comunicação é rara por falta de interação. Para haver esse convívio com os colegas, é importante trabalhar com jogos onde precisem de 2 ou mais alunos, disso ajudará a desenvolver o aspecto social de cada estudante. Pensando nessas questões uma empresa brasileira se aproveitou dos mecanismos tecnológicos e desenvolveu uma mesa digital conhecida por PlayTable, da qual pode ser utilizada por crianças a partir dos 4 anos de idade e que tem como principal objetivo ajudar a promover uma melhor assimilação dos conteúdos abordados em sala com seus jogos e aplicativos interativos. Assim os alunos podem socializar e se divertirem enquanto aprendem. Na Escola Municipal Nise da Silveira a mesa é usada por diversos professores, pois nela existem jogos com atividades ligadas às matérias tradicionais como Português, História, Matemática e outras para estimular a percepção dos alunos. A maioria das atividades foi planejada para serem feitas de modo coletivo, o que ajuda na construção de um espaço inclusivo dentro da sala de aula. Mais de 200 mil crianças de 800 escolas, entre públicas e privadas, já foram beneficiadas com as mesas. Estruturalmente planejada para sua durabilidade, a mesa conta com uma tela resistente a líquido e batidas, também possui um plástico amortecedor para absorver impactos e vibrações. Além disso, ela é atrativa por conta da variedade de cores e desenhos presentes nos jogos. Reconhece o toque humano e também de objetos de plástico, metal e feltro, entre outros. Portanto elas também podem utilizar pincéis para pintarem os desenhos projetados na tela, trabalhando a criatividade das mesmas. Alguns relatos de mães com filhos autistas, por exemplo, mostraram que apesar dos diagnósticos apontarem para uma baixa possibilidade deles aprenderem a ler e escrever, com o auxílio dos jogos disponíveis na mesa isso teve resultado positivo. “Através de pesquisas foi verificado que o aprendizado por meio dos jogos e aplicativos lúdicos facilita o desenvolvimento do raciocínio lógico, a memorização, a atenção, a paciência, a criatividade, a resolução de problemas, as linguagens de expressão e a coordenação motora fina das crianças” comenta Marlon Souza, diretor executivo da empresa PlayMove. Ainda não existem tantas escolas com mesas ou aparelhos eletrônicos que beneficiam o aluno especial e os alunos sem deficiência. Infelizmente com a crise no país a compra desse tipo de equipamento fica de lado em prol de outros interesses. Porém podemos comemorar as pequenas vitórias, pois projetos assim contribuem para o desempenho escolar de muitos alunos, melhoram a qualidade de vida e inspiram novos empreendimentos nessa área de tecnologia assistiva.
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