Exposição virtual sobre os Portais Românicos mais relevantes existentes em Portugal
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Rota do Românico
A Rota do Românico localiza-se no Vale do Sousa e resultou da necessidade de desenvolver a região e de promover o património destas localidades. Constituída por mais de 50 monumentos românico, esta rota liga desde igrejas a mosteiros, pontes e torres do românico. Aborda também os costumes, tradições e profissões típicas de cada localidade.
No site é-nos apresentado todos os monumentos da rota, assim como informação sobre toda a bibliografia relacionada com este tema. É ainda possível criar uma rota personalizada e fazer marcação de visitas.
Para mais informações consultar: http://www.rotadoromanico.com
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Mosteiro de S. Salvador de Bravães
O Mosteiro de S. Salvador de Bravães fica situado em Ponte da Barca e a sua construção actual remonta ao século XII.
O portal principal (fig. 1) é constituído por um tímpano com escultura (fig. 3) e 5 arquivoltas que se apoiam em 8 colunas laterais (figs. 2 e 4), 4 de cada lado.
No tímpano (fig. 3), está uma representação da Maiestas Domini, ou seja, Cristo na Glória no Céu. Consiste numa figura de Cristo entronizado, dentro de uma mandorla toreada segura por duas figuras, anatomicamente incorrectas. O tímpano é apoiado por 2 mísulas com cabeça de touro.
Nas arquivoltas figura o apostolado, onde é visível a figura de Santiago e na fig. 4 é também vísivel uma representação da Anunciação, com o arcanjo Gabriel e a Virgem Maria, que se assume como uma Nossa Senhora do Ó, pois tem o mão esquerda apoiada no ventre. Nos fustes estão ainda representados motivos animalescos, como serpentes e quadrúpedes.
Para mais informações consultar: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=2175
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Igreja de S. Pedro de Rates, Póvoa de Varzim
A igreja de S. Pedro de Rates foi o 1º edifício a ser construído por encomenda da Congregação de Cluny em Potugal e aponta-se que a sua construção se tenha realizado no século XII. Este edifício tem 3 portais.
O portal lateral Sul (fig. 1) tem uma estrutura e escultura algo complexa: está presente uma representação do Agnus Dei crucífero, com um rebordo de folhas. O Agnus Dei desvia o seu olhar para cima, para a cruz. Nas arcadas (figs. 2 e 4), está representado o tetramorfo, que é a figuração dos quatro Evangelistas através de animais, respectivamente: S. Lucas, pelo touro; S. Marcos, pelo Leão; S. João, pela águia e S. Mateus, pelo anjo. Por último, há ainda a representação de 2 feras-atlantes que suportam as colunas laterais.
Este portal (fig. 1) é o mais complexto dos 3 portais desta igreja, sendo composto por tímpano (figs. 1 e 3), 3 arquivoltas e 8 colunas (figs. 2 e 3), 4 de cada lado do portal. No tímpano é igualmente onde existe mais animação: está representado Cristo com mandorla, sentado, com a mão direita a abençoar e com um livro na mão esquerda. Cristo está rodeado por 2 figuras frontais, ambas com nimbo. Pensa-se que uma delas seja S. João Baptista. Estas 3 figuras são "seguras" por outras 2, em posição horizontal e os autores crêem que sejam Judas e o herege Ario, devido ao Salmo 110, que faz um paralelo sobre o horizontal dos inimigos e a verticalidade de Cristo e dos Profetas. Também as arquivoltas são decoradas: na 1º arquivolta interna está um conjunto de anjos de duas asas e na 2º, um apostolado, representando sete apóstolos, sentados em cátedras, tendo báculo na mão de dentro e dístico. Esta junção de Cristo com os apóstolos é importante, pois está mencionado nos Evangelhos que Jesus Cristo lhes prometem lugar para se sentarem ao seu lado no trono do Céu. Está também presente o tetramorfo nas arcadas.
O portal norte é muito simples, constituído por um tímpano liso (fig.1) que assenta em mísulas ornamentadas com enrolamentos, 2 arquivoltas com friso gravado e 2 colunas, cujos capitéis apresentam motivos vegetalistas (figs. 2 e 3).
Para mais informações consultar:
http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=5133
Fotografias tiradas pela autora.
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Igreja de S. Pedro de Águias, Viseu
A Igreja de S. Pedro de Águias encontra-se no Tabuaço, no distrito de Viseu e a sua construção começou no século XII.
O portal principal (fig. 1) desta igreja é composto por 3 arquivoltas, 4 colunelos, 2 de cada lado e um tímpano. Em relação às arquivoltas: a interior apresenta animais e palmetas; a central, motivos fitomórficos e, a exterior, contém folhas de acantos. Estas arquivoltas assentam em colunelos de fuste liso, sobre bases decoradas com ziguezagues e ondulados, tendo a interior, do lado esquerdo, decoração simples e uma carranca no ângulo exterior. Já os seus capitéis do lado direito do portal contêm motivos antropomórficos e zoomórficos e, os do lado do esquerdo, apresentam motivos vegetalistas. Em cima destes capitéis está uma imposta com folhas de acanto, suportando dois leões de cada lado. O tímpano apresenta Croix Nouée vazada entre laçaria com forma de serpente. Do lado esquerdo do portal, existe um pequeno portal (fig. 2), que dava acesso ao claustro que existia no passado. O tímpano é muito simples, decorado com linhas entrelaçadas terminando uma delas em cabeça de animal e encimada por uma cruz pátea.
O portal lateral (fig. 3) da Igreja de S. Pedro de Águias é composto por um tímpano e 2 arquivoltas (a primeira arquivolta contém 3 cabeças de lobo, rodeadas de motivos geométicos e a segunda apresenta folhas de acanto). Estas arquivoltas assentam numa coluna de fuste liso em cada lado, de base simples. Nos capitéis estão representados uma serpente com escamas e folhas de lança. Já no tímpano, está representado o Agnus Dei crucífero.
Para mais informações consultar: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3676
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Igreja de S. Cristovão de Rio Mau, Vila do Conde
Esta igreja apresenta-se como uma das igrejas românicas portuguesas mais antigas, sendo que a construção deverá ter sido iniciada no ano de 1151. Localizada em Vila do Conde, S. Cristovão de Rio Mau é notável, não graças às suas formas arquitectónicas, mas sim devido aos elementos escultóricos que apresenta. Para além do portal principal, a qualidade dos relevos que encontramos nesta igreja é visível na capela-mor, em que estão 4 grandes colunas cujos cestos são uma demonstração do domínio técnico da altura.
O portal principal (fig. 1) é constituído por um tímpano decorado, 3 arquivoltas e 6 colunelos, 3 de cada lado do portal. Rematado por um gablete, é encimado por uma cruz dos Templários. As arquivoltas são ornamentas e envolvidas por um friso duplo com entrançado na barra exterior. Estas arquivoltas são apoiadas por 6 colunelos com capitéis (figs. 2, 3 e 4) igualmente decorados. O tímpano é revela-nos uma figura, Santo Agostinho, o que não deixa de ser curioso, pois esta igreja esteve aos cuidados da Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Esta figura é rodeada por dois acólitos.
Para mais informações consultar: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=5246
Fotografias tiradas pela autora.
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Introdução
"A imagem é a escrita dos iletrados."
- Padre Gregório I, o Grande
Este trabalho insere-se na Unidade Curricular de História da Arquitectura Medieval em Portugal I, leccionada pela Professora Lúcia Rosas. Esta unidade curricular integra-se no Mestrado em História da Arte Portuguesa da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. O objectivo deste site é evidenciar a importância da escultura arquitectónica dos edifícios religiosos românicos.
O estilo românico em Portugal está associado à reconquista do território Português e à tentativa de unificar e defender as regiões que iam sendo conquistados aos muçulmanos. É também necessário mencionar que as ordens religiosas e militares foram importantes porque para além do desenvolvimento das arquitecturas, era também necessário reconverter as populações ao cristianismo.
Nestas igrejas, confirmou-se que os relevos usados nas superfícies eram de facto fundamenteis: nesta época, os fiéis, devido à sua baixa instrução, eram "ensinados" a aprender a doutrina religiosa através das relevos esculpidos nas igrejas românicas. Neste caso, os portais situam-se logo à entrada das arquitecturas, criando uma ligação com o fiel, sendo o primeiro contacto que ele tem com o edifício e muitas vezes o único.
Em geral, e a apesar do românico em Portugal se manifestar por regiões, é possível traçar características comuns nestes portais como veremos nos exemplos seleccionados: a representação de Agnus Dei, Maiestas Domini e de motivos apotropaicos.
Ana Rita Hierro
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Portais selecionados:
- Igreja de S. Cristovão de Rio Mau (Vila do Conde)
- Igreja de S. Pedro de Águias, Tabuaço
- Igreja de S. Pedro de Rates, Póvoa de Varzim
- Mosteiro de S. Salvador de Bravães
Bibliografia consultada:
- ALMEIDA , Carlos Alberto Ferreira de - História da Arte em Portugal. O Românico. Lisboa: Editorial Presença, 2001.
- GUSMÃO, Artur Nobre de - Românico Português no Noroeste. Lisboa: Vega, 1992.
- BOTELHO, Maria Leonor; PÉREZ GONZÁLEZ, José María; ROSAS, Lúcia - Arte Românica em Portugal. Aguilar de Campoo: Fundación Santa Maria la Real, 2010.
- RODRIGUES, Jorge - A Arquitectura Românica in História da Arte em Portugal. Lisboa: Editorial Presença, 2002.
- VASCONCELOS, Joaquim - Arte Românica em Portugal. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1992.
Fotografias retiradas do site http://www.monumentos.pt, excepto quando assinaladas.
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