perpeculie
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cru
é uma dor muito profunda. é maior que a saudade. é a dor de perceber como estou melhor aqui, longe de vocês. mesmo amando tanto vocês. e é a dor de ter evitando tanto, nesses dois últimos anos, ir aí. quando na verdade eu tava cheia de saudade e de amor pra dar. evitei por medo, por proteção, por querer cuidar de mim mesma. inclusive, essa dor e culpa de estar melhor aqui, antes, quando eu não me permitia senti-la, se transformava em culpa entranhada. essa culpa se tornava eu mesma. então eu sabotava as oportunidades daqui, eu comia demais, bebia demais, saía demais, eu me alienava, ficava sem energia. quando na verdade tudo isso era amor e saudade querendo sair e sendo bloqueado pelo medo. sinceramente, quero mais do que tudo voltar pra recife e olinda e ver minha família e amigos. ver vocês. vê-los. mais que tudo. a vontade é só voltar pra sp no primeiro dia de aula. e me pergunto onde tava esse sentimento todo antes. essa saudade toda guardada, que eu mentia pros outros e pra mim mesma não sentir. na verdade, era isso que tava acontecendo... mas a verdade é que tenho muito amor pra dar, amo vocês mais do que tudo, só precisava me proteger e preciso me perdoar por isso. me perdoo por isso. eu amo vocês. eu estou aprendendo e tive que aprender a me amar. estar perto de vocês me machucava muito, não me fazia ver a pessoa linda que eu sou. e hoje eu vejo. eu sou uma pessoa linda. e aprendi a nutrir esse amor por maria lua. e é isso que dói hoje. porque parece que o tempo todo preciso escolher entre esse amor por maria lua e esse amor por vocês. e pra mim, que passei a vida toda escolhendo vocês, hoje eu me escolho. mas agora vejo que apesar de me escolher, tem uma usina de amor numa represa que não dei por vocês por me enganar achando ser um trade-off, uma troca. hoje vejo que não é. respeitando a mim mesma e ao meu espaço eu consigo me nutrir de amor e ter amor saudável pra viver com vocês. eu amo vocês. espero muito conseguir fazer isso em recife e olinda agora: amar vocês me amando. pra isso, preciso do meu espaço. mesmo que doa em vocês, mesmo que vocês não entendam. eu faço isso por mim e por vocês também. tô chegando aí em breve e tô sonhando com o abraço e beijo de cada um de vocês. vocês são a minha vida também. obrigada por serem amor, obrigada por serem acolhida. eu vos perdoo por também serem dor. sinto muito por ser dor às vezes também. estamos juntos no amor.
agora, me sinto cheia de amor, cheia de luz cheia de vida. o vazio que eu buscava não existe mais. era esse amor tentando fluir dentro de mim. me vejo como puro amor, como o que eu sou. exu me fala que ainda existem desafios porque é a vida, mas que eu não preciso mais reprimir nem guardar tudo isso. esse vazio já era. eu sou puro amor. rosa menina sorri.
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@jumotoshiima
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Samuel Beckett, from The Complete Dramatic Works; “Endgame,”
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Feelings are just visitors, let them come and go.
-Mooji
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Salvador, Brazil, 1957. Photographed by Dmitri Kessel.
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Bresil, photographies de Fulvio Roiter, editions Atlantis, 1970.
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