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Que horas ela volta?
Política à parte, é inegável que nas últimas décadas o Brasil avançou na área da justiça social. Ainda que tenhamos muita desigualdade, com alguns avanços, pessoas que eram vistas como de segunda classe, agora podem sonhar com futuros antes impossíveis. O filho do pedreiro pode, por exemplo, sonhar em ser médico. A filha da cabeleireira pode sonhar em ser empresária e a empregada doméstica pode imaginar um futuro diferente do seu para os filhos. As dificuldades financeiras ainda são barreiras entre as pessoas e seus sonhos, mas pelo menos hoje é permitido enxergar por cima dos muros financeiros e sonhar. Esse é um dos temas tratados em “Que horas ela Volta?”, obra elogiável da diretora Anna Muylaert. Elogiado nos Estados Unidos, é o filme brasileiro mais assistido da história na França e vai concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro.
Tratando justamente da contraposição das classes sociais, a trama traz a Empregada Doméstica Val (Regina Casé) que mora na casa dos patrões e é “quase” da família. Val recebe sua filha Jéssica, que veio a São Paulo para o vestibular. Jéssica é “acolhida” na casa dos patrões de sua mãe. A trama toda se desenrola no choque desses mundos: os patrões ricos, a empregada doméstica e sua filha que sonha em ser arquiteta e não acha tão normal o fato de sua mãe dormir num quartinho apertado e ser tratada como gente de segunda classe no universo daquela casa. Jéssica representa justamente essas novas possibilidades que aparecem no Brasil. Mas esse é apenas um dos temas de um filme que tem muitas camadas e interpretações.
A forma como os ambientes onde a Val vive são apertados e desconfortáveis, contrastando com o conforto do restante da casa, reforçam as diferenças entre as realidades de patrões e empregados. Os detalhes, como o fato da Val chamar sua patroa, que é mais jovem do que ela, de “Dona” Bárbara, deixam o filme ainda mais bonito e vale a pena assistir várias vezes para percebê-los. O papel da arquitetura como instrumento de mudança social fica claro numa análise um pouco mais cuidadosa, já que é a arquitetura que constrói quartinhos apertados nos fundos das mansões.
Muitas pessoas de várias classes, profissões e visões de mundo, precisam ver esse filme. Precisam conhecer a história da Val e entender, mesmo que de forma primária, como as mudanças sociais que aconteceram nos últimos anos têm impacto na vida das pessoas. Filmes como esse contribuem para mudar o pensamento de uma sociedade, e para a diversão de quem aprecia boas histórias.
Leva 5 garfinhos!
Elvis Picolotto
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Nem direita, nem esquerda,queremos um Brasil pra frente. #BréBR (:
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APRENDENDO A DESAPRENDER
Desde pequenos, escutamos que devíamos estudar, tirarmos boas notas para arrumarmos um bom emprego e passarmos toda a vida pagando uma casa própria que compramos financiada em 30 anos por um banco do governo, onde viveríamos pelo resto da vida.
Desde pequenos, assistimos muitas matérias em telejornais, entrevistando desempregados desesperados e endividados, em busca de uma oportunidade numa enorme fila dos excluídos. Isso dava um medo do futuro...
Desde pequenas, muitas meninas ouviram: "homem não presta"; enquanto, do outro lado, muitos meninos ouviam: "mulher é tudo vagabunda". Mais do que ouvir, muitos assistiram de camarote, como num reality show, o casamento de seus pais se dilacerar, regado a um tempero de muitos gritos, agressões e desrespeito.
Crescemos. E agora, como estarmos pronto para esperar mais da vida sem ter medo dela? Como sonhar em empreender, correr mais riscos, sem o pavor de sermos um daqueles desempregados e endividados das matérias que assistimos? Como se entregar a um relacionamento de corpo e alma, sem temermos nos machucar?
Pra vencermos em várias áreas da vida, quase sempre precisaremos DESAPRENDER muito do que fomos doutrinados ao longo da vida e nos atrevermos a mantermos a esperança em meio ao caos e a disposição de colocarmos os nossos em prática em meio a descrença difundida por todas as partes.
Não tenha medo! Independentemente das injustiças que presenciamos, somos capazes de superar os obstáculos e conquistarmos muito mais do que tentaram nos convencer desde ainda muito pequenos.
Gostaria muito de ter o poder de lhe fazer acreditar que a vida é muito mais do que tentaram lhe convencer, mas este poder está somente em suas mãos.
#PenseForadaCaixinha
- Geração de Valor.
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