Tumgik
panteonrpg · 2 years
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O início
Fuengirola é uma pequena cidade costeira na Espanha. Pequena, mas não quer dizer insignificante. É reconhecida pela sua comunidade bem estruturada, clima ameno e, principalmente, população agradável. Considerada o local perfeito para se morar. Os adolescentes poderiam até ser um problemas, com suas festas, drogas e bebedeiras, mas nada que as autoridades locais não dessem conta de resolver. Eles tinham tudo sobre controle, encobertos pelo Festival de Hibisco ou pelos outros eventos que a cidade podia oferecer.
Até o infeliz incidente no ginásio do Colégio Municipal Eldorado envolvendo um adolescente morto. Hoje, dois anos após o acidente que destruiu a  pequena família García, um grupo de jovens estudantes passam a ser perseguidos por algum tipo de justiceiro ligado ao cadáver, disposto a destruir não só fisicamente, como também a reputação de cada um deles. Na corrida contra o tempo, eles precisam urgentemente descobrir quem está por debaixo da máscara antes que um terrível banho de sangue aconteça. 
O Panteão. Ninguém se lembra como começou ou quem teve a ideia do nome. Era apenas uma sexta com calouros frustrados com a realidade do ensino médio. No início eram cinco, mas logo aumentaram para seis, oito, dez, doze. Doze adolescentes que se reuniam pela cidade durante a noite para aproveitar a sua juventude. Entre bebidas, sexo e drogas, o grupo (com todas as suas diferenças) descobre naqueles encontros noturnos um refúgio da vida.
Durante as manhãs pelos corredores do colégio, onde não ousavam sequer trocar meias palavras, eles vestiam suas máscaras e só nas reuniões do grupo passavam a sentir que podiam ser eles mesmos. Nenhum julgamento. Nenhuma expectativa. 
Sob o codinome do alfabeto grego e a ajuda das redes sociais, os adolescentes armavam festas noturnas regadas de bebida alcóolica, como aquela no ginásio da escola. Só não sabiam que essa seria a última.
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panteonrpg · 2 years
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Um mês depois do incidente
Drogas em Fuengirola? É inevitável não terem percebido a movimentação no Colégio Eldorado no mês passado. Como também, é óbvio que a notícia do que foi encontrado lá dentro se espalhou rápido pela cidade. Um adolescente morto no ginásio por overdose. Seria acidente ou suicídio? Depois de semanas de investigação, interrogando alunos e professores, o caso de Leone García foi concluído como suicídio. A polícia informou que o adolescente havia invadido a escola sozinho, mesmo com a mãe da vítima insistindo que ele tinha ido com amigos.
A família García caiu em desgraça. Envolvimento com drogas em uma cidade até então pacata? Eles prontamente se tornaram alvo e até mesmo a irmã mais nova de Leone, não tem tido sossego. Os pais dos outros adolescentes passaram a proibir que eles tivessem contato com a garota e, se não fosse pela falta de dinheiro, todos sabem que os García já teriam se mudado há tempos. Palestras contra as drogas foram apresentadas e festas se tornaram proibidas na cidade. Tudo encabeçado pelo tempestuoso Conselho de Pais. Eles queriam preservar somente as crianças ou também suas próprias reputações?
No entanto, as atividades parecem estar voltando ao normal… e agora, com a chegada do tradicional Festival do Hibisco, todos parecem se esquecer da polêmica que reverberou pelos becos da cidade durante o último mês. Ou, pelo menos, fingem isso.
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panteonrpg · 2 years
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Atualmente
Dois anos após o incidente que assolou a comunidade de Fuengirola, todos parecem ter superado os eventos que se sucederam após aquilo. Lolita García continuou insistente que o filho estava acompanhado no dia do ginásio, delirando sobre uma sociedade secreta de adolescentes que gostavam de realizar clandestinas durante as madrugadas espanholas. O mito do Panteão sequer foi levado em consideração, protagonizando apenas fofocas do imaginário estudantil sobre quais poderiam ser esses outros alunos.
Alpha. Beta. Gamma. Delta. Zeta. Theta. Kappa. Lambda. Sigma. Ômega. Psi. Phi.
Até mesmo os codinomes foram apresentados pela matriarca García, mas cansada pelo tratamento diferenciado e o apelido torpe de lunática que passou a receber, a família se mudou seis meses depois para outro estado. E o misterioso grupo chamado Panteão, se um dia de fato realmente existiu, parece ter sido desfeito durante os anos seguintes de disputas e desilusões adolescentes.
No entanto, hoje em dia, dois anos após o incidente e um mês antes do tradicional Festival de Hibisco, o clima pacato e ameno da cidade parece estar sendo ameaçado pelo retorno inesperado de Dolores García, a caçula e irmã mais nova do falecido Leone. Obviamente que, numa comunidade onde as máscaras de benevolência importam bem mais do que a honestidade, a adolescente está sendo bem recebida pela sociedade, mas nem mesmo ela é inocente o suficiente para saber que, por trás dos panos, todos estão se perguntando apenas uma coisa. Por que ela havia retornado sozinha depois de anos?
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