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A você dediquei meus textos mais sinceros. Sinto que trai minhas palavras ao dedica-las a ti. Você não merecia, não merecia nada. Nem minhas palavras, nem meu tempo. Tempo que não volta. Memória que não se apaga. Segui em frente, mas você é um fardo. Grande erro. Se entregar é um erro. Amar não. Eu mergulhei profundamente em você e esqueci de mim. Amor não é isso. Pago o preço de não ter amado. Carrego as feridas desse amor que nunca existiu.

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Resolvi amar calada

Eu achei que tinha conseguido finalmente encontrar a paz, já não me preocupava se você me daria “atenção” através de suas mensagens, o fato de pensar que nunca mais estaríamos juntos em uma relação também já não me apavorava tanto assim. Estava ciente que esse era o nosso caminho, trilhar a vida de modo separado, cada um na sua. Não vou negar que nesses dias de glória, eu me lembrei de algumas situações a qual vivemos juntos, achei alguns bilhetes que você me deu, e li eles rindo, como o amor pode ser tão bobo, bom e doloroso. Como era bom estar apaixonado, eu sinto tanta falta dessa sensação.

Voltando a falar do sentimento de paz. Na verdade, era como se eu estivesse em choque, acho que a realidade bateu em minha porta e eu abri. Eu conversava com você e um sentimento de indiferença tomava conta do meu ser. Era como se eu não quisesse fazer aquilo, e não sentia culpa por isso. Pois bem, veio o dia de nosso breve encontro após os longos dois meses. Eu não fiquei ansiosa como sempre ficava, não sabia qual seria a minha reação quando visse você, e quando te abraçasse, qual seria a sensação?

Chegou a hora, foi tudo completamente diferente de antes, não senti nada, seu abraço era estranho para mim, e pensar que ele já foi meu lugar favorito. Trocamos algumas breves palavras, e eu me retirei, logo pensei, é isso mesmo, acabou, hora de seguir em frente. Nesta noite, fui dormir com essa plenitude que me pairava, nunca deixei de colocar você em minhas orações, e dessa vez não foi diferente. Pedi a Deus que você fosse feliz e eu também.

Foi mais uma daquelas noites que o sono não quer trabalhar, demorei para dormir, tive uns sonhos estranhos. Enfim, o dia me esperava, acordei com meu peito pesado. Oh não! A paz interior foi embora, logo pensei. Não estava preparada para voltar a sofrer, não queria fazer isso. Queria somente que nossas vidas seguissem em paz. Peguei o celular e você tinha respondido minhas mensagens, sem nem pensar, logo te respondi, coisa que eu não faria se estivesse em “plena consciência”. A primeira coisa que me veio em mente foi, nossa que vontade de falar que eu ainda te amo. O que como assim? Logo pensei. Não tinha combinado de deixar essa história para traz?

A verdade é essa, eu ainda te amo, mesmo não querendo, mesmo eu sabendo que vai doer muito te amar, principalmente por não estarmos mais juntos. Não vou brigar com o destino, vou amar calada, até o dia que o coração cansar e resolver achar outra morada. E eu espero que esse dia chegue depressa.

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Primeiro, você sente muito. Depois, você sente falta. Quando percebe, você sente mais nada.

Tati Bernardi.  (via eternue)

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22 de Janeiro de 2019

Querido diário hoje vamos falar sobre paixão. Não que eu recomende, mas é uma mau necessário. Não vou falar sobre uma linda história de amor, apesar dela ter acontecido. Vou falar sobre as consequências de se apaixonar e o lance dar errado.

Primeiro, você vai sofrer! nenhuma novidade por em quanto. Não consigo presumir quantos dias isso vai durar, no meu caso já faz dois meses que eu estou na fossa. É, não tem sido fácil!

Segundo, as lembranças vão te acompanhar, você queira ou não. É meus caros, lembra dos finais de semana juntos, aqueles passeios que vocês dois fizeram, de como era lindo receber aquelas mensagens fofas. Isso tudo vai rodear você como um fantasma. 

Pode ser que você tenha aquela fase insegura de tentar achar o motivo da separação, a famosa Outra/o. Você vai querer stalkear o falecido/a como se não houvesse amanhã, eu não recomendo, quem procura acha! Se for necessário dê um tempo nas redes sociais, tire um tempo para você. Vá ler uns livros, fazer as unhas, hidratar o cabelo.

Um belo dia, você vai acordar e achar que a tempestade passou “let it go”, vai ser lindo, o peito vai pesar menos, mas acredite, só é uma fase. Logo você vai lembrar daquele lindo sorriso, e vai querer mandar mensagem para o/a infeliz.

Depois de ter sofrido horrores, de ter feito um belíssimo papel de trouxa, ter desperdiçado tempo com quem não estava nem aí para você. As coisas vão voltar ao normal, você vai falar dele, como se estivesse lembrando de algo que aconteceu a muito tempo e que não faz mais parte de sua vida, isso se você lembrar da existência do/a falecido/a. Vai ser assim, como um passe de mágica.

É meus caros, o tempo é o nosso melhor aliado, e sempre será o melhor remédio, então deixe ele trabalhar, sinta esse momento desgraçado que é sofrer por alguém, você precisa sentir, afinal tu é um ser humano!

No final você vai sobreviver e superar essa. Beijos de luz.

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Amanhã é outro dia

Amanhã é outro dia, eu disse isso ontem. A semanas venho repetindo a mesma frase. Sem você aqui tudo tem sido uma eternidade. Os dias são embalados pelo tédio e as noites pela solidão. Cada amanhecer seria uma nova chance, mas chance de que? Pra quem? Por favor vida, pule para a parte do "felizes para sempre", porque eu já estou cansada. Mas amanhã é outro dia, mais um dia que você não vai estar ao meu lado, mais um dia que a princesa não encontrará o príncipe, mais um dia que meu conto de fadas não vai acontecer.

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A insônia é a fase mais lúcida dos pensamentos.

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Curitiba, 20 de Janeiro de 2019.

Eu escrevo o que me dá vontade, não sigo roteiros, assim como a vida. E falando sobre ela. As coisas têm andado uma bagunça, mas é aqui dentro sabe. É como se a vida tivesse perdido o objetivo, como se eu estivesse perdida nesse mundo sem ter para onde ir. Sabe aquela pergunta sobre qual seria o sentido da vida e a razão pela qual existimos? Pois é, estou nessa fase da crise existencial. Como e quando vou sair dela? Também não tenho respostas.

Sempre achei que conseguiria fazer da vida um conto de fadas, teria um bom emprego, uma bela casa e uma linda família, digo de antemão que falhei em todos os sentidos. Aos 24 anos estou longe de conquistar qualquer uma dessas coisas. Realmente sou uma fraude! Sempre transmiti a imagem de ser segura, de saber exatamente o que estou fazendo, de ter tudo sobre controle, inclusive os sentimentos. Como podem ver, não é bem assim que as coisas acontecem.  

Os dias tem sido escuro, mesmo sendo verão. Aquela de acordar e viver, foi embora. Eu sei que é uma fase, pois já passei por isso antes, mas como é chatoooo! Eu queria ter disposição para sair, me divertir, conhecer gente nova, mas não tenho vontade nenhuma de fazer isso. Na verdade, não quero nem ter contato com pessoas, faço isso por obrigação.

Esse deveria ser o auge da minha juventude, mas parece mais que eu tenho 70 anos, a disposição é igual. Só quero ficar em casa, quieta no meu canto, sofrendo calada. Consegui um emprego novo, aeee viva, mas minha empolgação é zero. Sorte que respirar é algo involuntário, porque se dependesse de mim, nem isso fazia.

O pior de tudo é enfrentar esses dias sozinha, porque eu sei que são só dias e que fazem parte dessa peça chamada vida, vem no pacote. Eu sempre fui a pessoa que era referência no assunto “preciso desabafar com você”, ficava horas ouvindo pacientemente meus amigos ou qualquer pessoa que precisasse ser ouvida, mas quando chega a minha vez de falar, não tenho ninguém para desabafar. As vezes só queria alguém para que eu pudesse abraçar e chorar, não precisava nem dizer nada, mas infelizmente estou sozinha nessa, nem a pessoa a qual eu confiava minha vida eu tenho coragem de me abrir, tô completamente travada e insegura.

Como podem perceber o ano já começou com tudo no aspecto emocional, por isso decidi criar um diário, mas não queria que fosse algo secreto, eu gosto de escrever e isso faz com que eu coloque as ideias no lugar. Devido a isso resolvi compartilhar meus textos com quem estiver disposto a ler. Então, seja bem vinda a essa montanha Russa a qual eu chamo de vida.