Cronicas na medida do possível. As melhores imagens que meu ralo talento pode produzir. E tudo mais que eu quem sabe possa postar.
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Desci a ladeira, era uma descida íngreme, mas então aconteceu algo inesperado: a descida íngreme desafiadora se transformou em uma subida íngreme e desafiadora. Não podia recusar esse desafio, então, decidi subir a ladeira. No entanto, a subida logo se transformou em uma nova descida desafiadora. Eu não fujo de um bom desafio, e assim a vida passou e nada de bom se fez disso.
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Eu vou para a rua! O que isso significa? Seria apenas sair de casa e colocar os pés no asfalto? Claro que não, é muito mais profundo do que isso. A explicação remonta a uma época em que ainda não havia asfalto. Quando chamávamos os sítios, as chácaras, de colônias. Um tempo que não volta, pois a infância não retroage. Eu estava lá, na colônia, e os adultos diziam "vou para a rua". A rua parecia algo mítico, algo mágico. A rua era o lugar onde a vida acontecia, e não, não estou falando de logradouros, nem de ruas, travessas ou avenidas. Estou falando da rua, a rua. A rua era o lugar onde a vida acontecia, onde ficava a escola, a padaria, a praça, a casa de cada um. A rua era um mundo à parte da colônia. É preciso esclarecer que a magia da rua só surgia quando estávamos na colônia, assim como a colônia só se tornava mágica quando estávamos na rua. Bons tempos aqueles, tempos de expectativas, da espera para a sexta-feira para poder ir para a colônia, e quando lá, sem luz, sem água encanada, só o mundo e o verde. A expectativa era ir para a rua. E assim, a vida progredia, até que eu cresci e a rua sumiu, virou cidade, e a colônia, apenas um sítio
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O dia de Fleubson
Fleubson acordou como de costume e se preparou para o seu dia. No entanto, enquanto vestia suas roupas, uma decisão se apresentou a ele. Era um belo dia de sol e ele podia escolher entre ir trabalhar ou fazer um salto de paraquedas. O salto era uma oportunidade incrível, mas custaria 70 reais. Ele gostava do seu trabalho na prefeitura, mas trabalhava todos os dias e não podia deixar de ir, senão perderia 70 reais. Era uma escolha difícil. Por um lado, ele queria a emoção de pular de paraquedas, mas por outro, não queria perder o dinheiro que precisava para viver. Fleubson ponderou por alguns minutos, mas eventualmente decidiu ir trabalhar. Talvez ele pudesse pular de paraquedas em outra oportunidade. Enquanto caminhava para o trabalho, Fleubson suspirou, pensando em todas as vezes em que deixou de fazer algo que realmente queria por medo de perder dinheiro ou de se arriscar. Ele se perguntou se estaria fazendo a escolha certa. Mas ele seguiu em frente, sabendo que, no final, teria que encarar as consequências de suas decisões
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O metrô de Pombal
O Pará esconde um segredo que poucos conhecem: um metrô subterrâneo que nunca foi finalizado. A história começa no século XVIII, quando o marquês de Pombal planejou fazer do Pará o estado mais desenvolvido do Brasil. Entre os vários projetos, o metrô foi o mais ambicioso, com o objetivo de ligar Belém ao restante da região nordeste do estado, passando por Ourem e se estendendo até Paragominas.
Infelizmente, as obras duraram 30 anos e mais de 30 mil pessoas perderam a vida no processo. Quase pronto, em 1810, um grande terremoto destruiu as estruturas do projeto, que acabou sendo engolido pelo solo, dando origem ao rio Guamá. Diz a lenda que o nome vem do som que os trabalhadores exclamaram quando tudo desmoronou, a expressão "égua macho" foi contraída para "Guamá".
Apesar de nunca ter sido concluído, o metrô do Pará continua sendo um mistério que desperta a curiosidade de muitos. Será que um dia será possível explorar esse tesouro escondido?
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O mundo assombrado pelos demônios, é um título que muito se parece uma obra de ficção estilo o código da Vinci. Mas a semelhança obviamente termina nas escolha do título.
A obra é um espetáculo a parte, faz parte da galeria das obras literárias escritas por grandes cientistas sobre ciência com um texto incrivelmente acessível.
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Essa imagem me faz lembrar de um sonho muito antigo, tão antigo quando minha infância.
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O HOMEM E O ABISMO: Capitulo 1 “O Despertar”
Quando ele acordou estava deitado entre as folhas secas, estavam frias e molhadas, a umidade podia ser sentida na respiração. Ele levantou-se lentamente observando a paisagem que era tão diferente de tudo que já havia visto, mas ao mesmo tempo tão familiar. Era uma floresta escura e uma neblina fina limitava a visão. As árvores eram baixas e não muito densas, não havia muito espeças entre elas a não ser o necessário para se caminhar. As copas das árvores se misturavam formando o que parecia ser uma gigantesca árvore, talvez as raízes também fossem assim.
De pé, ele olhou ao redor, não podia deixar de se sentir nostálgico, do tipo de nostalgia que sabemos que é familiar, porém, não lembramos, como se fosse além de nossa existência. A familiaridade fez com que ele se sentisse em casa pela primeira vez em muito tempo. Ajoelhou-se e cavou, primeiro retirou as folhas, descobrindo uma camada de terra de cor preta que também foi retirada dando lugar a areia banca, o buraco logo foi tomado por água, e mais uma vez ele se sentiu mas em casa do que nunca antes.
Com as mãos sujas ele pensou sobre o por que havia cavado a terra, como se tivesse a necessidade de provar a realidade daquele lugar, como se pudesse achar algo por baixo das folhas. Lavou as mãos na água que agora estava cristalina, e sentiu que não havia nada além de água a baixo das folhas.
Sentia frio, mas não era físico, era algo fantasmagórico, como se nada pudesse aquecê-lo. Mas ele não estava como medo, ele de alguma forma sabia que ali não havia nem um mal, ele resolveu caminhar e tentar descobri onde esteva, mesmo com a visão limitada, era fácil caminhar entre as árvores daquele lugar, as folhas e galhos das árvores ficavam em sua maioria alguns centímetros a cima de sua cabeça, e no solo só havia folhas secas. Mesmo com a facilidade para se deslocar ele não sabia o que procurar e imaginava que não haveria nada para ser encontrado.
Questionou-se sobre que lugar era aquele, e por que era tão familiar, e no esforço de se lembrar percebeu que havia esquecido de onde vinha, e com isso percebeu que já não lembrava do próprio nome ou da família eu de qualquer coisa antes de acordar sobre as folhas. Mas sabia ele que quado acordou era alguém, e deixou de ser alguém quando se fez uma pergunta. Ele simplesmente se esqueceu, no desespero tateou os bolsos, onde em um dos bolsos da jeans preta encontrou uma foto. A foto o acalmou novamente, era uma mulher, familiar porém, desconhecida.
Ele sentia-se inexistente, perdera as lembranças e com elas sua existência. Mesmo sem lembranças sabia que aquele lugar mesmo familiar era desconhecido, e pensou que o único motivo de ter acordado com suas lembranças era saber disso. Percebeu então que o lugar substituiu suas lembranças, como se tudo aquilo fosse uma nova vida, uma nova realidade e uma nova existência.
Não era um sonho, sabia que não podia ser, mas também não queria acreditar que era real, talvez ninguém acreditaria. Ele continuou andando pela floresta que já parecia sem fim e o fato das árvores perecerem todas iguais não ajudava em sua localização. Mesmo sabendo que estava, ele não conseguia se sentir perdido, era como se tivesse onde deveria estar. Ele parou, olhou para o chão repleto de folhas e se sentou lentamente sobre elas.
A foto deveria estar em sua mão, ele a sentia, mas ela não estava. A chave do desespero foi perdida e ele chorou. Não havia mas nada, restara a penas o rosto de uma mulher em sua memória visto em uma noite escura. Ele chorou por não saber quem ela era, ele era, onde estava e porquê estava. Ele chorou por achar que não mas existia, por não lembar de ninguém em sua vida que talvez pudesse sentir sua falta. Ele chorou porquê estava com medo, o medo que ainda não sentira, agora o atacou como se uma lança acertasse seu coração. Ele chorou porquê sofria, sofria por sua inexistência e desimportância. Ele chorou por horas e sentia que choraria ainda mais. Encolhido com a cabeça entre os braços que estavam cruzados e apoiados nos joelhos, ele se deixou cair e quis dormir até que a noite desse lugar ao dia. Não havia céu, só folhas e galhos sem fim. E também não havia dia.
O que se sonha quando não há lembranças?
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O pior dia.
Todos os anos, por 23 anos, sempre há aquele dia, na mesma data, o pior dia do ano é a medida que o tempo passa, o seu raio de ação aumenta. Antes era durante o dia, o tempo passou e ja sentia um ou dois dias antes e agora a tristeza me invade com 5 dias de antecedencia. Sempre gostei de passar esses dias o mais isolado o possível, como se estivesse em quarentena até que os efeitos sumissem. Mas, as pessoas não entendem, e quanto mais o tempo passa, menos ainda elas entendem. So queria estar sozinho pelos próximos 10 dias. Refletir sobre quem sou. Todos os anos lembro que minha vida está loge de ser como eu gostaria e de todas as escolhas erradas que fiz, e todos os anos as pessoas gostam de me lembrar o qual inútil sou. Me agridem por não entenderem minha necessidade de solidão. A solidão é a unica amiga verdadeira, ela não mente e não trai, nao buzina besteiras em nossos ouvidos. Ele simplesmente acolhe a todos como iguais.
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Carambolas
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Gosto da mata. Os detalhes na decoração são muito bem feitos .
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A flor e o tempo. O mundo ao redor não importa, a pequena flor é a única protagonista desse instante.
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ESTA É UMA HISTORIA ENGRAÇADA
Quando era criança, lá pelos cinco ou seis anos de idade, eu sempre pensei algo absurdo. A lua me seguia. Essa era sem duvida a única conclusão logica para uma criança. Veja bem, não importava a distância que meus pais percorriam comigo na cidade ou indo ao sítio em uma mesma noite, não importava, eu sempre via a lua. Como disse, a única conclusão logica era que a lua me seguia.
Estão, e daí? Imagine que entre todas as crianças da terra eu era a única seguida pela lua, obviamente que ela não poderia seguir duas pessoas ao mesmo tempo, assim pensava eu. E isso fazia com que eu me sentisse a criança mais importante do mundo.
Foi uma professora de geografia que explicou para turma que devido a distancia entre terra e lua, tínhamos a sensação que a lua nos acompanhava e que isso pode ser notado por qualquer um que olha pra lua enquanto estiver em movimento.
De repente eu já não era especial. Mas a vida tratou de me ensinar que a lua segue a todos sem distinção, logo, todos são especiais; e isso me fez bem. E por fim aprendi que mesmo que todos nasçam seguidos pela lua, os caminhos que as pessoas trilham é que podem as levar a pisar nela.
Texto: Emanuel Bonfim
Imagem: A Lua Tristonha ; A Boa Noticia Online
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O SONHO RECORRENTE
Lá pelos meus 10 anos de idade eu sempre tinha o mesmo sonho e o mesmo pesadelo, eram recorrentes e totalmente opostos, em um a parte triste era acordar no outro acordar era tudo que eu queria.
O sonho
Eu estava no sitio de meus avos quando decidia ir para meu lugar especial, uma espécie de jardim encantado o qual já fui muitas vezes em meus sonos, porém as memorias desse sempre foram um lapso temporal. Acontece que para que eu chegasse nesse lugar tão especial eu tinha primeiro que passar por uma cerca e depois por uma cachoeira. Bem tudo se resumia a essa cachoeira, para atravessa-la tinha que saltar de uma pedra para outra, no meio um abismo sem fim. Na maioria das vezes eu conseguia saltar e chegar ao outro lado, eram raras às vezes em que o sonho terminava antes do fim, com um salto mal dado, mas acontecia.
Ao chegar ao outro lado eu enxergava um bambuzal, eu me via em terceira pessoa indo em direção as folhas verdes, quase podia sentir o vento, deste ponto em diante é tudo branco. Na volta para casa eu sinto uma paz, como se eu acabasse de vir do melhor lugar do mundo, na hora de atravessar a cachoeira eu caio sinto um frio na briga e acordo.
O pesadelo matemático.
O meu pesadelo era algo que acordado nunca me deu medo, mas nos senhor eu tremia e acordava com uma cessação de que não podia ser só aquilo. No pesadelo, eu tinha que contar de um até um número absurdo, algo impossível, em um dia, caso o contrario algo de ruim poderia acontecer com alguém aleatório de minha família. Eu fugia e enormes penhascos apareciam e tudo que eu queria ara acordar, era um pesadelo lucido, eu fazia sempre o obvio, me jogava nos buracos para acordar, mas não funcionava a maioria das vezes, quando eu acordava, geralmente estava com febre e sabia que apenas aquilo não poderia me amedrontar tanto, os objetos dos lugares em que acordava de repente ficavam mudando de tamanho e o modo me abocanhava. Tenho certeza que nunca na minha vida em 22 anos eu nunca senti tanto medo como quando tinha esses sonhos.
Um dia aos 11 anos eu estava na sala de aula ouvindo as explicações do professor quando vi a cabeça dele encolher e sua voz ficar mais alta e minhas mãos tremiam sem para e lagrimas escorriam. Essa foi à primeira vez dos meus recorrentes pesadelos acordado, crise nervosa se preferirem, era comum isso ocorre quando assistia TV, ia a escola, brincava e em alguns outros momentos. O resultado, uma visita ao medico, me proibiram tomar café por um logo tempo.
Aos 16 anos fazia uns quatro anos desde minha última crise nervosa, mas durante uma febre alta e comecei a delirar a ver as mesmas formas e todos pareciam gritar comigo. Em meus pesadelos sempre, dormindo ou acordado, o que me sustava era a enorme sensação de fracasso perante a minha incapacidade de concluir uma tarefa tão simples e ao mesmo tempo tão impossível. Aos meus 21 anos de idade já fazia cerca de seis anos desde a última crise.
Há alguns meses, não sei precisar quando, meu sonho e pesadelo voltaram em uma única noite. Sonhei que eu buscava uma terra perdida e na busca eu encontrava um caminho feito por bambus, eu sentia que era familiar, porem tão diferente, em fim, vi meu lugar especial, era um campo enorme de grama seca com um leito de rio seco onde só se podia ver a areia branca. Decepcionado eu senti que aquilo não podia ser meu lugar especial, foi quando vi ao longe as pedras que formavam a cachoeira, lá não corria mais água, senti que eu poderia acessar o meu lugar especial se atravessasse, porem não tentei, não avia água nem penhasco, apenas as pedras. Eu estava triste, logo o mundo ao meu redor começou a se despedaçar e o mesmo pesadelo veio a tona, agora menos assustador, porem eu relutei a aceitar o que estava acontecendo, imagens negras e um som auto me invadiam a mente e eu acordei com uma sensação de que algo faltava em minha vida.
Nunca mais tive um pesadelo, pelo menos não até agora. Senti como se o preço por perder meus medos foi também perder meus sonhos. Naquela noite não senti medo dos números infinitos ou das formas geométricas, o único medo foi de perder aquilo que nem cheguei a ter de verdade.
Texto: Emanuel Bonfim
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