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MONÓLOGO EXISTENCIAL

Como será quando eu retornar outra vez? Deixei para trás um amontado de notícias que eles não saberiam lidar sozinhos ou acompanhados. Tento me convercer de que fiz o que pude com o que tinha… Mas será que eu podia tão poucamente rude como foi? Não acredito que o tempo tenha sido um grande aliado nessa batalha, talvez tenha apenas abrandado o ricochetear das contradições, talvez tenha se aliado à distância que nos separa para, falsamente, anuviar as percepções e me fazer acreditar que tudo pode ser melhor do que imagino. Sigo em uma turbulência infindável de pessimismo e otimismo, onde receio pender para quaisquer um dos lados.

A criação de expectativas não deve ser alimentada, já que ao findar do dia, somente a mim caberá esquecer que elas foram geradas em algum momento. Divago facilmente sobre um reecontro desconfortável; possivelmente haverá uma indiferença sobre os temas mais ácidos. Então, me pergunto: como falar sobre amor e felicidade em uma terra que nunca conheceu tais sentimentos? De repente, sinto o olhar áspero da Dama Cansada sobre mim. Mesmo após tanto tempo, ele segue o mesmo. Ela parece tão decepcionada, como se tivesse planejado um universo tão mais diferente para mim, e eu simplesmente o joguei ao vento. Já o Homem Pálido, carrega o mesmo semblante incrédulo e olhar vazio, ao qual eu fui motivação tantas vezes. Nunca consegui definir ao certo os sentimentos dele por mim. Talvez ainda exista ressentimento por eu ter tomado o lugar de uma Estrela Cadente e por consequência, roubado seu desejo profundo.

Será que a mim seriam concedidas exigencias ou até voz ativa? Imploraria para que política não fosse mencionada, assim como outros assuntos mais delicados, que envolvam livre arbítrio e afins; os Monarcas não sabem lidar com as escolhas alheias. Em seguida, deveria ressaltar que apesar de nossos princípios básicos de caráter e subsistência humana serem parecidos, em nada se igualariam na sua totalidade. Se mesmo com mais de 6 décadas percorridas pela Terra, seus olhos não foram abertos para realidades distintas, não me cabe forçá-los a renascerem em vida.

Em contra partida, me recordo de um momento recente, no qual uma chave da minha existência foi movida em meu âmago: os Monarcas, apesar de Monarcas, são humanos também. Exatamente como eu, débeis de honrosa sabedoria, com mais erros do que acertos, com tantos medos e sonhos quanto suas proles. Não que o fato de serem humanos seja a justifica plausível para quaisquer atrocidades, ou que os absolvam de seus crimes cometidos, mas é o ponto que traz o maior peso de sentido para toda sua existência. Suas vidas certamente não seguiram como o roteiro inicial e a possibilidade de nem mesmo haver um, é ainda maior; seus maiores sonhos e desejos, seus mais belos sorrisos, os momentos de descanso mais revigorantes, tudo, tudo foi sendo podado até a raiz agressivamente, sem avisos prévios. Dessa forma, o Casal de Monarcas, agora possuem outros 3 sopros de vida que se tornaram sua responsabilidade cultivar. A arte do cultivo efetivo de uma grande semeadura, é feita com maestria por poucos semeadores. Em um quadro geral, aramos a terra, enterramos a semente e regamos a mesma, conforme achamos que é o certo, ou como nos dizem para fazer. Todavia, cada plantação é única e às vezes, não há nada que desejemos semear.

Assim, busco manter meu caminhar firme na estrada que trilho. Se meus limites forem respeitados e minha existência seja plenamente considerada, há um futuro lindo que pode ser criado em comunhão. Mas, mesmo que para a Dama Cansada e para o Homem Pálido eu me torne uma cantiga facilmente esquecida, seguirei do meu lado da estradinha de tijolos rumo a uma infinidade de memórias explendidas que viverão e ecoarão em meu peito diariamente.

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“O relógio bate as horas, diz baixinho: Ela não vem.”

— Tom Jobim 

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quero não desmanchar com teu sorriso bobo, quero me refazer longe de você.

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Se eu nunca ver você de novo Eu sempre vou levar você dentro fora na ponta dos meus dedos e nas bordas do meu cérebro e em centros centros do que eu sou do que restou. Charles Bukowski

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“Quando dói tanto que você não consegue nem respirar, é quando você sobrevive.”

— Grey’s Anatomy.

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um sonho.

um sonho muito bom.

é assim que você é pra mim.

e então meu sonho toma proporções

e características maiores.

eu e você mais velhos

viajando pelo mundo.

conheceríamos todos os lugares possíveis;

eu faria poesias sobre você todos os dias;

no fim de cada noite, eu deitaria aconchegantemente

em seu peito e você cantaria baixinho

até ambos pegarmos no sono.

aos fins de semana,

eu declararia todos os versos para ti feitos

enquanto tu, cantaria canções lindas

dedilhadas no teu violão.

ganharíamos nosso sustento assim,

da nossa própria existência.

não seríamos os mais abastados da cidade,

porque nossa riqueza seria algo muito maior.

seria o nosso amor.

sendo assim, um sonho.

um sonho muito bom.

um sonho de futuro.

um sonho de vida.

um sonho de amor.

um sonho.

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by Julie de Waroquier

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E de repente entre um riso e outro, eu percebo que ao seu lado o mundo não parece ser um lugar tão ruim assim.

Fernanda Marques

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Só merece teu cais, quem suportou teu caos.

Jô Costa (via legitimei)

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Aniversário é uma coisa importante, não acha? É uma data feliz, mesmo que você esteja triste. Afinal de contas, é a marca histórica de quando chegamos a esse mundo, de quando nossa luta por sobrevivência, honra e salvação começou. E a cada vez em que essa data se repete mostra que você viveu mais um pouco, que você sobreviveu à 100% de todos os seus dias maus por um ano. Que por 365 dias consecutivos, você fez o melhor que pode, mesmo esse melhor não sendo uma grande coisa pra maioria das pessoas, mas você fez. Você deu tudo de si, pra viver, pra sobreviver a tempos difíceis, a momentos turbulentos, a noites escuras e frias, pra que pudesse em algum momento lá adiante desfrutar com prazer de dias radiantes e poder dizer: “eu vivi tudo isso e venci”.

- panddora

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Mas o amor nos faz progredir na fé.

1 Coríntios 8:1. (via apenas-le)

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Os amores mais sinceros estão em abraços apertados.

Nem a distância vai nos separar.   (via poesografa)

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A gente consegue, sabe? É só querer. É só não desistir, não deixar de lado. É insistir até o último segundinho. Não abrir mão e não deixar pra lá… Porque convivência é assim mesmo. É se irritar com o jeito do outro e com as manias chatas também. Só que no meio disso tudo, você enxerga um motivo pra ficar ali. Pra não ir embora e não esquecer. No meio de toda a bagunça, você consegue achar aquilo que tava te faltando.

1x1. (via poesografa)