orshion
Allegory of an empty “life” = true meaning of “death”
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Sumire Shion | 紫花死怨 | Sentinela, Cephei.
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orshion · 3 years ago
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210929, Órion. - w/ @orkiavaldez
Uma sucessão de erros eram testemunhados por céu e estrelas naquela noite. Para muitos, aquele céu não seria mais do que uma paisagem esquecível aos olhos em poucas horas, sequer se lembrarão do pulsar que perfurava o véu noturno.
Mas lá ele estava, ignorando os sussurros e se mantendo vigilante, esperando pelo mais breve sinal da pequena raposa de sorriso único. Sua noite comum, poderia se tornar tão atormentadora quanto ouvir os intensos gritos do lago se aproximando mais e mais.
Esperou. E então a encontrou, decorando a visão feminina com o seu véu noturno, mais escuro do que a própria noite e sem estrelas para lhe enfeitar. Suas penas voaram pelos ventos e logo os dois estariam lá em cima de novo.
Tomou em suas mãos o livro algente, sentindo novamente sua mente gritar por respostas e identidades. E então jogou o amontoado aos pés da garota.
— Coração e mente, um só. — falou sussurrando, deixando sua voz ser ouvida aos poucos. — Se há dúvidas, não abrir livro!
"Um simples pensamento te jogará no pior dos infernos!", assombrou-lhe o sussurro de um passado. Sabia os riscos que aquelas páginas traziam consigo, uma coisa que talvez trouxesse parte de sua loucura para a mente de uma pessoa que nada tinha a ver, mas a punição seria a consequência do cruzar o véu, querer mais do que poder.
Do braço, com um estilete, tirou um pouco de seu próprio sangue impuro, tão seu, somente seu, quanto as mentiras de um charlatão. O escarlate manchou o livro e então, ele pôde ser aberto.
— O nome de seu pai, procure! — apontou para o livro manchado.
Mais do que nomes, aquelas páginas carregavam consigo visões e sensações, dores e sentimentos. Tudo sentido do último piscar daqueles que ali descansavam.
— Mente e coração, um só! — enfatizou uma última vez, com um tom de voz que destruiria cidades e impérios.
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orshion · 3 years ago
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02!  requiem in Grief — ain't afraid to die.
Menções à @orkiavaldez​.
Infelicidade e dores encontrará aqueles que cair no inferno não não há flores. Nem qualquer cor poderá ser vista ao ser devorado por outros que também são cegos. Cruzará o véu ente a vida e a morte, e quebrará a mais alta lei da existência, o próprio ato de ser.
No inferno obscuro, onde só há um caminho e uma casa, aquele que esconde o rosto em mil rostos vive, pintando paisagens que não que os olhos não mais enxergam. Com ele, a noite se deita e lhe entrega os nomes daqueles que já partiram, assim como o portador da luz fez com a Morte um dia, dando-lhe seus filhos langorosos. 
Quando as lágrimas cessam no alto da montanha, o homem escreve em seu caderno, esse feito de pele açoitada em vida e punida em morte, o que a noite lhe sussurrou. Corajoso essa criatura é, desafia o véu, ri das leis da existência como se nada ela fosse. O portador dos nomes dos mortos.  Em vida, seu casebre range de dor, seus ossos envergam como árvores em tempestades, seu coração não mais bate. O Portador do inferno ele vê, parado em sua frente, mas sabe que aquele não era o seu destino final e que ele não estaria ali para abrir, finalmente, uma cova para seu corpo etéreo. Não, Shion estava ali pelo livro, não como em outros tempos, quando almejava para si os nomes das páginas para com a noite se deitar e possuir para si os outros sete vales sem flores. Estava lá por um nome apenas, aquele que havia prometido para a garota que mergulhava em duvidas e temor. Não, uma pessoa não pode viver assim, fugindo da morte, ainda mais estando tão longe dela. Enquanto trazia o frágil livro em mãos, as vozes em si enlouqueciam, gritando para terem de volta o seu nome, saber quem um dia foram, antes de serem Shion. Andar se tornou custoso e, por muitas vezes, pensou em largar o livro ou destruir todos aqueles nomes que estavam escritos em sangue, mas então a menina não mais iria sorrir, e de seu pai não mais lembraria, e então ele falharia em mais uma missão. 
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orshion · 3 years ago
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::echo - 01! 眩惑がもたらす罪業 — O pecado que o deslumbramento traz.
E naquele dia o sol timidamente apareceu, balançando as ruínas do que um dia fora uma cidade próspera, mas que agora havia caído perante a mão de pessoas que se intitulavam as mais próximas do céu. Nada restou, além do ranger daqueles enormes colossos de concreto e história.
Homens, mulheres, crianças e bichos - todos sentiram a pesada mão de um ser que autoproclamou um deus. Sua espada flamejante, aquela que jurava trazer a manhã mais bela consigo, apenas trouxe o cheiro da degradação. Aqueles que gritavam por clemência pereciam diante da gargalhada cruel que estremecia a terra como um terremoto. A manhã nunca chegou, a terra que um dia fora sagrada, se tornou infértil em escarlate e os corpos daquele que andaram sobre ela, oferendas para o relacionamento em sangue.
Anos se passaram, e lá estava de volta, carregando o mundo em suas costas, acorrentado às lembranças do passado, jogado de joelhos por seus pecados. De seus olhos, lágrimas tão parecidas com as que causou naquele dia. Seus pés em carne viva, traçaram o excursão até aquele lugar e a dor era tão singela perto daquela que acompanhava o arrependimento. Suas orações, feitas infinitas vezes, não mais seriam escutadas. Seu sangue não era mais seu, sua mente nunca foi sua, suas preces eram um silêncio. Nada lhe restou após o fim, quando pessoas que negaram o crisântemo roxo, tão longe da divindade, tão próximas do pecado imundo e da fraqueza, fizeram o mesmo com sua família e, ele só está ali hoje, pois fugiu como um covarde, abandonando aqueles que um dia lhe abraçaram e lhe colocaram no mundo.
Sua falha tentativa muda de redenção fora interrompida por barulho de cascos, o mesmo barulho de um ponteiro de bronze correndo os segundos em um relógio antigo. De canto de olho, nada se via. Nem na esquerda, nem na direita. Até o vento e o ranger se calaram para escutar. O barulho se aproximava mais e mais, se tornando um estrondo, ecoando por toda a cabeça do japonês, perturbando os sussurros que se transformavam em gritos de desespero e pânico — nomes, cânticos, choros, frases - tudo se misturava o vozerio ensurdecedor ao ponto de fazer as mãos pecaminosas largar o rosário em suas mãos levá-las aos ouvidos e, então, tudo se calou. Por um segundo. Num piscar, tudo retornou, novamente era insuportável. Mal percebeu o crocitar dos corvos que, rapidamente, avançaram sobre o seu corpo e o jogou ao chão, devorando os pedaços de seu corpo, causando-lhe uma dor que jamais havia sentido, mesmo quando o sangue corrompido tomou seu corpo. O barulho dos corvos se mesclavam ao som dos ossos sendo devorados e aos gritos de agonia — conseguia até mesmo se ouvir, o doce som da própria voz, há tanto esquecido. Assim se passaram horas em um piscar, o tempo corria tão mais lentamente quando o beijo da morte percorria seu corpo avermelhado. Deixou se render à dor, não havia mais motivos para pensar em uma escapatória, ou ao menos tentar entender o acontecido. Era a sua hora. Os corvos, em um piscar, se foram, e agora apenas um homem estava lá. Com seus olhos turvos, era quase impossível reconhecer a figura familiar. Seu manto negro como uma noite sem estrelas rebatia o vento que agora voltava a correr, enquanto, por trás de sua máscara, observava de cima o corpo machucado de Shion. — Ah... — Deixou escapar, começando um breve sorriso, que logo se fechou. Aquele homem em pé, estava satisfeito em vê-lo daquela forma, em migalhas. Para que pudesse ouvi-lo bem, a figura se abaixou e continuou a despejar palavras em seu ouvido. — Eu estive por tanto tempo lhe procurando, irmão. Não! Você sequer é digno de carregar o nome. A voz aveludada entregou sua identidade ao corpo, Takuya Sumire, aquele que saber como ninguém mestrar os mais sórdidos segredos. Em seu ouvido, os pássaros sussurram mentiras e verdades, ambos tão fortes que são capazes de destronar o mais poderoso dos impérios com a palavra correta. — Levante-se, e não fuja desta vez. — Ordenou ao fraco em um tom quase sério. Sabia que Shion mal movimentava seus olhos. — Deuses são deuses por um motivo, sabia? Um dia, pintaremos o céu de roxo e ele chorará seu sangue pelo o nosso reino abaixo. Você nunca foi digno de estar entre nós, sua loucura nunca saiu de dentro do seu corpo. Shion! Tu és a prova que até mesmo divindades podem errar, e erraram ao te deixar vivo e carregar consigo o nosso nome! Takuya se enchei em fúria, estremecendo os céus, derrubando estruturas. Sua voz agora pulsava ódio, era quase nojo o que sentia quando proferia o nome daquele que estava deitado. Em cólera, sua boca se enchia e vazava a cada palavra. Sua voz soava com um grito que estremecia a terra, e cada vez mais o homem gritava e gritava e gritava, desferindo palavras contra Shion. — Eu vou entrar na sua mente, irmão. E tomá-la para mim! — Exclamou aos quatro cantos. Essa foi a perdição. Uma vez que entrou na mente de Shion, compartilhou de sua loucura. Todas as vozes agora também estavam dentro de sua cabeça, gritando e agonizando por todas as mortes que Shion causou, sentiu na pele o arrependimento lhe furar como uma espada enferrujada e caminhou em brasas até que seu pé sangrasse, e então continuou a andar. Aquela loucura não era um simples parasita como em qualquer Cephei, Shion carregava consigo um dos infernos, mil vezes pior do que os sete que os cânticos diziam, as dores daquela mente queimavam como mil brasas, e afogavam como mil mares. Um inferno particular, com novecentos e noventa e nove mil punições. Seus corvos atacaram seu corpo físico. Não havia mais correntes quando a loucura os libertou, não mais lamentos, não mais mentiras e verdades. Não havia sequer mais vida. Não havia mais Takyua.
Mas por pouco ainda havia Shion.
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orshion · 3 years ago
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Não conseguiu evitar não gargalhar quando a mulher começou a citar, um a um, seus traços. Naquele momento, esqueceu da postura rígida que os anos o obrigaram a ter e voltou a ser o Shion que um dia existiu sem se esconder. Com a mão e um balançar de cabeça em negação, rejeitou a luneta. Era um presente. Melhor, uma troca. Ela tinha lhe dado o livro e assim ele poderia aprender a se comunicar melhor, enquanto também saía do tédio interminável que assolava parte de seu dia. Sorriu em resposta à pergunta. Chocolate não era lá o seu alimento favorito, mas aquela, para ele, era quase como uma marca registrada de Kang, não havia um dia sequer em que conversaram que a mulher não havia dito que estava comendo chocolate, mesmo no dia anterior, durante a fuga do quarto que ele autorizou, o chocolate estava lá, sendo garantido. — Uma vez... — Sussurrou, modulando a voz aos poucos até que ficasse em seu volume natural — eu vi um filme que... Homem. Rei. Fez castelo de chocolate e então... Jogou os braços de cima para baixo, em gesto burlesco, tentando da melhor forma que pôde, representar a queda do palácio de chocolate. E continuou: — BLEH! Derreter. — Deu outra gargalhada, essa quase sem som, e escondeu o rosto com a esquerda, tentando evitar se lembrar do gesto feito. Com a esquerda, esperou que ela colocasse um pedaço do chocolate. Sua tática normal seria só pegar, mas estava tentando não parecer um monstro antiquado daquela vez. Com a direita, sinalizou o número um. — Não quero muito. Só um quadrado. Por favor.
Data: 22.09.2021
Local: Órion
Com @orshion
Não foi demorado pra si, correr do refeitório à biblioteca, a qual conhecia melhor do que seus próprios pensamentos. Em poucos minutos tinha uma edição bonita de "Alice no País das Maravilhas", direto da sessão de literatura mundana. Após confirmar com Shion que deveria encontrá-lo ali mesmo, avisou às lideres de torcida que talvez se atrasasse um pouco. "Eu... Estou com colicas", ela digitava junto de uma carinha triste. Não era nada grave assim, e sabia que conseguiria acompanhar o ritmo delas mesmo com a breve ausência. Só precisava evitar que fosse vista perambulando, então se manteve quietinha à espera do sentinela, torcendo pra que ele não demorasse muito. E pra que ele não lhe desse nenhum susto quando surgisse.
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orshion · 3 years ago
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A visão poderia ser toda dela caso quisesse, por ora iria mergulhar de cabeça no outro mundo fantástico. Para Shion, ler era tão difícil quanto respirar embaixo d'água, as vozes que não lhe pertenciam eram tão barulhentas em sua mente que quase não sobrava espaço para a sua própria. Muitas das vezes, seus olhos liam tal palavra, mas seu significado se perdia no vozerio interior, quando os sussurros, de tanto falar e falar, distraíam o homem. Agora, a outra voz, fora de sua cabeça, tão admirada com a paisagem, também o impedia de ouvir a sua própria. Abandonou em partes a ideia de ler e seus olhos se ergueram para acompanhar os da companheira e desviou a sua atenção para o sorriso que bailava no rosto feminino. Estava feito. Não iria externalizar, mas no fundo estava sorrindo por ter a feito sorrir e, por agora ter um novo lugar para se distrair. Eram esses pequenos momentos de felicidade, na qual via todos os dias lá de cima, que o faziam continuar ali. Antes fora um homem que, junto com outros homens, destruíram sorrisos de famílias que pouco tinham a ver com suas ambições. Não que o presente pudesse apagar o passado, mas estava bem em saber que, agora, tinha plantado um sorriso em alguém. Quando o sorriso se transformou em fala, levou a direita em forma de concha até o ouvido, tentando de alguma forma abafar o barulho exterior. Antes que a mulher pudesse repetir a fala, tentou relembrar de forma rápida para si mesmo o movimento de seus lábios e repetiu mentalmente, "você fica aqui quando não está patrulhando por aí?". — É... Sim. — Respondeu de forma um pouco grossa, ainda calibrando o volume de sua voz. — Daqui eu consigo... Não saberia explicar em palavras, não dominava completamente aquele idioma. Levantou-se para ficar perto dela, deixando sua mão passear pela bancada que já era tão familiar quanto sua própria casa. De dentro de uma gaveta, tirou a luneta e a entregou para Lotus. — Lá! — Apontou. Era a biblioteca. O aparelho quase mágico, quando manipulado de forma correta, o permitia ver até lugares que, dali, não deveriam ser vistos. Do outro lado, se via os apartamentos. Com outro manejar, as cabanas. Desse jeito, ele estava sempre de olho em tudo e em todos, julgando o que merecia, ou não, que descesse de seu "castelo no céu". Enquanto estava distraída, observando o que quisesse, aproveitou para pegar o livro e tentar focar sua atenção em ler. Em vão, sua cabeça martelava com a possiblidade da inconsequência falar mais alto e ela acabar caindo de lá. Seria um problema dos grandes. Principalmente por ela estar ali. — Kang! — Murmurou, tomando direção ao toco de árvore. — Cuidado para não cair. Sente-se. Apontou para o espaço vago ao seu lado.
Data: 22.09.2021
Local: Órion
Com @orshion
Não foi demorado pra si, correr do refeitório à biblioteca, a qual conhecia melhor do que seus próprios pensamentos. Em poucos minutos tinha uma edição bonita de "Alice no País das Maravilhas", direto da sessão de literatura mundana. Após confirmar com Shion que deveria encontrá-lo ali mesmo, avisou às lideres de torcida que talvez se atrasasse um pouco. "Eu... Estou com colicas", ela digitava junto de uma carinha triste. Não era nada grave assim, e sabia que conseguiria acompanhar o ritmo delas mesmo com a breve ausência. Só precisava evitar que fosse vista perambulando, então se manteve quietinha à espera do sentinela, torcendo pra que ele não demorasse muito. E pra que ele não lhe desse nenhum susto quando surgisse.
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orshion · 3 years ago
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O trabalho de um sentinela, depois de uma ou duas rondas por cada fase do dia, se torna tão entediante quanto o trabalho de uma estátua em um museu. Ser a sombra que protege os alunos e guarda itens sagrados que, para muitos, sequer tem algum valor, não é necessariamente algo tão glamoroso quanto ter a superioridade dentro de sala da sala de aula, mostrando o quanto você sabe sobre magias e poções e os grandiosos poderes que os séculos que enferrujam suas costas lhe deram. Em contra parte ao tédio nas infinitas terras de Órion, a vista da torre de onde o sentinela observava era bela, tão majestosa e forte, um espetáculo que muitos pagariam suas vidas e mais um pouco para terem para si por curtos momentos. Até que você acostumasse e, bom, virasse mais uma parte do tédio. De lá, em um rápido balançar de sua luneta, observou a mulher familiar. Tal qual no dia anterior, pensou em assustá-la, mas repensou a pegadinha após lembrar das lágrimas que escorreram em seu rosto delicado. "Coitada...", pensou. "Sempre que lembrar de mim, associará meu nome com sustos de coisas do além." Juntou seu bando novamente e, em um piscar, estava no chão, em formato humano. Entre a multidão, vestidos e não vestidos, a encontrou novamente, rapidamente deixou seus olhos escaparem para o objeto em suas mãos, o livro da troca. — Psssst! — exclamou, rapidamente andando em direção à menina com o longo véu negro de sua roupa quase a encobrindo, até que, de fato, a cor de uma noite sem luar encobrisse a visão da menina. No mesmo piscar que o ponteiro de um relógio se mexe, anunciando os segundos que formam aquele momento, os dois estavam lá em cima. Voltando a ser Shion, o dia novamente se ergueu na visão de Lotus, deixando com que a mulher pudesse observar o que para os olhos centenários já não tinha mais tanta cor. Com um jeito um tanto bruto e resmungos incompreensíveis, descansou em um dos tocos de madeira que era feito de banco, tirando de si o véu negro e jogando de forma relaxada para o lado. Usar daquele poder em si era cansativo, usar em duas pessoas ao mesmo tempo, era exaustivo. Seus olhos voltaram-se para o rosto da companheira de segredos, e a mão direita se ergueu com a palma para cima, aguardando o pagamento do trato de ambos.
Data: 22.09.2021
Local: Órion
Com @orshion
Não foi demorado pra si, correr do refeitório à biblioteca, a qual conhecia melhor do que seus próprios pensamentos. Em poucos minutos tinha uma edição bonita de "Alice no País das Maravilhas", direto da sessão de literatura mundana. Após confirmar com Shion que deveria encontrá-lo ali mesmo, avisou às lideres de torcida que talvez se atrasasse um pouco. "Eu... Estou com colicas", ela digitava junto de uma carinha triste. Não era nada grave assim, e sabia que conseguiria acompanhar o ritmo delas mesmo com a breve ausência. Só precisava evitar que fosse vista perambulando, então se manteve quietinha à espera do sentinela, torcendo pra que ele não demorasse muito. E pra que ele não lhe desse nenhum susto quando surgisse.
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orshion · 3 years ago
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01! 壊レタ世界ノ歌 — o cântico de um mundo em ruínas.
Era quase punitivo pensar que aquela lua escarlate estivesse ali apenas para observar de perto o temor e espalhar pela ilha os lamentos de almas que ali já não estavam mais. Shion via, mais alto do que qualquer um, de onde sempre pudera observar cada canto e movimento daquela escola, aquele olhar vermelho que pulsava até mesmo dentro de sua mente.
Lembrou-se de antigamente, em tempos incontáveis, quando seu líder, aquele que jurou nunca mais nomear, ousou usar do sangue de outras pessoas para atingir o céu e, mais do que isso, ousou subir além e, por fim, caiu no buraco dentro de sua mente, eternamente preso em um mundo que não era mais este, nem o outro. A lua que se ergueu naquele céu, daquela noite em que as estrelas caíram, era tão semelhante quanto a que encobria Hawwah, contudo a do passado, perante a visão dos daqueles que a fitavam, contorcia entre si, em um caleidoscópio de sangue. Não tinha tempo de se lembrar do passado, agora deveria focar sua atenção e esforços em procurar o causador daquela visão que cegava o sol, ao mesmo tempo teria que cuidar dos alunos que ali estavam, tão sem respostas quanto, tão amedrontados quanto. Colocou em seu rosto teatral a máscara cheia de rachaduras que escondia por atrás do véu de sua roupa. Em um piscar, o homem se transformou em um bando de corvos que, no mesmo piscar, se transformou em apenas um, que bateu suas asas pútridas por todo o decorrer da escola. Não havia nada. Estava tão no escuro quanto o resto dos alunos. Os lamentos não tinham donos, estavam lá para todos, mesmo aqueles que sequer deveriam escutar. Aqueles que lhe pertenciam, pouco sussurravam sobre, e apenas traziam de volta o que aconteceu no Japão. Só lhe restou aguardar por mais informações. Fechou os olhos, então. Manchado pela luz vermelha, entregou seus joelhos ao chão, agarrado ao rosário que respingava o sangue dos dedos pecadores que o segurava, sussurrou aos céus, para qualquer deus que quisesse o ouvir, um incompleto cântico religioso antigo, dito por pecadores roxos antes de sucumbir: "Empunhe a espada que branda a manhã Ilumine a escuridão Queime os males do mundo com a verdade ardente E pereça por nosso mundo quebrado Adeus, Poena, fênix que não mais baterá suas asas O dia morreu." Antes de abrir os olhos e encarar novamente a realidade, sussurrou, por fim, o que seria dito por aqueles que carregavam seu sobrenome, antes de um irmão partir: "Que as alegrias passadas floresçam e as tristezas do presente murchem, até que o crisântemo de nossa morte floresça roxo.”
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orshion · 3 years ago
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00! 𝐓𝐀𝐒𝐊 𝐃𝐄 𝐀𝐁𝐄𝐑𝐓𝐔𝐑𝐀 — Shion Sumire. Qual seu nome completo? Tem algum significado especial? 紫花死怨(Shion Sumire). “ 紫花(Sumire)” é o nome da família que me foi dada, alguns chamariam de seita, outros de congregação. Pra mim, é uma cicatriz.
Você tem um apelido? Qual o seu favorito e quem te deu ele? Não. Meu nome me basta. Quando e onde você nasceu? Você gosta da sua cidade natal? Japão. Responder essa pergunta exige memórias que se perderam há muito. Para não ser vago, deixarei como 和声法(waseihou).    Você segue ou é interessado por alguma religião? Por que? É praticante? Deuses existem em muitas formas e muitos nomes. Enquanto me ouvirem, serei devoto. Como você se identifica? Homem.
                                                                :: Acadêmico/local —
Qual seu clã? Você gosta dele? Cephei. Não desejaria outro.
Você tem algum pet não mágico?  Um dia tive. O pássaro negro se aproximou de mim e daqueles que tinham o meu lamento. Lamentei também quando ele achou o seu fim.
Se pudesse escolher qualquer criatura mágica para ser, qual seria? O cervo branco da floresta. Um ser tão único quanto sua aparência apoteótica. Magico ou não, sua pelagem enfeita minhas visagens quando fecho os olhos. 
Tem algum plano para o futuro quando se trata da sua magia? Apenas completar minha missão e calar definitivamente os sussurros.
Já teve problemas com algum outro clã? Por que?  Diversos. O nome que eu carrego, um dia, ousou tocar os céus e, para isso, outros deveriam cair. “Outros” também inclui os nossos. Não foi um bom final para nenhuma das partes. 
                                         :: EXTRAS 1 —
Tem algum cheiro que te lembre um momento importante? Qual e por que? Quando essas mãos não eram tão manchadas, eu escrevi cartas descrevendo um aroma tão forte quando o brilho do sol, e ele sempre era associado à uma mulher. Minha esposa. Talvez ela tenha usado no nosso casamento. E seus hobbies?  Eu costumo pintar quadros.  Tem alguma cicatriz? Onde ela fica? Diversas, por todo o corpo.
                                        :: EXTRAS 2 —
Você consegue distinguir o clã de um bruxo por sua aparência? Não. Todos me parecem tão iguais. Mas eles conseguem saber o meu.
Tem algum arrependimento de vida? Vários.
                                       :: FAMÍLIA —
Qual o nome da sua mãe e do seu pai?   紫花青子(sumire aoko) e  紫花勘三郎(sumire kanzaburo).
Eles ainda estão juntos? Em algum lugar além daqui, sim.
Tem irmãos? Quantos? Qual o nome deles? Vários.  Como é sua relação com seus irmãos?  Com alguns, boa.
                              :: APARÊNCIA FÍSICA E SAÚDE —
Já foi enfeitiçado ou amaldiçoado? Sim e não. Existem certos processos que o conselho não concordaria para se tornar um Sumire. “Tocar os céus exige certos sacrifícios”, diziam enquanto criavam uma família de marionetes loucas com desejos de autodestruição e ganância de se tornarem maiores do que aqueles que os criaram.
Como você se livrou disso? Conseguiu se livrar? Eu quase conheci o outro lado. Meu coração não parou, mas todos os dias eu sinto que parte de mim se vai, lentamente, até que nada mais reste. A loucura queima e os sussurros incomodam. Não há como se livrar completamente, é a cicatriz que carrego.
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orshion · 3 years ago
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FeralShorton via deviantart
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orshion · 3 years ago
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orshion · 3 years ago
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orshion · 3 years ago
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orshion · 3 years ago
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orshion · 3 years ago
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orshion · 3 years ago
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Vampire Hunter D by Yoshitaka Amano
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