Ricardo Soares¹, Eudimara Carvalho¹, Lorena Magry¹ e Danilo Portela¹ ¹ Alunos de graduação em Ciências Biológicas da Universidade Federal do Maranhão, Centro de Ciências Agrárias e Ambientais, Campus IV - Chapadinha.
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Evolução das baleias: a transição da terra para a água
O surgimento das baleias era um dos mistérios mais inexplicáveis para ser decifrado no cenário evolutivo, os cetáceos (ordem de animais marinhos pertencentes à classe mamíferos) seres incapazes de ir à terra, são considerados um desvio dos mamíferos, visto que seus ancestrais viviam em terra, a hipótese mais razoável seria a de que as baleias descenderam de um ancestral terrestre.
Esses mamíferos aquáticos permaneciam mergulhados em um enigma. Segundo George Gaylord Simpson, a relação das baleias como mamíferos parecia indecifrável; foi então que uma descoberta mostrou que as baleias tinham um parentesco mais próximo com os camelos, hipopótamos entre outros. A partir daí, novos estudos surgiram o que constatou que as baleias atuais descendiam de mamíferos primitivos com casco que ainda não tinham desenvolvido todas as suas características chamadas de Mesoníquidos, carnívoros muito parecidos com lobos.
Os estudos não pararam e um paleontólogo da Universidade de Michigan, Philip Gingerich, embarcou numa expedição para o Paquistão a procura de fósseis de mamíferos da época em que sucedeu a transição da terra para o mar, chamado de Período Eoceno. A descoberta de dois fragmentos de pelve de animais que pareciam ser relativamente grandes foi encontrado, mais tarde, um crânio de 50 milhões de anos que exibia o traço das baleias também foi encontrado, o que levou a constatação de que Gingerich havia descoberto uma baleia primitiva no qual batizada de Paquiceto.
Em 1992, veio à luz por um ex-aluno de Gingerich, J. G. M. Thewissen, um esqueleto quase completo de um intermediário entre as baleias modernas e os seus ancestrais terrestres, ele chamou o animal de Ambulocetus natans (Figura 1) - a baleia que anda e nada.
Figura 1 - Representação da espécie Ambulocetus natans, ancestral das baleias que andava e nadava. Fonte: Atlas Virtual da Pré-História. Disponível em: <http://www.avph.com.br/ambulocetus.htm>. Acesso em nov. de 2014.
Após esse período, outros fósseis foram encontrados e datados o que permitiu a documentação de como possivelmente aconteceram os estágios da transição das baleias da terra para o mar.
Tais descobertas possibilitou a compreensão de muitas mudanças sobre baleias como: os olhos que migram do alto da cabeça para uma posição lateral; a abertura do nariz que também migrou da ponta do focinho para o alto da cabeça formando o respiradouro atual das baleias.
Todas essas descobertas alavancaram os estudos evolutivos dessa espécie, no entanto, técnicas de análises de DNA de cetáceos vivos levaram às conclusões de que as baleias eram mais próximas dos animais mamíferos com cascos e com número par de dedos do que quais quer outros animais vivos sendo que, as baleias pareciam mais próximas dos hipopótamos.
Essas evidências surgiram em 1999 a partir de fragmento de ossos de uma baleia primitiva, a equipe de Gingerich encontrou esqueletos e articulações de um novo gênero de baleia primitiva, Thewissen e seus colegas também encontraram o esqueleto do nosso Paquiceto do começo do texto e cada um deles possuíam características semelhantes a dos artiodáctilos. Então constatou-se que as baleias evoluíram a partir dos artiodátilos, mas não existe ainda dados que indiquem que essa evolução surgiu dos hipopótamos em particular.
Para melhor entender como ocorreu a evolução das baleias, sem dúvidas, será necessário encontrar novos fósseis, novos indícios cercam a evolução das baleias, em especial, novos fósseis de mamíferos com cascos e número par de dedos, os artiodátilos, quem sabe assim, novas respostas se conectem e preenchem as lacunas desses mamíferos que conquistaram o mundo.
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Voo e ecolocalização de morcegos
Morcegos animais que se encontram em todo continente exceto Antártida, são muitos diversos tendo como comparação, representa uma a cada cinco espécies de mamíferos. A explicação para esse destaque é a capacidade de voar que permite a exploração de recursos de difícil acesso aos outros mamíferos. A pergunta é: dentre todos os mamíferos existentes somente eles voam, como conseguiram tal conquista? Essa pergunta fascina os biólogos há décadas.
Durante anos e anos houve estudos para determinar tal conquista, demorou, mais surgiram às respostas de pouco a pouco, nas ultimas quatro décadas a descoberta do Icaronycteris (Figura 1)��foi à base para a compreensão do primeiro estagio da evolução do morcego, mas a única diferença que essa descoberta revelou foi quanto esse animal antigo lembra os existentes, se olharmos para trás concluímos que Icaronycteris nunca foi o “elo perdido”, mas outro morcego fóssil encontrado na mesma rocha com mesmas condições implica em dizer que são de idade comparável, pode dar direção nas pesquisas, começou com a descoberta de uma espécie (Figura 2) - Onychonycteris finneyi - o morcego mais primitivo já descoberto. Esses fósseis e outros, somados levaram a novas compreensões sobre a origem e evolução dos morcegos.
Figura 1 - Fóssil de Icaronycteris do Paleoceno (há 65-55 milhões de anos). Fonte: Warwickshire Bat Group. Disponível em: <http://warksbats.co.uk/aboutbats/biology.aspx>. Acesso em nov. 2014.
Figura 2 - A vista dorsal de um esqueleto fossilizado do Eoceno de Onychonycteris finneyi. Ele foi encontrado na formação de Green River, em Wyoming (Simmons et al. 2007). Fonte: Reed Bio 342. Disponível em: <http://academic.reed.edu/biology/professors/srenn/pages/teaching/web_2010/nemm1_site/home.html>. Acesso em nov. 2014.
Uma serie de estruturas anatômicas possibilitam um voo rápido e eficaz, sendo essas características o esqueleto das asas dos morcegos é formado pelos ossos do antebraço e dos dedos que são enormes, que suportam e distendem as finas membranas elásticas das asas. As membranas se estendem para trás abrangendo os membros posteriores, que são bem menores do que os mamíferos terrestres com corpo de dimensões iguais. Alguns morcegos apresentam uma membrana posterior entre suas pernas traseiras. Um osso único, chamado de esporão, projeta-se do calcanhar do morcego para apoiar a borda traseira dessa membrana. Ao mover os dedos, braços, pernas e esporões, os morcegos podem manobrar suas asas de inúmeras formas, o que os tornam grandes voadores.
Outra grande característica dos morcegos é a ecolocalização, que permite uma caça muita mais eficiente devido serem noturnos. Mais de 85% das espécies vivas de morcegos usam ecolocalização para navegar. O restante pertence a uma única família – os morcegos frugíveros do velho mundo, que possivelmente perderam essa característica por não necessitarem.
Devido um conjunto distinto de características anatômicas, neurológicas e comportamentais que permite o envio e recepção de sons de alta frequência. Três ossos do crânio sofreram modificações. O primeiro e o estiloide, que conecta a base do crânio a muitos outros ossos pequenos – coletivamente chamam-se aparato hióide – apoiam os músculos da garganta e laringe. Os outros dois ossos que possibilitam essa característica estão no ouvido, no morcego ecolocalizador o martelo osso que se localiza dentro do ouvido função de ajudar a controlar as vibrações sonoras devido ao seu formato de projeção de bulbo, outra parte é cóclea uma estrutura enrolada cheia de liquido, repleta de células nervosas especiais, responsáveis pela percepção do som, essa estrutura em relação aos demais mamíferos é muito maior dando uma capacidade de detectar som de alta frequência muito melhor, além de detalhar diferentes frequências.
Uma pergunta importante é saber o que evoluiu primeiro o voo ou ecolocalização? Durante anos se fez essa pergunta, vários e vários estudos foram feitos e finalmente houve uma resposta.
Devido à descoberta dos fósseis da espécie Onychonycteris, pode perceber que o voo veio primeiro, consequentemente houve desenvolvimento da ecolocalização para auxiliar ou melhorar a caçada durante a noite, já que grande parte dos morcegos é insetívora necessitam de um grande sistema de localização e sentidos para poderem capturar animais tão pequenos.
Texto baseado no artigo “Engenho e arte no desenvolvimento de asas” da Revista Scientific American Brasil.
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A descoberta do primeiro tetrápode Jurássico do Brasil
Fonte: TV USP Ribeirão Preto/Youtube
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As hipóteses evolutiva da transição do ambiente aquático para o terrestre
Há aproximadamente 4 bilhões de anos desde que a vida surgiu na terra, a evolução vem provocando mudanças surpreendentes. E uma das mais espetaculares foi a origem dos tetrápodes - seres portadores de membros e dedos - a partir de peixes com nadadeiras. Os tetrápodes, reúne em seu grupo desde pássaros e seus ancestrais os dinossauros, lagartos, anfíbios, mamíferos até a espécie humana. Que apesar de alguns desses animais terem eliminados ou modificados os seus membros, mas com certeza seu ancestral comum tinham dois membros anteriores e dois posteriores onde antes haviam nadadeiras.
Com poucas pistas para explicar a transição do ambiente aquático para o terrestre, os cientistas apenas especulavam sobre a natureza dessa transição que foi acompanhada de novas maneiras de respirar, ouvir e lidar com um ambiente tão diferente.
O registro fóssil que é uma forma de esclarecer como teria sido esse processo de transição contribui com poucas informações e consistia de um peixe o Eusthenopteron (Figura 1) e um tetrápode devoniano, o Ichthyostega (Figura 2), que se encontravam em um estágio muito avançado para explicar as raízes dos tetrápodes.
Figura 1 - Fóssil de Eusthenopteron. Fonte: Dinopedia. Disponível em: <http://dinosaurs.wikia.com/wiki/Eusthenopteron>. Acesso em nov. 2014.
Figura 2 - Representação de um Ichthyostega. Fonte: Evolution Of Life. Disponível em: <http://facweb.furman.edu/~wworthen/bio440/evolweb/devonian/ichthyostega.htm>. Acesso em nov. 2014.
E uma hipótese clássica foi proposta pelo paleontólogo de vertebrados Alfred Sherwood Romer, segundo ele, peixes como o Eusthenopteron, em tempos de seca, usariam os seus apêndices musculares para se arrastar em direção a outro reservatório de água. Com o tempo de acordo com essa hipótese, os peixes que eram capazes de se movimentar por um trecho maior de terra e deste modo alcançar fontes de água mais distantes seriam selecionados para finalmente desenvolver pernas verdadeiras.
Posteriormente novas descobertas foram feitas, e dessa forma novas informações foram acrescentadas para explicar a origem dos tetrápodes. E uma entre as primeiras descobertas estava relacionada a uma espécie que viveu há cerca de 360 milhões de anos, o Acanthostega (Figura 3).
Figura 3 - Representação de um Acanthostega no Devoniano, cerca de 360 milhões anos. Fonte: Worlds Of Imagination. Disponível: <http://www.worldsofimagination.co.uk/monster%20Acanthostega.htm>. Acesso em nov. 2014.
O Acanthostega postulou um cenário diferente para a origem dos tetrápodes sugerindo que demandas terrestres não fossem as forças direcionadas no início da evolução dos tetrápodes. Pois apesar de ter pernas e patas, estavam mal equipados para a vida terrestre. Os membros de Acanthostega não apresentavam tornozelos apropriados para suportar o peso do animal no solo, assemelhando-se mais a remos para nadar. A criatura ainda possuía brânquias, além de pulmões. Embora claramente um quadrúpede, era uma criatura primariamente aquática. Ou seja que os seus membros se desenvolveram, enquanto ainda eram seres aquáticos e somente mais tarde utilizaram para caminhar.
Os Acanthostega possuía uma característica que não lembrava nem tetrápode nem peixe. Pois esses animais possuíam membros que terminavam numa pata com oito dedos, em vez de cinco familiares. Isso é curioso porque os anatomistas acreditavam que na transição de peixes para tetrápodes, os cincos dedos teriam derivados dos ossos da nadadeira do Eusthenopteron ou outra criatura semelhante. Entretanto apesar de certas suposições ainda não foi possível explicar como os cincos dedos dos tetrápodes evoluíram a partir dos oitos dedos de Acanthostega.
Anos mais tarde foram se descobrindo vários outros peixes quase – tetrápodes ajudando assim a preencher a lacuna morfológica existente entre os Eusthenopteron e o Acanthostega. Um deles é o Panderichthys (Figura 4) achado nos Bálçãs, que é um peixe grande com focinho pontudo e olhos situados no topo da cabeça. E o outro é o Elpistostege, do Canadá, parecido com o Panderichthys em tamanho e forma. Ambos os gêneros são muito mais próximos dos tetrápodes do que o Eusthenopteron.
Figura 4 - Representação de um Panderichthys. Fonte: MailOnline. Disponível em: <http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-1059289/Scientists-discover-fish-fingers.html>. Acesso em nov. 2014.
A transição para o ambiente terrestre foi acompanhada não só pelo desenvolvimento dos membros como também de muitas outras mudanças críticas relacionadas para uma dependência cada vez maior de respirar ar.
As mudanças que ocorreram para uma respiração fora da água ocorreu tanto no crânio como na mandíbula. No crânio, o focinho alongou-se e o número de ossos reduziu-se. Isto fortaleceu o focinho de maneira a permitir que o animal saísse da água e entrasse em um meio que não lhe dava tanto suporte quanto o líquido. Os ossos atrás da cabeça, por sua vez, tornaram-se mais firmemente integrados. A fusão das partes que formam a mandíbula fortaleceu essa região, facilitando o modo de ventilação dos tetrápodes, chamado de “bomba bucal”. Nesse tipo de respiração a cavidade bucal se expande e se contrai como um fole, para tragar o ar e direcioná-lo aos pulmões. Apesar dessas mudanças contribuir para a conquista do ambiente terrestre, esses animais precisariam de novas mudanças no esqueleto. Uma reforma na região do ouvido foi necessário para melhorar a audição do animal.
No geral os tetrápodes e quase–tetrápodes eram criaturas de tamanho considerável que alcançavam em torno de 1 metro de comprimento. E um trabalho refeito sobre o primeiro tetrápode, o Ichthyostega mostra que este possuía ouvido altamente especializado porém equipado para uso dentro da água. Contudo outras partes do esqueleto de Ichthyostega indicavam capacidade de se mover sobre a terra.
Ainda há muito a aprender sobre as mudanças na anatomia que acompanharam a ascensão dos tetrápodes. E um único cenário não é suficiente para responder todos os estágios de transição desse grupo.
Texto baseado no artigo “Com pés em terra firme” da Revista Scientific American Brasil.
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Fósseis encontrados na China revelam que as penas surgiram antes das aves
A presença de penas apareceu em dinossauros bípedes e carnívoros antes da aves terem surgido, derrubando assim, hipóteses de que as penas surgiram nas aves como uma adaptação para o voo
O surgimento das penas sempre foi uma grande questão que não teve uma explicação especificamente clara pelas ausências de fósseis primitivos. Agora com a descobertas desses novos fósseis, derrubou a hipótese de que as penas surgiram a partir do alongamento das escamas dos répteis ou de que seu desenvolvimento foi para o voo.
Desde a descoberta do fóssil de ave mais antigo o Archaeopteryx lithographica que viveu no Jurássico, há cerca de 148 milhões de anos, não havia surgido nenhuma evidência sobre a evolução das penas.
Paleontólogos desenterraram na China um verdadeiro tesouro de dinossauros com penas. Eram penas rudimentares não tão evoluídas com penas das aves atuais e nem como a do Archaeopteryx. No entanto, acabaram dando pistas importantes sobre a estrutura, função e evolução das penas de aves de hoje.
Essa descoberta aconteceu na província de Liaoning, onde os fósseis datam do Cretáceo. Além dos dinossauros, nesse mesmo local foi encontrado uma grande quantidade de organismos, como os primeiros mamíferos com placenta e um número grande de aves antigas.
Dos fósseis de dinossauros encontrados, vários mostram penas moderníssimas e um grande de estruturas de penas primitivas. A partir daí pode se tirar conclusões de que as penas se originaram em dinossauros terrestres, bípedes e carnívoros, antes do surgimento das aves e do voo.
Dentre os fósseis de dinossauros encontrados ali estão: o Sinosauropteryx (Figura 1), do tamanho de uma galinha; o caudipteryx (Figura 2), do tamanho de um peru; o Beipiaosaurus (Figura 3), do tamanho de um avestruz.
Figura 1 - Representação de Sinosauropteryx. Fonte: A Dinosaur a Day. Disponível em: <http://a-dinosaur-a-day.com/post/102233611290/sinosauropteryx-prima>. Acesso em nov. 2014.
Figura 2 - Representação de um Caudipteryx. Fonte: Dinosaur World. Disponível em: <http://www.dinosaur-world.com/feathered_dinosaurs/caudipteryx_zoui.htm>. Acesso em nov. 2014.
Figura 3 - Representação de Beipiaosaurus. Fonte: Dinosaur World. Disponível em: <http://www.dinosaur-world.com/feathered_dinosaurs/beipiaosaurus_inexpectatus.htm>. Acesso em nov. 2014.
Agora após essa descoberta sabemos que as penas surgiram primeiro em dinossauros terópodes e se diversificaram ao longo do tempo até chegarem ao estágio que hoje encontramos em aves atuais. Sendo assim, temos que reconhecer que as aves fazem parte de uma linhagem de dinossauros terópodes que se especializaram e adquiriram a capacidade de voo.
Texto baseado no artigo "A controvérsia do que veio primeiro, Penas ou Pássaros" da Revista Scientific American Brasil.
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Fósseis de Dinossauros são encontrados no Maranhão
Pesquisadores descobriram fósseis no norte do Maranhão que são de dinossauros que viveram por aqui durante o Cretáceo Médio, cerca de 95 milhões de anos
Desde a década de 90, dois estudantes de mestrado da Universidade do Rio de Janeiro, percorreram boa parte do norte do maranhense para analisar formações rochosas antigas. Com ajuda de fotos de satélite foram em busca desses depósitos sedimentares.
Quando por volta de 1994, um dos estudantes, Francisco Corrêa Martins, descobriu na Ilha do Cajual, município de Alcântara, uma formação rochosa antiga com uma grande quantidade de fósseis do Cretáceo Médio – há cerca de 95 milhões de anos.
Após essa descoberta, pesquisadores da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e da UFRJ, tem trabalhado em conjunto para a análises desses fósseis – que por sinal são muitos – para o mapeamento da flora e principalmente da fauna do Maranhão nesses tempos remotos em que os dinossauros dominavam.
Os materiais coletados já formam a mais variada coleção de dinossauros encontrados no Brasil. Há pouco tempo o trabalho retomou com pesquisadores da UFMA, UFRJ, UFRGS e da UFPR, para o estudo desses fósseis na Ilha do Cajual.
Na Laje do Coringa, assim batizado, formou-se um local de depósito de fósseis quando o nível do mar nessas regiões era raso, assim, as correntes marinhas depositam esses restos de organismos enquanto soterrava-os.
Várias espécies de dinossauros foram encontrados na ilha, que incluem dinossauros saurópodes (grande dinossauros herbívoros com cauda e pescoço compridos) e terópodes (bípedes predadores). Abaixo está a listagem das espécies encontradas:
Andessaurídeos: encontrado pela primeira vez na região dos Andes em 1991, daí o seu nome. Depois foi registrado no norte africano e mais recente foram encontradas vértebras desses animais na Ilha do Cajual;
Rebbachisaurus: também ocorre na Argentina e no norte africano. O primeiro fóssil do tipo encontrado foi em Rebbach, no Marrocos, daí a referência de seu nome (Figura 1);
Figura 1 - Representação de um Rebbachisaurus. Fonte: The Dino Directory. Disponível em: <http://www.nhm.ac.uk/nature-online/life/dinosaurs-other-extinct-creatures/dino-directory/rebbachisaurus.html>. Acesso em nov. 2014.
Carcharodontosaurus: maior predador do período no território brasileiro no Cretáceo Médio (Figura 2). Ocorre também no norte africano. Foram encontrados seus dentes entre os fósseis na Ilha do Cajual e logo após foram encontrados seus dentes também na região de Itapecuru Mirim. Seu nome faz referências aos seus dentes que são parecidos com os de um tubarão;
Figura 2 - Representação de Carcharodontosaurus. Fonte: BBC Nature. Disponível em: <http://www.bbc.co.uk/nature/life/Carcharodontosaurus>. Acesso em nov. 2014.
Spinosaurus: dinossauro do focinho muito comprido (Figura 3). Encontrado fósseis de dentes na região de Itapecuru Mirim e na Ilha do Cajual. Seu nome faz referência aos espinhos do seu dorso;
Figura 3 - Representação de um Spinosaurus. Fonte: Arcadia Street. Disponível em: <http://www.arcadiastreet.com/cgvistas/earth/03_mesozoic/earth_03_mesozoic_3500b.htm>. Acesso em nov. 2014.
Sigilmassasaurus: bípedes predadores encontrados no Marrocos e no Maranhão (Figura 4). Seu registro fóssil pobre não permite fazer um reconstituição perfeita de sua forma. Seu tamanho devia exceder 10 metros de comprimento;
Figura 4 - Respresentação de um Sigilmassasaurus. Fonte: Dinopedia. Disponível em: <http://dinosaurs.wikia.com/wiki/Sigilmassasaurus>. Acesso em nov. 2014.
Saltassaurino: pequenos dinossauros herbívoros (Figura 5). Tinha sido encontrado somente na Argentina e em 2002 foi encontrado também na Ilha do Cajual. Seu comprimento era de cerca de 8 metros.
Figura 5 - Representação de um Saltassaurino. Fonte: Atlas Virtual da Pré-História. Disponível em: <http://www.avph.com.br/saltassauro.htm>. Acesso em nov. 2014.
Texto baseado no artigo "Dinossauros do Cretáceo Médio no Maranhão" da Revista Scientific American Brasil.
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Respostas do questionário
Baleias
Questão 1 - Foi o desaparecimento gradual dos membros posteriores, a transformação dos membros anteriores, de penas que andavam em nadadeiras, o achatamento da cauda e a perda dos pelos.
Questão 2 - Arqueocetos, fizeram a transição da terra para o mar; mesoníquidos, carnívoros semelhantes a lobos; paquiceto, uma baleia que deve ter passado parte do tempo, senão o tempo todo em terra; ambuloceto, uma baleia que andava e nadava, apresentava dentes pontiagudos; rodocetos, possuía cabeça semelhante a das baleias e tinha as patas adaptadas como nadadeiras.
Dinossauros no Maranhão
Questão 1 - A sua relação está ligada ao estudo de paleontólogos que mostravam que a paisagem e os animais que povoaram o norte/nordeste do Brasil há 95 milhões de anos eram muito semelhantes aos da África na mesma época. A evidências desse fato é que o continente sul-americano e o africano já estivem ligados.
O registro fóssil da Ilha do Cajual é de uma época em que os dois continente já estavam se separando, mas ainda muito próximos. A distâncias entre a costa do maranhão e a de Gana (norte africano), naquela época, era de menos de mil quilômetros. Isso significa que o Oceano Atlântico era ainda estreito e não muito profundo. Talvez houvesse ilhas entre os dois continentes que permitissem a migração daqui pra lá e de lá pra cá, conservando as faunas muito parecidas mesmo depois dos continentes já estarem separados.
Questão 2 - Andessaurídeos, Rebbachsaurus, Carcharodontosaurus, Spinosaurus, Sigilmasaurus e Saltassaurino.
Questão 3 - Foi através das amostras de fósseis vegetais da Ilha do cajual, onde Medeiros levou à Curitiba para o paleobotânico da UFPR, Robson Bolzon, para análise mais detalhada desses fósseis. Bolzon identificou o tipo de vegetação que dominava a paisagem do norte do maranhão naquela época remota. Sendo comuns, troncos de araucárias, que deviam atingir mais de 20 metros de altura, associados a samambaias arborescentes (três metros de altura) e equissetos (tipo de planta primitiva que se assemelhava superficialmente ao bambu, mas sem parentesco próximo com este), que se alastravam pelas margens de rios e lagos.
Morcegos
Questão 1 - O Onychonycteris combina características modernas e antigas que o torna o animal de transição que tanto os biólogos tanto buscam. O nome é dado devido a uma característica peculiar dos mamíferos terrestre garras nos cinco dedos, outra característica que lembra seus antepassados é os membros inferiores que são maiores e os superiores são menores, quando comparados com os ouros mamíferos terrestres as proporções são intermediarias entre os morcegos conhecidos e os mamíferos arbóreos. Talvez os morcegos tenham evoluído de ancestrais arbóreos que tiveram uma forma semelhante de locomoção. A ecolocalização veio depois já que o Onychonycteris não apresentava características que se indica a ecolocalização como cóclea grande, martelo grande e em forma de bulbo, e estiloide com extremidade expandida.
Questão 2 - Através de uma espécie Onychonycteris que combina características modernas e antigas que o torna o animal de transição, observou que continha asas e estrutura do tórax e clavícula resistente para apoiar os membros inferiores e de suporte para o voo, mas não continha as estruturas necessárias para ter um sistema de ecolocalização.
Penas e pássaros
Questão 1 - Foi a partir de fósseis que apresentavam penas primitivas, essas começavam a desenvolver após a formação de um germe tubular e de um o folículo na pele. Assim, pode se tirar conclusões de que as penas originaram-se e desenvolveram sua estrutura essencialmente moderna numa linhagem de dinossauros terrestres, bípedes e carnívoros antes do surgimento dos pássaros e do voo.
Questão 2 - Encontrando evidências do processo de desenvolvimento, podendo comparar fósseis encontrados que também apresentam penas e, portanto, desvendando qual pena é mais primitiva dando pistas importantes a respeito de sua estrutura, função e evolução. Assim como, evidenciando hipóteses falsas a respeito de sua origem, como a teoria de que as penas evoluíram para o voo, o que não é verdade porque fósseis de dinossauros apresentavam penas mesmo sem apresentar a capacidade do voo.
Pés em terra firme
Questão 1 - Muitas das mudanças que ocorreram na linhagem não foi porque seriam úteis na terra, elas evoluíram porque eram vantajosas para os animais que ainda estavam vivendo na água, em preferências eram adaptações a vida em habitats de águas rasas. O desenvolvimento de membros com dedos podem ter sido úteis para navegar a vegetação de fundo, o desenvolvimento de um pescoço distinto (com a perda dos ossos operculares e uma articulação especializada entre o crânio e a coluna vertebral) pode estar relacionado ao levantamento do focinho fora da água para respirar o ar visto que estaria em ambientes poucos oxigenados.
Questão 2 - Os táxons representativos dos peixes pulmonados é o Dipnoi, e os primeiros anfíbios encontrados durante a origem dos tetrápodes estão os Ichthyostega, Acanthostega e os Temnospondyli.
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