Este é um blog dedicado à disciplina de Fotografia e Imagem, que funcionará como portfólio audiovisual para a mesma.
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Ensaio crítico
Para a conceção deste trabalho de 15 fotografias realizadas em cada foi-me necessário visualizar o filme Alien vs. Predator, bem como os filmes que fazem parte da franchising. É de ter em conta que houve uma inspiração estética muito forte advindas principalmente do filme Alien, pelo realizador Ridley Scott, inspiração essa que se debruça nos planos de fuga, paleta de cores, atmosfera dada pelas grandes exposições de câmara bem como diálogos que enfatizam a imagem.
Desta forma, Ridley Scott e filmes como Blade Runner tiveram uma grande influência estética no meu trabalho, pois mantiveram-se como grande inspiração que se manteve sempre no campo do brainstorming e assim ponto de partida para as fotografias realizadas. Acredito ainda que uma leitura atenta sobre os livros do escritor de originou o Blade Runner, Philip K Dick, também se tornaram uma fonte impactante que me fez conceptualizar uma atmosfera própria e um ambiente muito concreto para a realização destas fotografias.
É ainda de notar que as obras referidas na proposta tiveram a sua devida influência neste trabalho. Tendo os filmes como inspiração e mote, os trabalhos dos autores Luis Cobelo e Cristina de Middel serviram antes como referência direta. Para tal decidi rever e estudar apropriadamente os documentos disponíveis sobre os seguintes autores e assim, aquando da criação de um e-book, teria já uma direção mais concreta. Muito embora a disposição estética das fotografias em relação ao plano físico dos livros tanto de Luis Cobelo como Cristina de Middel me tenham inspirado na criação do meu e-zine, as fotografias em concreto é que me permitiram abrir o leque de possibilidades quanto à realização da seguinte proposta. Assim, ao ter somente a minha casa como “estúdio” a reflexão sobre outras imagens dentro de espaços fechados, como alguns dos trabalhos recentes de Luis Cobelo, foram impreteríveis para o meu projeto.
“This is What Hatred Did” é o primeiro trabalho apresentado na proposta de Cristina de Middel que desde logo nos transporta para a realidade violenta sobre estereótipos africanos, que com uma dupla narrativa que deambula entre texto e imagens e que nos deixa a especular numa zona cinzenta sobre qual a narrativa mais fidedigna sobre o complexo continente que é África.
Ao ver o trabalho de Middel percebi melhor que abordagens pude ter perante o meu trabalho. Primeiramente, a criação de uma atmosfera foi-me conseguida através de características semelhantes a Middel. A autora utiliza pontos de vista semelhantes em várias fotografias que interligam assim a narrativa, característica esta que transpus para o meu trabalho. A temperatura de cor e a paleta de cores foi igualmente um aspeto que tive em conta e como já falei previamente numa perspetiva mais abrangente. Assim, as primeiras fotografias em formato RAW que capturei mantiveram-se sempre num registo de grandes contrastes feitos com a utilização de luz laser vermelha e longas exposições de câmara. Para a conceção das fotografias finais passei por um trabalho de pós-produção em que editei o perfil de cor no software Adobe Photoshop e que é algo que acredito ter passado pelos vários trabalhos apresentados por Cristina de Middel nos seus trabalhos autorais.
Em contrapartida, podemos ver impressa de Middel como um livro fotográfico e não de livro de artista. Podemos afirmar tal ao observar as origens do que torna um livro num fotolivro e do que, historicamente, se veio a tornar o livro do artista. Assim temos um marco histórico importantíssimo, o livro de Ruscha, publicado em 1963 e o crescimento da cultura dos fanzines com o movimento punk nos anos 70, que influenciam avidamente a publicação de livros independentes.
É de ter então em conta que a primeira forma de partilhar a arte era em revistas fotográficas, que tinham como único objetivo mostrar a obra, com pouco interesse estético na criação do livro em si, mas sim no que pretendiam veicular. A criação de um fotolivro torna-se interessado na qualidade das fotografias, na integração de imagens com textos e o próprio formato que o envolve. O que está então em causa é a criação de um projeto em formato físico de um trabalho fotográfico, tal como nos foi pedido para o seguinte trabalho.
"Sharkification” é outro dos trabalhos de MIddel que apresenta uma clara produção explanada pela autora no seu website sobre a utilização de um filtro azul sobre a lente da câmara que proporcionou assim este efeito subaquático na fotografia. Neste seu trabalho vemos já uma crítica clara sobre a polícia que é vista então como os antagonistas desta narrativa visual, questão esta que também se depara no meu trabalho perante os aliens e os predadores, embora esta crítica seja muito mais ligeira e interpretativa, contrariamente à de Middel. Assim o seut rabalho põe sempre em debate temas que se debruçam sobre fragilidades sociais e económicas de certas localidades e países de terceiro mundo.
Em “Man Jayen” o trabalho de pós-produção torna-se igualmente claro. É fácil percebermos a edição de tons de azul que tornam a narrativa coesa, forma essa que me inspirou e utilizei como referência direta no meu trabalho. Para além disso, todos os trabalhos referidos da autora na seguinte proposta são mais que projetos fotográficos, pois transformam-se em livros impressos que comunicam através da sua composição e design em formato físico. Assim, aquando da realização do meu e-book, os livros de Middel que interligam texto e imagem, cores e enquadramentos inspiraram-me para a realização do meu próprio trabalho que possibilita a sua impressão em A4 com uma dimensão aproximada de 24 páginas. O meu trabalho, em retrospetiva, articula parte do script do filme que originou o meu projeto perante a seguinte proposta e consequente parâmetro (“Escolha um filme ou livro da sua preferência. Sem sair de casa conte a mesma história em 15 imagens fotográficas”) e a ligação entre o contraste do preto e verdes de forma a proporcionar uma imersão sobre o tema e as fotografias realizadas.
Finalmente, através do seguinte ensaio conseguimos percecionar de onde advieram as inspirações para o meu trabalho bem como qual o processo criativo e crítico por trás do mesmo.
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Lampert, L. (2015). Fotolivro ou livro de artista? Eis a questão. Dobras Visuais, 9.
GRIGOLIN, Fernanda. Livro de fotografia como livro de artista. Experiências de Artistas: aproximações entre a fotografia e o livro. São José dos Campos, Publicações Iara, 2013 HARTMANN, Markus. The Current Scene of Photo Book and Art Book Publishing, As I See It. Setembro de 2014. Acesso em 23 abr 2015.
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“Escolha um ponto de vista fixo para a sua câmara fotográfica num espaço a que tenha acesso diariamente e fotografe todos os dias à mesma hora.”
Perante a seguinte proposta realizei diversas fotografias as 18h horas do dia. Eventualmente, com o horário de inverno, começou a ficar de noite neste horário. Para a conceção deste trabalho foi-me necessário deslocar para o local várias vezes ao longo dos dias, sendo este uma bomba de gasolina, com o tripé e a uma câmara analógica, uma Canon FTB. Por ter feito este trabalho com um rolo Ilford 125 ISO não era certo qual o aspeto das fotografias. Eventualmente, na revelação, algumas ficaram duplamente exposta, outras com arrastamento e algumas simplesmente não muito bem expostas. Por esta razão editei ligeiramente o contraste de algumas no sentido de as aprimorar. Assim, acabei com 16 fotografias do mesmo local, à mesma hora, ao longo de 3 meses.
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Para a conceção deste trabalho de 15 fotografias realizadas em cada foi-me necessário visualizar o filme Alien vs. Predator, bem como os filmes que fazem parte da franchising. É de ter em conta que houve uma inspiração estética muito forte advindas principalmente do filme Alien, pelo realizador Ridley Scott, inspiração essa que se debruça nos planos de fuga, paleta de cores, atmosfera dada pelas grandes exposições de câmara bem como diálogos que enfatizam a imagem.
Desta forma, Ridley Scott e filmes como Blade Runner tiveram uma grande influência estética no meu trabalho, pois mantiveram-se como grande inspiração que se manteve sempre no campo do brainstorming e assim ponto de partida para as fotografias realizadas. Acredito ainda que uma leitura atenta sobre os livros do escritor de originou o Blade Runner, Philip K Dick, também se tornaram uma fonte impactante que me fez conceptualizar uma atmosfera própria e um ambiente muito concreto para a realização destas fotografias.
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PARAMETRO 4
Seguindo a proposta de John Baldessari desenvolva uma série fotográfica para ilustrar uma hipótese cientifica (adpatada ou original) ou um conjunto de provas forenses de um hipotético crime.
Perante o seguinte trabalho aproveitei para visualizar diversos documentários tais como Deus Cérebro e Fantastic Fungi bem como me inteirar do trabalho de campo de David Attenborough para ter como base alguma inspiração e referências numa fase inicial de brainstorming.
Com o continuar teste trabalho decidi ainda visualizar Law and Order e The X Files e ainda Mind Hunter do criador de muitas obras fascinantes por David Fincher. Estes trabalhos têm então o carácter mais fantasioso, mas que ainda assim se enquadram na proposta de John Baldessari. Decidi ainda ver um documentário sobre o artista em que expõe um pouco do trabalho de campo e brainstorming por trás dos trabalhos de Baldessari. O artista relembra-me também o que acontece com o trabalho de Fernando Pessoa em que a criação aprofundada de personagens existia.
Assim, comecei a pensar no meu próprio projeto. Com a inspiração na Harpia, ou gavião real, que é a ave de rapina mais pesada do mundo e uma das maiores da sua espécie. Devido ao seu estado quase em vias de extinção e a criação mitológica que existe à volta da mitologia grega, decidi criar um boneco articulado que é metade ave metade humano. Assim, tive a necessidade de criar um esqueleto através de arame depois do desenho que realizei e utilizei como base para o meu trabalho.
No entanto, depois de realizar o modelo 3d com arame e pasta de modelar comecei a conceptualizar outra hipotese.
Esta é de um indivíduo que come pombos vivos. Num lugar povoado por uma quantidade exorbitante de pombos como o Porto, pombos mortos são encontrados com sinal de terem sido arrancadas as penas e pele a força, como que uma gaivota, mas encontram-se antes traços de saliva de um ser humano. Com o perdurar da investigação outras coisas se tornam evidentes e relevantes: grafittis alusivos a violencia, animais mortos de forma grutesca, lugares abandonados com vestígios de alguém os habitar com frequência, envolvidos de vestígios de animais.
A polícia começa uma investigação forense denominada de Gaivota: Encontrar todas as provas deste indivíduo que mais tarde ou mais cedo se tornará um canibal, ou é o que os psicanalistas acreditam.
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PARÂMETRO 1
Escolha um ponto de vista fixo para a sua câmara fotográfica num espaço a que tenha acesso diariamente e fotografe todos os dias à mesma hora.
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